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Existem no mundo duas grandes associações de água: AWWA e IWA. A primeiratem sede nos Estados Unidos e a segunda é européia com sede em Londres.No que se refere a perdas de água o conceito válido em todo o mundo com exceçãodo Japão, é o da IWA.

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  • Curso de Hidrulica e Saneamento Captulo 4- Perdas de gua

    Engenheiro Plnio Tomaz 12 maro de 2009

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    Captulo 4- Perdas de gua

  • Curso de Hidrulica e Saneamento Captulo 4- Perdas de gua

    Engenheiro Plnio Tomaz 12 maro de 2009

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    Captulo 4- Perdas de gua 4.1 Introduo Existem no mundo duas grandes associaes de gua: AWWA e IWA. A primeira tem sede nos Estados Unidos e a segunda europia com sede em Londres. No que se refere a perdas de gua o conceito vlido em todo o mundo com exceo do Japo, o da IWA. 4.2 Conceito da AWWA de UFW

    A AWWA definiu que a perda dgua: a) Determinar precisamente a quantidade de gua, produzida ou comprada,

    entregue ao sistema de distribuio, durante um perodo de 12 meses consecutivos;

    b) Determinar o total de gua vendida atravs dos micromedidores; c) importante que toda a gua seja medida, mas h casos em que isto no

    possvel e, ento, dever ser realizada a estimativa da gua usada. Assim, devero ser estimadas: a gua gasta para conter incndios atravs dos hidrantes pblicos; a gua de descarga por vazamentos ou para limpeza de redes devido a algum odor ou sabor estranho; a gua dos reservatrios do servio pblico; a gua que foi extravasada dos reservatrios, caminhes-tanque e outras;

    d) Subtraindo o item b do item a e subtraindo o ndice c do que restou, teremos a verdadeira perda, chamada pelos americanos de unaccounted-for-water (UFW). A verdadeira perda UFW representa os vazamentos de gua, as imprecises nos hidrmetros, furtos de gua, contas de gua subestimada, hidrmetros imprprios para o consumo, erros de leitura de hidrmetros e erros cadastrais;

    e) A AWWA aconselha que o erro seja calculado, principalmente, em volumes, para que no haja falhas na contagem.

    Embora o conceito de UFW no mais seja usado, ainda se encontram muitas pesquisas baseadas no conceito antigo da AWWA. 4.3 Conceitos novos da IWA

    Segundo Lambert, 2000 devido ao no entendimento mundial sobre a nomenclatura e terminologia de perdas de gua, a IWA em 1996 reuniu mais de 40 especialistas em todo o mundo chamando-a de Task Force para rever toda a metodologia internacional. No ano 2000 foi publicada a terminologia padro no The Blue Pages

    A IWA definiu o novo conceito NRW (Non-Revenue Water) que muito semelhante ao UFW. 4.4 Indicadores de performance da IWA sobre perdas Existem quatro indicadores de performance de perdas da IWA:

    1. Perda medida em porcentagem: % 2. Perda medida por economia por litros por dia: L/ economia x dia 3. Perda medida em litros por quilmetros por dia: L/ km x dia 4. Perda medida em litros por ligaes de gua por dia: L/ligao x dia

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    Vamos explicar sucintamente cada um dos ndices usados. A perda medida em porcentagem (NRW) a mais comumente encontrada devido

    a relativa facilidade de ser obtida e deve ser usada como um indicador para mostrar a perfomance financeira de uma empresa.

    O grande problema no ndice NRW que conforme McKenzie e Lambert, 2003 no leva em conta o abastecimento intermitente, a presena ou ausncia dos reservatrios dos consumidores que causam problemas na micromedio. Guarulhos tem dados de perdas de gua (UFW) de toda a cidade desde 1972 e no conheo nenhuma cidade do Brasil que tenha estudo de toda a cidade na poca conforme Tabela (4.1).

    Tabela 4.1- Perdas de gua do SAAE (UFW) de Guarulhos de 1972 a 1995 Ano Perdas de gua

    (%) 1972 29,16 1973 22,04 1974 19,20 1975 32,23 1976 24.86 1977 25,92 1978 24,11 1979 25,26 1980 26,46 1981 29,36 1982 34,20 1983 38,31 1984 35,69 1985 33.49 1986 27,20 1987 24,00 1988 30,94 1989 34,77 1990 26,73 1991 32,09 1992 35,49 1993 38,53 1994 40,84 1995 42,00 1996 19971998 45,01 1999 48,06

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    O Banco Mundial e os demais bancos internacionais adotaram durante muitos anos para pases em desenvolvimento, o limite tolervel de 25% de perdas dgua que passou a ser de certa maneira um nmero mgico, hoje abandonado.

    Enquanto isto, para os pases desenvolvidos, a AWWA, atravs de comit especial para o assunto, adotou como tolerveis, desde julho de 1996, ndices para as perdas dgua desde que menores que 10 %. Em 1957, a AWWA tinha adotado a taxa de 15% como tolervel, o que durou at julho de 1996, quando, devido s novas tecnologias e ao crescente custo da gua, a taxa de perda foi diminuda para menos de 10%

    Tsutiya, 2004 mostra a Tabela (4.2) adaptada de Weimer, 2001 e Baggioi, 2002 que o seguinte:

    Tabela 4.2- ndice percentuais de perdas ndice total de perdas (%) Classificao do sistema

    < 25% Bom Entre 25 e 40 Regular

    > 40 Ruim Fonte: Tsutiya, 2004

    Na Tabela (4.3) esto dados atualizados das perdas de gua em cidades e regies da Europa de 2007.

    Tabela 4.3- Perdas na Europa em 19 de julho de 2007

    Pases Perdas

    (%) Albania > 75 Alemanha (mdia nacional) 8,8 Alemanha ocidental 6,8 Alemanha oriental 15,9 Armenia 50 a 55 Bulgaria >60 Croacia 30 a 60 Dinamarca 4 a 16 Eslovenia 40 Espanha 22 Finlandia 15 Frana 30 Hungria 30 a 40 Irlanda 34 Itlia 30 Moldavia 40 a 60 Paris 15 Reino Unido 17 Reino Unido 8,4m3/km e 243 L/propriedade x dia Romenia 21 a 40 Sofia, Bulgaria 30 a 40 Ucrania Em torno de 50%

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    Na Alemanha segundo Gerlingen, 2001 as perdas so consideradas da seguinte maneira:

    baixas quando estiverem abaixo de 8%; mdias quando estiverem entre 8% a 15% altas quando forem maior que 15%.

    Quanto ao monitoramente temos: Quando as perdas forem altas o monitoramento das perdas reais devem ser

    feitos anualmente; quando as perdas forem mdias o monitoramento deve ser feito a cada trs

    anos e quando forem perdas baixas o monitoramento pode ser dispensado.

    Nas Figuras (4.1) a (4.5) temos varias informaes sobre perdas;

    Figura 4.1- Perdas UFW em alguns pases da frica conforme Universidade de

    Loughborough.

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    Figura 4.2- Perdas NRW em alguns cidades da sia conforme Universidade de

    Loughborough.

    Figura 4.3- Perdas NRW em alguns cidades da sia conforme Universidade de

    Loughborough.

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    Figura 4.4- Componentes de perdas UFW em alguns cidades do mundo conforme Universidade de Loughborough.

    Figura 4.5- ndice de performance de perdas NRW em alguns pases do mundo conforme Universidade de Loughborough.

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    A perda em L/economia x dia no muito usada, pois no tem muito significado fsico. Um prdio de 50apartamento tem uma ligao e 50 economia.

    Figura 4.6- Prdio com 50 economias e uma ligao de gua

    Perda em Litros/Km x dia A perda em L/km x dia geralmente aplicado onde existem poucas ligaes por

    quilmetros de rede, isto , menos que 20 ligaes/km. Conforme Gerlingen, 2001 a Alemanha considera aceitvel perdas entre 0,05 a

    0,6m3/hxkm. Baseado na IWA Blue Pages a Alemanha tem como limite de perdas de gua de 0,25m3/h x km que corresponde aproximadamente a perda mxima de 15% com presso de 30mca que a presso mdia. Perda em Litros/ligao x dia

    A perda em L/ligao x dia usada onde existem muitas ligaes de gua, isto , mais de 20 ligaes por quilometro de rede.

    A SABESP define o ndice de perdas totais por ramal na distribuio no setor IPDts por:

    IPDts= {[VPms (VCms + VO)] / NLAs} x )1000/30) Sendo: IPDts=ndice de perdas totais por ramal na distribuio no setor em L/ramal x dia. Exemplo 550 L/ramal x dia. VPms= volume produzido no ms no setor em m3/ms. VO= volume de outros usos informados m3/ms NLAs= nmero de ligaes ativas no setor

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    Conforme Gerhard Zimmer in Universidade Loughbouroug em cidades conde o consumo per capita menor que 150 Litros/dia o guideline depende das condies de qualidade do sistema de distribuio de gua:

    Sistema em boas condies < 250 Litros/ligao x dia Sistema em condies mdias varia de 250 a 450 Litros/ligao x dia Sistema em ms condies >450 Litros/ligao x dia

    4.5 Definio de perda conforme IWA Vamos dar as definies amplamente divulgadas da IWA sobre perdas conforme

    Balano de Agua da Figura (4.1). Perda de gua: toda perda real e aparente de gua ou todo o consumo no

    autorizado que determina aumento do custo de funcionamento ou que impea a realizao plena da receita operacional.

    Figura 4.7- Balano de gua da IWA Fonte: Salvo Junior, 2006

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    Figura 4.8- Balano de gua da IWA no origem em ingls

    Vamos explicar cada item da Figura (4.7) e (4.8). Volume total de entrada (Agua entrada no sistema)

    o volume anual onde entra toda a gua tratada que faz parte do sistema de abastecimento de gua. Consumo autorizado

    o consumo anual dos consumidores medido ou estimado bem como outros consumos que foram autorizados. Perdas de gua

    a diferena entre o volume total de entrada e o volume total autorizado. Podemos calcular perda de uma cidade inteira ou partes ou regies da cidade. Perda Real: a antiga perda fsica. Corresponde ao volume anual de perda de todos os tipos de vazamentos em redes e ligaes (superficiais ou subterrneos) pressurizadas, extravasamento em reservatrios at o ponto onde est instalado o medidor na propriedade do usurio. Perda aparente: a antiga perda no-fsica. Consistem nos volumes consumidos, mas no contabilizados e no autorizados, decorrentes de fraudes do consumidor, falhas de cadastro, ligaes clandestinas, ou na impreciso dos equipamentos dos sistemas de macromedio e micromedio

    Lt= Lr + La Sendo: Lt= perda total de qualquer sistema de abastecimento de gua. Lr= soma da perda real

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    La= soma da perda aparente

    As perdas reais e aparentes esto assim discriminadas na Tabela (4.4) conforme Universidade de Loughborough. Observar que o conceito de UFW o mesmo de NRW.

    Tabela 4.4- Perdas reais e aparentes em vrias cidades em porcentagem Componentes da perda UFW Bangdun

    Indonesia Chonburi Thailand

    Petling Jaya Malaysia

    Perdas reais Redes 21 2 2 Ligaes 10 34 17

    Perdas aparentes

    Ligaes ilegais 6 2 2 Submedio e cadastro

    6 8 15

    Perda UFW (%) 43 46 36 Agua faturada

    o volume total da gua medida ou estimada Agua no faturada

    a diferena entre a gua toda de entrada e a gua faturada. a chamada NRW (non revenue water). Consumo autorizado no faturado

    So as guas usadas nas descargas de redes de gua e de limpeza de reservatrios, bem como as guas usadas em incndios. Geralmente um numero difcil de se obter com preciso. Consumo no faturado e no medido

    So as ligaes de gua clandestinas, hidrmetros invertidos, hidrmetros travados, furto de gua de hidrantes e corrupo dos leituristas. Esto inclusas nas perdas aparentes. Erros de medio

    No so erros dos consumidores e sim dos hidrmetros que medem a gua que de modo geral possuem erros negativos e positivos, sendo no computo geral negativos, isto , prejudicam a concessionria de gua.

    O balano de gua feito para intervalo de confiana de 95% de probabilidade. .

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    Figura 4.9- Perdas de gua. Podemos ver os itens mais apurados embora estejam na lngua inglesa.

    4.6 Consumo de gua Na Tabela (4.5) esto as mdias de consumo domstico de alguns paises e de toda a

    Europa, observando-se que a mdia Europia de 150 L/dia x hab, muito parecida com a mdia brasileira.

    Tabela 4.5- Mdia de consumo em 19 de julho de 2007 Pais Mdia de consumo

    (L/dia x hab) Espanha 260 Litunia 90 Frana 160 Alemanha 120 Mdia da Europa 150

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    O uso da gua em trs paises da Europa esto na Tabela (4.6). Podemos observar

    que o consumo das toilet (bacias sanitrias) est entre 14% a 33% do consumo total.

    Tabela 4.6- Uso da gua na Europa em 19 de julho de 2007 Inglaterra

    (%) Finlndia

    (%) Sua (%)

    Toilet 33 14 33 Banho+chuveiro 20 29 32 Mquina de lavar roupas e pratos 14 30 16 Beber e cozinhar 3 4 3 Vrios 27 21 14 Uso externo 3 2 2

    Na Europa em mdia a descarga nas bacias sanitrias de 9 litros. Para o banho se

    gasta de 16litros a 50 litros conforme se pode ver na Tabela (4.7).

    Tabela 4.7- Uso da gua na Europa em 19 de julho de 2007 Inglaterra Finlndia Frana Alemanha Toilet 9,5L/descarga 6 9 9 Mquina de lavar roupa 80L/ ciclo 74 a 117 75 72 a 90 Lavar pratos 35 L/ ciclo 25 24 27 a 47 Chuveiro 35 L/banho 60 16 30 a 50 Banheira 80 L/banho

    4.7 Comentrios

    Em sntese, os comentrios a respeito de cada tipo de perda so os seguintes: Vazamentos: so as perdas fsicas ou perdas reais verificadas nas redes e nos

    ramais prediais. As demais causas de perdas demonstraram-se insignificantes ou inexistentes;

    Macromedio: so os erros nos medidores instalados em tubulaes primarias. Micromedio: neste tema encontram-se englobados os diversos aspectos

    correlacionados com o sistema atual de micromedio, incluindo perdas inerentes ao sistema (existncia de caixas dgua em 80% dos domiclios e as prprias caractersticas dos hidrmetros) e deficincias atuais, como, por exemplo: hidrmetros inclinados, hidrmetros com idade de utilizao vencida, hidrmetros avariados e afins;

    Habitaes subnormais: so as favelas ou comunidades. Gesto comercial: neste mbito, enquadram-se vrias causas de perdas aparente,

    como, por exemplo: o no-cadastramento em tempo real das novas ligaes, ligaes reativas clandestinas, deficincias diversas de cadastro, poltica de cobrana, subavaliaes e fraudes de diversos tipos. Como pode ser verificado na Tabela (4.7), 51% das perdas so Reais e 49% so perdas aparentes. As perdas reais so vazamentos (redes e ligaes) e constituem

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    praticamente 47,6%. As ligaes clandestinas em habitaes subnormais (favelas) correspondem a 3,4 % das perdas . As perdas aparentes somam 49% e decorrem de erros na macromedio (5,3%), erros na micromedio (20,3%), falhas de cadastro em habitaes subnormais (6,3%) e falhas do cadastro do usurio em gesto comercial (17,1%). Como as perdas esto relacionadas ao total do sistema operado e, como elas constituem 40% deste, faremos, ento, um quadro um pouco diferente, no qual podem ser melhor observadas as porcentagens de perdas dgua na Tabela (4.8).

    Tabela 4.8 Exemplo de Perdas Real e Aparente Tipo de perda

    (%) Perdas Real

    (%) Perdas aparentes

    (%) Vazamentos 19,04 19,04 - Macromedio 2,12 - 2,12 Micromedio 8,12 - 8,12 Habitaes subnormais 3,88 1,36 2,52 Gesto comercial 6,84 - 6,84 Total 40,0% 20,4 19,6

    Na tabela anterior, pode ser observado que as perdas dgua por vazamentos so de 19,04% e que as perdas por ligaes clandestinas em favelas de 1,36%, totalizando 20,4%.

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    4.8 Perdas por erros na micromedio do SAAE Guarulhos Foram escolhidos, aleatoriamente, cem hidrmetros residenciais de 3m3/h x ", segundo recomendao do manual Medies e Deteco de Vazamentos (Audits and Leak Dectection), da AWWA. O erro mdio encontrado foi de 6% para o consumo residencial, incluindo hidrmetros inclinados. A estes erros deve ser acrescido os erros nos hidrmetros inclinados de 1,46% e a presena de caixas de gua totalizando 11,52% de erros na micromedio conforme Tabela (4.9).

    Tabela 4.9- Perda por micromedio do SAAE de Guarulhos em 1995. Perdas por micromedio em

    Guarulhos Porcentagem em relao

    ao total de perdas Presena de caixas dgua 4,06

    Condies mdias dos hidrmetros 6,00 Inclinao dos hidrmetros 1,46

    Total 11,52 % Quando da presena das caixas dgua, o problema praticamente impossvel de resolver, a no ser com o uso de hidrmetros mais sensveis, tais como da Classe Metrolgica B, que tm vazo mnima de 30 L/h ao invs de 40 L/h, de Classe Metrolgica A. Acreditamos que, na micromedio, o mximo que podemos fazer passar de 11,52% para 6% do total de perdas dgua. Para a IWA muito importante a confiabilidade dos medidores. Dica: para a Sabesp os grandes consumidores somam 1% das ligaes de gua, mas produzem 15% do faturamento. Dica: para a Sabesp a perda somente no medidor maior que 3%. Para hidrmetros inclinados pesquisas feitas pela Sabesp mostraram que aproximadamente 20% dos hidrmetros esto inclinados. Conforme Universidade de Loughborough as perdas aparentes no sistema de distribuio de gua na frica do Sul devido aos hidrmetros conforme Tabela (4.10) Tabela 4.10- Perdas aparentes nos hidrmetros devido a idade e qualidade da gua na

    frica do Sul. Vida do hidrmetro Qualidade boa da gua Qualidade pobre da gua Hidrmetros>10anos 8% 10% Hidrmetros 5 a 10anos 4% 8% Hidrmetros < 5anos 2% 4%

    Podemos observar conforme Tabela (4.10) que as perdas aparentes no medidor com mais de 10anos de 8%,

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    As fraudes em ligaes de gua na frica do Sul conforme a Universidade

    Loughborough est na Tabela (4.11).

    Tabela 4.11- Fraudes nas ligaes e porcentagem das perdas aparentes na frica do Sul Fraudes nas ligaes Porcentagem de perdas

    aparentes Muito alta 10% Alta 8% Mdia 6% Baixa 4% Muito baixa 2%

    As perdas de gua aparentes devido a falhas no cadastro esto na Tabela (4.12).

    Tabela 4.12- Falhas no cadastro das ligaes e porcentagem das perdas aparentes na frica do Sul

    Falhas nos cadastros dos usurios

    Porcentagem de perdas aparentes

    Grande 8% Mdia 5% Pequena 2%

    As perdas aparentes para Guarulhos conforme a frica do Sul podem ser de 20%

    sendo 8% devido aos medidores, 6% devido a fraudes em ligaes e 4% devido a erro de cadastramento. 4.9 Determinao de parmetros de execuo de vazamentos

    As pesquisas elaboradas durante trs meses e finalizadas em julho de 1993, no Departamento de Manuteno do SAAE de Guarulhos, chegaram s seguintes concluses (aproximadas) que esto na Tabela (4.13). Observa-se que nas redes de gua temos somente 9% dos vazamentos mas que correspondem a 48% do volume de gua perdido.

    Tabela 4.13- Quantidade de vazamentos e gua perdida

    Pesquisa SAAE de vazamentos

    Quantidade de vazamentos (%)

    Volume de gua perdida estimada (%)

    em rede 9% 48% em ramais prediais 91% 52%

    Total 100% 100%

    Foram calculados os volumes perdidos nas redes e ligaes por mtodo estimativo, com base em clculos de orifcios da AWWA.

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    Dica: A Sabesp adota 10% para vazamentos em redes e 90% para vazamentos em ligaes. Fraudes

    A Sabesp em pesquisas elaboradas achou que 13% da perda aparente devida as fraudes. Reabilitao de redes

    Como pode ser observado no quadro acima, mais de 90% dos vazamentos so decorrentes de ramais prediais, devendo ser priorizado o combate aos vazamentos nas ligaes, ao invs de proceder ao remanejamento de redes distribuidoras. Reabilitao dos ramais prediais

    A troca sistemtica de ramais prediais antigos, de ferro galvanizado, por ramais de polietileno de alta densidade (PEAD) dever prosseguir. As pesquisas na SABESP demonstraram, tambm, grande taxa de vazamento em ramais de PEAD recentemente instalados, os quais tambm devero ser trocados. Rodzios

    Foi demonstrado pela Sabesp que, nas regies submetidas a rodzios de abastecimento de gua induz a um notvel incremento de perdas (fsicas e no-fsicas), tendo sido este fenmeno uma das causas do incremento de perdas nos ltimos anos.

    A afirmao da Sabesp de que os rodzios fazem com que os micromedies marquem a mais conforme Tabela (4.14).

    Tabela 4.14- Nmero de rodzios e influncia do ar

    Nmero de dias

    com gua

    Nmero de dias

    sem gua

    Nmero de rodzios no

    ms

    Aumento do consumo de gua devido a influncia do ar

    2 1 10 2% 1 1 15 3%

    0,5 0,5 30 6% 1 2 10 2%

    Ampliao ou implantao de sistemas produtores

    Portanto, alm do combate s perdas dgua, no deve ser esquecido a necessidade de novos sistemas produtores, a fim de serem evitados os chamados rodzios no abastecimento de gua. 4.10 Reduo das perdas reais nas redes e ligaes de gua Como foi verificado, cerca de 50% das perdas reais deve-se a vazamentos nas redes e ligaes de gua. A Sabesp fez estudos sobre as presses das redes de gua e verificou que 30% da rede tm presses superiores a 60mca. As perdas de gua ocorrem 40% a mais nas reas que tm presses superiores a 60mca. muito importante que seja realizado o rebaixamento de presses com a utilizao de vlvulas reguladoras (RPV).

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    Em Guarulhos, estimamos que somente 20% da rede de gua, de 422 quilmetros, possuem presso maior que 60 mca. As redes de distribuio de Guarulhos, em 1995, apresentaram a seguinte disposio, conforme o material da tubulao conforme Tabela (4.15).

    Tabela 4.15- Redes do SAAE em 1995 Material Comprimento

    (km) SAAE (%)

    Ao 14 0,86 Ferro Fundido 691 42,65 Fibrocimento 4 0, 25

    PVC 911 56,24 Total 1.620 100,00 %

    Tomando como base o ano de 2008 a rede do SAAE praticamente nova, isto , possui menos de 30 anos. Somente cerca de 40 km de rede de ferro fundido tm em torno de 36 anos de idade, o que no muito (2,47%). Pesquisas feitas na Sabesp sobre vazamentos invisveis esto resumidas na Tabela (4.16).

    Tabela 4.16- Vazamentos invisveis na SABESP em 1993 Discriminao Redes nova de PVC com menos de

    30 anos e presso menor que 60 mca

    Redes velhas de ferro fundido com mais de 30 anos e presso

    maior que 60 mca

    extenso de rede pesquisada (km)

    94,86 247,85

    nmero de vazamentos encontrados

    - rede - ramais

    5

    69

    79 294

    vazamentos /km - rede

    - ramais - total

    0,05 0,73 0,78

    0,32 1,19 1,51

    custos unitrios - pesquisa US$/km

    - conserto rede US$/un - substituio ramal US$/un

    551 350 266

    551 350 266

    custos unitrios por km de rede

    - pesquisa - conserto de rede

    - conserto de ramal com substituio

    551,0 17,5

    194,18

    551,0 112,0 315,2

    Total 762,68US$ /km 978,2 US$ /km

    vazo recuperadora por km 1,22 m3/h 2,63 m3/h

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    4-19

    O custo da pesquisa de vazamentos est embasado em relatrios da Ambitec (SABESP), e foi de US$ 551,00 por quilmetro de rede e que para o ano 2009 chegaria US$ 680,00/km. O custo do reparo do ramal predial foi de US$ 266,00 por unidade, considerando a substituio completa do ramal e um acrscimo de preo de 100%. O custo de reparo da rede distribuidora foi de US$ 350,00 por unidade, levando em considerao os preos de materiais e servios, incluindo pavimentao. A SABESP escolheu duas situaes caractersticas: redes novas de PVC com menos de 30 anos e presses dentro das normas e redes antigas de ferro fundido, com mais de 30 anos e presses maiores do que 60 mca. Os resultados so evidentes, pois pode ser verificado que as redes novas de PVC, com menos de 30 anos, tm vazo recuperadora de 1,22 m3/h, enquanto as redes antigas de ferro fundido, com presso maior, tm 2,63 m3/h, isto , possuem mais perdas dgua. fundamental lembrar que a Sabesp encontrou 0,78 vazamento/km nas redes novas e 1,51 vazamento/km nas redes antigas, relativos a vazamentos invisveis. No SAAE, para as medies de vazamentos visveis e invisveis, que so executadas anualmente, a mdia de 0,55 vazamentos por rede/km e 5,79 vazamentos por ramais prediais/km conforme Tabela (4.17).

    Tabela 4.17-Vazamentos/km SAAE 1995

    Tipos de vazamentos

    Vazamentos/km SAAE (visveis)

    redes 0,55 ramais prediais 5,79

    Totais 6,34

    Tabela 4.18- Preos unitrios, quantidade e preos totais Discriminao Preos unitrios

    US$ Quantidade Preos totais

    US$ Extenso a pesquisar para

    recuperar 0,1 m3/s (100 L/s) -

    240 km

    -

    Custos Pesquisa

    Reparo de ramais Reparo de rede

    551 / km

    194,18 / un. 17,5 / un.

    240 km 286 un. 70 un.

    132.240,00

    55.535,00 1.225,00

    Custo Total - - US$ 189.900,00

    Volume recuperado por ano 3.153.600 m3

    Benefcio base de US$ 0,32/m3

    US$ 1.009.152,00/ano

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    Verifica-se que a relao benefcio/custo igual a US$ 1.009.152,00/189.900,00 ou seja, 5,3, o que mostra que os servios so viveis e que o custo de US$ 189.900,00 nos dar uma economia de US$ 1.009.152,00 durante um ano.

    Basta pesquisar 240 quilmetros de rede de gua para se ter uma economia de 100 l/s. Para cada dlar aplicado, teremos cinco dlares de economia de pagamento de gua SABESP. Para a previso de vazamentos em redes e ligaes, tomamos a pior situao, ou seja, redes com mais de 60 mca e mais de 30 anos.

    Considerou-se somente o custo do metro cbico da gua adquirida da SABESP, que de US$ 0,32/m3. No foram levados em conta os custos de bombeamento com energia eltrica, operao e manuteno. A pesquisa de vazamentos invisveis dever comear nas reas que possuem mais gua disponvel e naquelas que tm maiores presses, principalmente nos 324 quilmetros de rede de gua com presso superior a 60 mca (20% da rede).

    Nestas regies, devero ser instaladas vlvulas redutoras de presso, sendo previsto o custo unitrio de US$ 10.000,00. Dica: a Sabesp pesquisando rede com detectores de vazamentos conseguiu achar 1,2 vazamentos/km de rede. 4.11 Parmetros

    Pesquisas em tubos de ferro fundido: 4 km/dia/equipe Pesquisas em tubos de PVC: 2 km/dia/equipe Custo mdio com o uso do correlacionador de rudo de vazamento (Leak Noise

    Correlator ): US$ 551,00/km de rede linear Custo mdio com o uso do geofone mecnico : US$ 300,00/ km de rede linear Preo que SAAE paga a SABESP: US$ 0,32/m3 (dados de 16/3/95) Custo mdio domiciliar que o SAAE vende aos usurios: US$ 0,68/m3 (dados de

    16/3/95) 4.12 Controle de vazamento: ativo e passivo Quando um usurio liga para a concessionria de gua por que viu um vazamento na rua, temos o controle de vazamento passivo. Ele deve ser reparado com o mnimo tempo possvel. Mas existe o controle de vazamento ativo, que so as tcnicas para achar vazamentos que no foram informados pelos consumidores. So geralmente vazamentos invisveis achados atravs de pesquisas rotineiras. Deve ser estabelecidas prioridades para a deteco de vazamentos invisveis usando as tecnologias disponveis.

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    4.13 Dilema em redes e ligaes: reparar ou substituir

    A IWA Task Force atravs de Jo Parker discute sobre a Figura (4.10). Temos quatro estratgias para reduzir os vazamentos:

    Deteco ativa de vazamentos Controle das presses nas redes de distribuio Velocidade e qualidade da execuo dos reparos Renovao das redes

    Figura 4.10- Estratgias para controle de perdas

    Fonte: IWA Task Force

    Figura 4.11- Ponto crtico de uma tubulao de ferro onde comea a ser favorvel a substituio da tubulao.

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    Na Figura (4.11) para uma tubulao de ferro durante os primeiros anos no haver problema na tubulao at chegar um ponto crtico em que a quantidade de vazamentos ser muito grande. Este ponto crtico complexo e difcil de ser obtido com preciso. 4.14 Reabilitao de redes de gua H basicamente trs mtodos de reabilitao de redes de gua:

    limpeza, renovao e substituio.

    A limpeza feita ou atravs de descargas na rede, ou limpeza com polypig ou algum sistema de jateamento.

    A renovao da rede feita atravs do seu revestimento com argamassa de cimento e areia, resinas epoxis, ou outros processos. A substituio das tubulaes pode ser feita por mtodos destrutivos ou no. Nos mtodos no-destrutivos, no so abertas valas e instalam-se novas tubulaes aproveitando, ou no, a tubulao existente. A reabilitao de redes de gua muito importante. Na Europa, recomenda-se taxa anual de reabilitao de redes de gua de 1,5% a 2% ao ano.

    Pesquisas feitas em 32 cidades pela IWSA, mostraram que a mdia de reabilitao de 1,2% da tubulao existente, sendo que 70% consistem na substituio das tubulaes e os restantes 30% consistem em renovao atravs de revestimento com argamassa de cimento e areia.

    Apresentamos, na Tabela (4.19), dados de reabilitaes de redes de gua em vrias cidades da Europa (IWSA-14/setembro/1995).

    Tabela 4.19 Taxa de reposio e vazamento (kmxano) Pesquisa na

    Europa 1988-1994

    Compr. da

    rede

    Rede Vaz/km/ano

    Idade Mdia da rede de

    gua (anos)

    Taxa de reposio

    (%)

    Expectativa de vida (anos)

    Zurique 1.090 0,25 45 1,7 60 Amsterd 2.000 0,70 40 1,7 60

    Viena 3.000 0,91 40 1,2 85 Genebra 1.180 0,15 30 1,0 100

    Hamburgo 5.420 0,92 40 0,9 110 Munique 3.200 0,15 45 0,8 125

    Milo 2.200 0,35 40 0,7 145 Anturpia 2.060 0,15 30 0,6 165 Budapeste 4.200 0,25 40 0,2 500 Londres 28.700 0,20 70 0,1 1000

    Dica: a Sabesp adota vida til de 50anos para material de rede e reabilitao de 1% ao ano.

    A expectativa de vida dos materiais usados nas redes, segundo a IWSA, a seguinte:

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    Tabela 4.20- Expectativa de vida de diversos materiais

    Materiais Expectativa de vida (anos)

    Ferro fundido cinzento 20 a 180 Ferro fundido dctil ( simples proteo) 20 a 120 Ferro fundido dctil ( proteo integral) 40 a 200 Ao 40 a 120 Polietileno 40 a 100 Proteo interna e externa das tubulaes. 20 a 60 Para a reabilitao das redes de gua importante a sua substituio aps alguns anos de uso. Para a substituio de redes, adotaremos o ndice de 1% ao ano de substituies parciais das tubulaes. Este procedimento garantir s redes uma expectativa mdia de vida de cem anos. Assim, anualmente, devero ser trocados 16 quilmetros de rede de gua, de um total de 1.620 quilmetros. Um dos grandes problemas que temos, atualmente, diz respeito aos critrios seguros utilizados para estabelecer quais as redes que sero substitudas ou renovadas. Os critrios mais modernos baseiam-se na freqncia dos vazamentos. A estimativa do nmero de vazamentos para uma tubulao depende basicamente de seis fatores: a) qualidade da tubulao, dimetro e idade; b) qualidade da mo-de-obra de assentamento das tubulaes; c) condies ambientais, tais como: corroso do solo e cargas externas:

    d) condies operacionais, tais como: presso interna, golpe de arete; e) influncia do clima, devido s tenses causadas pelo calor e frio; f) nmero de vazamentos ocorridos anteriormente.

    J foi comprovado que a idade das redes um agravante dos ndices de vazamentos

    de gua e podemos dizer que esto relacionados sua idade. Quando h dois, trs ou quatro vazamentos num determinado trecho de tubulao

    podemos dizer que so decorrentes da idade da tubulao, porm com menos influncia. Mas, quando h mais de quatro vazamentos em uma tubulao, o risco de vazamentos no depende mais da idade da tubulao e sim de um conjunto de outros fatores.

    Em 1997, pesquisas feitas na Sucia indicaram que os vazamentos de gua se aglutinam em certas reas formando clusters. As causas so: a m qualidade da mo-de-obra, a baixa qualidade da tubulao e as condies ambientais e operacionais. Outras duas causas esto sendo investigadas. A primeira, so os distrbios que ocorrem quando o tubo reparado.

    As mudanas da presso da gua e as condies do solo podero causar um novo vazamento, prximo ao anterior, aps um perodo de tempo, podendo ocorrer ainda outros. A segunda causa, a ocorrncia de vazamentos em uma tubulao especfica.

    Estudos feitos nos Estados Unidos mostraram que o nmero de vazamentos varia em diferentes reas de um determinado servio de gua, e que a maioria dos vazamentos ocorre em um nmero limitado de tubulaes. Estudos na Frana dizem que 70% dos

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    vazamentos em uma rede de gua provavelmente ocorrero em uma rede onde j houve um vazamento anterior.

    Estudos realizados na Sucia e na Inglaterra mostraram que os vazamentos se distribuem na municipalidade em aglomeraes. As possveis causas podem ser atribudas a trs situaes:

    a) impacto da localizao geogrfica; b) impacto de vrios vazamentos em uma tubulao; c) impacto de vazamentos nas tubulaes adjacentes.

    Impacto da localizao geogrfica:

    As pesquisas mostraram que as reas mais densas e com mais ligaes de gua tm mais vazamentos.

    Impacto de vrios vazamentos em uma tubulao:

    As pesquisas mostraram que muito difcil analisar as causas dos repetidos vazamentos em uma rede, considerando o intervalo entre os mesmos.

    Impacto de vazamentos nas tubulaes adjacentes:

    A manuteno e o reparo de vazamentos de gua ocasionam novos vazamentos. Durante o reparo, h um distrbio das presses internas da tubulao e do solo adjacente. Estas perturbaes aumentam as tenses nos tubos prximos e causam os futuros vazamentos.

    Quando isto acontece vrias vezes, temos uma aglutinao de vazamentos. Como exemplo, na cidade de Winnipeg do Canad, foi observado que 46% dos vazamentos ocorreram a 20 metros do outro vazamento. Ainda mais, 42% dos vazamentos ocorreram a um metro do vazamento anterior, aps um dia.

    Estudo semelhante tambm foi feito na Sucia, na cidade de Malmo, onde 41% dos vazamentos ocorreram numa faixa de 200 metros, num perodo de seis meses.

    Portanto, quando temos que fazer a reabilitao de redes, principalmente nas decises de substituio de redes, importante lembrar que os vazamentos se aglutinam geograficamente.

    Na Tabela (4.16) esto dados da Alemanha conforme Galinger, 2001 que mostra que a mdia de vazamentos de rede de gua de 0,18vazamentos/km x ano e que temos 7,58 vazamentos em cada 1000 ligaes de gua por ano.

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    Tabela 4.21- Vazamentos em redes e ligaes na Alemanha segundo Galinger, 2001

    Material de rede de gua

    Km de rede de gua Vazamentos de gua Vazamentos/kmxano

    Tubos de ferro fundido cinzento 21173 5658 0,267 Tubos de ferro fundido dctil 13958 375 0,027 Tubos de ao 4799 1602 0,334 Tubos de polietileno 1350 250 0,185 Tubos de PVC 4072 183 0,045 Tubos galvanizados 2267 503 0,222 47619 8571 0,180 Material de ligaes de gua

    Nmero de ligaes Nmero de vazamentos Vazamentos por 1000 ligaes

    Tubos de ao 556468 5744 10,32 Tubos de polietileno 577064 2086 3,61 Tubos de PVC 68848 101 1,47 Tubos de chumbo 124584 2915 23,40 Outros 207928 787 3,78 1534892 11633 7,58 4.15 Manuteno das redes de gua

    A falta de manuteno das redes de gua notada, fundamentalmente, quando ocorre alguma falha.

    A preveno sistemtica de possveis falhas menos custosa do que o conserto das redes. Ela dever contemplar:

    - a deteco e reparo dos vazamentos invisveis; - o controle e reparo de hidrantes; - a construo de caixas de registros ; - o reparo de caixas de registros; - o reparo de registros e peas especiais.

    Dica: a Sabesp consegue consertar um vazamento em 30h. 4.16 Influncia da presso, idade e material nos vazamentos de gua

    Em 1988, a firma Coplasa realizou, para a SABESP, estudo de setorizao. Vamos descrever, sucintamente, os resultados dessa pesquisa.

    A SABESP estabelecia os seguintes parmetros: presses estticas mximas de 50 mca, com tolerncia de at 60 mca, para reas

    abrangendo 10% dessa zona de presso, e at 75 mca, para reas abrangendo 5%. presses dinmicas mnimas de 15 mca, com tolerncia de at 10 mca para reas

    abrangendo 10% dessa zona de presso, e at 7 mca, para reas abrangendo 5%.

    A Coplasa S.A. Engenharia de Projetos, apresentou para a SABESP em junho de 1988 no Seminrio da Superintendncia de Distribuio e Coleta da Regio Metropolitana de So Paulo (RMSP), o tema 1, denominado Setorizao da RMSP.

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    O estudo abrangeu 662 km de rede de gua da capital de So Paulo, abrangendo os setores de abastecimento de gua da gua Branca, Vila Alpina, Vila Medeiros, Cidade Vargas e Jaragu. A escolha destes setores visaram conduzir a amostragem para valores prximos da mdia geral de distribuio.

    Foi constatada a ocorrncia de 88% de vazamentos em ligaes prediais. Os resultados de comparao de vazamentos, por faixa de presses, so bastante interessantes conforme Tabela (4.22).

    Tabela 4.22- Vazamento/kmx ano conforme a presso Faixa de presso

    (mca) Rede

    Vaz/km/ano Correlao com a

    primeira faixa Ramal predial vaz/km/ano

    Correlao com a

    primeira faixa 0 a 30 0,67 1,00 6,86 1,00 31 a 45 0,93 1,40 7,51 1,10 46 a 60 1,17 1,75 8,38 1,22 61 a 75 1,70 2,5 9,35 1,36

    Observa-se que, a partir de 60 mca, o ndice de vazamentos/km/ano nas redes de

    distribuio d um salto, sendo 2,5 vezes maior do que o ndice de falhas observado na faixa de 0 a 30 mca. Este mesmo ndice, para ligaes prediais, apenas 36% superior.

    Em resumo, a rede de distribuio parece ser muito mais sensvel s elevadas presses do que s ligaes prediais.

    A Coplasa tambm examinou a ocorrncia de falhas relacionadas idade da rede de gua .

    Tabela 4.23- Vazamento conforme faixa de idade

    Faixa de idade (ano)

    Rede de gua vazamento/km/ano

    Correlao com primeira faixa

    0 a 10 0,70 - 11 a 15 0,62 - 16 a 20 0,81 1,16 21 a 25 1,40 2,00 26 a 30 1,45 2,07

    > 30 2,41 3,44

    Os elevados ndices observados nas faixas acima de 21 anos devem ser creditados, em sua maior parte, aos vazamentos nas juntas de chumbo dos tubos de ferro fundido, os quais correspondem quase totalidade da extenso das redes desta faixa.

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    A Coplasa tambm realizou estudos sobre a qualidade dos materiais:

    Tabela 4.24- Vazamentos por km/ano conforme os materiais Material Rede de gua

    vaz/km/ano Ferro fundido at 1970 1,43 Ferro dctil aps 1970 0,68 PVC 0,74 Ao 0,48

    Outra pesquisa realizada pela Coplasa diz respeito ao dimetro das redes de gua. A

    concluso foi que as maiores falhas, ou seja, 1,24vaz/km/ano, aconteciam em dimetros pequenos, isto , at 100mm.

    As redes pesquisadas pela Coplasa, para a SABESP, foram as seguintes:

    Tabela 4.25- Extenso de rede de gua pesquisadas pela Coplasa Discriminao Extenso de rede de gua

    (km) (%)

    Redes pesquisadas 1.815 - Redes com idade superior a 30 anos 257 14 Rede com presso superior a 60 mca 401 22

    A Coplasa chegou s seguintes concluses: - existem mais vazamentos (quantidade) em ligaes prediais do que em rede de

    gua; - quando a presso na rede maior que 60 mca, o ndice de vazamentos 2,5

    superior ao ndice da faixa de presso entre 0 a 30 mca; - os tubos com mais de 30 anos apresentam trs vezes mais vazamentos do que os

    encontrados na faixa de 20 anos; - a quantidade de vazamentos maior nos tubos de ferro fundido instalados at

    1970, em comparao ao que ocorre nos tubos de ferro fundido dctil, ao e PVC; - a extenso dos trechos crticos atinge de 15 a 20% do total das redes em operao.

    4.17 Sistema de monitoramento das redes para deteco de vazamentos Em 1970, em Plymouth (Inglaterra), a firma inglesa South West Water Services Limited comeou a escrever uma srie de relatrios tcnicos sobre o monitoramento de redes para deteco de vazamentos em todo o pas.

    Estes relatrios so a bblia dos conhecimentos sobre este assunto. Um deles o famoso Report 26, publicado pela primeira vez em 1980, pelo

    Conselho Nacional de gua da Inglaterra. Nele est explicada a metodologia para deciso de um nvel econmico para

    deteco de vazamentos em reas de controle. Foi introduzido o conceito da vazo mnima noturna em uma rea de controle.

    A South West Services Limited divide o abastecimento de gua em zonas (Water Into Supply- WIS) com populao de 21 mil habitantes ou menos.

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    Secundariamente, a regio dividida em pequenos distritos chamados District Meter Areas (DMA), com populao aproximada de 3 mil habitantes.

    Na diviso primria, chamada WIS, so instalados medidores de presso diferencial ou eletromagnticos para medio fixa. Anualmente, os medidores so recalibrados. A medio de presso instantnea e acontece a cada dez segundos.

    A medio de vazo medida com intervalos de 15min. Por telemetria, os dados so passados a uma central de comando.

    Nos DMA, os medidores so instalados com uma bateria e as medidas so feitas por poderosos aparelhos chamados data loggers. A cada trs meses, os data loggers so retirados e os dados so transferidos para um computador PC porttil.

    Atravs do software LAS - Leakage Analysis Software, feita a anlise dos dados coletados pelo data logger, instalado no DMA.

    Localizado o DMA com mais perdas previstas, so usados mtodos tradicionais para deteco de vazamentos, tais como o uso do geofone e do leak noise correlator. interessante notar, tambm que a South West Water Services Limited possui um controle de vlvulas redutoras de presso (PRV) via telemetria. Existe, inclusive, um controle especial destas vlvulas, ajustadas automaticamente 24 horas por dia, com o objetivo de diminuir as perdas de gua durante a noite. Uma economia entre 12% a 23% j foi constatada com o uso automtico do PRV.

    Em suma, temos: - custos menores do que um programa alternativo de busca por geofone ou leak

    noise correlator; - poucas perdas de gua por vazamentos, j que a deteco dos maiores

    vazamentos feita rapidamente; - uma reduo dos reparos de emergncia; - vrias medidas do nvel de vazamentos dos WIS, as quais fornecero medidas

    adequadas ao administrador, possibilitando a pesquisa da rea certa e evitando desperdcio de tempo, geofonando reas de pouco vazamentos;

    - necessidade do uso da telemetria (WIS) e do data logger em campo (DMA).

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    4.18 Distribuio das perdas As perdas de gua podem ser distribudas seguindo a tipologia da tabela abaixo:

    Tabela 4.26- Tipos de perdas de gua Tipo de perda (%)

    Vazamentos 19,04 Macromedio 2,12 Micromedio 8,12 Habitaes subnormais 3,88 Gesto comercial 6,84 Total 40,0%

    4.19 Favelas Em 1995, Guarulhos possua 240 ncleos de favelas, com 25.921 barracos e 127.013 favelados, o que correspondia a 12% da populao urbana. A mdia de ocupao desses ncleos era de 4,9 pessoas/barraco. Segundo pesquisa realizada por mim, em 1996, a mdia de 26,12 m3/ms por barraco com desvio padro de 29,78 m3/ms em 100 amostras. Estudos feitos na SABESP concluram que o consumo de gua de cada barraco varia de 11 a 37m3/ms, com uma mdia de consumo de 21,6 m3/ms. Somente um recadastramento corrigiria esta falha, pois deve estar havendo muito desperdcio de gua por partes dos moradores como um barraco servindo de gua outro barraco pelo mesmo hidrmetro, pois, o consumo de gua mdio dos barracos est muito alto. 4.20 ndice de vazamentos: ILI Um ndice muito usado para vazamentos em redes de gua o ndice ILI, que mede de que maneira que feita a gesto de uma rede de distribuio para o controle das perdas reais nas condies de presso existente. o melhor ndice que existe e foi introduzido em 1999. O ndice ILI no pode ser usado em locais que tenham mais de 5.000 ligaes de gua, haja mais de 20 ligaes/km de rede e que a presso na rede seja mnima de 25mca. O ndice ILI a relao:

    ILI (Infraestructure Leakage Index) =TIRL/ UARL Sendo: ILI= infraestructure leakage ndex que nmero adimensional TIRL= volume anual de perdas reais /Nc quando a rede est pressurizada. empregado geralmente nas unidades Litros/ligao x dia. Nc= nmero de conexes ou ligaes de gua UARL= volume anual de perdas reais que no podem ser evitadas em Litros/ligao x dia, isto , na mesma unidade de TIRL.

    uma condio imposta que haja presso em toda a rede para o emprego do ILI.

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    UARL impossvel eliminar todos os vazamentos em um sistema grande de distribuio

    de gua. O UARL o volume que pode ser conseguido nas condies de presso da rede de distribuio, volume este que inevitvel. Depende do comprimento de rede, comprimento das ligaes de gua e da presso mdia da rede.

    Quando o sistema de distribuio de gua em presso, o UARL pode ser definido em litros/dia da seguinte forma:

    UARL= (18 xLm + 0,80 x Nc + 25 x Lp) x P Sendo: UARL= litros/dia Lm=comprimento das redes em km Nc= numero de ligaes de gua Lp= comprimento total das ligaes de gua em km desde o limite da rua at o medidor P= presso mdia operacional em metros

    O valor 18; 0,80 e 25 foram obtidos atravs de anlise estatstica em 19 pases com 27 servios de abastecimento de gua, sendo nmeros bastante confiveis para serem usados. A presso mdia de operao estava entre 20mca a 100mca; a densidade de ligaes estava entre 10 a 120 ligaes/km de rede e os medidores dos consumidores estavam localizados entre 0 a 30m da divisa da rua conforme Universidade de Loughborough. O valor do ndice ILI=1 para um servio de gua de boa qualidade. O ndice tem faixa que varia de 1 a 10 aproximadamente. Os valores mais altos do ndice ILI significa que a infraestrutura est deficiente conforme Lambert, 2000.

    O ndice ILI pode ser usado como um benchmarking do sistema de abastecimento de gua conforme Figura (4.12) e recomendaes do Banco Mundial conforme Universidade de Loughborough.

    Observar que o Banco Mundial separa os pases desenvolvidos dos pases em desenvolvimento e cria quatro categorias: Am B, C e D.

    Para cada categoria tem a sua performance. Categoria A: mais pesquisas para reduo das perdas pode ser anti-economico. Categoria B: uma procura ativa de vazamentos pode melhorar o sistema. Categoria C: deve ser intensificado a procura dos vazamentos a no ser que se

    tenha muita gua a preo muito baixo. Categoria D: O sistema muito ineficiente e deve ser aplicado muitos recursos

    na procura dos vazamentos.

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    Figura 4.12- Benchmarking para pases desenvolvidos e em desenvolvimento. Fonte: Radivojevic, Dragan 2007

    Figura 4.13- Perdas reais inevitveis (UARL) em Litros/ligao x dia para consumidores localizados no alinhamento da rua. Fonte: Lambert, 2000. Na Figura (4.13) para presso de 40mca e densidade de ligaes de 40 ligaes/km de rede, obtemos UARL= 50 Litros/ligao x dia.

    No h correlao do ndice ILI com a perda de gua em porcentagem conforme se pode ver na Figura (4.14).

    O Vietnam tem perda NRW de 42% e ILI=79 enquanto que o Sri Lanka tem perda de 46% e ILI=39. O ILI menor e a perda maior.

    4.17 Reduo de perdas com Automatic Meter Reading (AMR) Apesar de algumas crticas o estudo da vazo mnima noturna usado em distritos pitomtricos para se localizar vazamentos. A Austrlia usa a medio automtica no distrito pitomtrico com 23.000 medidores e no perodo de 16h.

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    Durante o perodo de 16h so lidos automaticamente todos os medidores instalados nas redes de abastecimento de gua para se ver a vazo mnima noturna. Quanto maior a vazo mnima, maior ser a quantidade de vazamentos.

    Figura 4.14- ndice ILI x perdas reais

    Fonte: Radivojevic, Dragan, 2007 : 4.18 Nivel econmico de perdas (ELL) Atingiremos o nvel econmico de perdas denominado ELL pela fora tarefa da IWA, quando a soma de toda a gua perdida atravs de perdas reais e o custo das atividades para minimizar as perdas forem mnimas. Para isto temos que fazer o manejo dos quatro mtodos das perdas reais nas tubulaes conforme Figura (4.15).

    Figura 4.15- Os quatro mtodos bsicos de manejo das perdas reais

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    Figura 4.16

    A fora tarefa da IWA apresenta a Tabela (4.27) sem a referncia uma tabela que fornece os fatores que causam os vazamentos.

    Tabela 4.27- Fatores de vazamentos Ordem Fator de vazamento Porcentagem

    1 Movimento do solo 27% 2 Corroso da tubulao 19% 3 Cargas pesadas 11% 4 Presso alta 8% 5 Escavao lateral 8 6 Idade da tubulao 6 7 Congelamento no inverno 6 8 Defeitos nos tubos 5 9 Defeitos nas juntas 4 10 Condies do piso onde est assentada a tubulao 3% 11 M qualidade da mo de obra no assentamento 2% Total= 100%

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    Figura 4.17- Vazamentos

    Figura 4.18- Vazamentos

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    Figura 4.19- Vazamentos

    Figura 4.20- Vazamentos

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    4.19 Bibliografia e livros consultados -ADALBERTO CAVALCANTI COELHO. Medio de gua e poltica e prtica, manual de consulta, janeiro 1996 -ANNUAL CONFERENCE -PROCEEDINGS, ENGINEERING AND OPERATIONS, ANAHEIN, CALIFORNIA, june 18-22, 1995, The never ending leakage audit- using continuos system monitoring to target work for leakage detection teams, South West Water Services Limited, Exeter, Devon, England page 583 591; -AWWA, 1987. Water and Revenue Losses: unaccounted-for water, Research Foundation; -AWWA-Committe report: water accountability. Journal AWWA, page 108- 111 (July, 1996) -AWWA-Sizing Water Service Lines and Meters, AWWA, Manual M22, 1975; -AWWA-Water Audits and Leak Detection, AWWA, Manual M36, 1990; -AWWA-Water Meters-selection, installatiom, testing and Maintenance, American Water Works Association (AWWA) Manual M6, 1986 -GERLINGEN, WEIMER. Water loss Management and Tecnhiques. German National Report, 2001. -INMETRO-Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial, Portaria 29 de 7 de fevereiro de 1994 INMETRO; -IWA www.iwaom.org/. IWA Task Force -IWA- Apparent water loss control. Theory and apllication. Alex Rizzo. -IWA Foundaton for the transfer of Knowledge, wednesday, 13 september 1995 South Africa, Durban. Advances in the economics of leakage control and unaccounted-for-water, SS12-1 - The economics of leakage control in the UK: theory and practice; -IWA Foundaton for the transfer of Knowledge, wednesday, 13 september 1995 South Africa, Durban. Advances in the economics of leakage control and unaccounted-for-water, SS12-5 - New technology for leakage detection and control, Spain, Canal de Isabel II. -IWA Foundaton for the transfer of Knowledge, wednesday, 13 september 1995 South Africa, Durban, SS3-5 - Methods of diagnosis and perfomance indicators for rehabilitation policies- A Swiss point of view: pipelenes networks, Zurich Water Supply, Switerzeland. -IWA, International Report, 25-31 of 1991 -Copenhague, 18 th International Water Suply Congress and Exhbition, Unaccounted for water and the economics of leak detection ( Eaux perdues et economie de la detection de fuites), Lai Cheng Cheong. -IWA. Repair or replace dilemma for service and mains. Jo Parker IWA Task Force -IWA. The misconceptions os acoustic leakage detection. IWA Task force -IWA-Journal of Water Supply Research and Technology(AQUA), vol. 46, number 1, february 1997- IWA-Geographical analysis of water main pipe breaks in the city of Malmo,Sweden, page 40-47. -KAYAGA, SAM. Water loss management in the distribution systems: an overview. Universidade de Loughborough. -KUNKEL, GEORGE. Water audit software assesses water loss. American Water Works Associtatio, 2006. -LALONDE , ALAIN M. et al. City of Toronto waterloss study & pressure, management pilot,

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