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Curso de Ár Sa Promover a P c Não contem e Mestrado em Enfer rea de Especialização aúde Infantil e Pediatria Parentalidade Positiva crianças prematuras Susana Maria Mata Martins 2015 mpla as correções resultantes da discussã rmagem o a em pais de ão pública

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Page 1: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

Curso de

Área de Especialização

Saúde Infantil e Pediatria

Promover a Parentalidade Positiva em

crianças

Não contempla as correções resultantes da discussão pública

Curso de Mestrado em Enfermagem

Área de Especialização

Saúde Infantil e Pediatria

Promover a Parentalidade Positiva em

crianças prematuras

Susana Maria Mata Martins

2015

Não contempla as correções resultantes da discussão pública

estrado em Enfermagem

Área de Especialização

Saúde Infantil e Pediatria

Promover a Parentalidade Positiva em pais de

Não contempla as correções resultantes da discussão pública

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Curso de Mestrado em Enfermagem

Área de Especialização

Saúde Infantil e Pediatria

Promover a Parentalidade Positiva em pais de

crianças

Orientadora: Maria Filomena

Curso de Mestrado em Enfermagem

Área de Especialização

Saúde Infantil e Pediatria

Promover a Parentalidade Positiva em pais de

crianças prematuras

Susana Maria Mata Martins

Orientadora: Maria Filomena de Sousa

2015

Curso de Mestrado em Enfermagem

Área de Especialização

Saúde Infantil e Pediatria

Promover a Parentalidade Positiva em pais de

Sousa

Page 3: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

“Por vezes, os pais pensam que é preciso dar-lhes o mundo, mas

muitas vezes esquecem-se que para elas, o mundo são eles

mesmo. E isso é o que as crianças verdadeiramente precisam.”

(OE, 2010)

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AAP – American Academy of Pediatrics

AM – Aleitamento materno

BCG – Bacillus Calmette-Guérin

CCF – Cuidados centrados na família

CE – Conselho Europeu

CSP – Cuidados de Saúde Primários

DGS – Direção Geral de Saúde

ERC – European Resuscitation Council

Escala Flacc – Face, Legs, Activity, Cry, Consolability Scale

Escala Nips – Neonatal Infant Pain Scale

Escala Ops – Objective Pain Scale

ICN – International Council of Nurses

IG – Idade Gestacional

IPFCC – Institute for Patient and Family-Centered Care

OE – Ordem dos Enfermeiros

PNV – Plano Nacional de Vacinação

RN – Recém-nascido

RNPT – Recém-nascido prematuro

SIP – Serviço de Internamento de Pediatria

STM – Sistema de Triagem de Manchester

SUP – Serviço de Urgência Pediátrica

UCIIN – Unidade de Cuidados Intensivos e Intermédios Neonatais

UCSP – Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados

UMAD – Unidade Móvel de Apoio Domiciliar

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RESUMO

O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde da Criança e do Jovem

possui um conjunto de competências, conhecimentos e habilidades que mobiliza na

sua prestação de cuidados, sendo esta planeada em função do seu diagnóstico das

necessidades do cliente pediátrico.

A parentalidade é descrita como uma das transições mais importantes na vida das

pessoas, sendo também uma temática de relevo na sociedade atual, pelas reper-

cussões no futuro da mesma. Esta transição para a parentalidade pode ser acresci-

da de dificuldades se o nascimento for prematuro, tanto pela componente emocional

associada ao nascimento inesperado, mas também pela perceção de fragilidade e

de risco de vida da criança. Aliada a esta visão, surge uma concentração de expec-

tativas e de recursos podendo conduzir a que os pais a superprotejam as crianças,

limitando-as nas suas atividades de exploração e experimentação, o que inevitavel-

mente pode comprometer o seu desenvolvimento.

Desta forma, é da responsabilidade dos enfermeiros empoderar os pais para cui-

dar da criança prematura e assisti-los numa transição saudável para o exercício de

uma parentalidade positiva. Esta é definida por um comportamento parental baseado

no melhor interesse da criança, no envolvimento e trocas afetivas entre pais e crian-

ças mas também sensibilidade parental no que respeita às necessidades do seu

filho, estabelecendo limites e regras através de coerência.

Este relatório de estágio pretende evidenciar a aquisição de competências dife-

renciadas no cuidado ao cliente pediátrico e na promoção da parentalidade positiva

em pais de crianças nascidas prematuras. Estas competências, decorrentes da

experiência adquira, do percurso escolhido e palmilhado nos diferentes contextos de

estágio, são evidenciadas mediante uma descrição e reflexão crítica das atividades

realizadas.

Palavras – chave: Enfermeiro Especialista em Saúde da Criança e Jovem, Cui-

dados Centrados na Família, Parentalidade positiva, Prematuridade

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ABSTRACT

The Nurse Health Nursing Specialist Child and Youth has a set of skills,

knowledge and ability to mobilize in their care, which is planned according to their

needs assessment of pediatric client.

Parenthood is described as one of the most important transitions in people's lives

and is also a prominent theme in modern society, for the impact on the future of it.

This transition to parenthood can be added difficulties if the birth is premature, both

the emotional component associated with the unexpected birth, but also by the per-

ception of weakness and child's life at risk. Allied to this vision, comes a concentra-

tion of expectations and capabilities that may lead parents to overprotect children,

limiting them in their exploration and experimentation activities, which can inevitably

damage it.

Thus, the responsibility of nurses is to empower parents to take care of the prema-

ture baby and watch them in a healthy transition for the exercise of positive parent-

ing. This is defined by a parental behavior based on the best interests of the child,

involvement and emotional exchanges between parents and children but also paren-

tal sensitivity with regard to your child's needs, establishing limits and rules through

consistency.

This internship report aims to highlight the acquisition of different skills in the care

of pediatric client and promoting positive parenting for parents of children born prem-

aturely. These skills, resulting from experience purchase, the chosen route and trod-

den in the different stage settings, are evidenced by a description and critical analy-

sis of the activities performed.

Key – words: Nurse Specialist in Child and Young Centered Care in the Family,

positive parenting, prematurity

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Índice

Introdução ............................................................................................................. 8

1. Enquadramento conceptual ........................................................................ 11

1.1. Cuidar em Pediatria – papel do Enfermeiro Especialista ........................ 11

1.2. Transição para a parentalidade .............................................................. 13

1.3. Promoção da Parentalidade Positiva como competência do Enfermeiro

Especialista ........................................................................................................... 15

2. O percurso formativo .................................................................................. 19

2.1. Serviço de Urgência Pediátrica ............................................................... 20

2.2. Serviço de Internamento de Pediatria ..................................................... 26

2.3. Unidade de Cuidados Intensivos e Especiais Neonatais e Pediátricos .. 32

2.4. Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados .................................... 39

3. Considerações éticas .................................................................................. 48

4. Reflexões finais ............................................................................................ 49

Referências bibliográficas ................................................................................. 51

Apêndices .......................................................................................................... LVI

Apêndice 1: Autodiagnóstico das necessidades de aprendizagem –

Competências Comuns do Enfermeiro Especialista ......................................... LVII

Apêndice 2: Autodiagnóstico das necessidades de aprendizagem –

Competências Específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de

Saúde da Criança e do Jovem ....................................................................... LXXVIII

Apêndice 3: Objetivos gerais e específicos transversais aos Estágios LXXXIX

Apêndice 4: Plano de Atividades ................................................................... XCII

Apêndice 5: Reflexão crítica de estágio – Serviço de Internamento de

Pediatria ................................................................................................................. CV

Apêndice 6: Estratégias não farmacológicas para alívio da dor ............... CXVII

Apêndice 7: Guia Orientador para uma Parentalidade Positiva ................. CXIX

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INTRODUÇÃO

O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde da Criança e do Jovem

emprega na sua prestação de cuidados um modelo no qual o cliente pediátrico, con-

sistindo como a criança/jovem e família, é o alvo dos seus cuidados. Com o objetivo

de “promover o mais elevado estado de saúde possível”, este profissional presta

cuidados à criança e “proporciona educação para a saúde assim como identifica e

mobiliza recursos de suporte à família/pessoa significativa” (OE, 2011 c., p. 8653).

A parentalidade é uma das temáticas de maior relevo na sociedade atual, sendo a

transição para a parentalidade descrita como uma das mais importantes na vida das

pessoas. De facto, com o nascimento de uma criança inicia-se uma nova fase no

ciclo de vida familiar, modificando a identidade, os papéis e as funções dos pais e

restantes familiares. E, se o nascimento for prematuro, a transição para a parentali-

dade pode ser acrescida de dificuldades, tanto pela componente emocional associa-

da ao nascimento inesperado, mas também pela perceção de fragilidade e de risco

de vida da criança.

Apesar do número de nascimentos prematuros estar a aumentar, paradoxalmente

a taxa de natalidade tem vindo a decrescer ao longo dos anos. Logo existem cada

vez menos nascimentos e uma maior incidência de filhos únicos, nos quais são con-

centradas largas expectativas e recursos. Tal, dependendo do desempenho paren-

tal, pode levar ao desenvolvimento de uma componente omnipotente da personali-

dade. No recém-nascido prematuro (RNPT), esta concentração de expectativas e de

recursos, aliada à visão de fragilidade e à componente emocional associada ao nas-

cimento antecipado, leva a que muitos pais superprotejam as crianças, limitando-as

nas suas atividades de exploração e experimentação, o que pode comprometer o

seu desenvolvimento.

Os cuidados de enfermagem, no que respeita à parentalidade, transição para esta

e desenvolvimento da criança, assumem a responsabilidade decorrente do mandato

social da profissão, pois enquanto tal, a Enfermagem, tem o objetivo primordial de

cuidar, o que, significa estar com o outro nas mudanças da vida, como o nascimento

de um filho (Meleis, 2010). Importa então, capacitar e empoderar os pais para cuidar

da criança prematura e para uma transição saudável para o exercício de uma paren-

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talidade que se ambiciona positiva. Esta consiste num comportamento parental,

baseado no melhor interesse da criança e comporta um envolvimento parental com

a criança e trocas afetivas mas também sensibilidade parental no que respeita às

necessidades do seu filho, estabelecendo limites e regras através de coerência.

Assim, reconhecer as competências parentais naturais para cuidar das crianças e

facilitar a aquisição ou ajustamento de novas habilidades e competências dos pais,

face à situação específica da criança e promovendo a sua saúde é uma competên-

cia do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde da Criança e do Jovem

(OE, 2011 c.). Tal como também é a promoção do desenvolvimento infantil e a pro-

moção de saúde, não só da criança mas também da família, conduzindo a uma

prestação de cuidados centrada na família.

Integrado no 5.º Curso de Mestrado e Pós-Licenciatura de Especialização em

Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria, foi elaborado o presente relatório de

estágio. Alicerçado numa reflexão crítica, este relatório tem como objetivo evidenciar

a aquisição de competências diferenciadas no cuidado ao cliente pediátrico e na

promoção da parentalidade positiva em pais de crianças nascidas prematuras.

A escolha dos contextos de estágio foi criteriosa e sustentada na sua reconhecida

referência na prestação de cuidados ao cliente pediátrico1, bem como pela crença de

que seriam contextos passíveis de proporcionar aprendizagens potenciadoras do

desenvolvimento de competências de Enfermeira Especialista de Saúde da Criança

e Jovem. Desta forma, o estágio decorreu nos serviços de Urgência Pediátrica,

Internamento de Pediatria e Unidade de Cuidados Intensivos e Especiais Neonatais

e Pediátricos de um Hospital da região de Lisboa, o qual permite estabelecer alguns

paralelismos com o meu contexto de trabalho, mas diferenciando-se pelas especifi-

cidades das suas equipas, filosofia institucional e pelas características da população

pertencente à sua área de atuação. A escolha pela Unidade de Cuidados de Saúde

Personalizados foi baseada no facto de ser um dos contextos de cuidados de saúde

primários de referência do hospital onde presto cuidados. A fim de manter a prote-

1 Estas escolhas foram também realizadas de acordo com os referenciais da profissão e diretrizes emanadas pela Ordem dos Enfermeiros, nomeadamente através da Matriz para Análise dos Planos de Estudo dos Cursos de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem, consultada em http://www.ordemenfermeiros.pt/AEnfermagem/Paginas/Matrizparaaanalise.aspx a 5 de janeiro de 2015

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ção de dados e respeitar a privacidade dos clientes, os contextos foram identificados

apenas pelos seus âmbitos, não sendo nomeados quaisquer nomes.

O percurso dos estágios foi delineado refletindo a minha experiência profissional

no âmbito da prestação de cuidados ao cliente pediátrico, objetivada através de um

autodiagnóstico das necessidades de aprendizagem e de aprofundamento de Com-

petências Comuns do Enfermeiro Especialista (Apêndice 1) e Competências Especí-

ficas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde da Criança e Jovem

(Apêndice 2).

Esta busca por novas aprendizagens, aquisição e consolidação de competências

não foi desenvolvida de forma aleatória, mas foi orientada por objetivos (Apêndice

3), sendo estes mentores de um plano de atividades delineado para cada um dos

contextos (Apêndice 4). Apesar de algumas atividades serem descritas mais deta-

lhadamente que outras, devo ressalvar que tal não se deve a uma hierarquização ou

maior valorização, mas apenas à intenção de demonstrar o que foi desenvolvido nos

contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-

cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões críticas2 acerca do

que foi realizado em cada contexto de estágio, as quais foram compiladas e estão

refletidas neste relatório.

Este relatório foi organizado por capítulos. Após uma breve introdução, é apresen-

tado o enquadramento conceptual no qual se aborda o Cuidar em Pediatria, Transi-

ção para a Parentalidade e Parentalidade Positiva. O percurso formativo é descrito

no segundo capítulo ao qual se segue um capítulo de Considerações éticas e termi-

na-se com algumas Reflexões finais.

2 Apresentando-se um exemplo no Apêndice 5

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1. ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL

1.1. Cuidar em Pediatria – papel do Enfermeiro Especialista

O papel da criança na sociedade tem variado ao longo dos séculos de acordo

com a época e sociedade em que se encontra inserida. A criança que em séculos

passados era vista como um adulto em miniatura e inferiorizada, não lhe sendo atri-

buído afeto (Fontes & Ferreira, 2004), é agora reconhecida como uma pessoa, pro-

vida de individualidade, personalidade, direito à salvaguarda da sua proteção e

liberdade (Unicef, 2004).

De acordo com a OE (2011 b.), criança é toda a pessoa menor de 18 anos de

idade3, dependente dos cuidados da família, que lhe proporciona a satisfação das

suas necessidades no sentido de um crescimento e desenvolvimento saudáveis,

mas também, na aquisição de capacidades e conhecimentos que edifique a sua

crescente independência até à plena autonomia. Como tal, cuidar da criança e

jovem implica o respeito pelos seus direitos à liberdade de expressão e de autode-

terminação (OE, 2011 b.).

Perante este conceito de criança, o Enfermeiro Especialista em Saúde da Criança

e do Jovem presta cuidados específicos de acordo com as etapas do ciclo de vida e

de desenvolvimento da criança/jovem, recorrendo “a um modelo conceptual centra-

do na criança e família encarando sempre este binómio como beneficiário dos seus

cuidados” (OE, 2011 c., p. 8653).

Os Cuidados Centrados na Família4 (CCF), aspeto da filosofia da enfermagem

pediátrica que preconiza o cuidar da criança e da sua família, reconhece-a como

unidade de cuidado (Hockenberry & Wilson, 2014) e tem como objetivo basilar a

promoção da saúde e bem-estar dos indivíduos e família, mantendo e/ou restauran-

3 Podendo de ser alargado até os 21anos, no caso de doença crónica, incapacidade ou deficiência

4 Os CCF assentam em 4 grandes pilares: respeito e dignidade (os conhecimentos, valores e crenças, bem como as perspetivas familiares são incluídas no planeamento e prestação de cuidados, sendo respeitadas as suas opiniões), partilha de informações (a comunicação e partilha de informações é oportuna, clara e concisa proporcionando uma efetiva participação do cliente pediátrico), participação (o cliente pediátrico é incentivado e apoiado, seja na tomada de decisão quanto nos cuidados propriamente ditos, escolhendo o seu nível de partici-pação nesses cuidados) e colaboração (o cliente pediátrico é efetivamente incluído na prestação de cuidados em todo o seu processo de planeamento, execução, avaliação e restruturação, se necessário) (IFCC, 2010).

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do o seu controle e dignidade (Pinto, Ribeiro, Pettengill, & Balieiro, 2011). Este

modelo de cuidados norteia o Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde da

Criança e do Jovem numa performance de “prestação de cuidados de nível avança-

do, com segurança, competência e satisfação da criança”, assim como da família em

diferentes contextos de cuidados (OE, 2011 c., p. 8653).

No que se refere à família, a atuação deste enfermeiro foca-se, entre outras

áreas, no crescimento e desenvolvimento infantil através da sua avaliação, promo-

ção e pelo fornecimento antecipado de orientações às famílias no sentido de maxi-

mizar o potencial do desenvolvimento infantil. É também da responsabilidade do

enfermeiro a aquisição de conhecimentos e de habilidades que lhe permitam avaliar

a família e responder às suas necessidades, nomeadamente no âmbito da adapta-

ção às mudanças na saúde e dinâmica familiar” (OE, 2011 c., p. 8653).

O cuidado centrado na família permite a manutenção da prestação de cuidados

parentais e de um sentido de inclusão na família, na qual as crianças/jovens são

reconhecidas como membros integrantes, facilita a vivência do internamen-

to/situação de doença (Barros, 1999; OE, 2011 a.; Cruz, 2013). O acompanhamento

parental durante o internamento foi uma importante conquista obtida ao longo do

tempo. Este é um facto que em muito auxilia, tanto pais como filhos, na gestão da

angústia, ansiedade e medo da hospitalização. Tal situação constitui-se também

como um elemento promotor de uma parentalidade positiva, pois conjugando os

conhecimentos que os pais detêm dos seus filhos com as informações obtidas

perante a vivência desta nova situação levam a uma prestação de cuidados paren-

tais individualizados, promovendo também o desenvolvimento de um sentimento de

confiança mútua entre pais e filhos.

Apesar da expectativa parental em relação aos enfermeiros, no sentido destes

prestarem cuidados de forma competente, atenta e carinhosa (Magalhães, 2011), tal

não significa que haja uma substituição dos pais nos cuidados que estes podem e

querem prestar. Espera-se que além dos cuidados de enfermagem necessários, os

enfermeiros sejam pró-ativos no fornecimento de informação pertinente aos pais,

contribuindo para a manutenção do seu papel parental, participação e tomada de

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decisão nos cuidados, uma vez que a falta de informação é um dos aspetos mais

preocupantes e ansiogénicos para os pais (Magalhães, 2011).

A hospitalização não deve ser encarada como lineamente negativa: pode e deve

ser também uma situação na qual, o cliente pediátrico na sua total amplitude, adqui-

ra estratégias para lidar com diferentes situações de saúde, nomeadamente estraté-

gias de gestão da dor, mas também a desenvolver a sua autoconfiança e sentimento

de eficácia face a situações semelhantes, vistas como difíceis ou preocupantes

(Barros, 1999; Meleis, 2010). Portanto, é essencial o reconhecimento, por parte dos

enfermeiros, deste processo de transição saúde-doença, para poder identificar e

implementar as intervenções que efetivamente ajudem os seus clientes na gestão

destas situações que se apresentam como desafiantes (Silva, 2011).

Resulta desta reflexão, a certeza de que o internamento pode ser uma oportuni-

dade para promover e educar no sentido da saúde. Realmente, para o cliente pediá-

trico, a situação de doença pode ser uma motivação acrescida para a aprendizagem

e para a adoção de comportamentos promotores de saúde, bem como adoção de

comportamentos condutores a uma parentalidade positiva (Pender, Murdaugh, &

Pars, 2006). Também o feedback e orientação proporcionada pelos profissionais de

saúde, na resposta aos cuidados prestados e dúvidas parentais apresentadas,

podem ser encarados como facilitadores desta transição, uma vez que promovem a

sua adaptação a novas situações, são construtores de uma identidade de cuidador

por parte dos pais e promovem a sua autonomia.

1.2. Transição para a parentalidade

Tornar-se pai/ mãe conduz, não só ao aumento dos elementos da família, mas

também a novos papéis e responsabilidades bem como a alterações nas relações

entre os membros dessa família. Neste sentido, a transição para tornar-se pai ou

mãe pode ser um evento especialmente crítico, pois prolonga-se ao longo do tempo

e o seu grau de sucesso tem implicações não só nos próprios pais mas igualmente

na saúde e desenvolvimento dos seus filhos.

Segundo Meleis (2010), entende-se por transição a passagem de um estado rela-

tivamente estável para outro relativamente estável, sendo desencadeada por even-

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tos ou pontos críticos. As transições ocorrem ao longo do tempo, têm um sentido de

fluxo e movimento, sendo que, a nível individual ou familiar, as transições denotam

mudanças na identidade pessoal, nas relações interpessoais, nos papéis, nas suas

habilidades e padrões de comportamentos, patenteando uma constelação única de

padrões de respostas num determinado período de tempo (Meleis, 2010).

Para vivenciar uma transição, é necessário que a pessoa consiga incorporar

mudanças e novos conhecimentos, alterando comportamentos e redefinindo a sua

identidade. Assim, as transições representam um movimento e uma adaptação num

sentido único, sem retorno à situação que a antecipou. Existem diversos fatores que

conduzem a transições, das quais se salienta a gravidez, o parto, a paternidade, a

maternidade e que originam frequentemente profundas mudanças, tanto nos papéis,

como nos relacionamentos, nas habilidades e nos comportamentos (Meleis, 2010).

Segundo a mesma autora (2010), a transição para a parentalidade pode ser

enquadrada em 2 tipos: desenvolvimentista e situacional. O nascimento de uma

criança assume-se um marco que assinala uma fase de transição do ciclo evolutivo

parental e familiar, que consiste numa fonte de stress expectável e normativo, em

que é acrescido um novo membro à família. Tal leva a que haja a necessidade de

adaptação aos diferentes estádios de desenvolvimento da criança, factos que tam-

bém exigem uma redefinição de papéis e de identidade parental (Canavarro &

Pedrosa, 2005). Desta forma, tendo em conta que a preparação, educação e aquisi-

ção de habilidades contribuem positivamente para o processo de transição

(Magalhães, 2011), é essencial que os enfermeiros reconheçam e compreendam

este processo, para poder identificar e implementar as intervenções que efetivamen-

te ajudem os seus clientes a gerir as transições ao longo do seu ciclo de vida

(Meleis, 2010; Silva, 2011).

Quando o nascimento é prematuro, o que tem vindo a aumentar (OE, 2011 b.),

verifica-se uma componente emocional associada a esta precocidade e ao interna-

mento do RNPT em Unidades de Cuidados Intensivos e Intermédios Neonatais

(UCIIN). Tais factos emergem como eventos críticos na transição para a parentali-

dade, sendo que estas vivências assumem, cada vez mais, uma especial importân-

cia para a Enfermagem (Meleis, 2010). Neste sentido, pretende-se que o Enfermeiro

Especialista em Enfermagem de Saúde da Criança e do Jovem tenha uma atuação

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particular na avaliação do crescimento e desenvolvimento da criança mas, também

na sua promoção, implementando e gerindo um plano promotor da parentalidade

(OE, 2011 c., p. 8653). Logo, os cuidados de enfermagem prestados centram-se,

não apenas na criança, mas também nos pais/ família, promovendo a vivência de

uma parentalidade positiva.

1.3. Promoção da Parentalidade Positiva como competência do Enfer-

meiro Especialista

A parentalidade é uma temática amplamente estudada e de grande relevo na

sociedade atual pela sua repercussão na sociedade futura. De facto, o exercício da

parentalidade, pela sua influência no crescimento e desenvolvimento infantil e juve-

nil, assume uma especial importância na promoção de saúde e bem-estar da criança

em particular, e da sociedade em geral (Gage, Everett, & Bullock, 2006). Assim,

compreende-se que a parentalidade seja descrita como a “tarefa mais desafiante e

complexa da vida adulta” (Zigler, 1995, cit. Cruz, 2013, p. 14).

Segundo a perspetiva de Bayle (2005, p. 322) “a parentalidade (do latim paretâle)

é um processo maturativo que leva a uma restruturação psicoafectiva permitindo a

dois adultos de se tornarem pais, isto é de responder às necessidades físicas, afeti-

vas e psíquicas do(s) seu(s) filho(s)”. Já Cruz (2013, p. 14) define parentalidade

como o conjunto de ações realizadas “pelos pais junto dos seus filhos no sentido de

promover o seu desenvolvimento de forma mais plena possível, utilizando para tal os

recursos de que dispõe dentro da família e, fora dela, na comunidade”. Pela centrali-

dade do papel parental, é aos pais que, socialmente se atribui a responsabilidade

pela educação das crianças e que, pela afetividade dominante no relacionamento,

se atribui uma posição singular na aquisição de padrões sociais e valores pela crian-

ça. Mais ainda, pela convivência espacial e temporal, é atribuída aos pais a capaci-

dade de monitorizar e compreender o comportamento dos seus filhos (Cruz, 2013).

Efetivamente, nesta perspetiva, os pais são os maiores responsáveis pela educação

das crianças e constituem-se, também, como a “influência mais crucial na aquisição

de valores pela criança” (Cruz, 2013, p. 14).

Canavarro & Pedrosa (2005) seguindo a linha de abordagem da Teoria da Vincu-

lação, sublinham a componente relacional entre pais e filhos, centrando a parentali-

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dade na edificação de uma relação entre a criança, que procura segurança, e seus

pais, que lhe oferecem proteção; a parentalidade é vista “como um encontro” ou

como a “aprendizagem de uma dança sincronizada” entre pais e criança (p. 227).

Por outro lado, o Conselho Europeu (CE), através da sua 19ª Recomendação,

define parentalidade como o papel desempenhado pelos pais, no sentido de cuidar e

educar os seus filhos, centrando-se na dinâmica pais-criança com o propósito do

desenvolvimento, crescimento e autorrealização desta última (CE, 2006). Também

nesta linha de pensamento, o International Council of Nurses (ICN, 2013, p. 64) defi-

ne parentalidade como

Tomar conta: assumir as responsabilidades de ser mãe e/ou pai; comportamentos destinados a

facilitar a incorporação de um recém-nascido na unidade familiar; comportamentos para optimi-

zar o crescimento e desenvolvimento das crianças; interiorização das expectativas dos indiví-

duos, famílias, amigos e sociedade quanto aos comportamentos de papel parental adequados

ou inadequados.

Deste último conceito, surgem 3 vertentes: responsabilidade parental, comporta-

mentos parentais e expectativas de quem rodeia pais e criança/jovem perante com-

portamentos parentais “adequados ou inadequados”. No que respeita a comporta-

mentos inadequados, destacam-se situações de maus-tratos ou de agressão (CE,

2006; 2007), mas também comportamentos de superproteção, como por exemplo,

perante a criança nascida prematuramente que é vista como particularmente frágil

(Bernardo, 2012).

Surge, então, a necessidade de apoiar estes pais e promover uma parentalidade

positiva. Esta é definida como um comportamento parental tendo por base o melhor

interesse da criança, alicerçado no respeito pelos seus direitos e que visa assegurar

a satisfação das suas necessidades básicas, evitando eventuais riscos e criando um

ambiente que promova o seu desenvolvimento harmonioso, mantendo uma valoriza-

ção da individualidade e autonomia da criança (CE, 2007). Neste sentido, a parenta-

lidade positiva permite a aquisição e reforço da autoestima, autoconfiança e partici-

pação da criança na otimização do seu crescimento (AAP, 2005, cit. in Lopes, 2012).

Pelas definições anteriormente apresentadas, denota-se que a parentalidade tem,

na generalidade, uma atitude “positiva e encorajadora”. No entanto, a parentalidade

positiva “reforça o uso do amor, do apoio e de um ambiente de respeito no cresci-

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mento da criança” (Lopes M. , 2012, p. 38), reforçando uma atitude não violenta,

mas também proporcionando reconhecimento e orientação através do estabeleci-

mento de limites a fim de garantir o pleno desenvolvimento da criança (CE, 2006).

A parentalidade positiva já havia sido descrita em 1996 por Birche (Fielden &

Gallagher, 2008) como envolvendo um processo de utilização de habilidades cons-

trutivas e atitudes para apoiar, incentivar e auxiliar no desenvolvimento e gestão dos

comportamentos da criança. Por conseguinte, coadjuva o desenvolvimento de habi-

lidades na tomada de decisão parental e a aquisição de autoconfiança na sua pró-

pria parentalidade (Lopes M. , 2012).

Portanto, é conferido aos pais uma “enorme responsabilidade” pela proteção da

criança e respeito pela sua dignidade, mas também, pela manutenção de um

ambiente familiar seguro e acolhedor no qual existe um empenho mútuo no cresci-

mento da criança, assegurando uma “capacitação com reconhecimento, orientação

(Z) e com fixação de limites para garantir o seu pleno desenvolvimento” (Lopes M. ,

2012, p. 38).

Assentes na Convenção dos Direitos da Criança e subjacente à parentalidade

positiva estão recomendações e princípios de titularidade de direitos e deveres dos

pais e crianças, em que ambos assumem um potencial natural e pluralista e em que

ambos formam uma parceria fundamental para a otimização do potencial de desen-

volvimento da criança (CE, 2007; Patrício, 2011). Algumas dessas recomendações

para uma parentalidade positiva estão presentes ao longo desta reflexão, nomea-

damente o compromisso parental necessário à prestação de cuidados; a necessida-

de de uma disciplina assertiva e compassiva; a necessidade de pertença à família e

a um ambiente saudável, mas também a existência de uma confiança mútua em que

os pais se apresentam como exemplos positivos (CE, 2007; Patrício, 2011).

Depreende-se que o exercício de uma parentalidade positiva seja exigente pois

demanda um ajustamento e aprendizagem de competências dos pais face aos seus

filhos, mas também o reconhecimento de que envolve um complexo conjunto de

responsabilidades (Lopes, Catarino, & Dixe, 2010). Neste âmbito, os enfermeiros

poderão ter um papel essencial através da promoção de competências parentais

(educação para a saúde), promoção do desenvolvimento infantil e/ou deteção pre-

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coce de situações potencialmente prejudiciais à criança (DGS, 2013), tal como se

verificou nos diferentes contextos de estágio.

O papel do enfermeiro no apoio à parentalidade positiva é exigente e desafiante,

a sua intervenção “exige proximidade e acessibilidade do enfermeiro e a utilização

de metodologias que permitam um relacionamento positivo e interativo com os pais”

(Lopes M. , 2012, p. 40). Logo, é importante que os enfermeiros reconheçam e iden-

tifiquem as áreas nas quais os pais necessitam de apoio, nomeadamente no que

respeita à compreensão do desenvolvimento da criança, a promoção da aprendiza-

gem parental e o potencial de desenvolvimento da criança (Lopes, Catarino, & Dixe,

2010), até porque, o conhecimento parental sobre desenvolvimento infantil influencia

diretamente os seus comportamentos e, consequentemente, o desenvolvimento da

criança (Ribas Jr, Moura e Bornstein, 2003, cit. in Vilaça, 2012).

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2. O PERCURSO FORMATIVO

O percurso de estágio decorreu nos serviços de Internamento de Pediatria (SIP),

Urgência Pediátrica (SUP), Unidade de Cuidados Intensivos e Intermédios Neona-

tais (UCIIN) e Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP).

A fim de nortear este percurso e, prévio ao mesmo, estabeleci como objetivos

gerais “Desenvolver competências específicas de Enfermeira Especialista em

Enfermagem de Saúde da Criança e do jovem” e “Adquirir competências na promo-

ção da parentalidade positiva nos pais de crianças nascidas prematuras”. Para tal,

elaborei um plano de atividades, sendo aqui apresentadas as que se constituem

como mais relevantes na minha aprendizagem e aquisição de competências, uma

vez que tenho experiência de 11 anos na prestação de cuidados de enfermagem a

crianças, de diferentes idades.

Para tal, contribuiu e foi preponderante uma procura de conhecimentos constante

através de pesquisas bibliográficas, mas também pela observação dos pares e

vivência de experiências que me eram desconhecidas.

Nos diferentes contextos de estágio elaborei planos de cuidados desenvolvidos

no sentido do planeamento, prestação e avaliação dos cuidados, sendo estes

baseados no reconhecimento do papel essencial das famílias na promoção de saú-

de e bem-estar das crianças e pela “força da família como constante na vida da

criança”, respeitando e valorizando a “diversidade cultural, racial, étnica e socioeco-

nômica da família”, através do planeamento de “um cuidado flexível, culturalmente

competente” e responsivo às necessidades familiares (Pinto et al., 2011, p. 134;

IPFCC, 2010).

Também o reconhecimento pelas forças, individualidades e diferentes estratégias

de coping para responder às diferentes situações e dificuldades na resposta às

necessidades da criança e família estiveram presentes nos diferentes contextos.

Estes cuidados tomaram visibilidade através da permanência dos pais/ cuidadores,

manutenção das rotinas e hábitos de vida da criança, mas também pelo espaço para

uma escuta atenta, abertura para expressão de sentimentos e verbalização de preo-

cupações/dúvidas, deixando os próprios pais decidirem acerca das melhores estra-

tégias para gerir, não só a situação de saúde em particular, mas de toda a unidade

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familiar. Fica claro que embora seja centrado na família, o cuidado não anula a com-

petência individual de cada pessoa em relação à tomada de decisão de sua própria

saúde (Pinto et. al., 2011).

De facto, a aquisição de conhecimentos e habilidades parentais contribuem posi-

tivamente para a transição imposta pela situação de doença/ internamento/ hospita-

lização, tornando os pais mais capazes de superar adversidades (Meleis, 2010;

Magalhães, 2011; Lopes M. , 2012). Foi com esta certeza que contribui para a aqui-

sição de conhecimentos parentais, dado possibilitarem uma maior compreensão da

criança por parte dos pais, sobretudo acerca das diferentes fases de desenvolvimen-

to, como cuidar e disciplinar da forma mais adequada e a proporcionar um ambiente

seguro, estimulante e responsivo ao melhor interesse da criança (Lopes M. , 2012).

2.1. Serviço de Urgência Pediátrica

O Serviço de Urgência Pediátrica (SUP) apresentou-me uma realidade apenas

imaginada, essencialmente no que respeita à chegada do cliente pediátrico ao hos-

pital. De facto, conhecer o percurso da criança neste serviço, qual a abordagem a ter

e como funciona o sistema de triagem eram os objetivos deste estágio, sendo ple-

namente concretizados.

O SUP tem como missão a prestação de cuidados de saúde diferenciados ao

cliente pediátrico em resposta a situações de doença aguda/crónica, adequando-os

ao grau de urgência/ emergência. O Sistema de Triagem de Manchester (STM) for-

nece pistas e orientações para os cuidados, atribuindo graus de prioridades no aten-

dimento, e portanto é orientador no reconhecimento de situações cuja intervenção

deve ser patenteada pela detenção de conhecimentos e habilidades capazes de

responder a situações de urgência ou emergência.

Para mim, o STM era desconhecido e impôs-me o desafio de encontrar as ques-

tões certas de encontro ao que traz o cliente até ao SUP. Apesar da minha expe-

riência profissional, a permanência neste contexto de estágio acentuou a necessida-

de de desenvolver uma maior perspicácia no reconhecimento de situações de saúde

urgentes, mas também a necessidade de formação específica para realizar uma efi-

ciente triagem de enfermagem.

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Muitos dos descritores utilizados no STM têm uma definição própria, já interioriza-

da por quem o utiliza regularmente. Contudo, dada uma maior prevalência de deter-

minadas situações de cuidados, pude interiorizar alguns desses quadros5 e colabo-

rar na realização de triagem a várias crianças. No entanto, mantenho a certeza de

que muito caminho seria necessário até obter uma plena perícia nestes cuidados.

Recorrendo a Benner (2001), diria não ser uma iniciante ou iniciante avançada no

processo de triagem, mas já competente. Tal justifica-se pela minha experiência pro-

fissional, pela observação do que os outros fazem, da interiorização e compreensão

dos diferentes descritores/ quadros que compõem o STM.

Um dos motivos que, com alguma frequência leva à recorrência ao SUP da crian-

ça e jovem e influencia a atribuição de prioridade é a dor. Esta define-se por um

“aumento de sensação corporal desconfortável, referência subjectiva de sofrimento

(Z)” (ICN, 2013, p. 49) ou, numa perspetiva semelhante, a OE define-a como “uma

experiência sensorial e emocional desagradável associada a lesão tecidual real ou

potencial, ou descrita em termos de tal lesão”, sendo uma experiência individual,

subjetiva e multidimensional (OE, 2008, p. 11). Esta subjetividade e individualidade

são influenciadas por diversos fatores, nomeadamente “fisiológicos, sensoriais, afe-

tivos, cognitivos, comportamentais e socioculturais” (OE, 2008, p. 11).

De facto, seja como doença ou sintoma, a dor é um dos principais motivos de

preocupação dos clientes pediátricos. A sua avaliação é essencial para o seu contro-

lo, sendo que ambos se revelam como específicos do cuidado de enfermagem, no

qual é mobilizado o conhecimento sobre a situação do cliente, das suas particulari-

dades mas também das atitudes terapêuticas possíveis, contribuindo para a satisfa-

ção do cliente, do seu bem-estar e autocuidado (OE, 2008). Portanto, é essencial

que o cliente pediátrico seja ensinado acerca da dor, da sua avaliação e das medi-

das de controlo. Neste sentido, pode verificar-se a necessidade de ensinar, instruir e

treinar o cliente pediátrico no uso de escalas de autoavaliação da dor ou, na sua

impossibilidade, recorrer a escalas de heteroavaliação.

5 Nomeadamente: “Dispneia na criança”, “Bebé que chora”; “Dor”; “Problemas nos membros”, “Diarreia e/ou vómitos”

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Neste SUP, e em situação de triagem, pela necessidade de uma rápida aprecia-

ção, a avaliação da intensidade da dor é realizada recorrendo às escalas numérica,

faces e quantitativa. Esta situação levou-me a rever as diferentes escalas por forma

a poder quantificar, de forma mais precisa, a dor da criança/ jovem, como efetiva-

mente aconteceu sempre que foi utilizada uma escala de heteroavaliação. Já em

contexto dos cuidados prestados na Unidade de Internamento de Curta Duração6 e

conforme instituído, pude recorrer a estas e outras escalas, nomeadamente, Escala

Nips (Neonatal Infant Pain Scale) e Escala Flacc (Face, Legs, Activity, Cry, Consola-

bility).

Contudo, penso ser importante referir que sempre que uma escala de heteroava-

liação foi utilizada, a conclusão a que cheguei foi validada recorrendo à crian-

ça/jovem, mas também aos seus pais, uma vez que pela convivência espacial e

temporal é-lhes atribuída, a capacidade de monitorizar e compreender o comporta-

mento das crianças/ jovens (Cruz, 2013).

Perante a quantificação da dor, são várias as intervenções autónomas do enfer-

meiro, nomeadamente em relação a estratégias não farmacológicas (Apêndice 6)

(OE, 2013). Esta avaliação e atuação no que se refere à dor foram uma constante

na minha prestação de cuidados neste contexto específico, nomeadamente recor-

rendo a distração, a brincadeiras, a massagem, aplicação de frio/ calor e gestão de

ruído e luminosidade.

Além das medidas farmacológicas e não farmacológicas já conhecidas, pude

colaborar na utilização de uma mistura a 50% de protóxido de azoto medicinal gaso-

so e oxigénio. Este gás, com efeito analgésico, ansiolítico e amnésico, é administra-

do previamente a intervenções breves e que se prevê ligeira ou moderadamente

dolorosas. Os benefícios da utilização deste gás são vários: a analgesia pronuncia-

da, a fácil administração, o início de atuação rápido e a completa recuperação ao fim

de alguns minutos, bem como a baixa frequência efeitos secundários. Tais factos

6 Esta unidade, parte integrante deste SUP, presta cuidados a clientes pediátricos por um período inferior a 24h, após o que, dependendo das suas condições de saúde, podem regressar a casa ou serem transferidos para outras unidades de internamento

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levam a uma adenda ideal na gestão dos processos dolorosos, nomeadamente em

pediatria (Nunes, 2011; Rodrigues, 2011).

As características desta mistura gasosa simultaneamente a medidas não farma-

cológicas de alívio da dor potenciam os benefícios do seu uso (Nunes, 2011;

Rodrigues, 2011). Desta forma, coloquei-as conjuntamente em prática e de forma

intencional. Uma das estratégias que mais utilizei foi a brincadeira. Esta, considera-

da como parte integral da vida da criança, assume-se como extremamente importan-

te no que respeita à exteriorização de sentimentos e controlo do stress (Tavares,

2008). De facto, para muitos clientes pediátricos, o SUP representa o desconhecido.

Assim, é importante que sejam tomadas medidas minimizadoras do stress associa-

das à presença num local estranho, à presença de pessoas desconhecidas e a pro-

cedimentos, que apesar de não invasivos, são geradores de ansiedade e medos.

Não recorri à brincadeira de forma automática e indiscriminada, mas dirigida à

criança, procurando ir ao seu encontro, tendo em mente a sua idade e estadio de

desenvolvimento, ajustando as intervenções sempre que necessário. Também, utili-

zei jogos e livros como estratégias facilitadoras de expressão de sentimentos,

medos e experiências por parte da criança, possibilitando a assunção do controlo da

situação que a assustava (OE, 2013).

Mas mais que a brincadeira, e de acordo com o preconizado pelo SUP, pude pos-

sibilitar a permanência dos pais, bem como a prestação de cuidados e conforto pro-

porcionados por estes. De facto, neste contexto, pude estabelecer uma relação com

os pais/ cuidadores, a qual permitiu-me conhecer a criança e a sua família, nomea-

damente através da realização de avaliação inicial. Desta forma, pude contribuir

para uma prestação de cuidados adaptada, dentro do possível, aos hábitos da crian-

ça, facilitando um sentimento de tranquilidade e unicidade. Também pautei a presta-

ção de cuidados pelo respeito na tomada de decisão dos pais, informando-os e

esclarecendo as suas dúvidas, de forma clara e concisa, da real situação de saúde

dos seus filhos, mesmo em situações de urgência/ emergência.

A este respeito, tive a oportunidade de observar e colaborar com a equipa multi-

disciplinar em atuação perante uma criança em situação de risco de vida. Neste sen-

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tido, considero importante o reconhecimento da criança gravemente doente, mas

mais do que esse reconhecimento, a identificação da necessidade de intervenção

diferenciada. Assim, apesar de saber como atuar, não posso deixar de referir a

consciência de manter uma constante atualização de conhecimentos, mas também

de treino em situações semelhantes.

Do ponto de vista técnico, a reanimação cardiorrespiratória é um procedimento

complexo que requer conhecimentos especializados e habilidades emocionais, sen-

do necessário para uma execução de qualidade, segundo o European Resuscitation

Council (ERC), conhecer o procedimento de reanimação neonatal/ pediátrica

(nomeadamente o algoritmo que rege tais atividades), treinar frequentemente esse

procedimento e confiança ao realizá-lo (Biarent, et al., 2010). Foi confiante que cola-

borei na prestação de cuidados, tanto técnicos (punção venosa, colheita de sangue

para análises, administração de terapêutica) mas também relacionais, nomeada-

mente pelo esclarecimento, com os pais, acerca da situação que os levou a procurar

o SUP e, posteriormente através de uma escuta atenta das suas dúvidas, angustias

e medos, procurando escutá-los e esclarecê-los.

No que me diz respeito, considero que a formação e atualização em relação ao

procedimento de reanimação neonatal/ pediátrica devem centrar-se na prática da

técnica, na tomada de decisão e aquisição de competências para resolver proble-

mas em situações de emergência, abrangendo a componente manual e a comunica-

ção com os pais. Nestas situações, é essencial enfatizar a urgência da situação e da

necessidade de ações coordenadas pelos membros da equipa na tomada de deci-

sões e de aptidões em dividir a atenção entre os pais e seus filhos (Biarent, et al.,

2010; Kleinman, et al., 2010). De facto, segundo ERC Guidelines (Biarent, et al.,

2010), a maioria dos pais gostaria de estar presente durante a reanimação cardior-

respiratória ou durante qualquer outro procedimento em contexto de urgência/ emer-

gência. Esta presença permite-lhes testemunhar tudo o que é realizado na tentativa

de salvar a vida do seu filho (Biarent, et al., 2010) e proporciona-lhes também a pos-

sibilidade de encararem de forma mais realista todos os esforços realizados no sen-

tido da sobrevivência do seu filho. Mas, mais ainda, apesar da sobrevivência da

criança ser a maior preocupação, a presença dos pais/cuidadores permite-lhes ter

um papel ativo na equipa durante a reanimação (Ferreira, 2011).

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A equipa deste SUP possibilita aos pais a escolha pela sua permanência/ ausên-

cia, junto da criança, em situação de reanimação cardiorrespiratória. Este convite foi

um aspeto que despertou a minha atenção, não por serem desconhecidas as vanta-

gens da presença dos pais, mas por nunca ter experienciado tal situação.

Esta ilustra o reconhecimento dos pais como constantes na vida da criança, mas

também o respeito pelo conhecimento do qual os pais são detentores, facto que em

muito auxiliou na elaboração de um diagnóstico clínico e na determinação do plano

terapêutico. Nesta interação enfermeiro – cliente, e de acordo com Meleis (2010),

verificou-se uma intencionalidade condutora da ação com a finalidade de restaurar

ou facilitar a saúde, pois a enfermagem ambiciona assistir os seus clientes auxilian-

do nas transições “dirigidas para a saúde e a perceção de bem-estar, mestria, nível

de funcionamento e conhecimento” (Magalhães, 2011, p. 13).

Ainda neste contexto de transição saúde-doença, pude deter a minha atenção nas

doenças mais frequentes na idade pediátrica, no âmbito das quais pude colaborar

em atitudes diagnósticas (monitorização de sinais vitais, avaliação analítica) mas

também na identificação das necessidades de conhecimentos e habilidades dos pais

para a prestação de cuidados parental no regresso a casa. Estas ações concreti-

zam-se, por exemplo, na utilização de linguagem clara e precisa durante a realiza-

ção de ensino, instrução e treino acerca de limpeza das vias aéreas superiores (pela

instilação de soro fisiológico nasal), gestão de dieta (quantidades e alimentos a

serem oferecidos) ou prevenção de acidentes.

Desta forma, observou-se durante este estágio, o estabelecimento de uma parce-

ria enfermeira – cliente pediátrico, a qual investiu na implementação e gestão de um

plano de cuidados promotor da parentalidade, recorrendo a uma comunicação adap-

tada aos clientes com que me deparei. Observou-se também a aquisição de compe-

tências relativamente ao diagnóstico precoce e intervenção nas doenças mais

comuns da infância, bem como em situações de risco e instabilidade hemodinâmica

que possam representar uma ameaça à vida ou qualidade de vida da criança/ jovem

(OE, 2011 c.).

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2.2. Serviço de Internamento de Pediatria

O estágio no Serviço de Internamento de Pediatria (SIP), apesar de curto em

duração, e ser realizado num serviço em muito semelhante ao meu contexto de tra-

balho, foi enriquecedor pela partilha de experiências, mas também pela possibilidade

de prestação de cuidados ao cliente pediátrico em situação de dor crónica e pré e

pós-operatório. Desta forma, foram estabelecidos como objetivos: “Aprofundar com-

petências nos cuidados de enfermagem no âmbito da dor crónica” e “Prestar cuida-

dos de enfermagem no contexto de cirurgia pediátrica geral”.

Não obstante, a prestação de cuidados ao cliente pediátrico em situações de

doença aguda foi também uma realidade, implicando um planeamento e execução

dos cuidados após o diagnóstico das necessidades apresentadas. A negociação e

colaboração com o cliente pediátrico conduziram-me a uma prestação de cuidados

personalizada e dirigida às necessidades apresentadas, tanto pelas crianças e

jovens como pelos seus pais.

Apesar de consciente da minha competência a nível da “gestão diferenciada da

dor e do bem-estar da criança/ jovem, otimizando as respostas” (OE, 2011 c., p.

8655), considero que a dor e sua gestão constituem-se como um dever e um indica-

dor de boa prática, assumindo uma contínua relevância na prestação de cuidados de

enfermagem a todos os clientes e, no caso das crianças, “a dor (Z) apresenta

algumas características específicas que devem ser levadas em conta, em termos da

sua compreensão, avaliação e tratamento” (OE, 2013, p. 17).

Neste contexto de estágio, a avaliação da dor foi uma constante, não apenas pelo

seu reconhecimento como 5º Sinal Vital, mas pelo facto de prestar cuidados a crian-

ças/ jovens em situação de dor crónica (crises vaso-oclusivas). Este tipo de dor, pelo

facto de ser persistente e impactante na qualidade de vida, potenciando sequelas

psicológicas, isolamento e envolvimento da família/ cuidadores, deve ser encarado

como uma doença e não apenas como um sintoma. Assim, a identificação da dor é

essencial para decidir acerca das medidas a utilizar no seu controlo (OE, 2008), mas

também para a elaboração de um plano terapêutico capaz de ser reajustado de

acordo com as reavaliações realizadas, sendo condição essencial envolver o cliente,

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uma vez que este é o melhor conhecedor da sua dor e das respostas obtidas peran-

te os cuidados prestados (DGS, 2013). Neste sentido, além de observar os pares,

pude colocar em prática um plano de cuidados no qual a gestão da dor foi realizada

por recurso à avaliação da sua intensidade e a estratégias farmacológicos e não

farmacológicos.

A avaliação da intensidade da dor, tal como no contexto anterior, foi realizada

recorrendo a escalas de auto e heteroavaliação, sendo acrescentada a Escala Ops

(Objective Pain Scale). Contudo, esta última não é utilizada e foi substituída pela

escala Flacc, existindo 2 motivos para tal. Na escala OPS, um dos itens a avaliar é a

tensão arterial, cuidado este que nem sempre é pertinente e confortável na presença

de dor e, por outro lado, a Escala Flacc é de aplicabilidade semelhante, não colo-

cando qualquer constrangimento na sua aplicação.

As intervenções não farmacológicas possíveis são inúmeras e um importante

recurso, especialmente quando usadas várias em simultâneo, dado modificarem o

significado da dor (Nascimento, 2010; OE, 2008; OE, 2013). Neste sentido, as

minhas escolhas por estas intervenções tiveram em conta a sensibilidade da criança

à dor, bem como, as suas preferências e habilidades, o desenvolvimento cognitivo,

as estratégias de coping e características da dor (localização, intensidade e dura-

ção) (OE, 2013). Neste local de estágio específico, além da gestão de ruído, de

luminosidade e a utilização de movimentos suaves, também a aplicação de calor, o

recurso à distração e/ou brincadeira foram utilizadas, com a ressalva de que estas

medidas foram geridas de acordo com a tolerância da criança às mesmas.

No entanto, em contexto de dor crónica, a administração de terapêutica analgési-

ca assume uma relação de complementaridade com as estratégias não farmacológi-

cas de alívio da dor, em que ambas não podem ser substituídas ou negligenciadas.

A seleção da terapêutica analgésica parte da conjugação da intensidade da dor, da

sua natureza (por exemplo: doenças inflamatórias terão melhor resposta à adminis-

tração de anti-inflamatórios) e dos riscos decorrentes dessa terapêutica. Neste sen-

tido, o que observei e coloquei em prática, foi um esquema terapêutico prescrito com

base na Escada Analgésica proposta pela Organização Mundial de Saúde, assente

em 3 degraus consoante a intensidade da dor: leve, moderada ou intensa (Neto,

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2010). Este conhecimento auxiliou-me na minha tomada de decisão, articulando a

intensidade da dor, com as diferentes terapêuticas prescritas e as estratégias não

farmacológicas adotadas, reavaliando sempre a eficácia dos cuidados prestados.

No entanto, considero que uma das medidas instituídas mais importantes para as

crianças/jovens foi a presença dos seus pais/cuidadores. De acordo com o instituído

neste SIP, a criança pode estar continuamente acompanhada por, pelo menos, um

dos seus pais. Esta presença assumiu uma particular importância nos planos de cui-

dados que estabeleci, pois os pais constituem-se como um elemento essencial nos

cuidados à criança/jovem e, consequentemente, no processo de gestão da dor dos

mesmos. Os pais/ cuidadores, pelo seu extenso conhecimento da criança/ jovem e

conjuntamente com a descrição desta, auxiliaram-me a clarificar a dor e proporciona-

ram-me uma orientação acerca das melhores estratégias a utilizar. De facto, os pla-

nos de cuidados que estabeleci foram sempre validados com a criança e com os

pais, reconsiderando sempre que necessário. Contudo, não encarei a presença dos

pais como obrigatória, mas devidamente esclarecida, negociada e aceite pelos

mesmos, o que ilustra os fundamentos da filosofia dos CCF.

A “maioria dos pais prefere estar presente durante os procedimentos dolorosos e

para a criança esta presença também é desejada, tornando-se menos ansiosa e

mais segura” (OE, 2013, p. 18). Contudo, o que pude verificar é que nem sempre a

presença dos pais é linearmente benéfica, pois a sua própria ansiedade, perante

determinados procedimentos, causou algumas dificuldades, deixando criança ainda

mais agitada. Assim, a preparação do cliente pediátrico para a realização de proce-

dimentos dolorosos na criança, foi essencial para a sua tranquilidade e colaboração

nos cuidados a serem prestados, nomeadamente pela transmissão de informação

clara e concisa e pela negociação do momento a ser realizado (OE, 2008;

Nascimento, 2010; OE, 2013). Além do referido, tive também em consideração o

espaço para tomada de decisão informada por parte dos pais no que se refere à sua

participação/ presença em diferentes cuidados ou procedimentos dolorosos.

Neste SIP pude também prestar cuidados ao cliente pediátrico em contexto de

cirurgia, no qual a transmissão de informação é de extrema importância. De facto, a

preparação do cliente pediátrico para a cirurgia é essencial, pois apesar de ter a

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“finalidade de promover a cura ou melhorar a qualidade de vida”, remete o cliente

pediátrico para um sentimento de medo e perda de controlo (OE, 2011 a., p. 15). Por

ser desconhecida para a maioria dos clientes pediátricos, a cirurgia gera inúmeras

dúvidas e incertezas, nomeadamente na mente infantil que facilmente deixa a sua

imaginação libertar-se, arriscando uma distorção da realidade e, consequentemente,

agravando o medo sentido (OE, 2013). Estes medos surgem de forma e em circuns-

tâncias diferentes, consoante a idade e estadio de desenvolvimento, salientando-se

o medo pela separação dos pais ou presença de estranhos.

Neste sentido e, tendo conta que a preparação do cliente pediátrico para a cirur-

gia é uma intervenção autónoma dos enfermeiros, apesar de necessariamente inse-

rida numa prestação de cuidados multidisciplinar (OE, 2001; OE, 2011 a.), torna-se

essencial colocar em prática estratégias de minimização da ansiedade e medo da

hospitalização/cirurgia, tendo por base a especificidade do cliente pediátrico,

nomeadamente a idade e desenvolvimento cognitivo, experiências anteriores ou tipo

de cirurgia (OE, 2011 a.). Assim, tive necessidade de adequar o vocabulário utilizado

nos diálogos com as crianças, de proporcionar-lhes tempo e espaço para poder

observar e, até manusear alguns materiais potencialmente mais assustadores (OE,

2011 a.). Contudo, a estratégia minimizadora de stress e ansiedade mais utilizada

neste contexto de estágio foi a presença dos pais, até porque a separação destes é

um dos medos mais transversal na idade pediátrica7.

A preparação parental para a cirurgia que coloquei em prática baseou-se no for-

necimento de informação clara e concisa, bem como no ensino, instrução e treino de

estratégias gestoras do medo e ansiedade parental e que podem ser também ensi-

nadas às crianças/ jovens. Desta forma, os pais estarão aptos para colaborar efeti-

vamente na preparação das suas crianças (OE, 2011 a.). Efetivamente, uma prepa-

ração dirigida às necessidades específicas de cada família, pode contribuir para uma

vivência mais tranquila desta situação de crise, integrando as mudanças impostas

7 Os recém-nascidos e lactentes (até aos 6 meses) por ainda não terem estabelecido uma relação de vincu-lação assaz marcada e seletiva, têm uma facilidade relativamente maior na vivência de uma separação dos seus pais/ cuidadores, enquanto crianças mais velhas, pelo desenvolvimento de capacidades cognitivas, têm uma maior dificuldade em vivenciar esta separação (Barros, 1999; Hockenberry & Wilson, 2014)

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pela situação inesperada e potenciando o crescimento e o desenvolvimento cogniti-

vo e emocional do cliente pediátrico (Meleis, 2010; OE, 2011 a.).

Portanto, é importante referir a necessidade de uma efetiva comunicação com o

cliente pediátrico, recorrendo a diferentes estratégias, tal como aconteceu neste con-

texto de estágio. No que se refere à comunicação com os pais, foi essencial a clare-

za no discurso e disponibilidade para responder às suas questões e dúvidas. Consi-

dero que a informação transmitida antecipadamente, bem como a valorização do

que foi dito pelos pais, levou ao estabelecimento de relações de empatia que media-

ram também a comunicação estabelecida com as crianças/ jovens. O facto de domi-

nar os instrumentos de avaliação da dor, as informações relativas às intervenções

cirúrgicas e a capacidade de reformulação da informação transmitida, por forma a

ser facilmente entendida e interpretada pelo cliente pediátrico, foram também facili-

tadores do estabelecimento de uma comunicação eficaz, que se repercutiu na com-

preensão e uso das diferentes escalas de autoavaliação da dor utilizadas bem como

nos cuidados pré e pós-cirúrgicos.

Em relação a estes cuidados e, tendo em conta que a maioria das cirurgias foram

em contexto de otorrinolaringologia, as orientações de cuidados em ambulatório

assumiram um papel preponderante. Em algumas circunstâncias, informações e

ensinos anteriormente transmitidos necessitaram de validação e reformulação para

uma melhor compreensão, mas na totalidade dos clientes cuidados, houve necessi-

dade de ensino e instrução de cuidados importantes na recuperação da criança/

jovem. Tal justifica-se pela consciência de que uma preparação e conhecimentos

prévios, sobre o que esperar e as estratégias a utilizar na gestão de situações des-

conhecidas, facilitam estas a vivência destas experiências e, portanto, contribuem

para uma transição saudável (Meleis, 2010).

Alguns destes cuidados relacionam-se com o repouso, monitorização de tempera-

tura corporal ou vigilância de perdas hemorrágicas, mas também na gestão da dieta.

Em contexto dos diferentes estágios e perante algumas crianças que contestam

determinados cuidados impostos pela situação de saúde/ recuperação de doença e

alguns pais que questionavam a sua manutenção, precisei reforçar a necessidade

desses mesmos cuidados (tendo em conta as implicações de não os manter). Para

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tal, recorri a uma atitude firme e assertiva, mantendo contudo, o carinho e afeto que

me é próprio. Também neste âmbito, pude incentivar os pais a uma atitude igual-

mente firme e de assertividade, e a uma componente disciplinar coerente, compas-

siva e compreensiva face aos cuidados parentais planeados e considerados neces-

sários, potenciando uma parentalidade positiva.

Em suma, deste contexto de estágio, retira-se a certeza de que a experiência de

hospitalização/ internamento é geradora de stress e ansiedade para o cliente pediá-

trico, pois confronta-o com a preocupação pelo estado de saúde da criança/ jovem,

mas também com o desconhecido que é o contexto hospitalar (Barros, 1999; OE,

2011 a.; Hockenberry & Wilson, 2014).

Pelo facto dos enfermeiros estarem muito próximos dos seus clientes, têm o

dever de os acolher de forma calorosa e minimizadora da ansiedade associada ao

internamento. Portanto, a experiência de internamento pode ser também uma opor-

tunidade para o estabelecimento de relações positivas entre o cliente pediátrico e os

enfermeiros (Barros, 1999; Lopes M. , 2012; Hockenberry & Wilson, 2014). Para tal,

é essencial o desenvolvimento de capacidades de comunicação por parte dos

enfermeiros e, esta foi também uma das competências validadas e aprimoradas

durante o estágio. Ocorreu também uma prestação de “cuidados específicos em

resposta às necessidades do ciclo de vida e de desenvolvimento da criança e do

jovem”, através de uma comunicação “com a criança e família de forma apropriada

ao estádio de desenvolvimento e à cultura”, respeitando as diferentes faixas etárias,

desde o recém-nascido até ao adolescente (OE, 2011 c., p. 8655).

A “gestão diferenciada da dor e do bem-estar da criança/jovem”, através de uma

otimização de respostas, pautou grandemente a minha prestação de cuidados,

mobilizando conhecimentos no que respeita a estratégias farmacológicas e não far-

macológicas de alívio da dor (OE, 2011 c., p. 8655). Este estágio contribuiu, ainda,

para a consolidação de competências no que se refere à assistência ao cliente

pediátrico “no sentido da maximização da sua saúde” através da implementação e

gestão de um plano em parceria, promotor da parentalidade, após um diagnóstico

precoce e intervenção atempada, não só nas doenças mais comuns, mas igualmen-

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te nas situações que possam afetar a qualidade de vida da criança (OE, 2011 c., p.

8654).

2.3. Unidade de Cuidados Intensivos e Especiais Neonatais e Pediátricos

Este contexto de estágio foi planeado com a certeza de serem muitas as aprendi-

zagens e aquisição de competências, no que respeita aos cuidados de enfermagem

à criança/jovem “nas situações de especial complexidade” (OE, 2011 c., p. 8654).

Tendo em conta o meu percurso profissional, a vontade de adquirir novos conheci-

mentos e o âmbito da temática escolhida, estabeleci como objetivos “Aprofundar

conhecimentos sobre prematuridade e recém-nascidos prematuros”, “Adquirir com-

petências no âmbito dos cuidados de enfermagem ao recém-nascido prematuro em

contexto de cuidados intensivos e intermédios”. Assim, pela sua especificidade e

exigência de conhecimentos, bem como pelo ambiente único e particularidades nos

cuidados de enfermagem, este contexto de estágio foi singularmente exigente para

mim.

O recém-nascido (RN) pode ser classificado segundo a sua idade gestacional (IG)

e o peso8, sendo os RNPT considerados crianças de alto risco9, o que exige um cui-

dado diferenciado, e portanto, uma avaliação e intervenção atempada por parte do

enfermeiro (Hockenberry & Wilson, 2014).

Por definição, RNPT é todo o indivíduo que nasce antes das 37 semanas de IG,

sendo a etiologia da prematuridade complexa e multifactorial (Tamez, 2013). A IG irá

ditar maiores ou menores consequências da prematuridade, sendo tanto mais gra-

ves quanto menor a IG, mas também, maior é a batalha que o RN irá travar no sen-

tido da sua sobrevivência (Hockenberry & Wilson, 2014).

De facto, a imaturidade dos RNPT, como consequência da prematuridade, pode

levar a um risco acrescido de inúmeros problemas a diferentes níveis fisiológicos

8 No que se refere à IG, considera-se prematuro se IG< 37semanas, de termo se IG entre 37 e 41semanas + 6dias e pós-termo se IG> 42 semanas completas ou mais. Em relação ao peso, a classificação divide-se entre baixo peso (peso ao nascer ≤2500g), muito baixo peso (peso ao nascer ≤1500g), extremo baixo peso (peso ao nascer ≤1000g) ou macrossómico (peso ao nascer ≥4000g). Podem ainda ser definidos pela relação peso/IG: leves para IG, adequados para IG ou grandes para a IG (Hockenberry & Wilson, 2014).

9 Recém-nascido de alto risco é todo aquele RN que apresente uma maior mortalidade e morbilidade que a média dos RN, independentemente da sua IG ou peso, quer pelas alterações associadas ao nascimento, quer pela adaptação à vida extrauterina (Hockenberry & Wilson, 2014).

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(respiratório, neurológico, termorregulador, digestivo, endócrino, Z) que, certamente

podem vir a provocar alterações no seu desenvolvimento. Além destes factos e, uma

vez que o sistema nervoso destas crianças é imaturo, unidades de cuidados intensi-

vos demasiado estimulantes para as capacidades de integração do meio que rodeia

o RNPT podem também influenciar o seu desenvolvimento (Tamez, 2013).

Assim, é imperativa a prestação de cuidados individualizados que propiciem o

maior equilíbrio hemodinâmico possível. Estes cuidados objetivam-se pela interven-

ção multidisciplinar, na qual a enfermagem assume um papel preponderante, sendo

concretizado, por exemplo, através da manutenção de uma temperatura corporal

estável, um aporte hidroeletrolítico e nutricional adequados, bem como um suporte

respiratório (por exemplo, através dos cuidados inerentes à ventilação mecânica) e

suporte cardiovascular que mantenham uma perfusão tecidular adequada (Obladen,

et al., 2008; Tamez, 2013).

Tendo em conta a vontade de aprender e de adquirir competências, incidi uma

especial atenção nos cuidados de enfermagem ao RN sujeito a ventilação mecânica

(invasiva ou não invasiva), uma vez que não estão presentes no meu contexto de

trabalho. Assim, a pesquisa bibliográfica associada à prática de cuidados, bem como

a partilha de saberes de quem é perito nestes cuidados, permitiu-me adquirir conhe-

cimentos sustentados neste âmbito.

De facto, muitos dos cuidados de enfermagem prestados durante o estágio, tive-

ram como alvo o RN prematuro, em situação de cuidados intensivos. Após o nasci-

mento, pela sua imaturidade e necessidade imediata de cuidados, o RNPT é sujeito

a inúmeros estímulos hostis, desde procedimentos técnicos, a ruídos e luzes inten-

sas que muito contribuem para a sua instabilidade hemodinâmica (Tamez, 2013). O

que observei e coloquei em prática foi uma prestação de cuidados individualizada,

respeitando os ciclos de sono e repouso da criança, privilegiando uma manipulação

mínima e a promoção do conforto, por exemplo, através da gestão de procedimentos

invasivos (sempre que possível), de luminosidade e de ruído.

A otimização do posicionamento, não apenas para conforto e estendida a todos

os RNPT, foi intencionalmente efetivada no sentido da proteção da pele, mas tam-

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bém da promoção de um desenvolvimento neuromotor, da estabilidade hemodinâ-

mica e de segurança. Realmente, um posicionamento em flexão, contenção e pro-

motor de um alinhamento à linha média do RN (semelhante à posição fetal) propor-

ciona uma capacidade de auto-organização, importante para a minimizar o stress e

promotor da estabilidade fisiológica (Vasconcellos, 2012; Tamez, 2013; Hockenberry

& Wilson, 2014).

Decorrentes destes procedimentos podem ocorrer os primeiros episódios de dor.

Apesar de durante muito tempo ter perdurado a noção de que RN não sentiam dor, o

facto é que as estruturas responsáveis por esta sensação estão presentes entre o

primeiro e segundo trimestre de gestação (Tamez, 2013). Desta forma, e como ante-

riormente é referido, torna-se importante objetivar a dor e intervir na gestão da mes-

ma. Neste sentido, além das medidas de conforto anteriormente referidas, foi tam-

bém colocado em prática o uso de solução açucarada juntamente com sucção não

nutritiva, o toque/ contenção e o método Canguru. Este último, constituindo-se como

uma intervenção autónoma do enfermeiro, além da promoção de conforto e da vin-

culação mãe/pai – RNPT, é ainda uma medida que diminui os períodos de choro e

agitação, proporciona uma estabilidade fisiológica (através da manutenção de uma

temperatura corporal, frequência cardíaca e oxigenação estáveis) bem como ciclos

de sono profundo e aumento de peso corporal (OE, 2013; Tamez, 2013).

Uma das últimas competências adquiridas pelos RNPT é a alimentação, tornan-

do-se essencial a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de competên-

cias por parte dos pais. De facto, a alimentação é um pré-requisito para a sobrevi-

vência de qualquer RN, sendo essencial ao suprimento das suas necessidades

nutricionais e, por conseguinte, ao crescimento e desenvolvimento adequados. A

alimentação apresenta, também, um importante papel na construção do vínculo

mãe-bebé (Bernardo, 2012; Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014), nomeada-

mente através do aleitamento materno (AM), sempre incentivado e apoiado, recor-

rendo aos conhecimentos e experiência já adquiridos anteriormente.

Contudo, considero importante salientar que o AM não é apenas uma forma de

alimentação, é também o estabelecimento de vínculos de afeto e amor, de cumplici-

dade e ligação entre mães e filhos, pelo que deve ser envolvido por um meio tranqui-

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lo e calmo. De facto, o incentivo ao AM foi constante, mantendo o respeito pelas

decisões parentais tomadas, validando as informações e esclarecendo as dúvidas

apresentadas pelos pais e, em particular pelas mães. Tais cuidados foram prestados

com a intenção destas últimas se sentirem seguras, confiantes e plenas na sua

escolha pela amamentação, não sendo obrigadas a esta por imposição de enfermei-

ros ou médicos (Levy & Bértolo, 2012).

Porém, nem sempre a regulação fisiológica e as funções de sucção – deglutição –

respiração envolvidas na alimentação se coordenam da melhor maneira, pelo que é

importante conhecer e monitorizar as competências oro-motoras e de autorregula-

ção dos RN (de termo e prematuros), com o objetivo de estabelecer um plano de

ação individualizado para cada criança. Neste âmbito, tive oportunidade de observar

estratégias como a alimentação por copo e/ou gavagem, mas também o recurso ao

sistema “sonda-dedo”, que desconhecia. Este último “sistema de alimentação”, ape-

sar de ainda não reunir consenso nos poucos estudos realizados, apresenta-se

como uma estratégia útil na estimulação da sucção em RN e RNPT amamentados,

uma vez que retarda/evita a introdução de alimentação por tetina (Fujinaga, Duca,

Petroni, & Rosa, 2012).

As UCIIN, onde os RNPT permanecem até adquirirem uma estabilidade hemodi-

nâmica, de desenvolvimento e de maturação que lhes possibilite crescer junto aos

seus pais, são frequentemente descritas como assustadoras, repletas de monitores,

ruídos e alarmes, nas quais se inserem RNPT frágeis, imaturos e indefesos rodea-

dos por fios e aparelhos essenciais à sua sobrevivência (Gomes, 2013). Desta for-

ma, a presença dos pais na UCIIN assume contornos peculiares, pois pelas caracte-

rísticas do ambiente, os pais podem experienciar medo, ansiedade e impotência

mas, acima de tudo e, dependendo da situação clínica da criança, podem haver a

impossibilidade de tocar, sentir e aconchegar o próprio filho (Gomes, 2013).

Tais factos levam a acrescidas dificuldades na transição para a parentalidade.

Portanto, o cuidado de enfermagem a estes RN, que observei e pratiquei, além das

intervenções de domínio técnico, privilegiou uma componente relacional, não só

entre o enfermeiro e o cliente pediátrico mas também entre pais e filhos.

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O enfermeiro é o profissional que mais tempo está junto do RN, cabendo-lhe a

responsabilidade da promoção da relação de vinculação entre pais e filhos, através

do seu envolvimento nos cuidados a serem prestados à criança, realçando as suas

características e competências específicas. Desta forma, a comunicação com os

pais e a partilha de informação clara, concisa e oportuna em relação aos cuidados, é

especialmente importante, tendo sido intencionalmente desenvolvida, a fim de pro-

mover uma plena participação parental, em que os pais gradualmente deixam de ser

observadores para transitarem e assumirem o seu papel de cuidadores.

A gestão dos cuidados e colaboração dos pais foram sempre negociadas e dire-

cionadas às necessidades do cliente pediátrico, numa prestação de cuidados cen-

trada na família, capacitando os pais a uma prestação de cuidados parental promo-

tora da saúde. Segundo Vasconcellos (2012, p. 262), o enfermeiro “tem um papel

primordial na mudança de comportamentos, cultura de aprendizagem e promoção

da segurança”, recorrendo às características pessoais e experiências anteriores dos

pais, mas também fornecendo feedback positivo acerca dos comportamentos e cui-

dados parentais prestados no sentido de desenvolverem uma parentalidade positiva

com o enfoque na promoção do crescimento e desenvolvimento do seu filho

(Pender, Murdaugh, & Pars, 2006). Neste âmbito, a preparação dos pais, através de

ensinos, instrução e/ou treino em diversos cuidados é imprescindível, sendo também

inerente às competências do enfermeiro, nomeadamente do enfermeiro especialista.

Neste âmbito e prévio ao estágio, tinha planeado a elaboração de folhetos infor-

mativos e realização de sessões de formação aos pais, subordinados aos temas

cujas necessidades formativas fossem identificadas. Porém, tal não foi inteiramente

realizado, uma vez que na UCIIN onde o estágio foi realizado, está já instituído um

programa de sessões de formação, suportadas por informação escrita e abordando

diferentes temáticas. Contudo, pude colaborar na realização da sessão de formação

aos pais, cujo tema “Vigilância de Saúde e Vacinação” deu o mote para uma reunião

informal, na qual foi proporcionada informação, mas acima de tudo, foi aberto espa-

ço para o esclarecimento de várias dúvidas relativas à vigilância de saúde, vacina-

ção, segurança no transporte e no domicílio.

Portanto, o enfermeiro em UCIIN pode ser descrito como uma “fronteira entre a

instituição hospitalar e a família/ comunidade (Vasconcellos, 2012, p. 262). Na UCIIN

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onde o estágio foi realizado, esta fronteira assume características muito particulares,

uma vez que existe uma Unidade Móvel de Apoio Domiciliar (UMAD).

Esta unidade, de critérios claramente definidos, tem como objetivo promover a

adaptação do cliente pediátrico ao domicílio após a alta hospitalar, bem como avaliar

o bem-estar físico da criança. Esta visitação é uma estratégia bastante valorizada

nesta UCIIN, pois possibilita uma alta precoce e segura10, diminuindo a permanência

em contexto hospitalar e todos os custos a ela associados (monetários, stress e

ansiedades, gestão familiar,Z) (OE, 2010; Hockenberry & Wilson, 2014).

Neste contexto tive a oportunidade de realizar várias visitas domiciliárias, o que se

revelou extremamente gratificante, uma vez que, pela duração do estágio, possibili-

tou a prestação de cuidados a alguns clientes durante o internamento e, posterior-

mente, nas suas casas. Estes factos contribuíram para a confirmação da necessida-

de de cuidados individualizados, responsivos às necessidades das famílias, nomea-

damente no que se refere à adaptação às mudanças na dinâmica familiar, contri-

buindo assim para uma transição eficaz (Meleis, 2010; Hockenberry & Wilson, 2014)

O estágio realizado neste contexto de cuidados intensivos e intermédios neona-

tais foi especialmente importante na aquisição de competências na promoção de

uma parentalidade positiva. Através dos discursos dos pais, ficou patente a fragilida-

de atribuída ao RNPT, em detrimento das suas capacidades, características e

potencialidades. É facto que muitas destas crianças, pelo seu nascimento prematuro

e pelas suas condições de saúde, são efetivamente frágeis. Contudo, ao longo do

tempo e, em função da estabilidade hemodinâmica, do crescimento e desenvolvi-

mento, são reveladas as potencialidades da criança e, neste sentido, o incentivo à

permanência dos pais e prestação de cuidados é uma realidade. Começa, deste

modo, o estabelecimento de uma relação pais-criança, seja por meio do toque, alei-

tamento materno ou método canguru, na qual os enfermeiros agem como interme-

diários mas acima de tudo como parceiros, com vista à autonomia parental. Esta

partilha de conhecimentos e experiências entre enfermeiros e pais possibilita uma

aquisição de conhecimentos e um entendimento do RNPT, facilitando a transição e

10De acordo com informação escrita existente na UCIIN, respeitante à UMAD, é de referir que não são ape-nas os RNPT que estão incluídos neste “Seguimento Pós-Alta”

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aquisição dos papeis parentais e, consequentemente o planeamento da alta e conti-

nuidade dos cuidados em casa.

Realmente, a relação estabelecida com os pais na prestação de cuidados hospita-

lares permitiu-me observar estilos parentais diferentes, contribuir para a aquisição de

competências parentais no cuidado aos seus filhos, mas acima de tudo, proporcio-

nou-me o estabelecimento de uma relação desde o nascimento até ao momento da

alta e posteriormente no domicílio.

A visitação domiciliária permitiu-me a observação da prestação de cuidados no

ambiente de cada família, avaliando as necessidades parentais e proporcionando

feedback acerca dos cuidados prestados, por exemplo, através da observação da

criança e monitorização de peso corporal. Neste sentido, a transmissão de informa-

ção essencial para o reconhecimento precoce de situações de doença, prevenção

de acidentes, entre outras indicações, permitiram reforçar algumas recomendações

associadas à promoção de uma parentalidade positiva, tal como o sentimento de

compromisso parental na prestação de cuidados, mas também a promoção de um

ambiente saudável e o reconhecimento dos pais como exemplos positivos/ modelos,

numa intenção clara de promoção de saúde da criança.

Em suma, considero que este contexto de estágio foi facilitador na aquisição de

competências no cuidado ao cliente pediátrico em “situações de especial complexi-

dade”, através do reconhecimento de “situações de instabilidade das funções vitais”.

Consequentemente ambicionei e concretizei uma prestação de cuidados de enfer-

magem individualizados e direcionados para a “majoração dos ganhos em saúde,

recorrendo a uma variedade de terapias de enfermagem comuns e complementares,

amplamente suportadas na evidência”, sem esquecer a centralidade destes cuida-

dos na família. Neste sentido, por tudo o que foi realizado e referido anteriormente, a

promoção da relação e da vinculação entre pais e RNPT foi uma constante, mas

também a promoção do crescimento e desenvolvimento infantil foram concretizados

através dos cuidados prestados e de orientações antecipatórias recorrendo a uma

comunicação clara e concisa (OE, 2011 c., pp. 8654-5).

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2.4. Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados

O estágio realizado na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP)

foi um contexto de estágio enriquecedor, tendo atingido plenamente os objetivos tra-

çados, nomeadamente “Adquirir conhecimentos sobre a Consulta de Saúde Infantil/

juvenil e Vacinação”, “Desenvolver competências na avaliação do desenvolvimento

infantil e juvenil” e “Proporcionar informação antecipatória ao cliente pediátrico no

sentido da promoção da sua saúde”.

A regularidade do acompanhamento das crianças e jovens dota o enfermeiro de

um dever de procura e domínio um conhecimento profundo e coeso acerca das dife-

rentes etapas do desenvolvimento. Assim, além de promover o desenvolvimento em

segurança e com saúde (prevenindo a doença), cabe-lhe a deteção precoce de

eventuais alterações, minimizando-as e/ou corrigindo-as atempadamente. Portanto,

a vigilância de saúde assume uma especial importância, seja na promoção da saúde

mas também na prevenção da doença e recuperação da mesma. Nos primeiros 3

anos de vida, por serem aqueles nos quais existe um maior desenvolvimento e aqui-

sições em diferentes níveis, esta vigilância de saúde tem uma maior expressão

(Hockenberry & Wilson, 2014).

A calendarização das consultas de vigilância de saúde infantil e juvenil encon-

tram-se organizadas por idades-chave, flexíveis e coincidentes com o Plano Nacio-

nal de Vacinação (PNV), de forma a minimizar o número de idas aos serviços de

saúde. Com esta calendarização, pretende-se facilitar a gestão familiar e, conse-

quentemente alargar “o número de crianças cuja saúde é vigiada com regularidade”

(DGS, 2013, p. 3). Da mesma forma, pode ser feita uma gestão da periodicidade

destas consultas, adicionando ou retirando algumas, consoante as particularidades

da criança e da sua família (DGS, 2013). Em cada uma dessas consultas é impor-

tante a avaliação de vários parâmetros, entre os quais a monitorização do cresci-

mento e avaliação do desenvolvimento físico, psicomotor, escolaridade e desenvol-

vimento psicossocial (DGS, 2013).

A avaliação antropométrica, nomeadamente monitorização de peso corporal, foi

descrita pelos pais como especialmente importante, uma vez que proporciona um

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feedback do padrão alimentar do recém-nascido/ criança. A alimentação durante a

infância contribui grandemente para um bom estado de saúde e, consequentemente

para um desenvolvimento adequando prevenindo doenças no futuro. Desta forma, a

dieta deve ser equilibrada em termos quantitativos e qualitativos, bem como ade-

quado às necessidades nutricionais e idade da criança (OE, 2010).

Neste sentido, e tendo em conta a idade da criança, a promoção do aleitamento

materno (AM) foi uma realidade, com indicações para o manter em exclusivo até aos

6 meses de vida, respeitando sempre as decisões parentais relativas ao AM (OE,

2010; Levy & Bértolo, 2012; Hockenberry & Wilson, 2014). A diversificação alimen-

tar, seja aos 4 meses ou mais tarde (dependendo da manutenção do AM), não só

pela introdução de novos alimentos e consequente despiste de possíveis alergias,

consiste também num momento de aprendizagem e socialização familiar. É impor-

tante a manutenção de um sentimento de prazer durante as refeições, pelo que deve

ser mantida alguma persistência perante as adversidades e dificuldades da criança

na adaptação à alimentação através de colher. Assim e, enquanto há uma explora-

ção dos gostos da criança, existe também uma oportunidade de encorajar a sua

autonomia para alimentar-se sozinha, imitando os comportamentos parentais obser-

vados. Partindo deste pressuposto e, numa lógica de promoção de saúde, existiu da

minha parte, um incentivo a uma dieta variada e saudável extensiva a toda a família.

Além da diversificação alimentar, os métodos a utilizar durante a mesma foram

também frequentemente abordados. Neste sentido, e interligando com a aquisição

de competências de desenvolvimento e erupção dentária, foram também proporcio-

nadas estratégias que podem auxiliar na promoção do desenvolvimento e adaptação

à dieta, como por exemplo, sentar a criança à mesa (faculta um maior controlo cefá-

lico e amplitude visual, promovendo a interação com os cuidadores), proporcionar-

lhe a oportunidade de mexer nos alimentos uma vez que, compreendendo as dife-

rentes texturas e sabores, estimula o sistema sensorial, a deglutição e mastigação

pela tendência natural de levar os objetos à boca (OE, 2010).

Na sequência das indicações relativas à dieta, surgiram também as orientações

relativas aos cuidados de higiene oral, nomeadamente desde a erupção do primeiro

dente, não se restringindo às consultas realizadas durante o primeiro ano de vida,

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mas em todas as consultadas realizadas. Estas orientações foram referentes, não só

ao ato de lavar os dentes, mas incentivando a crescente autonomia da criança na

sua realização, por exemplo, seguindo os exemplos dos pais ou irmãos.

Um outro assunto abordado em todas as consultas foi a segurança e prevenção

de acidentes, nomeadamente no que respeita a quedas de fraldários ou bancadas,

mas também relativas ao transporte em segurança (sando as cadeiras de transporte

adequadas) ou durante a permanência em alcofas ou no berço.

O sono e os rituais para dormir também foram um dos assuntos frequentemente

abordados. Não só pelas dúvidas acerca do número de horas de sono necessários

para as crianças, mas também acerca do melhor local: o seu próprio quarto ou o

quarto dos pais. A este respeito, foi sempre sublinhada a importância de um sono

tranquilo, uma vez que “é tão imprescindível para o desenvolvimento físico, cerebral

e emocional das crianças como a alimentação” (OE, 2010, p. 84). Por isso, desde o

nascimento foi aconselhado o estabelecimento de rotinas, gradualmente adaptadas

à idade da criança, uma vez que podem ser estruturantes e securizantes, mas tam-

bém o recurso a estratégias relaxantes como o banho (ao final do dia) ou a massa-

gem11. Apesar da luminosidade e do ruído serem inicialmente indiferentes ao recém-

nascido, o facto é que gradualmente se constituem como estímulos que despertam a

curiosidade e atenção da criança, pelo que regular a claridade e utilizar caixinhas de

música ou a voz humana, bem como o toque, ajudam a criar um ambiente tranquilo.

Assim, foram estimuladas estas estratégias, aliada a horários “regulares e estáveis

para dormir ajudam o bebé/ criança a autodisciplinar-se” e a aprender a adormecer,

o que será conseguido mais facilmente “se os pais se mantiverem firmes e carinho-

sos” (OE, 2010, pp. 84-85).

De facto, alguns pais referiram não terem ainda estabelecido estas rotinas,

enquanto outros tinham dificuldade em manter firmes os horários de sono, pois é-

lhes difícil suportar o choro e contestação dos seus filhos. Neste sentido, foi subli-

nhado o que de positivo estava já a ser feito pelos pais e dadas indicações para

manter uma atitude firme e clara com o estabelecimento de limites, sublinhando o

11 Em relação à massagem do bebé, existe já nesta UCSP suporte informativo escrito que é facultado aos pais na primeira consulta de enfermagem realizada

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quanto estes são importantes para organização, crescimento e desenvolvimento da

criança, mas também para a construção de laços de confiança (Patrício, 2011;

Lopes M. , 2012).

Uma das formas de comunicar com a criança e ajudá-la a compreender o que a

rodeia pode ser a brincadeira, pois constitui-se como “elemento basilar em todo o

processo dinâmico de construção do ser criança” (OE, 2010, p. 85). Ao brincar,

recorrendo a brinquedos ou objetos mais ou menos modernos, a criança relaciona-

se consigo própria, com os outros e com o meio, mas também vai adquirindo novas

experiências e conhecimentos. Foi através da brincadeira que muitas vezes pude

chegar até à criança que tinha diante de mim na Consulta de Enfermagem de Saúde

Infantil, bem como avaliar o seu desenvolvimento através da Escala de Avaliação do

Desenvolvimento de Mary Sheridan Modificada.

Nesta avaliação, dado não existir o conjunto de materiais sugeridos para a aplica-

ção desta escala, foi sempre tido em conta a observação da criança, desde a entra-

da na sala de enfermagem, mas também valorizado o que era dito pelos pais, espe-

cialmente no que se refere a situações descritas pelos próprios como preocupantes.

Assim, e tendo em conta a referida escala, uma observação pormenorizada das

capacidades da criança permite ajuizar do seu desenvolvimento normal, mas tam-

bém ajuda a orientar os pais sobre determinados cuidados e atitudes que podem

estimular e incentivar ao desenvolvimento e aquisição de certas competências.

Como anteriormente é referido, muitas vezes aliou-se a consulta de vigilância de

saúde infantil e juvenil com a vacinação. O PNV caracteriza-se pela sua universali-

dade, acessibilidade a todas as pessoas residentes em Portugal e pelo facto de ser

gratuito. Objetiva-se pela administração, via intramuscular, subcutânea, intradérmica

ou oral de preparações antigénicas indutoras de uma resposta imunitária protetora

específica para um ou mais agentes infeciosos (DGS, 2011).

A imunização, por ser protetora imunológica contra diversas doenças, promove

um desenvolvimento e crescimento saudáveis do indivíduo, mas também da socie-

dade através de uma imunidade de grupo conseguida por taxas de vacinação muito

elevadas (DGS, 2011). De facto e, de acordo com PNV (2011, p. 5) em vigor, desde

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“1965, verificou-se uma notável redução da morbilidade e da mortalidade pelas

doenças infeciosas alvo de vacinação, com os consequentes ganhos de saúde”,

devendo-se este facto, em larga escala, ao trabalho dos enfermeiros (OE, 2010).

Uma das componentes desse trabalho consiste na divulgação do PNV, através da

motivação das famílias, mas também do esclarecimento e incentivo ao cumprimento

deste plano (DGS, 2013). Assim se ilustra a influência que os enfermeiros têm sobre

as pessoas ao longo do seu ciclo vital, com vista à promoção de saúde, nomeada-

mente pelos benefícios que são percebidos pelos pais.

Segundo Schechter, et al. (2008), a preparação do cliente pediátrico para um pro-

cedimento doloroso é elementar e fundamental, no sentido de diminuir o stress sen-

tido, não apenas em contexto hospitalar, mas em todas as práticas, nomeadamente

na vacinação. Uma das estratégias possíveis é a administração de solução açucara-

da. Contudo, tal não ocorre nesta UCSP, não por discordância da equipa de enfer-

magem, mas por constrangimentos financeiros e de gestão. Assim, foi necessário o

recurso a outras estratégias não farmacológicas para alívio da dor.

A primeira dessas estratégias consiste na presença dos pais e/ou cuidadores, que

pelo facto de serem os mais entendidos nas reações e comportamentos dos seus

filhos, consistem nos parceiros ideais para avaliar e implementar as estratégias que

sejam mais eficazes (OE, 2013). No entanto, a presença dos pais não deve ser

imposta, mas voluntária e negociada, pois muitos referem sentir eles próprios medo

e ansiedade perante “agulhas e picas”. Assim, tornou-se essencial modificar o senti-

do dado ao ato vacinal, almejando uma amenização destes medos e o esclareci-

mento de que a vacinação é mais ampla que o momento da sua administração,

promovendo, portanto, a manutenção da adesão a esta estratégia protetora da saú-

da em geral, mas da população pediátrica em particular (Pender, Murdaugh, & Pars,

2006; Schechter, et al., 2008).

Também a distração ou sucção não nutritiva foram um recurso relevante, pois

constituem-se como as estratégias mais adequadas à criança no primeiro ano de

vida, quando a presença da chupeta é (com elevada frequência) ainda uma realida-

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de e quando a curiosidade pelo meio circundante e novas caras ainda impera

(Linhares & Doca, 2010; OE, 2010; OE, 2013).

Mas, previamente à sua administração é essencial que o enfermeiro conheça e

domine a calendarização do plano vacinal e as especificidades de cada vacina.

Aliás, tais conhecimentos impõem necessariamente a gestão de recursos e rentabili-

zação de algumas dessas vacinas.

A vacina contra a tuberculose (BCG – Bacillus Calmette-Guérin) é um exemplo.

Incluída no PNV, é administrada em dose única, à nascença nas maternidades/ hos-

pitais ou, excecionalmente, nos centros de saúde. Contudo e, especialmente no

último ano de 2014, a produção em série e fornecimentos aos serviços de saúde

sofreu alguns cortes, pelo que foi necessária a articulação dos hospitais e materni-

dades com as unidades dos cuidados de saúde primários (CSP).

A BCG, pela administração por via intradérmica, leva à exigência de formação

específica, com experiência prática supervisionada. Por ser detentora desta forma-

ção e experiência na administração da mesma, tal como a enfermeira tutora, a ges-

tão e administração desta vacina foram componente integrante deste estágio. Neste

sentido, pude observar e compreender uma gestão e um circuito diferente do cliente

pediátrico, relativamente ao que me é familiar em contexto hospitalar.

Realmente, a rentabilização da ampola desta vacina implica a calendarização da

vacinação num horário específico, mas também a identificação e organização das

crianças a serem vacinadas, nomeadamente pela data de nascimento, uma vez que

depois dos 60 dias de vida e de acordo com PNV, a BCG só deve ser administrada

após prova tuberculina negativa (DGS, 2011). Portanto, foi necessária uma pesquisa

e confirmação da ausência de administração desta vacina, recorrendo aos sistemas

informáticos disponíveis, mas também confirmando com os pais destas crianças.

Concomitante com esta administração, está a transmissão de informação relativa

à evolução e aos cuidados a ter com o local onde a mesma foi administrada. Estas

foram as grandes preocupações verbalizadas pelos pais, sendo esclarecidos no

momento, através de orientações verbais, mas também através do fornecimento de

informação escrita e anexada ao Boletim de Vacinas da criança. Simultaneamente à

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vacinação existiu sempre uma verificação do esquema vacinal em curso, sendo

promovida a sua adesão e orientando os pais para as próximas vacinas.

A minha experiência no que respeita ao PNV, pelo facto de ser operacionalizado

em contexto de cuidados hospitalares era limitada à administração das vacinas da

nascença ou dos 2 meses de idade (especialmente no caso de recém-nascidos

prematuros). Porém, apesar de conhecer o esquema preconizado e as vacinas extra

PNV, tive a oportunidade de conhecer, observar e compreender as especificidades

da administração de cada vacina por si e o seu esquema associado, mas também as

orientações de cuidados em situação de reação secundária às vacinas. Estas rela-

cionam-se, na sua grande maioria, com a possibilidade do aparecimento de febre,

rubor, tumefação, edema ou dor no local da vacina (DGS, 2011).

O estágio realizado no âmbito dos CSP permitiu um sentido/ sentimento de conti-

nuidade relativamente ao estágio realizado na UCIIN. De facto, o contexto de CSP

foi muito rico na valorização e transmissão de cuidados antecipatórios como fator de

promoção de saúde e prevenção de doença, capacitando os pais de conhecimentos

para fomentar o seu melhor desempenho, almejando uma parentalidade positiva.

Efetivamente, com esta capacitação, pretende-se dotar os pais/ cuidadores de meios

facilitadores para a vivência de uma parentalidade que suporte as transições entre

as diferentes etapas de desenvolvimento dos seus filhos, promovendo e protegendo

os direitos destes.

Uma vez que as influências interpessoais, nomeadamente os familiares mais pró-

ximos, as normas e modelos influenciam, positivamente ou negativamente o desen-

volvimento da criança, é necessário ter em mente que em cada momento existe a

oportunidade para agir e aproveitar essas características associadas ao cliente

pediátrico com que nos deparamos, para promover e sublinhar conhecimentos e

expectativas responsivas à fase que vivenciam (Pender, Murdaugh, & Pars, 2006;

OE, 2010). Neste âmbito, todas as intervenções de enfermagem realizadas foram

em prol da participação parental e da família nos cuidados à criança/ jovem no

domicílio, fomentando um sentimento de autoconfiança e segurança, em si próprios

e nos cuidados prestados.

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Dado que cada pessoa é um ser único, possuidor do seu autoconceito e autoes-

tima, é essencial o reconhecimento dessas características para a promoção e manu-

tenção de comportamentos saudáveis, nomeadamente regime alimentar, atividade

física, padrões de sono ou recurso aos serviços de saúde (Pender, Murdaugh, &

Pars, 2006). Assim, é expectável que pela observação do que é considerado como

benéfico para o próprio, seja também incutido e transposto no cuidado aos seus

filhos, nomeadamente na promoção de comportamentos saudáveis (Victor, Lopes, &

Ximenes, 2005).

Considero que o reconhecimento de que o feedback transmitido aos pais nas

consultas de saúde infantil e juvenil é potencialmente um regulador dos comporta-

mentos parentais. Este facto conduziu ao envolvimento destes cuidadores na pres-

tação de cuidados, orientando-os e fomentando a aquisição de competências para a

promoção de um desenvolvimento harmonioso e saudável (Pender, Murdaugh, &

Pars, 2006; Lopes M. , 2012).

Apesar do processo de desenvolvimento de uma criança ser vasto, é importante

reconhecer que os primeiros anos de vida são primordiais pelo estabelecimento de

bases para o seu desenvolvimento, pela maior plasticidade e resiliência responsiva

aos estímulos recebidos. Neste sentido, pelas normais transições ocorridas durante

o crescimento e desenvolvimento infantil, mas também pela ambição de promover a

saúde e prevenir a doença, é expectável que os enfermeiros reconheçam e com-

preendam estes processos de transição, mas que também sejam capazes de identi-

ficar as necessidades das famílias, educando-os e proporcionando a aquisição de

habilidades (Magalhães, 2011).

Em suma e, pelo exposto em toda a reflexão, pretendi promover uma prestação

de cuidados parentais direcionado às necessidades dos seus filhos, perante o seu

nível de desenvolvimento e individualidade, fomentando-se um ambiente estimulante

e responsivo. Da mesma forma, houve também o incentivo ao reconhecimento das

capacidades e competências dos filhos, proporcionando estratégias antecipatórias

que potenciam o estabelecimento de um ambiente físico saudável, organizado e

seguro, mas sublinhando também a necessidade de uma educação assente nos

pilares da assertividade, compreensão e consistência.

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Deste local de estágio emerge a confirmação da competência na gestão da dor,

nomeadamente em contexto de vacinação. Contudo, considero que o enriquecimen-

to proporcionado espelha-se na aquisição de competências na promoção de uma

prestação de cuidados responsiva às necessidades decorrentes do crescimento e

desenvolvimento da criança, através da avaliação dos mesmos (OE, 2011 c.). Neste

sentido, considero que a avaliação atualmente realizada é claramente mais funda-

mentada e que, consequentemente contribuiu para uma prestação de cuidados que

ambiciona a maximização da saúde. Tal só foi conseguido mantendo uma parceria

entre enfermeiro-família, essencial aos cuidados prestados à criança, sempre no

sentido da autonomia do cliente pediátrico.

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3. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

A Enfermagem, enquanto profissão autorregulada, tem definido no Código Deon-

tológico do Enfermeiro e no Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros,

princípios éticos e deontológicos que norteiam o exercício profissional do enfermeiro.

Considero que todo o enfermeiro deve prestar cuidados mediante o reconheci-

mento da dignidade do cliente e respeito pela sua pessoa, pela sua autonomia na

tomada de decisão, na participação e na colaboração nos cuidados a serem presta-

dos. Igualmente, o respeito pela privacidade, intimidade e individualidade são com-

ponentes essenciais para a prestação de cuidados.

O Enfermeiro Especialista em Saúde da Criança e do Jovem não é exceção e

portanto, nos vários contextos de estágio, não esqueci ou ignorei os aspetos ante-

riormente referidos. Tive também patente a intencionalidade de prestar cuidados no

sentido de ajudar o outro no encontro ao que considera benéfico para si próprio, sem

lhe causar qualquer dano e, portanto, em respeito aos princípios de beneficência e

não-maleficência (OE, 2005).

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4. REFLEXÕES FINAIS

É através da experiência que advém o saber e o conhecimento que potencia a com-

preensão de cada situação concreta, que se apreende o problema e age partindo

duma reflexão e análise da situação na sua globalidade como defende Benner

(Benner, 2001). Foi através deste pensamento que se concretizou o percurso apre-

sentado neste documento. É verdade que a reflexão esteve sempre presente, como

um meio para atingir a qualidade e excelência na prestação de cuidados, mas tam-

bém como impulsionadora para a conscientização de limites e necessidades, não só

na vida profissional, mas também pessoal.

Conclui-se pela consolidação de competências já adquiridas em contexto profis-

sional, mas também pela aquisição de outras competências. Cada campo de estágio

proporcionou uma partilha de experiências e saberes, despontou a curiosidade e

necessidade de aprofundar conhecimentos, fomentou a aquisição de competências,

por exemplo na integração e aplicação de conhecimentos em situações complexas

como o cuidado ao RN/ criança em situação de instabilidade hemodinâmica. Certifi-

caram-se as competências na tomada de decisão e produção de discurso funda-

mentado, as competências relacionais através comunicação com o cliente pediátri-

co, do espírito de equipa e iniciativa para os cuidados, mas também a competência

necessária à gestão dos cuidados. Estas competências assentes no empenho e

determinação jamais perderam de vista a ética e deontologia profissional indissociá-

vel da prática de enfermagem.

O desenvolvimento de competências na promoção de uma parentalidade positiva

em pais de crianças nascidas prematuras foi um fio condutor do pensamento, refle-

xão e atuação em contexto de estágio, no qual o Enfermeiro Especialista em Enfer-

magem de Saúde da Criança e do Jovem assume um papel essencial. A temática

motivou, nos diferentes contextos de estágio, a discussão e reflexão entre enfermei-

ros, conduzindo a uma partilha enriquecedora para prestação de cuidados e ao

reconhecimento da sua importância no exercício da parentalidade e do crescimento

e desenvolvimento infantil.

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Mas, como todo o fim é também um princípio, termino com a convicção e cons-

ciência do caminho em aberto a ser percorrido, certa de perseverar na busca pela

excelência do cuidado de enfermagem, mas também consciente de perseverar na

necessidade de manter uma reflexão sobre as práticas e uma partilha com os

outros, por exemplo, através da formação.

Assim, da reflexão apresentada, das aprendizagens e competências adquiridas,

bem como da importância da temática no contexto da enfermagem, surgiu-me a

necessidade de concretizar como os enfermeiros podem promover uma parentalida-

de positiva, especialmente em pais de crianças nascidas prematuras. Foi neste sen-

tido que se elaborou o Guia Orientador da Promoção de uma Parentalidade Positiva

em pais de crianças nascidas prematuras (apêndice 7). Apesar de estruturado e

pensado em contexto académico, refletindo uma importante parte do percurso de

estágio foi também pensado e concebido para ser aplicado na prestação de cuida-

dos, com vista à sua melhoria.

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Unicef. (2004). Convenção sobre os Direitos da Criança. Obtido de

http://www.unicef.pt/docs/pdf_publicacoes/convencao_direitos_crianca2004.pdf

Vasconcellos, T. (2012). Enfermagem em neonatologia. Cuidados para o

desenvolvimento. In C. Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais - HSFX,

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Victor, J. F., Lopes, M. V., & Ximenes, L. B. (2005). Análise do diagrama do modelo

de promoção da saúde de Nola J. Pender. Acta Paulista de Enfermagem, Vol. 18,

n.º3.

Page 56: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

LVI

APÊNDICES

Page 57: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

LVII

APÊNDICE 1: AUTODIAGNÓSTICO DAS NECESSIDADES DE APRENDIZAGEM –

COMPETÊNCIAS COMUNS DO ENFERMEIRO ESPECIALISTA

Page 58: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

AU

TO

DIA

GN

ÓS

TIC

O D

AS

N

EC

ESSID

AD

ES

D

E A

PR

EN

DIZ

AG

EM

CO

MPETÊN

CIA

S C

OM

UN

S D

O E

NFER

MEIR

O E

SPE-

CIA

LIS

TA

A –

DO

MÍN

IO D

A R

ES

PO

NS

AB

ILID

AD

E P

RO

FIS

SIO

NA

L, É

TIC

A E

LE

GA

L

Com

petê

ncia

A1 –

Desenvo

lve u

ma p

rática p

rofissi

onal e é

tica

no s

eu c

am

po d

e inte

rvenção

: D

em

on

stra

um

exe

rcíc

io

segu

ro,

pro

fissi

ona

l e

étic

o,

util

iza

nd

o h

ab

ilida

de

s de

tom

ada

de

dec

isã

o é

tica

e d

eon

toló

gica

. A

co

mpe

tên

cia

ass

en

ta n

um c

orp

o

de

con

he

cim

ento

no

dom

ínio

étic

o-d

eon

toló

gico

, n

a a

valia

ção

sis

tem

átic

a d

as

me

lho

res

prá

tica

s e

na

s p

refe

rên

cia

s d

o c

lien

te.

Quadro

1: A

uto

dia

gnóstico d

as n

ecess

idades d

e a

pre

ndiz

agem

– C

om

petê

ncia

A1

Unid

ades

de

com

pet

ênci

a Evi

dên

cia

(s) do e

xerc

ício

pro

fiss

ional

N

ível

de

com

pet

ênci

a per

ceci

onad

o

Cri

térios

de

aval

iaçã

o

A1.1 – Demonstra tomada de decisão ética numa variedade de

situações da prática especializada

A1.1

.1

– A

s es

traté

gia

s de

reso

luçã

o

de

pro

ble

mas

são d

ese

nvo

lvid

as

em

parc

eria

com

o c

liente

.

A t

om

ada d

e d

eci

são é

alg

o c

onst

ant

e e

pre

sente

na m

inha v

ida p

rofis

siona

l, se

ndo p

auta

da p

or

uma

parc

eria,

na q

ual

os

pais

e c

riança

s sã

o i

nfor

mados

do le

que d

e o

pçõ

es

par

a a s

ua t

om

ada

de d

eci

são e

neg

oci

ados

os

cuid

ado

s a

prest

ar.

Tam

bém

o

conheci

mento

e

exp

eriê

nci

a

serv

em

de

base

às

deci

sões

tom

adas

, os

qua

is d

eve

m s

er

atu

aliz

ados

e

analis

ados

const

ante

mente

, alic

erç

ando

deci

sões

futu

ras.

A p

ass

agem

de

oco

rrênci

as

ora

l é u

m d

os

mom

ent

os

priv

ileg

iados

para

a t

omada d

eci

são e

m

eq

uip

a.

• C

onheci

mento

dos

conce

i-to

s/ t

eorias

e princí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

proce

s-so

s de

tom

ada

de

dec

isão

nest

e â

mbito

: 1

– 2

– 3

– 4

Exp

eriênci

a d

e m

obili

zaçã

o

em

situ

açã

o c

línic

a:

1 –

2 –

3

– 4

Prá

ticas

de

anális

e

das

situ

açõ

es

e i

nte

gra

ção c

om

o co

nheci

mento

(c

ientif

ico

e

exp

erim

enta

l): 1 –

2 –

3 –

4

A1.1

.2 –

O j

uíz

o b

ase

ad

o n

o c

onheci

mento

e e

xperiênci

a e

stá r

efle

tido n

a t

om

ada d

e deci

são.

A1.1

.3 –

A a

uto

nom

ia d

e j

ulg

am

ent

o f

un-

dam

enta

do

refle

te-s

e na t

om

ada

de d

eci

são

em

situ

açõ

es

da

prá

tica c

línic

a.

A1.1

.4 –

Part

icip

a n

a c

onst

ruçã

o d

a t

om

ada

de d

eci

são e

m e

quip

a.

A1.1

.5 –

As

resp

ost

as

mais

apro

priadas

são

identif

icadas

a p

art

ir d

e u

m a

mplo

leq

ue d

e opçõ

es.

Page 59: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

A1.2 – Suporta a decisão em princí-pios, valores e normas deontológicas.

A1.2

.1 –

As

situ

açõ

es

são

ava

liadas

usa

ndo

cnic

as

de tom

ada d

e d

eci

são.

A p

rátic

a d

e c

uid

ados

de e

nferm

agem

não p

ode

ser

dis

soci

ada d

e u

m s

uport

e e

m p

rincí

pio

s, v

alo

res

e norm

as

deont

oló

gic

as,

pelo

q

ue

est

ão

const

ante

-m

ente

pate

ntes

na m

inha p

rest

açã

o d

e c

uid

ados.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

A1.2

.2 –

As

deci

sões

são g

uia

das

pe

lo C

ód

i-go D

eonto

lógic

o.

A1.2

.3 –

Inco

rpora

ele

mento

s de e

nqua

dra

-m

ento

ju

rídic

o

no

julg

am

ento

de

enfe

rma-

gem

.

A1.2

.4 –

Pro

move

o e

xerc

ício

pro

fissi

ona

l d

e

aco

rdo c

om

o C

ódig

o D

eo

nto

lóg

ico,

na e

qui-

pa d

e E

nfe

rmagem

onde e

stá in

scrito

.

A1.3 – Lidera de forma efetiva os pro-cessos de tomada de decisão ética de maior complexidade na sua área de

especialidade

A1.3

.1 –

Dese

mpenha o

pape

l d

e c

onsu

ltor

quan

do o

s cu

idados

requ

ere

m u

m n

ível

de

co

mpetê

nci

a c

orr

esp

ond

en

te à

sua e

speci

a-

lidade

.

Em

re

laçã

o

à

prest

açã

o

de

cuid

ados

ao

clie

nte

pediá

tric

o

reco

nheço

a

min

ha

com

pet

ênci

a

nest

a áre

a,

no

enta

nto,

com

nece

ssid

ade d

e m

elh

oria

nos

cuid

ados

e a

pro

fundam

ento

de c

onheci

ment

os

con-

tínuos,

fact

o q

ue

mot

ivou a

fre

quênc

ia n

est

e 5

º C

ur-

so d

e M

est

rado.

C

ontu

do,

pelo

perc

urs

o fo

rmativ

o,

nest

e m

omen

to,

sou e

lem

ento

de r

eferê

ncia

em

term

os

de v

aci

naçã

o (n

om

eadam

ente

BC

G).

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

A1.3

.2 –

Reco

nh

ece

a s

ua c

om

petê

nci

a n

a

áre

a d

a s

ua e

speci

alid

ade.

A1.3

.3 – T

oma a in

icia

tiva de co

nd

uzi

r os

pro

cess

os

de tom

ada d

e d

eci

são.

A1.3

.4

Reco

lhe

contr

ibuto

s e

susc

ita

a

aná

lise d

os

fundam

ento

s d

as

deci

sões.

Page 60: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

A1.4 – Avalia o processo e os resulta-dos de tomada de decisão.

A1.4

.1

Afe

re

os

resu

ltados

das

tom

adas

de

deci

são c

om

o p

roce

sso e

a p

on

dera

ção r

ea

liza-

da.

Por

form

a a

mante

r um

pla

no d

e c

uid

ados

atu

ali-

zado,

é n

ece

ssário q

ue o

s re

sulta

dos

dos

cuid

ados

seja

m a

feridos,

num

a v

erd

adeira p

arc

eria e

stabe

le-

cida e

ntr

e c

liente

– e

nferm

eiro –

eq

uip

a e

nfer

mag

em

e e

quip

a m

ulti

dis

ciplin

ar.

Realm

ente

, est

a é

a m

inha

prá

tica,

cont

udo

consi

dero

q

ue

deva

se

r m

ant

ida

sem

pre

nece

ssid

ade d

e aperf

eiç

oam

ento

. T

am

bém

nest

e â

mbito

a p

ass

agem

de o

corr

ênci

as

ora

l é

um

m

om

ent

o p

rivi

leg

iado n

a e

quip

a o

nde m

e in

siro

.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

A

1.4

.2 –

Os

resu

ltad

os

são a

valia

dos

e p

art

ilha-

dos

para

pro

move

r o d

ese

nvo

lvim

ento

da p

rátic

a

esp

eci

aliz

ada.

Page 61: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

Com

petê

ncia

A2 –

Pro

move

prá

ticas

de c

uid

ados q

ue r

espei

tam

os d

irei

tos h

um

anos e

as r

esponsa

bilid

ades p

rofis-

sio

nais

: D

emon

stra

um

a p

rátic

a qu

e r

esp

eita

os

dire

itos

hum

an

os,

ana

lisa

e i

nte

rpre

ta e

m s

itua

ção

esp

ecí

fica

de

cu

idad

os

esp

e-

cia

liza

do

s, a

ssum

indo

a r

esp

onsa

bili

da

de

de

gerir

situ

açõ

es

pote

nci

alm

ente

co

mp

rom

ete

dora

s p

ara

os

clie

nte

s.

Quadro

2: A

uto

dia

gnóstico d

as n

ecess

idades d

e a

pre

ndiz

agem

– C

om

petê

ncia

A2

Unid

ades

de

com

pet

ênci

a Evid

ênci

a (s

) do e

xerc

ício

pro

fiss

ional

N

ível

de

com

pet

ênci

a per

-ce

cionad

o

Crité

rios

de

aval

iação

A2.1 – Promove a proteção dos direitos humanos

A2.1

.1 –

Ass

um

e a

defe

sa d

os

Dire

itos

Hum

a-

nos,

ta

l co

mo d

esc

rito

no C

ódig

o D

eon

toló

gic

o,

rele

van

do o

s re

lativ

os

à s

ua á

rea d

e e

speci

ali-

dade

.

O r

espeito

pelo

s direito

s hum

anos

e r

esp

etiv

a p

rote

-çã

o é

alg

o in

dis

soci

áve

l dos

cuid

ados

de e

nferm

a-

gem

e p

ate

nte

num

a p

rest

açã

o d

e c

uid

ados

na q

ual

não e

xist

e p

reco

nce

itos,

seja

de o

rdem

soci

al,

raci

al

ou r

elig

iosa

.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

A2.1

.2 – P

rom

ove

o r

esp

eito

pe

lo d

ireito

dos

clie

nte

s no a

cess

o à

info

rmaç

ão,

na e

quip

a d

e

Enfe

rmagem

onde e

stá in

serido.

A2.1

.3 –

Pro

move

a c

onfid

enci

alid

ad

e e

a s

eg

u-

rança

de

in

form

açã

o

esc

rita

e

ora

l ad

qu

irid

a

enqu

anto

enfe

rmeira p

rofis

siona

l, na e

qu

ipa d

e

Enfe

rmagem

onde e

stá in

serido.

A2.1

.4 –

Pro

move

o r

esp

eito

do c

liente

à p

riva

-ci

dad

e,

na

equ

ipa de

Enfe

rmagem

onde est

á

inse

rido.

A2.1

.5 –

Pro

move

o r

esp

eito

do c

liente

à e

sco-

lha e

à a

uto

dete

rmin

açã

o n

o â

mbito

dos

cuid

a-

dos

esp

eci

aliz

ados

e d

e s

aúde,

na e

qu

ipa d

e

Enfe

rmagem

onde e

stá in

serido.

Page 62: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

A2.1 (cont.) A

2.1

.6 –

Pro

move

o r

esp

eito

pe

los

valo

res,

cos-

tum

es,

as

crença

s esp

iritu

ais

e

as

prá

ticas

esp

eci

ficas

dos

ind

ivíd

uos

e g

rup

os,

na

eq

uip

a

de E

nfe

rmagem

onde e

stá in

seri

do.

A2.1

.7

Reco

nh

ece

e

a

ceita

os

direito

s dos

outr

os.

A2.1

.8 –

Man

tem

um

pro

cess

o e

fetiv

o d

e c

uid

a-

do, q

uan

do c

onfr

onta

do

co

m v

alo

res

dife

rente

s.

A2.2 – Gere na equipa, de forma apropriada as prá-ticas de cuidados que podem comprometer a segu-rança, a privacidade ou a dignidade do cliente.

A2.2

.1 –

Reco

nhece

a n

ece

ssid

ad

e d

e p

reve

nir

e id

entif

ica p

rátic

as

de r

isco

.

No c

onte

xto d

a p

rest

açã

o d

e c

uid

ados

em

pedia

tria

é e

ssenci

al a

nte

cipar

os

risc

os,

pelo

que é

nece

ssá-

rio

reco

nhecê

-los.

C

onsi

dero

q

ue,

pela

evo

luçã

o ci

entíf

ica

e

tecn

oló

gic

a,

exi

stem

novo

s risc

os

em

co

nst

ante

apar

ição,

pelo

que,

é e

xig

ida c

onst

ante

ate

nçã

o e

dese

nvo

lvim

ento

de c

ompet

ênci

as

nes

se

âm

bito

(por

exe

mplo

, nov

as

tecn

olo

gia

s de

com

uni-

caçã

o).

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

A2.2

.2 –

Ad

ota

e p

rom

ove

a a

doçã

o d

e m

edid

as

apro

pri

adas,

com

recu

rso à

s su

as

com

petê

nci

as

esp

eci

aliz

adas.

A2.2

.3 –

Tem

um

a c

onduta

pre

ven

tiva,

ante

ci-

pató

ria.

A2.2

.4 –

Reco

lhe e

an

alis

a i

nfo

rmaçã

o c

om a

fin

alid

ad

e d

e a

um

enta

r a s

egura

nça

das

prá

ti-ca

s, n

as

dim

ensõ

es

étic

a e

deo

nto

lóg

ica.

A2.2

.5 –

Id

entif

ica a

s açõ

es

a s

ere

m t

omadas

em

circu

nst

ânci

as

esp

ecí

ficas.

A2.2

.6 –

Se

gue i

nci

den

tes

de p

rátic

a i

nse

gura

para

pre

venir a

re-o

corr

ênci

a.

Page 63: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

B –

DO

MÍN

IO D

A M

ELH

OR

IA D

A Q

UA

LID

AD

E

Com

petê

ncia

B1 –

Desem

penha u

m p

apel

din

am

izador

no d

esenvo

lvim

ento

e s

uport

e d

as i

nic

iativa

s e

str

até

gic

as

institu

cio

nais

na á

rea d

a g

ove

rnação c

línic

a:

Co

lab

ora

na

co

nce

ção

e c

on

cret

iza

ção

de

pro

jeto

s in

stitu

cio

nais

na

áre

a d

a q

ua

li-

da

de e

efe

tua

a d

isse

min

açã

o n

ece

ssá

ria à

su

a a

pro

pria

ção

até

ao

nív

el o

pe

raci

on

al.

Quadro

3: A

uto

dia

gnóstico d

as n

ecess

idades d

e a

pre

ndiz

agem

– C

om

petê

ncia

B1

Unid

ades

de

com

pet

ênci

a Evid

ênci

a (s

) do e

xerc

ício

pro

fiss

ional

N

ível

de

com

pet

ênci

a per

-ce

cionad

o

Crité

rios

de

aval

iação

B1.1 – Inicia e participa em projetos institucionais na área da qualidade

B1.1

.1 –

Part

icip

a n

a d

efin

ição d

e m

eta

s para

a

melh

oria

da

qua

lidad

e

dos

cuid

ados

a

nív

el

org

an

izaci

onal.

A c

ola

bora

ção,

em

eq

uip

a,

as

norm

as

de p

roce

di-

mento

s do s

erv

iço o

nde p

rest

o c

uid

ados

é u

m d

os

exe

mplo

s de e

stra

tég

ia p

ara

a m

elh

oria d

os

cuid

a-

dos.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

B1.1

.2 –

Dese

nvo

lve a

ptid

ões

a n

ível d

e a

lise

e

pla

ne

am

ento

est

raté

gic

o

da

qua

lidad

e

dos

cuid

ados.

B1.1

.3 –

Cola

bora

na r

ealiz

açã

o d

e a

tivid

ades

na á

rea d

a q

ualid

ade e

m p

roto

colo

s da q

ua

lida-

de c

om

outr

as

inst

ituiç

ões.

B1.1

.4

Com

unic

a

resu

ltados

das

ativ

ida

des

inst

ituci

onais

na á

rea d

a q

ua

lidade a

os

enfe

r-m

eiros

e g

est

ore

s.

Page 64: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

B1.2 – Incorpora diretivas e conheci-mentos na melhoria da qualidade na

prática B

1.2

.1

Deté

m

conhe

cim

ento

s ava

nça

dos

sobre

as

diretiv

as

na á

rea d

a q

ua

lida

de e

em

m

elh

oria c

ontí

nua

.

A c

uriosi

dade e

nece

ssid

ade d

e b

usc

a p

or

novo

s e

mais

apro

fundados

conhe

cim

ento

s é u

ma c

onst

ante

, se

ndo e

sses

conheci

men

tos

par

tilhados

com

a e

qui-

pe.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

•P

rátic

as

de

aná

lise

das

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

B1.2

.2 –

Div

ulg

a e

xperiê

nci

as

ava

liadas

com

o se

ndo d

e s

uce

sso.

B1.2

.3 –

Pro

move

a i

nco

rpora

ção d

os

conheci

-m

ento

s na á

rea d

a q

ua

lidade n

a p

rest

açã

o d

e

cuid

ados.

Page 65: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

Com

petê

ncia

B2 –

Concebe, gere

e c

ola

bora

em

pro

gra

mas d

e m

elhori

a d

a q

ual

idade

: R

eco

nhe

cen

do q

ue

a m

elh

oria

da

qu

alid

ade

en

volv

e a

lise

e r

evi

são

da

s p

rátic

as

em r

ela

ção

aos

se

us

resu

ltado

s, a

valia

a q

ua

lida

de

, e,

pa

rtin

do

do

s re

sulta

do

s,

imp

lem

ent

a p

rogr

am

as

de

me

lho

ria c

ontín

ua

.

Quadro

4: A

uto

dia

gnóstico d

as n

ecess

idades d

e a

pre

ndiz

agem

– C

om

petê

ncia

B2

Unid

ades

de

com

pet

ênci

a Evid

ênci

a (s

) do e

xerc

ício

pro

fiss

ional

N

ível

de

com

pet

ênci

a per

-ce

cionad

o

Crité

rios

de

aval

iação

B2.1 – Avalia a qualidade dos cuidados de enfermagem nas vertentes Estrutura,

Processo e Resultado

B2.1

.1 –

Ace

de

à e

vidê

nci

a c

ientífic

a e

às

nor-

mas

nece

ssárias

para

a a

valia

ção d

a q

ua

lidad

e.

A a

nális

e e

revi

são d

as

prá

ticas

é alg

o co

nst

ant

e,

tal

com

o

a

pesq

uis

a

pela

evi

dênci

a

científic

a.

Nest

e âm

bito

, a p

art

icip

açã

o,

enq

uant

o m

embro

da e

qui

pa

em

pro

toco

los

de c

ont

rolo

da q

ualid

ade é

tam

bém

um

a p

rátic

a da p

rest

ação

de c

uid

ados.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

B2.1

.2 –

Defin

e in

dic

ad

ore

s para

mediç

ão

válid

a

da q

ualid

ade,

em

funçã

o d

as

nece

ssid

ades.

B2.1

.3

Util

iza

indic

ad

ore

s de

ava

liaçã

o

da

est

rutu

ra

ao

nív

el

da

org

an

izaçã

o,

recu

rsos

hum

anos

e m

ate

riais

.

B2.1

.4 –

Rea

liza a

udito

rias

clín

icas.

B2.1

.5 – A

plic

a i

nst

rum

ento

s de ava

liaçã

o d

e

resu

ltad

o

Page 66: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

B2.2 – Planeia programas de melhoria contínua.

B2.2

.1 –

Ide

ntif

ica o

port

unid

ades

de m

elh

ori

a.

Atr

avé

s da f

orm

açã

o c

ontín

ua e

part

ilha d

e c

onhe-

cim

ento

s co

m a

equip

a,

nom

eadam

ent

e,

transp

ondo

novo

s co

nheci

mento

s (P

ós-

Gra

duaçã

o

em

Urg

ên-

cias

e E

merg

ênci

as

Neonata

is e

Pediá

tric

as)

.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

B2.2

.2 –

Est

abe

lece

pri

ori

dades

de m

elh

oria.

B2.2

.3 –

Sele

cion

a e

stra

tégia

s d

e m

elh

oria

.

B2.2

.4

Ela

bora

gu

ias

orienta

dore

s de

boas

prá

ticas.

B2.3 – Lidera programas de melho-ria.

B2.3

.1.

Sup

erv

isio

na,

perm

anente

mente

, os

pro

cess

os

de m

elh

oria e

o d

ese

nvo

lvim

ento

da

qua

lidade

.

Est

a é

um

a u

nid

ade d

e c

om

petê

nci

a c

om

a q

ual

apenas

conta

cto

atr

avé

s de o

utro

s, p

elo

que

dom

í-nio

os

seus

conheci

mento

s de f

orm

a p

ouco

apro

fun-

dada.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

B

2.3

.2 –

Norm

aliz

a e

atu

aliz

a a

s so

luçõ

es

efic

a-

zes

e e

ficie

nte

s.

Page 67: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

Com

petê

ncia

B3

– C

ria e

manté

m u

m a

mbie

nte

tera

pêutico e

seguro

: C

onsi

de

ran

do

a g

est

ão d

o a

mb

ien

te c

en

trad

o n

a

pe

ssoa

com

o co

ndiç

ão i

mp

resc

ind

íve

l p

ara

a e

fetiv

ida

de

te

rapê

utic

a e

pa

ra a

pre

ven

ção

de

in

cide

nte

s, a

tua

pro

act

iva

men

te p

ro-

mo

ven

do a

en

volv

ên

cia

ade

qua

da a

o b

em

-est

ar

e g

erin

do

o r

isco

.

Quadro

5: A

uto

dia

gnóstico d

as n

ecess

idades d

e a

pre

ndiz

agem

– C

om

petê

ncia

B3

Unid

ades

de

com

pet

ênci

a Evid

ênci

a (s

) do e

xerc

ício

pro

fiss

ional

N

ível

de

com

pet

ênci

a per

-ce

cionad

o

Crité

rios

de

aval

iação

B3.1 – Promove um ambiente físico, psicossocial, cultural e espiritual gerador de segurança e proteção

dos indivíduos/ grupo.

B3.1

.1

Pro

move

a

sen

sibili

dade

, co

nsc

iênci

a

e

resp

eito

pe

la

ide

ntid

ade

cultu

ral,

com

o

part

e

das

perc

eçõ

es

de

segura

nça

de u

m in

div

íduo/

gru

po

.

A i

ndiv

idualid

ade d

o c

liente

pediá

tric

o e

stá s

em-

pre

pre

sente

na p

rest

açã

o d

e c

uid

ados

e,

port

an-

to,

a s

ua in

div

idualid

ad

e nas

dife

rent

es

dim

en-

sões

que o

com

põem

tam

bém

est

á im

plíc

ita.

Nes-

te

âm

bito

e,

media

nte

deci

sões

tom

adas

pela

eq

uip

a,

fora

m

perm

itida

s alg

um

as

prá

ticas

de

cariz

relig

ioso

e c

ultu

ral,

pre

serv

ando a

s nece

ssi-

dades

relig

iosa

s e c

ultu

rais

da c

riança

e f

amíli

a

em

quest

ão.

Com

o é

ante

riorm

ent

e r

efer

ido,

no c

onte

xto d

a

pre

staçã

o d

e c

uid

ados

em

pedia

tria

é e

ssenci

al

ante

cipar

os r

isco

s, p

elo

que,

alé

m d

e r

eco

nhecê

-lo

s, é

tam

bém

nece

ssár

io p

reve

ni-lo

s, r

eco

rrendo

por

exe

mplo

a e

quip

am

ento

s e t

ecn

olo

gia

s (s

is-

tem

as

info

rmát

icos)

.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

B3.1

.2

Pro

move

a

sen

sibili

dade

, co

nsc

iênci

a

e

resp

eito

em

rela

ção à

s ne

cess

idades

esp

iritu

ais

do

in

div

ídu

o/ gru

po.

B3.1

.3 –

En

volv

e a

fam

ília e

outr

os

no s

entid

o d

e

ass

egura

r q

ue n

ece

ssid

ad

es

esp

iritu

ais

são s

atis

fei-

tas.

B3.1

.4 –

Dem

onst

ra c

onh

eci

mento

e c

om

pre

ensã

o

das

quest

ões

rela

tivas

ao

forn

eci

mento

de

um

am

bie

nte

seg

uro

para

os

ute

nte

s (d

e a

cord

o c

om

a

ida

de).

B3.1

.5 –

Pro

move

a a

plic

açã

o d

os

princí

pio

s re

leva

n-

tes

para

gara

ntir

a s

egura

nça

da a

dm

inis

traçã

o d

e

subst

ânci

as

tera

pêutic

as

pelo

s p

are

s.

Page 68: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

B3.1 (cont.) B

3.1

.6

Pro

move

a

aplic

açã

o

dos

pri

ncí

pio

s d

a

erg

on

om

ia e

tecn

oló

gic

os

para

evi

tar

danos

aos

pro

-fis

sionais

e a

os

ute

nte

s.

B3.1

.7 –

Pro

move

a a

desã

o à

saú

de e

se

gura

nça

ocu

paci

ona

l.

B2.1

.8 –

Dese

nvo

lve m

edid

as

para

a s

egura

nça

dos

dados

e r

eg

isto

s.

B3.2. – Gere o risco ao nível institucional ou das unidades funcionais

B3.2

.1 –

Co

lab

ora

na d

efin

ição d

e r

ecu

rsos

adeq

ua-

dos

para

a p

rest

açã

o d

e c

uid

ados

seguro

s.

A c

ola

bora

ção n

a d

efin

ição d

e r

ecu

rsos

adeq

ua-

dos

para

a p

rest

açã

o de

cuid

ados

adeq

uados

e

com

seg

ura

nça é

um

a p

rátic

a q

uotid

iana.

Aliá

s,

tal d

eco

rre d

a p

rópria p

rest

açã

o d

e c

uid

ados

mas

tam

bém

da p

rom

oção d

a m

anute

nçã

o d

e n

orm

as

de p

reve

nçã

o e

contr

ole

da in

feçã

o.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

B3.2

.2

En

volv

e

os

cola

bora

dore

s na

gest

ão

do

risc

o.

B3.2

.3 –

Pre

vine o

s risc

os

am

bie

nta

is.

B3.2

.4

Dese

nvo

lve

meca

nis

mos

form

ais

para

a

part

icip

açã

o

dos

inci

dente

s,

ava

liaçã

o

das

conse

-quênci

as

e i

nve

stig

açã

o d

as

causa

s, s

em

atr

ibuiç

ão

de c

ulp

a.

B3.2

.5

Dese

nvo

lve

os

sist

em

as

de

trabalh

o,

de

fo

rma a

redu

zir

a p

roba

bili

dade d

e o

corr

ênci

a d

e e

rro

hum

ano.

B3.2

.6

Cria

meca

nis

mos

fo

rmais

que

perm

itam

ava

liar

a e

fetiv

ida

de d

as

est

raté

gia

s, p

lanos

e p

ro-

cess

os

da g

est

ão d

o r

isco

.

B3.2

.7

Cola

bora

na

e

labora

ção

de

pla

nos

de

manute

nçã

o p

reve

ntiv

a d

e i

nst

ala

ções,

mate

riais

e

equ

ipam

ento

s.

B3.2

.8 –

Coord

ena a

im

ple

menta

ção e

manute

nçã

o

de

medid

as

stand

ard

de

pre

vençã

o

e

contr

olo

da

in

feçã

o.

B3.2

.9

Cola

bora

na

e

labora

ção

de

pla

nos

de

em

erg

ênci

a.

Page 69: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

C –

DO

MÍN

IO D

A G

ES

O D

OS

CU

IDA

DO

S

Com

petê

ncia

C1

– G

ere

os

cuid

ados, otim

izando a

resposta

da e

quip

a de e

nfe

rmagem

e s

eus c

ola

bora

dore

s e

a a

rti-

cula

ção n

a e

quip

a m

ultip

rofissio

nal:

Re

aliz

a a

ge

stã

o d

os

cuid

ado

s, o

timiz

an

do

as

resp

ost

as

de e

nfe

rma

gem

e d

a e

quip

a d

e

saú

de,

gara

ntin

do

a s

egu

ran

ça e

qua

lida

de d

as

tare

fas

dele

gada

s.

Quadro

6: A

uto

dia

gnóstico d

as n

ecess

idades d

e a

pre

ndiz

agem

– C

om

petê

ncia

C1

Unid

ades

de

com

pet

ênci

a Evid

ênci

a (s

) do e

xerc

ício

pro

fiss

ional

N

ível

de

com

pet

ênci

a per

ce-

cionad

o

Crité

rios

de

aval

iação

C1.1 – Otimiza o processo de cuidados ao nível da tomada de

decisão.

C1.1

.1 –

Dis

pon

ibili

za a

cess

oria a

os

enfe

rmei-

ros

e e

qu

ipa.

A d

iscu

ssão e

m e

quip

a d

e s

ituaçõ

es

de c

uid

ados

de

maio

r co

mple

xidade é

um

a p

rátic

a c

om

um,

na q

ual

todos

inte

rvêm

.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

C1.1

.2 –

Co

lab

ora

nas

deci

sões

da e

quip

a m

ul-

tipro

fissi

on

al.

C1.1

.3

Inte

rvém

m

elh

ora

ndo

a

info

rmaçã

o

para

o p

roce

sso d

e c

uid

ar,

os

dia

gn

óst

icos,

a

vari

eda

de d

e s

olu

ções

efic

aze

s a p

resc

reve

r e a

ava

liaçã

o d

o p

roce

sso d

e c

uid

ar.

C1.1

.4 –

Reco

nhece

quan

do n

egoci

ar

com

ou

refe

renci

ar

para

outr

os

pre

stadore

s d

e c

uid

ados

de s

de.

Page 70: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

C1.2 – Orienta e supervisiona as tarefas delegadas, garantindo a

segurança e a qualidade

C1.2

.1 –

Orie

nta

a d

eci

são

rela

tiva

as

tare

fas

a

dele

gar.

A

dele

gaçã

o

de

tare

fas

é

um

a

prá

tica

à

qua

l é

nece

ssário

reco

rrer

em

alg

uns

mom

ento

s,

mas

sem

pre

mante

ndo e

m m

ente

a s

eg

urança

do c

liente

e c

onst

ant

e s

uperv

isão (

por

exe

mplo

, na a

juda p

ar-

cial à

criança

no a

utocu

idado d

e a

liment

açã

o)

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

C1.2

.2 –

Cri

a g

uia

s ori

enta

dore

s das

prá

ticas

a

dele

gar.

C1.2

.3 –

Util

iza u

ma v

aried

ade d

e t

écn

icas

dire-

tas

ou

ind

ireta

s ta

is

com

o

a

inst

ruçã

o

ou

a

dem

onst

raçã

o p

rátic

a d

as

tare

fas

a d

ele

gar.

C1.2

.4

Su

perv

isio

na

e

ava

lia

os

cuid

ados

pre

stados,

em

situ

açã

o d

e d

ele

gaçã

o.

Page 71: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

Com

petê

ncia

C2 –

Adapta

a lid

era

nça

e a

gestã

o d

os r

ecurs

os à

s s

ituações e

ao c

onte

xto

vis

ando a

otim

ização d

a

qualidade d

os c

uid

ados

: N

a g

est

ão

do

s cu

ida

dos,

ad

equ

a o

s re

curs

os

às

nece

ssid

ade

s d

e c

uid

ado

s, i

dent

ifica

ndo

o e

stilo

de

lide

ran

ça s

itua

cion

al m

ais

ade

qua

do

à p

rom

oçã

o d

a q

ua

lidad

e d

os

cuid

ado

s.

Quadro

7: A

uto

dia

gnóstico d

as n

ecess

idades d

e a

pre

ndiz

agem

– C

om

petê

ncia

C2

Unid

ades

de

com

pet

ênci

a Evid

ênci

a (s

) do e

xerc

ício

pro

fiss

ional

N

ível

de

com

pet

ênci

a per

-ce

cionad

o

Crité

rios

de

aval

iação

C2.1 – Otimiza o trabalho da equipa adequando os recursos às necessidades de cuidados

C2.1

.1 –

Conh

ece

e a

plic

a a

leg

isla

ção,

polít

icas

e p

roce

dim

ento

s de g

est

ão

de c

uid

ados.

Tendo e

m c

onta

a e

stru

tura

ção

da e

quip

a,

é f

re-

quent

e

ser

cham

ada

a dese

mpenhar

fu

nçõ

es

de

chef

ia d

e e

quip

a e

, im

plic

itam

ent

e,

org

aniz

ar

e c

oor-

denar

a

eq

uip

a

na

pre

staçã

o

de

cuid

ados,

bem

co

mo g

erir o

s re

curs

os

disp

on

íve

is.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

C2.1

.2 –

Fu

ndam

ente

os

méto

dos

de o

rga

niz

a-

ção d

o t

raba

lho a

dequ

ad

os.

C2.1

.3 –

Org

aniz

a e

coord

ena a

eq

uip

a d

e p

res-

taçã

o d

e c

uid

ad

os.

C2.1

.4 –

Neg

oce

ia r

ecu

rso

s adeq

uad

os

à p

res-

taçã

o d

e c

uid

ad

os

de q

ualid

ade

.

C2.1

.5 –

Ava

lia r

isco

s para

a p

rest

açã

o d

e c

ui-

dados

ass

oci

ados

aos

recu

rsos.

C2.1

.6 –

Util

iza o

s re

curs

os

de f

orm

a e

ficie

nte

para

pro

move

r a

qu

alid

ade.

Page 72: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

C2.2 – Adapta o estilo de liderança e adequa-o ao clima organizacional estrito favorecedor da melhor resposta

do grupo e dos indivíduos.

C2.2

.1 –

Reco

nh

ece

e c

om

pre

ende o

s dis

tinto

s e i

nte

rde

pen

den

tes

papé

is e

funçõ

es

de t

odos

os

mem

bro

s da e

qu

ipa.

Pro

move

um

am

bie

nte

posi

tivo e

favo

ráve

l à p

rátic

a.

Nos

refe

ridos

mom

ento

s de

chef

ia

de

equip

a,

é exe

rcid

a u

ma l

idera

nça

pro

mot

ora

da a

uto

nom

ia e

da e

ficiê

nci

a d

os

ele

ment

os

da

equip

a p

rese

nte

s

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

C2.2

.2

Aplic

a

est

raté

gia

s de

m

otiv

açã

o

da

equ

ipa p

ara

um

dese

mpenho d

ifere

nci

ado.

C2.2

.3 –

Ad

apta

o e

stilo

de l

idera

nça

à m

atu

ri-

dade

dos

cola

bora

dore

s e à

s co

ntin

nci

as.

C2.2

.4 –

Usa

os

pro

cess

os

de

mudança

para

in

flue

nci

ar

a i

ntr

oduçã

o d

e i

no

vaçõ

es

na p

rátic

a

esp

eci

aliz

ada.

Page 73: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

D –

DO

MÍN

IO D

O D

ES

EN

VO

LV

IME

NTO

DA

S A

PR

EN

DIZ

AG

EN

S P

RO

FIS

SIO

NA

IS

Com

petê

ncia

D1 –

Desenvo

lve o

auto

conhecim

ento

e a

ass

ert

ivid

ade

: D

em

on

stra

, em

situ

açã

o,

a c

apa

cida

de

de

au

to-

con

heci

men

to,

que

é c

en

tra

l na

prá

tica

de

enf

erm

age

m,

reco

nhe

cen

do

-se

que

inte

rfe

re n

o e

sta

be

leci

men

to d

e r

ela

çõe

s te

rapê

uti-

cas

e m

ulti

pro

fissi

on

ais

. R

eve

la a

dim

ensã

o d

e S

i e d

a r

ela

ção

com

o O

utro

, em

co

nte

xto

sin

gula

r, p

rofis

sio

nal e

org

an

iza

cio

na

l.

Quadro

8: A

uto

dia

gnóstico d

as n

ecess

idades d

e a

pre

ndiz

agem

– C

om

petê

ncia

D1

Unid

ades

de

com

pet

ênci

a Evid

ênci

a (s

) do e

xerc

ício

pro

fiss

ional

N

ível

de

com

pet

ênci

a per

-ce

cionad

o

Crité

rios

de

aval

iação

D1.1 – Detém uma elevada consciência de si enquanto pessoa e enfermeiro.

D1.1

.1 –

Dese

nvo

lve o

au

toco

nh

eci

mento

para

fa

cilit

ar

a

identif

icaçã

o

de

fa

tore

s que

podem

in

terf

erir

no r

ela

cio

nam

ento

com

a p

ess

oa c

lien-

te e

ou a

eq

uip

a m

ulti

dis

cip

linar.

A r

efle

xão a

cerc

a d

as

prá

ticas

é c

ontín

ua,

tant

o a

nív

el

pess

oal

tanto

em

eq

uip

a,

sendo r

eco

nheci

das

as

min

has

limita

ções

e r

ecu

rsos

pess

oais

.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

D1.1

.2 –

Gere

as

suas

idio

ssin

crasi

as

na c

ons-

triç

ão d

os

pro

cess

os

de a

juda.

D1.1

.3 –

Reco

nh

ece

os

seus

recu

rsos

e lim

ites

pess

oais

e p

rofis

sion

ais

.

D1.1

.4 –

Consc

ienci

aliz

a a

influ

ênci

a p

ess

oa

l na

re

laçã

o p

rofis

sion

al.

Page 74: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

D1.2 – Gera respostas, de elevada adaptabilidade individual e organi-

zacional.

D1.2

.1 –

Dese

nvo

lve a

con

gru

ênci

a e

ntr

e a

uto

e

héte

ro-p

erc

eçã

o.

A r

eso

luçã

o d

e c

onfli

tos

é u

ma á

rea n

a q

ual

tenho

inve

stid

o,

tenta

ndo

atu

ar s

ob

pre

ssão.

Ain

da n

est

e

âm

bito

, te

nto

sem

pre r

eco

nhece

r ante

cipadam

ente

situ

açõ

es

de e

ventu

al

conf

lito,

reco

rrendo a

um

diá

-

log

o c

om o

clie

nte

, no q

ual

a v

erd

ade a

ssum

e-se

com

o e

ssenci

al.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

D1.2

.2

Gere

se

ntim

ento

s e

em

oçõ

es

em

ord

em

a u

ma r

esp

ost

a e

ficie

nte

.

D1.2

.3 –

Atu

a e

fica

zmente

sob p

ress

ão.

D1.2

.4

Reco

nhece

e

ante

cip

a

situ

açõ

es

de

eve

ntu

al c

onfli

tualid

ade.

D1.2

.5

Util

iza

adeq

ua

dam

ente

cnic

as

de

reso

luçã

o d

e c

onfli

tos.

Page 75: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

Com

petê

ncia

D2 –

Baseia

a s

ua p

raxi

s c

linic

a e

specia

liza

da e

m s

ólidos e

válidos p

adrõ

es d

e c

onheci

mento

: A

sse

nta

os

pro

cess

os

de

tom

ada

de

de

cisã

o e

as

inte

rve

nçõ

es

em p

adrõ

es

de

con

he

cim

ento

(ci

entif

ico

, ét

ico

, e

sté

tico,

pe

ssoa

e d

e c

onte

x-

to s

oci

opo

lític

o)

válid

os,

atu

ais

e p

ert

inen

tes,

ass

um

ind

o-s

e c

om

o f

aci

lita

do

r no

s p

roce

sso

s d

e a

pre

nd

iza

gem

e a

gen

te a

tivo

no

cam

po d

a in

vest

iga

ção.

Quadro

9: A

uto

dia

gnóstico d

as n

ecess

idades d

e a

pre

ndiz

agem

– C

om

petê

ncia

D2

Unid

ades

de

com

pet

ênci

a Evid

ênci

a (s

) do e

xerc

ício

pro

fiss

ional

N

ível

de

com

pet

ênci

a per

-ce

cionad

o

Crité

rios

de

aval

iação

D2.1 – Responsabiliza-se por ser facilitador da aprendizagem, em contexto de trabalho,

na área da especialidade.

D2.1

.1 –

Atu

a c

om

o f

orm

ador

oport

uno e

m c

on-

text

o d

e t

raba

lho,

na s

up

erv

isã

o c

línic

a e

em

dis

posi

tivos

form

ativ

os

form

ais

.

A f

orm

açã

o c

ontínua

est

á p

rese

nte

, atr

avé

s de

curio

sida-

de p

ess

oa

l e p

art

ilha

da p

ela

eq

uip

a.

Nest

e s

entid

o,

cola

-

boro

em

açõ

es

de f

orm

açã

o e

m s

erv

iço.

A

superv

isão

clin

ica,

de

est

uda

nte

s de

enfe

rmagem

é

tam

bém

um

a r

ealid

ad

e q

ue p

erm

ite a

reci

clag

em

e a

tuali-

zaçã

o d

os

con

heci

mento

s pess

oais

.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

D2.1

.2 –

Dia

gnost

ica n

ece

ssid

ad

es

form

ativ

as.

D2.1

.3 –

Conce

be e

gere

pro

gra

mas

e d

isposi

ti-vo

s fo

rmativ

os.

D2.1

.4 –

Fa

vore

ce a

apre

ndiz

agem

, a d

est

reza

nas

inte

rve

nçõ

es

e o

dese

nvo

lvim

ento

de h

abili

-dades

e c

om

petê

nci

as

dos

enfe

rmeiros.

D2.1

.5 –

Ava

lia o

impact

o d

a f

orm

açã

o.

Page 76: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

D2.2 – Suporta a prática clinica na investigação e no conhecimen-to, na área da especialidade.

D2.2

.1 –

Atu

a c

om

o d

ina

miz

ad

or

e g

est

or

da

in

corp

ora

ção d

o n

ovo

conh

eci

mento

no c

onte

xto

da p

rátic

a c

uid

ativ

a,

visa

ndo g

an

hos

em

saúde

dos

cida

dãos.

Os

novo

s co

nheci

mento

s sã

o

part

ilhados

com

a

eq

uip

a d

e e

nferm

agem

, pro

move

ndo a

ssim

ganh

os

em

saúde.

Sem

pre

q

ue

solic

itado,

cola

boro

em

est

udos

de

inve

stig

açã

o.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

D2.2

.2 –

Ide

ntif

ica l

acu

na

s do c

on

heci

mento

e

oport

unid

ad

es

rele

vante

s d

e in

vest

igaçã

o.

D2.2

.3 –

In

vest

iga e

co

labora

em

est

udos

de

in

vest

igaçã

o.

D2.2

.4 –

Inte

rpre

ta,

org

an

iza e

div

ulg

a d

ados

pro

venie

nte

s da e

vidênci

a q

ue c

on

trib

uam

para

o c

onh

eci

mento

e d

ese

nvo

lvim

ento

da

enfe

rma-

gem

.

D2.2

.5 –

Dis

cute

as

implic

açõ

es

da i

nve

stig

a-

ção.

D2.2

.6 –

Con

trib

ui

para

o c

onheci

mento

no

vo e

para

o d

ese

nvo

lvim

ento

da

prá

tica c

línic

a e

spe-

cializ

ada.

Page 77: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

2.3 – Provê liderança na formulação e implementação de políticas, padrões e procedimentos para a prática especia-

lizada no ambiente de trabalho.

D2.3

.1 –

Tem

um

a s

ólid

a b

ase

de c

onh

eci

men-

tos

de

e

nfe

rmagem

e

outr

as

dis

ciplin

as

qu

e

contr

ibu

em

para

a p

rátic

a e

speci

aliz

ad

a.

A

pre

staçã

o

de

cuid

ados

ao

clie

nte

pediá

tric

o

é,

obvi

am

ente

, pauta

da p

or

conheci

mento

s esp

eci

ali-

zados,

ass

ente

s em

conh

eci

mento

s te

óric

os

e e

xpe-

rienci

al.

Sem

pre

que n

ecess

ário,

os

recu

rsos

tec

no-

lóg

icos

ass

umem

-se c

omo u

m m

eio

para

a p

esq

ui-

sa.

Ma

is

um

a

vez,

a

tr

ansm

issã

o

de

info

rmaçã

o ora

l

(pass

agem

de o

corr

ênci

as)

é u

m m

om

ent

o p

rivi

le-

gia

do

para

a

part

ilha

de

nova

s in

form

açõ

es

que

podem

se

r tr

aduzi

das

em

g

anhos

e

cuid

ados

de

enf

erm

agem

de e

xcelê

nci

a.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

D2.3

.2 –

Dem

onst

ra c

onhe

cim

ento

s e a

plic

a-o

s na p

rest

açã

o d

e c

uid

ados

esp

eci

aliz

ados,

se

gu-

ros

e c

om

pete

nte

s.

D2.3

.3

Re

nta

bili

za

as

oport

unid

ad

es

de

apre

ndiz

ag

em

e t

om

a a

inic

iativ

a n

a a

lise d

e

situ

açõ

es

clin

icas.

D2.3

.4 –

Usa

as

tecn

olo

gia

s de i

nfo

rmaçã

o e

m

éto

dos

de p

esq

uis

a a

de

quados.

D2.3

.5

Tom

a

inic

iativ

a

na

form

ula

ção

e

imple

menta

ção

de

pro

cess

os

de

form

açã

o

e

dese

nvo

lvim

ento

na p

rátic

a c

linic

a e

speci

aliz

a-

da.

Page 78: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

LXXVIII

APÊNDICE 2: AUTODIAGNÓSTICO DAS NECESSIDADES DE APRENDIZAGEM –

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DO ENFERMEIRO ESPECIALISTA EM ENFER-

MAGEM DE SAÚDE DA CRIANÇA E DO JOVEM

Page 79: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

AU

TO

DIA

GN

ÓS

TIC

O D

AS

NEC

ES

SID

AD

ES D

E A

PR

EN

DIZ

AG

EM

– C

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PETÊN

CIA

S E

SPEC

IFIC

AS D

O E

NFER

MEIR

O E

SPEC

IA-

LIS

TA

EM

EN

FER

MA

GEM

DE S

DE D

A C

RIA

A E

DO

JO

VEM

Com

petê

ncia

E1 –

Assis

te a

cri

ança/

jove

m c

om

a f

am

ília,

na m

axi

miz

ação d

a s

ua s

aúde

: C

on

side

ran

do a

na

tura

l

de

pen

dên

cia

da

cria

nça

, a

su

a p

rogr

ess

iva

au

tono

miz

açã

o e

o b

inó

mio

cria

nça

/ fa

míli

a c

om

o a

lvo

do

cu

ida

r do

Enf

erm

eiro

Esp

e-

cia

lista

em

Enf

erm

age

m d

e S

aúda

da

Cria

nça

e d

o J

ove

m,

est

abe

lece

com

am

bo

s u

ma

pa

rce

ria d

e c

uid

ar

pro

mo

tora

da

otim

iza

-

ção

da

saú

de,

no

sen

tido

da

ad

equ

açã

o d

a g

est

ão

do

regi

me

e d

a pa

ren

talid

ade

Quadro

10: A

uto

dia

gnóstico

das n

ecess

idades d

e a

pre

ndiz

agem

– C

om

petê

ncia

E1

Unid

ades

de

com

pet

ênci

a Evid

ênci

a (s

) do e

xerc

ício

pro

fiss

ional

N

ível

de

com

pet

ênci

a per

-ce

cionad

o

Crité

rios

de

aval

iação

E1.1 – Implementa e gere, em parceria, um plano de saúde, promotor da parentalidade,

da capacidade para gerir o regime e da reinserção da criança/ jovem.

E1.1

.1

Ne

goce

ia

a

part

icip

açã

o

da

cr

iança

/ jo

vem

e f

amíli

a e

m t

odo o

pro

-ce

sso d

e c

uid

ar,

rum

o à

indepe

ndê

nci

a e

bem

-est

ar.

A p

rest

açã

o d

e c

uid

ad

os

é r

ealiz

ad

a e

m p

arc

eria c

om o

s

pais

e c

riança

, se

nd

o n

eg

oci

ad

o o

pla

no d

e c

uid

ad

os

a

sere

m p

rest

ados,

contu

do c

om n

ece

ssid

ade d

e m

elh

ora

-

mento

pela

co

nst

ante

m

uta

ção

das

fam

ílias

e

suas

nece

ssid

ades.

Exi

ste u

m in

centiv

o a

o d

ese

mpenho d

e u

m p

apel p

are

nta

l

ple

no,

com

tr

ansm

issã

o

de

info

rmaçã

o

no

sentid

o

da

pro

moçã

o d

e s

aúde d

a c

riança

/ jo

vem

(va

cinaçã

o,

vigi-

lânci

a d

e s

aúd

e p

ós-

alta

, p

reve

nçã

o d

e a

ciden

tes,

Z)

Sem

pre

que n

ece

ssário,

é r

ealiz

ada a

rtic

ula

ção c

om

cui-

dados

de s

aúde p

rim

ários

ou o

utr

os

recu

rsos

da c

om

uni-

dade

.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

E1.1

.2 –

Com

unic

a c

om

a c

riança

/ jo

vem

e a

fam

ília u

tiliz

an

do t

écn

icas

apro

pria

das

à i

dade e

est

ádio

de d

ese

nvo

lvim

ento

e

cultu

ralm

ente

sensí

veis

.

E1.1

.3

Util

iza

est

raté

gia

s m

otiv

ad

ora

s da c

riança

/ jo

vem

e f

amíli

a p

ara

a a

ssun-

ção d

os

seus

pap

eis

em

saúde.

Page 80: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

E1.1 (cont.)

E1.1

.4 –

Pro

porc

ion

a c

on

heci

mento

e a

pre

nd

i-za

gem

de h

abili

dad

es

esp

eci

aliz

adas

e i

nd

ivi-

dua

is à

s cr

iança

s/ jo

vens

e f

amíli

as

faci

litand

o o

dese

nvo

lvim

ento

de c

om

petê

nci

as

para

a g

es-

tão d

os

pro

cess

os

esp

ecí

ficos

de s

aúde/

doe

n-

ça.

E1.1

.5 –

Pro

cura

sis

tem

atic

amente

oport

un

ida-

des

para

tra

ba

lhar

com

a f

amíli

a e

a c

riança

/ jo

vem

no s

entid

o d

a a

doçã

o d

e c

om

port

am

en-

tos

pote

nci

adore

s d

e s

de.

E1.1

.6 –

Util

iza a

info

rmaçã

o e

xist

ente

ou

ava

lia

a e

stru

tura

e o

conte

xto d

o s

iste

ma fam

iliar.

E1.1

.7 –

Est

ab

ele

ce e

manté

m r

edes

de

recu

r-so

s co

munitá

rios

de s

uport

e à

criança

/ jo

vem

e

fam

ília c

om

nece

ssid

ades

de c

uid

ad

os.

E1.1

.8 –

Inte

rvêm

em

pro

gra

mas

no â

mbito

da

sa

úde e

scola

r.

E1.1

.9 –

Apoia

a i

ncl

usã

o d

e c

riança

s e j

ove

ns

com

nece

ssid

ad

es

de

saú

de e

duca

tivas

esp

e-

ciais

.

E1.1

.10 –

Tra

balh

a e

m p

arc

eria c

om

agente

s da

co

munid

ade n

o s

en

tido d

a m

elh

oria d

a a

cess

ibi-

lidade

da c

ria

nça

/ jo

vem

aos

cuid

ados

de

saú-

de.

Page 81: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

E1.2 – Diagnostica precocemente e intervém nas doenças comuns e as situa-ções de risco que possam afetar negativamente a vida ou qualidade de vida da

criança/ jovem

E1.2

.1

Dem

onst

ra

conheci

mento

s so

bre

as

doença

s co

muns

às

vári

as

idad

es,

im

ple

men-

tand

o r

esp

ost

as

de e

nfe

rmagem

adequ

adas,

Os

conhec

imento

s, a

dquirid

os

atr

avé

s da e

xpe-

riênci

a p

rofis

sional

e a

ções

de f

orm

açã

o, p

ropor

cio-

nam

base

s q

ue f

aci

litam

a i

dentif

icaçã

o d

e d

oenç

as

com

uns,

bem

com

o a

info

rmaçã

o n

ecess

ária à

cons-

truçã

o

de

um

pla

no

de

cuid

ados

indiv

idualiz

ado.

Nest

e s

entid

o,

são t

ambém

identif

icadas

as

situ

a-

ções

que n

ece

ssita

m d

a in

terv

ençã

o d

e u

ma e

quip

a

multi

dis

ciplin

ar

ou i

dentif

icaç

ão e

ref

ere

nci

açã

o de

situ

açõ

es

de

risc

o.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

E1.2

.2.

– E

nca

min

ha a

s cr

iança

s do

ente

s q

ue

nece

ssita

m d

e c

uid

ados

de

outr

os

pro

fissi

onais

.

E1.2

.3

Identif

ica

evi

nci

as

fisio

lóg

icas

e

em

oci

onais

de

mal-est

ar

psí

quic

o.

E1.2

.4

Identif

ica

situ

açõ

es

de

risc

o

para

a

cria

nça

e j

ove

m (

ex.

maus

trato

s, n

eglig

ênci

a e

co

mport

am

ento

s de r

isco

)

E1.2

.5 –

Sensi

bili

za o

s pa

is,

cuid

ad

ore

s e

pro

-fis

sionais

para

o r

isco

de v

iolê

nci

a,

conse

quên-

cias

e p

reve

nçã

o.

E1.2

.6 –

Ass

iste

a c

riança

/ jo

vem

em

situ

açõ

es

de a

buso

, neg

ligenci

a e

mau

s tr

ato

s.

E1.2

.7 –

Ava

lia c

onheci

men

tos

e c

om

port

amen-

tos

da c

riança

/ jo

vem

e f

am

ília r

ela

tivos

à s

aú-

de.

E1.2

.8 –

Faci

lita a

aqu

isiç

ão d

e c

on

heci

mento

s re

lativ

os

à s

aúde e

segura

nça

na c

riança

/ jo

vem

e f

amíli

a.

Page 82: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

Com

petê

ncia

E2 –

Cuid

a d

a c

riança

/ jo

vem

nas s

ituações d

e e

specia

l com

ple

xid

ade

: M

ob

iliza

re

curs

os

op

ort

una

me

nte

,

pa

ra c

uid

ar

da

cria

nça

/ jo

vem

e f

am

ília

em

situ

açõ

es

de p

art

icu

lar

exi

gên

cia

, d

eco

rre

nte

da

su

a c

om

ple

xid

ad

e, r

eco

rre

ndo

a u

m

larg

o e

spe

tro

de

abo

rda

gen

s e

tera

pia

s.

Quadro

11: A

uto

dia

gnóstico

das n

ecess

idades d

e a

pre

ndiz

agem

– C

om

petê

ncia

E2

Unid

ades

de

com

pet

ênci

a Evid

ênci

a (s

) do e

xerc

ício

pro

fiss

ional

N

ível

de

com

pet

ênci

a per

-ce

cionad

o

Crité

rios

de

aval

iação

E2.1. – Reconhece situações de insta-bilidade das funções vitais e risco de morte e presta cuidados de enferma-

gem apropriados

E2.1

.1 –

Mob

iliza

con

heci

mento

s e h

ab

ili-

dades

para

a

ráp

ida

id

entif

icaçã

o

de

fo

cos

de i

nst

abili

dad

e e

resp

ost

a p

ronta

ante

cipató

ria.

Est

a é

um

a t

em

átic

a n

a q

ual

inve

sti

em

ter

mos

for-

mativ

os,

nom

eadam

ent

e a

travé

s de f

orm

açõ

es d

e su

port

e b

ásic

o e

ava

nça

do d

e v

ida,

mas

tam

bém

atr

avé

s da P

ós-

gra

duaçã

o e

m U

rgênc

ias

e E

mer-

gênci

as

Neonat

ais

e P

ediá

tric

as.

Est

es

conheci

men-

tos

são c

olo

cados

em

prá

tica e

m d

ifere

ntes

situ

a-

ções

pre

staçã

o de c

uid

ados

em

conte

xto

de S

erv

iço

de O

bse

rvaçã

o.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

E2.1

.2

Dem

onst

ra

conheci

mento

s e

hab

ilida

des

em

suport

e a

vança

da

de

vid

a

ped

iátr

ico

.

E2.1

.3 –

Aplic

a c

onh

eci

mento

s e c

apaci

-dades

faci

litad

ore

s da

“dig

nifi

caçã

o

da

m

ort

e”

e d

os

pro

cess

os

de lu

to.

Page 83: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

E2.2 – Faz a gestão diferenciada da dor e do bem-estar da criança/ jovem,

otimizando as respostas. E

2.2

.1 –

Ap

lica c

on

heci

mento

s so

bre

saúd

e e

bem

-est

ar

físi

co,

psi

coss

oci

al

e

esp

iritu

al

da

cr

iança

/ jo

vem

A a

plic

açã

o e

util

izaçã

o d

e i

nst

rum

ent

os

de a

uto

e

héte

ro a

valia

ção s

ão p

arte

inte

gra

nte d

a p

rest

ação

de c

uid

ados,

bem

com

o o

recu

rso a

medid

as

de a

lí-

vio d

e d

or

não

farm

aco

lóg

icas

e farm

aco

lóg

icas.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

E2.2

.2 –

Gara

nte

a g

est

ão d

e m

edid

as

farm

aco-

lóg

icas

de c

om

bate

à d

or.

E2.2

.3 –

Ap

lica c

on

heci

mento

s e h

ab

ilida

des

em

te

rapia

s não

farm

aco

lóg

icas

para

o

alív

io

da

dor.

E2.3 – Responde às doenças raras com cuidados de enfermagem apro-priados.

E2.3

.1 –

Dem

onst

ra c

onh

eci

mento

s em

doen-

ças

rara

s e r

esp

ost

as

de e

nfe

rmagem

adequa-

das.

O c

ont

act

o pré

vio c

om

alg

um

as

situ

açõ

es d

e d

oen-

ças

rara

s le

vou à

aq

uis

ição d

e c

onheci

mento

s ac

er-

ca

de

alg

um

as

doença

s ra

ras

(dia

gnost

icadas

no

perí

odo n

eonata

l).

A a

quis

ição d

e c

onheci

mento

s é r

ealiz

ada a

travé

s de p

esq

uis

a b

iblio

grá

fica.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

E

2.3

.2 –

Pro

cura

vi

dênci

a ci

entífic

a p

ara

re

s-pond

er

e e

nca

min

har

as

cria

nça

s co

m d

oença

s ra

ras.

Page 84: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

2.4 – Providencia cuidados à criança/ jovem promotor da majoração dos ganhos em saúde, recorrendo a uma variedade de terapias de enfermagem comuns e complementares, amplamente suportadas

na evidência.

E2.4

.1 –

Dem

onst

ra c

onh

eci

mento

sobre

as

posi

ções

da O

rdem

dos

Enfe

rmeiros

rela

tivam

ente

às

tera

pia

s co

mple

menta

-re

s na p

rátic

a d

e e

nfe

rmagem

.

A m

ass

agem

e o

to

que

tera

pêu

tico

atu

am

com

o t

era

pia

s

com

ple

menta

res

às

quais

reco

rro,

have

ndo u

m c

onheci

-

mento

de o

utr

as

tera

pia

s co

mple

menta

res

que

são,

por

veze

s, u

tiliz

ad

as

pe

los

pais

.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

E2.4

.2 –

Dem

onst

ra c

onhe

cim

ento

e h

abi-

lidades

em

dife

rente

s tip

os

de t

era

pia

s a

ofe

rece

r à c

riança

/ jo

vem

.

E2.4

.3 –

Pro

cura

evi

dênci

a c

ientí

fica p

ara

fu

ndam

enta

r a t

omada d

e d

eci

são s

obre

as

tera

pia

s a u

tiliz

ar.

Page 85: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

E2.5 – Promove a adaptação da criança/ jovem e família à doença crónica, doen-ça oncológica, deficiência/ incapacidade.

E2.5

.1 –

Dia

gnost

ica n

ece

ssid

ades

esp

eci

ais

e

inca

paci

da

des

na c

riança

/ jo

vem

.

O d

iag

nóst

ico

de s

ituaç

ões

esp

eci

ais

da c

riança

(por

exe

mplo

, dia

bete

s in

aug

ural)

leva

ao

dese

nvo

lvi-

mento

de c

uid

ados

e a

tivid

ades

na c

apaci

taçã

o d

a

cria

nça

/ jo

vem

e f

am

ília n

a a

dapta

ção à

nova

situ

a-

ção de sa

úde,

prom

ove

ndo est

raté

gia

s de co

pin

g

(por

exe

mplo

, re

curs

os

a f

igur

as

de r

eferê

nci

a d

a

cria

nça

/ jo

vem

e f

amíli

a).

Tam

bém

nest

a s

ituaçã

o a

mobili

zaçã

o d

e r

ecu

rsos

na c

om

unid

ade e

cuid

ados

de s

aúde p

rim

ário

s é u

ma r

ealid

ade.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

E2.5

.2 –

Capaci

ta a

cria

nça

em

idad

e e

scola

r, o

ado

lesc

ente

e a

fam

ília p

ara

a a

doçã

o d

e e

stra

-té

gia

s de coping e

ad

apta

ção.

E2.5

.3

Pro

move

a

re

laçã

o

din

âm

ica

com

cr

iança

s/ j

ove

ns

e f

amíli

as

com

adapta

ção a

de-

quad

a.

E2.5

.4 –

Ad

equ

a o

sup

ort

e f

am

iliar

e c

om

unitá

-rio.

E2.5

.5 –

Dem

onst

ra n

a p

rátic

a c

onheci

mento

s so

bre

est

raté

gia

s pro

moto

ras

de e

spera

nça

.

E2.5

.6 –

Refe

renci

a c

ria

nça

s/ j

ove

ns

com

inca

-paci

dades

e d

oença

cró

nic

a p

ara

inst

ituiç

ões

de

su

port

e e

para

cu

ida

dos

de e

speci

alid

ade,

se

nece

ssário.

Page 86: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

Com

petê

ncia

E3 –

Pre

sta

cuid

ados e

specí

ficos e

m r

esposta

às

necessi

dades

do c

iclo

de v

ida e

de d

esenvo

lvim

ento

da c

riança

: C

onsi

de

ran

do a

s e

spe

cific

idad

es

e e

xigê

nci

as

de

senv

olv

ime

nta

is d

as

eta

pas

de

sta

fa

se d

o c

iclo

vita

l, re

spo

nd

e e

fi-

cazm

en

te p

rom

ove

ndo

a m

axi

miz

açã

o d

o p

ote

nci

al d

e d

ese

nvo

lvim

en

to d

esd

e a

vin

cula

ção

até

à ju

ven

tude

.

Quadro

12: A

uto

dia

gnóstico

das n

ecess

idades d

e a

pre

ndiz

agem

– C

om

petê

ncia

E3

Unid

ades

de

com

pet

ênci

a Evid

ênci

a (s

) do e

xerc

ício

pro

fiss

ional

N

ível

de

com

pet

ênci

a per

-ce

cionad

o

Crité

rios

de

aval

iação

E3.1 – Promove o crescimento e o desenvolvimento infantil.

E3.1

.1

Dem

onst

ra

conheci

mento

s so

bre

o

cr

esc

imento

e d

ese

nvo

lvim

ento

.

A

ava

liaçã

o

do

cr

esc

imento

e

dese

nvo

lvim

ento

infa

ntil

e ju

venil

dura

nte

o in

tern

am

ent

o n

em

sem

pre

é f

áci

l, co

ntu

do,

exi

ste u

ma p

rest

açã

o d

e c

uid

ados

ate

nta

, dur

ante

a q

ual

é re

aliz

ada:

anam

nese

jun

to

aos

pais

/ cu

idadore

s,

ava

liaçã

o

antr

opom

étrica

e

obse

rvaçã

o

do

dese

nvo

lvim

ento

. N

est

e

cont

exto

,

são

tam

bém

re

aliz

ados

ensi

nos

e

dadas

info

rma-

ções

(de a

cord

o c

om

as

dife

rent

es

faix

as

etá

rias)

, a

fim d

e m

axi

miz

ar

todo o

pote

nci

al d

e d

ese

nvo

lvim

en-

to d

a cr

iança

/ jo

vem

.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

E3.1

.2 –

Ava

lia o

cre

scim

ento

e d

ese

nvo

lvim

en-

to d

a c

riança

e jo

vem

.

E3.1

.3

Tra

nsm

ite

orie

nta

ções

ante

cip

ató

rias

às

fam

ílias

para

a m

axi

miz

açã

o d

o p

ote

nci

al

de

dese

nvo

lvim

ento

infa

nto

-juve

nil.

Page 87: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

E3.2 – Promove a vinculação de forma sistemática, particularmente no caso do recém-nascido (RN) doente ou com necessidades espe-

ciais.

E3.2

.1 –

Ava

lia o

dese

nvo

lvim

ento

da p

are

nta

li-dade

.

A

pre

staçã

o

de

cuid

ados

ao

clie

nte

pediá

tric

o

é

neg

oci

ada e

os

cuid

ados

pre

stados

pelo

s pais

são

pla

neados.

Contu

do,

pel

as

alte

raçõ

es

dos

padrõ

es

fam

iliare

s,

torn

a-s

e ne

cess

ário

apr

ofundar

est

a

com

petê

ncia

.

Os

cuid

ados

são p

laneados

media

nte

as

nece

ssid

a-

des

das

cria

nça

s e

pais

, se

ndo p

roporc

ionado e

spa-

ço p

ara

esc

lare

cim

ento

de d

úvi

das,

esc

uta

ate

nta e

pre

staçã

o de a

poio

em

ocio

nal.

A

pro

moçã

o

da

am

am

enta

ção

é

um

a

prá

tica

da

pre

staçã

o de c

uid

ados,

mante

ndo-

me a

tualiz

ada e

dando c

ontin

uid

ade à

for

maçã

o d

e C

onse

lheira e

m

Ale

itam

ento

Mate

rno.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

onhe-

cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

E3.2

.2 –

Dem

onst

ra c

onh

eci

mento

s so

bre

com

-petê

nci

as

do

RN

p

ara

pro

move

r o

com

port

a-

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inte

rativ

o.

E3.2

.3 –

Util

iza e

stra

tég

ias

pro

moto

ras

de e

spe-

rança

rea

lista

.

E3.2

.4

Util

iza

est

raté

gia

s para

pro

move

r o

co

nta

cto f

ísic

o p

ais

/RN

.

E3.2

.5 –

Pro

move

a a

mam

enta

ção.

E3.2

.6 –

Ne

goce

ia o

envo

lvim

ento

dos

pais

na

pre

staçã

o d

e c

uid

ados

ao

RN

.

E3.2

.7 –

Gere

o p

roce

sso d

e r

esp

ost

a à

criança

co

m n

ece

ssid

ad

es

de in

terv

ençã

o p

reco

ce.

Page 88: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

E3.3 – Comunica com a criança e família de forma apropriada ao

estádio de desenvolvimento e à cul-tura.

E3.3

.1 –

Dem

onst

ra c

onh

eci

mento

s apro

fund

a-

dos

sobre

técn

icas

de c

om

unic

açã

o n

o r

ela

cio-

nam

ento

com

a c

riança

/ jo

vem

e f

amíli

a.

A

pre

staç

ão

de

cuid

ados

é

media

da

por

um

a co

munic

açã

o a

pro

pria

da

à f

aix

a e

tária d

a c

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; as

info

rmaçõ

es

transm

itidas

são c

lara

s e c

onci

sas,

com

vi

sta à

com

preensã

o da

cria

nça

/jove

m e

fam

ília.

Os

cuid

ados

são p

rest

ados

com

resp

eito

pela

s cr

enç

as,

va

lore

s e c

ultu

ra.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

rincí

pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

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ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

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cim

ento

(ci

entif

ico e

exp

erim

en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

E3.3

.2 –

Re

laci

ona-s

e c

om

a c

riança

/jove

m e

fa

míli

a n

o r

esp

eito

pela

s su

as

crença

s e p

ela

su

a c

ultu

ra.

E3.3

.3 –

Dem

onst

ra h

abili

dades

de a

da

pta

ção

da c

om

unic

açã

o a

o e

stão

de d

ese

nvo

lvim

ento

da c

riança

/ jo

vem

.

E3.4 – Promove a autoestima do ado-lescente e a sua autodeterminação nas escolhas relativas à saúde.

E3.4

.1 –

Faci

lita a

com

unic

açã

o e

xpre

ssiv

a d

e

em

oçõ

es.

A

pre

staçã

o

de

cuid

ados

ao

adole

scente

adquire

conto

rnos

part

icula

res

no I

nte

rnam

ento

de P

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onde p

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o c

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ados.

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o p

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nce

ntiv

o e

refo

rço d

a s

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resc

ente

resp

onsa

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corr

e,

a

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riva

cidade e

exp

ress

ão d

e s

ent

imos

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esp

ei-

tada e

salv

ag

uard

ada.

• C

on

heci

mento

dos

con

ceito

s/

teorias

e p

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pio

s: 1

– 2

– 3

– 4

Conheci

mento

dos

pro

cess

os

de

tom

ada

de

deci

são

nest

e

âm

bito

: 1 –

2 –

3 –

4

• E

xperiê

nci

a d

e m

obili

zaçã

o e

m

situ

açã

o c

línic

a: 1

– 2

– 3

– 4

Prá

ticas

de a

lise d

as

situ

a-

ções

e i

nte

gra

ção

com

o c

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cim

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(ci

entif

ico e

exp

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en-

tal): 1

– 2

– 3

– 4

E3.4

.2 –

Refo

rça a

im

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e

nece

ssário.

E3,4

.3 –

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s est

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E3.4

.4 –

Refo

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tom

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l.

E3.4

.5

Neg

oce

ia

contr

ato

de

saúde

com

o

ado

lesc

ente

.

Page 89: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

LXXXIX

APÊNDICE 3: OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS TRANSVERSAIS AOS

ESTÁGIOS

Page 90: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

APÊNDICE 3: OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS TRANSVERSAIS AOS ESTÁGIOS

A fim de orientar as atividades a realizar nos diferentes contextos de estágio,

foram estabelecidos dois objetivos gerais, sendo delineados objetivos específicos

para cada um destes objetivos gerais.

Para o primeiro objetivo geral, “Desenvolver competências específicas de Enfer-

meira Especialista em Enfermagem de Saúde da Criança e do jovem” estabelece-

ram-se como objetivos específicos:

• Conhecer a dinâmica orgânico-funcional, referenciais e modelos de interven-

ção que orientam a prática de enfermagem nos diferentes contextos de estágio;

• Observar12, de forma participante, os cuidados de enfermagem à crian-

ça/jovem e família nos diferentes contextos de estágio;

• Colaborar na prestação de cuidados de enfermagem à criança/jovem e família

nos diferentes contextos de estágio e em diferentes situações de saúde/ doença;

• Promover a minimização do impacto da hospitalização da criança/família

perante a experiência de internamento hospitalar;

• Identificar as necessidades dos pais, em termos de informação, para a promo-

ção da saúde e prevenção de doença, das crianças/jovens;

• Manter uma postura reflexiva contínua perante as situações observadas e

experienciadas;

• Elaborar reflexão escrita sobre as competências do Enfermeiro Especialista

em Saúde Infantil e Pediatria adquiridas nos diferentes contextos de estágio (Relató-

rio de estágio).

Relativamente ao 2º objetivo geral, “Adquirir competências na promoção da

parentalidade positiva nos pais de crianças nascidas prematuras” tracei os seguintes

objetivos específicos:

• Aprofundar conhecimentos sobre a promoção da promoção da parentalidade

positiva como foco de atenção de enfermagem;

• Observar, de forma participante, a interação pais – crianças promotora da

parentalidade;

12 Mediante Guião Orientador para a observação, a ser desenvolvido em contexto de estágio

Page 91: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

• Observar, de forma participante, os pares na prestação de cuidados que

sejam promotores da parentalidade;

• Identificar as necessidades dos pais, em termos de informação, para o exercí-

cio de uma parentalidade positiva e promotora de saúde na criança até aos 3 anos

de vida;

• Prestar cuidados de enfermagem promotores da parentalidade positiva nos

primeiros 3 anos de vida.

Page 92: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

XCII

APÊNDICE 4: PLANO DE ATIVIDADES

Page 93: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

AP

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viço

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viç

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Ativid

ades

D

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R

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os

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e s

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iço

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ET

);

•Equ

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e e

nfe

rmagem

;

•Doce

nte

ori

enta

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•Docu

mento

s, n

orm

as

e p

roto

colo

s do s

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iço

•Com

puta

dor

com

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sso a

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ad

os

cie

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as

•Pesq

uis

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bib

liográ

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., B

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ich

, C

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e,

J.,

Ma

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och

ie,

I.,

Ro

drí

gu

ez-

ñez,

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.,

. .

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D.

(201

0).

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n

Re

susc

itatio

n

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un

cil G

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elin

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or

Re

susc

itatio

n

•CE

. (2

00

7). Parenting in contemporary Eurpoe: a Positive Approach.

Co

un

cil o

f Eu

rope

Pu

blis

hin

g.

•Ho

cken

be

rry,

M.,

& W

ilson

, D

. (2

014

). W

ong, Enferm

agem da Criança

e do Adolescente.

Lou

res:

Lus

oci

ênci

a.

•IP

FC

C.

(20

10

). Institute for Patient - and family - centered care.

Ob

tido

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14

de

ou

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e 2

013

, de

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d

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ica

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on

al,

meto

doló

gic

a e

funci

ona

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iço

Pesq

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iblio

grá

fica e

le

itura

s re

laci

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com

tria

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e s

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erg

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o

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Identif

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obse

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rmagem

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da p

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Obse

rvaçã

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-

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da p

are

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de, fa

zen

do u

so d

o g

uiã

o c

onst

ruíd

o p

ara

o e

feito

Page 94: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

Pre

staçã

o d

e c

uid

ados

em

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bora

ção

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ET

e e

m p

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M.

F.,

Atk

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D.

L.,

. .

. Z

arit

sky,

A.

(201

0).

Part

14

: P

edi

atr

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dva

nce

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ife

Su

pp

ort

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A.

H.

Ass

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01

1).

Trabalho de projecto: Caracterização da U

tilização

da Urgência Pediátrica num Hospital da área metropolitana de Lisboa.

Re

lató

rio

para

o

bte

nçã

o

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na

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Saú

de

Púb

lica

.

•OE

. (2

01

3).

Guia Orientador

de Boa Prática -

Estratégias não

farm

acológicas no controlo da dor na criança.

Ob

tido

em

Ja

ne

iro

de

201

4,

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00

8).

World Report on Child Injury prevention.

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•Pa

tríc

io,

S.

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11).

Promoção da Parentalidade Positiva.

Re

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M

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Ciê

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aúd

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Lisb

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.

•Ro

dri

gue

s, C

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011

). O

pinião dos profissionais de saúde acerca do

Livopan® em procedimentos dolorosos na criança.

Vis

eu:

In

stitu

to

Po

litéc

nic

o d

e V

iseu

.

•Silv

a,

A.

M.

(20

09

). Triagem de Prioridades. Triagem de M

anchester.

Dis

sert

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M

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o

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Me

dic

ina

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e

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com

port

am

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s pare

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com

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am

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uso

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o

const

ruíd

o p

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Pesq

uis

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liográ

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rmaçã

o id

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icadas

Page 95: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

Ela

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. (2

00

8).

Acolher brincando. A brincadeira terapêutica no

acolhimento de enferm

agem à criança hospitalizada.

Dis

sert

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Qua

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bib

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ficas:

•Ba

rro

s, L

. (1

99

9).

Psicologia Pediátrica: Perspectiva Desenvolvimentista

(1

ª

ed

.).

Lisb

oa

: C

lime

psi

Edi

tore

s.

•Cru

z, O

. (2

01

3).

Parentalidade.

Po

rto

: Liv

psi

c.

•DG

S.

(30

de

out

ub

ro d

e 2

013)

. Plano Estratégico Nacional de Prevenção e

Controlo da Dor (PENPCDor).

Ob

tido

em

se

tem

bro

de

20

14,

de

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M.,

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D.

(20

14

). W

ong, Enferm

agem da Criança e do

Adolescente. L

ou

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Lus

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•Lin

ha

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M.

B.,

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. N

. (2

01

0).

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ão

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as. Temas em Psicologia, 18, n.º 2

, p

p.

30

7 –

32

5. •L

op

es,

M.

(20

12

). Apoiar na parentalidade positiva: áreas de intervenção de

enferm

agem.

Te

se

do

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E

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Ciê

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as

da S

aúd

e.

•Ma

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lhã

es,

S.

(20

11

). A

vivência de transições na parentalidade face ao

evento Hospitalização da criança.

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o, P

ort

o.

•Me

leis

, A

. I.

(20

10

). Transitions Theory: Middle-Range and Situation-Specific

Theories in Nursing Research and Practice.

Ne

w

Yo

rk:

Sp

rin

ge

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ub

lishi

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Co

mp

an

y.

•Ne

to,

O.

A.

(20

10

). Dor: Princípios e prática.

Art

me

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dito

ra.

•OE

. (2

00

1).

Padrões de Q

ualidade dos C

uidados de Enferm

agem.

Ord

em

do

s E

nfe

rme

iros

.

•OE

. (2

00

8).

Dor - Guia Orientador de Boa Prática.

Ob

tido

em

18

de

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o d

e

20

12

, de

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oso

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•OE

. (o

utu

bro

de

201

1).

Guias Orientadores de Boa Prática em Enferm

agem

de Saúde Infantil e Pediátrica - VOLUME II.

Ob

tido

em

30

de

ou

tub

ro d

e 2

013

, de

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do

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df

•OE

. (2

01

3).

Guia Orientador de Boa Prática - Estratégias não farm

acológicas

no controlo da dor na criança.

Ob

tido

e

m

Jan

eir

o

de

20

14

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e

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D.

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Fe

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an

, R

. D

. (2

00

1). O m

undo da criança.

Lis

boa

: M

cGra

w-H

ill,

cop.

•Silv

a,

C.

(20

11).

Necessidades dos pais de recém-nascidos prematuros no

pós alta clínica: Exercício de uma parentalidade autónoma.

Dis

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Qua

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•Pesq

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bib

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ficas:

•Aq

uin

o,

R.

(20

06

). Alim

entação do recém-nascido pré-term

o: métodos de

transição da gavagem para o peito m

aterno.

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Re

cife

.

•Ho

cken

be

rry,

M.,

& W

ilson

, D

. (2

01

4).

Wong, Enferm

agem da C

riança e do

Adolescente. L

ou

res:

Lus

oci

ênci

a.

•Le

vy,

L.,

&

B

ért

olo

, H

. (2

012

). Manual de Aleitamento Materno.

Co

mité

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01

0).

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s. Temas em Psicologia, 18, n.º 2

, p

p. 3

07 –

32

5.

Obse

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unam

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ante

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Obse

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com

port

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guiã

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do n

o c

onte

xto a

nte

rior

•Mo

reir

a,

M.,

& L

op

es,

J.

(20

04)

. O recém-nascido de alto risco: teoria e prática

do cuidar.

Rio

de

Ja

nei

ro:

Ed

itora

Fio

cru

z.

•Na

scim

ento

, H

. (2

01

0).

A Dor no recém-nascido numa UCI: Concepções e

práticas de enferm

agem.

Dis

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açã

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rad

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m C

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s de

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m,

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M.,

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, W

., A

ktas

, A

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ik,

C.,

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es,

A.

(20

08).

Int

erd

isci

plin

ary

su

rve

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nce

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intr

ave

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hae

mo

rrha

ge

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con

ditio

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fan

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10

00 g

. Acta Pædiatrica, 97.

•OE

. (s

ete

mb

ro d

e 2

010

). G

uias O

rientadores de Boa Prática em Enferm

agem

de Saúde Infantil e Pediátria - VOLUME I.

Ob

tido

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30

de o

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bro

de

201

3,

de

Ca

de

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M.

H.,

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014

).

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. Millenium, 46.

•Se

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e N

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SP

P.

(20

08).

Nascer prematuro - Um m

anual para

os pais dos bebés prematuros.

Ob

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Se

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e N

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cçã

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13).

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Acta Pediátrica Portuguesa, 44(2).

•Silv

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C.

(20

11).

Necessidades dos pais de recém-nascidos prematuros no pós

alta clínica: Exercício de uma parentalidade autónoma.

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ts. Journal of Perinatology, 33

.

•Ta

me

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. (2

01

3).

Enferm

agem na UTI neonatal: assistência ao recém-nascido

de alto risco

(5

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(201

3).

Competências precoces na

alim

entação oral - Versão Reduzida (EFS - VR).

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Neonatologia, Manual Prático.

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(201

3).

Nascimientos prematuros. Nota descriptiva n.º 363

. O

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. (2

01

4).

Bilhete de Identidade dos Indicadores de C

ontratualização dos C

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Saúde Primários no Ano de 2014.

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M.

(20

13

). O Grande Livro do Bebé. O primeiro ano de vida. A

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•Decreto-Lei n.º 118/2014.

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4).

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11

). P

lano Nacional de Vacinação 2012.

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01

3).

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3).

Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil.

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(20

14

). W

ong, Enferm

agem da Criança e do Adolescente.

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012)

. Manual de Aleitamento Materno.

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01

0).

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. Temas em Psicologia, 18, n.º 2

, p

p. 3

07 –

325

.

•Lo

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, M

. (2

012

). A

poiar na parentalidade positiva: áreas de intervenção de enferm

agem.

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•Ma

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S

. (2

011

). A vivência de transições na parentalidade face ao evento

Hospitalização da criança.

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(20

10

). T

ransitions Theory: Middle-Range and Situation-Specific Theories in

Nursing Research and Practice.

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01

0).

Guias Orientadores de Boa Prática em Enferm

agem de Saúde

Infantil e P

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OLUME I.

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. (2

01

3).

Guia O

rientador de Boa Prática - Estratégias não farm

acológicas no controlo da

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criança.

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(20

11).

Promoção da Parentalidade Positiva.

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Pediatrics,

pp.

118

4 -

11

98.

•Silv

a,

C.

(20

11

). N

ecessidades dos pais de recém-nascidos prematuros no pós alta clínica:

Exercício de uma parentalidade autónoma.

Dis

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agem, Vol. 18, n.º3

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Page 105: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

CV

APÊNDICE 5: REFLEXÃO CRÍTICA DE ESTÁGIO – SERVIÇO DE

INTERNAMENTO DE PEDIATRIA

Page 106: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

Escola Superior de Enfermagem de Lisboa

5º Curso de Mestrado em Enfermagem:

Área de Especialização em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria

Promover a parentalidade positiva em pais de recém-nascidos

prematuros

Reflexão crítica de estágio – Serviço de Internamento de Pediatria

Discente:

Susana Martins; nº 5466

Lisboa, novembro de 2014

Page 107: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

INTRODUÇÃO

No âmbito do 5º Mestrado em Enfermagem na Área de Especialização em Enfer-

magem de Saúde Infantil e Pediatria, e construindo um caminho no qual a reflexão

leva à constatação das competências adquiridas, elaborei esta reflexão acerca do

estágio realizado num Serviço de Pediatria da área de Lisboa.

A escolha por este local de estágio baseou-se no conhecimento prévio do mesmo,

constituindo-se como um contexto no qual se antecipava troca de experiências,

aquisição de competências e certificação das competências já adquiridas ao longo

da minha vida profissional. Apesar das suas muitas semelhanças com o meu local

de trabalho e prestação de cuidados este foi um serviço que se apresentou como

enriquecedor, pelas diferenças e particularidades próprias.

O referido Internamento de Pediatria é um serviço dinâmico que tem como missão

a prestação de cuidados de saúde hospitalares pediátricos, médico e cirúrgicos à

criança/ família, respeitando a dignidade da criança, fazendo uso eficiente dos

recursos disponíveis, colaborar na formação de profissionais de elevada qualidade e

desenvolver a investigação em saúde. A prestação de cuidados de enfermagem, por

método individual, tem um grande enfoque não só no acolhimento ao cliente pediá-

trico, mas também, na preparação da criança/ família para a cirurgia e, posterior-

mente, para o regresso a casa. Pela elevada frequência de situações de dor crónica,

é uma equipa preocupada e interventiva no controlo da dor, seja através de medidas

farmacológicas e não farmacológicas.

Assim, estabeleci como objetivos de estágio: “Aprofundar competências nos cui-

dados de enfermagem no âmbito da dor crónica” e “Prestar cuidados de enferma-

gem no contexto de cirurgia pediátrica geral”. Nesta reflexão apresentado as ativida-

des planeadas e executadas durante as 3 semanas de estágio, articulando com um

quadro teórico que as sustente. Concluo com a reflexão das competências adquiri-

das de acordo com o Regulamento de Competências do Enfermeiro Especialista em

Enfermagem de Saúde da Criança e do Jovem.

Page 108: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

ATIVIDADES REALIZADAS

Tendo em conta que o meu contexto de prestação de cuidados é muito semelhan-

te ao Internamento de Pediatria escolhido, considero importante reforçar que ao lon-

go do percurso de prestação de cuidados, muitas foram as aprendizagens e conhe-

cimentos aprofundados, mas também várias foram as competências adquiridas.

Assim, esta experiência já adquirida levou a uma planeamento de atividades mais

dirigidas à gestão dos cuidados de enfermagem no âmbito da cirurgia pediátrica e da

gestão da dor crónica.

Não obstante, a prestação de cuidados ao cliente pediátrico em situações de

doença aguda foi também uma realidade, implicando um planeamento e execução

dos cuidados após o diagnóstico das necessidades apresentadas. A negociação dos

cuidados com o cliente pediátrico e o estabelecimento de uma efetiva parceria de

cuidados levou-me a uma prestação de cuidados personalizada e dirigida às neces-

sidades apresentadas, tanto pelas crianças e jovens como pelos seus pais.

Apesar da consciência da competência a nível da “gestão diferenciada da dor e

do bem-estar da criança/ jovem, otimizando as respostas” (OE, 2011 c., p. 8655),

considero que a dor e sua gestão constituem-se como um dever e um indicador de

boa prática, assumindo uma contínua relevância na prestação de cuidados de

enfermagem a todos os clientes. Realmente e, de acordo com a Ordem dos Enfer-

meiros (OE, 2013, p. 17), “a dor nas crianças apresenta algumas características

específicas que devem ser levadas em conta, em termos da sua compreensão, ava-

liação e tratamento”.

De acordo com ICN, a dor define-se por uma “aumento de sensação corporal

desconfortável, referência subjectiva de sofrimento” (2013, p. 49). Numa perspetiva

semelhante, a OE define dor como “uma experiência sensorial e emocional desa-

gradável associada a lesão tecidual real ou potencial, ou descrita em termos de tal

lesão”, sendo uma experiência individual, subjetiva e multidimensional (OE, 2008, p.

11). Esta subjetividade e individualidade são influenciadas por diversos fatores,

nomeadamente “fisiológicos, sensoriais, afetivos, cognitivos, comportamentais e

socioculturais” (OE, 2008, p. 11).

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Neste sentido, a avaliação e quantificação da dor assume-se como difícil, mas

essencial para o seu controlo. Considerando que estes são específicos do cuidado

de enfermagem, fizeram parte integrante dos planos de cuidados que elaborei (OE,

2008). Assim, mobilizei o conhecimento sobre a situação do cliente em questão, as

suas particularidades inerentes mas também as atitudes terapêuticas possíveis, con-

tribuindo para uma prestação de cuidados que privilegie a satisfação do cliente, do

seu bem-estar e autocuidado.

Como referido anteriormente, um controlo eficaz da dor exige uma avaliação regu-

lar e, para tal, é necessário que o cliente pediátrico, com especial enfoque na crian-

ça/ jovem, seja ajudado a relatar a sua própria dor, através das questões certas, do

recurso a brincadeiras, histórias ou do uso de escalas apropriadas. Obviamente que

tive em atenção as crianças que, pela sua idade ou etapa de desenvolvimento ainda

não conseguem verbalizar a dor (bem como naquelas que por diversas razões não o

conseguem fazer), a avaliação recaiu sobre uma atenta observação e interpretação

do seu comportamento (Neto, 2010). Para tal, recorri aos cuidadores principais para

validar as conclusões retiradas, pois pela convivência espacial e temporal é-lhes

atribuída, a capacidade de monitorizar e compreender o comportamento das crian-

ças/ jovens (Cruz, 2013), mas também a escalas de avaliação apropriadas que obje-

tivam a dor sentida pela criança (OE, 2013).

Denota-se que as escalas de auto e heteroavaliação da dor assumem-se como

aliadas no cuidado de enfermagem. São inúmeras as escalas existentes, devendo

ser privilegiadas, como anteriormente referido, o autorrelato e as escalas de autoa-

valiação (OE, 2008). No serviço de Pediatria, onde o estágio foi realizado, estão ins-

titucionalizadas escalas de auto e heteroavaliação, nomeadamente: Escala Numéri-

ca, Escala de Faces, Escala Quantitativa, Escala Nips (Neonatal Infant Pain Scale),

Escala Flacc (Face, Legs, Activity, Cry, Consolability) e Escala Ops (Objective Pain

Scale). Contudo, esta última não é utilizada, sendo substituída pela escala Flacc:

existindo 2 motivos para tal. Na escala OPS, um dos itens a avaliar é a tensão arte-

rial, cuidado este que nem sempre é pertinente e confortável na presença de dor e,

por outro lado, a Escala Flacc é de aplicabilidade semelhante, não colocando qual-

quer constrangimento na sua aplicação.

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A identificação da dor é essencial para decidir acerca das estratégias dirigidas ao

seu alívio. Estas estratégias, farmacológicas ou não farmacológicas, devem ser utili-

zadas de forma coordenada e interdisciplinar, mas também tendo em conta os fato-

res que influenciam a dor na criança (OE, 2008). As estratégias não farmacológicas

de alívio da dor são um importante recurso, especialmente quando são usadas

várias em simultâneo, tendo como objetivo prevenir, controlar ou diminuir a intensi-

dade de um processo doloroso leve (OE, 2008; OE, 2013). A escolha destas estra-

tégias decorre dos recursos disponíveis e sensibilidade da criança à dor, bem como,

de acordo com as suas preferências e habilidades, com o desenvolvimento cogniti-

vo, estratégias de coping, tipo de dor (aguda, recorrente e/ou crónica), contexto

(procedimentos ou exames invasivos dolorosos, cirurgia ou quadro clínico) e suas

características da dor (localização, intensidade, duração e qualidade afetiva) (OE,

2013).

A avaliação da dor foi uma constante, não apenas pelo seu reconhecimento como

5º Sinal Vital. Das medidas não farmacológicas mais utilizadas aponta-se a gestão

de ruído, luminosidade, gestão de procedimentos, nomeadamente pela articulação

dos procedimentos potencialmente dolorosos com o sono/ repouso ou horário das

alimentações, sempre que possível, mas também manipulação mínima e utilização

de movimentos suaves, especialmente nas crianças recém-nascidas e lactentes.

Neste contexto de estágio específico, pelo facto de prestar cuidados a crianças/

jovens em situação de dor crónica (crises vaso-oclusivas), além das medidas ante-

riormente referidas, também a aplicação de calor, o recurso à distração e/ou brinca-

deira foram utilizadas (com a ressalva de que estas medidas foram geridas de acor-

do com a tolerância da criança às mesmas).

A dor crónica, pelo facto de ser persistente e impactante na qualidade de vida,

potenciando sequelas psicológicas, isolamento e envolvimento da família/ cuidado-

res, deve ser encarada como uma doença e não apenas como um sintoma. Assim,

foi necessário o estabelecimento de um plano terapêutico capaz de ser reajustado

de acordo com as reavaliações realizadas, sendo condição essencial envolver o

cliente, uma vez que este é o melhor conhecedor da sua dor e das respostas obtidas

perante os cuidados prestados (DGS, 2013).

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A administração de terapêutica analgésica, em contexto de dor crónica, assume

uma relação de complementaridade com as estratégias não farmacológicas de alívio

da dor, em que ambas não podem serem substituídas ou negligenciadas. Neste sen-

tido, foi administrada terapêutica prescrita com base na Escada Analgésica proposta

pela Organização Mundial de Saúde, assente em 3 degraus consoante a intensidade

da dor (Neto, 2010), reavaliando os seus resultados e restruturando o plano de cui-

dados sempre que necessário.

No entanto, considero que uma das medidas mais importantes para as crianças/

jovens foi a presença dos seus pais. Esta presença assumiu uma particular impor-

tância, pois constitui-se como um elemento essencial nos cuidados á criança/jovem

e, consequentemente, no processo de gestão da dor dos mesmos. Os pais, pelo seu

extenso conhecimento da criança/ jovem, conjuntamente com a descrição desta,

auxiliaram-me na clarificação da dor da criança e proporcionaram-me orientação

acerca das melhores estratégias a utilizar. Contudo, considerei sempre que a pre-

sença dos pais não deve ser encarada como obrigatória, mas devidamente esclare-

cida, negociada e aceite pelos mesmos, o que ilustra os fundamentos da filosofia

dos cuidados centrados na família.

A “maioria dos pais prefere estar presente durante os procedimentos dolorosos e

para a criança esta presença também é desejada, tornando-se menos ansiosa e

mais segura” (OE, 2013, p. 18). Contudo, o que pude verificar é que nem sempre a

presença dos pais é linearmente benéfica, pois a sua própria ansiedade, perante

determinados procedimentos, causou algumas dificuldades, deixando criança ainda

mais agitada. Assim, a preparação do cliente pediátrico para a realização de proce-

dimentos dolorosos na criança, foi essencial para a sua tranquilidade e colaboração

nos cuidados a serem prestados, nomeadamente pela transmissão de informação

clara e concisa e pela negociação do momento a ser realizado. Além do referido, tive

também em consideração o espaço para tomada de decisão parental no que se refe-

re à sua presença em diferentes cuidados.

Neste SIP pude também prestar cuidados ao cliente pediátrico em contexto de

cirurgia, no qual a transmissão de informação é de extrema importância. De facto, a

preparação do cliente pediátrico para a cirurgia é essencial, pois apesar de ter a

Page 112: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

“finalidade de promover a cura ou melhorar a qualidade de vida”, remete o cliente

pediátrico para um sentimento de medo e perda de controlo (OE, 2011 a., p. 15). Por

ser desconhecida para a maioria das crianças/jovens e pais, a cirurgia gera inúme-

ras dúvidas e incertezas, nomeadamente na mente infantil que facilmente deixa a

sua imaginação libertar-se, arriscando uma distorção da realidade e, consequente-

mente, agravando o medo sentido (OE, 2013). Estes medos surgem de forma e em

circunstâncias diferentes, consoante a idade e estadio de desenvolvimento, salien-

tando-se o medo pela separação dos pais ou presença de estranhos.

Neste sentido e, tendo conta que a preparação do cliente pediátrico para a cirur-

gia é uma intervenção autónoma dos enfermeiros, apesar de necessariamente inse-

rida numa prestação de cuidados multidisciplinar (OE, 2001; OE, 2011 a.), torna-se

essencial colocar em prática estratégias de minimização da ansiedade e medo da

hospitalização/ cirurgia, tendo por base a especificidade do cliente pediátrico,

nomeadamente a sua idade ou tipo de cirurgia (OE, 2011 a.). Assim, tive necessida-

de de adequar o vocabulário utilizado nos diálogos com as crianças, de proporcio-

nar-lhes tempo e espaço para poder observar e, até manusear alguns materiais

potencialmente mais assustadores (OE, 2011 a.). Contudo, a estratégia mais utiliza-

da neste contexto de estágio foi a presença dos pais, até porque a separação destes

é um dos medos mais transversal na idade pediátrica.

A preparação parental para a cirurgia que coloquei em prática baseou-se no for-

necimento de informação clara e concisa, bem como no ensino, instrução e treino de

estratégias gestoras do medo e ansiedade parental e que podem ser também ensi-

nadas às crianças/ jovens. Desta forma, os pais estarão aptos para colaborar efeti-

vamente na preparação das suas crianças (OE, 2011 a.). Efetivamente, uma prepa-

ração dirigida às necessidades específicas de cada família, pode contribuir para uma

vivência mais tranquila desta situação de crise, potenciando o crescimento e o

desenvolvimento cognitivo e emocional do cliente pediátrico (OE, 2011 a.).

Portanto, é importante referir a necessidade de uma efetiva comunicação com o

cliente pediátrico, recorrendo a diferentes estratégias, tal como aconteceu neste con-

texto de estágio. No que se refere à comunicação com os pais, foi essencial a clare-

za no discurso e disponibilidade para responder às suas questões e dúvidas. Consi-

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dero que a informação transmitida antecipadamente, bem como a valorização do

que foi dito pelos pais, levou ao estabelecimento de relações de empatia que media-

ram também a comunicação estabelecida com as crianças/ jovens. O facto de domi-

nar os instrumentos de avaliação da dor, as informações relativas às intervenções

cirúrgicas e a capacidade de reformulação da informação transmitida, por forma a

ser facilmente entendida e interpretada pelo cliente pediátrico, foram também facili-

tadores do estabelecimento de uma comunicação eficaz, que se repercutiu na com-

preensão e uso das diferentes escalas de autoavaliação da dor utilizadas bem como

nos cuidados pré e pós-cirúrgicos.

Em relação a estes cuidados e, tendo em conta que a maioria das cirurgias foram

em contexto de otorrinolaringologia, as orientações de cuidados em ambulatório

assumiram um papel preponderante. Em algumas circunstâncias, informações e

ensinos anteriormente transmitidos necessitaram de validação e reformulação para

uma melhor compreensão, mas na totalidade dos clientes cuidados, houve necessi-

dade de ensino e instrução de cuidados importantes na recuperação da criança/

jovem. Alguns destes cuidados relacionam-se com o repouso, monitorização de

temperatura corporal ou vigilância de perdas hemorrágicas, mas também na gestão

da dieta. Perante algumas crianças que contestam determinados cuidados impostos

pela situação de saúde/ recuperação de doença e alguns pais que questionavam a

sua manutenção, precisei reforçar a necessidade desses mesmos cuidados (tendo

em conta as implicações de não os manter). Para tal, recorri a uma atitude firme e

assertiva, mantendo contudo, o carinho e afeto que me é próprio. Também neste

âmbito, pude incentivar os pais a uma atitude igualmente firme e de assertividade, e

a uma componente disciplinar coerente, compassiva e compreensiva face aos cui-

dados parentais planeados e considerados necessários.

Page 114: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

SÍNTESE FINAL

Este estágio, apesar de curto em duração, e ser realizado num serviço em muito

semelhante ao meu contexto de trabalho, foi um contexto enriquecedor pela partilha

de experiências, mas também pela possibilidade de prestação de cuidados ao clien-

te pediátrico em situação de dor crónica e em situação de pré e pós-operatório.

Da reflexão apresentada, considero importante sublinhar a confirmação de com-

petências já anteriormente constatadas, mas também a consolidação de outras.

Realmente, este estágio contribuiu para a consolidação de competências no que se

refere à assistência ao cliente pediátrico “no sentido da maximização da sua saúde”

através da implementação e gestão de um plano em parceria, promotor da parenta-

lidade, após um diagnóstico precoce e intervenção atempada, não só nas doenças

mais comuns, mas igualmente nas situações que possam afetar a qualidade de vida

da criança (OE, 2011 c., p. 8654).

A experiência de hospitalização/ internamento é geradora de stress e ansiedade

para o cliente pediátrico, na medida que o defronta com a preocupação pelo estado

de saúde da criança/ jovem, mas também pelo desconhecido que rodeia o contexto

hospitalar (OE, 2011 a.; Hockenberry & Wilson, 2014). Pelo facto dos enfermeiros

estarem muito próximos dos seus clientes, têm o dever de os acolher de forma calo-

rosa e minimizadora da ansiedade associada ao internamento (Hockenberry &

Wilson, 2014). Portanto, a experiência de internamento pode ser também uma opor-

tunidade para o estabelecimento de relações positivas com os enfermeiros, detento-

res de conhecimentos específicos relativamente ao desenvolvimento infantil e, por-

tanto, prestadores de cuidados específicos e dirigidos às suas necessidades (Lopes

M. , 2012; Hockenberry & Wilson, 2014).

De acordo com Lopes (2012), o exercício da parentalidade demanda conhecimen-

tos, competências, atitudes e habilidades, pois a preparação para diferentes situa-

ções e os conhecimentos tornam os pais mais capazes de superar adversidades.

Também os conhecimentos obtidos possibilitam a compreensão da criança, nomea-

damente acerca das diferentes fases de desenvolvimento, como cuidar e disciplinar

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da forma mais adequada à criança e a proporcionar um ambiente seguro, estimulan-

te e responsivo ao melhor interesse da criança (Lopes M. , 2012).

Para tal, é essencial o desenvolvimento de capacidades de comunicação por par-

te dos enfermeiros e, tal foi também uma das competências validadas e aprimoradas

durante o estágio. Realmente e, recorrendo ao Regulamento de Competências do

Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde da Criança e do Jovem, houve a

prestação de “cuidados específicos em resposta às necessidades do ciclo de vida e

de desenvolvimento da criança e do jovem”, nomeadamente através de uma comu-

nicação “com a criança e família de forma apropriada ao estádio de desenvolvimento

e à cultura”, respeitando as diferentes faixas etárias, desde o recém-nascido até ao

adolescente (OE, 2011 c., p. 8655).

Como foi referido ao longo desta reflexão e, no sentido de responder aos objeti-

vos traçados, a “gestão diferenciada da dor e do bem-estar da criança/jovem”, atra-

vés de uma otimização de respostas, pautou grandemente a prestação de cuidados,

mobilizando conhecimentos no que respeita a estratégias farmacológicas e não far-

macológicas de alívio da dor.

Em suma, observa-se a confirmação e aquisição de competências de enfermeiro

especialista, mas é necessário sublinhar também a aquisição de conhecimentos e

competências na promoção de uma parentalidade positiva, nomeadamente através

de uma prestação de cuidados individualizada perante a idade e etapa de desenvol-

vimento, mas também através da capacitação dos pais para a compreensão dessas

mesmas especificidades dos seus filhos em situação de doença.

Page 116: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Page 117: Curso de Mestrado em Enfermagem · contextos de estágio e contribuiu para a aprendizagem e aquisição de competên-cias. Uma dessas atividades consistia na elaboração de reflexões

CXVII

APÊNDICE 6: ESTRATÉGIAS NÃO FARMACOLÓGICAS PARA ALÍVIO DA

DOR

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CXIX

APÊNDICE 7: GUIA ORIENTADOR PARA UMA PARENTALIDADE POSITIVA

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Escola Superior de Enfermagem de Lisboa

5º Curso de Mestrado em Enfermagem:

Área de Especialização em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria

Guia Orientador para a Promoção da Parentalidade Positiva em

pais de crianças prematuras

Susana Maria Mata Martins

2015

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AAP – American Academy of Pediatrics

CDC – Center for Disease Control and Prevention

CE – Conselho Europeu

DGS – Direção Geral de Saúde

IC – Idade Corrigida

ICN – International Council of Nurses

IG – Idade Gestacional

INE – Instituto Nacional de Estatística

MTSS – Ministério do Trabalho e da Segurança Social

RN – Recém-nascido

RNPT – Recém-nascido prematuro

SPP – Sociedade Portuguesa de Pediatria

UCIIN – Unidade de Cuidados Intensivos e Intermédios Neonatais

WHO – World Health Organization

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ÍNDICE

Introdução ............................................................................................................. 4

1. Fundamentação ............................................................................................. 7

1.1. Parentalidade Positiva .............................................................................. 7

1.2. A criança prematura ............................................................................... 15

2. Estratégias promotoras da Parentalidade Positiva nos pais de RNPT ... 29

Referências bibliográficas ................................................................................. 40

Anexos ............................................................................................................ XLIV

Anexo 1: Classificação da maturidade neuromuscular e física do RN ....... XLV

Anexo 2: Classificação do RNPT em função da relação peso-IG ............. XLVII

Anexo 3: Curvas de avaliação do crescimento do RNPT ........................... XLIX

Apêndices ........................................................................................................... LII

Apêndice 1: Competências sensoriais do RN ................................................ LIII

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INTRODUÇÃO

O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde da Criança e do Jovem

emprega na sua prestação de cuidados um modelo no qual o cliente pediátrico, con-

sistindo como a criança/jovem e família, é o alvo dos seus cuidados. Com o objetivo

de “promover o mais elevado estado de saúde possível”, este profissional presta

cuidados à criança e “proporciona educação para a saúde assim como identifica e

mobiliza recursos de suporte à família/pessoa significativa” (OE, 2011 b., p. 8653).

A parentalidade é uma temática amplamente estudada e de grande relevo na

sociedade atual pela repercussão no futuro da mesma, sendo também descrita

como uma das mais importantes transições na vida das pessoas. De facto, com o

nascimento de uma criança e, especialmente do primeiro filho, inicia-se uma nova

fase no ciclo de vida familiar, modificando a identidade, os papéis e as funções dos

pais e restantes familiares. E, se o nascimento for prematuro, a transição para a

parentalidade pode ser acrescida de dificuldades, tanto pela componente emocional

associada ao nascimento inesperado, mas também pela perceção de fragilidade e

de risco de vida da criança.

A taxa de natalidade tem vindo a decrescer ao longo dos anos e o número de

nascimentos prematuros está a aumentar (OE, 2011 a.). Logo existem cada vez

menos nascimentos e uma maior incidência de filhos únicos, nos quais são concen-

tradas largas expectativas e recursos (Lopes M. , 2012; Cordeiro, 2013). Tal, depen-

dendo do modelo parental, pode levar ao desenvolvimento de uma componente

omnipotente da personalidade. No recém-nascido prematuro (RNPT), esta concen-

tração de expectativas e de recursos, aliada à visão de fragilidade e à componente

emocional associada ao nascimento antecipado, leva a que muitos pais superprote-

jam as crianças, limitando-as nas suas atividades de exploração e experimentação,

o que pode comprometer o seu desenvolvimento.

Os cuidados de enfermagem, no que respeita à parentalidade, transição para esta

e desenvolvimento da criança, assumem a responsabilidade decorrente do mandato

social da profissão, pois a Enfermagem tem o objetivo primordial de cuidar, o que,

significa estar com o outro nas mudanças da vida, como o nascimento de um filho,

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que implicam crise, rutura (Collière, 2003) e, consequentemente uma transição de

papeis (Meleis, 2010).

Importa então, capacitar e empoderar os pais para cuidar da criança prematura e

para uma transição saudável para o exercício de uma parentalidade positiva. Esta

consiste num comportamento parental, baseado no melhor interesse da criança e

comporta um envolvimento parental com a criança e trocas afetivas mas também

sensibilidade parental no que respeita às necessidades do seu filho, estabelecendo

limites e regras coerentes. Uma mestria dos enfermeiros é o reconhecimento das

competências parentais naturais para cuidar das crianças e facilitar a aquisição ou

ajustamento de novas habilidades e competências dos pais, face à situação especí-

fica da criança e promovendo a sua saúde. Tal como também é a promoção do

desenvolvimento infantil e a promoção de saúde, não só da criança mas também da

família, conduzindo a uma prestação de cuidados centrada na família.

Os primeiros anos de vida são essenciais ao crescimento e desenvolvimento

infantil, nos quais as crianças são participantes ativos conjuntamente com os seus

pais/ cuidadores (Vilaça, 2012; Hockenberry & Wilson, 2014). O desenvolvimento de

laços afetivos entre criança e pais inicia-se durante a gravidez e decorre ao longo da

vida da criança, no entanto, apontam-se os 3 primeiros anos de vida como essen-

ciais (AAP, 2010; Lopes M. , 2012; Hockenberry & Wilson, 2014). Tal justifica-se por

alguns factos: é neste período que ocorre um crescimento acelerado, juntamente

com um considerável desenvolvimento cerebral e que interferem grandemente na

aprendizagem, coordenação motora, equilíbrio e destreza (AAP, 2010; Lopes M. ,

2012; Hockenberry & Wilson, 2014).

Tendo por base o que atrás foi referido elaborei este guia destinado a todos os

enfermeiros que prestam cuidados ao cliente pediátrico, desde o seu nascimento até

aos 3 anos de vida. A sua finalidade é: promover a qualidade dos cuidados de

enfermagem prestados ao cliente pediátrico, desde o nascimento prematuro aos 3

anos de vida. Os objetivos são:

• Promover o papel do enfermeiro nas transições vivenciadas desde o nascimento da

criança prematura até aos 3 anos de vida;

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• Sublinhar a importância da promoção da parentalidade positiva, impacto na vivên-

cia da mesma e no crescimento e desenvolvimento da criança nascida prematura;

• Sistematizar estratégias promotoras da parentalidade positiva ao longo dos primei-

ros 3 anos de vida da criança nascida prematura.

Este documento está organizado por capítulos. No primeiro, é abordado o concei-

to da Parentalidade positiva, bem como os princípios, recomendações e dificuldades

para o exercício da mesma. O segundo capítulo apresenta a criança, desde o seu

nascimento prematuro até aos 3 anos. Ainda neste capítulo, apresentam-se as com-

petências esperadas durante os 3 primeiros anos de vida, organizadas por faixa etá-

ria, recorrendo à Escala de Avaliação das Competências de Desenvolvimento Infantil

– Schedule Growing Skills II (OE, 2011 a.). O último capítulo consiste na compilação

de cuidados que se traduzem em orientações e estratégias promotoras de uma

parentalidade positiva, não podendo ser encarado como um conjunto de regras rígi-

das a serem obrigatoriamente seguidas. De facto, estas orientações/ estratégias

podem ser colocadas em prática por enfermeiros ou sugeridas por estes aos pais

consoante as necessidades identificadas, tendo em conta a individualidade do clien-

te pediátrico em causa.

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1. FUNDAMENTAÇÃO

1.1. Parentalidade Positiva

A parentalidade e seu exercício assumem uma importância fulcral pela sua

influência no crescimento e desenvolvimento infantil e juvenil e, consequentemente

pela promoção de saúde e bem-estar da criança em particular, e da sociedade em

geral (Gage, Everett, & Bullock, 2006). Assim, compreende-se que a parentalidade

seja descrita como a “tarefa mais desafiante e complexa da vida adulta” (Zigler,

1995, cit. in Cruz, 2013, p. 14).

Várias são as definições de parentalidade, nas quais se salienta o papel parental

no cuidado, educação, segurança, promoção do pleno desenvolvimento e cresci-

mento das crianças. Segundo Bayle (2005, p. 322) “a parentalidade (do latim paretâ-

le) é um processo maturativo que leva a uma restruturação psicoafectiva permitindo

a dois adultos de se tornarem pais, isto é de responder às necessidades físicas,

afectivas e psíquicas do(s) seu(s) filho(s)”. Cruz (2013, p. 14) define parentalidade

como o conjunto de ações realizadas “pelos pais junto dos seus filhos no sentido de

promover o seu desenvolvimento de forma mais plena possível, utilizando para tal os

recursos de que dispõe dentro da família e, fora dela, na comunidade”.

Nesta perspetiva, os pais são os principais responsáveis pela educação das

crianças e constituem-se, também, como a “influência mais crucial na aquisição de

valores pela criança”(Cruz, 2013, p. 14). De facto, pela centralidade do papel paren-

tal, é aos pais que, socialmente é atribuída a responsabilidade pela educação das

crianças e é também aos pais que, pela afetividade dominante no relacionamento, é

atribuída uma posição singular na aquisição de padrões sociais e valores pela crian-

ça. Mais ainda, pela convivência espacial e temporal, é atribuída aos pais a capaci-

dade de monitorizar e compreender o comportamento dos seus filhos (Cruz, 2013).

Canavarro & Pedrosa (2005) seguindo a linha de abordagem da Teoria da Vincu-

lação, sublinham a componente relacional entre pais e filhos, centrando a parentali-

dade na edificação de uma relação entre a criança, que procura segurança, e seus

pais, que lhe oferecem proteção; a parentalidade é vista “como um encontro” ou

como a “aprendizagem de uma dança sincronizada” entre pais e criança (p. 227).

O International Council of Nurses (ICN, 2013, p. 64) define parentalidade como

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Tomar conta: assumir as responsabilidades de ser mãe e/ou pai; comportamentos destinados

a facilitar a incorporação de um recém-nascido na unidade familiar; comportamentos para

optimizar o crescimento e desenvolvimento das crianças; interiorização das expectativas dos

indivíduos, famílias, amigos e sociedade quanto aos comportamentos de papel parental ade-

quados ou inadequados.

Deste último conceito, surgem 3 vertentes: responsabilidade parental, comporta-

mentos parentais e expectativas de quem rodeia pais e criança/jovem perante com-

portamentos parentais “adequados ou inadequados”. No que respeita a comporta-

mentos inadequados, destacam-se situações de maus-tratos ou de agressão (CE,

2006; 2007), mas também comportamentos de superproteção (Bernardo, 2012).

Surge, então, a necessidade de apoiar estes pais e promover uma parentalidade

positiva.

Pelas definições anteriormente apresentadas, denota-se que a parentalidade tem,

na generalidade, uma atitude “positiva e encorajadora”. No entanto, a parentalidade

positiva “reforça o uso do amor, do apoio e de um ambiente de respeito no cresci-

mento da criança” (Lopes M. , 2012, p. 38).

O Conselho Europeu (CE), através da sua 19ª Recomendação, define parentali-

dade positiva como o papel desempenhado pelos pais, no sentido de cuidar e edu-

car os seus filhos, centrando-se na dinâmica pais-criança com o propósito do desen-

volvimento, crescimento e autorrealização desta última. De acordo com esta defini-

ção do CE, o enfoque da parentalidade positiva assenta no desenvolvimento de um

relacionamento positivo e de comportamentos parentais tendo por base o melhor

interesse da criança, reforçando uma atitude não violenta, fortalecendo e nutrindo

com amor mas também proporcionando reconhecimento e orientação através do

estabelecimento de limites a fim de garantir o pleno desenvolvimento da criança

(CE, 2006). Neste sentido, a parentalidade positiva permite que a criança adquira e

reforce a sua autoestima, autoconfiança e participe na otimização do seu crescimen-

to (AAP, 2010). O conceito de parentalidade positiva vem conferir aos pais a respon-

sabilidade pela proteção da criança e respeito pela sua dignidade, mas também,

pela manutenção de um ambiente familiar seguro e acolhedor no qual existe um

empenho mútuo no crescimento e desenvolvimento da criança.

A parentalidade positiva já havia sido descrita em 1996 por Birche (cit. in Fielden

& Gallagher, 2008) como envolvendo um processo de utilização de habilidades

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construtivas e atitudes para apoiar, incentivar e auxiliar no desenvolvimento e gestão

dos comportamentos da criança. Realmente, a parentalidade positiva facilita a com-

preensão dos comportamentos das crianças e, por conseguinte, coadjuva o desen-

volvimento de habilidades na tomada de decisão parental e permite o desenvolvi-

mento de confiança na sua própria parentalidade (Lopes M. , 2012).

O conceito de parentalidade positiva não negligencia o cuidado com os próprios

pais, reconhecendo a necessidade dos mesmos se sentirem bem consigo próprios

e, portanto, incentivando a que mantenham o contacto com amigos e familiares,

mantenham momentos de lazer e hobbies (AAP, 2008).

Princípios e recomendações para o exercício da parentalidade

Assentes na Convenção dos Direitos da Criança e subjacente à parentalidade

positiva estão recomendações e princípios de titularidade de direitos e deveres dos

pais e crianças, em que ambos assumem um potencial natural e pluralista e em que

ambos formam uma parceria fundamental para a otimização do potencial de desen-

volvimento da criança (CE, 2007; Patrício, 2011; MTSS, Concelho Consultivo das

Famílias, 2011).

Os princípios traduzem-se em políticas e medidas de apoio à parentalidade:

1. “Reconhecer todas as crianças e todos os pais como titulares de Direitos e

sujeitos a obrigações;

2. Reconhecer os pais como primeiros e principais responsáveis pela criança

devendo respeitá-la de acordo com os seus direitos. Cabe ao Estado intervir para

proteger a criança;

3. Reconhecer como positiva e necessária a cooperação entre os pais e outros

agentes de socialização das crianças, nomeadamente o próprio Estado;

4. Assegurar que os pais e as crianças sejam envolvidos na elaboração e apli-

cação das políticas e medidas que lhes são destinadas;

5. Promover a igualdade de oportunidades de ambos os progenitores no exercí-

cio da parentalidade positiva, no respeito da sua complementaridade;

6. Reconhecer a necessidade de condições de vida que permitam aos pais a

sua realização pessoal e que sejam adequadas ao exercício da parentalidade positi-

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va, nomeadamente a independência social e económica e o acesso aos bens e

equipamentos de apoio às famílias;

7. Respeitar as diferentes formas de parentalidade e de situações parentais

através de uma abordagem pluralista;

8. Reforçar a parentalidade positiva através de mecanismos incentivadores que

aproveitem o potencial natural dos pais;

9. Conceber os mecanismos de reforço à parentalidade positiva numa perspecti-

va de longo prazo de forma a garantir a sua sustentabilidade;

10. Garantir redes adequadas de apoio à parentalidade positiva com padrões de

qualidade reconhecidos e imparciais e segundo este conjunto de princípios comuns

aos diversos níveis de atuação;

11. Assegurar uma cooperação intersectorial aos diversos níveis iniciando e

coordenando neste domínio as ações dos diferentes agentes envolvidos, com o fim

de aplicar uma política global e coerente;

12. Promover a cooperação internacional e facilitar a troca de conhecimentos,

experiências e boas práticas em matéria de parentalidade positiva”(MTSS, Concelho

Consultivo das Famílias, 2011).

As recomendações para uma parentalidade positiva, de acordo com o CE (2007),

alicerçam-se em diversos documentos nacionais e internacionais (nomeadamente

na Convenção dos Direitos da Criança) e realçam a responsabilidade pela proteção

das crianças e o respeito pelas mesmas, mas também salientam a importância de

um ambiente familiar seguro, acolhedor e estimulante, no qual exista um empenho

recíproco de todos os seus membros. Estas são:

•Compromisso – no qual existe, da parte dos pais, a garantia de cuidados e aten-

ção regular e personalizada aos filhos, atendendo às suas necessidades (CE, 2007).

Esta recomendação toma forma, por exemplo, através do estabelecimento de rotinas

diárias, nas quais os cuidados parentais e o foco na criança permitem que estas se

sintam especiais, contribuindo para a construção da sua autoestima (Patrício, 2011);

•Disciplina assertiva – a educação das crianças deve assentar nos pilares da

assertividade, compreensão e consistência, na qual os pais educam as suas crian-

ças partindo de regras e limites claros, aplicando uma disciplina compassiva, sem

recurso a violência de qualquer tipo (por exemplo, abolindo os castigos corporais)

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(CE, 2007). Esta disciplina, assente na definição de limites, pode ser transposta para

os limites estabelecidos por rolos e ninhos de posicionamento que rodeiam e organi-

zam o RNPT, mas também pelo aconchego do colo e do toque que acalmam e o

tranquilizam. As atitudes menos corretas devem ser identificadas e corrigidas, tendo

em mente que o afeto entre pais e criança não sofre quaisquer alterações e que

haverá, em algumas situações, uma incompreensão e irritação por parte da criança

(Patrício, 2011);

•Ambiente emocional – ou seja, é assegurado um ambiente de apreço e caloroso,

interessante e estimulante, mas também responsivo, com reconhecimento pelas

capacidades, competências e comportamentos;

•Ambiente físico – no qual os pais procuram promover um ambiente físico saudável

e organizado, onde as condições de segurança e de sanidade necessárias ao

desenvolvimento integral da criança são garantidas;

•Sentido de inclusão na família – as crianças são reconhecidas como membros

integrantes da família (nuclear e/ou alargada), na qual, é-lhes assegurado, pelos

seus pais, o sentimento de pertença e o direito à participação na vida familiar;

•Confiança mutua – através do desenvolvimento de uma relação de proximidade,

pais e criança devem olhar-se mutuamente como pessoas;

•Exemplos positivos – os pais devem constituir-se como modelos para as crianças,

seja através de comportamentos, mas também através da transmissão de pensa-

mentos emocionalmente saudáveis;

•Orientação e instrução – para os pais, é essencial investir e desenvolver as suas

competências parentais, numa base permanente, no sentido de auxiliarem os seus

filhos a encontrarem objetivos motivadores e, consequentemente auxiliarem no

desenvolvimento da autonomia (através da resolução de situações e da exploração

do meio, sem serem substituídos pelos pais) e responsabilização pelas consequên-

cias das suas ações (CE, 2007; Patrício, 2011).

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Dificuldades dos pais de crianças prematuras no exercício da Parentalidade

Positiva

A experiência da parentalidade não se resume apenas a um direito ou aos deve-

res e responsabilidades dos pais, mas imiscui-se nas suas próprias experiências

como filhos e, acima de tudo, como pessoas expectantes em relação ao seu próprio

desempenho. Aliás, “a consciência de que cuidar e educar um filho não constituem

tarefas inatas, remete para o esforço necessário na adaptação à singularidade de

cada criança e ao exercício da parentalidade, influenciado pelos diferentes contextos

familiares e sociais” (Patrício, 2011, p. 12).

Tornar-se pai/mãe não diz respeito apenas ao aumento dos elementos da família,

mas também a novos papéis e responsabilidades bem como a alterações nas rela-

ções entre os membros dessa família. Neste sentido, a transição para tornar-se pai

ou mãe pode apresentar-se como um evento especialmente crítico, pois prolonga-se

ao longo do tempo e o seu grau de sucesso tem implicações não só nos próprios

pais mas igualmente na saúde e desenvolvimento dos seus filhos.

O nascimento de uma criança prematura assume-se como um marco na vida de

uma família, assinalando uma fase de transição do ciclo evolutivo parental e familiar.

Tal constitui-se como uma fonte de stress expectável e normativo, a que é acrescido

um novo membro à família, levando a que haja a necessidade de adaptação aos

diferentes estádios de desenvolvimento da criança, factos que também exigem uma

redefinição de papéis e de identidade parental (Canavarro & Pedrosa, 2005).

Quando o nascimento é prematuro verifica-se uma componente emocional inten-

sificada associada a esta precocidade e ao internamento do RNPT em Unidades de

Cuidados Intensivos e Intermédios Neonatais (UCIIN). Estas unidades, onde os

RNPT permanecem até adquirirem uma estabilidade hemodinâmica, um desenvol-

vimento e maturação que lhes possibilite crescer no seu ambiente familiar, são fre-

quentemente descritas como assustadoras, porque estão repletas de monitores, ruí-

dos e alarmes, nas quais se inserem as crianças frágeis, imaturas e indefesas

rodeadas por fios e aparelhos essenciais à sua sobrevivência (Gomes, 2013). Para

os pais, permanecer na UCIIN assume contornos peculiares, pois pelas característi-

cas do ambiente, os pais podem experienciar medo, ansiedade e impotência mas,

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acima de tudo e, dependendo da situação clínica da criança, pode haver a impossi-

bilidade de tocar, sentir e aconchegar o próprio filho (Gomes, 2013).

Durante o internamento na UCIIN e, em função da estabilidade hemodinâmica, do

crescimento e desenvolvimento, as potencialidades do RNPT vão-se revelando um

estímulo à interação e participação ativa dos pais nos cuidados à criança. O incenti-

vo à permanência dos pais e prestação de cuidados, no âmbito das suas possibili-

dades e competências, devem ser estimulados, com o objetivo do estabelecimento

de uma relação precoce pais-criança. Estimular o toque, o aleitamento materno ou o

método canguru são formas de contacto que irão reforçar as relações pais-filhos.

Estes cuidados podem ser iniciados pelos pais de forma lenta, tanto pelo medo de

tocar no bebé visto como frágil e imaturo, mas também por se sentirem incapazes de

lhes prestar cuidados, pois não se consideram detentores de conhecimentos e com-

petências.

Apesar da expectativa parental em relação aos enfermeiros, no sentido destes

prestarem cuidados de forma competente, atenta e carinhosa (Magalhães, 2011), tal

não significa que haja uma substituição dos pais nos cuidados que estes podem e

querem prestar. Espera-se que além dos cuidados de enfermagem necessários, os

enfermeiros sejam pró-ativos no fornecimento de informação pertinente aos pais,

estimulando e contribuindo para a manutenção do seu papel parental, participação e

tomada de decisão nos cuidados, uma vez que a falta de informação é um dos aspe-

tos mais preocupantes e ansiogénicos para os pais (Magalhães, 2011). Os enfermei-

ros agem como intermediários mas acima de tudo como colaboradores, com vista à

autonomia parental. Esta partilha de conhecimentos e experiências, dos enfermeiros

com os pais, possibilita um entendimento do RNPT, facilitando a transição e aquisi-

ção dos papéis parentais e, consequentemente o planeamento de alta e continuida-

de dos cuidados em casa (Meleis, 2010).

A ideia de fragilidade do RNPT tende a manter-se nos primeiros anos de vida da

criança, podendo levar a uma superproteção dificultadora do seu desenvolvimento

normal. Segundo Cunha e Cordeiro, cada vez mais são concentradas grandes

expectativas e recursos nas crianças prematuras, observando-se que são frequen-

temente rodeadas por adultos que as substituem em todas as dificuldades estimu-

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lando uma componente omnipotente da sua personalidade, que futuramente traz

dificuldade na gestão da frustração da criança (Cunha, 2006; Cordeiro, 2013). Esta

concentração de expectativas e de recursos, aliada à visão de fragilidade do RNPT e

à componente emocional associada ao nascimento antecipado, leva a dificuldades

no exercício de uma parentalidade positiva, traduzida por uma superproteção das

crianças. Este facto conduz a uma limitação das atividades de exploração e experi-

mentação da criança através de brinquedos e brincadeiras, normalmente mais infan-

tis relativamente à sua faixa etária (Bernardo, 2012), o que inevitavelmente pode

comprometer o seu desenvolvimento.

Da mesma forma, famílias que são em si mesmas isoladas ou que impõem à

criança fronteiras demasiado estanques são incapazes de mediar a relação entre a

criança e o meio que a circunda, limitando igualmente as suas capacidades de

exploração e aprendizagem (Cruz, 2013).

Os primeiros 3 anos de vida são essenciais e extraordinários no que respeita ao

desenvolvimento, crescimento e aquisição de competências, estando estas relacio-

nadas com a interação da criança com o meio ambiente e com o investimento paren-

tal. Este é considerado um período de transição importante para o cliente pediátrico,

pelas aquisições sequenciais no desenvolvimento das crianças, devendo ser acom-

panhadas e estimuladas. Impõe-se, então, aos pais redefinirem os seus papéis pela

necessidade de adaptação aos diferentes estádios de desenvolvimento da criança,

pois têm responsabilidade e oportunidade para ajudar a criança a atingir o seu

potencial de desenvolvimento (Lopes M. , 2012).

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1.2. A criança prematura

Segundo a World Health Organization (WHO, 2012) em 2010, 1 em cada 10 RN

do mundo foram prematuros e destes, mais de 1 milhão faleceu em consequência

da prematuridade. Em Portugal e só em 2012, 8% dos recém-nascidos foram prema-

turos, dos quais, 1% nasceu antes das 32 semanas de idade gestacional (IG) (INE,

2013). A prematuridade é considerada a segunda causa de morte infantil abaixo dos

5 anos de idade e a principal causa de morte durante o primeiro mês de vida (WHO,

2012). É também importante realçar que muitos dos RNPT sobreviventes, viverão

com sequelas de maior ou menor gravidade, estando esta relacionada com a IG13.

Percebe-se então a razão pela qual a prematuridade é considerada uma prioridade

na saúde pública (WHO, 2012).

Apesar de nascerem pequenos e de aspeto frágil, os padrões a nível de cresci-

mento e desenvolvimento do RNPT, além de definidos e previsíveis, processam-se

de forma contínua, ordenada e progressiva, sendo realizados por cada criança de

forma única e pessoal, desde a concepção e, posteriormente, após o seu nascimen-

to (DGS, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014). A avaliação estato-ponderal do RNPT

não se limita apenas ao momento do nascimento, mas pode e deve ser prolongada,

nas consultas de vigilância de saúde infantil, conforme calendarizado pelo Plano

Nacional de Saúde Infantil e Juvenil (DGS, 2013).

Entre as 36 e as 40 semanas de idade corrigida14 (IC) existe um crescimento físi-

co mais acelerado e, após este período verifica-se um crescimento de recuperação

denominado “catch-up growth” durante os primeiros 2 a 3 anos de vida, inicialmente

em relação ao perímetro cefálico e, posteriormente ao peso e à estatura. Findo este

período, as crianças nascidas prematuras acompanham o crescimento das crianças

nascidas de termo, apresentando valores antropométricos dentro dos limites da

normalidade (Secção de Neonatologia - SPP, 2008).

13 A IG é de grande utilidade, uma vez que permite antever problemas relacionados com a prematuridade e com a consequente imaturidade do RN

14 Idade que a criança, nascida prematura, teria se nascesse de uma gravidez de 40 semanas (termo) e que permite traçar um paralelismo entre recém-nascidos de termo e prematuros

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É de realçar que o neurodesenvolvimento do RNPT está intimamente relacionado

com a IG, é influenciado por fatores ambientais, nomeadamente pelo ambiente hos-

pitalar, pelo contacto com os pais e família. As aquisições deste âmbito (por exem-

plo, sorrir, gatinhar e falar) ocorrem, nas crianças nascidas prematuras, de acordo

com a IC, devendo a sua avaliação ser feita desse modo até aos 2-3 anos (Secção

de Neonatologia - SPP, 2008; DGS, 2013). Alguns problemas relacionados com o

neurodesenvolvimento surgem precocemente, enquanto outros só se tornam eviden-

tes ao fim de vários meses ou anos (Secção de Neonatologia - SPP, 2008).

O período compreendido entre 1 – 3 anos de vida é frequentemente descrito

como um período de intensa exploração do ambiente, durante o qual a curiosidade

pelo funcionamento dos objetos assume-se como uma atividade constante. Neste

período de crescimento e desenvolvimento, as crianças recorrem a períodos de

mau-humor/ birras, negativismo e teimosia para explorar as suas relações com o

outro e, desta forma, tentar obter algum controlo sobre o mesmo. As relações pais-

crianças são especialmente importantes, durante as quais se conhecem mutuamen-

te e ocorre uma preponderante conquista do desenvolvimento intelectual

(Hockenberry & Wilson, 2014).

O recém-nascido prematuro

Por definição, RNPT é todo o indivíduo que nasce antes das 37 semanas de IG,

sendo a etiologia da prematuridade complexa e multifactorial (Tamez, 2013). A IG irá

ditar maiores ou menores consequências da prematuridade, sendo tanto mais gra-

ves quanto menor a idade gestacional (Hockenberry & Wilson, 2014), factos que

conduzem, na grande maioria dos casos, ao prolongamento da estadia do recém-

nascido em contexto hospitalar, nomeadamente em UCIIN.

O crescimento e desenvolvimento do RNPT assumem características próprias,

muito dependentes da IG e pode ser avaliado através da maturidade neuromuscular

e física no momento do nascimento (Anexo 1). Neste momento é também possível

classificar o RNPT pelo peso15 e pela relação peso-IG (Anexo 2). A avaliação do

15 Em relação ao peso, a classificação divide-se entre baixo peso (peso ao nascer ≤2500g), muito baixo peso (peso ao nascer ≤1500g), extremo baixo peso (peso ao nascer ≤1000g) ou macrossómico (peso ao nascer ≥4000g).

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17

desenvolvimento ponderal no RNPT remete à necessidade da utilização de curvas

de referência próprias (Anexo 3)16, que proporcionam uma avaliação desde as

24semanas de IG até às 10semanas pós-termo, refletindo o estado nutricional

intrauterino.

O meio intrauterino é o mais adequado ao desenvolvimento e maturação de todas

as estruturas fisiológicas necessárias à sobrevivência do RN, sendo através do cor-

dão umbilical e da placenta que o feto obtém todos os nutrientes e assegura as tro-

cas gasosas de que precisa.

Um desenvolvimento cardiopulmonar adequado é fundamental à sobrevivência do

recém-nascido, essencialmente do RNPT. O coração está completamente formado

nas primeiras 8 semanas de gestação, pelo que o nascimento prematuro não irá

influenciar o seu desenvolvimento. É de salientar que o sistema cardiovascular tem

uma organização distinta nos meios intra e extrauterinos e que o seu funcionamento

atua de forma coordenada com o aparelho respiratório. Impõe-se uma adaptação ao

meio extrauterino que pode condicionar a estabilidade hemodinâmica, pela imaturi-

dade e incapacidade do sistema cardiovascular para impulsionar todo o volume

hemático, regular tensão arterial ou volume extracelular, mas também pela incapaci-

dade pulmonar para assegurar as trocas gasosas necessárias ao crescimento e

desenvolvimento de um organismo imaturo e com elevados gastos energéticos

(Secção de Neonatologia - SPP, 2008; Tamez, 2013).

A circulação cerebral do RNPT é “pressão-passiva”, ou seja, o fluxo sanguíneo é

diretamente dependente da pressão arterial sistêmica. Pela imaturidade cardiovas-

cular anteriormente referida, eleva-se o risco de várias lesões cerebrais no RNPT,

sendo tanto mais graves quanto menor for a IG (Secção de Neonatologia - SPP,

2008; Tamez, 2013).

16 As curvas para avaliação do crescimento de crianças nascidas prematuras recomendadas atualmente pela Secção de Neonatologia da Sociedade Portuguesa de Pediatria são as curvas padrão de Fenton & Kim (2013), uma vez que proporciona uma comparação com o crescimento do feto da mesma IG (Secção de Neonatologia - SPP, 2013). Estas curvas, adequadas a um seguimento até às 50semanas pós-concecionais, encontram conti-nuidade nas escalas atuais mais próximas ao padrão, elaboradas pela WHO e adotadas pelo Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil (Secção de Neonatologia - SPP, 2013). Estas últimas escalas, apesar de produzidas para monitorizar o crescimento de crianças de termo até aos 5 anos, têm sido recomendadas em crianças nasci-das prematuras, devendo para o efeito ser usada a IC e não a idade real (Secção de Neonatologia - SPP, 2013).

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18

A pele do RNPT é indicativa da sua IG. Quanto menor for a IG, mais fina e gelati-

nosa é a pele. Esta oferece uma menor barreira e proteção às agressões do meio

ambiente, de agentes químicos, terapêuticas e até mecânicas (por exemplo, remo-

ção de adesivos, uso de ventilação mecânica,Z). Além destas características, é fre-

quente os RNPT apresentarem edema subcutâneo, o que proporciona uma diminui-

ção da circulação sanguínea e, consequentemente um maior risco de lesão da pele

(Tamez, 2013). Da mesma forma, a função termorreguladora está alterada, não só

pela espessura da pele, mas também pela ausência de tecido adiposo (Tamez,

2013). Esta dificuldade na regulação térmica do RNPT deve-se também a uma

superfície corporal relativamente grande em relação ao seu peso e a um metabolis-

mo limitado para a produção de energia e calor. A instabilidade térmica, exemplifica-

da por hipotermia ou hipertermia, traz consequências hemodinâmicas como bradi-

cardia ou taquicardia, dispneia, irritabilidade, entre outras (Tamez, 2013). Neste sen-

tido, os cuidados à pele do RNPT devem ser tidos em conta no planeamento dos

cuidados à criança, nomeadamente a gestão do vestuário e cuidados de higiene,

pois a sua função de relação mantém-se presente (Tamez, 2013).

A organização postural num ambiente muito diferente do intrauterino assume-se

como um grande desafio ao RNPT. Este, pelo seu tónus muscular ainda pouco

desenvolvido mas presente, apresenta-se maioritariamente hipotónico e hipocinético

(Hockenberry & Wilson, 2014). A otimização do posicionamento, não apenas para

conforto, deve ser efetivada no sentido da proteção da pele, mas também da promo-

ção de um desenvolvimento neuromotor, da estabilidade hemodinâmica e de segu-

rança. Portanto, um posicionamento em flexão, contenção e promotor de um ali-

nhamento à linha média do RN, semelhante à posição fetal proporciona uma capaci-

dade de auto-organização, importante para minimizar o stress e promover a estabili-

dade fisiológica (Vasconcellos, 2012; Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014).

Após o nascimento, pela sua imaturidade e necessidade imediata de cuidados, o

RNPT é sujeito a inúmeros estímulos hostis, desde procedimentos técnicos, a ruídos

e luzes intensas que muito contribuem para a sua instabilidade hemodinâmica

(Tamez, 2013). Realmente, o RNPT pode vir a sofrer alterações no seu desenvolvi-

mento como resultado de unidades de cuidados intensivos demasiado estimulantes

para as suas capacidades de integração do meio que o rodeia, uma vez que tam-

bém o seu sistema nervoso é imaturo (Tamez, 2013). Impõe-se uma prestação de

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19

cuidados individualizada, respeitando os ciclos de sono e repouso da criança, privi-

legiando uma manipulação mínima e a promoção do conforto, por exemplo, através

da gestão de procedimentos invasivos (concentrando-os sempre que possível nos

períodos de alerta), de luminosidade e de ruído.

Com os procedimentos invasivos ocorrem os primeiros episódios de dor. Apesar

de durante muito tempo ter perdurado a noção de que RN não sentiam dor, o facto é

que as estruturas responsáveis por esta sensação estão presentes entre o primeiro

e segundo trimestre de gestação (Tamez, 2013). Desta forma, torna-se importante

objetivar a dor, através de escalas apropriadas, e intervir na gestão da mesma. Além

das medidas de conforto anteriormente referidas, pode ser colocado em prática o

uso de solução açucarada juntamente com sucção não nutritiva, o toque/ contenção

e o método Canguru. Este último, constituindo-se como uma intervenção autónoma

do enfermeiro, além da promoção de conforto e da vinculação mãe/pai – RNPT, é

uma medida que diminui os períodos de choro e agitação, proporciona uma estabili-

dade fisiológica, através da manutenção de uma temperatura corporal, frequência

cardíaca e oxigenação estáveis, bem como ciclos de sono profundo e aumento de

peso corporal (OE, 2013; Tamez, 2013).

Uma das últimas competências adquiridas pelos RNPT é a alimentação (Apêndi-

ce1), constituindo-se como um pré-requisito para a sobrevivência de qualquer crian-

ça (Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014). A nutrição, compreendendo-a como

o suprimento de necessidades metabólicas e energéticas, é fundamental para um

crescimento e desenvolvimento adequados, nomeadamente através da manutenção

de uma massa corporal e densidade óssea adequadas. A American Association of

Pediatrics (AAP) recomenda para o RNPT um aporte nutricional que permita um

crescimento semelhante ao que ocorreria em meio intrauterino, pelo que as exigên-

cias nutricionais são específicas destas crianças (Tamez, 2013; Hockenberry &

Wilson, 2014). Porém, nem sempre a regulação fisiológica e as funções de sucção –

deglutição – respiração envolvidas na alimentação se coordenam da melhor manei-

ra, pelo que é importante conhecer e monitorizar as competências oro-motoras e de

autorregulação dos RNPT, com o objetivo de estabelecer um plano de ação indivi-

dualizado para cada criança.

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O leite materno é o melhor alimento para qualquer criança, até aos 6 meses de

vida, sendo mundialmente reconhecidas as suas inúmeras vantagens (Levy &

Bértolo, 2012). Todavia, a nutrição dos RNPT é apenas um aspeto da alimentação.

Conter, embalar e acariciar a criança durante a alimentação atribui uma componente

emocional à alimentação, mas também assume-se como um cuidado organizador

dos processos mentais e posturais do RNPT (Tamez, 2013).

O lactente até aos 12 meses

No primeiro ano de vida ocorre um grande crescimento estato-ponderal: o peso

de nascimento poderá triplicar (ou mais) e o comprimento de nascimento pode

aumentar em cerca de 50%, ocorrendo em todos os sistemas orgânicos uma matu-

ração progressiva (Hockenberry & Wilson, 2014). No RNPT este crescimento poderá

ser mais lento e está muito dependente do peso, comprimento e perímetro cefálico

no momento do nascimento (Tamez, 2013).

A nível do desenvolvimento motor, cognitivo e social existe uma rápida evolução

durante o primeiro ano de vida, na qual os pais têm uma especial importância. É

devido à interação mútua com os seus cuidadores, pela progressiva mobilidade e

expressão oral, que a criança desenvolve um sentimento de confiança no meio que

a rodeia, iniciando a construção de alicerces para relações interpessoais futuras

(Hockenberry & Wilson, 2014).

Este primeiro ano corresponde a um período em que a plasticidade neural, a

adaptação e resposta a novos estímulos permitem um desenvolvimento em função

das suas experiências, daí a importância de começar a estabelecer rotinas e regras

(AAP, 2008).

De acordo com a Escala de Avaliação das Competências no Desenvolvimento

Infantil – Schedule of Growing Skills II – as aquisições a serem apresentadas/ adqui-

ridas, podem ser organizadas por áreas de competências, as quais se apresentam

seguidamente:

•1 Mês:

Quando em posição dorsal, a cabeça fica centrada na linha média relativamen-

te ao tronco;

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Em suspensão ventral, a cabeça fica alinhada com o corpo, ancas em semi-

extensão;

Quando é puxado para sentar, ocorre uma queda considerável da cabeça e um

controlo momentâneo da mesma quando o corpo está na vertical (antes da queda);

Em decúbito ventral, a criança coloca a cabeça de lado, flete os membros,

apresentando as ancas moderadamente levantadas e os cotovelos afastados do

tronco;

Apresenta mãos fechadas e o polegar fletido;

Fixa, por breves momentos, uma bola a cerca de 30 centímetros de distância;

Consegue fixar e seguir um objeto que oscila num movimento pendular de 90º;

Faz sons guturais ocasionalmente;

Sorri em resultado da interação social.

•3 Meses:

Em suspensão ventral, mantém a cabeça acima do tronco, ancas e ombros em

extensão;

Quando puxado para sentar, ocorre pouca queda da cabeça;

Na posição de sentado, apresenta o dorso moderadamente curvado, levantan-

do momentaneamente a cabeça;

Em decúbito ventral, é capaz de levantar a cabeça e a parte superior do tronco,

apoiando-se nos antebraços e mantendo as ancas no plano de apoio;

Olha para as mãos, brincando com os dedos;

Junta as mãos, apertando as palmas uma contra a outra;

Consegue fixar e seguir um objeto que oscila num movimento pendular de 180º;

Converge os olhos perante a aproximação de um objeto;

Responde à voz e som suave;

Vocaliza quando satisfeito;

Responde positivamente ao tratamento carinhoso;

Demonstra agrado pela hora do banho e dos cuidados diários.

•6 Meses:

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Quando em posição dorsal, consegue levantar as pernas na vertical e agarrar

os pés;

Quando puxado pelas mãos, faz força para se sentar;

Em decúbito ventral, é capaz de suportar o peso do corpo sobre os braços

estendidos com as palmas das mãos abertas;

Mantém-se sentado sem apoio, embora apenas por curtos momentos;

Quando colocada em pé, a criança suporta algum peso do seu corpo;

Apresenta preensão palmar, usando toda a mão;

Transfere objetos de uma mão para outra;

Observa o objeto que cai, mas não o procura com o olhar;

Olha em direção ao som da voz dos pais e outras fontes sonoras;

Ri, sorri e grita enquanto brinca;

Leva tudo à boca;

Quando lhe é oferecida uma roca, agarra-a e abana-a até obter som;

Leva as mãos ao biberão durante a alimentação, segurando-o.

•8 Meses:

Em decúbito ventral, consegue adotar a posição de gatinhar;

Mantém-se sentado, sem apoio, por períodos de pelo menos 10 segundos;

Quando colocada em pé, a criança suporta o peso do seu corpo;

Segura 2 cubos, um em cada mão, conseguindo juntá-los;

Observa o objeto que cai, procurando-o no local correto com o olhar;

Procura o objeto/ brinquedo perdido;

Reconhece os sons do quotidiano;

Palra continuamente e de forma melodiosa, variando a entoação da voz;

Encontra um objeto parcialmente escondido;

Agarra a colher.

•10 Meses:

Consegue sentar-se, partindo do decúbito ventral ou dorsal;

Mantém-se em pé, ainda que agarrado;

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Rebola e contorce-se para se deslocar;

Para se deslocar, tenta gatinhar ou rastejar (às vezes para trás e na posição de

sentado);

Já adquiriu a capacidade de pinça fina, ainda que imperfeita;

Observa, de forma interessada, o movimento de pessoas ou objetos à distância

(por exemplo, através de uma janela);

Compreende o significado das palavras “não” e “adeus”;

Imita os sons produzidos pelos adultos (tosse, estala os lábios);

Fica aborrecido quando contrariado;

Segura, morde e mastiga pequenos pedaços de alimentos (por exemplo, bola-

chas).

•12 Meses:

Consegue pôr-se em pé, agarrado à mobília;

Caminha pela mão, ou sozinho desde que agarrado ao mobiliário ou brinquedos

com rodas);

Preensão de pinça fina perfeita;

Lança brinquedos para o chão, de forma intencional;

Aponta, com o indicador e com precisão, para um pequeno objeto;

Aponta com o dedo para objetos distantes;

Reconhece o seu próprio nome;

Compreende os nomes de objetos e pessoas que lhe são familiares;

Usa “jargão” frequentemente, recorrendo a vogais e consoantes;

Utiliza uma palavra com significado;

Bate palmas, diz adeus e faz outras gracinhas;

Demonstra curiosidade pelas pessoas, objetos e situações que o rodeiam;

Encontra rapidamente o objeto escondido;

Bebe por um copo, ainda que com ajuda;

Segura a colher, mas não a utiliza.

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Do 1º ao 2º Ano de vida

A partir do segundo ano de vida, o crescimento estato-ponderal mantém-se cons-

tante, apesar da ocorrência de uma desaceleração relativamente ao primeiro ano.

Em geral, a altura da criança de 2 anos representa metade da estatura que terá na

idade adulta. A fontanela anterior encerra entre os 15 e os 18 meses, observando-se

também uma lentificação no crescimento do perímetro cefálico, com um aumento de

cerca de 2,5 cm entre os 12 e os 24 meses. Em decorrência deste desaceleramento

no crescimento, verifica-se uma diminuição do apetite, sendo o mesmo descrito

como anorexia fisiológica do 2º ano (Hockenberry & Wilson, 2014).

Com a aquisição da capacidade para se movimentar, a criança adquire um senti-

mento de independência e de curiosidade para explorar o meio, objetos, brinquedos

e novas pessoas. Nesta faixa etária, as respostas da criança podem frequentemente

incluir períodos de “birras”, mau-humor, negativismo e teimosia, os quais podem ser

desafiantes para os pais e crianças, em que ambos tentam conhecer-se mutuamen-

te (Hockenberry & Wilson, 2014).

Por esta autonomia crescente e curiosidade inerente, o risco de acidentes aumen-

ta consideravelmente, exigindo aos pais atenção redobrada no que respeita à segu-

rança das crianças (AAP, 2008; CDC, 2015).

De acordo com a Escala de Avaliação das Competências no Desenvolvimento

Infantil – Schedule of Growing Skill II – as aquisições a serem apresentadas/ adqui-

ridas são:

•15 Meses:

Consegue caminhar sozinha, apresentando pés afastados e braços levantados

para se equilibrar;

Consegue construir uma torre de 2 cubos;

Rabisca um desenho, movimentando o lápis de um lado para o outro;

Começa a mostrar interesse por imagens;

Quando solicitado, consegue escolher 2 objetos de entre um grupo de 4;

Comunica utilizando gestos e vocalizações;

Usa mais de 7 palavras com significado;

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Imita atividades simples da vida quotidiana;

Explora as propriedades e funcionalidades dos brinquedos e outros objetos;

Brinca sozinha, mas perto de um familiar;

Segura a colher e leva-a à boca, mas não consegue evitar que entorne;

Indica quando precisa trocar a fralda (chora ou contorce-se).

•18 Meses:

Anda sozinho e bem, apenas com um ligeiro afastamento de pés, conseguindo

parar subitamente e contornar esquinas;

Consegue apanhar um objeto do chão, sem cair;

Corre de forma confiante, para e recomeça de forma cautelosa, evitando os

obstáculos;

Sobe escadas gatinhando;

Consegue construir uma torre de 3 cubos;

É capaz de virar várias páginas (em simultâneo) de um livro;

Faz rabiscos circulares;

Reconhece detalhes em livros e imagens;

Identifica 2 partes do seu corpo (nariz e mãos);

Identifica partes do corpo de uma boneca (por exemplo, olhos e barriga);

Tenta repetir palavras ditas por outros;

Quando contrariado, demonstra-se rebelde e resistente;

Brinca com destreza;

Chuta uma bola pequena;

Segura no copo com ambas as mãos e bebe, com pequeno desperdício;

Come com colher sem entornar;

Antecipa a necessidade de cuidados de higiene com vocalizações ou agitação.

•24 Meses:

Salta, levantando os 2 pés do chão;

Sobe e desce as escadas pela mão, com os 2 pés no mesmo degrau;

É capaz de virar as páginas de um livro, uma de cada vez;

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Consegue construir uma torre de 4-6 cubos;

Imita uma linha vertical e/ou horizontal;

Consegue completar um Quadro de Encaixes com formas geométricas;

Consegue completar um Quadro de Encaixes com peixes;

Executa uma ordem com 2 ações;

Compreende os verbos/ ações contidas em imagens;

Junta 2 ou mais palavras para formar frases simples;

Nomeia pessoas e objetos familiares;

Fala numa linguagem habitualmente compreendida pela mãe;

Brinca com outras crianças, mas sem partilhar os seus brinquedos;

Bebe pelo copo (sem desperdício) e coloca-o na mesa sem dificuldade;

Mantém a fralda seca durante o dia;

Verbaliza a necessidade de cuidados de higiene, atempadamente.

Do 2º ao 3º Ano de vida

Em termos de crescimento físico, observa-se que aproximadamente aos 2,5 anos

de vida a criança quadruplica o seu peso de nascimento. A estatura aumenta gra-

dualmente, enquanto o aumento do perímetro cefálico lentifica-se ainda mais que no

ano anterior (Hockenberry & Wilson, 2014).

Os sentidos de audição, olfato, paladar e tato estão completamente desenvolvidos

e coordenados entre si, permitindo explorar o ambiente e os brinquedos/ objetos.

Nesta altura, dado o desenvolvimento do paladar e o facto da dentição primária estar

completa, a criança exibe as suas preferências alimentares, tendo menor disposição

para experimentar novos alimentos, recusando-os unicamente pelo seu aspeto ou

cheiro (Hockenberry & Wilson, 2014).

Depois de todas as aquisições obtidas até então pela criança, do segundo ao ter-

ceiro ano de vida inicia-se a fase do pensamento egocêntrico, no qual a compreen-

são das situações é perspetivada em função apenas do seu ponto de vista, centran-

do-se somente nas suas próprias ações (Hockenberry & Wilson, 2014; CDC, 2015).

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De acordo com a Escala de Avaliação das Competências no Desenvolvimento

Infantil – Schedule of Growing Skills II – as aquisições a serem apresentadas/ adqui-

ridas são:

•30 Meses:

Anda em bicos de pés;

Sobe as escadas sozinho (alternando os pés), mas desce com os 2 pés no

mesmo degrau;

Consegue construir uma torre de 7 (ou mais) cubos;

É capaz de imitar um círculo;

Reconhece pequenos detalhes numa imagem;

Compreende as funções dos objetos, utilizando imagens;

Mostra compreender preposições;

Utiliza pronomes interrogativos e 2 pronomes pessoais (por exemplo: “eu”, “tu”);

Consegue manter conversas simples e descrever acontecimentos (ainda que

de forma imprecisa);

Brinca com outras crianças, já partilhando os seus brinquedos;

Atira uma bola pequena com o braço erguido;

Come perfeitamente com a colher;

Mantém a fralda seca durante a noite;

•36 Meses:

Corre em bicos de pés;

É capaz de saltar num pé, pelo menos 3 vezes;

Consegue colocar 10 pinos dentro de uma chávena (em 30 segundos);

Consegue copiar uma ponte, construída com cubos, após exemplificação;

É capaz de imitar uma cruz;

Desenha a cabeça e uma parte do corpo humano;

Combina 2 cores (geralmente o amarelo e vermelho; confunde o verde e azul);

Compreende adjetivos de tamanho e negativos;

Conhece algumas cantigas infantis ou anúncios comerciais;

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Descreve de forma apropriada um evento recente;

Demonstra preocupação pelos irmãos e amigos de brincadeiras;

Ajuda ativamente irmãos e amigos de brincadeiras;

Aguarda pela sua vez nas brincadeiras;

Come perfeitamente com a colher e o garfo;

Lava as mãos;

Veste-se e despe-se sozinho (desde que a roupa não tenha botões e fechos).

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2. ESTRATÉGIAS PROMOTORAS DA PARENTALIDADE POSITIVA NOS PAIS DE

RNPT

“A parentalidade positiva é um projeto de saúde para os pais e crianças e o apoio

de enfermagem pode visar a promoção da confiança dos pais, a ajuda nas suas difi-

culdades e a educação de comportamentos saudáveis” (Lopes M. , 2012, p. 75).

Para esta autora (2012), os enfermeiros devem também colaborar no processo de

aquisição de competências para cada fase do desenvolvimento da criança.

Desta forma, o papel do Enfermeiro Especialista de Saúde da Criança e do Jovem

reveste-se de especial importância pois presta cuidados específicos de acordo com

as etapas do ciclo de vida e de desenvolvimento da criança/jovem, promove e forne-

ce antecipadamente orientações às famílias no sentido de maximizar o potencial do

desenvolvimento infantil (OE, 2011 b.). É também responsabilidade do enfermeiro a

aquisição de conhecimentos e de habilidades que lhe permitam avaliar a família e

responder às suas necessidades, nomeadamente no âmbito da adaptação às

mudanças na saúde e dinâmica familiar”, capacitando os pais para o exercício das

suas funções parentais (OE, 2011 b., p. 8653; Cruz, 2013).

Estas funções parentais são concretizadas pela “Satisfação das necessidades

mais básicas de sobrevivência e saúde”, mas também pela disponibilização “de um

mundo físico organizado e previsível” no qual o espaço, os objetos e o convívio per-

mitam o estabelecimento de rotinas e de estímulos adequados ao desenvolvimento

da criança (Cruz, 2013, p. 14). A mesma autora aponta também para a “resposta às

necessidades de compreensão cognitiva das realidades extrafamiliares” (p. 14)

como função parental, na qual os pais apresentam, interpretam e são mediadores do

mundo que os rodeia e a criança. Tal função, leva a que a criança contacte, interaja,

explore e conheça o mundo (físico e social) que a rodeia (Cruz, 2013).

No caso do RNPT e, em consequência da permanência em UCIIN, surge a certe-

za de que o internamento pode ser uma oportunidade para promover e educar no

sentido da saúde, junto aos pais (Magalhães, 2011). Realmente, a prematuridade e

as características específicas de cada RNPT, pode ser uma motivação acrescida

para a aprendizagem e para a adoção de comportamentos promotores de saúde,

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bem como adoção de comportamentos condutores a uma parentalidade positiva

(Pender, Murdaugh, & Pars, 2006). Também o feedback e orientação proporcionada

pelos enfermeiros, na resposta aos cuidados prestados e dúvidas parentais apresen-

tadas, podem ser encarados como facilitadores desta transição, uma vez que pro-

movem a sua adaptação a novas situações, são construtores de uma identidade de

cuidador por parte dos pais e promovem a sua autonomia.

Em suma, e de acordo com a literatura consultada, os focos de atenção do

enfermeiro e as estratégias promotoras de uma parentalidade positiva dizem respei-

to a cuidados e atitudes que consistem na capacitação dos pais para a parentalida-

de; no comportamento, desenvolvimento e estimulação da criança; na interação

pais-criança; na segurança e saúde da criança; na disciplina positiva e na constru-

ção de capital social17 (Lopes, Catarino, & Dixe, Parentalidade Positiva e

Enfermagem: Revisão Sistemática da Literatura, 2010).

Estes cuidados podem ser adotados e/ou ensinados pelos enfermeiros aos pais

durante a sua prestação de cuidados à criança nascida prematura, desde o seu nas-

cimento até aos 3 anos de vida. Tais cuidados têm a finalidade de promover a

parentalidade positiva, a promoção de comportamentos saudáveis por parte do

cliente pediátrico, bem como promover um adequado crescimento e desenvolvimen-

to destas crianças. Para tal, considera-se essencial o conhecimento das característi-

cas do RNPT, decorrentes da sua IG e tendo sempre em consideração a IC no cres-

cimento e desenvolvimento das suas competências.

Estratégias a utilizar após o nascimento prematuro

•Oferecer aos pais a oportunidade de estarem presentes e intervirem nos momen-

tos de tomada de decisão e prestação de cuidados (Vasconcellos, 2012; Tamez,

2013; Hockenberry & Wilson, 2014);

17 A construção de um capital social possibilita um desenvolvimento das competências para a parentalidade positiva e resulta da capacidade dos pais para desenvolverem relações sociais positivas com familiares e liga-ções sociais com colegas, vizinhos e pais de outras crianças. Esta construção diz ainda respeito à otimização do uso de recursos comunitários (Lopes, Catarino, & Dixe, 2010).

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•Encorajar os pais à prestação de cuidados, de forma gradual e apoiada, refor-

çando a necessidade de medidas de controlo de infeção (nomeadamente lavagem

das mãos (Vasconcellos, 2012; Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014);

•Facilitar a expressão de sentimentos e emoções parentais (Vasconcellos, 2012;

Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014);

•Proporcionar feedback aos pais dos cuidados prestados pelos mesmos

(Vasconcellos, 2012; Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014);

•Ensinar aos pais a importância de períodos de sono calmos e tranquilos (no hos-

pital e em casa) (Vasconcellos, 2012; Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014);

•Adequar a prestação de cuidados parental aos ciclos de sono e repouso da

criança (Vasconcellos, 2012; Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014);

•Ensinar os pais a reconhecerem sinais de stress/desconforto/dor da criança

(Vasconcellos, 2012; Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014);

•Ensinar aos pais estratégias não farmacológicas de alívio para a dor

(Vasconcellos, 2012; Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014; AAP, 2008);

•Encorajar os pais a proporcionar medidas de conforto, como por exemplo:

Através do toque, carícias e/ou massagem (se a situação clinica do RNPT o

permitir) (Vasconcellos, 2012; Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014);

Falar e/ou cantar com voz suave (AAP, 2008; Tamez, 2013);

Utilizar o método canguru (se a situação clinica do RNPT o permitir)

(Vasconcellos, 2012; Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014);

Pegar o bebé ao colo e embalar gentilmente (AAP, 2008; Tamez, 2013);

Utilizar medidas de contenção e posicionamento adequados no berço, refor-

çando a necessidade de gradualmente retirar rolos de posicionamento, ninhos e

outras medidas de contenção/ posicionamento, com vista à alta (Vasconcellos,

2012);

•Ensinar os pais a posicionar a criança no berço, previamente a alta, em decúbito

dorsal e membros inferiores fletidos (Vasconcellos, 2012);

•Promover o aleitamento materno (Levy & Bértolo, 2012) e, na sua impossibilida-

de, uma alimentação adequada às necessidades da criança (Tamez, 2013;

Hockenberry & Wilson, 2014; AAP, 2008);

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•Ensinar aos pais medidas de segurança (Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson,

2014; AAP, 2008):

No berço: posicionamento adequado, inexistência de brinquedos ou objetos

que potenciem asfixia, gestão das roupas de cama, utilizar berço que cumpra as

medidas de segurança estipuladas por lei;

No transporte: utilização correta de cadeira de passeio e de transporte ade-

quada no automóvel;

Não deixar a criança sozinha em cima bancadas, banheiras ou camas sem

supervisão;

Proteger, ao máximo, a criança do contacto com fumo de tabaco;

•Ensinar aos pais a gestão de ruído e luminosidade incentivando, gradualmente e

de acordo com a tolerância da criança, a um ritmo circadiano e ao estabelecimento

de rotinas (Vasconcellos, 2012; Tamez, 2013);

•No regresso a casa (Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014; AAP, 2008):

Incentivar os pais a que a criança durma no seu próprio berço/ cama (poden-

do estar localizado no quarto dos pais);

Incentivar ao repouso da mãe/pai nos momentos de sono e repouso do RN;

Incentivar os pais a manterem o seu autocuidado e momentos de lazer;

Incentivar à participação de familiares, que possam apoiar os pais na presta-

ção de cuidados no regresso a casa, respeitando sempre o ritmo da criança

(Vasconcellos, 2012; Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014; AAP, 2008).

Incentivar os pais ao cumprimento do Plano Nacional de Vacinação e a uma

regular vigilância de saúde (conforme calendarizado no Programa Nacional de Saú-

de Infantil e Juvenil);

•Se o RNPT tiver irmão(s) (AAP, 2008):

Incentivar os pais a conversarem com o(s) filho(s) mais velho(s), explicando

a necessidade da permanência do novo membro no hospital, de forma verdadeira;

Organizar com os pais, visitas do(s) irmão(s) sempre que possível à UCIIN;

Incentivar os pais a manterem as rotinas do(s) filho(s) mais velho(s);

Incentivar os pais a incluírem o(s) filho(s) mais velho(s) nos cuidados ao

RNPT (se a sua idade o permitir);

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•Incentivar os pais, sempre que possível, a manter os seus momentos de lazer,

convívio com amigos e hobbies.

Estratégias a utilizar durante o 1º ano de vida

•Facilitar a expressão de sentimentos e emoções parentais (Vasconcellos, 2012;

Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014);

•Proporcionar feedback aos pais dos cuidados prestados pelos mesmos

(Vasconcellos, 2012; Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014);

•Escutar as dúvidas dos pais, proporcionando respostas simples e claras (AAP,

2008; DGS, 2013);

Valorizar as suas suspeitas relativamente a alterações do comportamento e

desenvolvimento;

•Incentivar os pais, sempre que possível, a manter os seus momentos de lazer,

convívio com amigos e hobbies;

•Incentivar a manutenção da amamentação, em exclusivo, até aos 6 meses de

vida e, posteriormente combinado com alimentação diversificada (de acordo com

indicação do pediatra, uma vez que depende da evolução estato-ponderal da crian-

ça) (AAP, 2008; Levy & Bértolo, 2012; DGS, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014;

CDC, 2015);

•Reforçar a necessidade de aconchegar a criança durante a alimentação

(enquanto não há controlo cefálico e do tronco), passando a usar cadeira apropriada

(de acordo com as aquisições da criança);

•Ensinar os pais acerca da introdução de novos alimentos e utilização de colher

(AAP, 2008; Hockenberry & Wilson, 2014; CDC, 2015);

Explicar que, nos primeiros dias de utilização da colher, pode haver uma

recusa normal por parte da criança, incentivando à continuidade no uso da mesma;

Reforçar a importância da introdução de novos alimentos e texturas;

Incentivar, gradualmente e, a partir da diversificação alimentar, a uma parti-

cipação da criança ativa na sua refeição;

Evitar conflitos com a criança durante a refeição;

Estimular à presença da criança nas refeições familiares;

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Iniciar, desde a primeira erupção dentária, uma rotina de escovagem do(s)

dente(s);

•Reforçar a necessidade de manter as medidas de segurança (AAP, 2008;

Hockenberry & Wilson, 2014; CDC, 2015):

Anteriormente identificadas;

Em casa: à medida que a criança adquire a habilidade de gatinhar, por forma

a evitar embates em esquinas, a ingestão de pequenos objetos ou queimaduras com

água/alimentos quentes, quedas de escadas,Z);

•Estimular os pais a conversarem com a criança (AAP, 2008; DGS, 2013; CDC,

2015):

Em sintonia com os seus comportamentos, períodos de sono e descanso;

Recorrendo a diferentes tons de voz;

Através da leitura de histórias, contos ou música;

Imitando os filhos e estimulando a novas palavras;

Descrevendo os cuidados e atividades em curso;

Chamando os objetos pelo nome e incentivando a criança a fazer o mesmo;

Imitando sons de animais e objetos, pedindo à criança para imitar também;

Incentivando a criança a pedir/ verbalizar o que a criança quer, mesmo que

saibam antecipadamente o que vai pedir;

•Explicar a importância da brincadeira no desenvolvimento da criança, incentivan-

do-a (AAP, 2008; DGS, 2013; CDC, 2015):

Movimentar objetos coloridos e de diferentes formas perto do rosto da crian-

ça, a uma distância um pouco superior a 20 cm e não necessariamente esférico;

Produzir sons suaves com rocas, caixas de música, Z;

Oferecer brinquedos de texturas diferentes (tecidos diferentes, rugosos,Z);

Exercitar o bebé rebolando-o em “tapetes de atividades” (ou similares) ou

simplesmente exercitando as pernas (em movimentos de “bicicleta”);

Oferecer brinquedos coloridos18 e/ou com arestas arredondadas e/ou possí-

veis de ser agarrados pela criança, estimulando a troca entre as 2 mãos e a busca

do mesmo (localizados gradualmente mais longe da criança);

18 Estes brinquedos devem respeitar as normas regulamentadas pelo Decreto-Lei n.º 43/2011 de 24 de Mar-ço, o qual estabelece as regras de segurança dos brinquedos disponibilizados no mercado, e transpõe a Diretiva

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Proporcionar brincadeiras interativas, recorrendo a espelhos e permitindo

situações que causem alguma frustração (uma vez que ajuda na aprendizagem);

Dar objetos diferentes e afastados da criança, estimulando-a a alcançá-los;

Brincar às escondidas (pais e brinquedos escondem-se);

•Proporcionar momentos calmos sem sobrecarga de estímulos, limitando as visi-

tas de estranhos e ambientes muito estimulantes (AAP, 2008; Hockenberry &

Wilson, 2014; CDC, 2015);

•Estabelecer rotinas diárias regulares, nomeadamente em relação aos horários da

prestação de cuidados (AAP, 2008; DGS, 2013; CDC, 2015);

•Proporcionar, à criança, um ritual de apoio aos momentos de sono (AAP, 2008;

DGS, 2013; CDC, 2015):

Gestão de luminosidade e de ruído;

Estabelecer horários para o início da sesta e do sono noturno;

Proporcionar hábitos para o sono, como por exemplo, deitar a criança enso-

nada mas acordada, oferecer chupeta, utilizar caixa de música, brinquedo favorito,

contar histórias,Z

•Incentivar os pais a usarem, de forma firme e consistente (com consonância

entre o casal), a palavra “não”, explicando de forma simplificada o porquê; (AAP,

2008; CDC, 2015);

•Lidar firme e calmamente com as birras (DGS, 2013);

Reforçar a necessidade de manter as regras e limites determinadas pelos

pais (conjuntamente), não cedendo à chantagem da criança;

Cumprir as promessas parentais (pelo que apenas deve ser prometido ape-

nas o que possa ser cumprido);

•Estimular a criança a realizar tarefas simples (“Dá à mãeZ”, “Faz adeusZ”),

elogiando a criança após os mesmos (AAP, 2008; DGS, 2013; CDC, 2015);

•Incentivar os pais a serem “modelos” dos seus filhos, nomeadamente em relação

a comportamentos de segurança, alimentação, Z (AAP, 2008; Hockenberry &

Wilson, 2014; CDC, 2015);

n.º 2009/48/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de Junho. Estes brinquedos devem ser também adequados à faixa etária da criança, mas também respeitar e apresentar a marcação «CE», através da qual o fabricante evidencia que o brinquedo cumpre todos os requisitos aplicáveis à respetiva colocação no mercado

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•Limitar o tempo de contacto com audiovisuais para um mínimo19(CDC, 2015).

Estratégias a utilizar durante o 2º ano de vida

•Facilitar a expressão de sentimentos e emoções parentais (Vasconcellos, 2012;

Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014);

•Proporcionar feedback aos pais dos cuidados prestados pelos mesmos

(Vasconcellos, 2012; Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014);

•Escutar as dúvidas dos pais, proporcionando respostas simples e claras (AAP,

2008; DGS, 2013);

Valorizar as suas suspeitas relativamente a alterações do comportamento e

desenvolvimento;

•Incentivar a integração da criança nas rotinas da família nuclear e alargada

(CDC, 2015);

•Reforçar a necessidade de manter as medidas de segurança (AAP, 2008;

Hockenberry & Wilson, 2014; CDC, 2015):

Mantendo líquidos quentes, isqueiros e fósforos fora do alcance da criança;

Evitando objetos cortantes ou produtos tóxicos em móveis e gavetas de fácil

acesso;

Colocando cancelas e/ou grades a proteger escadas, janelas ou piscinas;

Adotando a cadeira de transporte adequada ao peso e estatura da criança;

Uma vez que os adultos são modelos, incentivá-los também a usar cinto de

segurança;

Demonstrando o que a criança pode ou não fazer, evitando os perigos que a

rodeiam;

Evitando exposição solar prolongada e tomando os cuidados com o sol;

•Falar com a criança de forma clara e simples (AAP, 2008; Hockenberry & Wilson,

2014; CDC, 2015);

Através da leitura de histórias;

Descrevendo as imagens dos livros, as atividades do quotidiano, dos cuida-

dos prestados à criança;

19 Para as crianças menores de 2 anos de idade, a Academia Americana de Pediatria (AAP) recomenda que o tempo de contacto com televisão, computadores ou outros media seja evitado ou reduzido ao mínimo

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Através de canções;

Descrever sentimentos e emoções;

•Incentivar momentos de brincadeira entre pais e filhos (AAP, 2008; CDC, 2015):

Ao ar livre;

Utilizando músicas, dançando e cantando;

Utilizando os brinquedos da criança, nomeando e apontando as cores, for-

mas e partes do corpo;

•Incentivar a criança a guardar os brinquedos numa caixa ou num saco (poten-

ciando a aprendizagem da organização) (AAP, 2008; DGS, 2013; CDC, 2015);

•Quando possível, permitir que a criança escolha entre duas opções, apoiando a

independência crescente;

•Elogiar a criança quando realizar algo sozinha e o seu bom comportamento

(AAP, 2008; DGS, 2013; CDC, 2015);

•Manter as rotinas diárias previamente estabelecidas (AAP, 2008; DGS, 2013;

CDC, 2015);

•Reforçar os cuidados com a higiene oral, realizando (AAP, 2008; DGS, 2013;

CDC, 2015):

Escovagem dos dentes, de manhã e à noite, com escova de dentes macia;

Em conjunto com os pais;

Incentivar a uma primeira visita odontológica (caso ainda não tenha ocorri-

do);

•Manter os rituais relativos aos períodos de sono (AAP, 2008; DGS, 2013; CDC,

2015):

Gestão de luminosidade e de ruído;

Horário para a sesta e sono noturno;

Hábitos para o sono, como por exemplo, deitar a criança ensonada mas

acordada, objeto de segurança, contar histórias,Z

•Preparar a criança para novas situações, falando de forma tranquila sempre que

forem identificadas com antecedência (AAP, 2008; DGS, 2013; CDC, 2015);

Por exemplo, preparando o treino de controlo de esfíncteres;

•Reforçar a necessidade de manter as regras e limites (AAP, 2008; DGS, 2013;

CDC, 2015):

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De forma coerente, entre pais e familiares;

Não cedendo à chantagem da criança quando contrariada;

Sem punições físicas, conversando e explicando à criança as regras e limites

aceitáveis.

•Manter a limitação do tempo de contacto com audiovisuais para um mínimo20

(CDC, 2015).

Estratégias a utilizar durante o 3º ano de vida

•Facilitar a expressão de sentimentos e emoções parentais (Vasconcellos, 2012;

Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014);

•Proporcionar feedback aos pais dos cuidados prestados pelos mesmos

(Vasconcellos, 2012; Tamez, 2013; Hockenberry & Wilson, 2014);

•Escutar as dúvidas dos pais, proporcionando respostas simples e claras (AAP,

2008; DGS, 2013);

Valorizar as suas suspeitas relativamente a alterações do comportamento e

desenvolvimento;

•Incentivar os pais, sempre que possível, a manter os seus momentos de lazer,

convívio com amigos e hobbies (AAP, 2008; CDC, 2015);

•Incentivar os pais a manterem as rotinas de cuidados previamente estabelecidas

(AAP, 2008; CDC, 2015);

Horários dos cuidados e de sono;

Medidas de segurança no carro, em casa e nas atividades de lazer;

Momentos de brincadeira em família (em casa ou ar livre);

•Incentivar a criança à aquisição de hábitos de higiene pessoal (por exemplo,

lavagem das mãos) (AAP, 2008; CDC, 2015);

•Potenciar a aquisição de controlo de esfíncteres (AAP, 2008; DGS, 2013; CDC,

2015):

Através de vestuário que a criança facilmente vista e dispa;

Incentivando frequentes idas à casa de banho;

Incentivando a criança a dizer quando tem vontade de urinar ou evacuar;

20 Para as crianças menores de 2 anos de idade, a Academia Americana de Pediatria (AAP) recomenda que o tempo de contacto com televisão, computadores ou outros media seja evitado ou reduzido ao mínimo

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•Acordar com todos os membros da família sobre a melhor forma de apoiar a

independência da criança, mantendo as regras e limites anteriormente delineados

(AAP, 2008; DGS, 2013; CDC, 2015);

•Reforçar a necessidade de manter as regras e limites (AAP, 2008; DGS, 2013;

CDC, 2015):

De forma coerente, entre pais e familiares;

Não cedendo à chantagem da criança quando contrariada;

Sem punições físicas, conversando e explicando à criança as regras e limites

aceitáveis;

Em situações de maior tensão, recorrer a períodos de “time-out”(pais e crian-

ça têm um período de intervalo até discutir a situação em causa, de forma mais

tranquila);

• Elogiar a criança quando realizar algo sozinha e o seu bom comportamento

(AAP, 2008; DGS, 2013; CDC, 2015);

•Incentivar os pais a explicarem à criança quais são os comportamentos adequa-

dos para mostrar quando está aborrecida ou chateada;

Manter atitude firme perante birras;

•Proporcionar momentos de interação e brincadeira com outras crianças (AAP,

2008; DGS, 2013; CDC, 2015);

•Incentivar a criança à aquisição de uma linguagem correta (AAP, 2008; DGS,

2013; CDC, 2015):

Estimulando os pais a falar devagar com a criança e a pronunciar correta-

mente as palavras (uma vez que a criança pode ter dificuldade em perceber e res-

ponder rapidamente);

Questionando sobre o seu nome, idade, situações do quotidiano, gostos ou

atividades da criança, favorecendo a sua autoexpressão;

•Limitar a visualização de TV e vídeo, a períodos de cerca de 2horas diárias (CDC,

2015):

Supervisionando os programas assistidos;

Escolhendo alternativas aos media, nomeadamente jogos.

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ANEXOS

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XLV

ANEXO 1: CLASSIFICAÇÃO DA MATURIDADE NEUROMUSCULAR E FÍSICA DO RN

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CLASSIFICAÇÃO DA MATURIDADE NEUROMUSCULAR E FÍSICA DO RN

Figura 1: Classificação do RN de acordo com a maturidade neuromuscular e física. Adaptada de

Ballard, 1991

Fonte: Tamez, R. (2013). Enfermagem na UTI neonatal: assistência ao recém-nascido de alto ris-co (5ª ed.). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan

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XLVII

ANEXO 2: CLASSIFICAÇÃO DO RNPT EM FUNÇÃO DA RELAÇÃO PESO-IG

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ANEXO 2: CLASSIFICAÇÃO DO

Figura 2: Classificação do RN segundo peso e IG

Fonte: Tamez, R. (2013). Enfermagem na UTI neonatal: assistência ao recém

(5ª ed.). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan

LASSIFICAÇÃO DO RNPT EM FUNÇÃO DA RELAÇÃO PESO

Classificação do RN segundo peso e IG - Adaptada de Bartaglia

Enfermagem na UTI neonatal: assistência ao recém

(5ª ed.). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan

PESO-IG

et al, 1967

Enfermagem na UTI neonatal: assistência ao recém-nascido de alto risco

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XLIX

ANEXO 3: CURVAS DE AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DO RNPT

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CURVAS DE AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DO RNPT – SEXO MASCULINO

Figura 3: Curva de avaliação de crescimento do RNPT - sexo masculino

Fonte: Fenton, T. R.& Kim, J. H. (2013). A systematic review and meta-analysis to revise the Fen-

ton growth chart for preterm infant. BMC Pediatrics, 13:59

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CURVAS DE AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DO RNPT – SEXO FEMININO

Figura 4: Curva de avaliação de crescimento do RNPT - sexo feminino

Fonte: Fenton, T. R.& Kim, J. H. (2013). A systematic review and meta-analysis to revise the Fen-

ton growth chart for preterm infant. BMC Pediatrics, 13:59

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LII

APÊNDICES

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LIII

APÊNDICE 1: COMPETÊNCIAS SENSORIAIS DO RN

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APÊNDICE 1: COMPETÊNCIAS SENSORIAIS DO RN

O desenvolvimento do sistema sensorial intrauterino do RN tem uma continuidade

própria. Conhecendo esta sequência, é possível planear os cuidados de forma a

promover, apoiar e estabilizar o crescimento cerebral.

Quadro 18: Desenvolvimento de competências sensoriais do RN

Toque

•A primeira forma de contacto com os outros, sendo também a mais

comum;

•Cerca das 32 semanas de IG, existe sensibilidade para ao toque, dor e

temperatura;

•A sensibilidade para o toque inicia-se entre a 7ª e 8ª semana de gestação;

•As áreas de maior sensibilidade são: mãos, pés, face e peri-labial.

Audição

•A audição inicia-se entre a 20ª e 24ª semana de gestação, observando-se

também a perceção de frequências baixas desde a 24ª semana de IG;

•Após o nascimento, a resposta auditiva está presente entre a 25ª e 26ª

semana de gestação;

•A partir da 28ªsemana de IG, existe uma reação a sons de média e alta

intensidade (sussurro e conversação);

•Entre a 32ª e 34ª semana de IG, acontece uma rápida maturação coclear

e do nervo auditivo;

•Após a 34ª semana de gestação aumenta a velocidade de condução do

som, bem como a habilidade de localizar e descriminar a sua origem;

•Entre a 28ª e 34ª semana de IG, o RNPT desenvolve a capacidade de

integrar o som e orientar-se para o mesmo, sendo capaz de virar a cabeça

para o procurar.

Visão

•A visão é dos primeiros sentidos a desenvolver-se, nomeadamente, em

média, aos 22 dias pós-concecionais;

•As pálpebras fundem-se cerca das 10 semanas de gestação, permane-

cendo assim até cerca das 24semanas de IG;

•Entre a 24ª e 28ª semana de IG não existe resposta pupilar;

•Na 25ªsemana inicia-se a mielinização do nervo ótico e vascularização da

retina;

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•Na 27ªsemana inicia-se o desenvolvimento da córnea (o RN vê desfoca-

do);

•Desde a 28ªsemana inicia-se o reflexo de piscar;

•A partir da 30ªsemana de IG, o RN tem a capacidade de responder a

luminosidade e à presença de objetos, existindo resposta pupilar;

•Entre a 34ª e 36ª semana de IG: pupilas estão completamente formadas.

O RN deste intervalo de IG tem capacidade para orientar-se espontanea-

mente em relação à luminosidade, começa a seguir objetos com os olhos e

a atentar para formas, objetos e faces, sendo capaz de ver objetos a uma

distância de 25 a 30 cm;

•O desenvolvimento completo das estruturas oculares ocorre entre os

6meses e 1 ano de vida.

Olfato e

alimentação

•Deglutição: ocorre desde a 12ª semana de gestação;

•Perceção do sabor: desde a 30ªsemana de IG, observando-se ritmos de

sucção diferentes consoante os sabores dos líquidos oferecidos;

•Preferência pelo leite materno e sabores açucarados;

•Coordenação entre sucção-deglutição-respiração; inicia-se entre as 33 e

34 semanas de IG.

Comunicação

•Ocorre após o nacimento, sendo iniciado pelo choro;

•O RN de termo sorri espontaneamente desde o nascimento (sem inten-

cionalidade) e em reposta ao rosto humano entre a 4ª e 12ªsemana de

vida;

•Nos RNPT, a habilidade para sorrir pode ocorrer antes das 40semans de

IG. Adaptado de : Hockenberry, M., & Wilson, D. (2014). Wong, Enfermagem da Criança e do

Adolescente. Loures: Lusociência; Tamez, R. (2013). Enfermagem na UTI neonatal: assistência ao

recém-nascido de alto risco (5ª ed.). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan