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Curso de Manutenção Preventiva

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Curso de

Manutenção

Preventiva

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Sumário

Proposta Pedagógica do CDI _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 5

1. Introdução _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 6

1.1. Hardware _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 7

1.2. Software _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 7

1.3. Sistema Operacional _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 8

2. Tipos de Computadores _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 9

2.1. Desktop _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 9

2.2. Servidor _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 9

2.3. Notebook _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 9

2.4. Handheld / Palmtop _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 10

2.5. Tablet / PC _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 10

2.6. Mainframe _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 11

3. Aspectos Físicos _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 11

3.1. Energia Elétrica _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 12

3.1.1. Proteções _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 14

a. Filtro de Linha _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 14

b. Estabilizadores de tensão _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 15

c. No-breaks _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 15

3.1.2. A Tomada do Micro _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 15

3.1.3. Aterramento _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 16

3.2. Principais Componentes e Conceitos _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 17

3.2.1. Gabinetes _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 18

3.2.2. Placa Mãe _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 19

a. Chipset _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 20

b. BIOS _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 21

c. Slot’s para Módulos de Memória _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 21

d. Clock _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 22

3.2.3. Layout da Placa Mãe _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 22

3.2.4. Microporcessador (CPU) _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 22

a. Clock Speed ou Clock Rate _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 23

b. Overlock _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 24

3.2.5. Memórias _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 24

a. Memória ROM _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 25

b. Memória RAM _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 25

c. Memória CACHE _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 27

d. Memória CMOS _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 27

3.2.6. Barramentos _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 28

a. Padrão ISA _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 29

b. Padrão EISA e MCA Bus _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 29

c. Padrão VLBUS (VESA Local Bus) _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 29

d. Padrão PCI (Peripheral Component Interconnect) _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 30

e. Porta Serial _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 30

f. Porta Paralela _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 30

g. Interface de Disco IDE _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 30

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h. AGP (Accelerated Graphics Port) _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 31

i. Interface USB (Universal Serial Bus) _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 31

j. Fireware _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 31

3.2.7. Placas Controladoras de Vídeo _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 32

3.2.8. Plug and Play _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 33

4. Dispositivos de Entrada e Saída – E/S (Input / Output – I/O) _ _ _ _ _ _ Pág. 33

4.1. Monitores de Vídeo _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 33

4.2. Teclado _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 34

4.3. Mouse _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 35

4.4. Hard Disk ou Disco Rígido _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 36

4.5. Formatação do Hard Disk _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 36

4.6. Floppy Drive _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 38

4.7. Drives de CD-R / CD-RW / DVD-R / DVD-RW _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 38

4.8. Impressoras _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 39

4.8.1. Impressora Matricial _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 39

4.8.2. Impressora a jato de Tinta _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 40

4.8.3. Impressora Laser _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 40

4.9. Scanner _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 40

4.10. Multifuncionais _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 41

4.11. Pen Drive _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 41

4.12. Drive de Disquete _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 42

5. Ligando o Equipamento e Verificando seu Funcionamento _ _ _ _ _ _ _ Pág. 42

5.1. BOOT (Teste Inicial ao Ligar) _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 42

5.2. SETUP (Boot) _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 44

5.3. Instalando o Sistema Operacional _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 45

5.4. Configurando os Dispositivos _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 45

6. Localização dos Defeitos _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 46

6.1. Defeitos Sinalizados por Hardware _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 46

6.2. Defeitos sinalizados por Software _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 49

6.3. Defeitos Não Sinalizados _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 51

6.4. Como Descobrir Defeitos no Processador _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 51

6.5. Como Instalar Dois HDs _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 52

7. Dicas de Manutenção _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 53

7.1. Procedimentos de Segurança _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 53

7.2. Hardware _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 54

7.3. Software _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 54

7.3.1. Atualização do Sistema Operacional _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 55

7.3.2. Atualização de Programas _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 55

8. Cuidados com o Equipamento _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 55

9. Primeiros Socorros _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 57

9.1. Limpeza dos Roletes _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 57

9.2. Travamento de Eixo _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 57

9.3. Limpeza dos Sensores Óticos _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 57

9.4. Mau Contato nos Botões _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 58

9.5. Uma Olhadinha Básica nos Cabos _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 58

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9.6. Uma Geral no HD dos Micros _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 58

10. Organização _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 59

10.1. Organização do Ambiente de Trabalho _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Pág. 59

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PROPOSTA PEDAGÓGICA DO CDI

O trabalho do CDI é muito mais que disponibilizar acesso a computadores conectados à

internet. É também através da inclusão digital, sensibilizar os educandos para realidade, incluí-los

cultural e socialmente e assim, contribuir para diminuir injustiças e desigualdades, promovendo a

cidadania crítica e o desenvolvimento local.

Queremos que nossos educandos sejam protagonistas de ações transformadoras em suas vidas

e na vida de suas comunidades. Para isso, nos apoiamos no pensamento do educador brasileiro Paulo

Freire, que foi considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial. Seu

trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização quanto para a formação da

consciência, influenciou o movimento que ficou conhecido como pedagogia crítica.

Com o seu jeito de educar, Paulo Freire se comprometeu a construir conhecimentos a partir da

ação política dos cidadãos. Isto ocorreu por meio de momentos chaves, conhecidos como:

Em todos esses momentos chaves, o grupo registra, avalia e sistematiza o caminho percorrido.

Desta forma eles promovem uma intervenção na realidade, empregando as tecnologias de

informação e comunicação em cada uma das etapas realizadas. Assim, os princípios fundamentais de

Paulo Freire são utilizados como momentos chaves dos quais as TICs transformam-se em

ferramentas para a mudança do cenário da exclusão.

Para que você se sinta mais tranquilo, na hora de realizar a Manutenção Preventiva, estamos

oferecendo essa capacitação no Passo a Passo da Metodologia da Inclusão Digital do CDI. Neste

curso de Montagem e Manutenção Preventiva você será capacitado a resolver problemas frequentes

encontrados do CDI Comunidade.

Aproveite e não deixe de partilhar suas descobertas e dúvidas com seus companheiros de

jornada.

Sejam bem vindos!!!!!!!

Leitura de

Mundo

Pesquisar os Dados

Planejar a Ação

Mobilizar para Agir

Avaliar o Caminho

Percorrido

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1. INTRODUÇÃO

Basicamente, podemos representar como um computador opera através de um diagrama,

representado na imagem abaixo:

Diagrama de nível de um sistema computacional

Nesse diagrama, o nível mais baixo executa as “ordens” do nível mais superior e suas funções

estão assim distribuídas:

● Hardware: é o equipamento físico, consistindo do gabinete, processador, placas, memórias,

periféricos, vídeo, teclado, mouse, driver, winchester, etc.

● BIOS (Basic Input/Output System): é um conjunto de programas armazenados em memória tipo

ROM, que contém funções para inicialização e uso do sistema.

● Sistema Operacional: é o conjunto de programas que é carregado para a memória assim que o

hardware é inicializado. Responsável pela operacionalização dos recursos e supervisão dos processos

computacionais.

● Aplicativo: é o software executado para atender as necessidades dos usuários, tais como: editores

de texto, planilhas eletrônicas, navegador para Internet, bancos de dados, compiladores e

interpretadores, etc.

● Usuário: é quem opera o sistema.

Nessa apostila iremos abordar as principais temáticas que envolvem a manutenção preventiva

do computador, e por consequência seu bom funcionamento.

Cabe salientar que a evolução tecnológica, além de constante, está muito rápida. Cabe a cada

um buscar os meios para se manter atualizado e a leitura de publicações especializadas é um desses

instrumentos.

A Internet também é uma fonte inesgotável de informação – não deixe de explorá-la.

USUÁRIO

APLICATIVO

SISTEMA OPERACIONAL

BIOS

HARDWARE

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1.1. Hardware

É a parte física do computador, ou seja, é o conjunto de componentes eletrônicos, circuitos

integrados e placas, que se comunicam através de barramentos como: Caixas de som, Cooler,

Dissipador de calor, CPU ou Microprocessador, Dispositivo de armazenamento (CD/DVD/Blu-ray,

Disco Rídido (HD), pendrive/cartão de memória), Estabilizador, Gabinete, Hub ou Concentrador,

Impressora, Joystick, Memória RAM, Microfone, Modem, Monitor, Mouse, No-Break ou Fonte de

alimentação ininterrupta, Placa de captura, Placa sintonizadora de TV, Placa de som, Placa de vídeo,

Placa-mãe, Scanner ou Digitalizador, Teclado, Webcam.

Monitor NotebookImpressora

Estabilizador

Multifuncional

Gabinete Caixas de Som Mouse

TabletHeadphone

Teclado Webcam

Pendrive

Imagens ilustrativas de hardware (componentes físicos de um computador)

1.2. Software

O Software é uma aplicação, um programa do computador, que permite executar uma

determinada tarefa.

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Imagens ilustrativas de software

1.3. Sistema Operacional

Um sistema operativo ou sistema operacional é um programa ou um conjunto de programas

cuja função é gerenciar os recursos do sistema (definir qual programa recebe atenção do processador,

gerenciar memória, criar um sistema de arquivos, etc.), além de fornecer uma interface entre o

computador e o usuário. É o primeiro programa que a máquina executa no momento em que é ligada

(num processo chamado de bootstrapping) e, a partir de então, não deixa de funcionar até que o

computador seja desligado. O sistema operacional reveza sua execução com a de outros programas,

como se estivesse vigiando, controlando e orquestrando todo o processo computacional. Atualmente,

os sistemas operacionais mais usados são: Windows XP, Windows 7, Windows Vista, Apple OS X,

Apple iOS, Linux, Android, BlackBerry, SymbianOS, Windows 2000.

Logo dos sistemas operacionais mais conhecidos

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2. TIPOS DE COMPUTADORES

Até o início da década de 80, era comum classificar os computadores apenas de acordo com o

seu tamanho: computadores, minicomputadores ou micro-computadores.

Atualmente são utilizados outros termos, associados ao tamanho e função a que se destinam.

2.1. Desktop

São os microcomputadores de mesa, usados individualmente. Objeto

do curso de montagem e configuração.

2.2. Servidor

Computadores destinados à disponibilização de serviços a usuários

(clientes) de uma rede. Para esta função podem ser utilizados desde

microcomputadores comuns (desktop’s) quanto configurações altamente

especializadas, de acordo com o grau de criticidade e volume de serviços

alocados.

2.3. Notebook

São microcomputadores portáteis que possuem os mesmos recursos

dos desktop’s, porém são mais leves e consomem menos energia,

visando aumentar a autonomia das baterias. Os componentes

utilizados na montagem dos notebooks não são os mesmos usados nos

micros de mesa. A portabilidade e tamanho exigem componentes

menores e mais resistentes a movimento.

Desktop

Servidor

Notebook

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2.4. Handheld / Palmtop

Desde os anos 90 esses dois modelos vêm se popularizando.

São aparelhos pequenos e leves, para serem levados no bolso,

capazes de executar todas as funções básicas, como

processamento de texto, planilhas, coleta de dados, aceso à

internet, etc. Os handhelds tem a aparência de um notebook em

miniatura, com o mesmo desenho básico: tela e teclado.

Os palmtops são mais compactos e não possuem teclado. O texto

é digitado através de um teclado gráfico formado em parte da

tela ou escrito à mão em um espaço reservado.

2.5. Tablet / PC

Surgem como alternativa mais flexível aos notebooks, especialmente para usuários corporativos

remotos. Embora muito parecidos com um portátil

convencional, a arquitetura de hardware dos Tablet PCs é um

pouco mais simples. Além de tela digitalizadora de alta

resolução e de um sistema de reconhecimento de escrita

muito parecido com o dos palmtops, eles utilizam

processadores de subnotebooks, possuem placa Wi-Fi

(802.11b) sem fio, padrão Ethernet, modems de 56 Kbps

embutidos e um teclado integrado ou como opcional. O

mesmo acontece com a leitora de disco óptico, que é fornecida como opcional ou drive externo.

Outro diferencial é a tela de LCD protegida por um vidro resistente – os fabricantes recomendam ao

usuário apoiar mesmo as mãos no monitor, sem medo de quebrar ou de acionar algum comando

sensível ao toque como nos handhelds. Isso porque os tablets funcionam apenas com a ação da

caneta eletrônica ou do toque.

Tablet PC

Handheld

Palmtop

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2.6. Mainframe

Computadores de grande capacidade de processamento.

Atualmente, como todos os demais equipamentos, também

apresenta tamanho bastante reduzido em relação aos modelos

antigos. Utilizado principalmente nas grandes empresas,

como servidores de grandes bancos de dados, efetuando

processamento centralizado.

3. ASPECTOS FÍSICOS

Neste tópico vamos dar uma boa olhada na parte física do computador, conhecendo cada peça

que compõe esta grande arquitetura.

Quando observamos um computador de fora conseguimos identificar pelo menos quatro partes

principais que utilizamos enquanto usuário:

a. O computador que é o conjunto de circuitos

eletrônicos armazenados dentro do gabinete. Nesta

parte é onde ocorre o processamento de dados.

b. O teclado e mouse que são dispositivos para

informar ao computador o que queremos, ou seja, eles

são dispositivos de entrada de dados.

c. O monitor de vídeo, por onde conseguimos

visualizar as informações que inserimos e foram

processadas pelo computador, ou seja, um dispositivo

de saída.

Todo este conjunto é conectado entre si por vários cabos e precisam de preparo para funcionar

corretamente. Mas até aqui temos o olhar apenas como usuário. E o que significa e como funciona

cada parte?

Antes de aprofundar na parte física, nosso estudo continua falando um pouco sobre

eletricidade, pois precisamos dela para o funcionamento do equipamento.

Falar sobre a Rede de Energia Elétrica pode parecer algo fora de um curso de Montagem de

Computadores, mas se soubermos alguns conhecimentos e a rede não estiver bem preparada podem

ocorrer choques ao usuário ou danos ao equipamento.

Mainframe

Monitor

Computador

Mouse Teclado

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3.1. Energia Elétrica

Usuários ou técnicos inexperientes podem, ao invés de consertar, estragar mais o PC se não o

manusearem corretamente. Devemos lembrar que estamos lidando com computadores, que são

equipamentos extremamente delicados. Apesar de muitas placas, drive e componentes serem baratos,

mesmo assim são sensíveis e necessitam dos mesmos cuidados dispensados aos equipamentos caros.

O mais importante cuidado a ser tomado por quem manuseia equipamentos é o seguinte: antes

de fazer ou desfazer qualquer conexão, seja ela de chips, placas, cabos, conectores, periféricos e

drives de qualquer tipo, todos os equipamentos devem estar desligados. A maioria dos chips e placas

ficam danificados permanentemente caso sejam removidos ou colocados com o computador ligado.

O mesmo se aplica a periféricos. Quando uma impressora, mouse, teclado, scanner, ZIP Drive ou

câmera é conectada ou desconectamos, devemos desligar o computador e o periférico, caso este

possua alimentação própria. Se esta regra não for respeitada e mesmo assim nada for danificado,

trata-se simplesmente de uma questão de sorte.

Outra boa prática é desligar o computador para fazer também conexões mecânicas. Para

aparafusar ou desparafusar drive’s de disquetes, discos rígidos e drive de CD-ROM, fonte,

conectores seriais ou qualquer outra peça presa por parafusos, o computador deve ser antes

desligado. Uma peça metálica qualquer, como por exemplo, um parafuso, ao cair sobre uma placa

pode causar um curto circuito caso o computador esteja ligado, causando danos irreversíveis.

Igualmente importante é o correto manuseio de cabos. Ao retirar qualquer tipo de cabo,

devemos puxar sempre pelo conector, e não pelo cabo. Puxando pelo cabo, as ligações elétricas entre

o cabo e o conector são desfeitas, causando mal contato. Essa regra é aplicada para qualquer tipo de

cabo.

Deve ser lembrado que todo cabo tem uma forma certa de encaixe. Uma ligação invertida

pode, em certos casos, causar danos. Muitos conectores têm um formato tal que impede a ligação

errada. Isto é, particularmente, verdadeiro naqueles que ficam na parte exterior do computador. Já as

conexões internas, por exemplo, as ligações de cabos flat nas respectivas placas, muitas vezes não

possuem esse tipo de proteção, já que teoricamente devem ser manuseados por quem sabe o que faz.

Em qualquer tipo de placa de circuito impresso, devem ser tomados os seguintes cuidados:

● Não tocar nas partes metálicas dos chips

● Não tocar nos conectores

● Segurar a placa sempre por suas bordas laterais

● Não flexionar a placa

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O toque nas partes metálicas dos chips pode causar descargas estáticas que os danificam. Uma

placa tem duas faces: a face dos componentes e a face da solda. Não se deve tocar na face da solda,

pois nela existem contatos elétricos com todos os seus chips. Da mesma forma não se deve tocar na

face dos componentes, pois se pode acidentalmente tocar as pernas dos chips, causando o mesmo

efeito negativo.

Os conectores também não devem ser tocados, por duas razões: a primeira é que possuem

contatos elétricos com os chips, podendo danificá-los com a eletricidade estática. A segunda é que a

umidade e a gordura das mãos podem causar mal contato nos conectores. Uma placa deve ser sempre

segura por suas bordas laterais, como indicado na figura:

Imagem ilustrativa de como segurar corretamente uma placa

As partes metálicas das placas (com exceção dos conectores) podem ser tocadas em apenas

dois casos:

a) se o técnico estiver usando a pulseira antiestática

b) se o técnico se descarregar imediatamente antes de tocar na placa, tocando em algum elemento

metálico (gabinete, mesa, armário, etc.) que esteja aterrado. Conecte o cabo de força do micro em

uma tomada aterrada e quando você tocar na parte metálica do gabinete (que normalmente se

encontra aterrada junto à fonte de energia) você vai estar descarregando sua eletricidade estática.

Em qualquer operação mecânica como fixar a placa por parafusos ou espaçadores, encaixar ou

desencaixar placas de expansão na placa de CPU, encaixar ou desencaixar conectores, etc. deve ser

tomado muito cuidado para que a placa não sofra nenhum tipo de flexão. A flexão pode causar o

rompimento de trilhas de circuito impresso, o que resulta em um mau contato dificílimo de ser

detectado e consertado. Pode também causar o rompimento das ligações entre soquetes e a placa. A

flexão não deve ser apenas evitada a qualquer custo: deve ser proibida. Por exemplo, na placa de

CPU, para encaixar o conector da fonte basta colocar a mão por baixo da placa ao encaixar o

conector da fonte, evitando assim que ocorra o flexionamento.

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Sempre que qualquer placa ou conector for encaixado ou desencaixado, a operação nunca deve

ser feita de uma só vez. Deve ser feita por partes, um pouco em cada extremidade do conector, até

que a operação esteja completa. Não deve ser esquecido que as placas de expansão são presas ao

gabinete através de parafusos. Em alguns casos, o técnico pode esquecer-se de colocar esses

parafusos. Se isto acontecer, o grande perigo é uma conexão na parte traseira do gabinete (Ex:

conectar uma impressora) ocasionar um afrouxamento no encaixe da placa no seu slot. Se essa

conexão for feita com o computador ligado (o que, por si só, já é um erro), o problema pode ser mais

sério ainda: a placa pode soltar-se do seu slot com o computador ligado, o que provavelmente

causará dano na referida placa, ou até mesmo na placa de CPU.

3.1.1. Proteções

A rede elétrica assim como a rede telefônica e de dados devem ser protegidos de distúrbios

naturais ou artificiais. Existem 2 tipos de energias elétricas: tensão alternada ou tensão contínua.

Veja a seguir alguns problemas gerados na rede elétrica:

Transientes ou surtos de tensão:

• Ruídos de linha;

• Pico de tensão;

• Sobretensão;

• Queda brusca e rápida;

• Queda de tensão ou subtensão.

Podemos utilizar os seguintes equipamentos para proteção:

a. Filtro de Linha

Protege contra ruídos provenientes da rede elétrica, gerados

por rádio interferências e interferências eletromagnéticas, que

podem queimar equipamentos sensíveis como o microcomputador.

Para que o filtro de linha funcione, é necessário que o mesmo

tenha em seu interior vários componentes eletrônicos como

capacitores, resistores e bobinas, que formam um supressor de

transientes e um fio terra.

Filtro de Linha

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b. Estabilizadores de Tensão

O estabilizador de tensão é um equipamento responsável

por manter a tensão elétrica em sua saída estável, mesmo que

haja variações na rede elétrica. Assim, se a rede oferece picos

ou está com a tensão acima (sobretensão) ou abaixo

(subtensão) do valor ideal, ele oferece uma compensação e

mantém a sua saída com um valor estável, protegendo, assim,

o seu equipamento.

Infelizmente os estabilizadores de tensão mais baratos do mercado são ineficientes e não

protegem corretamente, deixando que variações da rede passem para o computador. Bons

estabilizadores de tensão são caros. Os mais caros são, inclusive, "inteligentes". Esses estabilizadores

podem ser conectados ao micro através da porta serial, permitindo que você monitore a condição da

rede, inclusive com gráficos estatísticos.

c. No-breaks

O no-break (que em inglês é chamado UPS,

Uninterruptible Power Supply) é um dispositivo que oferece

uma proteção extra ao seu equipamento. No caso da falta de

energia elétrica, o no-break continua alimentando o seu micro

durante o tempo necessário para que você salve o seu trabalho.

Essa alimentação é provida por uma bateria que fica

sendo carregada enquanto a rede elétrica está funcionando

corretamente. Essa bateria possui uma autonomia, que em

geral não é muito grande (nos no-breaks mais comuns, essa autonomia é de algo entre 10 e 15

minutos). Por isso, o no-break não deve ser usado para ficar usando o computador enquanto não há

luz, mas sim para dar a oportunidade de salvar o seu trabalho e então desligar o micro.

Tanto que não é recomendado que você ligue outros periféricos ao no-break, tais como

impressoras e scanners. Nesse equipamento você deve conectar somente o micro e o monitor.

3.1.2. A Tomada do Micro

A tomada do micro deve ser preparada do mesmo jeito em qualquer lugar do mundo, dentro

dos padrões internacionais. Uma tomada utilizada em sistema de microcomputador tem a seguinte

configuração:

• O fio FASE deve ser instalado no pólo da direita da tomada;

• O fio NEUTRO deve ser instalado no pólo da esquerda da tomada;

Estabilizador de Tensão

No-breaks

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• O fio TERRA deve ser instalado no pólo inferior da tomada;

Figura ilustrativa de uma tomada convencional

3.1.3. Aterramento

O aterramento é feito para proteger o seu computador de eletricidade estática.

Figura ilustrativa de instalação de um aterramento padrão

Muitos problemas que acontecem no computador são decorrentes de uma instalação

inadequada. Muitas vezes o usuário na ansiedade de ver o computador funcionando não tem o devido

cuidado com a instalação e usa adaptadores para ligar o micro em uma tomada comum ou retira o

pino de terra da tomada do computador, tais como:

O computador torna-se mais sensível a interferências provenientes da rede elétrica. Podemos

levar choque quando tocamos em algumas das partes metálicas do computador. Pode acontecer um

curto circuito quando realizamos a conexão do computador com outros periféricos, tais como:

monitor, impressora e modem.

Alguns defeitos na fonte de alimentação podem tornar-se irrecuperáveis mesmo tendo fusíveis

de proteção. Muitas empresas anulam a garantia de seus micros caso estes tenham sido ligados sem o

fio terra.

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3.2. Principais Componentes e Conceitos

Um sistema informativo é constituído, simplificadamente, por: Unidade Central de

Processamento (CPU), Dispositivos de Entrada (Input), Dispositivos de Saída (Output) e

Dispositivos de Armazenamento (Memórias).

Neste tópico estaremos aprendendo um pouco mais detalhadamente sobre cada um destes

componentes, suas funções dentro da estrutura do sistema informativo.

Estrutura básica de um sistema computacional (considerando apenas o hardware)

Imagem ilustrativa do funcionamento do computador (considerando os softwares)

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3.2.1. Gabinetes

Diferentemente de outros eletrodomésticos que utilizam fontes lineares, os microcomputadores

utilizam fontes chaveadas, pois estas permitem uma substancial redução de tamanho e são mais

eficientes. A potência da fonte deve ser compatível com o tipo de micro a ser montado e com seus

periféricos.

O dimensionamento de uma fonte para um microcomputador depende da quantidade de

periféricos, e consequentemente das placas que serão ligadas no barramento de expansão. Sempre

nesses casos devemos escolher uma fonte onde não se utilize mais de 2/3 da sua potência nominal.

As tensões geradas por uma fonte chaveada para microcomputadores são 5VDC, 12VDC, -12VDC e

-5VDC. Além desses, existe um sinal de +5VDC gerado pela fonte denominado POWER GOOD.

Este tem como função indicar à placa-mãe o perfeito funcionamento da fonte e a partir deste, o

chipset gera sinais de RESET para todos CIs da placa. Tudo depende do bom funcionamento da

fonte.

Fonte de Alimentação

Os compartimentos de drives do gabinete são os chamados "baias". Variam segundo a

quantidade e o comprimento, geralmente de 3½" (para HDs e Floopy Drives) e 5¼" (CD-ROMs). Os

PC's normalmente são montados em gabinetes padrões no formatos Torre (Mini tower, Midi tower e

Full tower) ou Mesa (Desktop e Desktop slim).

Gabinete Torre Full e Midi Gabinete Torre Mini Gabinete Mesa

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Os modelos midi e mini tower são normalmente empregados na integração de PC’s para

aplicações profissionais ou domésticas. Para ambientes nos quais a economia de espaço é

fundamental, recomenda-se a utilização dos modelos Desktop ou Desktop slim, já que o monitor de

vídeo poderá ser utilizado sobre o gabinete. Geralmente os gabinetes desktops necessitam que um

ventilador interno adicional seja instalado para compensar o menor espaço interno (que dificulta sua

refrigeração). Outra desvantagem dos modelos desktop’s é a falta de espaço para a instalação de

periféricos adicionais.

O modelo full tower é empregado para integração de PC’s servidores, já que esses

disponibilizam espaço suficiente para a integração de vários periféricos adicionais (vários HD),

motherboard’s com dimensão maior e também maior circulação de ar interno.

Do ponto de vista externo, um gabinete ATX é bem parecido com um gabinete AT (antigos

modelos). As diferenças são mínimas. Uma delas é que o velho botão Turbo, bem como o Turbo

LED, que já haviam caído em desuso há alguns anos, foram definitivamente eliminados.

Gabinetes AT e ATX

3.2.2. Placa Mãe

Placa Mãe (Motherboard em inglês) ou Placa Principal é o componente base dos

microcomputadores atuais. Traz todos os componentes que permitem ao processador comunicar-se

com os demais periféricos: discos rígidos, placas de vídeo, etc. Outra função importante da placa

mãe é acomodar e alimentar eletricamente o processador.

A placa mãe é desenvolvida para atender às características especificas de famílias de

processadores, incluindo até a possibilidade de uso de processadores ainda não lançados, mas que

apresentem as mesmas características previstas na placa. A placa mãe é determinante quanto aos

componentes que podem ser utilizados no micro e sobre as possibilidades de upgrade, influenciando

diretamente na performance do micro.

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Imagem de uma placa principal / placa mãe

Diversos componentes integram a placa-mãe. Alguns destes componentes serão analisados a

seguir:

a. Chipset

Denomina-se chipset os circuitos de apoio ao microcomputador que gerenciam praticamente

todo o funcionamento da placa-mãe (controle de memória cache, DRAM, controle do buffer de

dados, interface com a CPU, etc.). O chipset é composto internamente de vários outros pequenos

chips, um para cada função que ele executa. Há um chip controlador das interfaces IDE, outro

controlador das memórias, etc. Existem diversos modelos de chipset’s, cada um com recursos bem

diferentes. Devido à complexidade das motherboards, da sofisticação dos sistemas operacionais e do

crescente aumento do clock, o chipset é o conjunto de CIs (circuitos integrados) mais importante do

microcomputador. Fazendo uma analogia com uma orquestra, enquanto o processador é o maestro, o

chipset seria o resto!

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b. BIOS

O BIOS (Basic Input Output System), ou sistema básico de entrada e saída, é a primeira

camada de software do micro, um pequeno programa que tem a função de “iniciar” o

microcomputador. Durante o processo de inicialização, o BIOS é o responsável pelo reconhecimento

dos componentes de hardware instalados, dar o boot, e prover informações básicas para o

funcionamento do sistema. O BIOS é a camada que viabiliza a utilização de Sistemas Operacionais

diferentes (Linux, Unix, Hurd, BSD, Windows, Apple etc.) no microcomputador. É no BIOS que

estão descritos os elementos necessários para operacionalizar o Hardware, possibilitando aos

diversos S.O. acesso aos recursos independe de suas características específicas.

O BIOS é gravado em um chip de memória do tipo EPROM (Erased Programmable Read Only

Memory). É um tipo de memória "não volátil", isto é, desligando o computador não há a perda das

informações (programas) nela contida. O BIOS contém dois programas: POST (Power On Self Test)

e SETUP para teste do sistema e configuração dos parâmetros de inicialização, respectivamente, e de

funções básicas para manipulação do hardware utilizadas pelo Sistema Operacional.

Quando inicializamos o sistema, um programa chamado POST conta a memória disponível,

identifica dispositivos plug and play e realiza uma checagem geral dos componentes instalados,

verificando se existe algo de errado com algum componente. Após o término desses testes, é emitido

um relatório com várias informações sobre o hardware instalado no micro. Este relatório é uma

maneira fácil e rápida de verificar a configuração de um computador. Para paralisar a imagem tempo

suficiente para conseguir ler as informações, basta pressionar a tecla “pause/break” do teclado.

Caso seja constatado algum problema durante o POST, serão emitidos sinais sonoros indicando

o tipo de erro encontrado. Por isso, é fundamental a existência de um alto-falante conectado à placa

mãe. Atualmente algumas motherboard's já utilizam chips de memória com tecnologia flash.

Memórias que podem ser atualizadas por software e também não perdem seus dados quando o

computador é desligado, sem necessidade de alimentação permanente. As BIOS mais conhecidas

são: AMI, Award e Phoenix. 50% dos micros utilizam BIOS AMI.

c. Slot’s para Módulos de Memória

Na época dos micros XT e 286, os chips de memória eram encaixados (ou até soldados)

diretamente na placa mãe, um a um. O agrupamento dos chips de memória em módulos (pentes),

inicialmente de 30 vias, e depois com 72 e 168 vias, permitiu maior versatilidade na composição dos

bancos de memória de acordo com as necessidades das aplicações e dos recursos financeiros

disponíveis. Durante o período de transição para uma nova tecnologia é comum encontrar placas mãe

com slots para mais de um modelo. Atualmente as placas estão sendo produzidas apenas com

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módulos de 168 vias, mas algumas comportam memórias de mais de um tipo (não simultaneamente):

SDRAM, Rambus ou DDR-SDRAM.

d. Clock

Relógio interno baseado num cristal de Quartzo que gera um pulso elétrico. A função do clock

é sincronizar todos os circuitos da placa mãe e também os circuitos internos do processador para que

o sistema trabalhe harmonicamente. Estes pulsos elétricos em intervalos regulares, são medidos pela

sua freqüência cuja unidade é dada em hertz (Hz). 1 MHz é igual a 1 milhão de ciclos por segundo.

Normalmente os processadores são referenciados pelo clock ou freqüência de operação: Pentium IV

2.8 MHz.

3.2.3. Layout da Placa Mãe

Layout da Placa Mãe (Modelo AT)

3.2.4. Microprocessador (CPU)

O Microprocessador ou Unidade Central de Processamento é o coração de um

microcomputador, mas não é necessariamente o maior responsável pelo desempenho. Assim como a

escolha do processador é importante, a dos demais componentes é tão ou até mais critica.

Há uma máxima que diz: Um micro será tão rápido quanto seu componente mais lento.

A escolha de um processador não deve recair apenas em sua velocidade de operação (clock),

mas sim, no conjunto das suas especificações em consonância com os demais componentes do micro.

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Imagens de microprocessadores

a. Clock Speed ou Clock Rate

É a velocidade pela qual um microprocessador executa instruções. Quanto mais rápido o clock,

mais instruções uma CPU pode executar por segundo. Usualmente, a taxa de clock é uma

característica fixa do processador. Porém, alguns computadores têm uma "chave" que permite 2 ou

mais diferentes velocidades de clock. Isto é útil porque programas desenvolvidos para trabalhar em

uma máquina com alta velocidade de clock podem não trabalhar corretamente em uma máquina com

velocidade de clock mais lenta, e vice versa. Além disso, alguns componentes de expansão podem

não ser capazes de trabalhar a alta velocidade de clock.

Assim como a velocidade de clock, a arquitetura interna de um microprocessador tem

influência no seu desempenho. Dessa forma, 2 CPU´s com a mesma velocidade de clock não

necessariamente trabalham igualmente. Enquanto um processador Intel 80286 requer 20 ciclos para

multiplicar 2 números, um Intel 80486 (ou superior) pode fazer o mesmo cálculo em um simples

ciclo. Por essa razão, estes novos processadores poderiam ser 20 vezes mais rápido que os antigos

mesmo se a velocidade de clock fosse a mesma. Além disso, alguns microprocessadores são

superescalar, o que significa que eles podem executar mais de uma instrução por ciclo.

Como as CPU´s, os barramentos de expansão também têm a sua velocidade de clock. Seria ideal que

as velocidades de clock da CPU e dos barramentos fossem a mesma para que um componente não

deixe o outro mais lento. Na prática, a velocidade de clock dos barramentos é mais lenta que a

velocidade da CPU.

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b. Overlock

Overclock é o aumento da freqüência do processador para que ele trabalhe mais rapidamente.

A freqüência de operação dos computadores domésticos é determinada por dois fatores:

• A velocidade de operação da placa-mãe, conhecida também como velocidade de barramento, que

nos computadores Pentium pode ser de 50, 60 e 66 MHz.

• Um multiplicador de clock, criado a partir dos 486 que permite ao processador trabalhar

internamente a uma velocidade maior que a da placa-mãe.

Vale lembrar que os outros periféricos do computador (memória RAM, cache L2, placa de

vídeo, etc.) continuam trabalhando na velocidade de barramento. Como exemplo, um computador

Pentium 166 trabalha com velocidade de barramento de 66 MHz e multiplicador de 2,5x. Fazendo o

cálculo, 66 x 2,5 = 166, ou seja, o processador trabalha a 166 MHz mas se comunica com os demais

componentes do micro a 66 MHz. Tendo um processador Pentium 166 (como o do exemplo acima),

pode-se fazê-lo trabalhar a 200 MHz, simplesmente aumentando o multiplicador de clock de 2,5x

para 3x. Caso a placa-mãe permita, pode-se usar um barramento de 75 ou até mesmo 83 MHz

(algumas placas mais modernas suportam essa velocidade de barramento). Neste caso, mantendo o

multiplicador de clock de 2,5x, o Pentium 166 poderia trabalhar a 187 MHz (2,5 x 75) ou a 208 MHz

(2,5 x 83). As freqüências de barramento e do multiplicador podem ser alteradas simplesmente

através de jumpers de configuração da placa-mãe, o que torna indispensável o manual da mesma. O

aumento da velocidade de barramento da placa-mãe pode criar problemas caso algum periférico

(como memória RAM, cache L2, etc.) não suporte essa velocidade.

Quando se faz um overclock, o processador passa a trabalhar a uma velocidade maior do que

ele foi projetado, fazendo com que haja um maior aquecimento do mesmo. Com isto, reduz-se a vida

útil do processador de cerca de 20 para 10 anos (o que não chega a ser um problema já que os

processadores rapidamente se tornam obsoletos). Esse aquecimento excessivo pode causar também

frequentes "crashes" (travamento) do sistema operacional durante o seu uso, obrigando o usuário a

reiniciar a máquina.

Ao fazer o overclock, é indispensável à utilização de um cooler (ventilador que fica sobre o

processador para reduzir seu aquecimento) de qualidade e, em alguns casos, uma pasta térmica

especial que é passada diretamente sobre a superfície do processador.

3.2.5. Memórias

Uma memória é um dispositivo capaz de armazenar informações. No micro, utilizamos alguns

tipos diferentes, sendo os principais: ROM, RAM, Cache e CMOS. Quando falamos de memória

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estamos nos referindo àquela composta por Circuitos Integrados (CI’s). Os CI’s são construídos com

pequenos pedaços de silício que é um metal semicondutor.

a. Memória ROM (Read Only Memory – Memória só de leitura)

É uma memória que contém dados gravados na fábrica, fundamentais para o funcionamento

básico do sistema. Algumas podem ser regravadas, mas não o são durante a operação normal da

máquina; apenas em situações especiais como atualizações. A principal memória ROM do micro é a

chamada BIOS, que recebe esse nome de um dos programas armazenados em seu interior que ao

todo são três: POST, BIOS e SETUP. Cada um desses programas possui uma função específica.

POST (Power On Self Test – Teste inicial ao ligar): Testa a máquina a cada vez que é ligada, para

verificar se ela tem condições de prosseguir o processamento sem erros. O POST detecta erros fatais

capazes de impedir o funcionamento seguro da máquina. Testa principalmente: a memória RAM, a

placa de vídeo, o micro-processador, a placa-mãe, driver de disquete e teclado. Caso seja encontrado

um erro, o sistema permanecerá travado (o boot não irá prosseguir) e uma série de apitos será emitida

através do alto-falante do sistema. Essa série de apitos obedece a um código, informando a natureza

da falha encontrada. Cada modelo de BIOS usa um código diferente, e, portanto, só poderemos

identificar o erro caso conheçamos o código para aquela BIOS. Caso contrário, será necessária a

substituição de peças para diagnosticar o defeito.

BIOS (Basic Input-Output System – Sistema básico de entrada e saída): Programa básico que

controla todo o fluxo de informações no micro. Opera de acordo com as configurações de hardware e

preferências carregadas através do setup na CMOS.

SETUP: Programa de configuração que nos permite informar ao sistema, dispositivos de hardware

presentes e opções de funcionamento. As placas-mãe novas permitem também o monitoramento de

algumas funções através do Setup – temperatura do microprocessador, por exemplo. O setup é o

programa que nos dá acesso à configuração; os dados configurados através dele são gravados numa

memória chamada CMOS. Cada versão de ROM da BIOS possui um setup diferente, correspondente

aos recursos presentes na placa-mãe onde está implantada. Existem diversos fabricantes de BIOS,

sendo os mais encontrados AMI, Award e Phoenix. Cada um apresenta aparência diferente, porém o

conteúdo é equivalente.

b. Memória RAM

Representa a maior parte da memória que vamos encontrar no computador. Quando dizemos

que um micro tem 16 MB de memória estamos nos referindo à DRAM. Constitui a memória de

trabalho do microprocessador. Os programas em atividade, assim como os dados em processamento,

ficam na memória RAM. As instruções a serem executadas e os dados a serem processados são lidos

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na memória RAM; os resultados são armazenados também na memória RAM. Embora montada na

placa-mãe, a memória RAM é considerada um módulo à parte, pois pode ser trocada ou expandida

independentemente.

Tipos de memória RAM

A memória RAM é constituída de células de memória, capazes de armazenar um bit cada uma,

construídas dentro de chips de maneira que podem ser acessadas diretamente onde está a informação

que nos interessa, através de endereçamento. Os chips são agrupados em placas de pequeno porte

chamadas PENTES que são encaixadas em slots próprios na placa-mãe. Existem duas tecnologias

principais para construção dessas memórias, denominadas memória dinâmica e memória estática.

→ Dinâmica: Constituída por minúsculos capacitores, capazes de armazenar energia. Cada capacitor

armazena um bit, podendo assumir duas voltagens de carga diferentes, que representam bits 0 e 1.

Como o tamanho físico é pequeno, a quantidade de carga armazenada também é, e se perde se a

memória não for regravada de tempos em tempos. Esse processo de regravação é chamado

REFRESHING (refrescamento) e ocorre automaticamente a intervalos de tempo da ordem de mili-

segundos, comandado pela lógica da placa-mãe. Ao desligarmos a máquina, cessa a alimentação e o

refrescamento, e os dados armazenados são perdidos.

→ Estática: Constituída por pequenos flip-flops, que podem ser setados em dois estados diferentes,

representando bits 0 e 1. O flip-flop, uma vez setado, não muda de estado a não ser que seja forçado

pelo circuito de controle, e por isso não é necessário refrescamento para esse tipo de memória.

Quando o equipamento é desligado, cessa a alimentação e os flip-flops são desligados, perdendo-se

os dados gravados na memória.

Tamanhos e tipos de pentes de memória

Nos XT e nos primeiros 286, as memórias não eram agrupadas em pentes. Os chips eram

diretamente soquetados nas placas-mãe. A quantidade de chips era grande e isso dificultava a

manutenção. Em seguida, surgiram os pentes, que foram evoluindo em capacidade, tipo e tamanho.

Pente Utilização

30 PINOS Usado do 286 ao 486. Capacidade típica entre

256KB e 2MB. Memória dinâmica SIMM.

72 PINOS

Usado do 486 ao Pentium MMX. Capacidade típica

entre 4 e 16 MB. Memória dinâmica SIMM, de

tipos FP (Fast Page) ou EDO (Extended Data

Output).

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168 PINOS

Usado do Pentium 2 ao Pentium 3. Capacidade

típica entre 32 e 256 MB. Memórias dinâmicas

EDO ou estática.

184 PINOS

Usado a partir do Pentium 4. Capacidade típica

entre 128 e 256 MB. Memórias dinâmicas dos tipos

RAMBUS ou DDR (Double Data Rate).

c. Memória CACHE

É uma memória que podemos chamar de secretária, ou seja, deixa na mão tudo aquilo que nós

mais utilizamos para facilitar a busca de arquivos. Exemplo: quando minimizamos um programa

deixando-o na barra de tarefas, este programa está armazenado na memória cache, fazendo com que

o acesso a este programa fique mais rápido, não necessitando que seja fechado o aplicativo. Esta

opção só pode ser utilizada com o micro ligado.

A memória cache é uma memória auxiliar utilizada pelo processador para tornar mais rápido o

acesso às informações gravadas na memória RAM. Verificou-se que o processador, durante a

operação, acessa repetidas vezes o mesmo endereço de memória RAM, buscando a mesma

informação. Como a memória cache é mais rápida, embora de menor capacidade que a RAM, os

dados lidos são copiados na cache, permitindo que a próxima leitura seja efetuada nela, o que agiliza

o processamento. Normalmente existem duas memórias cache no sistema:

→ Cache Interno ou L1 (Level 1 – nível 1): Fica dentro do chip do micro-processador. Tem pouca

capacidade devido ao pouco espaço disponível, mas como está dentro do micro-processador, trabalha

com o seu clock interno e por isso é muito veloz.

→ Cache Externo ou L2 (Level 2 – nível 2): Fica soldado na placa-mãe. Tem maior capacidade

devido ao maior espaço disponível, mas como está fora do micro-processador, trabalha com o seu

clock externo e por isso é mais lento que o cache interno. Os dados que se encontram armazenados

na cache são arquivados em outra memória que funciona como se fosse um índice, chamada TAG

RAM, e que está também implementada na placa-mãe. A existência de um cache de tamanho

razoável dá ao sistema um desempenho muito superior ao de outro idêntico, porém, sem cache ou

com cache reduzido. Nas placas de hoje em dia o cache não é expansível.

d. Memória CMOS

Memória fabricada com tecnologia CMOS (Complementary Metal Oxide Silicon) que tem a

função de armazenar os dados configurados no Setup. A CMOS é uma memória volátil, isto é,

quando sem alimentação, ela perde os dados gravados. Por esse motivo, e porque a configuração do

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Setup é trabalhosa, a CMOS é alimentada por uma bateria presente na placa-mãe. Quando o micro é

desligado, a bateria mantém a CMOS alimentada, garantindo que ao ser ligado novamente, não seja

necessária nova configuração.

Tipos de Memória

3.2.6. Barramentos

O barramento (bus em inglês) é a auto-estrada dos dados. O barramento transporta dados entre o

processador e outros componentes. É através do barramento que o processador comunica-se com seu

exterior: memória, chips da placa principal, placas de expansão, etc.

Barramento duplo

CPU Barramento Local

RAM

CACHE

RAM

Interface Barramento E/S

Dispositivos E/S

Externos

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A maior parte dos sinais digitais que compõem os barramentos são originados no próprio

processador, a partir dos seus três barramentos básicos:

– Barramento de dados: transferidos bit a bit por cada uma das vias;

– Barramento de endereços: indicam o local de destino/origem dos dados;

– Barramento de controle: sinais de relógio, sinais de interrupção, etc.

Atualmente distinguem-se dois tipos de barramento na placa principal:

– Barramento Local : que interliga CPU e memória. É a parte do barramento que melhor

desempenho deverá ter no sistema.

– Barramento de Entrada/Saída(E/S): interliga todos os outros dispositivos ao barramento local,

sendo a sua velocidade e largura (em nr.de bits) menor que a do barramento local.

a. Padrão ISA

Primeiro Barramento disponível nos PC’s. Inicialmente de 8 bits e posteriormente expandido

para 16 bits.

b. Padrão EISA e MCA Bus

Barramento de 32 bits. O EISA (Enhanced ISA), que é uma modificação do ISA, podemos

também conectar placas padrão ISA pois a filosofia do EISA é justamente manter a compatibilidade

e preservar investimentos em placas já feitos. O MCA, desenvolvido pela IBM e de pouca aceitação

no mercado, apenas aceita placas do mesmo padrão.

c. Padrão VLBUS (VESA Local Bus)

O barramento VESA Local Bus é uma extensão física do barramento ISA capaz de executar

transferência de dados de 32 bits, podendo ainda aceitar placas adaptadoras de 8 ou 16 bits ISA.

Desenvolvido principalmente para os processadores 486, não permitem mais que 3 slots VLBUS nas

motherboards. Foi abandonado com a introdução do barramento PCI.

Barramento ISA de 8 bits

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d. Padrão PCI (Peripheral Component Interconnect)

Desenvolvido inicialmente pela Intel, os slots são de 32 bits e só aceitam placas desenvolvidas

para esse padrão sendo uma mudança radical no projeto dos barramentos de expansão, abolindo

totalmente a dependência de slot ISA. Este barramento é independente do processador podendo ser

implementado em qualquer arquitetura de processamento, ao contrário do VESA Local Bus, que foi

desenvolvido especialmente para os 486.

e. Porta Serial

A porta serial é uma porta de comunicação que utiliza um pino para transmissão dos dados e

outro para recepção, sendo os bits transmitidos um a um, em série. Os demais pinos são utilizados

para controle entre o computador (DTE) e o dispositivo de transmissão (DCE). A saída serial de um

microcomputador é utilizada para diversos fins como por exemplo: ligação de um fax modem

externo, mouse, plotter, impressora serial, conexão micro a micro e muitas outras coisas. As portas

seriais eram capazes de transmitir dados à velocidade de 9600 bps, enquanto as mais recentes podem

transmitir até a 115600 bps. Normalmente estão disponíveis 2 portas seriais com conectores

diferentes, voltados, principalmente, para conexão de um mouse serial (conector de 9 pinos) e um

modem externo (conector 25 pinos).

f. Porta Paralela

Utiliza o padrão Centronics e também é conhecida como interface para impressora pela grande

utilização para este fim. Neste tipo de conexão os dados são enviados em lote bits, podendo atingir

velocidades maiores que na comunicação serial mas, apresenta limitações quanto a distância máxima

do cabo. É utilizada normalmente para conexão de impressoras locais e “Zip Drives” além de

também ser utilizada por cadeados eletrônicos de proteção de softwares.

g. Interface de Disco IDE

As placas mais antigas não dispunham de interfaces IDE (Integrated Device Electronics) para

discos rígidos e nem drives de disquetes, portas paralelas e seriais. Esses componentes eram

viabilizados pela utilização de placas controladoras adicionais chamadas de Super-IDE ou Multi I/O.

A partir da era dos 486, estas interfaces passaram a vir integradas à placa mãe e as controladoras

integradas aos próprios drives. Cada interface IDE localizada na placa mãe permite a conexão de

dois drives. Eles podem ser o ser 2 discos rígidos ou 1 disco rígido e 1 drive de CD-ROM ou Zip

drive ou até mesmo 2 CD-ROM. Como cada placa mãe, normalmente, tem duas portas, podemos

conectar até 4 dispositivos IDE. A controladora de disquetes permite a instalação de até dois

drives.h. SCSI (Small Computer System Interface).

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h. AGP (Accelerated Graphics Port)

O AGP é uma interface desenvolvida para gráficos de alta performance (especialmente

gráficos 3D). Ao invés de usar o barramento PCI para dados gráficos, o AGP introduz um canal

ponto-a-ponto dedicado para que a controladora gráfica possa acessar diretamente a memória

principal. O canal AGP é de 32 bits e trabalha a 66 MHz, mas utiliza técnicas de duplicação de clock

para uma velocidade efetiva de 133 MHz. Isto proporciona uma largura de banda de 533 MB por

segundo. Além disso, permite que texturas 3D sejam armazenadas na memória principal ao invés da

memória de vídeo. Assim consegue dispor de uma quantidade maior de memória sem encarecer

demais a placa de vídeo.

Barramento AGP

i. Interface USB (Universal Serial Bus)

Desenvolvido por 7 companhias (Compaq, DEC, IBM, Intel, Microsoft, NEC e Northern

Telecom), permite conectar periféricos por fora do gabinete do computador, sem a necessidade de

instalar placas e reconfigurar o sistema. Computadores equipados com o USB permitem que

periféricos sejam automaticamente configurados tão logo estejam conectados fisicamente, sem a

necessidade de reboot ou programas de setup. O número de acessórios ligados a porta USB pode

chegar a 127, usando para isso um periférico de expansão. A conexão é Plug and Play e pode ser

feita com o computador ligado. A taxa de dados de 12 megabit/s da USB acomoda uma série de

periféricos avançados, incluindo produtos baseados em Vídeo MPEG- 2, digitalizadores e interfaces

de baixo custo para ISDN (Integrated Services Digital Network) e PBXs digital.

j. Fireware

Este é um padrão relativamente novo, que tem várias características comuns com o USB, mas

traz a vantagem de ser bem mais rápido, permitindo transferências a 400 Mbps contra 12 Mbps da

USB. Esta interface foi desenvolvida pela Sony para utilização em aparelhos de áudio e vídeo,

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entretanto, como é um padrão aberto, tem boas chances de tornar-se popular. O Fireware pode ser

utilizado para conexão de câmeras digitais, impressoras, dispositivos de áudio, criação de redes

locais de alta velocidade e até conexão de discos rígidos externos. A principal vantagem dessa

interface é a simplicidade. Por ser um barramento serial, tanto as controladoras, quanto os cabos são

muito baratos de se produzir. O cabo utilizado é composto por apenas 3 pares de fio, dois pares para

a transferência de dados e um para fornecimento elétrico. Como na USB, existe suporte a conexão a

“quente”, ou seja, é possível conectar e desconectar periféricos com o micro ligado.

3.2.7. Placas Controladoras de Vídeo

Quanto maior a definição e o número de cores, mais memória é exigida na placa de vídeo e

mais desempenho será exigido do sistema. As placas de vídeo on-board geralmente usam parte da

memória RAM como memória de vídeo, diminuindo o espaço disponível para outras aplicações.

CGA: primeiro padrão colorido para computadores pessoais. Com resolução em monocromático, 4

tons de cinza ou 4 cores, 16 tons de cinza ou em cores. Normalmente tinham barramento de 8 bits.

EGA: Com resolução mais avançada. Com 64 cores. Normalmente tinham barramento de 8 bits.

VGA: Com 16 ou 256 cores, dependendo da capacidade de memória que a placa possuir.

3D: A fim de melhorar o desempenho na formação de imagens tridimensionais, foram criadas as

placas de vídeo 3D. Com uma placa dessas no micro, o processador principal, em vez de enviar

informações de cada ponto que precisa ser desenhado na tela, envia somente a localização das

vértices dos polígonos presentes na imagem e o processador 3D faz a ligação desses pontos na tela.

Há várias placas de vídeo 3D no mercado. Assim como as placas de vídeo tradicionais, as principais

características de placas 3D são provenientes do chipset e quantidade de memória de vídeo. Há uma

grande quantidade de chipsets 3D: GeForce, Voodoo, Savege 2000, TNT, ATI Radeon, além das

versões mais recentes desses chipsets, como as GeForce FX e ATI série X, e assim por diante.

Placa de Vídeo GeForce9500 GT Placa de Vídeo ATI Randeon HD 5770

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3.2.8. Plug and Play

O conceito de Plug and Play (PnP) (Liga e Pronto) é uma norma de interligação de dispositivos

adicionais que facilita a rápida e automática ligação destes ao resto do sistema. A configuração de

IRQ’s, canais de DMA, endereços de E/S de cada dispositivo nem sempre é uma tarefa simples e

rápida. Por exemplo, a instalação dum modem num computador poderá ser uma tarefa complicada

visto que o IRQ normalizado para a seu funcionamento coincide com o IRQ para uma porta serial. Se

o modem for compatível com a norma PnP, ele tem capacidade de negociar com o barramento a

utilização destes parâmetros dinâmica e rapidamente, sem necessidade da intervenção do usuário.

Além disso, é necessário que a arquitetura do computador e o sistema operativo sejam compatíveis

PnP. Desde o surgimento do processador Pentium que todas as arquiteturas são compatíveis PnP. Os

sistemas Windows 95, 98, 2000 e XP são compatíveis. Alguns sistemas como o Windows NT e

algumas versões do Linux oferecem uma compatibilidade limitada.

4. DISPOSITIVOS DE ENTRADA E SAÍDA – E/S (Input / Output – I/O)

Os dispositivos de entrada e saída (E/S) ou input/output (I /O) são também denominados

periféricos. Eles permitem a interação do processador com o usuário, possibilitando a entrada e/ou a

saída de dados.

Existem três tipos de dispositivos: de entrada (input), de saída (output) e de entrada e saída

(input/output).

● Dispositivos de Entrada (Input): Joystick, Teclado, Mouse, Scanner.

● Dispositivos de Saída (Output): Impressora, Monitor, Data show, Plotter.

● Dispositivos de Entrada e Saída (Input / Output): Disquete, CDs e DVDs Regraváveis, Modem

Externo, Styck USB, Placa de Som, Disco Rígido, Modem Interno, Placa de Rede.

4.1. Monitores de Vídeo

É principal dispositivo de saída de dados. Existem monitores que servem também para entrada

de dados: os monitores touch-screen, que tem seu funcionamento parecido a de um mouse.

Encontramos vários tipos e modelos de monitores disponíveis no mercado. Eles se diferem na

resolução e modo de operação. Quanto à resolução podemos ter monitores tipos CGA, EGA, VGA e

Super VGA além de serem monocromáticos, em tons de cinza ou coloridos. Temos também os

monitores entrelaçados que se diferem no modo que são gerados os sinais de varredura horizontal.

A resposta em frequência (ou largura de banda, medida em MHz) dos monitores é o que limita

a resolução que este pode apresentar ao usuário, ou seja, o sinal de maior frequência que pode ser

processado pelos circuitos do monitor. Quanto maior a resolução necessária maior resposta em

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frequência o monitor deve ter. Alguns monitores têm uma frequência fixa, o que significa que só

aceitam a entrada de dados a uma determinada frequência. Outros tipos de monitores (multiscanning

monitor), se ajustam automaticamente à frequência de sinal enviada a ele, o que permite maior

compatibilidade com diferentes tipos de placas de vídeo. Observe que, a resolução é diretamente

proporcional à quantidade de pontos apresentados na tela e quanto maior a resolução menor fica a

informação na tela. Em monitores de 14' SVGA a resolução de 800 x 600 é a mais cômoda. O padrão

de resolução dos monitores SVGA modernos é 1024 x 768 pixels. Alguns monitores avançados

permitem a resolução de 1280 x 1024, ou mesmo 1600 x 1200. Outra característica importante dos

monitores VGA/SVGA coloridos é o dot pitch medido em milímetros. Quanto menor este valor mais

nitidez terá a imagem e atualmente nos monitores SVGA este valor situa-se em torno de 0,26mm e

0,39mm.

Os monitores touch screen devem ser utilizados com placa especial para sua configuração,

reconhecimento do monitor e calibragem. Além dos monitores tradicionais, temos os monitores de

cristal líquido, sendo monocromáticos ou coloridos, largamente utilizados em notebook ou similares

devido ao baixo consumo de energia.

Monitores VGA, LCD e Touch Screen

4.2. Teclado

Existem dois tipos básicos de teclados: captativos e

o de contato. No primeiro tipo toda vez que uma tecla é

pressionada forma-se uma capacitância e há a

modificação do sinal (corrente elétrica) detectada. No de

contato existe realmente o contato em duas partes de

metal permitindo ou não a passagem da corrente elétrica.

Em todo teclado existe um microprocessador que

fica "procurando" todas as teclas para verificar qual foi

pressionada. Através de um circuito tipo matriz esta tecla gera um código de varredura (Scan Code) e

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este é enviado para o BIOS da motherboard que faz o reconhecimento da tecla através de uma tabela

(código binário). A principal questão, que interfere no funcionamento dos teclados atualmente,

refere-se ao padrão de teclas utilizado e ao idioma do país ao qual se destina, implicando numa

correta configuração dessas características para o perfeito funcionamento de todas as teclas e

acentuação. Os teclados podem vir com conectores DIM ou mini DIM (PS/2). Existe um conversor

para compatibilizar esses dois conectores (DIM ← → PS/2) que permite a utilização do teclado em

qualquer situação.

Entretanto o uso desse conversor não é recomendado pois implica num esforço mecânico

adicional no conector da placa-mãe (maior peso no cabo) possibilitando o ocorrência de mau contato

do teclado.

4.3. Mouse

Mouse é um mecanismo que serve para interagir com

aplicações gráficas e pode ser ligado a uma saída

serial, ps/2 ou USB. Baseado num mecanismo

bastante simples composto de uma esfera e 2 eixos,

permite a movimentação de um ponto na tela podemos

selecionar a opção desejada de maneira rápida. O

mouse pode ter 3 botões (padrão Mouse System, em

desuso) e 2 botões (padrão Microsoft).

Atualmente são disponíveis modelos sem fio e também óticos, que utilizam um feiche de luz

para determinação do movimento. Nos notebooks são usados três tipos de mouse:

• Trackball – o controle do movimento é feito através de uma bola situada à frente do teclado;

• Touchpad – usa uma tela sensível ao toque para controlar o movimento. Não possui partes móveis;

• Trackpoint – consiste de um minúsculo joystick posicionado entre as teclas G, H e B.

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4.4. Hard Disk ou Disco Rígido

O Hard Disk (disco rígido) é um sistema de

armazenamento de alta capacidade e desempenho

que permite tanto o acesso sequencial, quanto

aleatório aos dados. Isso quer dizer que as

informações podem ser recuperadas

independentemente da posição que ocupam no disco.

É composto por um ou mais discos metálicos,

recobertos com uma camada de material

magnetizável, montados em um eixo de rotação

comum (splindle motor) girando a 3600/5600/7200

rpm. Alguns modelos mais novos podem chegar a 10000 rpm. O tempo de acesso vária entre 8 e 12

milessegundos e a capacidade atual – comum – é de muitos Gigabytes(20, 40, 80, ...).

4.5. Formatação do Hard Disk

Para serem utilizados, os discos rígidos precisam ser formatados física e logicamente. Nos

discos atuais a formatação física é feita durante o processo de fabricação e, normalmente, não há

necessidade de ser refeita. Quanto à formatação lógica, essa é essencial para adequar a área de

armazenamento ao Sistema Operacional no qual o disco vai ser utilizado e deve ser providenciada na

primeira instalação do disco.

A formatação lógica corresponde a criação de um Sistema de Arquivos: Estrutura que permite

o mapeamento do espaço de armazenamento e ao gerenciamento da utilização desse espaço e dos

arquivos armazenados. Os sistemas de arquivos são inerentes aos sistemas operacionais onde são

utilizados, podendo apresentar certo grau de compatibilidade. Por exemplo, o Sistema Operacional

Linux contém os drivers necessários para operar com sistemas de arquivos FAT16 ou FAT32. Eis

alguns exemplos de sistemas de arquivos:

➢ Linux: EXT2, EXT3, ReiserFS

➢ Windows: FAT16, FAT32, NTFS

➢ OS/2: HPFS

O diferencial entre esses sistemas de arquivos esta na administração eficiente dos espaços e nos

procedimentos de segurança que evitem a perda de dados, mesmo em casos de travamento ou falta

de energia. Os sistemas de arquivos fornecem diversas ferramentas para criação, manutenção e

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exclusão de arquivos. O EXT2/EXT3 são os sistemas de arquivos nativos do Linux, apresentando

excelente performance, e também o registro de todas as operações efetuadas. Outro aspecto referente

aos sistemas de arquivos é a unidade mínima de alocação de dados: CLUSTER, ou seja, é a menor

unidade de espaço que pode ser atribuída a um arquivo. Um cluster corresponde a um ou mais

setores dependendo do tamanho do disco e das características do próprio sistema de arquivos.

Em uma partição de 1024 MB ou mais, cada cluster tem 64 setores (32 KB), enquanto discos

de 512 MB até 1024 MB adotam clusters de 32 setores. Isto significa que, em uma partição com mais

de 1024 MB, se for gravado um arquivo de 1 KB, serão desperdiçados 31 KB, já que nenhum outro

arquivo poderá ocupar aquele cluster. Um cluster pode ter o tamanho máximo de 64 setores (32 KB)

o que obriga que uma partição, em FAT16 (explicada abaixo), tenha no máximo 2 GB. Veja tabela

abaixo:

Winchester ou Partição (MB) Setores / Cluster Tamanho do Cluster (bytes)

128 a 256 8 4096

256 a 512 16 8192

512 a 1024 32 16384

1024 a 2048 64 32768

Se você dividir o espaço ocupado no seu disco (em bytes) pelo tamanho do cluster

correspondente a capacidade do Winchester, terá como resultado um número inteiro. Para diminuir o

desperdício de espaço nos discos de alta capacidade (mais de 1024 MB) ou , por obrigação, discos

com mais de 2 GB, é recomendável o particionamento do disco. Dessa forma, o sistema operacional

passa a reconhecer o Winchester como várias unidades (C:, D:, E:, etc.). Como cada unidade terá um

tamanho menor do que o Winchester inteiro, os clusters serão também menores, refletindo no

desperdício.

Como os arquivos têm diferentes tamanhos, o S.O reparte o mesmo em vários pedaços

distribuindo-os pelos espaços livres no disco. Os programas desfragmentadores fazem justamente o

serviço de reordenar o arquivo em clusters contínuos, ou seja, em sequência, aumentando a

velocidade de acesso aos arquivos.

A FAT16 (16 bits) é uma estrutura criada no MS-DOS para a localização dos clusters nos

disquetes e winchester. A FAT de 16 bits é capaz de endereçar 65526 clusters. Na chamada FAT32

(32 bits), utilizada no Windows 95 (versão OSR2), 4 bits são reservados e 228 clusters podem ser

endereçados. Isto permite criar desde partições de 8 GB com clusters de 4 KB de tamanho até

partições de 2 TB (2048 GB) com clusters de 32 KB.

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Atualmente temos dois padrões principais de Hard-Disk quanto à interface: EIDE e SCSI. Os

HD EIDE são mais comuns atualmente e os SCSI apresentam uma melhor performance e

confiabilidade. A interface IDE original suporta transferência de dados de 3.3 MB por segundo e tem

um limite de 538 MB por acessório (disco). A versão da IDE, chamada enhanced IDE (EIDE) ou

Fast-IDE, suporta transferência de dados de até 16.6 MB por segundo e dispositivos de

armazenamento de até 8.4 GB. Estes números se comparam ao que a interface SCSI oferece.

Atualmente, como as interfaces IDE (original) estão em desuso, é comum referir-se às interfaces e

discos EIDE como simplesmente IDE.

4.6. Floppy Drive

Os floppy drive (dispositivo de disco flexível) são periféricos que também permitem o acesso

aleatório aos dados. Inicialmente os PC's eram dotados apenas de unidades de disco flexível para

armazenamento dos dados. Foram muito utilizados para transporte de dados e backup's de segurança,

mas estão perdendo a importância para as novas mídias (Zip drive e CD-rom). Os floppy drive

utilizam discos de plástico recobertos com uma camada de material magnetizável para a gravação e

leitura de dados. Seu acesso é lento (0.06 Mbps em discos de 1.44 KB) e tem capacidade limitada de

até 2.88 MB por disquete. Até dois drives pode ser conectados a interface de disco flexível localizada

na placa-mãe.

As informações nos disquetes dividem-se basicamente em trilhas concêntricas, dividas em

setores físicos de 512 bytes. O ZIP Drive da Iomega é um drive externo ligado a porta paralela (ou

interno quando conectado a uma placa SCSI) que aceita pequenos discos com capacidade para

armazenar até 100 MB de informação. Esses discos também são flexíveis são acondicionados em

protetores rígidos, o que lhes garante performance e durabilidade maiores. A Iomega também fabrica

um drive de 1GB, o JAZ Drive.

4.7. Drives de CD-R / CD-RW / DVD-R / DVD-RW

O aparelho de CD se tornou um padrão mundial de gravações, pois os discos, além de serem

portáteis e oferecerem uma excelente resistência física, apresentam sons de alta qualidade, sem ruído.

O aparelho lê a superfície da mídia de CD através de um feixe ótico (laser), o que permite que

informações sejam gravadas muito próximas das outras. Como um CD trabalha com dados digitais, o

mesmo serve para o armazenamento de informações utilizadas por computadores. O CD de áudio

armazena até 74 minutos de música e 650 Mb de dados.

A velocidade de transferência de dados de uma unidade de leitura ou gravação de CD é

expressa em “X”. 1 X corresponde a uma transferência de 150 KB por segundo; portanto um CD-

ROM de 52X transfere 52x150 KB/s ou 7,8 MB/s.

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Existem ainda outros tipos de CD que são cada vez mais facilmente encontrados, todos com o

mesmo tamanho de um CD convencional:

• CD-R: Cd Recordable – estes discos só podem ser gravados uma vez, não aceitando regravações;

• CD-RW: CD Read and Write – estes discos permitem a regravação, graças ao material de mídia de

CD-RW, que é fotossensível e altera suas propriedades de acordo com a incidência do laser;

• DVD: Digital Versatile Disk - há vários padrões de DVD, os mais comuns são o DVD-5, que

consegue armazenar até 4,7 Gb de dados e o DVD-9 que pode armazenar até 9 Gb de dados. Os

discos de DVD só podem ser lidos por unidades de DVD, ou então aparelhos de DVD. Já as

unidades de DVD podem ler qualquer tipo de CD;

• DVD-RW: DVD Read and Write – com a evolução, as gravadoras de DVD passaram a ficar cada

vez mais acessíveis, assim, hoje em dia, encontramos usuários fazendo filmes caseiros e backups em

mídias de DVD. Existem vários formatos também, entre eles o DVD+R, DVD-R, DVD+RW, DVD

RW e DVD-RAM, onde deve-se verificar qual o padrão que a gravadora aceita antes de comprar a

mídia a ser usada.

Gravador de CD/DVD Interno Gravador de CD/DVD Externo

4.8. Impressoras

A impressora também é outro dispositivo de saída de dados. Ela registra em papel as imagens e

os textos que foram criados em formato digital. Pode-se dizer que faz a função contrária a do

scanner. Existem diversos tipos de impressoras, sendo os mais comuns:

4.8.1. Impressora Matricial: Esta impressora monta os

caracteres a partir de uma série de pequenos pontos que são

impressos muito próximos uns dos outros, é abastecida por

uma fita semelhante à fita de uma máquina de escrever.

Trabalham através de matriz de pontos que são literalmente

“cuspidos” a grande velocidade e pressão na folha de papel

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juntamente com a tinta, gravando os caracteres do micro. Existem impressoras de 9 e 24 agulhas.

Quanto maior o número de agulhas, maior resolução.

4.8.2. Impressora a Jato de Tinta: Imprime através de matriz de

pontos obtida pelo aquecimento de tinta na cabeça de impressão. É

silenciosa, tem boa qualidade de impressão a cores ou preto e branco

e é a mais usada em micros domésticos, para impressão de figuras e

trabalhos e escolares.

4.8.3. Impressora Laser: Utiliza um feixe de laser para

sensibilizar um cilindro especial, onde forma a imagem

a ser impressa. Essa imagem é transferida para o papel

pela atração do toner, pó que forma a impressão, e

fixada pela alta temperatura do fusor. A qualidade da

impressora laser é excelente tanto em cores como em

preto e branco. É silenciosa, rápida, porém de alto custo

inicial.

As impressoras para micro costumam usar um dos seguintes interfaces para comunicação:

• Paralelo: transfere caracter a caracter. Conecta-se à saída paralela do micro (LPT) através de um

cabo com conector DB-25 macho (no micro) e Amphenol 36 pinos (na impressora).

• Serial: transfere bit a bit, o que torna a impressão mais lenta. Conectar a uma das saídas seriais do

micro através de cabo com dois conectores DB-25 (macho na impressora e fêmea no micro) ou com

um DB-25 (macho na impressora) e um DB-9 (fêmea no micro).

• USB: também transfere bit a bit. Usa cabo com conectores específicos.

4.9. Scanner

O scanner é um equipamento que permite que uma foto ou imagem seja convertida em um

código de forma que o programa gráfico ou de editoração eletrônica possa produzi-la na tela,

imprimi-la através de uma impressora ou converter páginas datilografadas em páginas possíveis e

editoradas. Existem três principais tipos de scanners:

• Scanner alimentado por folhas: A imagem é capturada com maior precisão, mas existe a limitação

de se trabalhar somente com folhas de papel de tamanho normal.

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• Scanner de mesa: Necessita de uma série de espelhos para guardar a imagem capturada pela cabeça

de varredura em movimento e focalizada nas lentes que alimentam a imagem para um banco de

sensores. Como nenhum espelho é perfeito, a imagem sofre uma certa degradação cada vez que é

refletida.

• Scanner manual: Os scanners manuais dependem da mão humana para mover a cabeça de

varredura. É mais barato por que não precisa de um mecanismo para mover a cabeça da varredura e

nem o papel.

4.10. Multifuncionais

Este equipamento é chamado de multifuncional por

exercer as seguintes funções: imprimir, escanear e fazer

fotocópia. Mas também pode exercer outras funções como

secretária eletrônica, fax, entre outras.

4.11. Pen Drive

É um dispositivo de memória constituído por memória flash,

com aspecto semelhante a um isqueiro e uma ligação USB tipo A

permitindo a sua conexão a uma porta USB de um computador ou

outro equipamento com uma entrada USB. As capacidades atuais de

armazenamento são variadas, existindo pen drives com capacidade

de até 256 Gigabyte. A velocidade de transferência de dados pode

variar dependendo do tipo de entrada, sendo a mais comum a USB

2.0 e a mais recente a USB 3.0. Surgiu no ano de 2000, com o

objetivo de substituir o disquete, resgatar dados de computadores estragados, realizar backup com

mais facilidade, abrigar determinados sistemas e aplicativos mais utilizados.

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4.12. Drive de Disquete

Atualmente os equipamentos fabricados já não

veem com disquete, pois sua capacidade de

armazenamento já foi ultrapassada por outras

possibilidades. No entanto, é importante conhecê-los

no caso de uma situação que necessite utilizar um

equipamento mais antigo.

Os tipos mais populares são de 1.44 MB

polegadas. Cada tipo de disco tem diferentes frutos na

embalagem para indicar a capacidade. O de 1.44MB

tem dois furos e possui um envelope de plástico duro,

que dá mais proteção contra danos físicos. Em geral, os disquetes possuem uma abertura que permite

que eles possam ser protegidos contra gravações, evitando desta forma a infecção por alguns vírus

durante a leitura. Nos disquetes de 1.44, se a abertura estiver fechada, poderemos ler e escrever

normalmente e se estiver aberta, só poderemos ler. Os principais cuidados ao utilizar disquetes são:

• Mantenha sempre longe de campos magnéticos e de materiais ferromagnéticos;

• Não exponha o disquete ao calor excessivo ou ao sol;

• Não coloque objetos pesados sobre o disquetes;

• Não dobre o disquete ou fixe papeletes com clipes, pois estes produzem dobras no invólucro,

causando atrito interno durante seu uso.

5. LIGANDO O EQUIPAMENTO E VERIFICANDO SEU FUNCIONAMENTO

Se tudo foi feito corretamente podemos ligar o computador. Para isto, conecte o teclado, o

mouse e monitor de vídeo e os cabos de energia do micro e do monitor – essas são as conexões

essenciais para o teste. Caso vá utilizar outros dispositivos, efetue suas conexões também.

5.1. BOOT (Teste Inicial ao Ligar)

Quando o computador é ligado, a CPU passa a realizar vários testes para verificar se tudo está

OK. Estas rotinas de verificação (programas) estão armazenadas na BIOS. Se algo estiver errado a

CPU nos informará com diferentes tipos de beeps. O tipo do beep dependerá da BIOS que estiver na

motherboard. Este procedimento é chamado de POST (POWER ON SELF TEST). Descrição passo a

passo deste teste:

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a) Quando o computador é ligado a CPU passa a rodar um programa armazenado permanentemente

num determinado endereço o qual aponta para a BIOS (Basic Input/Output System) em ROM.

b) A CPU envia um sinal ao BUS de dados para certificar se tudo está funcionando.

c) É o teste das memórias e aparece um contador no monitor.

d) A CPU checa se o teclado está conectado e verifica se nenhuma tecla foi pressionada.

e) É enviado um sinal através do BUS de dados para verificar quais os tipos de drives estão

disponíveis.

f) Logo após o micro está pronto para iniciar o BOOT.

BIOS Beeps Significado

A

M

I

1 curto Falha no refresh da memória RAM

2 curtos Erro de paridade na memória RAM

3 curtos Falha na memória base 64KB ou CMOS

4 curtos Falha no timer

5 curtos Falha no processador

6 curtos Falha no sinal Gate A20 (determina a entrada do processador no

modo de execução protegido)

7 curtos Erro de inicialização do processador por gerar uma exceção de

interrupção

8 curtos Erro de leitura/escrita na placa de vídeo

9 curtos Erro no bit de checksum da ROM BIOS

10 curtos Erro no registrador "shutdown" para CMOS

11 curtos Erro na memória cache L2

1 longo / 3 curtos Falha no teste memória estendida (*)

1 longo / 8 curtos Falha no teste do monitor (*)

A

W

A

R

D

1 curto POST concluído sem erros

1 longo / 3 curtos Placa de vídeo mal conectada ou memória RAM da placa de

vídeo com erro

Város longos (sem

cessar)

Módulo(s) de memória danificado ou mal conectado

Vários de alta

frequência com o PC

em funcionamento

Sobreaquecimento da CPU. Verifique imediatamente a ventoinha

do cooler e a ventilação interior do gabinete.

(*) Esses erros não são fatais e não impendem o funcionamento do micro.

Após o teste inicial do microcomputador (POST), entra o processo de BOOT do micro. Mas o

que é esse tal de BOOT?

Para executar qualquer programa, antes de qualquer coisa necessitamos carregar o sistema

operacional desejado via disquetes ou pelo HD. O famoso BOOT nada mais é que uma verificação

da BIOS do equipamento, em busca de um programa que inicialize o sistema operacional. Este

processo inicial está gravado na BIOS da motherboard onde existem as instruções básicas par ele

começar a operar este programa e é lido pela CPU onde existe a instrução para leitura dos arquivos

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do sistema operacional (no MS DOS 6.2 são IO.SYS e o MSDOS.SYS) que estão gravados no

primeiro setor do harddisk ou do disquete colocado no drive A. Se um HD ou disquete estiverem

com os primeiros setores danificados eles tornam-se inutilizáveis para carregar o sistema

operacional.

No caso do MS DOS podemos dizer que um disquete ou hard disk é BOOT-VEL quando ele

contém os dois arquivos do sistema operacional já mencionado e mais um arquivo chamado

COMMAND.COM. Este arquivo é lido e carregado na memória.

Podemos dizer que o BOOT nada mais é que um processo básico que o microcomputador

realiza para carregar qualquer tipo de sistema operacional. Quando carregamos um S.O. o KERNEL

deste fica normalmente residente em memória. Kernel é o núcleo do S.O. O que nos apresenta no

monitor é o SHELL (interpretador de comando), que no caso do MS DOS nos é dado pelo

COMMAND.COM e no Linux o mais utilizado é o BASH. Alguns sistemas operacionais fornecem

vários tipos de shell, como é o caso do Linux, cada uma prestando-se melhor a uma determinada

função.

5.2. SETUP (Boot)

Passado o POST, devemos configurar a máquina pelo setup, isto é, inserir as características dos

componetes instalados (drives, memória, processador, etc.) e algumas características operacionais

importantes para o bom desempenho do computador (gerenciamento de energia, endereços de portas

paralelas e seriais, habilitação de porta USB, quantidade de memória usada para a controladora de

vídeo, etc.) de acordo com o manual da placa principal.

O acesso ao programa de SETUP normalmente é feito pressionando-se a tecla DEL durante o

teste inicial de memória. Algumas BIOS apresentam outras maneiras de acessar o SETUP: tecla F2,

por exemplo. Observar no manual da placa ou na própria tela qual a opção disponível. É muito

importante a configuração correta do winchester em termos de número de cilindros, cabeças e

setores. Se isto for feito incorretamente, o winchester não será acessado ou trará problemas futuros.

As BIOS atuais tem a opção de auto-detecção da geometria dos HD e dispositivos de CD, o que

facilita bastante a operação.

Normalmente as BIOS tem opções para coleção de senhas de proteção contra acessos não

permitidos. O bom senso indica que se o usuário não utiliza o equipamento em locais com grande

acesso de pessoas a colocação de uma senha apenas é um dado a mais que o usuário terá de lembrar.

Além disso, caso esqueça a senha, terá que retirar a bateria interna para apagar os dados de

configuração. Normalmente o SETUP oferece a possibilidade de duas configurações: uma

considerando os valores padrão para o BIOS e outra com valores que apresentam uma desempenho

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melhor. Os resultados vão depender das características dos componentes instalados e de como estão

configurados. Somente com testes comparativos podermos deduzir se uma configuração apresenta

melhor ou pior desempenho que outra.

Após a conclusão do SETUP devemos atualizar (gravar) os novos valores na CMOS e encerrar

o programa para iniciar o BOOT. Se não quiser salvar as alterações promovidas nos parâmetros,

basta sair sem salvar. Cabe salientar que é no SETUP que definimos a ordem dos dispositivos que

serão pesquisados para carga do Sistema Operacional. Está opção normalmente inclui HD, CD-rom e

disquete. Mas também pode ser possível o BOOT via rede. Se for efetuada a seguinte configuração:

1o. – CD-rom

2o. – HD

3o. – Disquete

Inicialmente será pesquisado o drive de cd-rom para identificar algum cd bootável; caso não

seja localizado, o próximo dispositivo da lista será pesquisado: HD. Se também não tiver Sistema,

prossegue a pesquisa no 3o., o disquete. Note que com esta ordem, o disquete será pesquisado

somente se não for possível carregar o SO do HD (isto normalmente só ocorre na primeira vez ou

quando há algum problema com o HD).

5.3. Instalando o Sistema Operacional

Antes de iniciar a instalação deve-se proceder à leitura do respectivo manual para identificar os

procedimentos a serem seguidos, evitando-se, assim, ocorrências indesejadas durante o processo:

falta de driver’s, incompatibilidade de dispositivos, recursos mínimos insuficientes, etc.

Para ocorrer a instalação do Sistema Operacional é necessário a execução de um programa

instalador, independente do sistema que esteja sendo instalado. Este programa deve ser carregado (no

BOOT) e poderá estar em disquete, cd-rom ou até mesmo ser obtido pela rede. Ele vai executar os

procedimentos para a instalação do sistema operacional, fornecendo as instruções e solicitando as

informações necessárias para proceder a instalação completa. É importante ressaltar que existem

diferenças significativas entre os procedimentos de cada distribuição Linux para a instalação e

configuração, sendo fundamental para o sucesso dessa empreitada, a leitura dos manuais de

instalação.

5.4. Configurando os Dispositivos

Durante a instalação do Sistema Operacional, alguns dispositivos podem ter seus drivers

instalados e configurados automaticamente (isto ocorre tanto no Windows, quanto no Linux), mas se

o Sistema não dispuser do driver correto ou não puder detectar as características dos dispositivos,

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deve-se efetuar a instalação dos drivers manualmente e utilizar as ferramentas apropriadas para sua

configuração.

As placas principais atuais vem com um cd-rom contendo todos os drivers dos dispositivos,

normalmente compatíveis apenas com Windows. Os drivers para Linux podem ser localizados no

site do fabricante ou em sites especializados em bibliotecas de drivers.

No caso do Windows: Após a instalação do Sistema Operacional, alguns dispositivos

apresentaram problemas de configuração e o sistema passará a tentar configurá-los. Cancele essa

operação automática e insira o cd-rom que acompanha a placa. Se o cd-rom corresponder à placa

instalada, será iniciado automaticamente um programa de configuração dos recursos dessa placa.

Caso o programa não inicie é provável que o cd-rom não seja compatível com essa placa – contate o

fornecedor para obter o cd correto.

6. LOCALIZAÇÃO DOS DEFEITOS

A principal dificuldade que se tem na localização de defeitos é isolar o problema. Com o

intuito de facilitar, os defeitos se classificam como: defeitos sinalizados por hardware, defeitos

sinalizados por software, defeitos não sinalizados.

6.1. Defeitos Sinalizados pelo Hardware

Esses defeitos são sinalizados antes que o sistema necessite de qualquer informação do sistema

operacional. Podem existir de dois tipos: sinalizados por mensagens e sinalizados por sons “BBEPs”.

a. Defeitos Sinalizados por “Beeps”: Como nos BEEPs, as mensagens de erro alteram em função

do fabricante da BIOS. O quadro abaixo, apresenta a tabela da AMI com diversas mensagens e as

providências a serem tomadas.

Número

de Beeps

Mensagem de Erro

Procedimentos a Executar

1 Problemas no Circuito do REFRESH → Trocar memórias RAM por outras sabidamente

boas

2 Problemas no Circuito de Paridade → Trocar memórias RAM por outras sabidamente

boas

3 Problemas no Circuito da Memória

Básica

→ O primeiro módulo SIMM está com problemas.

4 Problemas na Temporização → Trocar conhecimento como 80c206 ou

correspondente

5 Problemas no Microprocessador → Trocar o microprocessador ou está mal

soqueado

6 Problemas no Controlador do Teclado → Verificar a configuração do teclado ou trocar o

8042

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8042

7 Problemas no Microprocessador → Trocar o microprocessador ou o chipset

8 Erro de Memória de Vídeo ou Placa de

Interface

→ Trocar as RAM, que pode ser da placa de

sistema ou de vídeo

9 Problemas no Circuito da ROM BIOS → Trocar a Rom ou chipset

10 Problemas nos Chipset → Provavelmente trocar os chipsets

Código de Som Provável Defeito

Nenhum beep → Fonte

Beep Contínuo → Fonte

Beeps Curtos Repetitivos → Fonte

1 Beep longo e 1 curto → Placa de Sistema

1 beep longo e 2 curtos → Interface de Vídeo

1 beep longo e 3 curtos → Interface de Vídeo

3 beeps curtos → Interface de Vídeo

1 beep longo e 1 curto → Interface de Vídeo

1 beep curto e nada na tela → Monitor ou Cabo

Nenhum beep → Auto Falante

b. Defeitos Sinalizados por Mensagens: Nesta situação, o micro funciona, mas interrompe as

operações com a apresentação de uma mensagem de erro.

Mensagens Providências

Channel 2 Tme Error → Verificar o chip 80C206 e circuito do speaker

Intr. 1 Error → Erro de Interrupção do teclado

CMOS Battery State Low → Trocar Baterias

CMOS Checksum Failure → Verificar o SETUP

CMOS System Options Not Set → Ajustar todas as opções do SETUP

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CMOS Dysplay Not Proper → Opções de vídeo Incorretas no SETUP

CMOS Switch Not Proper → Verificar opções de vídeo no SETUP ou jumpers

adicionais na placa

Keyboard is Locked... unlock it → Destravar o teclado

Keyboard Error → Verificar a conexão do teclado ou SETUP, em o chip

8042 (se houver)

KB/Interface Error → Podem haver problemas no circuito

CMOS Memory Size Mismatch → Verificar no SETUP as configurações da memória e

checar os bancos de memória

FDD controller falilure → Verificar os cabos e conexões do drive de disquetes

HDD controller faillure → Verificar os cabos e conexões de HD

C: Drive Error → Verificar a instalação do HD ou configuração do SETUP

D: Drive Error → Verificar a instalação do HD ou configuração do SETUP

C: Drive Faillure → Passar teste de superfície no HD ou, em último caso,

formatar o disco.

D: Drive Faillure → Passar teste de superfície no HD ou, em último caso

formatar o disco

CMOS Time & Date Not Set → Ajustar a data e relógio no SETUP

Cachê Memory Bad → Problemas na memória CACHE

8042 Gate not A20 Error → Trocar controlador de teclado 8042

Adress Line Short → Problemas no bus de endereços de 8 bits

Do not Enable Cachê → Trocar a memória CACHE

DMA 2 Error → Trocar chip 8C206 ou equivalente

DMA 1 Error → Trocar chip 82C206 ou equivalente

No ROM Basic → Substituir ou regravar a Bios

Diskette Boot Failure → Usar outro disquete de boot

Invalid Boot Failure → Usar outro disquete de boot

On board Parity Error → Problemas nos bancos de memória

Off board Parity Error → Problemas nos bancos de memória

Parity Error???? → Problemas nos bancos de memória

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6.2. Defeitos Sinalizados por Software

Esses defeitos somente são apresentados em forma de mensagens, no entanto, variam de

sistema operacional para sistema operacional. Fornecemos algumas mensagens de erro do sistema

operacional DOS 6.2, que possui mensagens que podem aparecer também no Windows 95 e 98:

Mensagem Possível solução

“A TABELA DE LOCAÇÃO DE ARQUIVOS NÃO

PODE SER LIDA”

Pode ser um problema no disco. Tente recuperar a

tabela com o comando SCANDISK ou formate o disco.

“A UNIDADE ATUAL NÃO É VÁLIDA” Provavelmente não há disco ou a porta está aberta.

Corrija ou vá para outra unidade.

“ABORTAR, REPETIR, IGNORAR, FALHAR”

Ocorreu um erro durante a operação que estava sendo

executada. Se você escolher A (abortar) o processo

termina, R (repetir) faz o sistema tentar de novo, I

(ignorar) faz o sistema ir em frente mesmo com erro, F

(falhar) é semelhante a Ignorar, fazendo com que o

processamento continue mesmo que com erro, mas o

sistema é reportado internamente sobre a falha.

“ACESSO NEGADO” O diretório ou arquivo está em uso pelo sistema ou está

com o atributo de somente leitura (comando ATTRIB).

“ARQUIVO NÃO ENCONTRADO” O arquivo não foi encontrado onde especificado, se

estiver em DOS, verifique o PATH e o APEEND.

“ARQUIVOS DE SISTEMA NÃO FORAM

ENCONTRADOS”

A unidade/disco não contém arquivos de sistema ou

eles estão danificados. Tente usar o comando SYS com

a opção/ S de um disquete de boot do mesmo sistema

usado.

“CAMINHO INVÁLIDO” O diretório ou arquivo do caminho especificado não

existe, verifique o PATH e o APPEND.

“COMANDO NÃO CONHECIDO NO CONFIG.

SYS”

Verifique a sintaxe das linhas de comando do arquivo

Config.Sys.

“COMANDO OU NOME DE ARQUIVO

INVÁLIDO”

Verifique a sintaxe do comando ou do nome do

arquivo.

“CONTINUAR (S/N)” Solicitação de confirmação da operação, por exemplo,

durante a execução de um comando DEL*.*.

“DIRETÓRIO INVÁLIDO” Não é diretório ou não foi encontrado. Verifique o

PATH.

“DISCO SEM SISTEMA OU ERRO NO DISCO”

O disco está com defeito ou sem os arquivos de

sistema. Use FORMAT/ S (perderá todos os dados) ou

SYS.

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“ERRO DE ALOCAÇÃO DE MEMÓRIA”

Houve um problema na alocação da memória RAM.

Verifique se as memórias estão instaladas corretamente,

se nos arquivos de memória e configurações corretas,

ou faça testes mais profundos na memória física

(recomenda-se o programa MEMTEST).

“ERRO DE DADOS” Ocorreram problemas durante a leitura/ gravação do

arquivo. Experimente usar o SCANDISK.

“ERRO DE GRAVAÇÃO” Retire e recoloque o disquete da unidade e pressione R,

de repetir. Use o SCANDISK ou reformate o disco.

“ERRO DE GRAVAÇÃO NO DISPOSITIVO”

Verifique o dispositivo indicado, se está corretamente

configurado, se está ligado ou se os cabos estão bem

conectados.

“ERRO DE LEITURA” Experimente repetir a operação, use o SCANDISK.

“ERRO DE PROTEÇÃO DE GRAVAÇÃO” Verifique se o disquete não está protegido.

“ERRO INTERMEDIÁRIO DE ARQUIVO

DURANTE CONEXÃO”

Verifique se o disco não está muito cheio, experimente

o SCANDISK, reinicialize o equipamento, altere o

comando FILES do arquivo Config.sys.

“ERRO INTERNO” Reinicialize o computador.

“ERRO IRRECUPERÁVEL DE LEITURA OU

GRAVAÇÃO”

Talvez o disco esteja danificado, experimente o

SCANDISK.

“ERRO NA CARGA” Reinicialize o micro, reinstale os arquivos de sistema

“ERRO DE CRIAÇÃO DO ARQUIVO”

Pode não haver espaço em disco, você tentou renomear

um arquivo para o mesmo nome ou o arquivo já existe

e está com o atributo de somente leitura.

“ERRO NA IMPRESSORA” Veja se a impressora está ligada e se não existe nenhum

redirecionamento.

“ERRO NO ARQUIVO EXE” O arquivo pode ser incompatível com a sua versão do

DOS ou pode estar com defeito.

“ESPEÇO INSUFICIENTE EM DISCO” Apague alguns arquivos ou troque o disco.

“ESPECIFICAÇÃO DE UNIDADE INVÁLIDA” A unidade especificada não existe física/logicamente.

“FALHA GERAL” Provavelmente o disco não está formatado ou há setores

defeituosos, use o SCANDISK.

“FALHA NO ARQUIVO EXECUTÁVEL”

O arquivo contém erros, não é compatível com sua

versão do DOS ou existem muitos arquivos abertos

simultaneamente.

“INTERPRETADOR DE COMANDO INVÁLIDO

OU NÀO ENCONTRADO”

Verifique a presença do COMMAND.COM de versão

correta no diretório raiz e o PATH.

“MEMÓRIA INSUFICIENTE”

Remova arquivos residentes da memória, reinicialize o

micro, aumente a memória RAM ou use gerenciadores

de memória.

“MUITOS ARQUIVOS ABERTOS” Aumente o número especificado em FILES no

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Config.sys, verifique se não é possível fechar alguns

arquivos.

“NENHUM DISCO FIXO PRESENTE” O disco não está selecionando ou não está formatado,

verifique o SETUP.

“NOME DE ARQUIVO INVÁLIDO” Existem caracteres coringas ou não aceitos no nome do

arquivo.

“O ARQUIVO NÃO PODE SER COPIADO PARA

DENTRO DELE MESMO”

O usuário está tentando copiar um arquivo para ele

mesmo, verifique a sintaxe do comando.

“O COMMAND NÃO PODE SER CARREGADO,

SISTEMA PARALIZADO” Reinicialize o equipamento.

“PARÂMETRO INVÁLIDO”

Você não especificou a opção correta na linha de

comandos, duplicou os parâmetros ou combinou

parâmetros ilegalmente, reveja a sintaxe correta do

comando e tente mais uma vez.

“PROCESSAMENTO DE ALTO NÍVEL

INTERROMPIDO, NÃO PODE CONTINUAR” Reinicialize o micro.

“SEM ESPAÇO NO AMBIENTE” Remova algumas variáveis usando o comando SET,

reinicialize o micro.

“SINTAXE INVÁLIDA” Reveja a sintaxe “para o comando”.

“TABELA DE ALOCAÇÃO DE ARQUIVOS

DANIFICADA” Utilize o SCANDISK, restaure os backups.

“TROCA DE DISCO INVÁLIDA” Recoloque o disco original na unidade e tente

novamente.

“VERSÃO INCORRETA DO DOS” O comando externo é de outra versão do DOS

“VIOLAÇÃO DE COMPARTILHAMENTO” O arquivo que você está tentando usar já está aberto.

“VOCÊ DEVE ESPECIFICAR ON OU OFF” O parâmetro introduzido na linha de comando deve ser

ON ou OFF.

6.3. Defeitos Não Sinalizados

Nos defeitos não sinalizados é necessário um embasamento teórico para que se possa localizar

e solucionar os defeitos. O processo é facilitado em computadores, por serem projetados

modularmente, podendo substituir o módulo que uma prévia análise pôde concluir defeituoso. Peças

de reposição são imprescindíveis. Sendo o computador modular, em certos casos, somente com a

troca de módulos é possível a identificação do problema.

6.4. Como Descobrir Defeitos no Processador

Ao contrário de outros componentes, como por exemplo, os discos rígidos, os CD-ROMs, onde

é muito comum componentes já bem rodados apresentarem defeitos, é raro um processador chegar a

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queimar, mesmo quando usado anos a fio. O defeito mais comum apresenta pelos processadores é o

superaquecimento.

Como a maioria dos dispositivos elétricos, um processador gera uma quantidade considerável

de calor, consequentemente, necessitando de refrigeração adequada. Na falta desta, o processador vai

aquecendo até o ponto que simplesmente para de funcionar.

Ao reiniciar o micro, o equipamento funcionará normalmente por algum tempo e travará de

novo. E assim será até que o problema tenha sido resolvido. Em alguns casos, pode ser que o micro

só trave em dias muito quentes ou quando rodar aplicativos mais pesados.

É lógico que o micro pode travar por muitos outros fatores, que vão de aplicativos mal escritos

a defeitos em outros componentes, como na memória RAM, mas no caso dos travamentos causados

por superaquecimento do processador é fácil perceber, pois o micro ficará congelando do nada, ou

simplesmente reiniciará sozinho de forma aleatória. Lembre-se de que os problemas dos resets

aleatórios podem ser causados também pela fonte, e que o micro pode travar sem causa, caso a placa

de vídeo 3D superaqueça ou caso a memória RAM falhe etc.

O resfriamento adequado do processador é feito por dois componentes, o cooler e a pasta

térmica. O cooler é composto pelo dissipador metálico e pelo ventilador, que são fixados sobre o

processador, enquanto a pasta térmica é uma pasta branca que deve ser colocada em pequena

quantidade entre o processador e o cooler, de modo que a transmissão de calor entre os dois seja

perfeita.

Existem três ótimos programas para detectar tanto defeitos no processador, quantos problemas

de superaquecimento:

• Stalility-Test: Encarrega-se de fazer um check-up geral no processador, cachê e memória

RAM, e detecta qualquer tipo de erro nestes componentes. É muito útil se você fez overclock e quer

saber se o seu processador está totalmente estável, ou se você está desconfiado de um possível

defeito num destes componentes. O teste dura várias horas, mas você pode usar o micro

normalmente durante o teste.

• O CPU Burn: Esse foi desenvolvido para exigir o máximo do processador, testando sua

estabilidade. Ao ser executado o programa, aparecerá apenas uma janela DOS com o cursor

piscando; deixe o programa rodar por pelo menos uns 20 minutos. Caso neste tempo o micro trave,

ou o programa feche sozinho, então é melhor caprichar mais no resfriamento do processador, pois os

mesmos travamentos poderão ocorrer em outro aplicativo;

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• WCPUID: Outro programa útil para detectar a freqüência real de operação do processador

com uma precisão incrível, dando inclusive outros detalhes, como a quantidade de cachê L1, modelo

e série do processador e até mesmo informações sobre o slot AGP da placa mãe.

6.5. Como Instalar Dois HDs

Quando colocamos somente um HD no equipamento este deve ser jumpeado como Master, o

que é o padrão que todos os HD’s vêm da fábrica. Se quisermos colocar um segundo HD devemos

jumpear um deles para Slave, a indicação da colocação correta deste jumper é conseguido no

manual.

Com o micro aberto, procure o cabo lógico que sai da controladora; ele deverá conter dois

conectores em uma de suas extremidades. Eles devem ser encaixados nos conectores dos discos.

Uma das laterais do cabo tem a cor vermelha. Ela deve ficar posicionada ao lado do pino 1 do

conector. Esse pino, por sua vez, fica próximo do encaixe do cabo de energia. Os drives saem

configurados de fábrica para funcionar como Máster (mestre).

Quando mais de um drive é usado, um deles deve ser configurado como Slave (escravo). Se

isso não for feito, o micro não saberá qual dos drives deve ser usado para a carga do sistema

operacional. Essa tarefa é realizada pela mudança de posição de algumas chaves (switches), ou então

da desconexão de um jumper. Para isso, você deve ter o manual do disco em mãos ou informar-se

sobre qual jumper/ switches deve ser modificado.

Depois de ter conectado o cabo lógico, o de força, e alterado os jumpers, você deve religar a

máquina para configurar o SETUP CMOS. Aparecerá uma mensagem informando para pressionar

alguma tecla, geralmente DEL, como já vimos.

Ao abrir menu principal, escolha a opção “IDE/ Hard Disk Auto Detection”. Ela se encarregará

de detectar os discos. Nas máquinas mais antigas, o usuário deve informar manualmente a

quantidade de trilhas (cylinders), cabeça de gravação (heads) e setores (sectors) do disco C: e

D:.Depois da alteração escolha a opção “Write and Exit” em sua máquina.

7. DICAS DE MANUTENÇÃO

Manutenção, segundo o dicionário, é o ato ou efeito de manter. Manter, no nosso caso é manter

em perfeito funcionamento, adequando o computador às necessidades do usuário. Se o usuário quer

passar um fax, o computador deverá ser configurado da maneira que mais agradá-lo.

7.1. Procedimentos de Segurança

Confira logo abaixo alguns cuidados de segurança que devemos tomar durante uma reparação:

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• Tome cuidado com o interior dos monitores de vídeo, mesmo estando desligados, eles podem

armazenar cargas elétricas de 25000V.

• Tome cuidado com o interior da fonte de alimentação. Alguns pontos estão ligados diretamente à

rede elétrica.

• Desligue sempre o microcomputador, retire o cabo de força e descarregue sua eletricidade estática.

A eletricidade estática pode ser eliminada quando seguramos objetos metálicos. Pode-se ainda usar

pulseiras anti-estáticas.

• Nunca desligue e ligue rapidamente o equipamento. Espere pelo menos 10 segundos antes de

religar, pois os circuitos do computador levam algum tempo para perderem a energia armazenada.

• Mantenha todos os líquidos distantes do equipamento, pois podem tornar irrecuperável a área

atingida e provocarem curto-circuito.

• Manuseie com cuidado os componentes.

7.2. Hardware

Você sempre deve fazer uma manutenção periódica de seu computador, principalmente uma

limpeza interna para remover a poeira que fica acumulada no cooler (ventilador) do seu processador.

A maioria dos problemas que acontecem com o processador é relacionado à falha do cooler que o

refrigera, e, essa falha quase todas às vezes é ocasionada por sujeira acumulada (que é comum), por

isso leve periodicamente o seu computador para uma limpeza, assim você evita que os componentes

de seu computador estraguem por umidade e poeira. Para que você possa cuidar melhor dos

componentes físicos do seu computador verifique se você anda seguindo o checklist abaixo:

- Remoção do excesso de poeira;

- Limpar a placa com álcool isopropílico;

- Limpeza dos contatos de cada peça e verificar o estado individual de cada uma;

- Limpeza dos coolers e verificação de suas eficiências de sua rotação;

- Limpeza do drivers removivéis (disquetes, cdrom, etc);

- Aplicação de anti-corrosivo ou tratamento adequado nas partes oxidadas nos gabinetes (antes de

montá-las novamente);

- Checagem do estado dos parafusos, fixação dos coolers e dos outros componentes;

- Troca de pasta térmica do processador (que tem validade);

- Teste de carga da fonte;

- Verificação disposição dos cabos dentro do gabinete, devido a circulação de ar;

- Limpeza externa do gabinete;

- Remoção da umidade;

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- Verificação temperaturas pela BIOS;

- Verificação voltagens da fonte pela BIOS.

7.3. Software

Para fazer a manutenção preventiva dos softwares do computador é importante que os

programas estejam sempre atualizados. Abaixo segue algumas ações que podem ser executados para

o bom funcionamento dos softwares:

-Execução de testes de memória;

-Verificação de erros no HD;

-Desfragmentação pelo Windows;

-Atualização de drives de dispositivos;

-Limpeza de registro do Windows;

-Limpeza de arquivos temporários;

-Backup do registro do Windows;

-Atualizações do Windows e do Anti Vírus.

7.3.1. Atualização do Sistema Operacional

O sistema operacional atualizado é vital para a proteção contra vírus e outras ameaças on-line.

Atualizações eliminam brechas que podem ser identificadas por hackers criminosos.

7.3.2. Atualização de Programas

Além de manter seus sistemas atualizados, também ajuda o usuário a se manter informado

sobre as modalidades de ataques existentes e como se proteger. "O usuário deve também manter uma

conduta sadia diante do computador e não fornecer seus dados pessoais a estranhos seja via telefone,

e-mail, formulários de páginas na Internet. Com este procedimento fácil de ser adotado, ele estará

evitando ser roubado por ladrões virtuais, que ocupam seu tempo criando as mais inusitadas

maneiras de distrair a atenção dos usuários para garantir o sucesso de suas ações.

8. CUIDADOS COM O EQUIPAMENTO

Muitos procedimentos incorretos e falta de interesse por parte do dono do computador podem

causar muita dor de cabeça. Veja a seguir algumas digas para a boa saúde do hardware:

Instruções: Todos os manuais de instruções, softwares e periféricos do seu equipamento devem ser

guardados, pois um dia podem ser requisitados.

Advertências: Leve em consideração todas as informações de advertência e avisos do seu

equipamento e/ ou periféricos.

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• Instalações: Siga todos os procedimentos de instalação, operação e uso de seu equipamento e

periféricos.

• Ventilação: Todas as aberturas em sua máquina devem ficar desbloqueadas, pois possibilitam a

operação segura do equipamento e o protegem de superaquecimento. O computador não deve ser

colocado em um local embutido como uma estante de livros ou uma prateleira, a menos que a

ventilação seja adequada ou que o fabricante o instrua dessa forma.

• Água e Umidade: Não utilize o equipamento próximo a água, nem sobre uma superfície molhada e

muito menos em ambientes úmidos.

• Produtos Aterrados: Alguns computadores são equipadas com um plugue elétrico do tipo aterrado

de três fios e três pinos. Este plugue se encaixará apenas em uma tomada de alimentação do tipo

aterrada.

• Acessibilidade: Certifique-se de que a tomada de alimentação em que você conecta o cabo de

alimentação é de fácil acesso e está localizada o mais próximo possível do usuário do equipamento.

• Fontes de alimentação: O produto deve ser operado apenas a partir do tipo de fonte de

alimentação indicado no rótulo. Se você não tiver certeza de qual é o tipo consulte o distribuidor do

produto ou a companhia de fornecimento de energia.

• Cabos de Alimentação: Os cabos de fonte de alimentação devem ser posicionados de forma que

fiquem em locais que possam ser apertados.

• Sobrecarregar: Não sobrecarregar as tomadas da parede e evitar utilizar benjamins. Isso pode

resultar em risco de fogo ou choque elétrico. Utilize bons filtros de linha e/ou estabilizadores.

• Limpar: Desconecte o computador da tomada antes de limpá-lo, e não utilize produtos para

limpeza de líquidos ou aerosol. Utilize um pano umedecido.

• Calor: O computador deverá estar posicionado distante de fontes de calor, tais como radiadores,

fornos e até amplificadores.

• Entrada de Objetos: Nunca introduza objetos de qualquer espécie para dentro de seu equipamento

através de suas aberturas, pois podem tocar em pontos perigosos de voltagem ou em locais de saída

de energia.

• Transporte: Se for preciso realizar a remoção e transporte, siga os procedimentos abaixo:

1. Faça backups dos arquivos da unidade de disco fixo;

2. Retire todos os discos ou CDs das respectivas unidades;

3. Desligue o computador e todos os dispositivos externos;

4. Desconecte o cabo de alimentação da tomada da parede, e, em seguida do computador;

5. Desconecte todos os dispositivos externos e os componentes do sistema das suas fontes de

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6. Verifique se todas as placas do seu computador estão encaixadas perfeitamente nos conectores da

placa e se os parafusos de retenção, tanto das placas quanto das guarnições de equipamento, estão

corretamente fixadas;

7. Empacote os dispositivos externos e componentes do sistema em suas embalagens originais ou

semelhantes para protegê-los.

9. PRIMEIROS SOCORROS

A sujeira é a principal causadora de problemas no mouse. Tanto a esfera como os roletes

podem ficar impregnados com um aglomerado de partículas de poeira e pequenos pelos que caem de

tecidos ou até mesmo pelos humanos. Vejamos o que pode ser feito:

Limpeza da esfera: quando a esfera está suja, os movimentos do mouse serão erráticos, o seu cursor

dará saltos na tela. Abra a parte inferior do mouse e retira a sua esfera. Lave-a com água morna. Se

quiser pode usar algum tipo de sabão neutro. Não lave a esfera com detergentes fortes nem aqueles

com amoníaco. Esses detergentes podem reagir com o material da esfera, fazendo com que sua

textura seja alterada. A esfera pode passar a não deslizar direito, escorregando ou então travando.

9.1. Limpeza de Roletes

Roletes sujos fazem com que o cursor do mouse dê saltos na tela, como se quisesse

desobedecer aos movimentos do mouse sobre a mesa. O mouse tem três pequenos roletes que

tangenciam a esfera. Dois deles são responsáveis por transmitir os movimentos nos sentidos X e Y, o

terceiro serve apenas para pressionar a esfera sobre os outros dois roletes. Esses três roletes podem

ficar impregnados com sujeira. Podemos removê-la usando uma ponteira de caneta ou outro objeto

plástico pontiagudo. Depois de soltar a sujeira, usamos um pincel ou mini-aspirador de pó para

terminar a remoção.

9.2. Travamento de Eixo

Quando um eixo travado, o cursor do mouse pode ter seus movimentos inativos no eixo

correspondente. Este problema ocorre quando fios de cabelo prendem em ambos os eixos

responsáveis pelos movimentos X e Y. em cada eixo existe uma pequena roda dentada que passa por

sensores óticos. Fios de cabelo prendem nessas rodas com facilidade, travando seus movimentos.

Devemos utilizar uma pequena tesoura e uma pinça para remover os fios de cabelo.

9.3. Limpeza de Sensores Óticos

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Sujeira nesses sensores também faz com que os movimentos fiquem paralisados em um ou nos

dois sentidos. Existem sensores óticos acoplados às rodas dentadas dos dois eixos X e Y. Sujeira

pode obstruir esses sensores e uma limpeza resolverá o problema. Usamos um pincel ou um

aspirador para remover a poeira, e depois aplicamos spray limpador de contatos. Um cotonete com

álcool isopropílico também pode ser usado.

9.4. Mau Contato nos Botões

Quando isso ocorre, os cliques do mouse não funcionarão corretamente. Será preciso clicar

duas ou mais vezes até funcionar. Abra o mouse e aplique spray limpador de contatos nos seus

botões. Espere secar e verifique se o problema ficou resolvido.

O mouse pode apresentar alguns defeitos mais difíceis de resolver, já que necessitarão de

soldagem. Um deles é o mau contato no cabo. Em caso de pressa, pode ser mais indicado comprar

um mouse novo e depois consertar o cabo com mais calma. O mesmo podemos dizer sobre o mau

contato nos botões. Quando a aplicação de spray não resolve o problema, podemos experimentar

fazer um transplante de botões. Quase todos os modelos de mouse possuem 3 botões, sendo que o

botão do meio, em geral não é usado. Podemos substituir o botão problemático pelo botão do meio, o

que requer solda, ferro de solda, sugador de solda e paciência.

Também a sujeira é uma grande causadora de problemas no teclado. Não só a sujeira, mas

vários tipos de pequenos objetos podem cair no seu interior, causando problemas. Assim como

fizemos com o mouse, vemos os primeiros socorros e depois os problemas mais complicados.

9.5. Uma Olhadinha Básica nos Cabos

Muitas vezes podemos verificar em atendimentos técnicos trabalhando em empresas do setor,

também como autônomo e agora como técnico de manutenção do CDI, que muitos chamados

poderiam ser evitados se as pessoas dessem uma breve verificada e mesmo uma reconexão nos cabos

de força do micro (cpu), monitor e outros equipamentos. Também dar uma firmeza nos encaixes

mecânicos e nos parafusos dos cabos lógicos do monitor de vídeo, da impressora, nos cabos da rede,

etc... Isso evita o “mico do Osmar”, os mar contato ☺.

9.6. Uma Geral no HD dos Micros

Uma vez por mês é bom dar uma geral nos HDs dos micros, usando programas simples

embutidos no Windows: o Scandisk e o Desfragmentador de Discos. O primeiro busca dar uma geral

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nos HDs verificando e tentando corrigir falhas físicas no disco rígido enquanto gravação e leitura de

dados, dá uma remagnetizada nos discos. O segundo é um processo que busca reorganizar a

distribuição dos arquivos no HD e agilizar o acesso aos dados, retirando os arquivos de áreas

danificadas descobertas com o Scandisk e colocando-os o mais próximo da borda do HD, uma vez

que a leitura é feita da borda para o centro do disco como ocorre com um toca-disco.

Antes de fazer estes processos desabilite a proteção de tela localizada no Painel de Controle do

Windows. Ah! Também não execute nenhum aplicativo durante estes processos, pois eles serão

reinicializados várias vezes sem dar conclusão.

Ambos os programas são abertos clicando no botão INICIAR, depois ACESSÓRIOS e por fim

em FERRAMENTAS DE SISTEMAS. Execute primeiro o Scandisk e depois o Desfragmentador de

Discos. O Scandisk tem dois níveis de verificação um PADRÃO e outra COMPLETA, use as duas

nesta ordem. Não altere as opções do nível COMPLETA. Deixe sempre marcada a opção “Corrigir

erros automaticamente”.

Para usar o Desfragmentador de Discos: com a tela do programa aberta, na caixa “Que unidade

de disco você deseja desfragmentar?” deixe a unidade C selecionada e se o micro tiver mais de um

HD selecione a opção “Todas as unidades de disco rígido”. Não altere as opções do programa.

Otimize o espaço do seu HD e o desempenho geral do micro, eliminando periodicamente

arquivos desnecessários que só ocupam espaço, ex.: arquivos temporários da internet – na subpasta

do Windows TEMPORARY INTERNET FILES. Também esvazie frequentemente as pastas TEMP

e LIXEIRA.

10. ORGANIZAÇÃO

Ao prestar manutenções é importante ter um ambiente de trabalho como fonte permanente de

qualidade interna e externa. Por isto, procure deixar as bancadas o mais organizado possível, sem

deixar próximo copos com líquidos, imãs e, principalmente, manter um ambiente saudável e limpo,

assim como sem ruídos que impossibilitem a concentração.

10.1. Organização do Ambiente de Trabalho

a. Disciplina: Disciplina é um conceito que diz respeito ao cumprimento das normas. Refere-se ao

comportamento e respeito pela empresa. Cumpra-se o uso de uniformes, horários etc...

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b. Organização: Organização é a forma de trabalho, que o indivíduo deve adotar para que seu

desempenho seja adequado e percebido pelos colegas de trabalho. Organização diz respeito à

ambiente arrumado e limpo, materiais, objetos e ferramentas de trabalho nos seus devidos lugares.

c. Higiene e Limpeza: Higiene é uma questão de saúde e respeito para si e com o próximo. Limpeza

é uma necessidade para que o ambiente de trabalho seja agradável e transmita organização.

Outras necessidades em uma organização:

Postura profissional: O profissional deve transmitir respeito, ter educação e assumir falha quando as

cometer. Preocupar-se com aparência pessoal, ter boas maneiras e demonstrar interesse nos assuntos

da empresa, sem ser inconveniente. Deve ainda ter senso de responsabilidade, preocupar em fazer

uma autoanálise de seu desempenho e principalmente preocupar-se no autodesenvolvimento.