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CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL FERNANDO CARLOS DO NASCIMENTO PAULO VINICIUS SMANIOTTO DE FRANÇA DISPOSITIVO AUTOMÁTICO DE ARMAZENAMENTO DE PALETES Garça 2016

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CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

FERNANDO CARLOS DO NASCIMENTO

PAULO VINICIUS SMANIOTTO DE FRANÇA

DISPOSITIVO AUTOMÁTICO DE ARMAZENAMENTO DE PALETES

Garça 2016

CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRONICA INDUSTRIAL

FERNANDO CARLOS DO NASCIMENTO

PAULO VINICIUS SMANIOTTO DE FRANÇA

DISPOSITIVO AUTOMÁTICO DE ARMAZENAMENTO DE PALETES

Artigo Científico apresentado à Faculdade de Tecnologia de Garça – FATEC, como requisito para a conclusão do Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, examinado pela seguinte comissão de professores.

Data da aprovação: / /

_________________________________ Prof. Edson Mancuzo FATEC Garça _________________________________ Prof. FATEC Garça _________________________________ Prof. FATEC Garça

GARÇA 2016

1

DISPOSITIVO AUTOMÁTICO DE ARMAZENAMENTO DE PALETES

Fernando Carlos do Nascimento1 [email protected]

Paulo Vinicius Smaniotto de França1 [email protected]

Prof. Edson Mancuzo2

[email protected]

Resumo – O objetivo do trabalho é o desenvolvimento e implementação de um dispositivo automático de armazenamento de pallets, visando a redução de custos e agilidade nas movimentações de produtos nas indústrias. Este tema reflete as demandas do mercado que exige da produção industrial mais qualidade, segurança, menor custo e maior produtividade, o que implica, nesta área, em grande movimentação de mercadorias nos estoques e centros de distribuições, proporcionando alto fluxo na entrada e saída de mercadorias e matérias-primas. Para isso, buscou-se ajuda da eletrônica, robótica e programação, presentes nos conteúdos trabalhados no curso de Mecatrônica Industrial, para criar dispositivos autônomos capazes de movimentar e gerenciar esses estoques nos centros de distribuição com maior rapidez, qualidade e confiabilidade. A metodologia utilizada está fundamentada teoricamente em bibliografia na área e como prática, e a construção de um protótipo, demonstrando a implementação e comprovando seu funcionamento. As questões postas refletem a relevância social e acadêmica do tema escolhido para pesquisa. Palavras-Chave: Dispositivo Automático. Mecatrônica Industrial. Armazenamento.

Abstract – The theme chosen for survey reflects the demands of the market that requires the higher quality industrial production, safety, lower cost and higher productivity in a short time, which implies great movement of goods in stores and distribution centers, due to the high flow in entry and exit of goods and raw materials. Therefore, he sought help of electronics, robotics and programming, present in the contents worked in the course of Mechatronics Industrial, to create autonomous devices able to operate and manage these large inventories at distribution centers with greater speed, quality and reliability. The work aims to bring greater understanding of the development and implementation of a automatic device pallet storage, cost reduction and agility in product movements in industries. The methodology used is theoretically based on readings by renowned authors in the area and a policy of building a prototype to demonstrate its implementation and to check its operation. The questions posed reflect the social and academic relevance of the theme chosen for research. Keywords: Automatic Device. Mechatronics Industrial. Storage.

1 Alunos do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial da Faculdade de Tecnologia de Garça – FATEC. 2 Docente da FATEC-Garça.

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1. INTRODUÇÃO

A automatização está ligada à realização de movimentos automáticos,

repetitivos e mecânicos, e um sistema de automação comporta-se como um

operador humano que pensa e executa a ação mais apropriada a partir do uso das

informações sensoriais, de acordo com Rosário (2009, p.18).

A automação industrial está constantemente em busca de possíveis

melhorias nas empresas por meio das tecnologias disponíveis no mercado. A

premência de uma indústria eficaz, dinâmica, produtiva e com processos bem

elaborados, torna-se cada vez mais imprescindível.

A partir dessa evolução, todos os ramos da indústria tiveram impacto

significativo na automatização dos seus processos, dentre elas a área de logística. A

forma de movimentação de materiais de um armazém é um dos parâmetros

estratégicos para atender as exigências de mercado. Um sistema de

armazenamento e busca automatizada é um importante componente para aumento

da eficiência em movimentação e logística de mercadorias. Este também aumenta o

nível de segurança para o trabalhador, reduz o tempo de deslocamento de materiais,

facilita o gerenciamento e integram os sistemas de controle e estoque priorizando

agilidade, flexibilidade e tempo de resposta, incomparáveis ao sistema manual.

Pallets são dispositivos para acomodação de matérias primas ou produtos

acabados de vários tipos, confeccionados muitas vezes em madeira, plástico ou

metal tem forma quadrada ou retangular de acordo com sua finalidade, possui

distância entre suas partes estruturais para ventilação e também espaço com o solo,

lateralmente possui dois ou mais espaços onde será feito o encaixe do garfo da

empilhadeira ou do transelevador para seu transporte de maneira segura e rápida.

Com o advento da Primeira Revolução Industrial, marco na

evolução mundial, surge à possibilidade de expandir a produção e, assim, confeccionar objetos de maior qualidade a preços

reduzidos (MURARO, 1969 p. 76).

O assunto escolhido para o projeto de pesquisa está relacionado aos

conteúdos trabalhados no curso de tecnologia em mecatrônica industrial e consiste

em um dispositivo semiautomático para movimentação e armazenamento de pallets

para Indústria em geral, são realizados através do dispositivo facilitando a

3

armazenagem de produtos em prateleiras visando à agilidade, confiabilidade, e

segurança na atividade, diminuindo custo operacional envolvido no processo.

1.1 OBJETIVOS

1.2 Geral

Analisar dispositivos já existentes no mercado, para entender seu

funcionamento e buscar alternativas de materiais, componentes, montagem e

instalação que viabilizem a construção de um protótipo.

Desenvolver a fabricação dos elementos e sistemas mecânicos, elétricos e de

automação do dispositivo.

1.3 Específicos

Desenvolver um protótipo capaz de movimentar e armazenar pallets, com

base em equipamentos existentes na indústria, em escala reduzida, visando

amenizar problemas na segurança, melhorar produtividade e qualidade, no

armazenamento de produtos diversos.

1.4 Relevância do Projeto

.

Segundo Rocha (2001, p.58) a adoção de sistemas logísticos eficientes se

torna um elemento chave para as empresas, pois podem contribuir para redução de

custos na logística, que compõem parte significativa do custo do produto e também

na identificação de possíveis problemas logísticos que possam afetar a rentabilidade

da empresa e/ou em nível de prestação de serviço aos clientes.

Com a implantação do dispositivo é possível melhorar a eficiência na entrada

e saída de mercadorias nas empresas, com o objetivo de minimizar os desperdícios,

aumentando a eficiência no manuseio e transporte de diversas categorias de

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produtos, armazenados diariamente nos mais diversos tipos e segmentos de

empresas, melhorar a segurança no manuseio de cargas tanto para as pessoas

envolvidas quanto as cargas transportadas. Com a automação deste processo a

mão de obra deixa de ser controlada por um operador de empilhadeira e passa a

exigir um profissional mais qualificado, profissional mecatrônico na supervisão deste

tipo de equipamento.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Referencial Teórico

Para um bom desempenho e eficácia no sistema logístico do estoque, a fim

de diminuir custos, melhorar a qualidade e rapidez na movimentação, confiabilidade

e melhoria na segurança do processo é necessário levar em conta algumas

condições do estoque como:

Localização: uma boa localização, bons acessos e boa estrutura ajudam de

forma significativa a movimentação das mercadorias e o bom desempenho do

sistema;

Espaço: o tamanho da área destinada ao estoque deve ter o tamanho

suficiente para uma boa movimentação e tráfego interno dos materiais;

Arranjo: utilizar estruturas e materiais de acordo com o tipo de mercadoria e

de serviço que se deseja utilizar no estoque;

Sistemas de informações: sistemas de gerenciamento de informações para

ajudar no controle e gerenciamento dos produtos;

Recursos humanos: juntamente com o sistema escolhido é necessário,

mão de obra treinada e especializada para supervisão de todo o sistema e

equipamento.

O dispositivo pesquisado para elaboração do trabalho e protótipo foi o

transelevador para pallets, máquina criada para o armazenamento automático de

pallets. Deslocam-se nos corredores e realizam as funções de entrada,

posicionamento e saída de mercadorias. Os transelevadores são guiados por um

software de gestão que coordena todos os movimentos.

A gama de transelevadores se adapta facilmente as necessidades de cada

armazém em quanto à capacidade de carga, dimensões, altura de construção e

tempos de ciclo, por isto cobrem um vasto leque de aplicações.

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Algumas de suas vantagens são:

Máquinas que podem alcançar 40 metros de altura e trabalhar em

corredores de apenas 1,50 metros de largura;

Armazéns de grande capacidade de carga;

Automação das operações de entrada e saída dos produtos;

Permitem a gestão de inventários controlados e atualizados a qualquer

momento;

Eliminam os erros derivados da gestão manual;

Possibilidade de adequar-se as condições de trabalho especiais como

temperatura de congelamento (-30º C). Umidade extrema ou prestações

especiais como a de incrementar as velocidades de trabalho padrão.

FIGURA 1 – Transelevador de pallets Mecalux

Fonte: Mecalux (2016).

2.2 Controlador lógico programável - CLP

A National Electrical Manufactures Association (NEMA), considera um

controlador lógico programável um aparelho eletrônico digital que utiliza uma

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memória programável para armazenar internamente instruções e para implementar

funções específicas, tais como lógica, sequenciamento, temporização, contagem e

aritmética, controlando, por meio de módulos de entradas e saídas, vários tipos de

máquinas ou processos.

De forma geral, os controladores lógicos programáveis (CLPs) são

equipamentos eletrônicos de última geração, utilizados em sistemas de automação

flexível. Estes permitem desenvolver e alterar facilmente a lógica para acionamento

das saídas em função das entradas. Desta forma, pode-se utilizar inúmeros pontos

de entrada de sinal para controlar pontos de saída de sinal (cargas).

A linguagem de programação de Controladores Lógico Programáveis (CLPs)

podem ser do tipo Ladder, Statement List ou GRAFCET, as linguagens de

programação em Ladder e em Statement List implementam as operações de forma

quase similar, deferindo apenas na forma como são representadas e no modo como

são inseridas no CLP. A palavra “Ladder” em inglês significa “escada”, nome dado

por causa da similaridade da linguagem com o objeto de uso diário.

O GRAFCET implementa as instruções de controle baseando-se em passos e

ações representados de forma gráfica.

Para programação desses CLPs é utilizado software específico, onde a

linguagem Ladder é uma das mais utilizadas devido ser uma linguagem muito

intuitiva, facilitando sua compreensão e programação.

2.2.1 CLP - FC600 - Festo

O CLP (FC600) foi desenvolvido pela empresa (Festo) para atender diversas

necessidades quanto à questão de automação sendo muito utilizado para fins

didáticos, nele encontramos muitas funções como temporizadores, contadores,

memórias e lógica Booleana que são utilizadas de acordo com a programação,

assim alterando as saídas dependendo de sinais de entradas e programa nele

encontrado, levando isso em consideração foi escolhido o FC600 para ser a parte de

processamento e execução quanto às informações adquiridas dos sensores e no

envio de informações para os atuadores.

Algumas características do FC 600:

24 entradas digitais de 24 Vcc;

16 saídas digitais a relê, protegidas contra curto-circuito;

256 contadores crescentes e decrescentes (0 a 65535);

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256 temporizadores (0 a 655 segundos) com precisão de 0,01 s;

256 registradores e 160000 flags (10000 flags words);

Capacidade de memória de 256 Kb;

Proteção contra inversão de polaridade de alimentação;

LEDs indicadores de operação;

Software de programação FST por diagrama de contatos (ladder);

Interface serial (padrão RS232c) interligada ao PC por meio de cabo;

PS1-SM14, memória Flash RAM para armazenamento de programas.

FIGURA 2 – CLP FESTO FC-600

Fonte: Festo (2016)

2.3 Sensores

Sensores são dispositivos que trabalham com medidas de grandezas físicas,

como: temperatura, pressão, presença, umidade, intensidade luminosa, entre outros.

As grandezas medidas pelos sensores são combinadas a fim de obter informações

sobre o meio físico, onde estão presentes. Em geral os sensores

atuam transformando partes de uma grandeza física normalmente em um sinal

elétrico, que por sua vez pode ser interpretado por certos equipamentos eletrônicos

(BORGES & DORES, 2010)

Segundo Borges & Dores (2010), os sensores quando operam de

forma direta, transformando uma forma de energia em outra são chamados

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de transdutores. Os sensores onde as operações ocorrem de forma indireta

alteram suas propriedades, como a resistência, capacitância ou indutância, sob a

ação da grandeza de forma que essa alteração ocorre mais ou menos proporcional.

São vários os tipos de sensores utilizados nos mais variados tipos de

sistemas e máquinas como exemplo: eletromecânicos, ópticos, encoders, indutivos,

capacitivos, magnéticos, proximidade e ultrassônicos. Aqui serão descritos aqueles

sensores a serem utilizados no protótipo.

2.3.1 Chave fim de curso

Uma chave fim de curso é um termo genérico usado para referir-se a um

comutador elétrico que é capaz de ser atuado por uma força física.

Normalmente possui um contato NF (normalmente fechado) e um contato NA

(normalmente aberto).

Ela é muito comum devido ao seu pequeno custo e extrema durabilidade,

normalmente maior que 1 milhão de ciclos e acima de 10 milhões de ciclos para

modelos destinados a aplicações pesadas.

Podem ser utilizadas em diversas aplicações nas indústrias de modo geral,

bem como nas áreas de construção, mineração, Farma-química, energia e

elevadores. Sua principal aplicação é indicar o fim de curso de uma parte móvel

qualquer.

FIGURA 3 – Chave fim de curso

Fonte: Metaltex (2016)

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2.3.2 Sensor indutivo

O Sensor indutivo possui algumas características que torna seu uso uma

opção muito viável e vantajosa na aplicação em sistemas industriais. Por não

possuírem partes móveis, o sensor indutivo possui uma vida útil prolongada em

relação aos sensores fim de curso que utilizam contatos mecânicos. Adicionalmente,

são componentes muito bem vedados e que podem trabalhar em ambientes com

poeira (não metálica) e até mesmo em contato com líquidos. E apesar da pequena

distância de detecção, apresenta ótima precisão e, portanto, repetitividade em

medições de proximidade.

O sensor indutivo é composto por um núcleo de ferrite envolto por uma

bobina, um circuito oscilador e, por fim, um circuito disparador em conjunto com um

amplificador (Disparador de Schmitt).

O princípio de funcionamento do sensor indutivo se dá a partir de um campo

eletromagnético variável que é gerado pelo oscilador em conjunto com a bobina na

extremidade do dispositivo. Quando um material metálico penetra este campo, são

induzidas pequenas correntes parasitas. Com a indução no metal, ocorre uma

diminuição na energia do campo e, consequentemente na amplitude do sinal

proveniente do oscilador. Quando este sinal se torna muito baixo, o circuito de

disparo percebe a mudança e altera a tensão de saída. Fornecendo uma resposta

lógica, de nível alto ou baixo, que pode ser utilizada no controle do processo.

FIGURA 4 – Sensor indutivo

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Fonte: Citisystems (2016).

Os sensores indutivos podem ser aplicados em diferentes funções

relacionadas à percepção de proximidade. Dentre as principais aplicações deste tipo

de sensor estão: detecção de presença ou ausência de um material metálico,

detecção de passagem de material, detecção de fim de curso, contagem e

reconhecimento de pulsos por meio de componente mecânico dentado, identificação

de materiais metálicos, leitura de posição (longa distância).

O sensor indutivo é um dispositivo que apresenta versatilidade, oferece

segurança nas aplicações de automação e, portanto, possui grande utilidade na

indústria.

2.3.3 Encoder

O encoder é um sensor que converte um movimento angular ou linear em

uma série de pulsos digitais elétricos, fornecendo para o controlador (exe.CLP)

dados suficientes para transformá-los em algo útil para nós, como posição,

velocidade ou RPM.

A conversão desses movimentos em pulsos elétricos é feita através da

detecção fotoelétrica, onde uma série de pulsos são gerados pela passagem da luz

em um disco opaco, com várias aberturas transparentes. O receptor detecta a luz

enviada pelo emissor e também a falta de luz, gerando assim os pulsos digitais (0 e

1).

No caso do encoder utilizando do sensor indutivo, a alternância da parte

metálica inteira e a parte metálica faltante provocará uma variação do campo

eletromagnético do sensor assim sendo possível sua contagem.

FIGURA 5 – Diagrama de um encoder incremental

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Fonte: Ebah (2016)

Existem dois tipos de encoder, o incremental gera um certo número de

impulsos por revolução. O número de um impulso representa medida da distância

básica movida (angular ou linear), um circuito eletrônico deverá contar o número de

pulsos para determinar a distância total percorrida.

O encoder absoluto fornece um valor numérico específico (codificado) para

cada posição angular caso ocorra queda de tensão o mesmo não perderá

referência, diferentemente do incremental que realiza leitura do ponto zero, caso

ocorra queda de tensão o mesmo perderá a referência.

2. Metodologia do protótipo

Serão descritas as etapas do desenvolvimento do protótipo em questão,

construção, e montagens dos componentes mecânicos, elétricos e software de

programação do CLP.

A metodologia utilizada é a elaboração de um protótipo, o qual se constitui em

um dispositivo de movimentação e armazenagem de materiais e produtos que se

encontram acomodados em pallets, voltado para industrias de modo geral, sendo

possível transportar e armazenar diversos tipos de produtos em prateleiras nos

estoques das empresas.

FIGURA 6 – Eixos X, Y, Z

Fonte: Os Autores

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O protótipo em questão dá se pelo desenvolvimento de um dispositivo do tipo

transelevador, dispositivo no qual executa movimentos em três eixos, deslocando-se

na posição horizontal, vertical e transversal. Iniciamos a construção através dos

eixos x, y e z, para a confecção do eixo x utilizamos corrediças lineares metálicas

como base do dispositivo, sobre as quais desliza todo o conjunto base do protótipo,

tracionado por um conjunto de polias e correia ligado a um motor redutor.

O avanço e recuo são controlados por um sensor indutivo acoplado a uma

engrenagem ligado ao eixo do motor, executando a função de um encoder para que

possamos determinar através de pulsos elétricos a posição exata do dispositivo

contando os pulsos gerados pelo sensor indutivo através da contagem de dentes da

engrenagem acoplada no eixo, controlando assim o número de passos do eixo x e

seu posicionamento com precisão.

FIGURA 7 – Detalhes do encoder

Fonte: Os Autores

No eixo y utilizamos um conjunto guia linear e patins, para realizar o

deslocamento do mesmo, no qual foi fixado a uma barra metálica de 20x20 cm.

O mesmo possui transmissão através de motor redutor utilizando conjunto de

polias e correia executando o movimento de subida e descida do eixo sendo a base

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do eixo z. O controle de parada de posição deste eixo é realizado através de duas

chaves fim de curso, cada uma localizada nas extremidades do eixo possibilitando a

parada imediata do mesmo na posição correta.

Para o conjunto z foi utilizado o sistema de movimentação de uma impressora

também utilizando um conjunto de motor correia e polias. Foi necessário algumas

adaptações e retirada de partes desnecessárias que restavam da impressora,

realizamos a fixação do garfo de coleta de pallets no cabeçote do sistema de

movimentação da impressora, seu avanço e recuo é controlado por dois sensores

indutivos, um se encontra localizado no final do curso do garfo e outro no começo do

curso, assim possível determinar e controlar seu recuo e avanço total.

Os motores utilizados para movimentação dos eixos são:

1. Eixo x e y: Micro redutor MR - 710 24vcc;

Na figura 8, os dados técnicos do motor.

Fonte: Motron (2016).

2. Eixo z: Motor 24vcc DC Mini-Motors M36N-1 Series;

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Na figura 9, os dados técnicos do motor.

Desenho Técnico do motor:

Tensão 5 a 18vcc

Corrente Nominal 2.0 amperes

Corrente Max 4.0 amperes

Rotação 2250

Torque 20 kgf/cm

Fonte: Os Autores

Fonte: Mitsumi (2016).

Os paletes serão armazenando em prateleiras de 4x4 posições enumeradas

de um a quatro, utilizando em cada posição chave fim de curso para identificar a

existência ou não de produtos armazenados no mesmo, monitorando a entrada e

saída dos paletes nas prateleiras.

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FIGURA 10 – Vista do protótipo

Fonte: Os Autores

2.5 Resultados

Para esse projeto foi proposto desenvolver um dispositivo automático capaz

de identificar na entrada quando há pallets a serem armazenados, após a

identificação do material o sistema faz uma busca no estoque, se houver espaço

vazio nas prateleiras o dispositivo fará sua identificação e começara a fazer o seu

trajeto ate chegar ao local onde será armazenado o pallet, caso o estoque esteja

cheio o sistema acenderá um led de aviso indicando não haver espaço suficiente

para armazenagem e o transelevador se manterá em estado de espera até aparecer

espaço no estoque.

A prateleira do protótipo é constituída por quatro espaços para

armazenamento, enumerados de 1 a 4, sendo os de números 1 e 2 na parte inferior

nessa sequência e os de números 3 e 4 na parte superior também seguindo a

ordem, logo o espaço 3 fica localizado acima do 1 e o 4 acima do espaço 2, a

programação utilizada foi a linguagem ladder sendo possivel definir uma ordem

logica de armazenamento dos pallets, o sistema faz a busca e armazena sempre na

ordem crescente ou seja a numeração menor e mais proxima do ponto inicial até que

esteja totalmente cheio.

3. Conclusão

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Como conclusão, podemos observar que a elaboração e construção do

protótipo mesmo que em escala reduzida e com menos funções em relação a muitos

outros dispositivos encontrados no mercado conseguimos atingir o objetivo prático e

funcional do mesmo, através de testes realizando o processo de armazenagem dos

produtos com mais agilidade e confiabilidade na execução desta tarefa melhorando

a rotina de trabalho nas atividades de movimentação de produtos nos estoques.

Este trabalho foi satisfatório, por explorar a área da mecatrônica possibilitando a

aplicação na prática dos conhecimentos teóricos durante o curso de mecatrônica

Industrial.

4. Referências

ROSÁRIO, João Maurício. Automação industrial. São Paulo: Baraúna, 2009.

MURARO, Rose Marie. A automação e o futuro do homem. 2. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1969.

CAPELLI, Alexandre. Automação industrial: controle do movimento e processos contínuos.

São Paulo: Érica, 2008.

ROCHA, Paulo César Alves. Logística e Aduana. 4. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2001.

BORGES, L. P.; DORES, R. C., Automação predial sem fio utilizando bacnet/zigbee com foco em economia de energia. 2010, 76f. Trabalho de conclusão de curso - Curso de Graduação em

Engenharia de Controle e Automação – UNB, Brasília, 2010.

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