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Instituto Bíblico o Brasil para Cristo Curso Básico de Teologia Gramática da Língua Portuguesa: Concordância Verbal e Concordância Nominal

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Page 1: Curso Básico de Teologia - CONCORDANCIA VERBAL E NOMINAL

Instituto Bíblico o Brasil para Cristo

Curso Básico de Teologia

Gramática da Língua Portuguesa: Concordância Verbal e Concordância Nominal

Odete Batista de Souza

Pr. Nelson Alves de AndradeExtensão Valparaiso – SP.

Maio/2012

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Concordância Verbal e Concordância Nominal

INTRODUÇÃO

        Neste trabalho, veremos um dos aspectos mais ricos da sintaxe portuguesa: a

concordância.

CONCORDÂNCIA VERBAL

Veja que o verbo sempre concorda com o sujeito:

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Assumo meus inúmeros erros. (sujeito primeira pessoa do singular (eu)).

Assumimos nossos inúmeros erros. (sujeito da primeira pessoa do plural (nós)).

Toda pessoa sensata assume os próprios erros. (sujeito da terceira pessoa do

singular (Ele)).

Pessoas sensatas assumem os próprios erros. (sujeito da terceira pessoa do plural

(eles)).

Regras básicas:

Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo, a concordância se faz no plural.

Pai e filho conversaram longamente.

Pais e filhos devem conversar com frequência.

No caso do sujeito posposto ao verbo, passa a existir uma nova possibilidade de

concordância: em vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o verbo pode

estabelecer concordância com o núcleo do sujeito mais próximo. Mas isto é uma opção,

e não uma obrigação. Essa dupla possibilidade se estende aos demais casos de

concordância entre verbo e sujeito composto. Vejamos os próximos exemplos:

Faltaram coragem e competência.

Faltou coragem e competência.

Pouco falaram o presidente e os ministros.

Pouco falou o presidente e os ministros.

Porém quando ocorre a ideia de reciprocidade, no entanto, a concordância é feita

obrigatoriamente no plural:

Abraçaram-se vencedor e vencido.

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Ofenderam-se o jogador e o árbitro.

- Praticando:

Substitua os asteriscos das frases seguintes pela forma apropriada do verbo entre

parênteses no tempo que julgar adequado.

1) Jogadores e torcedores (**) depois do jogo. (discutir)

2) (**) jogadores e torcedores depois do jogo. (discutir)

3) Meus filhos e eu (**) a Portugal nas próximas férias. (ir)

4) (**) a Portugal meus filhos e eu nas próximas férias. (ir)

5) (**) a Portugal eu e meus filhos nas próximas férias. (ir)

6) Tu e teus amigos (**) das assembleias. (dever participar)

7) Tu e eu (**) das assembleias. (dever participar)

- Respostas:

1) Discutiram

2) Discutiram

3) Iremos

4) Irão ou iremos

5) Irão ou iremos

6) Deveis participar ou devem participar

7) Devemos

CASOS DE SUJEITO SIMPLES QUE MERECEM DESTAQUE

Expressões partitivas

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Quando o sujeito simples formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção

de, o grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de) seguida de

um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural.

A maioria dos jornalistas aprovou/aprovaram a ideia.

Esse mesmo procedimento se aplica aos casos dos coletivos quando especificados:

Um bando de vândalos destruiu/destruíram o monumento.

Nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza a unidade do conjunto; já a forma

plural confere destaque aos elementos que formam este conjunto.

Expressões que indicam quantidade aproximada

Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada (cerca de

mais de, menos de, perto de) seguida de numeral e substantivo, o verbo concorda com o

substantivo, observe:

Cerca de mil pessoas participaram da manifestação. Perto de quinhentos alunos

compareceram à solenidade. Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas

últimas Olimpíadas.

Quando a expressão mais de um se associar a verbos que exprimem reciprocidade, o

plural é obrigatório:

Mais de um deputado se ofenderam na tumultuada sessão de ontem.

Nomes próprios

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Quando se trata de nomes próprios, a concordância deve ser feita levando-se em conta a

ausência ou a presença de artigo. Sem artigo, o verbo deve ficar no singular. Quando há

artigo no plural, o verbo deve ficar no plural observe:

Os Estados Unidos determinam o fluxo econômico mundial.

Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira.

As minas Gerais são inesquecíveis.

Alagoas impressiona pela beleza das praias e pela pobreza da população.

Os sertões imortalizaram Euclides da Cunha.

Quais de nós/quais de vós

Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido plural (quais, quantos,

alguns, poucos, muitos, quaisquer, vários) seguido de nós ou de vós, o verbo pode

concordar com o primeiro pronome (na terceira pessoa do plural) ou como pronome

pessoal.

Quais de nós são/somos capazes?

Alguns de vós sabiam/sabíeis do caso?

Vários de nós propuseram/propusemos sugestões inovadoras

Observe que a opção por uma ou outra forma indica a inclusão ou a exclusão do

emissor. Quando alguém diz: “Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fizemos”, esta se

incluindo no grupo de omissos.

Isso não ocorre em: “Alguns de nós sabiam e nada fizeram”, frase que soa como

denúncia.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

A concordância nominal se ocupa da relação entre os nomes, ou seja, entre as classes de

palavra que compõem o chamado grupo nominal (substantivos, adjetivos, pronomes,

artigos e numerais).

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No estudo que faremos a partir de agora é importante considerar que o comportamento

do adjetivo é extensivo às outras palavras de emprego adjetivo.

Regras básicas:

Quando atuam como adjunto adnominais de um único substantivo, os adjetivos

concordam em gênero e número com esse substantivo:

Suas mãos frias denunciavam o que sentia naquele momento.

Quando atuam como adjuntos adnominais de dois ou mais substantivos os adjetivos

antepostos devem concordar com o substantivo mais próximo. Quando estão pospostos

aos substantivos, os adjetivos podem concordar com o substantivo mais próximo ou

com todos eles. Observe a seguir:

A empresa oferece perfeita localização e atendimento.

A empresa oferece perfeito atendimento e localização.

A empresa oferece localização e atendimento perfeitos.

A empresa oferece localização e atendimento perfeito.

A empresa oferece atendimento e localização perfeita.

A empresa oferece atendimento e localização perfeitos.

A forma adotada no terceiro e no sexto exemplo é mais clara, pois indica que os

adjetivos efetivamente se referem aos dois substantivos.

Você notou que, nesses casos, o adjetivo foi flexionado no plural masculino?

R: É porque é o gênero predominante quando há substantivos de gêneros diferentes.

O adjetivo anteposto a nomes próprios deve sempre concordar no plural.

Os termos da oração devem sempre estar em concordância.

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Quando um adjetivo atua como predicativo de um sujeito ou de um objeto compostos,

concorda com todos os núcleos desses termos. Se o predicativo do sujeito estiver

anteposto ao sujeito, pode concordar apenas com o núcleo mais próximo (coisa que

acontece também com o verbo da oração):

Mãe e filho são talentosos.

Marido e mulher são bem educados.

Considero inteligentes a professora e a aluna.

Julguei desconexas suas atitudes e suas palavras.

São vergonhosos a pobreza e o desamparo.

É vergonhosa a pobreza e o desamparo.

Quando um único substantivo é modificado por dois ou mais adjetivos no singular,

podem ser usadas as construções:

Admiro a cultura francesa e a italiana.

Admiro as culturas francesa e italiana.

No caso de numerais ordinais antepostos a um único substantivo, podem ser usadas as

construções:

Convoquei os alunos de primeira e segunda série.

Convoquei os alunos de primeira e segunda séries.

- Praticando:

Complete as frases seguintes com a forma apropriada do determinante colocado entre

parênteses. INDIQUE OS CASOS EM QUE MAIS DE UMA CONCORDÂNCIA É

POSSÍVEL

1) Ela adora usar óculos (**). (escuro)

2) Já estive em todos os países (**). (latino americano)

3) (**) atitude e comportamento são (**). (seu/deplorável)

4) (**) comportamento e atitude são (**). (seu/deplorável)

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- Respostas:

1) escuros

2) latino americanos

3) sua/deploráveis

4) seu/deploráveis

- SAIBA MAIS:

Comentários do Professor Pasquale sobre concordânciahttp://colunas.g1.com.br/po rtugues/?s=Concord%C3%A2ncia

O desvio da concordânciahttp://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11841

Os numerais da discórdiahttp://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11773

Troca de papeishttp://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11711

O tropeço da conversahttp://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11525

Casos especiais de concordânciahttp://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11479

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BIBLIOGRAFIA:

 

BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37ª ed. Revista e ampliada. Rio de

Janeiro: Lucerna, 1999.

CIPRO NETO, Pasquale. Nossa língua em letra e música . S ã o P a u l o : EP&A,

2002.

DORNELLES, José Almir Fontella. A gramática do concursando. 1 3 ª E d . Brasília:

Vestcon, 2002.

SILVA, Sérgio Nogueira da. O português do dia-a-dia: como falar e escrever melhor. Rio de Janeiro:

Editora Rocco, 2009.

FARACO, Carlos Alberto e TEZZA, Cristóvão. Oficina de texto . 3 ª

e d . Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.

INFANTE, Ulisses. Curso de gramática aplicada aos textos. 5ª ed. São Paulo: Scipione, 1999.

MOURA, Fernando. Gramática aplicada ao texto. 2ª ed. Brasília: Vestcon, 2002.

PIMENTEL, Ernani Figueiras. Gramática pela prática.   6 ª   e d .   B r a s í l i a :

Vestcon, 2002.

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