curso delegado de polÍcia federal (noite) nº 13 … · antes de tratarmos sobre o processo...
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CURSO – DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL (NOITE) Nº 13 DATA – 23/08/2016 DISCIPLINA – DIREITO CONSTITUCIONAL PROFESSOR – ROBERTO DAVID MONITOR – LUIZ FERNANDO PEREIRA RIBEIRO AULA 02
Ementa:
I)Poder Legislativo
2) Estatuto dos Congressistas
3) Funções do Parlamento
3.1) Fiscalização Parlamentar
3.1.1) Comissão Parlamentar De Inquérito – CPI
3.2) Fiscalização Orçamentária
3.2.1) Tribunais de Contas
4) Processo Legislativo
4.1) Decreto Legislativo e Resolução
4.2) Espécies de Processo Legislativo
4.2.1) Distinções Entre Lei Ordinária e Lei Complementar
4.2.2) Processo Legislativo Ordinário
4.2.3) Processo Legislativo Sumário
Na aula passada fizemos um panorama geral sobre organização do poder e do estado
com relevantes informações a título de noções introdutórias, entramos no estudo do
Poder Legislativo abordando a estrutura do poder e começamos a analisar o estatuto dos
congressistas. Vamos então dar sequência a este tema para podermos prosseguir com
nosso roteiro.
2) ESTATUTO DOS CONGRESSISTA
São normas específicas aplicáveis aos membros do parlamento em razão da função que
exercem e não por questões pessoais.
2.1) Prisão de Parlamentar
Desde a expedição do diploma o parlamentar não pode ser preso salvo em caso de
flagrante delito de crime inafiançável. É o que diz o §2º do art. 53 da CR/88.
“Art. 53.
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser
presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro
de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros,
resolva sobre a prisão.”
Observações Importantes:
Obs1: Em regra o parlamentar não pode ser preso.
Exceção: Flagrante Delito
Jurisprudência do STF: Essa limitação se dirige apenas ás prisões cautelares. A prisão-
sanção é plenamente aplicável a esse parlamentar.
Além disso, na parte final do dispositivo, a CR/88 diz que Se o STF mandar prender um
parlamentar deve comunicar a prisão á casa legislativa. Essa comunicação serve para
que a casa delibere sobre a presença ou não dos requisitos para a manutenção da prisão
cautelar.
ATENÇÃO: O STF não precisa solicitar autorização da casa legislativa para processar um
parlamentar, devendo apenas comunicar o recebimento da denúncia á respectiva casa.
Art. 53. § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.
Até a Emenda Constitucional nº 35 de 2001 o STF necessitava de autorização do
parlamento para receber a denuncia, hoje em dia não mais, devendo apenas comunicar o
fato á casa respectiva. Mas qual a finalidade disso? Para que a casa delibere sobre a
sustação ou não do processo.
“O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de
quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora”. Essa é a redação do § 4º
do art. 53 da CR/88.
Obs:Essa análise só pode ser feita em relação a fatos ocorridos após a diplomação.
Para evitar que o sujeito se candidate a Deputado ou Senador com o propósito de
suspender o curso do processo. Assim, se o fato ocorreu antes da diplomação, ainda que
a denuncia seja apresenta/recebida após, não se aplica a regra do §3º do art. 53 da
CR/88.
3) Funções do Parlamento
O poder legislativo no Brasil tem basicamente duas funções típicas:
Criação Leis - todas espécies normativas primárias (Processo Legislativo)
Fiscalização da coisa Pública
Antes de tratarmos sobre o Processo legislativo e suas particularidades, vamos tecer
alguns pontos relevantes sobre a Fiscalização Parlamentar.
3.1) Fiscalização Parlamentar
Atuação das comissões do Congresso Nacional
Toda vez que o congresso nacional for deliberar uma matéria deverá se dar através do
pleno? Não. Entra aqui a figura das comissões parlamentares.
De acordo com o art. 58 da CR/88, as comissões podem ser permanentes ou temporárias
e serão constituídas na forma e com as atribuições previstas no Regimento Interno do
Congresso Nacional e de cada casa, já que existiram comissões separadas em cada casa
e comissões mistas (no Congresso Nacional).
Conceitos:
Comissão Temporária: Criada para uma situação específica.
Comissões Permanentes: São as chamadas comissões temáticas e estabelecem-
se em razão da matéria. (Art. 58, §2º, CR/88)
Dentre as comissões permanentes, chamamos atenção para á Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania –CCJ:
É a comissão que faz análise de todo processo legislativo para a verificação dos
pressupostos legais e compatibilidade com a Constituição.
É o órgão parlamentar que realiza controle de constitucionalidade. (controle político de
constitucionalidade).
Sobre as comissões temporárias, podem ser criadas para as mais diversas finalidades,
porém existe uma específica e que devido a sua relevância, frequentemente é cobrada
nos concursos públicos, qual seja, a Comissão Parlamentar de Inquérito.
3.1.1) Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI
É um órgão fracionário do poder legislativo, ou seja, um modo funcional do Congresso
Nacional atuar sem que seja necessária a manifestação de todos os parlamentares.
De acordo com o §3º do Art. 58 da CR/88, pode-se afirmar que as CPIs são comissões
temporárias, destinada a investigar fato certo e determinado.
“Art. 58... § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.”
A Imprensa constantemente anuncia que uma CPI “acabou em pizza, ou não deu em
nada” por não ter condenado certo parlamentar. Ela até pode veicular esse tipo de notícia
em razão da liberdade de informação e de imprensa, mas cabe a nós entendermos o
porquê disso.
Perceba que o próprio §3º do art. 58,(acima transcrito) deixa claro que a CPI somente
possui poder investigatório e não condenatório quando diz: ... terão poderes de
investigação próprios das autoridade judiciais, e serão criadas para a apuração de fato
determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao
Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores
Ao final do procedimento investigatório será elaborado um relatório que será
encaminhado ao Ministério Público, e este entendendo cabível, adotará as medidas
necessárias quanto á responsabilidade dos infratores.
Pressupostos para Criação da CPI
CPI não deve ser utilizada como mecanismo de coação política. Para sua criação, devem
estar presentes três pressupostos:
Requerimento de pelo menos 1/3 dos membros da casa. Esse requerimento
representa um direito das minorias parlamentares. (Atenção para esta expressão)
Se for uma CPI na câmara deverá ter 1/3 dos Deputados Federais, se for no
Senado Federal deverá ter 1/3 dos Senadores, e se for uma CPI mista, deverá ter
1/3 de deputados e senadores.
Conclui-se que a instalação da CPI vai ocorrer ainda que a maioria do parlamento
for contra, em razão do direito das minorias parlamentares.
A CPI sempre investiga um fato determinado.
A CPI da Petrobras não poderá investigar a Pessoa Jurídica como um todo,
devendo se ater a um fato determinado, como por exemplo, um contrato
superfaturado, fraude em uma licitação, etc...
Porém, a CPI pode investigar fatos novos surgidos no curso da investigação, mas
desde que tenham relação com o(s) fato(s) que a originou(aram).
CPI tem prazo certo.
Não pode ser criada como instrumento de coação política.
Qual o limite de funcionamento de uma CPI? Até o fim da legislatura.
3.2) Fiscalização Orçamentária
É a fiscalização do uso do dinheiro público, prevista nos arts. 70 á 75 da CR/88.
A quem compete a fiscalização orçamentária? Ao Parlamento. (Poder Legislativo)
O art. 70 da CR/88 dispões que compete ao Congresso Nacional a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da
Administração direta e indireta. Por simetria, no âmbito estadual tal fiscalização compete á
Assembleia Legislativa, no âmbito municipal á Câmara Municipal, e no DF á Câmara
Legislativa.
Qual a função do Tribunal de Contas da União?
Entre outras, analisar as contas do Presidente da República e após, emitir um parecer.
Um parecer negativo do Tribunal de Contas do Município pode gerar a inelegibilidade do
Prefeito?
Recentemente o STF, reafirmou seu posicionamento no sentido de que, se a fiscalização
orçamentária cabe ao poder legislativo, o parecer do Tribunal de Contas não tem o
condão de gerar a inelegibilidade do gestor.
Link da matéria: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=322706
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como
a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
Da análise deste dispositivo constitucional podemos tirar, dentre outras, duas informações de suma relevância:
O relatório do Tribunal de Contas não vincula o julgamento pelo Congresso
Nacional.
Os demais ordenadores de despesa se submetem a julgamento pelo tribunal de contas.
3.2.1) Tribunais de Contas
São órgãos técnicos e autônomos que prestam auxilio ao poder legislativo na função de
fiscalização orçamentária.
Existe Tribunal de contas nas 3 esferas da federação.
TCU – Federal
TCE- Estadual
TCM – Municipal
Temos que ter cuidado quando á análise recair sobre este último.
Mais uma vez ressaltamos que, conforme o §4º do art. 31, a Constituição vedou a criação
de Tribunais e Contas Municipais, porém permitiu a permanência dos que já existiam
antes de 1988.
Atenção: A Constituição da República impede que os Municípios criem os seus próprios
Tribunais, Conselhos ou órgãos de contas municipais (CF, art. 31, § 4º), mas permite que
os Estados-membros, mediante autônoma deliberação, instituam órgão estadual
denominado Conselho ou Tribunal de Contas dos Municípios. (ADI-687)
a) Tribunal de Contas da União - TCU
O Tribunal de Contas da União, integrado por 9 Ministros, tem sede no Distrito Federal e
jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas
no art. 96.
Apesar de ser chamado de Tribunal e do tratamento dispensado aos seus membros como
ministros, o TCU não integra o Poder Judiciário. Informamos que ele também não integra
os outros dois poderes (Legislativo e Executivo), sendo caracterizado como órgão
autônomo de origem constitucional.
Forma de Composição:
2/3 (6) dos 9 membros do TCU serão escolhidos pelo Congresso Nacional.
1/3 (3) indicados pelo Presidente da República, com aprovação do Senado
Federal.
Desses três membros indicados pelo Presidente da República, um será sempre auditor do
TCU, o outro deve ser escolhido entre os integrantes do Ministério Público junto ao
Tribunal de Contas, e o terceiro é de livre escolha daquele.
Art. 73... § 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos: I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e merecimento; II - dois terços pelo Congresso Nacional.
Curiosidade: A partir da leitura do art. 128 da CR/88, verificaremos que não se encontra
naquele rol de integrantes do organismo Ministerial o “Ministério Público junto ao Tribunal
de Contas”, e isso se deve, pois este não faz parte daquela cúpula, mas sim do próprio
Tribunal de Contas.
Art. 128. O Ministério Público abrange: I - o Ministério Público da União, que compreende: a) o Ministério Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; II - os Ministérios Públicos dos Estados.
Por fim, destacamos o § 3º do art. 73 da CR/88, que traz a equiparação dos Ministros do
Tribunal de Contas da União aos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, em relação às
garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens.
“§ 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.”
b) Tribunal de Contas Estadual - TCE
As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão
integrados por sete Conselheiros. (Parágrafo único do art. 75)
Perceba que mudou o número de membros ( de 9-TCU para 7-TCE) e a nomenclatura (de
Ministros-TCU, para conselheiros-TCE).
O STF assentou que, em observância do princípio da simetria, se no âmbito da União
atribui ao chefe do executivo a indicação 3 membros para compor o TCU, no âmbito
Estadual o Governador também deverá indicar 3 membros para compor ao TCE.
Equiparação aos juízes do TRF: Os conselheiros do TCE têm garantias, vantagens e
impedimentos equivalentes aos juízes do TRF (desembargadores federais).
“Art. 73. § 4º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal.”
Encerrado o assunto sobre o estatuto dos congressistas, apontaremos nosso foco para o
processo legislativo, matéria de altíssima incidência nos concursos públicos.
4) PROCESSO LEGISLATIVO
Recomenda-se mais uma vez a leitura do texto constitucional, pois várias questões são
literalmente copiadas de lá.
O Processo legislativo está regulado nos artigos 59 á 69 da CR/88 e consiste em regras
constitucionais para a elaboração das espécies normativas.
Nesse sentido, o art. 59 nos apresenta as espécies normativas primárias, que são
aquelas que retiram seu fundamento de validade diretamente da Constituição.
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
Obs: Todas elas desafiam ADI.
Obs2: Não será necessário o estudo do processo legislativo de todas as espécies
normativas, uma vez que o procedimento para criação de decretos legislativos e
resoluções não esta previsto na Constituição da República, mas nos Regimentos Internos
do parlamento.
4.1) Decreto Legislativo e Resolução
a) Pontos em comum:
Ambos dispensam a sanção presidencial- art. 48 da CR/88( rol exemplificativo)
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:
Se a matéria estiver elencada no arts. 49, 51 ou 52, o Congresso não vai editar lei em
sentido estrito, mas sim Decreto Legislativo ou resolução, dispensando o
encaminhamento á Sanção Presidencial.
Atenção: Em relação às expressões “Competência Exclusiva” do art. 49, e “Competência
Privativa” dos arts. 51 e 52, não se deve interpretar como sendo indelegáveis ou
delegáveis tendo comm referência aos arts. 21 e 22 da CR/88, até porque o que torna as
matérias do art. 22 delegáveis é a autorização constitucional prevista no seu parágrafo
único e não a expressão “Competência Privativa”.
b) Diferença
O decreto Legislativo vai ser editado para tratar de matérias externas do Congresso
Nacional. Já a Resolução vai tratar matérias internas de cada uma das casas.
Ex: Delegação através de resolução do Congresso Nacional para o Presidente da
República elaborar uma Lei Delegada.
“Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. § 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.”
4.2) Espécies de Processo Legislativo
O Processo Legislativo é dividido em 3 espécies:
1ª) Processo Legislativo Ordinário ou Comum
2ª) Processo Legislativo Sumário ou Abreviado * ( Processo legislativo dos cem dias)
3ª) Processos Legislativos Especiais
Observações:
O processo legislativo ordinário ou comum se destina a criação de leis ordinárias.
O processo legislativo sumário também se destina a criação de leis ordinárias.
Parte da doutrina inclui a criação de leis complementares nos processo legislativo
ordinário e súmario, já outra parte não defende este posicionamento, pois, ainda que
mínima a diferença na criação de leis ordinárias e complementares, (especificamente
relativa ao quórum de votação) ela existe.
4.2.1) Distinções entre Lei Ordinária e Lei complementar:
A lei complementar só existe nas hipóteses expressamente previstas na
Constituição.
Diz o parágrafo único do Art. 59 da CR/88:
“Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.”
Como o examinador pode cobrar isso nas provas?
Pode ele retirar a palavra “complementar” o que tornaria a alternativa errada.
Lembre-se que no silêncio a Lei será sempre ordinária.
Quórum de aprovação
Para Lei Complementar: Maioria Absoluta
Para Lei Ordinária: Maioria Simples ou Relativa
Conceitos
Maioria Absoluta: é representada pelo voto de mais da metade dos membros da casa.
Maioria Relativa: é representada pelo voto de mais da metade dos membros presentes da
seção, desde que presente a maioria absoluta dos membros da casa.
Tomemos como exemplo o Senado Federal que possui 81 Membros.
Maioria Absoluta: Para aprovar um projeto de lei complementar, se faz necessário a
votação de 41 senadores.
Atenção: Independe o numero de presentes na sessão de votação, sendo necessário, em
qualquer caso, a metade dos membros da casa para aprovação da lei complementar. Ex:
Se na sessão tiver presentes 60 Senadores, vai ser preciso alcançar o numero de 41
votos a favor para a aprovação da lei complementar.
MEMBROS 81 81 81 81 81
Presentes 81 70 60 41 03
Votos 41 41 41 41 x
Maioria Relativa: Para aprovar um projeto de lei ordinária, se faz necessária a votação a
favor, de mais da metade dos membros da seção, desde que presente a maioria absoluta
dos membros da casa. Então suponhamos que de 81 membros, somente 60
compareceram a sessão de julgamento. Para aprovação deste projeto de lei deverá ser
contabilizado 31votos a favor.
Perceba então que, sessões com menos de 41 membros são ineficazes quanto
deliberação de projeto de lei.
MEMBROS 81 81 81 81 81
Presentes 81 70 60 41 03
Votos 41 36 31 21 x
4.2.2) Processo Legislativo Ordinário
Dividido em 3 fases:
1ª Fase: Iniciativa
É a primeira fase do processo legislativo, que deverá culminar, desde que preenchido
todos os requisitos, com a formação da espécie normativa.
De maneira geral, a CR/88 atribui competência de iniciativa ás seguintes pessoas,
conforme prevê o art. 61, caput:
“Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.”
Observações Importantes:
Iniciativa Popular de leis.
A parte final do art. 61 diz que a iniciativa das leis também cabe aos cidadãos, na forma e
nos casos previstos na Constituição. Então, a iniciativa popular de leis consiste na
apresentação de um projeto de lei diretamente pelos próprios cidadãos.
- Mas 1 cidadão sozinho pode apresentar projeto de lei?
Não. Conforme §2º do art. 61 da CR/88, o projeto de lei deve ser subscrito por no mínimo,
um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não
menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
- Qual a casa iniciadora do processo legislativo oriundo de iniciativa popular?
De acordo co o mesmo dispositivo, a iniciativa popular deverá ser apresentada á Câmara
dos Deputados
“Art. 61. § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.”
- Existe alguma lei vigente que seja resultado da iniciativa popular?
Sim. A Lei Complementar 135/ 2010, denominada Lei da Ficha Limpa, foi á única
originária de iniciativa popular.
Em regra a iniciativa legislativa é de todos legitimados, mas, em alguns casos é
estabelecida a relação de pertinência temática (Função ou Cargo x matéria do projeto
de lei) Ex: Uma lei relativa á organização do Ministério Público da União, que por ter
pertinência temática ao órgão, será atribuída á iniciativa do Procurador Geral da
República.
Cuidado: Até 1988 quem apresentava projeto de lei relativo ao Ministério Público era
unicamente o Presidente da República, devido ao fato de que aquele era subordinado ao
Poder Executivo.
Atualmente há uma dissonância expressa na constituição quanto a este ponto, isso
porque o poder constituinte deu competência “privativa” ao Presidente da República, mas
também atribuiu a atribuição ao Procurador Geral, conforme os arts. 61, §1º, II, d, e 128
§5º da CR/88.
“Art. 61. § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: II - disponham sobre: d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;” “Art. 128. § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros”
Diante dessa celeuma, chegou-se ao entendimento que a iniciativa para apresentação de
projetos de lei sobre o Ministério Público é concorrente dessas duas autoridades.
Iniciativa Legislativa Privativa do Presidente da República
Existem determinadas matérias de projetos de lei que só podem ser apresentados pelo
Presidente da República, não aceitando nem mesmo delegação. Estamos falando do rol
previsto no §1º do Art. 61 da CR/88. Veja:
Art. 61... § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; II - disponham sobre: a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração; b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.
O projeto de lei de matéria privativa do Presidente da República que for apresentado por
qualquer outra autoridade padecerá de inconstitucionalidade formal orgânica.
2ª Fase: Constitutiva
Nessa segunda fase, teremos a junção de vontades, tanto do Legislativo (discussões e
votações), como do executivo (Sanção ou veto).
Um projeto de lei tem sua votação iniciada pelo Senado quando é apresentado por um
senador ou por um grupo de senadores. Em todas ás outras hipóteses a votação começa
sempre pela Câmara.
O Projeto de lei se submete a turno único de votação (diferente do processo de aprovação
de Emenda á Constituição que trataremos na próxima aula), ou seja, apenas é votado
uma única vez em cada casa. (salvo se houver emendas)
“Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.”
Quórum
Se o projeto for de Lei Ordinária: Maioria Simples ou Relativa
“Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.”
Se for Lei Complementar: Maioria Absoluta.
“Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.”
Processo Legislativo Abreviado
Muitos autores adotam o rito Abreviado como sinônimo de rito sumário.
Obs: Existe a possibilidade, através da CR/88 e dos Regimentos Internos das casas
parlamentares, para que as comissões discutam e votem o projeto de lei. Outra Parcela
da doutrina entende ser este o rito abreviado.
O recurso da decisão da comissão pode ser interposto por 1/10 dos membros das casas.
Art. 58. § 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;
E se um projeto de Lei (complementar ou ordinária) não atingir o quórum mínimo de
aprovação?
Quando um projeto de lei não alcançar o seu quorum de aprovação será arquivado, e não
pode ser reapresentado dentro da mesma sessão legislativa, salvo se a reapresentação
for subscrita pela maioria absoluta dos membros de qualquer das casas do Congresso
Nacional.
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
Pensemos agora em um projeto de lei com 3 artigos apresentado por um deputado
federal. No Senado o projeto foi muito bem recebido e aprovado os 3 artigos iniciais,
porém esta casa decidiu incluir outro artigo. O que acontece nesse caso?
As emendas ao projeto de lei feita pela casa revisora, retornam á casa iniciadora para
serem apreciadas.
Art. 65. Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.
Nesse sentido, qualquer mudança substancial feita pela casa revisora
(acrescer ou diminuir) deve ser apreciada pela casa iniciadora. Perceba que, a
casa iniciadora terá a ultima palavra, deliberando sobre a inclusão ou não
dessas emendas.
“Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.”
Aprovado o projeto de lei no Congresso Nacional, seguirá para Sanção Presidencial.
Se o presidente concordar com o projeto deve sancioná-lo, caso discorde deve vetá-lo.
A sanção pode ser tanto expressa quanto tácita, já o veto é sempre expresso e
fundamentado. Porque?
O veto presidencial está estabelecido na CR/88 tendo como prazo 15 dias úteis. Neste
caso o Presidente tem 3 opções:
Sancioná-lo expressamente
Vetá-lo expressamente
Permanecer inerte
No caso inércia do presidente, o silêncio importará em sanção tácita.
“Art. 66... § 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis,
contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto. ... § 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção.”
Espécies de Veto:
a) Pode ser Total ou Parcial.
- Total: Que incide sobre todo o projeto de Lei
- Parcial: Incide sobre uma parte do projeto de lei.
O veto parcial deve incidir necessariamente sobre texto integral de artigo, parágrafo,
inciso, ou alínea.
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
A isso a doutrina dá o nome de princípio da não parcelaridade.
Obs: No controle de Constitucionalidade concentrado vigora o contrário, ou seja, o
princípio da parcelaridade ( permite ao STF julgar e declarar inconstitucional apenas parte
do texto legal que estiver em conflito com o texto constitucional)
b) Pode ser Político ou Jurídico
- Político: Ocorre quando o Presidente da Republica afirma que o projeto de lei é contrario
ao interesse nacional.
- Jurídico: Ocorre quando o Presidente da República entende que o projeto é, no todo ou
em parte, inconstitucional.
Pode ser uma inconstitucionalidade material (contrário á dispositivo da CR/88), ou formal
(quando a forma/procedimento não é observada).
Obs1: E se um projeto lei de iniciativa do Presidente da República fosse apresentado por
um Deputado Federal, aprovado pelas casas parlamentares e sancionado pelo Presidente
da República. A sanção teria o condão de afastar a inconstitucionalidade por vício de
iniciativa? Não.
A sanção Presidencial não convalida vício de iniciativa. Está superada a súmula nº 05 do
STF que dizia exatamente o contrário.
Obs2: O veto ainda deve ser fundamentado, conforme a ultima parte do §1º do Art. 66, da
CR/88 ( ...”e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado
Federal os motivos do veto.”)
Feita a comunicação ao Presidente do Senado, este como Presidente do Congresso
Nacional, irá convocar um sessão conjunta para que no prazo máximo de 30 dias
apreciem o veto.
Na aula passada já analisamos a diferença entre sessão conjunta e sessão unicameral,
mas não custa relembrar.
Sessão conjunta: Apesar de estarem reunidos na mesma sessão, a contagem dos votos é
feita em separado.
Sessão Unicameral: Há a junção das duas casas e os votos serão contados de forma
igualitária. Exemplo clássico é a revisão constitucional prevista no art. 3º do ADCT, veja:
“Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral.”
Nessa sessão conjunta no Congresso Nacional, é possível a derrubada do veto
presidencial, através do quorum de maioria absoluta dos congressistas.
Art.66 § 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores.
E se a sessão não ocorrer no prazo de 30 dias, qual a consequência?
Haverá o trancamento de pauta.
“Art. 66 § 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.”
3ª Fase : Conclusão
É a fase final do processo legislativo em que acontece a promulgação e a publicação da
lei.
Existe uma divergência na doutrina se a promulgação é feita sobre o projeto de lei ou
sobre a lei, porém esta é uma discussão meramente didática que não influenciará no
deslinde do procedimento.
Á princípio, a promulgação é um ato vinculado do Presidente da República.
Se o veto for derrubado, será ele encaminhado para o Presidente da República para que,
no prazo de 48 horas proceda á promulgação, não tendo novamente a oportunidade de
vetar. Caso o Presidente da República permaneça inerte, caberá ao Presidente do
Senado, e se este não o fizer em igual prazo, caberá ao vice-presidente do senado fazê-
lo.
“§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.”
4.2.3) Processo Legislativo Sumário
Será aproveitado grande parte do processo legislativo ordinário, pois possui apenas duas
diferenças deste.
Diferenças:
Legitimado:
O único legitimado para o processo legislativo sumário é o Presidente da República
“Art. 64. § 1º O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.”
Atente para o fato de que o Presidente só pode solicitar urgência nos projetos de sua
iniciativa (não necessariamente privativa).
Prazos
O processo legislativo sumário estabelece prazos para apreciação no Congresso
Nacional. Quais são esses prazos:
Casa iniciadora (Câmara dos Deputados): 45 dias para apreciar o projeto.
Casa Revisora (Senado Federal): 45 dias para apreciação do projeto.
Art. 64 § 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação.
E se alguma das casas descumprir este prazo, qual a consequência?
Trancamento de pauta relativa. Neste caso é relativa pois as deliberações legislativas
que tenham prazo constitucional determinado não estão restringidas ao trancamento
da pauta.
As emendas ao projeto, nesse caso, serão apreciadas no prazo máximo de 10 dias, nos
mesmos moldes do processo legislativo ordinário.
“Art. 64. § 3º A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no prazo de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior.”
Por fim, importante destacar que os projetos de código não podem seguir o rito Sumário.
“Art. 64. § 4º Os prazos do § 2º não correm nos períodos de recesso do Congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de código.”