curso de atualizaÇÃo em direito imobiliÁrio … · domine ele sobre os peixes do mar, sobre as...

45
CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO JANEIRO DE 2019

Upload: vothuy

Post on 23-Jan-2019

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

CURSO DE ATUALIZAÇÃO

EM DIREITO IMOBILIÁRIO

JANEIRO DE 2019

CONDOMÍNIO URBANO SIMPLES

Art. 61. Quando um mesmo imóvel contiver construções de casas ou cômodos, poderá ser instituído, condomínio urbano simples, respeitados os parâmetros urbanísticos locais, e serão discriminadas, na matrícula, a parte do terreno ocupada pelas edificações, as partes de utilização exclusiva e as áreas que constituem passagem para as vias públicas ou para as unidades entre si.

Parágrafo único. O condomínio urbano simples será regido por esta Lei, aplicando-se, no que couber, o disposto na legislação civil, tal como os arts. 1.331 a 1.358 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).

Art. 62. A instituição do condomínio urbano simples será registrada na matrícula do respectivo imóvel, na qual deverão ser identificadas as partes comuns ao nível do solo, as partes comuns internas à edificação, se houver, e as respectivas unidades autônomas, dispensada a apresentação de convenção de condomínio.

§ 1o Após o registro da instituição do condomínio urbano simples, deverá ser aberta uma matrícula para cada unidade autônoma, à qual caberá, como parte inseparável, uma fração ideal do solo e das outras partes comuns, se houver, representada na forma de percentual.

§ 2o As unidades autônomas constituídas em matrícula própria poderão ser alienadas e gravadas livremente por seus titulares.

§ 3o Nenhuma unidade autônoma poderá ser privada de acesso ao logradouro público.

§ 4o A gestão das partes comuns será feita de comum acordo entre os condôminos, podendo ser formalizada por meio de instrumento particular.

§ 1º O administrador exercerá, além daquelas previstas no instrumento de instituição e na convenção de condomínio em multipropriedade, as seguintes atribuições:

I - coordenação da utilização do imóvel pelos multiproprietários durante o período correspondente a suas respectivas frações de tempo;

II - determinação, no caso dos sistemas flutuante ou misto, dos períodos concretos de uso e gozo exclusivos de cada multiproprietário em cada ano;

III - manutenção, conservação e limpeza do imóvel;

IV - troca ou substituição de instalações, equipamentos ou mobiliário, inclusive:

a) determinar a necessidade da troca ou substituição;

b) providenciar os orçamentos necessários para a troca ou substituição;

c) submeter os orçamentos à aprovação pela maioria simples dos condôminos em assembleia;

V - elaboração do orçamento anual, com previsão das receitas e despesas;

VI - cobrança das quotas de custeio de responsabilidade dos multiproprietários;

VII - pagamento, por conta do condomínio edilício ou voluntário, com os fundos comuns arrecadados, de todas as despesas comuns.

DUAS OU MAIS CASAS EM UM TERRENO

COMODOS DISTINTOS DAS CASAS

MATRÍCULAS PRÓPRIAS

INSTRUMENTO PARTICULAR DE GESTÃO DO CONDOMINIO

REURB

LIVRO DO GÊNESISE disse Deus: "Produza a terra seres vivos de acordo com as suas espécies: rebanhos domésticos, animais selvagens e os demais seres vivos da terra, cada um de acordo com a sua espécie". E assim foi.Deus fez os animais selvagens de acordo com as suas espécies, os rebanhos domésticos de acordo com as suas espécies, e os demais seres vivos da terra de acordo com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom.Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão".Criou Deus o homem à sua imagem,à imagem de Deus o criou;homem e mulher os criou.

Perguntou-lhe Abrão: "Ó Soberano Senhor, como posso saber que tomarei posse dela?"Gênesis 15:8

Que ele dê a você e a seus descendentes a bênção de Abraão, para que você tome posse da terra na qual vive como estrangeiro, a terra dada por Deus a Abraão".Gênesis 28:4

Eu os expulsarei aos poucos, até que vocês sejam numerosos o suficiente para tomarem posse da terra.Êxodo 23:30

Apoderem-se da terra e instalem-se nela, pois eu dei a vocês a terra para que dela tomem posse.Números 33:53

LOCUÇÃO ANTIGA

“BEATI POSSIDENTIS”

TÍTULO II

DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

CAPÍTULO I

DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos

brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,

à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

XXII - é garantido o direito de propriedade;

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

Art. 6º São direitos sociais a educação, a

saúde, a alimentação, o trabalho, a

moradia, o transporte, o lazer, a segurança,

a previdência social, a proteção à

maternidade e à infância, a assistência aos

desamparados, na forma desta

Constituição.

ARTIGOS 182 E 183 – CF

POLÍTICA SOCIAL

URBANA E RURAL

Lei 13.465 de 11 de julho de 2017

Dispõe sobre a regularização fundiária rural e urbana, sobre a liquidação de créditos concedidos aos assentados da reforma agrária e sobre a regularização fundiária no âmbito da Amazônia Legal; institui mecanismos para aprimorar a eficiência dos procedimentos de alienação de imóveis da União; altera as Leis nos 8.629, de 25 de fevereiro de 1993,13.001, de 20 de junho de 2014, 11.952, de 25 de junho de 2009, 13.340, de 28 de setembro de 2016, 8.666, de 21 de junho de 1993, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 12.512, de 14 de outubro de 2011, 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), 11.977, de 7 de julho de 2009, 9.514, de 20 de novembro de 1997, 11.124, de 16 de junho de 2005, 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 10.257, de 10 de julho de 2001, 12.651, de 25 de maio de 2012, 13.240, de 30 de dezembro de 2015, 9.636, de 15 de maio de 1998,8.036, de 11 de maio de 1990, 13.139, de 26 de junho de 2015, 11.483, de 31 de maio de 2007, e a 12.712, de 30 de agosto de 2012, a Medida Provisória no 2.220, de 4 de setembro de 2001, e os Decretos-Leis nos 2.398, de 21 de dezembro de 1987, 1.876, de 15 de julho de 1981, 9.760, de 5 de setembro de 1946, e 3.365, de 21 de junho de 1941; revoga dispositivos da Lei Complementar no 76, de 6 de julho de 1993, e da Lei no 13.347, de 10 de outubro de 2016; e dá outras providências.

MINISTÉRIO DAS CIDADESSECRETARIA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO

DEPARTAMENTO DE ASSUNTOS FUNDIÁRIOS

URBANOS

Regularização Fundiária Urbana

Lei Federal 13.465/17

2017

• Fontes distintas: entre 40% e 70% da população urbana

nas grandes cidades dos países em desenvolvimento

vivem em imóveis informais.

• Brasil: possui mais de 50% dos seus imóveis urbanos com

alguma irregularidade fundiária.

• Resultado: aproximadamente 100 milhões de pessoas

moram em imóveis irregulares e estão privadas de algum

tipo de equipamento urbano ou comunitário.

•A primeira ação do Ministério das Cidades foi a

criação, do Grupo de Trabalho "Rumos da Política

Nacional de Regularização Fundiária", com a

finalidade de:

•Debater propostas de alteração da legislação federal

existente sobre regularização fundiária;

•Definir diretrizes e metas para a Política Nacional de

Regularização Fundiária

Lei Federal 13.465 de 11/07/2017

desburocratiza, simplifica, agiliza e destrava

os procedimentos da regularização fundiária urbana;

Amplia a possibilidades de acesso à terra urbanizada pela

população de baixa renda;

• promove o resgate da cidadania, aquece o mercado

imobiliário, com novos registros de imóveis e o

crescimento econômico do Município.

• Partindo de um novo marco legal o Governo Federal

constrói uma nova política de regularização fundiária

urbana alicerçada na articulação interfederativa, na

atuação em larga escala e na adoção desta ação como

base das políticas de habitação e infraestrutura do país.

Desenvolvimento de novas ferramentas para auxilio aos municípios;

Capacitação dos atores responsáveis pela política de regularização;

Apoio técnico, jurídico e administrativo a Estados e Municípios;

Repasse de recursos;

Trabalho conjunto com a SNH e SNSA para melhorias habitacionais e

implantação de infraestrutura nos núcleos urbanos regularizados;

Formação de parcerias e acordos de cooperação técnica,

Ações conjuntas MCidades, INCRA , SPU e SERFAL.

• Reurb-S Reurb-E • Gratuidade do Registro

• Ato Único de Registro • Legitimação Fundiária

• Legitimação de Posse • Direito Real de Laje

• Condomínio de Lotes • Condomínio Urbano Simples

• Loteamentos /Acesso Controlado • Arrecadação de Imóveis

NOVA LEGISLAÇÃO – LEI Nº 13.465/17

REURB: conceito / instrumentos

• Amplia-se o alcance da Regularização ao se considerar

todos os núcleos informais com usos e

características urbanas, ainda que situados em zonas

rurais;

• Diversos núcleos, vilas e povoados estão fora do

perímetro urbano ou de expansão urbana;

• A nova lei permite que milhares

Amazônia Legal,

de domicílios,

possam serprincipalmente os da

regularizados.

Altera-se o conceito de assentamento irregular para núcleo

urbano informal, contemplando os núcleos clandestinos,

irregulares ou aqueles nos quais, atendendo à legislação

vigente à época da implantação ou regularização, não foi

possível realizar a titulação de seus ocupantes, sob a forma

de parcelamentos do solo, de conjuntos habitacionais ou

condomínios, horizontais, verticais ou mistos.

a classificação

a competência para determinar

da Reurb dando ao

a

Simplifica

Município

modalidade de regularização, se de Interesse

Reurb-S ou de Interesse EspecíficoSocial -

Reurb-E.

• São isentos de custas e emolumentos os atos registrais

relacionados à Reurb-S;

• Os cartórios que não cumprirem a gratuidade, que retardarem ou

não efetuarem o registro de acordo com as normas previstas

nesta Lei ficarão sujeitos às sanções previstas no art. 44 da Lei nº

11.977/2009, sem prejuízo da extinção da delegação, observado o

disposto no art. 30, §§ 3º-A e 3º-B da Lei nº 6.015/ 73.

• registro da CRF e do projeto de regularização fundiária , com abertura de matrícula individualizada para cada unidade imobiliária regularizada;

• primeiro registro da legitimação fundiária;

• primeiro registro do título de legitimação de posse e sua

conversão em título de propriedade;

• o primeiro registro do direito real de laje; e

• o primeiro registro da aquisição do direito real aos

beneficiários, através de outros instrumentos previstos.

• Instrumento criado pela nova legislação, que a critério

do ente público possibilita a aquisição de direito de

propriedade, àquele que detiver área pública ou possuir

área privada, integrante de núcleo urbano informal

existentes até 22 de dezembro de 2016.

• Por ser ato único de registro e aquisição originária, a

unidade imobiliária restará livre e desembaraçada de

quaisquer ônus, direitos reais, gravames, não incidindo

tributos de transferência como o ITBI e ITCMD.

ampliam as• As alterações no instrumento já existente

possibilidades de conversão de propriedade para além dos

limites trazidos pela usucapião urbana (250m² e 05 anos de

posse – imóvel residencial).

•Imóveis residenciais ou não, com áreas superiores à 250m²,

deverão seguir os requisitos das demais modalidades da

usucapião, não estando mais excluídos da legitimação de posse;

•Simplifica o procedimento existente, retirando a obrigação prévia

da demarcação urbanística.

•Em suma: permitiu-se o reconhecimento administrativo da

usucapião.

• Regulamenta o artigo 1.276 do Código Civil, que trata do

abandono de imóvel urbano.

• O Município poderá arrecadar e transferir para seu

patrimônio os imóveis urbanos privados abandonados

quando o proprietário, cessados os atos de posse sobre o

imóvel, não adimplir os ônus fiscais, por 05 anos.

• O instrumento permite que o Município dê uma destinação

para aqueles prédios abandonados e terrenos baldios que,

muitas vezes, causam problemas de saúde e segurança

pública.

• classificar as modalidades da Reurb (S ou E)

• processar, analisar, aprovar os projetos de

regularização fundiária e encaminha-los ao registro;

• notificar os proprietários, loteadores, incorporadores,

confinantes e terceiros eventualmente interessados,

para, querendo, apresentar impugnação no prazo de

30 dias, contados da data de recebimento da

notificação.

• requerimento dos legitimados;

• elaboração do projeto de regularização fundiária;

• processamento administrativo do requerimento,

classificação da modalidade e notificações;

• análise e saneamento do processo administrativo;

• aprovação do projeto de regularização;

• expedição da Certidão de Regularização Fundiária - CRF;

• registro da CRF e projeto aprovado com abertura de

matrículas individualizadas.

• levantamento planialtimétrico cadastral com georreferenciamento;

• planta do perímetro com demonstração das matrículas ou transcrições

atingidas, quando possível;

• projeto urbanístico de regularização e memoriais técnicos;

• estudo técnico para situação de risco, quando for o caso;

• estudo técnico ambiental, quando for o caso;

• cronograma físico de obras e serviços de implantação da infraestrutura

essencial e compensações urbanísticas e ambientais,

• termo de compromisso assinado pelos responsáveis, públicos ou privados,

pelo cumprimento do cronograma físico.

Documento expedido pelo Município quando da aprovação da

Reurb, constituído de:

•projeto de regularização fundiária aprovado

•cronograma físico de implantação da infraestrutura essencial e

compensações urbanísticas e ambientais;

•termo de compromisso relativo a execução do cronograma;

•no caso de Legitimação Fundiária e da Legitimação de Posse, a

listagem dos ocupantes do núcleo urbano com a devida

qualificação e os direitos reais que lhes foram conferidos.

E RESOLUÇÃO DE CONFLITOS

•Os Municípios poderão criar câmaras de

prevenção e resolução administrativa de conflitos,

no âmbito da administração local, com competência

para dirimir conflitos relacionados à Reurb , mediante

solução consensual;

•O modo de composição e funcionamento das

câmaras será estabelecido em ato do Poder

Executivo Municipal.

Ficam a União, as suas autarquias e fundações

autorizadas a transferir aos Estados, aos

Municípios e ao Distrito Federal as áreas públicas

federais ocupadas por núcleos urbanos informais,

para que estes promovam a Reurb nos termos

desta Lei, observado o regulamento quando se

tratar de imóveis de titularidade de fundos.

Uma alteração que causa grande impacto é a

previsão expressa da dispensa de desafetação,

da autorização legislativa, da avaliação

prévia e de licitação para alienação de unidades

imobiliárias provenientes da Reurb executada sobre

área pública.

Alienação de unidade imobiliária pela administração pública

diretamente aos seus ocupantes, dispensados os procedimentos

exigidos pela Lei 8.666/93;

Na Reurb–S a aquisição de direitos reais pelo particular poderá ser

feita de forma gratuita, a critério do ente público titular do domínio,

Na Reurb-E, a aquisição de direitos reais pelo particular ficará

condicionada ao pagamento do justo valor da unidade imobiliária,

a ser apurado na forma estabelecida em ato do Poder Executivo titular

do domínio.

MINISTÉRIO DAS CIDADES

SECRETARIA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO

DEPARTAMENTO DE ASSUNTOS FUNDIÁRIOS URBANOS

Fone: (61) 2108.1347

Cel: (61) 99289.6440

email: [email protected]

Silvio Figueiredo

Diretor

DISTRATODE

IMOVEL NA PLANTA

Art. 1º Esta Lei altera as Leis nos 4.591, de 16 de dezembro de 1964, e 6.766, de 19 de dezembro de 1979, para disciplinar a resolução do contrato por inadimplemento do adquirente de unidade imobiliária em incorporação imobiliária e em parcelamento de solo urbano.

Art. 2º A Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 35-A, 43-A e 67-A:

“Art. 35-A. Os contratos de compra e venda, promessa de venda, cessão ou promessa de cessão de unidades autônomas integrantes de incorporação imobiliária serão iniciados por quadro-resumo, que deverá conter:

“Art. 43-A. A entrega do imóvel em até 180 (cento e oitenta) dias corridos da data estipulada contratualmente como data prevista para conclusão do empreendimento, desde que expressamente pactuado, de forma clara e destacada, não dará causa à resolução do contrato por parte do adquirente nem ensejará o pagamento de qualquer penalidade pelo incorporador.

§ 1º Se a entrega do imóvel ultrapassar o prazo estabelecido no caput deste artigo, desde que o adquirente não tenha dado causa ao atraso, poderá ser promovida por este a resolução do contrato, sem prejuízo da devolução da integralidade de todos os valores pagos e da multa estabelecida, em até 60 (sessenta) dias corridos contados da resolução, corrigidos nos termos do § 8º do art. 67-A desta Lei.

§ 2º Na hipótese de a entrega do imóvel estender-se por prazo superior àquele previsto no caput deste artigo, e não se tratar de resolução do contrato, será devida ao adquirente adimplente, por ocasião da entrega da unidade, indenização de 1% (um por cento) do valor efetivamente pago à incorporadora, para cada mês de atraso, pro rata die, corrigido monetariamente conforme índice estipulado em contrato.

§ 3º A multa prevista no § 2º deste artigo, referente a mora no cumprimento da obrigação, em hipótese alguma poderá ser cumulada com a multa estabelecida no § 1º deste artigo, que trata da inexecução total da obrigação.”

“Art. 67-A. Em caso de desfazimento do contrato celebrado exclusivamente com o incorporador, mediante distrato ou resolução por inadimplemento absoluto de obrigação do adquirente, este fará jus à restituição das quantias que houver pago diretamente ao incorporador, atualizadas com base no índice contratualmente estabelecido para a correção monetária das parcelas do preço do imóvel, delas deduzidas, cumulativamente:

I - a integralidade da comissão de corretagem;

II - a pena convencional, que não poderá exceder a 25% (vinte e cinco por cento) da quantia paga.

§ 1º Para exigir a pena convencional, não é necessário que o incorporador alegue prejuízo.

§ 2º Em função do período em que teve disponibilizada a unidade imobiliária, responde ainda o adquirente, em caso de resolução ou de distrato, sem prejuízo do disposto no caput e no § 1º deste artigo, pelos seguintes valores:

I - quantias correspondentes aos impostos reais incidentes sobre o imóvel;

II - cotas de condomínio e contribuições devidas a associações de moradores;

III - valor correspondente à fruição do imóvel, equivalente à 0,5% (cinco décimos por cento) sobre o valor atualizado do contrato, pro rata die;

IV - demais encargos incidentes sobre o imóvel e despesas previstas no contrato.

Art. 64-A.

§ 13. Poderão as partes, em comum acordo, por meio de instrumento específico de distrato, definir condições diferenciadas das previstas nesta Lei.

“Art. 26-A. Os contratos de compra e venda, cessão ou promessa de cessão de loteamento devem ser iniciados por quadro-resumo, que deverá conter, além das indicações constantes do art. 26 desta Lei:

I - o preço total a ser pago pelo imóvel;

II - o valor referente à corretagem, suas condições de pagamento e a identificação precisa de seu beneficiário;

III - a forma de pagamento do preço, com indicação clara dos valores e vencimentos das parcelas;

IV - os índices de correção monetária aplicáveis ao contrato e, quando houver pluralidade de índices, o período de aplicação de cada um;

V - as consequências do desfazimento do contrato, seja mediante distrato, seja por meio de resolução contratual motivada por inadimplemento de obrigação do adquirente ou do loteador, com destaque negritado para as penalidades aplicáveis e para os prazos para devolução de valores ao adquirente;

VI - as taxas de juros eventualmente aplicadas, se mensais ou anuais, se nominais ou efetivas, o seu período de incidência e o sistema de amortização;

VII - as informações acerca da possibilidade do exercício, por parte do adquirente do imóvel, do direito de arrependimento previsto no art. 49 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor), em todos os contratos firmados em estandes de vendas e fora da sede do loteador ou do estabelecimento comercial;

VIII - o prazo para quitação das obrigações pelo adquirente após a obtenção do termo de vistoria de obras;

IX - informações acerca dos ônus que recaiam sobre o imóvel;

X - o número do registro do loteamento ou do desmembramento, a matrícula do imóvel e a identificação do cartório de registro de imóveis competente;

XI - o termo final para a execução do projeto referido no § 1º do art. 12 desta Lei e a data do protocolo do pedido de emissão do termo de vistoria de obras.