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Aula 00 Direito Penal p/ Papiloscopista da Polícia Civil do RJ - Com Videoaulas Professor: Renan Araujo 00000000000 - DEMO

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Aula 00

Direito Penal p Papiloscopista da Poliacutecia Civil do RJ - Com Videoaulas

Professor Renan Araujo

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Direito Penal ʹ PC-RJ (2014)

PAPILOSCOPISTA

Teoria e exerciacutecios comentados

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AULA DEMONSTRATIVA PRINCIacutePIOS

CONSTITUCIONAIS E GERAIS DO DIREITO

PENAL

SUMAacuteRIO PAacuteGINA Apresentaccedilatildeo e Cronograma 01 I - Princiacutepio da LEGALIDADE 05 II- Princiacutepio da INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DA PENA 12 III - Princiacutepio da INTRANSCEDEcircNCIA DA PENA 14 IV - Princiacutepio da LIMITACcedilAtildeO DAS PENAS 15 V ndash Presunccedilatildeo de INOCEcircNCIA OU Presunccedilatildeo de NAtildeO CULPABILIDADE

17

VI ndash Outras disposiccedilotildees constitucionais relevantes 19 VII ndash Outros Princiacutepios do Direito Penal 21 Lista das Questotildees da Aula 26 Questotildees Comentadas 39 Gabarito 68

Olaacute meus amigos

Eacute com imenso prazer que estou aqui mais uma vez pelo

ESTRATEacuteGIA CONCURSOS tendo a oportunidade de poder contribuir

para a aprovaccedilatildeo de vocecircs no concurso da POLIacuteCIA CIVIL DO RIO DE

JANEIRO (2014) Noacutes vamos estudar teoria e comentar exerciacutecios sobre

DIREITO PENAL para o cargo de PAPILOSCOPISTA

E aiacute povo preparados para a maratona

A Banca que iraacute organizar o concurso eacute o IBFC

O edital lanccedilado no final de agosto prevecirc 100 vagas para

provimento imediato aleacutem de cadastro de reserva

Bom estaacute na hora de me apresentar a vocecircs natildeo eacute

Meu nome eacute Renan Araujo tenho 27 anos sou Defensor Puacuteblico

Federal desde 2010 titular do 16deg Ofiacutecio Ciacutevel da Defensoria Puacuteblica da

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Uniatildeo no Rio de Janeiro e mestrando em Direito Penal pela

Faculdade de Direito da UERJ Antes poreacutem fui servidor da Justiccedila

Eleitoral (TRE-RJ) onde exerci o cargo de Teacutecnico Judiciaacuterio por dois

anos Sou Bacharel em Direito pela UNESA e poacutes-graduado em Direito

Puacuteblico pela Universidade Gama Filho

Disse a vocecircs minha idade propositalmente Minha trajetoacuteria de vida

estaacute intimamente ligada aos Concursos Puacuteblicos Desde o comeccedilo da

Faculdade eu sabia que era isso que eu queria pra minha vida E querem

saber Isso faz toda a diferenccedila Algumas pessoas me perguntam como

consegui sucesso nos concursos em tatildeo pouco tempo Simples Foco +

Forccedila de vontade + Disciplina Natildeo haacute foacutermula maacutegica natildeo haacute ingrediente

secreto Basta querer e correr atraacutes do seu sonho Acreditem em mim

isso funciona

Bom como jaacute adiantei neste curso estudaremos todo o conteuacutedo

de Direito Penal previsto no Edital Estudaremos teoria e vamos

trabalhar tambeacutem com exerciacutecios comentados

Abaixo segue o plano de aulas do curso todo

AULA CONTEUacuteDO DATA

Aula 00 Princiacutepios do Direito Penal 0909

Aula 01 Aplicaccedilatildeo da Lei Penal Infraccedilatildeo penal 1309

Aula 02 Do Crime (parte I) 1509

Aula 03 Do Crime (parte II) Extinccedilatildeo da

punibilidade 1809

Aula 04 Concurso de pessoas e concurso de crimes 2109

Aula 05 Penas espeacutecies circunstacircncias

agravantes e atenuantes 2409

Aula 06 Crimes contra a pessoa 2709

Aula 07 Crimes contra o patrimocircnio 3009

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Aula 08

Crimes contra A propriedade imaterial a

organizaccedilatildeo do trabalho contra o

sentimento religioso contra o respeito aos

mortos contra a famiacutelia contra a

incolumidade puacuteblica contra a paz

puacuteblica

0310

Aula 09 Crimes contra a dignidade sexual 0610

Aula 10 Crimes contra a feacute puacuteblica 1010

Aula 11 Crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

(parte I) 1510

Aula 12 Crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

(parte II) 2010

As aulas seratildeo disponibilizadas no site conforme o cronograma

apresentado Em cada aula eu trarei algumas questotildees que foram

cobradas em concursos puacuteblicos Como a IBFC natildeo eacute uma Banca

das mais tradicionais (Como CESPE FCC FGV etc) natildeo haacute um

Banco de questotildees muito elevado principalmente em se tratando

de Direito Penal

Desta forma trabalharemos as questotildees comentadas da

seguinte forma Durante as aulas regulares utilizaremos questotildees de

muacuteltipla escolha das melhores Bancas do paiacutes para reforccedilar nossa

preparaccedilatildeo (FGV ESAF FCC etc) Apoacutes a disponibilizaccedilatildeo da uacuteltima

aula eu irei elaborar uma espeacutecie de simulado comentado

utilizando apenas questotildees da IBFC de forma a preparar vocecircs

para o ldquojeitordquo da Banca

No mais desejo a todos uma boa maratona de estudos

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Observaccedilatildeo importante este curso eacute protegido por direitos autorais

(copyright) nos termos da Lei 961098 que altera atualiza e consolida

a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais e daacute outras providecircncias

Grupos de rateio e pirataria satildeo clandestinos violam a lei e prejudicam os

professores que elaboram os cursos Valorize o trabalho de nossa equipe

adquirindo os cursos honestamente atraveacutes do site Estrateacutegia Concursos

-)

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PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO PENAL

Os princiacutepios constitucionais do Direito Penal satildeo normas que

extraiacutedas da Constituiccedilatildeo Federal servem como base

interpretativa para todas as outras normas de Direito Penal do

sistema juriacutedico brasileiro Entretanto natildeo possuem somente funccedilatildeo

informativa natildeo servem somente para auxiliar na interpretaccedilatildeo de outras

normas Os princiacutepios constitucionais na atual interpretaccedilatildeo

constitucional possuem forccedila normativa devendo ser respeitados sob

pena de inconstitucionalidade da norma que os contrariar

No que tange ao Direito Penal a Constituiccedilatildeo Federal traz alguns

princiacutepios aplicaacuteveis a este ramo do Direito Vamos analisaacute-los um a um

I ndash PRINCIacutePIO DA LEGALIDADE

O princiacutepio da legalidade estaacute previsto no art 5deg XXXIX da

Constituiccedilatildeo Federal

XXXIX - natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina nem pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal

Entretanto ele TAMBEacuteM estaacute previsto no Coacutedigo Penal em seu art

1deg

Art 1ordm - Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal

Este princiacutepio quem vem do latim (Nullum crimen sine praevia

lege) estabelece que uma conduta natildeo pode ser considerada criminosa

se antes de sua praacutetica natildeo havia lei nesse sentido Assim se Joatildeo ingere

cachaccedila natildeo comete crime pois a legislaccedilatildeo brasileira natildeo estabelece

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que essa conduta seja criminosa Se no dia seguinte for editada uma Lei

criminalizando a ingestatildeo de bebida alcooacutelica Joatildeo natildeo teraacute cometido

crime pois quando praticou o ato a lei natildeo existia e ela natildeo pode ser

aplicada aos fatos acontecidos antes de sua vigecircncia

Entretanto o Princiacutepio da Legalidade se divide em dois outros

princiacutepios o da Reserva Legal e o da Anterioridade da Lei Penal

Desta forma vamos estudaacute-los em toacutepicos distintos

Ia) Princiacutepio da Reserva Legal

O princiacutepio da Reserva Legal estabelece que SOMENTE LEI (EM

SENTIDO ESTRITO) pode definir condutas criminosas e estabelecer

penas Nas palavras de Cezar Roberto Bitencourt

ldquopelo princiacutepio da legalidade a elaboraccedilatildeo de normas incriminadoras eacute funccedilatildeo

exclusiva da lei isto eacute nenhum fato pode ser considerado crime e nenhuma

pena criminal pode ser aplicada sem que antes da ocorrecircncia deste fato

exista uma lei definindo-o como crime e cominando-lhe a sanccedilatildeo

correspondenterdquo (Bitencourt Cezar Roberto Tratado de Direito Penal parte

geral volume I Ed Saraiva11ordm Ed Atualizada ndash Satildeo Paulo ndash 2007)

Percebam que o autor fala em ldquoPrinciacutepio da Legalidaderdquo Isso ocorre

porque certa parte da Doutrina natildeo faz distinccedilatildeo entre princiacutepio da

legalidade e princiacutepio da reserva legal como se fossem sinocircnimos

Entretanto entendo como a maioria da Doutrina que essa distinccedilatildeo

existe e que a reserva legal eacute apenas uma vertente do princiacutepio da

legalidade sendo a outra vertente o princiacutepio da anterioridade da lei

penal

Assim somente a Lei (editada pelo Poder Legislativo) pode definir

crimes e cominar penas Logo Medida Provisoacuteria Decretos e demais

diplomas legislativos NAtildeO PODEM ESTABELECER CONDUTAS

CRIMINOSAS NEM COMINAR SANCcedilOtildeES

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Desta forma pode haver violaccedilatildeo ao Princiacutepio da legalidade sem que

haja violaccedilatildeo agrave reserva legal Entretanto havendo violaccedilatildeo agrave reserva

legal isso implica necessariamente em violaccedilatildeo ao princiacutepio da

legalidade pois aquele eacute parte deste Lembrem-se Legalidade =

Reserva legal + Anterioridade da lei penal

O princiacutepio da reserva legal implica a proibiccedilatildeo da ediccedilatildeo de leis

vagas com conteuacutedo impreciso Isso porque a existecircncia de leis cujo

conteuacutedo natildeo seja claro que natildeo se sabe ao certo qual conduta estaacute

sendo criminalizada acaba por retirar toda a funccedilatildeo do princiacutepio da

reserva legal que eacute dar seguranccedila juriacutedica agraves pessoas para que estas

saibam exatamente se as condutas por elas praticadas satildeo ou natildeo

crime Por exemplo

Imagine que a Lei X considere como criminosas as condutas

que atentem contra os bons costumes Ora algueacutem sabe definir o

que satildeo bons costumes Natildeo pois se trata de um termo muito vago

muito geneacuterico que pode abranger uma infinidade de condutas Assim

natildeo basta que se trate de lei em sentido estrito (Lei formal) esta lei tem

que estabelecer precisamente a conduta que estaacute sendo criminalizada

sob pena de ofensa ao princiacutepio da legalidade

Entretanto fiquem atentos Existem as chamadas NORMAS

PENAIS EM BRANCO As normas penais em branco satildeo aquelas que

dependem de outra norma para que sua aplicaccedilatildeo seja possiacutevel Por

exemplo A Lei de Drogas (Lei 1134306) estabelece diversas condutas

criminosas referentes agrave comercializaccedilatildeo transporte posse etc de

substacircncia entorpecente Mas quais seriam as substacircncias

entorpecentes proibidas As substacircncias entorpecentes proibidas estatildeo

descritas em uma portaria expedida pela ANVISA Assim as normas

penais em branco satildeo legais natildeo violam o princiacutepio da reserva legal mas

sua aplicaccedilatildeo depende da anaacutelise de outra norma juriacutedica

Mas a portaria da ANVISA natildeo seria uma violaccedilatildeo agrave reserva

legal por se tratar de criminalizaccedilatildeo de conduta por portaria Natildeo

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pois a portaria estabelece quais satildeo as substacircncias entorpecentes em

razatildeo de ter sido assim determinado por lei no caso pela proacutepria lei de

drogas que em seu art 66 estabelece como substacircncias entorpecentes

aquelas previstas na Portaria SVSMS ndeg34498

Aleacutem disso em razatildeo da reserva legal em Direito Penal eacute

proibida a analogia in malam partem que eacute a analogia em desfavor

do reacuteu Assim natildeo pode o Juiz criar uma conduta criminosa natildeo prevista

em lei com base na analogia Por exemplo

Joatildeo agride seu parceiro homossexual Alberto Nesse caso houve a

praacutetica do crime de lesatildeo corporal (art 129 do Coacutedigo Penal) Natildeo pode o

Juiz querer enquadraacute-lo no conceito da Lei Maria da Penha pois esta Lei eacute

clara ao afirmar que soacute se aplica nos casos de agressatildeo contra a mulher

Aplicar a lei neste caso seria fazer uma analogia desfavoraacutevel ao reacuteu pois

a Lei Maria da Penha estabelece puniccedilotildees mais gravosas que o art 129 do

Coacutedigo Penal Isso eacute vedado

Com relaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva parte da Doutrina entende

que eacute possiacutevel outra parte entende que agrave semelhanccedila da analogia in

malam partem natildeo eacute admissiacutevel A interpretaccedilatildeo extensiva difere da

analogia pois naquela a previsatildeo legal existe mas estaacute impliacutecita Nesta a

previsatildeo legal natildeo existe mas o Juiz entende que por ser semelhante a

uma hipoacutetese existente deva ser assim enquadrada Cuidado com essa

diferenccedila

Entretanto em provas objetivas recomendo vocecircs a optarem pela

afirmativa que proiacuteba tambeacutem a interpretaccedilatildeo extensiva em desfavor do

reacuteu pois eacute uma posiccedilatildeo que se coaduna mais com um Estado

Democraacutetico de Direito pois se a conduta criminalizada natildeo estaacute clara a

ponto de haver necessidade de interpretaccedilatildeo extensiva jaacute houve violaccedilatildeo

agrave reserva legal pois como vimos a Lei penal deve ser clara e precisa de

forma que a conduta incriminada seja facilmente verificaacutevel

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Ib) Princiacutepio da anterioridade da Lei penal

O princiacutepio da anterioridade da lei penal estabelece que natildeo basta

que a criminalizaccedilatildeo de uma conduta se decirc por meio de Lei em sentido

estrito mas que esta lei seja anterior ao fato agrave praacutetica da conduta

EXEMPLO Pedro dirige seu carro embriagado no dia 20052010 tendo

sido abordado em blitz e multado Nesta data natildeo haacute lei que criminalize

esta conduta Em 26052010 eacute publicada uma Lei criminalizando o ato

de dirigir embriagado O oacutergatildeo que aplicou a multa remete os autos do

processo administrativa da Multa ao MP que oferece denuacutencia pelo crime

de dirigir alcoolizado A conduta do MP foi correta Natildeo Pois embora

Pedro tivesse cometido uma infraccedilatildeo de tracircnsito na data do fato a

conduta natildeo era considerada crime

Houve violaccedilatildeo ao princiacutepio da reserva legal Natildeo pois a lei a

criminalizaccedilatildeo da conduta se deu por meio de lei formal Houve violaccedilatildeo

ao princiacutepio da anterioridade da lei penal Sim e essa violaccedilatildeo se deu

pelo MP que ofereceu denuacutencia sobre um fato acontecido antes da

vigecircncia da lei incriminadora

Percebam que a violaccedilatildeo agrave anterioridade neste caso se deu pelo MP

Mas nada impede no entanto que essa violaccedilatildeo se decirc pela proacutepria lei

penal incriminadora Imaginem que a Lei que criminalizou a conduta de

Pedro estabelecesse que todos aqueles que tenham sido flagrados

dirigindo alcoolizados nos uacuteltimos dois anos responderiam pelo crime nela

previstos Essa lei seria inconstitucional nesta parte Pois violaria

flagrantemente o princiacutepio constitucional da anterioridade da lei penal

previsto no art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal

O princiacutepio da anterioridade da lei penal culmina no princiacutepio

da irretroatividade da lei penal Pode-se dizer inclusive que satildeo

sinocircnimos Entretanto a lei penal pode retroagir Como assim Quando

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ela beneficia o reacuteu estabelecendo uma sanccedilatildeo menos gravosa para o

crime ou quando deixa de considerar a conduta como criminosa Nesse

caso estamos haveraacute retroatividade da lei penal pois ela alcanccedilaraacute

fatos ocorridos ANTES DE SUA VIGEcircNCIA

EXEMPLO Imagine que Maria seja acusada em processo criminal por

uso de entorpecentes (cocaiacutena) fato cometido em 20042005 A pena

para este crime varia (apenas um exemplo) de um a quatro anos Se

uma lei for editada posteriormente estabelecendo que a pena para este

crime seja de dois a seis MESES essa lei eacute favoraacutevel agrave Maria Assim

deveraacute ser aplicada ao seu processo natildeo podendo Maria ser condenada a

mais de seis meses de prisatildeo

Essa previsatildeo se encontra no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Mas e se Maria jaacute tiver sido condenada a dois anos de prisatildeo e esteja

cumprindo pena haacute mais de um ano Nesse caso Maria deveraacute ser

colocada em liberdade pois se sua condenaccedilatildeo fosse hoje natildeo poderia

superar o limite de seis meses Como jaacute cumpriu mais de seis meses sua

pena estaacute extinta

Obviamente se a lei nova ao inveacutes de estabelecer uma pena mais

branda estabelece que a conduta deixa de ser crime (O que chamamos

de abolitio criminis) TAMBEacuteM SERAacute APLICADA AOS FATOS

OCORRIDOS ANTES DE SUA VIGEcircNCIA POR SER MAIS BENEacuteFICA

AO REacuteU

Natildeo se trata de um ldquobenefiacuteciordquo criminoso Trata-se de uma questatildeo

de loacutegica Se o Estado considera hoje que uma determinada conduta

natildeo pode ser crime natildeo faz sentido manter preso ou dar sequecircncia a um

processo pela praacutetica deste fato que natildeo eacute mais crime pois o proacuteprio

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Estado natildeo considera mais a conduta como tatildeo grave a ponto de merecer

uma puniccedilatildeo criminal

ATENCcedilAtildeO No caso das Leis temporaacuterias a

lei continuaraacute a produzir seus efeitos mesmo

apoacutes o teacutermino de sua vigecircncia caso

contraacuterio perderia sua razatildeo de ser O caso

mais claacutessico eacute o da lei seca para o dia das

eleiccedilotildees Nesse dia o consumo de bebida

alcooacutelica eacute proibido durante certo horaacuterio

Apoacutes o teacutermino das eleiccedilotildees a ingestatildeo de

bebida alcooacutelica passa a natildeo ser mais crime

novamente Entretanto natildeo houve abolitio

criminis houve apenas o teacutermino do

lapso temporal em que a proibiccedilatildeo

vigora Somente haveria abolitio criminis

caso a lei que proiacutebe a ingestatildeo de bebidas

alcooacutelicas no dia da eleiccedilatildeo fosse revogada o

que natildeo ocorreu Estudaremos melhor este

assunto quando analisarmos a aplicaccedilatildeo da

Lei Penal no tempo

A legalidade (reserva legal e anterioridade) satildeo garantias para os

cidadatildeos pois visam a impedir que o Estado os surpreenda com a

criminalizaccedilatildeo de uma conduta apoacutes a praacutetica do ato Pensem como seria

nossa vida se pudeacutessemos amanhatilde sermos punidos pela praacutetica de um

ato que hoje natildeo eacute considerado crime Como poderiacuteamos viver sem

saber se amanhatilde ou depois aquela conduta seria considerada crime noacutes

poderiacuteamos ser condenados e punidos por ela Impossiacutevel viver assim

Assim

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Legalidade = Anterioridade + Reserva Legal

NAtildeO SE ESQUECcedilAM Trata-se de um princiacutepio com duas vertentes

II ndash PRINCIacutePIO DA INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DA PENA

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVI

XLVI - a lei regularaacute a individualizaccedilatildeo da pena e adotaraacute entre outras as

seguintes

A individualizaccedilatildeo da pena eacute feita em trecircs fases distintas

Legislativa judicial e administrativa

Na esfera legislativa a individualizaccedilatildeo da pena se daacute atraveacutes da

cominaccedilatildeo de puniccedilotildees proporcionais agrave gravidade dos crimes e com o

estabelecimento de penas miacutenimas e maacuteximas a serem aplicadas pelo

Judiciaacuterio considerando as circunstacircncias do fato e as caracteriacutesticas do

criminoso

Na fase judicial a individualizaccedilatildeo da pena eacute feita com base na

anaacutelise pelo magistrado das circunstacircncias do crime dos antecedentes

do reacuteu etc Nessa fase a individualizaccedilatildeo da pena sai do plano

meramente abstrato e vai para o plano concreto devendo o Juiz fixar a

pena de acordo com as peculiaridades do caso (Tipo de pena a ser

aplicada quantificaccedilatildeo da pena forma de cumprimento etc) tudo para

que ela seja a mais apropriada para cada reacuteu de forma a cumprir seu

papel ressocializador-educativo e punitivo

Na terceira e uacuteltima fase a individualizaccedilatildeo eacute feita na execuccedilatildeo da

pena a parte administrativa Assim questotildees como progressatildeo de

regime concessatildeo de saiacutedas eventuais do local de cumprimento da pena

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e outras seratildeo decididas pelo Juiz da execuccedilatildeo penal tambeacutem de forma

individual de acordo com as peculiaridades de cada detento

Por esta razatildeo em 2006 o STF declarou a inconstitucionalidade do

artigo da Lei de Crimes Hediondos (Lei 807890) que previa a

impossibilidade de progressatildeo de regime nesses casos nos quais o reacuteu

deveria cumprir a pena em regime integralmente fechado O STF

entendeu que a terceira fase de individualizaccedilatildeo da pena havia sido

suprimida violando o princiacutepio constitucional

Outra indicaccedilatildeo clara de individualizaccedilatildeo da pena na fase de

execuccedilatildeo estaacute no artigo 5deg XLVIII da Constituiccedilatildeo que estabelece o

cumprimento da pena em estabelecimentos distintos de acordo com as

caracteriacutesticas do preso Vejamos

XLVIII - a pena seraacute cumprida em estabelecimentos distintos de acordo com

a natureza do delito a idade e o sexo do apenado

III ndash PRINCIacutePIO DA INTRANSCENDEcircNCIA DA PENA (OU

PRINCIacutePIO DA PERSONIFICACcedilAtildeO DA PENA OU PRINCIacutePIO DA

RESPONSABILIDADE PESSOAL DA PENA)

Este princiacutepio constitucional do Direito Penal estaacute previsto no art 5deg

XLV da Constituiccedilatildeo Federal

XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do condenado podendo a

obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do perdimento de bens ser nos

termos da lei estendidas aos sucessores e contra eles executadas ateacute o

limite do valor do patrimocircnio transferido (grifo nosso)

Esse princiacutepio impede que a pena ultrapasse a pessoa do infrator

EXEMPLO Se Paulo comete um crime e morre em seguida estaacute extinta

a punibilidade ou seja o Estado natildeo pode mais punir em razatildeo do crime

praticado pois a morte do infrator eacute uma das causas de extinccedilatildeo do

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poder punitivo do Estado

Entretanto como vocecircs podem extrair da proacutepria redaccedilatildeo do

dispositivo constitucional isso natildeo impede que os sucessores do

condenado falecido sejam obrigados a reparar os danos civis causados

pelo fato Explico

EXEMPLO Roberto mata Mauriacutecio cometendo o crime previsto no art

121 do Coacutedigo Penal (Homiciacutedio) Roberto eacute condenado a 15 anos de

prisatildeo e na esfera ciacutevel eacute condenado ao pagamento de R$

10000000 (Cem mil reais) a tiacutetulo de indenizaccedilatildeo ao filho de

Mauriacutecio Durante a execuccedilatildeo da pena criminal Roberto vem a falecer

Embora a pena privativa de liberdade esteja extinta pela morte do

infrator a obrigaccedilatildeo de reparar o dano poderaacute ser repassada aos

herdeiros ateacute o limite do patrimocircnio deixado pelo infrator falecido

Assim se Roberto deixou um patrimocircnio de R$ 50000000

(Quinhentos mil reais) desse valor que jaacute pertence aos herdeiros (pelo

princiacutepio da saisine do Direito das Sucessotildees) poderaacute ser debitado os R$

10000000 (cem mil reais) que Roberto foi condenado a pagar ao filho de

Mauriacutecio Se poreacutem o patrimocircnio deixado por Roberto eacute de apenas R$

3000000 (Trinta mil reais) esse eacute o limite ao qual os herdeiros estatildeo

obrigados

Desta forma tecnicamente falando os herdeiros natildeo satildeo

responsabilizados pelo crime de Roberto pois natildeo respondem com

seu proacuteprio patrimocircnio apenas com o patrimocircnio eventualmente deixado

pelo de cujus

CUIDADO A multa natildeo eacute ldquoobrigaccedilatildeo de reparar o danordquo pois natildeo se

destina agrave viacutetima A multa eacute espeacutecie de PENA e portanto natildeo pode ser

executada em face dos herdeiros ainda que haja transferecircncia de

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patrimocircnio Neste caso com a morte do infrator extingue-se a

punibilidade natildeo podendo ser executada a pena de multa

IV ndash PRINCIacutePIO DA LIMITACcedilAtildeO DAS PENAS OU DA HUMANIDADE

DAS PENAS

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVII que

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Podemos perceber caros concurseiros que determinados tipos de

pena satildeo terminantemente proibidos pela Constituiccedilatildeo Federal

No caso da pena de morte a Constituiccedilatildeo estabelece uma uacutenica

exceccedilatildeo No caso de guerra declarada eacute possiacutevel a aplicaccedilatildeo de pena de

morte por crimes cometidos em razatildeo da guerra Isso natildeo quer dizer que

basta que o paiacutes esteja em guerra para que se viabilize a aplicaccedilatildeo da

pena de morte em qualquer caso Natildeo pode o legislador por exemplo

editar uma lei estabelecendo que os furtos cometidos durante estado de

guerra seratildeo punidos com pena de morte pois isso natildeo guarda qualquer

razoabilidade Esta ressalva eacute direcionada precipuamente aos crimes

militares

A vedaccedilatildeo agrave pena de trabalhos forccedilados impede por exemplo que o

preso seja obrigado a trabalhar sem remuneraccedilatildeo Assim ao preso que

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trabalha no estabelecimento prisional eacute garantida remuneraccedilatildeo mensal e

abatimento no tempo de cumprimento da pena

A prisatildeo perpeacutetua tambeacutem eacute inadmissiacutevel no Direito brasileiro

Em razatildeo disso uma lei que preveja a pena miacutenima para um crime em 60

anos por exemplo estaria violando o princiacutepio da vedaccedilatildeo agrave prisatildeo

perpeacutetua por se tratar de uma burla ao princiacutepio jaacute que a idade miacutenima

para aplicaccedilatildeo da pena eacute 18 anos Logo se o preso tiver que ficar no

miacutenimo 60 anos preso ele ficaraacute ateacute os 78 anos preso o que significa

na praacutetica prisatildeo perpeacutetua

Cuidado Esta vedaccedilatildeo eacute claacuteusula

peacutetrea Trata-se de direitos fundamentais

do cidadatildeo que natildeo podem ser restringidos

ou abolidos por emenda constitucional

Desta forma apenas com o advento de

uma nova Constituiccedilatildeo seria possiacutevel

falarmos em aplicaccedilatildeo destas penas no

Brasil

V ndash PRESUNCcedilAtildeO DE INOCEcircNCIA OU PRESUNCcedilAtildeO DE NAtildeO

CULPABILIDADE

A Presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o maior pilar de um Estado

Democraacutetico de Direito pois segundo este princiacutepio nenhuma pessoa

pode ser considerada culpada (e sofrer as consequecircncias disto) antes do

tracircnsito em julgado se sentenccedila penal condenatoacuteria Nos termos do art

5deg LVII da CRFB88

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de

sentenccedila penal condenatoacuteria

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O que eacute tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Eacute a situaccedilatildeo na qual a sentenccedila proferida no processo criminal

condenando o reacuteu natildeo pode mais ser modificada atraveacutes de recurso

Assim enquanto natildeo houver uma sentenccedila criminal condenatoacuteria

irrecorriacutevel o acusado natildeo pode ser considerado culpado e portanto

natildeo pode sofrer as consequecircncias da condenaccedilatildeo

Desse princiacutepio decorre que o ocircnus (obrigaccedilatildeo) da prova cabe

ao acusador (MP ou ofendido conforme o caso) O reacuteu eacute desde o

comeccedilo inocente ateacute que o acusador prove sua culpa

Em razatildeo dele existe ainda o princiacutepio do in dubio pro reo ou favor

rei segundo o qual durante o processo (inclusive na sentenccedila) havendo

duacutevidas acerca da culpa ou natildeo do acusado deveraacute o Juiz decidir em

favor deste pois sua culpa natildeo foi cabalmente comprovada

Resumindo para vocecircs gravarem O Processo Penal eacute um jogo no

qual o acusado e o acusador tentam marcar pontos a seu favor a fim de

comprovarem suas teses Soacute que o empate daacute o tiacutetulo ao acusado

CUIDADO Existem hipoacuteteses em que o Juiz natildeo decidiraacute de acordo com

princiacutepio do in dubio pro reo mas pelo princiacutepio do in dubio pro societate

Por exemplo nas decisotildees de recebimento de denuacutencia ou queixa e na

decisatildeo de pronuacutencia no processo de competecircncia do Juacuteri o Juiz decide

contrariamente ao reacuteu (recebe a denuacutencia ou queixa no primeiro caso e

pronuncia o reacuteu no segundo) com base apenas em indiacutecios de autoria e

prova da materialidade Ou seja nesses casos mesmo o Juiz tendo

duacutevidas quanto agrave culpabilidade do reacuteu deveraacute decidir contrariamente a

ele e em favor da sociedade pois destas decisotildees natildeo haacute consequecircncias

para o reacuteu permitindo-se apenas que seja iniciado o processo ou a fase

processual na qual seratildeo produzidas as provas necessaacuterias agrave elucidaccedilatildeo

dos fatos

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Desta maneira sendo este um princiacutepio de ordem

Constitucional deve a legislaccedilatildeo infraconstitucional

(especialmente o CP e o CPP) respeitaacute-lo sob pena de violaccedilatildeo agrave

Constituiccedilatildeo Portanto uma lei que dissesse por exemplo que o

cumprimento de pena se daria a partir da sentenccedila em primeira instacircncia

seria inconstitucional pois a Constituiccedilatildeo afirma que o acusado ainda natildeo

eacute considerado culpado nessa hipoacutetese

CUIDADO A existecircncia de prisotildees

provisoacuterias (prisotildees decretadas no curso

do processo) natildeo ofende a presunccedilatildeo de

inocecircncia pois nesse caso natildeo se trata de

uma prisatildeo como cumprimento de pena mas

sim de uma prisatildeo cautelar ou seja para

garantir que o processo penal seja

devidamente instruiacutedo ou eventual sentenccedila

condenatoacuteria seja cumprida Por exemplo Se

o reacuteu estaacute dando sinais de que vai fugir (tirou

passaporte recentemente) e o Juiz decreta

sua prisatildeo preventiva o faz natildeo por

consideraacute-lo culpado mas para garantir que

caso seja condenado cumpra a pena Vocecircs

veratildeo mais sobre isso na aula sobre Prisatildeo e

Liberdade Provisoacuteria

Vou transcrever para vocecircs agora alguns pontos que satildeo polecircmicos e

a respectiva posiccedilatildeo dos Tribunais Superiores pois isto eacute importante

Processos criminais em curso e inqueacuteritos policiais em

face do acusado podem ser considerados maus

antecedentes Segundo o STJ natildeo pois em nenhum deles o

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acusado foi condenado de maneira irrecorriacutevel logo natildeo pode

ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequecircncia em

relaccedilatildeo a eles

Regressatildeo de regime de cumprimento da pena ndash O STJ e

o STF entendem que NAtildeO HAacute NECESSIDADE DE

CONDENACcedilAtildeO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que

o preso sofra a regressatildeo do regime de cumprimento de pena

mais brando para o mais severo (do semi-aberto para o

fechado por exemplo) Nesses casos basta que o preso

tenha cometido novo crime doloso ou falta grave durante

o cumprimento da pena pelo crime antigo para que haja a

regressatildeo nos termos do art 118 I da Lei 721084 (Lei de

Execuccedilotildees Penais) natildeo havendo necessidade sequer de que

tenha havido condenaccedilatildeo criminal ou administrativa A

Jurisprudecircncia entende que esse artigo da LEP natildeo ofende a

Constituiccedilatildeo

Revogaccedilatildeo do benefiacutecio da suspensatildeo condicional do

processo em razatildeo do cometimento de crime ndash Prevecirc a Lei

909995 que em determinados crimes de menor potencial

ofensivo pode ser o processo criminal suspenso por

determinado devendo o reacuteu cumprir algumas obrigaccedilotildees

durante este prazo (dentre elas natildeo cometer novo crime)

findo o qual estaraacute extinta sua punibilidade Nesse caso o STF

e o STJ entendem que descoberta a praacutetica de crime pelo

acusado beneficiado com a suspensatildeo do processo este

benefiacutecio deve ser revogado por ter sido descumprida uma das

condiccedilotildees natildeo havendo necessidade de tracircnsito em

julgado da sentenccedila condenatoacuteria do crime novo

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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Page 2: curso-5159-aula-00-v1.pdf

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AULA DEMONSTRATIVA PRINCIacutePIOS

CONSTITUCIONAIS E GERAIS DO DIREITO

PENAL

SUMAacuteRIO PAacuteGINA Apresentaccedilatildeo e Cronograma 01 I - Princiacutepio da LEGALIDADE 05 II- Princiacutepio da INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DA PENA 12 III - Princiacutepio da INTRANSCEDEcircNCIA DA PENA 14 IV - Princiacutepio da LIMITACcedilAtildeO DAS PENAS 15 V ndash Presunccedilatildeo de INOCEcircNCIA OU Presunccedilatildeo de NAtildeO CULPABILIDADE

17

VI ndash Outras disposiccedilotildees constitucionais relevantes 19 VII ndash Outros Princiacutepios do Direito Penal 21 Lista das Questotildees da Aula 26 Questotildees Comentadas 39 Gabarito 68

Olaacute meus amigos

Eacute com imenso prazer que estou aqui mais uma vez pelo

ESTRATEacuteGIA CONCURSOS tendo a oportunidade de poder contribuir

para a aprovaccedilatildeo de vocecircs no concurso da POLIacuteCIA CIVIL DO RIO DE

JANEIRO (2014) Noacutes vamos estudar teoria e comentar exerciacutecios sobre

DIREITO PENAL para o cargo de PAPILOSCOPISTA

E aiacute povo preparados para a maratona

A Banca que iraacute organizar o concurso eacute o IBFC

O edital lanccedilado no final de agosto prevecirc 100 vagas para

provimento imediato aleacutem de cadastro de reserva

Bom estaacute na hora de me apresentar a vocecircs natildeo eacute

Meu nome eacute Renan Araujo tenho 27 anos sou Defensor Puacuteblico

Federal desde 2010 titular do 16deg Ofiacutecio Ciacutevel da Defensoria Puacuteblica da

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Uniatildeo no Rio de Janeiro e mestrando em Direito Penal pela

Faculdade de Direito da UERJ Antes poreacutem fui servidor da Justiccedila

Eleitoral (TRE-RJ) onde exerci o cargo de Teacutecnico Judiciaacuterio por dois

anos Sou Bacharel em Direito pela UNESA e poacutes-graduado em Direito

Puacuteblico pela Universidade Gama Filho

Disse a vocecircs minha idade propositalmente Minha trajetoacuteria de vida

estaacute intimamente ligada aos Concursos Puacuteblicos Desde o comeccedilo da

Faculdade eu sabia que era isso que eu queria pra minha vida E querem

saber Isso faz toda a diferenccedila Algumas pessoas me perguntam como

consegui sucesso nos concursos em tatildeo pouco tempo Simples Foco +

Forccedila de vontade + Disciplina Natildeo haacute foacutermula maacutegica natildeo haacute ingrediente

secreto Basta querer e correr atraacutes do seu sonho Acreditem em mim

isso funciona

Bom como jaacute adiantei neste curso estudaremos todo o conteuacutedo

de Direito Penal previsto no Edital Estudaremos teoria e vamos

trabalhar tambeacutem com exerciacutecios comentados

Abaixo segue o plano de aulas do curso todo

AULA CONTEUacuteDO DATA

Aula 00 Princiacutepios do Direito Penal 0909

Aula 01 Aplicaccedilatildeo da Lei Penal Infraccedilatildeo penal 1309

Aula 02 Do Crime (parte I) 1509

Aula 03 Do Crime (parte II) Extinccedilatildeo da

punibilidade 1809

Aula 04 Concurso de pessoas e concurso de crimes 2109

Aula 05 Penas espeacutecies circunstacircncias

agravantes e atenuantes 2409

Aula 06 Crimes contra a pessoa 2709

Aula 07 Crimes contra o patrimocircnio 3009

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Aula 08

Crimes contra A propriedade imaterial a

organizaccedilatildeo do trabalho contra o

sentimento religioso contra o respeito aos

mortos contra a famiacutelia contra a

incolumidade puacuteblica contra a paz

puacuteblica

0310

Aula 09 Crimes contra a dignidade sexual 0610

Aula 10 Crimes contra a feacute puacuteblica 1010

Aula 11 Crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

(parte I) 1510

Aula 12 Crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

(parte II) 2010

As aulas seratildeo disponibilizadas no site conforme o cronograma

apresentado Em cada aula eu trarei algumas questotildees que foram

cobradas em concursos puacuteblicos Como a IBFC natildeo eacute uma Banca

das mais tradicionais (Como CESPE FCC FGV etc) natildeo haacute um

Banco de questotildees muito elevado principalmente em se tratando

de Direito Penal

Desta forma trabalharemos as questotildees comentadas da

seguinte forma Durante as aulas regulares utilizaremos questotildees de

muacuteltipla escolha das melhores Bancas do paiacutes para reforccedilar nossa

preparaccedilatildeo (FGV ESAF FCC etc) Apoacutes a disponibilizaccedilatildeo da uacuteltima

aula eu irei elaborar uma espeacutecie de simulado comentado

utilizando apenas questotildees da IBFC de forma a preparar vocecircs

para o ldquojeitordquo da Banca

No mais desejo a todos uma boa maratona de estudos

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Observaccedilatildeo importante este curso eacute protegido por direitos autorais

(copyright) nos termos da Lei 961098 que altera atualiza e consolida

a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais e daacute outras providecircncias

Grupos de rateio e pirataria satildeo clandestinos violam a lei e prejudicam os

professores que elaboram os cursos Valorize o trabalho de nossa equipe

adquirindo os cursos honestamente atraveacutes do site Estrateacutegia Concursos

-)

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PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO PENAL

Os princiacutepios constitucionais do Direito Penal satildeo normas que

extraiacutedas da Constituiccedilatildeo Federal servem como base

interpretativa para todas as outras normas de Direito Penal do

sistema juriacutedico brasileiro Entretanto natildeo possuem somente funccedilatildeo

informativa natildeo servem somente para auxiliar na interpretaccedilatildeo de outras

normas Os princiacutepios constitucionais na atual interpretaccedilatildeo

constitucional possuem forccedila normativa devendo ser respeitados sob

pena de inconstitucionalidade da norma que os contrariar

No que tange ao Direito Penal a Constituiccedilatildeo Federal traz alguns

princiacutepios aplicaacuteveis a este ramo do Direito Vamos analisaacute-los um a um

I ndash PRINCIacutePIO DA LEGALIDADE

O princiacutepio da legalidade estaacute previsto no art 5deg XXXIX da

Constituiccedilatildeo Federal

XXXIX - natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina nem pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal

Entretanto ele TAMBEacuteM estaacute previsto no Coacutedigo Penal em seu art

1deg

Art 1ordm - Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal

Este princiacutepio quem vem do latim (Nullum crimen sine praevia

lege) estabelece que uma conduta natildeo pode ser considerada criminosa

se antes de sua praacutetica natildeo havia lei nesse sentido Assim se Joatildeo ingere

cachaccedila natildeo comete crime pois a legislaccedilatildeo brasileira natildeo estabelece

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que essa conduta seja criminosa Se no dia seguinte for editada uma Lei

criminalizando a ingestatildeo de bebida alcooacutelica Joatildeo natildeo teraacute cometido

crime pois quando praticou o ato a lei natildeo existia e ela natildeo pode ser

aplicada aos fatos acontecidos antes de sua vigecircncia

Entretanto o Princiacutepio da Legalidade se divide em dois outros

princiacutepios o da Reserva Legal e o da Anterioridade da Lei Penal

Desta forma vamos estudaacute-los em toacutepicos distintos

Ia) Princiacutepio da Reserva Legal

O princiacutepio da Reserva Legal estabelece que SOMENTE LEI (EM

SENTIDO ESTRITO) pode definir condutas criminosas e estabelecer

penas Nas palavras de Cezar Roberto Bitencourt

ldquopelo princiacutepio da legalidade a elaboraccedilatildeo de normas incriminadoras eacute funccedilatildeo

exclusiva da lei isto eacute nenhum fato pode ser considerado crime e nenhuma

pena criminal pode ser aplicada sem que antes da ocorrecircncia deste fato

exista uma lei definindo-o como crime e cominando-lhe a sanccedilatildeo

correspondenterdquo (Bitencourt Cezar Roberto Tratado de Direito Penal parte

geral volume I Ed Saraiva11ordm Ed Atualizada ndash Satildeo Paulo ndash 2007)

Percebam que o autor fala em ldquoPrinciacutepio da Legalidaderdquo Isso ocorre

porque certa parte da Doutrina natildeo faz distinccedilatildeo entre princiacutepio da

legalidade e princiacutepio da reserva legal como se fossem sinocircnimos

Entretanto entendo como a maioria da Doutrina que essa distinccedilatildeo

existe e que a reserva legal eacute apenas uma vertente do princiacutepio da

legalidade sendo a outra vertente o princiacutepio da anterioridade da lei

penal

Assim somente a Lei (editada pelo Poder Legislativo) pode definir

crimes e cominar penas Logo Medida Provisoacuteria Decretos e demais

diplomas legislativos NAtildeO PODEM ESTABELECER CONDUTAS

CRIMINOSAS NEM COMINAR SANCcedilOtildeES

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Desta forma pode haver violaccedilatildeo ao Princiacutepio da legalidade sem que

haja violaccedilatildeo agrave reserva legal Entretanto havendo violaccedilatildeo agrave reserva

legal isso implica necessariamente em violaccedilatildeo ao princiacutepio da

legalidade pois aquele eacute parte deste Lembrem-se Legalidade =

Reserva legal + Anterioridade da lei penal

O princiacutepio da reserva legal implica a proibiccedilatildeo da ediccedilatildeo de leis

vagas com conteuacutedo impreciso Isso porque a existecircncia de leis cujo

conteuacutedo natildeo seja claro que natildeo se sabe ao certo qual conduta estaacute

sendo criminalizada acaba por retirar toda a funccedilatildeo do princiacutepio da

reserva legal que eacute dar seguranccedila juriacutedica agraves pessoas para que estas

saibam exatamente se as condutas por elas praticadas satildeo ou natildeo

crime Por exemplo

Imagine que a Lei X considere como criminosas as condutas

que atentem contra os bons costumes Ora algueacutem sabe definir o

que satildeo bons costumes Natildeo pois se trata de um termo muito vago

muito geneacuterico que pode abranger uma infinidade de condutas Assim

natildeo basta que se trate de lei em sentido estrito (Lei formal) esta lei tem

que estabelecer precisamente a conduta que estaacute sendo criminalizada

sob pena de ofensa ao princiacutepio da legalidade

Entretanto fiquem atentos Existem as chamadas NORMAS

PENAIS EM BRANCO As normas penais em branco satildeo aquelas que

dependem de outra norma para que sua aplicaccedilatildeo seja possiacutevel Por

exemplo A Lei de Drogas (Lei 1134306) estabelece diversas condutas

criminosas referentes agrave comercializaccedilatildeo transporte posse etc de

substacircncia entorpecente Mas quais seriam as substacircncias

entorpecentes proibidas As substacircncias entorpecentes proibidas estatildeo

descritas em uma portaria expedida pela ANVISA Assim as normas

penais em branco satildeo legais natildeo violam o princiacutepio da reserva legal mas

sua aplicaccedilatildeo depende da anaacutelise de outra norma juriacutedica

Mas a portaria da ANVISA natildeo seria uma violaccedilatildeo agrave reserva

legal por se tratar de criminalizaccedilatildeo de conduta por portaria Natildeo

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pois a portaria estabelece quais satildeo as substacircncias entorpecentes em

razatildeo de ter sido assim determinado por lei no caso pela proacutepria lei de

drogas que em seu art 66 estabelece como substacircncias entorpecentes

aquelas previstas na Portaria SVSMS ndeg34498

Aleacutem disso em razatildeo da reserva legal em Direito Penal eacute

proibida a analogia in malam partem que eacute a analogia em desfavor

do reacuteu Assim natildeo pode o Juiz criar uma conduta criminosa natildeo prevista

em lei com base na analogia Por exemplo

Joatildeo agride seu parceiro homossexual Alberto Nesse caso houve a

praacutetica do crime de lesatildeo corporal (art 129 do Coacutedigo Penal) Natildeo pode o

Juiz querer enquadraacute-lo no conceito da Lei Maria da Penha pois esta Lei eacute

clara ao afirmar que soacute se aplica nos casos de agressatildeo contra a mulher

Aplicar a lei neste caso seria fazer uma analogia desfavoraacutevel ao reacuteu pois

a Lei Maria da Penha estabelece puniccedilotildees mais gravosas que o art 129 do

Coacutedigo Penal Isso eacute vedado

Com relaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva parte da Doutrina entende

que eacute possiacutevel outra parte entende que agrave semelhanccedila da analogia in

malam partem natildeo eacute admissiacutevel A interpretaccedilatildeo extensiva difere da

analogia pois naquela a previsatildeo legal existe mas estaacute impliacutecita Nesta a

previsatildeo legal natildeo existe mas o Juiz entende que por ser semelhante a

uma hipoacutetese existente deva ser assim enquadrada Cuidado com essa

diferenccedila

Entretanto em provas objetivas recomendo vocecircs a optarem pela

afirmativa que proiacuteba tambeacutem a interpretaccedilatildeo extensiva em desfavor do

reacuteu pois eacute uma posiccedilatildeo que se coaduna mais com um Estado

Democraacutetico de Direito pois se a conduta criminalizada natildeo estaacute clara a

ponto de haver necessidade de interpretaccedilatildeo extensiva jaacute houve violaccedilatildeo

agrave reserva legal pois como vimos a Lei penal deve ser clara e precisa de

forma que a conduta incriminada seja facilmente verificaacutevel

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Ib) Princiacutepio da anterioridade da Lei penal

O princiacutepio da anterioridade da lei penal estabelece que natildeo basta

que a criminalizaccedilatildeo de uma conduta se decirc por meio de Lei em sentido

estrito mas que esta lei seja anterior ao fato agrave praacutetica da conduta

EXEMPLO Pedro dirige seu carro embriagado no dia 20052010 tendo

sido abordado em blitz e multado Nesta data natildeo haacute lei que criminalize

esta conduta Em 26052010 eacute publicada uma Lei criminalizando o ato

de dirigir embriagado O oacutergatildeo que aplicou a multa remete os autos do

processo administrativa da Multa ao MP que oferece denuacutencia pelo crime

de dirigir alcoolizado A conduta do MP foi correta Natildeo Pois embora

Pedro tivesse cometido uma infraccedilatildeo de tracircnsito na data do fato a

conduta natildeo era considerada crime

Houve violaccedilatildeo ao princiacutepio da reserva legal Natildeo pois a lei a

criminalizaccedilatildeo da conduta se deu por meio de lei formal Houve violaccedilatildeo

ao princiacutepio da anterioridade da lei penal Sim e essa violaccedilatildeo se deu

pelo MP que ofereceu denuacutencia sobre um fato acontecido antes da

vigecircncia da lei incriminadora

Percebam que a violaccedilatildeo agrave anterioridade neste caso se deu pelo MP

Mas nada impede no entanto que essa violaccedilatildeo se decirc pela proacutepria lei

penal incriminadora Imaginem que a Lei que criminalizou a conduta de

Pedro estabelecesse que todos aqueles que tenham sido flagrados

dirigindo alcoolizados nos uacuteltimos dois anos responderiam pelo crime nela

previstos Essa lei seria inconstitucional nesta parte Pois violaria

flagrantemente o princiacutepio constitucional da anterioridade da lei penal

previsto no art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal

O princiacutepio da anterioridade da lei penal culmina no princiacutepio

da irretroatividade da lei penal Pode-se dizer inclusive que satildeo

sinocircnimos Entretanto a lei penal pode retroagir Como assim Quando

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ela beneficia o reacuteu estabelecendo uma sanccedilatildeo menos gravosa para o

crime ou quando deixa de considerar a conduta como criminosa Nesse

caso estamos haveraacute retroatividade da lei penal pois ela alcanccedilaraacute

fatos ocorridos ANTES DE SUA VIGEcircNCIA

EXEMPLO Imagine que Maria seja acusada em processo criminal por

uso de entorpecentes (cocaiacutena) fato cometido em 20042005 A pena

para este crime varia (apenas um exemplo) de um a quatro anos Se

uma lei for editada posteriormente estabelecendo que a pena para este

crime seja de dois a seis MESES essa lei eacute favoraacutevel agrave Maria Assim

deveraacute ser aplicada ao seu processo natildeo podendo Maria ser condenada a

mais de seis meses de prisatildeo

Essa previsatildeo se encontra no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Mas e se Maria jaacute tiver sido condenada a dois anos de prisatildeo e esteja

cumprindo pena haacute mais de um ano Nesse caso Maria deveraacute ser

colocada em liberdade pois se sua condenaccedilatildeo fosse hoje natildeo poderia

superar o limite de seis meses Como jaacute cumpriu mais de seis meses sua

pena estaacute extinta

Obviamente se a lei nova ao inveacutes de estabelecer uma pena mais

branda estabelece que a conduta deixa de ser crime (O que chamamos

de abolitio criminis) TAMBEacuteM SERAacute APLICADA AOS FATOS

OCORRIDOS ANTES DE SUA VIGEcircNCIA POR SER MAIS BENEacuteFICA

AO REacuteU

Natildeo se trata de um ldquobenefiacuteciordquo criminoso Trata-se de uma questatildeo

de loacutegica Se o Estado considera hoje que uma determinada conduta

natildeo pode ser crime natildeo faz sentido manter preso ou dar sequecircncia a um

processo pela praacutetica deste fato que natildeo eacute mais crime pois o proacuteprio

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Estado natildeo considera mais a conduta como tatildeo grave a ponto de merecer

uma puniccedilatildeo criminal

ATENCcedilAtildeO No caso das Leis temporaacuterias a

lei continuaraacute a produzir seus efeitos mesmo

apoacutes o teacutermino de sua vigecircncia caso

contraacuterio perderia sua razatildeo de ser O caso

mais claacutessico eacute o da lei seca para o dia das

eleiccedilotildees Nesse dia o consumo de bebida

alcooacutelica eacute proibido durante certo horaacuterio

Apoacutes o teacutermino das eleiccedilotildees a ingestatildeo de

bebida alcooacutelica passa a natildeo ser mais crime

novamente Entretanto natildeo houve abolitio

criminis houve apenas o teacutermino do

lapso temporal em que a proibiccedilatildeo

vigora Somente haveria abolitio criminis

caso a lei que proiacutebe a ingestatildeo de bebidas

alcooacutelicas no dia da eleiccedilatildeo fosse revogada o

que natildeo ocorreu Estudaremos melhor este

assunto quando analisarmos a aplicaccedilatildeo da

Lei Penal no tempo

A legalidade (reserva legal e anterioridade) satildeo garantias para os

cidadatildeos pois visam a impedir que o Estado os surpreenda com a

criminalizaccedilatildeo de uma conduta apoacutes a praacutetica do ato Pensem como seria

nossa vida se pudeacutessemos amanhatilde sermos punidos pela praacutetica de um

ato que hoje natildeo eacute considerado crime Como poderiacuteamos viver sem

saber se amanhatilde ou depois aquela conduta seria considerada crime noacutes

poderiacuteamos ser condenados e punidos por ela Impossiacutevel viver assim

Assim

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Legalidade = Anterioridade + Reserva Legal

NAtildeO SE ESQUECcedilAM Trata-se de um princiacutepio com duas vertentes

II ndash PRINCIacutePIO DA INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DA PENA

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVI

XLVI - a lei regularaacute a individualizaccedilatildeo da pena e adotaraacute entre outras as

seguintes

A individualizaccedilatildeo da pena eacute feita em trecircs fases distintas

Legislativa judicial e administrativa

Na esfera legislativa a individualizaccedilatildeo da pena se daacute atraveacutes da

cominaccedilatildeo de puniccedilotildees proporcionais agrave gravidade dos crimes e com o

estabelecimento de penas miacutenimas e maacuteximas a serem aplicadas pelo

Judiciaacuterio considerando as circunstacircncias do fato e as caracteriacutesticas do

criminoso

Na fase judicial a individualizaccedilatildeo da pena eacute feita com base na

anaacutelise pelo magistrado das circunstacircncias do crime dos antecedentes

do reacuteu etc Nessa fase a individualizaccedilatildeo da pena sai do plano

meramente abstrato e vai para o plano concreto devendo o Juiz fixar a

pena de acordo com as peculiaridades do caso (Tipo de pena a ser

aplicada quantificaccedilatildeo da pena forma de cumprimento etc) tudo para

que ela seja a mais apropriada para cada reacuteu de forma a cumprir seu

papel ressocializador-educativo e punitivo

Na terceira e uacuteltima fase a individualizaccedilatildeo eacute feita na execuccedilatildeo da

pena a parte administrativa Assim questotildees como progressatildeo de

regime concessatildeo de saiacutedas eventuais do local de cumprimento da pena

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e outras seratildeo decididas pelo Juiz da execuccedilatildeo penal tambeacutem de forma

individual de acordo com as peculiaridades de cada detento

Por esta razatildeo em 2006 o STF declarou a inconstitucionalidade do

artigo da Lei de Crimes Hediondos (Lei 807890) que previa a

impossibilidade de progressatildeo de regime nesses casos nos quais o reacuteu

deveria cumprir a pena em regime integralmente fechado O STF

entendeu que a terceira fase de individualizaccedilatildeo da pena havia sido

suprimida violando o princiacutepio constitucional

Outra indicaccedilatildeo clara de individualizaccedilatildeo da pena na fase de

execuccedilatildeo estaacute no artigo 5deg XLVIII da Constituiccedilatildeo que estabelece o

cumprimento da pena em estabelecimentos distintos de acordo com as

caracteriacutesticas do preso Vejamos

XLVIII - a pena seraacute cumprida em estabelecimentos distintos de acordo com

a natureza do delito a idade e o sexo do apenado

III ndash PRINCIacutePIO DA INTRANSCENDEcircNCIA DA PENA (OU

PRINCIacutePIO DA PERSONIFICACcedilAtildeO DA PENA OU PRINCIacutePIO DA

RESPONSABILIDADE PESSOAL DA PENA)

Este princiacutepio constitucional do Direito Penal estaacute previsto no art 5deg

XLV da Constituiccedilatildeo Federal

XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do condenado podendo a

obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do perdimento de bens ser nos

termos da lei estendidas aos sucessores e contra eles executadas ateacute o

limite do valor do patrimocircnio transferido (grifo nosso)

Esse princiacutepio impede que a pena ultrapasse a pessoa do infrator

EXEMPLO Se Paulo comete um crime e morre em seguida estaacute extinta

a punibilidade ou seja o Estado natildeo pode mais punir em razatildeo do crime

praticado pois a morte do infrator eacute uma das causas de extinccedilatildeo do

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poder punitivo do Estado

Entretanto como vocecircs podem extrair da proacutepria redaccedilatildeo do

dispositivo constitucional isso natildeo impede que os sucessores do

condenado falecido sejam obrigados a reparar os danos civis causados

pelo fato Explico

EXEMPLO Roberto mata Mauriacutecio cometendo o crime previsto no art

121 do Coacutedigo Penal (Homiciacutedio) Roberto eacute condenado a 15 anos de

prisatildeo e na esfera ciacutevel eacute condenado ao pagamento de R$

10000000 (Cem mil reais) a tiacutetulo de indenizaccedilatildeo ao filho de

Mauriacutecio Durante a execuccedilatildeo da pena criminal Roberto vem a falecer

Embora a pena privativa de liberdade esteja extinta pela morte do

infrator a obrigaccedilatildeo de reparar o dano poderaacute ser repassada aos

herdeiros ateacute o limite do patrimocircnio deixado pelo infrator falecido

Assim se Roberto deixou um patrimocircnio de R$ 50000000

(Quinhentos mil reais) desse valor que jaacute pertence aos herdeiros (pelo

princiacutepio da saisine do Direito das Sucessotildees) poderaacute ser debitado os R$

10000000 (cem mil reais) que Roberto foi condenado a pagar ao filho de

Mauriacutecio Se poreacutem o patrimocircnio deixado por Roberto eacute de apenas R$

3000000 (Trinta mil reais) esse eacute o limite ao qual os herdeiros estatildeo

obrigados

Desta forma tecnicamente falando os herdeiros natildeo satildeo

responsabilizados pelo crime de Roberto pois natildeo respondem com

seu proacuteprio patrimocircnio apenas com o patrimocircnio eventualmente deixado

pelo de cujus

CUIDADO A multa natildeo eacute ldquoobrigaccedilatildeo de reparar o danordquo pois natildeo se

destina agrave viacutetima A multa eacute espeacutecie de PENA e portanto natildeo pode ser

executada em face dos herdeiros ainda que haja transferecircncia de

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patrimocircnio Neste caso com a morte do infrator extingue-se a

punibilidade natildeo podendo ser executada a pena de multa

IV ndash PRINCIacutePIO DA LIMITACcedilAtildeO DAS PENAS OU DA HUMANIDADE

DAS PENAS

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVII que

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Podemos perceber caros concurseiros que determinados tipos de

pena satildeo terminantemente proibidos pela Constituiccedilatildeo Federal

No caso da pena de morte a Constituiccedilatildeo estabelece uma uacutenica

exceccedilatildeo No caso de guerra declarada eacute possiacutevel a aplicaccedilatildeo de pena de

morte por crimes cometidos em razatildeo da guerra Isso natildeo quer dizer que

basta que o paiacutes esteja em guerra para que se viabilize a aplicaccedilatildeo da

pena de morte em qualquer caso Natildeo pode o legislador por exemplo

editar uma lei estabelecendo que os furtos cometidos durante estado de

guerra seratildeo punidos com pena de morte pois isso natildeo guarda qualquer

razoabilidade Esta ressalva eacute direcionada precipuamente aos crimes

militares

A vedaccedilatildeo agrave pena de trabalhos forccedilados impede por exemplo que o

preso seja obrigado a trabalhar sem remuneraccedilatildeo Assim ao preso que

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trabalha no estabelecimento prisional eacute garantida remuneraccedilatildeo mensal e

abatimento no tempo de cumprimento da pena

A prisatildeo perpeacutetua tambeacutem eacute inadmissiacutevel no Direito brasileiro

Em razatildeo disso uma lei que preveja a pena miacutenima para um crime em 60

anos por exemplo estaria violando o princiacutepio da vedaccedilatildeo agrave prisatildeo

perpeacutetua por se tratar de uma burla ao princiacutepio jaacute que a idade miacutenima

para aplicaccedilatildeo da pena eacute 18 anos Logo se o preso tiver que ficar no

miacutenimo 60 anos preso ele ficaraacute ateacute os 78 anos preso o que significa

na praacutetica prisatildeo perpeacutetua

Cuidado Esta vedaccedilatildeo eacute claacuteusula

peacutetrea Trata-se de direitos fundamentais

do cidadatildeo que natildeo podem ser restringidos

ou abolidos por emenda constitucional

Desta forma apenas com o advento de

uma nova Constituiccedilatildeo seria possiacutevel

falarmos em aplicaccedilatildeo destas penas no

Brasil

V ndash PRESUNCcedilAtildeO DE INOCEcircNCIA OU PRESUNCcedilAtildeO DE NAtildeO

CULPABILIDADE

A Presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o maior pilar de um Estado

Democraacutetico de Direito pois segundo este princiacutepio nenhuma pessoa

pode ser considerada culpada (e sofrer as consequecircncias disto) antes do

tracircnsito em julgado se sentenccedila penal condenatoacuteria Nos termos do art

5deg LVII da CRFB88

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de

sentenccedila penal condenatoacuteria

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O que eacute tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Eacute a situaccedilatildeo na qual a sentenccedila proferida no processo criminal

condenando o reacuteu natildeo pode mais ser modificada atraveacutes de recurso

Assim enquanto natildeo houver uma sentenccedila criminal condenatoacuteria

irrecorriacutevel o acusado natildeo pode ser considerado culpado e portanto

natildeo pode sofrer as consequecircncias da condenaccedilatildeo

Desse princiacutepio decorre que o ocircnus (obrigaccedilatildeo) da prova cabe

ao acusador (MP ou ofendido conforme o caso) O reacuteu eacute desde o

comeccedilo inocente ateacute que o acusador prove sua culpa

Em razatildeo dele existe ainda o princiacutepio do in dubio pro reo ou favor

rei segundo o qual durante o processo (inclusive na sentenccedila) havendo

duacutevidas acerca da culpa ou natildeo do acusado deveraacute o Juiz decidir em

favor deste pois sua culpa natildeo foi cabalmente comprovada

Resumindo para vocecircs gravarem O Processo Penal eacute um jogo no

qual o acusado e o acusador tentam marcar pontos a seu favor a fim de

comprovarem suas teses Soacute que o empate daacute o tiacutetulo ao acusado

CUIDADO Existem hipoacuteteses em que o Juiz natildeo decidiraacute de acordo com

princiacutepio do in dubio pro reo mas pelo princiacutepio do in dubio pro societate

Por exemplo nas decisotildees de recebimento de denuacutencia ou queixa e na

decisatildeo de pronuacutencia no processo de competecircncia do Juacuteri o Juiz decide

contrariamente ao reacuteu (recebe a denuacutencia ou queixa no primeiro caso e

pronuncia o reacuteu no segundo) com base apenas em indiacutecios de autoria e

prova da materialidade Ou seja nesses casos mesmo o Juiz tendo

duacutevidas quanto agrave culpabilidade do reacuteu deveraacute decidir contrariamente a

ele e em favor da sociedade pois destas decisotildees natildeo haacute consequecircncias

para o reacuteu permitindo-se apenas que seja iniciado o processo ou a fase

processual na qual seratildeo produzidas as provas necessaacuterias agrave elucidaccedilatildeo

dos fatos

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Desta maneira sendo este um princiacutepio de ordem

Constitucional deve a legislaccedilatildeo infraconstitucional

(especialmente o CP e o CPP) respeitaacute-lo sob pena de violaccedilatildeo agrave

Constituiccedilatildeo Portanto uma lei que dissesse por exemplo que o

cumprimento de pena se daria a partir da sentenccedila em primeira instacircncia

seria inconstitucional pois a Constituiccedilatildeo afirma que o acusado ainda natildeo

eacute considerado culpado nessa hipoacutetese

CUIDADO A existecircncia de prisotildees

provisoacuterias (prisotildees decretadas no curso

do processo) natildeo ofende a presunccedilatildeo de

inocecircncia pois nesse caso natildeo se trata de

uma prisatildeo como cumprimento de pena mas

sim de uma prisatildeo cautelar ou seja para

garantir que o processo penal seja

devidamente instruiacutedo ou eventual sentenccedila

condenatoacuteria seja cumprida Por exemplo Se

o reacuteu estaacute dando sinais de que vai fugir (tirou

passaporte recentemente) e o Juiz decreta

sua prisatildeo preventiva o faz natildeo por

consideraacute-lo culpado mas para garantir que

caso seja condenado cumpra a pena Vocecircs

veratildeo mais sobre isso na aula sobre Prisatildeo e

Liberdade Provisoacuteria

Vou transcrever para vocecircs agora alguns pontos que satildeo polecircmicos e

a respectiva posiccedilatildeo dos Tribunais Superiores pois isto eacute importante

Processos criminais em curso e inqueacuteritos policiais em

face do acusado podem ser considerados maus

antecedentes Segundo o STJ natildeo pois em nenhum deles o

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acusado foi condenado de maneira irrecorriacutevel logo natildeo pode

ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequecircncia em

relaccedilatildeo a eles

Regressatildeo de regime de cumprimento da pena ndash O STJ e

o STF entendem que NAtildeO HAacute NECESSIDADE DE

CONDENACcedilAtildeO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que

o preso sofra a regressatildeo do regime de cumprimento de pena

mais brando para o mais severo (do semi-aberto para o

fechado por exemplo) Nesses casos basta que o preso

tenha cometido novo crime doloso ou falta grave durante

o cumprimento da pena pelo crime antigo para que haja a

regressatildeo nos termos do art 118 I da Lei 721084 (Lei de

Execuccedilotildees Penais) natildeo havendo necessidade sequer de que

tenha havido condenaccedilatildeo criminal ou administrativa A

Jurisprudecircncia entende que esse artigo da LEP natildeo ofende a

Constituiccedilatildeo

Revogaccedilatildeo do benefiacutecio da suspensatildeo condicional do

processo em razatildeo do cometimento de crime ndash Prevecirc a Lei

909995 que em determinados crimes de menor potencial

ofensivo pode ser o processo criminal suspenso por

determinado devendo o reacuteu cumprir algumas obrigaccedilotildees

durante este prazo (dentre elas natildeo cometer novo crime)

findo o qual estaraacute extinta sua punibilidade Nesse caso o STF

e o STJ entendem que descoberta a praacutetica de crime pelo

acusado beneficiado com a suspensatildeo do processo este

benefiacutecio deve ser revogado por ter sido descumprida uma das

condiccedilotildees natildeo havendo necessidade de tracircnsito em

julgado da sentenccedila condenatoacuteria do crime novo

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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Page 3: curso-5159-aula-00-v1.pdf

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Uniatildeo no Rio de Janeiro e mestrando em Direito Penal pela

Faculdade de Direito da UERJ Antes poreacutem fui servidor da Justiccedila

Eleitoral (TRE-RJ) onde exerci o cargo de Teacutecnico Judiciaacuterio por dois

anos Sou Bacharel em Direito pela UNESA e poacutes-graduado em Direito

Puacuteblico pela Universidade Gama Filho

Disse a vocecircs minha idade propositalmente Minha trajetoacuteria de vida

estaacute intimamente ligada aos Concursos Puacuteblicos Desde o comeccedilo da

Faculdade eu sabia que era isso que eu queria pra minha vida E querem

saber Isso faz toda a diferenccedila Algumas pessoas me perguntam como

consegui sucesso nos concursos em tatildeo pouco tempo Simples Foco +

Forccedila de vontade + Disciplina Natildeo haacute foacutermula maacutegica natildeo haacute ingrediente

secreto Basta querer e correr atraacutes do seu sonho Acreditem em mim

isso funciona

Bom como jaacute adiantei neste curso estudaremos todo o conteuacutedo

de Direito Penal previsto no Edital Estudaremos teoria e vamos

trabalhar tambeacutem com exerciacutecios comentados

Abaixo segue o plano de aulas do curso todo

AULA CONTEUacuteDO DATA

Aula 00 Princiacutepios do Direito Penal 0909

Aula 01 Aplicaccedilatildeo da Lei Penal Infraccedilatildeo penal 1309

Aula 02 Do Crime (parte I) 1509

Aula 03 Do Crime (parte II) Extinccedilatildeo da

punibilidade 1809

Aula 04 Concurso de pessoas e concurso de crimes 2109

Aula 05 Penas espeacutecies circunstacircncias

agravantes e atenuantes 2409

Aula 06 Crimes contra a pessoa 2709

Aula 07 Crimes contra o patrimocircnio 3009

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Aula 08

Crimes contra A propriedade imaterial a

organizaccedilatildeo do trabalho contra o

sentimento religioso contra o respeito aos

mortos contra a famiacutelia contra a

incolumidade puacuteblica contra a paz

puacuteblica

0310

Aula 09 Crimes contra a dignidade sexual 0610

Aula 10 Crimes contra a feacute puacuteblica 1010

Aula 11 Crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

(parte I) 1510

Aula 12 Crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

(parte II) 2010

As aulas seratildeo disponibilizadas no site conforme o cronograma

apresentado Em cada aula eu trarei algumas questotildees que foram

cobradas em concursos puacuteblicos Como a IBFC natildeo eacute uma Banca

das mais tradicionais (Como CESPE FCC FGV etc) natildeo haacute um

Banco de questotildees muito elevado principalmente em se tratando

de Direito Penal

Desta forma trabalharemos as questotildees comentadas da

seguinte forma Durante as aulas regulares utilizaremos questotildees de

muacuteltipla escolha das melhores Bancas do paiacutes para reforccedilar nossa

preparaccedilatildeo (FGV ESAF FCC etc) Apoacutes a disponibilizaccedilatildeo da uacuteltima

aula eu irei elaborar uma espeacutecie de simulado comentado

utilizando apenas questotildees da IBFC de forma a preparar vocecircs

para o ldquojeitordquo da Banca

No mais desejo a todos uma boa maratona de estudos

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Observaccedilatildeo importante este curso eacute protegido por direitos autorais

(copyright) nos termos da Lei 961098 que altera atualiza e consolida

a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais e daacute outras providecircncias

Grupos de rateio e pirataria satildeo clandestinos violam a lei e prejudicam os

professores que elaboram os cursos Valorize o trabalho de nossa equipe

adquirindo os cursos honestamente atraveacutes do site Estrateacutegia Concursos

-)

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PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO PENAL

Os princiacutepios constitucionais do Direito Penal satildeo normas que

extraiacutedas da Constituiccedilatildeo Federal servem como base

interpretativa para todas as outras normas de Direito Penal do

sistema juriacutedico brasileiro Entretanto natildeo possuem somente funccedilatildeo

informativa natildeo servem somente para auxiliar na interpretaccedilatildeo de outras

normas Os princiacutepios constitucionais na atual interpretaccedilatildeo

constitucional possuem forccedila normativa devendo ser respeitados sob

pena de inconstitucionalidade da norma que os contrariar

No que tange ao Direito Penal a Constituiccedilatildeo Federal traz alguns

princiacutepios aplicaacuteveis a este ramo do Direito Vamos analisaacute-los um a um

I ndash PRINCIacutePIO DA LEGALIDADE

O princiacutepio da legalidade estaacute previsto no art 5deg XXXIX da

Constituiccedilatildeo Federal

XXXIX - natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina nem pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal

Entretanto ele TAMBEacuteM estaacute previsto no Coacutedigo Penal em seu art

1deg

Art 1ordm - Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal

Este princiacutepio quem vem do latim (Nullum crimen sine praevia

lege) estabelece que uma conduta natildeo pode ser considerada criminosa

se antes de sua praacutetica natildeo havia lei nesse sentido Assim se Joatildeo ingere

cachaccedila natildeo comete crime pois a legislaccedilatildeo brasileira natildeo estabelece

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que essa conduta seja criminosa Se no dia seguinte for editada uma Lei

criminalizando a ingestatildeo de bebida alcooacutelica Joatildeo natildeo teraacute cometido

crime pois quando praticou o ato a lei natildeo existia e ela natildeo pode ser

aplicada aos fatos acontecidos antes de sua vigecircncia

Entretanto o Princiacutepio da Legalidade se divide em dois outros

princiacutepios o da Reserva Legal e o da Anterioridade da Lei Penal

Desta forma vamos estudaacute-los em toacutepicos distintos

Ia) Princiacutepio da Reserva Legal

O princiacutepio da Reserva Legal estabelece que SOMENTE LEI (EM

SENTIDO ESTRITO) pode definir condutas criminosas e estabelecer

penas Nas palavras de Cezar Roberto Bitencourt

ldquopelo princiacutepio da legalidade a elaboraccedilatildeo de normas incriminadoras eacute funccedilatildeo

exclusiva da lei isto eacute nenhum fato pode ser considerado crime e nenhuma

pena criminal pode ser aplicada sem que antes da ocorrecircncia deste fato

exista uma lei definindo-o como crime e cominando-lhe a sanccedilatildeo

correspondenterdquo (Bitencourt Cezar Roberto Tratado de Direito Penal parte

geral volume I Ed Saraiva11ordm Ed Atualizada ndash Satildeo Paulo ndash 2007)

Percebam que o autor fala em ldquoPrinciacutepio da Legalidaderdquo Isso ocorre

porque certa parte da Doutrina natildeo faz distinccedilatildeo entre princiacutepio da

legalidade e princiacutepio da reserva legal como se fossem sinocircnimos

Entretanto entendo como a maioria da Doutrina que essa distinccedilatildeo

existe e que a reserva legal eacute apenas uma vertente do princiacutepio da

legalidade sendo a outra vertente o princiacutepio da anterioridade da lei

penal

Assim somente a Lei (editada pelo Poder Legislativo) pode definir

crimes e cominar penas Logo Medida Provisoacuteria Decretos e demais

diplomas legislativos NAtildeO PODEM ESTABELECER CONDUTAS

CRIMINOSAS NEM COMINAR SANCcedilOtildeES

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Desta forma pode haver violaccedilatildeo ao Princiacutepio da legalidade sem que

haja violaccedilatildeo agrave reserva legal Entretanto havendo violaccedilatildeo agrave reserva

legal isso implica necessariamente em violaccedilatildeo ao princiacutepio da

legalidade pois aquele eacute parte deste Lembrem-se Legalidade =

Reserva legal + Anterioridade da lei penal

O princiacutepio da reserva legal implica a proibiccedilatildeo da ediccedilatildeo de leis

vagas com conteuacutedo impreciso Isso porque a existecircncia de leis cujo

conteuacutedo natildeo seja claro que natildeo se sabe ao certo qual conduta estaacute

sendo criminalizada acaba por retirar toda a funccedilatildeo do princiacutepio da

reserva legal que eacute dar seguranccedila juriacutedica agraves pessoas para que estas

saibam exatamente se as condutas por elas praticadas satildeo ou natildeo

crime Por exemplo

Imagine que a Lei X considere como criminosas as condutas

que atentem contra os bons costumes Ora algueacutem sabe definir o

que satildeo bons costumes Natildeo pois se trata de um termo muito vago

muito geneacuterico que pode abranger uma infinidade de condutas Assim

natildeo basta que se trate de lei em sentido estrito (Lei formal) esta lei tem

que estabelecer precisamente a conduta que estaacute sendo criminalizada

sob pena de ofensa ao princiacutepio da legalidade

Entretanto fiquem atentos Existem as chamadas NORMAS

PENAIS EM BRANCO As normas penais em branco satildeo aquelas que

dependem de outra norma para que sua aplicaccedilatildeo seja possiacutevel Por

exemplo A Lei de Drogas (Lei 1134306) estabelece diversas condutas

criminosas referentes agrave comercializaccedilatildeo transporte posse etc de

substacircncia entorpecente Mas quais seriam as substacircncias

entorpecentes proibidas As substacircncias entorpecentes proibidas estatildeo

descritas em uma portaria expedida pela ANVISA Assim as normas

penais em branco satildeo legais natildeo violam o princiacutepio da reserva legal mas

sua aplicaccedilatildeo depende da anaacutelise de outra norma juriacutedica

Mas a portaria da ANVISA natildeo seria uma violaccedilatildeo agrave reserva

legal por se tratar de criminalizaccedilatildeo de conduta por portaria Natildeo

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pois a portaria estabelece quais satildeo as substacircncias entorpecentes em

razatildeo de ter sido assim determinado por lei no caso pela proacutepria lei de

drogas que em seu art 66 estabelece como substacircncias entorpecentes

aquelas previstas na Portaria SVSMS ndeg34498

Aleacutem disso em razatildeo da reserva legal em Direito Penal eacute

proibida a analogia in malam partem que eacute a analogia em desfavor

do reacuteu Assim natildeo pode o Juiz criar uma conduta criminosa natildeo prevista

em lei com base na analogia Por exemplo

Joatildeo agride seu parceiro homossexual Alberto Nesse caso houve a

praacutetica do crime de lesatildeo corporal (art 129 do Coacutedigo Penal) Natildeo pode o

Juiz querer enquadraacute-lo no conceito da Lei Maria da Penha pois esta Lei eacute

clara ao afirmar que soacute se aplica nos casos de agressatildeo contra a mulher

Aplicar a lei neste caso seria fazer uma analogia desfavoraacutevel ao reacuteu pois

a Lei Maria da Penha estabelece puniccedilotildees mais gravosas que o art 129 do

Coacutedigo Penal Isso eacute vedado

Com relaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva parte da Doutrina entende

que eacute possiacutevel outra parte entende que agrave semelhanccedila da analogia in

malam partem natildeo eacute admissiacutevel A interpretaccedilatildeo extensiva difere da

analogia pois naquela a previsatildeo legal existe mas estaacute impliacutecita Nesta a

previsatildeo legal natildeo existe mas o Juiz entende que por ser semelhante a

uma hipoacutetese existente deva ser assim enquadrada Cuidado com essa

diferenccedila

Entretanto em provas objetivas recomendo vocecircs a optarem pela

afirmativa que proiacuteba tambeacutem a interpretaccedilatildeo extensiva em desfavor do

reacuteu pois eacute uma posiccedilatildeo que se coaduna mais com um Estado

Democraacutetico de Direito pois se a conduta criminalizada natildeo estaacute clara a

ponto de haver necessidade de interpretaccedilatildeo extensiva jaacute houve violaccedilatildeo

agrave reserva legal pois como vimos a Lei penal deve ser clara e precisa de

forma que a conduta incriminada seja facilmente verificaacutevel

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Ib) Princiacutepio da anterioridade da Lei penal

O princiacutepio da anterioridade da lei penal estabelece que natildeo basta

que a criminalizaccedilatildeo de uma conduta se decirc por meio de Lei em sentido

estrito mas que esta lei seja anterior ao fato agrave praacutetica da conduta

EXEMPLO Pedro dirige seu carro embriagado no dia 20052010 tendo

sido abordado em blitz e multado Nesta data natildeo haacute lei que criminalize

esta conduta Em 26052010 eacute publicada uma Lei criminalizando o ato

de dirigir embriagado O oacutergatildeo que aplicou a multa remete os autos do

processo administrativa da Multa ao MP que oferece denuacutencia pelo crime

de dirigir alcoolizado A conduta do MP foi correta Natildeo Pois embora

Pedro tivesse cometido uma infraccedilatildeo de tracircnsito na data do fato a

conduta natildeo era considerada crime

Houve violaccedilatildeo ao princiacutepio da reserva legal Natildeo pois a lei a

criminalizaccedilatildeo da conduta se deu por meio de lei formal Houve violaccedilatildeo

ao princiacutepio da anterioridade da lei penal Sim e essa violaccedilatildeo se deu

pelo MP que ofereceu denuacutencia sobre um fato acontecido antes da

vigecircncia da lei incriminadora

Percebam que a violaccedilatildeo agrave anterioridade neste caso se deu pelo MP

Mas nada impede no entanto que essa violaccedilatildeo se decirc pela proacutepria lei

penal incriminadora Imaginem que a Lei que criminalizou a conduta de

Pedro estabelecesse que todos aqueles que tenham sido flagrados

dirigindo alcoolizados nos uacuteltimos dois anos responderiam pelo crime nela

previstos Essa lei seria inconstitucional nesta parte Pois violaria

flagrantemente o princiacutepio constitucional da anterioridade da lei penal

previsto no art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal

O princiacutepio da anterioridade da lei penal culmina no princiacutepio

da irretroatividade da lei penal Pode-se dizer inclusive que satildeo

sinocircnimos Entretanto a lei penal pode retroagir Como assim Quando

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ela beneficia o reacuteu estabelecendo uma sanccedilatildeo menos gravosa para o

crime ou quando deixa de considerar a conduta como criminosa Nesse

caso estamos haveraacute retroatividade da lei penal pois ela alcanccedilaraacute

fatos ocorridos ANTES DE SUA VIGEcircNCIA

EXEMPLO Imagine que Maria seja acusada em processo criminal por

uso de entorpecentes (cocaiacutena) fato cometido em 20042005 A pena

para este crime varia (apenas um exemplo) de um a quatro anos Se

uma lei for editada posteriormente estabelecendo que a pena para este

crime seja de dois a seis MESES essa lei eacute favoraacutevel agrave Maria Assim

deveraacute ser aplicada ao seu processo natildeo podendo Maria ser condenada a

mais de seis meses de prisatildeo

Essa previsatildeo se encontra no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Mas e se Maria jaacute tiver sido condenada a dois anos de prisatildeo e esteja

cumprindo pena haacute mais de um ano Nesse caso Maria deveraacute ser

colocada em liberdade pois se sua condenaccedilatildeo fosse hoje natildeo poderia

superar o limite de seis meses Como jaacute cumpriu mais de seis meses sua

pena estaacute extinta

Obviamente se a lei nova ao inveacutes de estabelecer uma pena mais

branda estabelece que a conduta deixa de ser crime (O que chamamos

de abolitio criminis) TAMBEacuteM SERAacute APLICADA AOS FATOS

OCORRIDOS ANTES DE SUA VIGEcircNCIA POR SER MAIS BENEacuteFICA

AO REacuteU

Natildeo se trata de um ldquobenefiacuteciordquo criminoso Trata-se de uma questatildeo

de loacutegica Se o Estado considera hoje que uma determinada conduta

natildeo pode ser crime natildeo faz sentido manter preso ou dar sequecircncia a um

processo pela praacutetica deste fato que natildeo eacute mais crime pois o proacuteprio

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Estado natildeo considera mais a conduta como tatildeo grave a ponto de merecer

uma puniccedilatildeo criminal

ATENCcedilAtildeO No caso das Leis temporaacuterias a

lei continuaraacute a produzir seus efeitos mesmo

apoacutes o teacutermino de sua vigecircncia caso

contraacuterio perderia sua razatildeo de ser O caso

mais claacutessico eacute o da lei seca para o dia das

eleiccedilotildees Nesse dia o consumo de bebida

alcooacutelica eacute proibido durante certo horaacuterio

Apoacutes o teacutermino das eleiccedilotildees a ingestatildeo de

bebida alcooacutelica passa a natildeo ser mais crime

novamente Entretanto natildeo houve abolitio

criminis houve apenas o teacutermino do

lapso temporal em que a proibiccedilatildeo

vigora Somente haveria abolitio criminis

caso a lei que proiacutebe a ingestatildeo de bebidas

alcooacutelicas no dia da eleiccedilatildeo fosse revogada o

que natildeo ocorreu Estudaremos melhor este

assunto quando analisarmos a aplicaccedilatildeo da

Lei Penal no tempo

A legalidade (reserva legal e anterioridade) satildeo garantias para os

cidadatildeos pois visam a impedir que o Estado os surpreenda com a

criminalizaccedilatildeo de uma conduta apoacutes a praacutetica do ato Pensem como seria

nossa vida se pudeacutessemos amanhatilde sermos punidos pela praacutetica de um

ato que hoje natildeo eacute considerado crime Como poderiacuteamos viver sem

saber se amanhatilde ou depois aquela conduta seria considerada crime noacutes

poderiacuteamos ser condenados e punidos por ela Impossiacutevel viver assim

Assim

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Legalidade = Anterioridade + Reserva Legal

NAtildeO SE ESQUECcedilAM Trata-se de um princiacutepio com duas vertentes

II ndash PRINCIacutePIO DA INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DA PENA

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVI

XLVI - a lei regularaacute a individualizaccedilatildeo da pena e adotaraacute entre outras as

seguintes

A individualizaccedilatildeo da pena eacute feita em trecircs fases distintas

Legislativa judicial e administrativa

Na esfera legislativa a individualizaccedilatildeo da pena se daacute atraveacutes da

cominaccedilatildeo de puniccedilotildees proporcionais agrave gravidade dos crimes e com o

estabelecimento de penas miacutenimas e maacuteximas a serem aplicadas pelo

Judiciaacuterio considerando as circunstacircncias do fato e as caracteriacutesticas do

criminoso

Na fase judicial a individualizaccedilatildeo da pena eacute feita com base na

anaacutelise pelo magistrado das circunstacircncias do crime dos antecedentes

do reacuteu etc Nessa fase a individualizaccedilatildeo da pena sai do plano

meramente abstrato e vai para o plano concreto devendo o Juiz fixar a

pena de acordo com as peculiaridades do caso (Tipo de pena a ser

aplicada quantificaccedilatildeo da pena forma de cumprimento etc) tudo para

que ela seja a mais apropriada para cada reacuteu de forma a cumprir seu

papel ressocializador-educativo e punitivo

Na terceira e uacuteltima fase a individualizaccedilatildeo eacute feita na execuccedilatildeo da

pena a parte administrativa Assim questotildees como progressatildeo de

regime concessatildeo de saiacutedas eventuais do local de cumprimento da pena

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e outras seratildeo decididas pelo Juiz da execuccedilatildeo penal tambeacutem de forma

individual de acordo com as peculiaridades de cada detento

Por esta razatildeo em 2006 o STF declarou a inconstitucionalidade do

artigo da Lei de Crimes Hediondos (Lei 807890) que previa a

impossibilidade de progressatildeo de regime nesses casos nos quais o reacuteu

deveria cumprir a pena em regime integralmente fechado O STF

entendeu que a terceira fase de individualizaccedilatildeo da pena havia sido

suprimida violando o princiacutepio constitucional

Outra indicaccedilatildeo clara de individualizaccedilatildeo da pena na fase de

execuccedilatildeo estaacute no artigo 5deg XLVIII da Constituiccedilatildeo que estabelece o

cumprimento da pena em estabelecimentos distintos de acordo com as

caracteriacutesticas do preso Vejamos

XLVIII - a pena seraacute cumprida em estabelecimentos distintos de acordo com

a natureza do delito a idade e o sexo do apenado

III ndash PRINCIacutePIO DA INTRANSCENDEcircNCIA DA PENA (OU

PRINCIacutePIO DA PERSONIFICACcedilAtildeO DA PENA OU PRINCIacutePIO DA

RESPONSABILIDADE PESSOAL DA PENA)

Este princiacutepio constitucional do Direito Penal estaacute previsto no art 5deg

XLV da Constituiccedilatildeo Federal

XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do condenado podendo a

obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do perdimento de bens ser nos

termos da lei estendidas aos sucessores e contra eles executadas ateacute o

limite do valor do patrimocircnio transferido (grifo nosso)

Esse princiacutepio impede que a pena ultrapasse a pessoa do infrator

EXEMPLO Se Paulo comete um crime e morre em seguida estaacute extinta

a punibilidade ou seja o Estado natildeo pode mais punir em razatildeo do crime

praticado pois a morte do infrator eacute uma das causas de extinccedilatildeo do

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poder punitivo do Estado

Entretanto como vocecircs podem extrair da proacutepria redaccedilatildeo do

dispositivo constitucional isso natildeo impede que os sucessores do

condenado falecido sejam obrigados a reparar os danos civis causados

pelo fato Explico

EXEMPLO Roberto mata Mauriacutecio cometendo o crime previsto no art

121 do Coacutedigo Penal (Homiciacutedio) Roberto eacute condenado a 15 anos de

prisatildeo e na esfera ciacutevel eacute condenado ao pagamento de R$

10000000 (Cem mil reais) a tiacutetulo de indenizaccedilatildeo ao filho de

Mauriacutecio Durante a execuccedilatildeo da pena criminal Roberto vem a falecer

Embora a pena privativa de liberdade esteja extinta pela morte do

infrator a obrigaccedilatildeo de reparar o dano poderaacute ser repassada aos

herdeiros ateacute o limite do patrimocircnio deixado pelo infrator falecido

Assim se Roberto deixou um patrimocircnio de R$ 50000000

(Quinhentos mil reais) desse valor que jaacute pertence aos herdeiros (pelo

princiacutepio da saisine do Direito das Sucessotildees) poderaacute ser debitado os R$

10000000 (cem mil reais) que Roberto foi condenado a pagar ao filho de

Mauriacutecio Se poreacutem o patrimocircnio deixado por Roberto eacute de apenas R$

3000000 (Trinta mil reais) esse eacute o limite ao qual os herdeiros estatildeo

obrigados

Desta forma tecnicamente falando os herdeiros natildeo satildeo

responsabilizados pelo crime de Roberto pois natildeo respondem com

seu proacuteprio patrimocircnio apenas com o patrimocircnio eventualmente deixado

pelo de cujus

CUIDADO A multa natildeo eacute ldquoobrigaccedilatildeo de reparar o danordquo pois natildeo se

destina agrave viacutetima A multa eacute espeacutecie de PENA e portanto natildeo pode ser

executada em face dos herdeiros ainda que haja transferecircncia de

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patrimocircnio Neste caso com a morte do infrator extingue-se a

punibilidade natildeo podendo ser executada a pena de multa

IV ndash PRINCIacutePIO DA LIMITACcedilAtildeO DAS PENAS OU DA HUMANIDADE

DAS PENAS

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVII que

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Podemos perceber caros concurseiros que determinados tipos de

pena satildeo terminantemente proibidos pela Constituiccedilatildeo Federal

No caso da pena de morte a Constituiccedilatildeo estabelece uma uacutenica

exceccedilatildeo No caso de guerra declarada eacute possiacutevel a aplicaccedilatildeo de pena de

morte por crimes cometidos em razatildeo da guerra Isso natildeo quer dizer que

basta que o paiacutes esteja em guerra para que se viabilize a aplicaccedilatildeo da

pena de morte em qualquer caso Natildeo pode o legislador por exemplo

editar uma lei estabelecendo que os furtos cometidos durante estado de

guerra seratildeo punidos com pena de morte pois isso natildeo guarda qualquer

razoabilidade Esta ressalva eacute direcionada precipuamente aos crimes

militares

A vedaccedilatildeo agrave pena de trabalhos forccedilados impede por exemplo que o

preso seja obrigado a trabalhar sem remuneraccedilatildeo Assim ao preso que

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trabalha no estabelecimento prisional eacute garantida remuneraccedilatildeo mensal e

abatimento no tempo de cumprimento da pena

A prisatildeo perpeacutetua tambeacutem eacute inadmissiacutevel no Direito brasileiro

Em razatildeo disso uma lei que preveja a pena miacutenima para um crime em 60

anos por exemplo estaria violando o princiacutepio da vedaccedilatildeo agrave prisatildeo

perpeacutetua por se tratar de uma burla ao princiacutepio jaacute que a idade miacutenima

para aplicaccedilatildeo da pena eacute 18 anos Logo se o preso tiver que ficar no

miacutenimo 60 anos preso ele ficaraacute ateacute os 78 anos preso o que significa

na praacutetica prisatildeo perpeacutetua

Cuidado Esta vedaccedilatildeo eacute claacuteusula

peacutetrea Trata-se de direitos fundamentais

do cidadatildeo que natildeo podem ser restringidos

ou abolidos por emenda constitucional

Desta forma apenas com o advento de

uma nova Constituiccedilatildeo seria possiacutevel

falarmos em aplicaccedilatildeo destas penas no

Brasil

V ndash PRESUNCcedilAtildeO DE INOCEcircNCIA OU PRESUNCcedilAtildeO DE NAtildeO

CULPABILIDADE

A Presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o maior pilar de um Estado

Democraacutetico de Direito pois segundo este princiacutepio nenhuma pessoa

pode ser considerada culpada (e sofrer as consequecircncias disto) antes do

tracircnsito em julgado se sentenccedila penal condenatoacuteria Nos termos do art

5deg LVII da CRFB88

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de

sentenccedila penal condenatoacuteria

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O que eacute tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Eacute a situaccedilatildeo na qual a sentenccedila proferida no processo criminal

condenando o reacuteu natildeo pode mais ser modificada atraveacutes de recurso

Assim enquanto natildeo houver uma sentenccedila criminal condenatoacuteria

irrecorriacutevel o acusado natildeo pode ser considerado culpado e portanto

natildeo pode sofrer as consequecircncias da condenaccedilatildeo

Desse princiacutepio decorre que o ocircnus (obrigaccedilatildeo) da prova cabe

ao acusador (MP ou ofendido conforme o caso) O reacuteu eacute desde o

comeccedilo inocente ateacute que o acusador prove sua culpa

Em razatildeo dele existe ainda o princiacutepio do in dubio pro reo ou favor

rei segundo o qual durante o processo (inclusive na sentenccedila) havendo

duacutevidas acerca da culpa ou natildeo do acusado deveraacute o Juiz decidir em

favor deste pois sua culpa natildeo foi cabalmente comprovada

Resumindo para vocecircs gravarem O Processo Penal eacute um jogo no

qual o acusado e o acusador tentam marcar pontos a seu favor a fim de

comprovarem suas teses Soacute que o empate daacute o tiacutetulo ao acusado

CUIDADO Existem hipoacuteteses em que o Juiz natildeo decidiraacute de acordo com

princiacutepio do in dubio pro reo mas pelo princiacutepio do in dubio pro societate

Por exemplo nas decisotildees de recebimento de denuacutencia ou queixa e na

decisatildeo de pronuacutencia no processo de competecircncia do Juacuteri o Juiz decide

contrariamente ao reacuteu (recebe a denuacutencia ou queixa no primeiro caso e

pronuncia o reacuteu no segundo) com base apenas em indiacutecios de autoria e

prova da materialidade Ou seja nesses casos mesmo o Juiz tendo

duacutevidas quanto agrave culpabilidade do reacuteu deveraacute decidir contrariamente a

ele e em favor da sociedade pois destas decisotildees natildeo haacute consequecircncias

para o reacuteu permitindo-se apenas que seja iniciado o processo ou a fase

processual na qual seratildeo produzidas as provas necessaacuterias agrave elucidaccedilatildeo

dos fatos

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Desta maneira sendo este um princiacutepio de ordem

Constitucional deve a legislaccedilatildeo infraconstitucional

(especialmente o CP e o CPP) respeitaacute-lo sob pena de violaccedilatildeo agrave

Constituiccedilatildeo Portanto uma lei que dissesse por exemplo que o

cumprimento de pena se daria a partir da sentenccedila em primeira instacircncia

seria inconstitucional pois a Constituiccedilatildeo afirma que o acusado ainda natildeo

eacute considerado culpado nessa hipoacutetese

CUIDADO A existecircncia de prisotildees

provisoacuterias (prisotildees decretadas no curso

do processo) natildeo ofende a presunccedilatildeo de

inocecircncia pois nesse caso natildeo se trata de

uma prisatildeo como cumprimento de pena mas

sim de uma prisatildeo cautelar ou seja para

garantir que o processo penal seja

devidamente instruiacutedo ou eventual sentenccedila

condenatoacuteria seja cumprida Por exemplo Se

o reacuteu estaacute dando sinais de que vai fugir (tirou

passaporte recentemente) e o Juiz decreta

sua prisatildeo preventiva o faz natildeo por

consideraacute-lo culpado mas para garantir que

caso seja condenado cumpra a pena Vocecircs

veratildeo mais sobre isso na aula sobre Prisatildeo e

Liberdade Provisoacuteria

Vou transcrever para vocecircs agora alguns pontos que satildeo polecircmicos e

a respectiva posiccedilatildeo dos Tribunais Superiores pois isto eacute importante

Processos criminais em curso e inqueacuteritos policiais em

face do acusado podem ser considerados maus

antecedentes Segundo o STJ natildeo pois em nenhum deles o

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acusado foi condenado de maneira irrecorriacutevel logo natildeo pode

ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequecircncia em

relaccedilatildeo a eles

Regressatildeo de regime de cumprimento da pena ndash O STJ e

o STF entendem que NAtildeO HAacute NECESSIDADE DE

CONDENACcedilAtildeO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que

o preso sofra a regressatildeo do regime de cumprimento de pena

mais brando para o mais severo (do semi-aberto para o

fechado por exemplo) Nesses casos basta que o preso

tenha cometido novo crime doloso ou falta grave durante

o cumprimento da pena pelo crime antigo para que haja a

regressatildeo nos termos do art 118 I da Lei 721084 (Lei de

Execuccedilotildees Penais) natildeo havendo necessidade sequer de que

tenha havido condenaccedilatildeo criminal ou administrativa A

Jurisprudecircncia entende que esse artigo da LEP natildeo ofende a

Constituiccedilatildeo

Revogaccedilatildeo do benefiacutecio da suspensatildeo condicional do

processo em razatildeo do cometimento de crime ndash Prevecirc a Lei

909995 que em determinados crimes de menor potencial

ofensivo pode ser o processo criminal suspenso por

determinado devendo o reacuteu cumprir algumas obrigaccedilotildees

durante este prazo (dentre elas natildeo cometer novo crime)

findo o qual estaraacute extinta sua punibilidade Nesse caso o STF

e o STJ entendem que descoberta a praacutetica de crime pelo

acusado beneficiado com a suspensatildeo do processo este

benefiacutecio deve ser revogado por ter sido descumprida uma das

condiccedilotildees natildeo havendo necessidade de tracircnsito em

julgado da sentenccedila condenatoacuteria do crime novo

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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Aula 08

Crimes contra A propriedade imaterial a

organizaccedilatildeo do trabalho contra o

sentimento religioso contra o respeito aos

mortos contra a famiacutelia contra a

incolumidade puacuteblica contra a paz

puacuteblica

0310

Aula 09 Crimes contra a dignidade sexual 0610

Aula 10 Crimes contra a feacute puacuteblica 1010

Aula 11 Crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

(parte I) 1510

Aula 12 Crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

(parte II) 2010

As aulas seratildeo disponibilizadas no site conforme o cronograma

apresentado Em cada aula eu trarei algumas questotildees que foram

cobradas em concursos puacuteblicos Como a IBFC natildeo eacute uma Banca

das mais tradicionais (Como CESPE FCC FGV etc) natildeo haacute um

Banco de questotildees muito elevado principalmente em se tratando

de Direito Penal

Desta forma trabalharemos as questotildees comentadas da

seguinte forma Durante as aulas regulares utilizaremos questotildees de

muacuteltipla escolha das melhores Bancas do paiacutes para reforccedilar nossa

preparaccedilatildeo (FGV ESAF FCC etc) Apoacutes a disponibilizaccedilatildeo da uacuteltima

aula eu irei elaborar uma espeacutecie de simulado comentado

utilizando apenas questotildees da IBFC de forma a preparar vocecircs

para o ldquojeitordquo da Banca

No mais desejo a todos uma boa maratona de estudos

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Observaccedilatildeo importante este curso eacute protegido por direitos autorais

(copyright) nos termos da Lei 961098 que altera atualiza e consolida

a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais e daacute outras providecircncias

Grupos de rateio e pirataria satildeo clandestinos violam a lei e prejudicam os

professores que elaboram os cursos Valorize o trabalho de nossa equipe

adquirindo os cursos honestamente atraveacutes do site Estrateacutegia Concursos

-)

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PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO PENAL

Os princiacutepios constitucionais do Direito Penal satildeo normas que

extraiacutedas da Constituiccedilatildeo Federal servem como base

interpretativa para todas as outras normas de Direito Penal do

sistema juriacutedico brasileiro Entretanto natildeo possuem somente funccedilatildeo

informativa natildeo servem somente para auxiliar na interpretaccedilatildeo de outras

normas Os princiacutepios constitucionais na atual interpretaccedilatildeo

constitucional possuem forccedila normativa devendo ser respeitados sob

pena de inconstitucionalidade da norma que os contrariar

No que tange ao Direito Penal a Constituiccedilatildeo Federal traz alguns

princiacutepios aplicaacuteveis a este ramo do Direito Vamos analisaacute-los um a um

I ndash PRINCIacutePIO DA LEGALIDADE

O princiacutepio da legalidade estaacute previsto no art 5deg XXXIX da

Constituiccedilatildeo Federal

XXXIX - natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina nem pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal

Entretanto ele TAMBEacuteM estaacute previsto no Coacutedigo Penal em seu art

1deg

Art 1ordm - Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal

Este princiacutepio quem vem do latim (Nullum crimen sine praevia

lege) estabelece que uma conduta natildeo pode ser considerada criminosa

se antes de sua praacutetica natildeo havia lei nesse sentido Assim se Joatildeo ingere

cachaccedila natildeo comete crime pois a legislaccedilatildeo brasileira natildeo estabelece

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que essa conduta seja criminosa Se no dia seguinte for editada uma Lei

criminalizando a ingestatildeo de bebida alcooacutelica Joatildeo natildeo teraacute cometido

crime pois quando praticou o ato a lei natildeo existia e ela natildeo pode ser

aplicada aos fatos acontecidos antes de sua vigecircncia

Entretanto o Princiacutepio da Legalidade se divide em dois outros

princiacutepios o da Reserva Legal e o da Anterioridade da Lei Penal

Desta forma vamos estudaacute-los em toacutepicos distintos

Ia) Princiacutepio da Reserva Legal

O princiacutepio da Reserva Legal estabelece que SOMENTE LEI (EM

SENTIDO ESTRITO) pode definir condutas criminosas e estabelecer

penas Nas palavras de Cezar Roberto Bitencourt

ldquopelo princiacutepio da legalidade a elaboraccedilatildeo de normas incriminadoras eacute funccedilatildeo

exclusiva da lei isto eacute nenhum fato pode ser considerado crime e nenhuma

pena criminal pode ser aplicada sem que antes da ocorrecircncia deste fato

exista uma lei definindo-o como crime e cominando-lhe a sanccedilatildeo

correspondenterdquo (Bitencourt Cezar Roberto Tratado de Direito Penal parte

geral volume I Ed Saraiva11ordm Ed Atualizada ndash Satildeo Paulo ndash 2007)

Percebam que o autor fala em ldquoPrinciacutepio da Legalidaderdquo Isso ocorre

porque certa parte da Doutrina natildeo faz distinccedilatildeo entre princiacutepio da

legalidade e princiacutepio da reserva legal como se fossem sinocircnimos

Entretanto entendo como a maioria da Doutrina que essa distinccedilatildeo

existe e que a reserva legal eacute apenas uma vertente do princiacutepio da

legalidade sendo a outra vertente o princiacutepio da anterioridade da lei

penal

Assim somente a Lei (editada pelo Poder Legislativo) pode definir

crimes e cominar penas Logo Medida Provisoacuteria Decretos e demais

diplomas legislativos NAtildeO PODEM ESTABELECER CONDUTAS

CRIMINOSAS NEM COMINAR SANCcedilOtildeES

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Desta forma pode haver violaccedilatildeo ao Princiacutepio da legalidade sem que

haja violaccedilatildeo agrave reserva legal Entretanto havendo violaccedilatildeo agrave reserva

legal isso implica necessariamente em violaccedilatildeo ao princiacutepio da

legalidade pois aquele eacute parte deste Lembrem-se Legalidade =

Reserva legal + Anterioridade da lei penal

O princiacutepio da reserva legal implica a proibiccedilatildeo da ediccedilatildeo de leis

vagas com conteuacutedo impreciso Isso porque a existecircncia de leis cujo

conteuacutedo natildeo seja claro que natildeo se sabe ao certo qual conduta estaacute

sendo criminalizada acaba por retirar toda a funccedilatildeo do princiacutepio da

reserva legal que eacute dar seguranccedila juriacutedica agraves pessoas para que estas

saibam exatamente se as condutas por elas praticadas satildeo ou natildeo

crime Por exemplo

Imagine que a Lei X considere como criminosas as condutas

que atentem contra os bons costumes Ora algueacutem sabe definir o

que satildeo bons costumes Natildeo pois se trata de um termo muito vago

muito geneacuterico que pode abranger uma infinidade de condutas Assim

natildeo basta que se trate de lei em sentido estrito (Lei formal) esta lei tem

que estabelecer precisamente a conduta que estaacute sendo criminalizada

sob pena de ofensa ao princiacutepio da legalidade

Entretanto fiquem atentos Existem as chamadas NORMAS

PENAIS EM BRANCO As normas penais em branco satildeo aquelas que

dependem de outra norma para que sua aplicaccedilatildeo seja possiacutevel Por

exemplo A Lei de Drogas (Lei 1134306) estabelece diversas condutas

criminosas referentes agrave comercializaccedilatildeo transporte posse etc de

substacircncia entorpecente Mas quais seriam as substacircncias

entorpecentes proibidas As substacircncias entorpecentes proibidas estatildeo

descritas em uma portaria expedida pela ANVISA Assim as normas

penais em branco satildeo legais natildeo violam o princiacutepio da reserva legal mas

sua aplicaccedilatildeo depende da anaacutelise de outra norma juriacutedica

Mas a portaria da ANVISA natildeo seria uma violaccedilatildeo agrave reserva

legal por se tratar de criminalizaccedilatildeo de conduta por portaria Natildeo

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pois a portaria estabelece quais satildeo as substacircncias entorpecentes em

razatildeo de ter sido assim determinado por lei no caso pela proacutepria lei de

drogas que em seu art 66 estabelece como substacircncias entorpecentes

aquelas previstas na Portaria SVSMS ndeg34498

Aleacutem disso em razatildeo da reserva legal em Direito Penal eacute

proibida a analogia in malam partem que eacute a analogia em desfavor

do reacuteu Assim natildeo pode o Juiz criar uma conduta criminosa natildeo prevista

em lei com base na analogia Por exemplo

Joatildeo agride seu parceiro homossexual Alberto Nesse caso houve a

praacutetica do crime de lesatildeo corporal (art 129 do Coacutedigo Penal) Natildeo pode o

Juiz querer enquadraacute-lo no conceito da Lei Maria da Penha pois esta Lei eacute

clara ao afirmar que soacute se aplica nos casos de agressatildeo contra a mulher

Aplicar a lei neste caso seria fazer uma analogia desfavoraacutevel ao reacuteu pois

a Lei Maria da Penha estabelece puniccedilotildees mais gravosas que o art 129 do

Coacutedigo Penal Isso eacute vedado

Com relaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva parte da Doutrina entende

que eacute possiacutevel outra parte entende que agrave semelhanccedila da analogia in

malam partem natildeo eacute admissiacutevel A interpretaccedilatildeo extensiva difere da

analogia pois naquela a previsatildeo legal existe mas estaacute impliacutecita Nesta a

previsatildeo legal natildeo existe mas o Juiz entende que por ser semelhante a

uma hipoacutetese existente deva ser assim enquadrada Cuidado com essa

diferenccedila

Entretanto em provas objetivas recomendo vocecircs a optarem pela

afirmativa que proiacuteba tambeacutem a interpretaccedilatildeo extensiva em desfavor do

reacuteu pois eacute uma posiccedilatildeo que se coaduna mais com um Estado

Democraacutetico de Direito pois se a conduta criminalizada natildeo estaacute clara a

ponto de haver necessidade de interpretaccedilatildeo extensiva jaacute houve violaccedilatildeo

agrave reserva legal pois como vimos a Lei penal deve ser clara e precisa de

forma que a conduta incriminada seja facilmente verificaacutevel

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Ib) Princiacutepio da anterioridade da Lei penal

O princiacutepio da anterioridade da lei penal estabelece que natildeo basta

que a criminalizaccedilatildeo de uma conduta se decirc por meio de Lei em sentido

estrito mas que esta lei seja anterior ao fato agrave praacutetica da conduta

EXEMPLO Pedro dirige seu carro embriagado no dia 20052010 tendo

sido abordado em blitz e multado Nesta data natildeo haacute lei que criminalize

esta conduta Em 26052010 eacute publicada uma Lei criminalizando o ato

de dirigir embriagado O oacutergatildeo que aplicou a multa remete os autos do

processo administrativa da Multa ao MP que oferece denuacutencia pelo crime

de dirigir alcoolizado A conduta do MP foi correta Natildeo Pois embora

Pedro tivesse cometido uma infraccedilatildeo de tracircnsito na data do fato a

conduta natildeo era considerada crime

Houve violaccedilatildeo ao princiacutepio da reserva legal Natildeo pois a lei a

criminalizaccedilatildeo da conduta se deu por meio de lei formal Houve violaccedilatildeo

ao princiacutepio da anterioridade da lei penal Sim e essa violaccedilatildeo se deu

pelo MP que ofereceu denuacutencia sobre um fato acontecido antes da

vigecircncia da lei incriminadora

Percebam que a violaccedilatildeo agrave anterioridade neste caso se deu pelo MP

Mas nada impede no entanto que essa violaccedilatildeo se decirc pela proacutepria lei

penal incriminadora Imaginem que a Lei que criminalizou a conduta de

Pedro estabelecesse que todos aqueles que tenham sido flagrados

dirigindo alcoolizados nos uacuteltimos dois anos responderiam pelo crime nela

previstos Essa lei seria inconstitucional nesta parte Pois violaria

flagrantemente o princiacutepio constitucional da anterioridade da lei penal

previsto no art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal

O princiacutepio da anterioridade da lei penal culmina no princiacutepio

da irretroatividade da lei penal Pode-se dizer inclusive que satildeo

sinocircnimos Entretanto a lei penal pode retroagir Como assim Quando

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ela beneficia o reacuteu estabelecendo uma sanccedilatildeo menos gravosa para o

crime ou quando deixa de considerar a conduta como criminosa Nesse

caso estamos haveraacute retroatividade da lei penal pois ela alcanccedilaraacute

fatos ocorridos ANTES DE SUA VIGEcircNCIA

EXEMPLO Imagine que Maria seja acusada em processo criminal por

uso de entorpecentes (cocaiacutena) fato cometido em 20042005 A pena

para este crime varia (apenas um exemplo) de um a quatro anos Se

uma lei for editada posteriormente estabelecendo que a pena para este

crime seja de dois a seis MESES essa lei eacute favoraacutevel agrave Maria Assim

deveraacute ser aplicada ao seu processo natildeo podendo Maria ser condenada a

mais de seis meses de prisatildeo

Essa previsatildeo se encontra no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Mas e se Maria jaacute tiver sido condenada a dois anos de prisatildeo e esteja

cumprindo pena haacute mais de um ano Nesse caso Maria deveraacute ser

colocada em liberdade pois se sua condenaccedilatildeo fosse hoje natildeo poderia

superar o limite de seis meses Como jaacute cumpriu mais de seis meses sua

pena estaacute extinta

Obviamente se a lei nova ao inveacutes de estabelecer uma pena mais

branda estabelece que a conduta deixa de ser crime (O que chamamos

de abolitio criminis) TAMBEacuteM SERAacute APLICADA AOS FATOS

OCORRIDOS ANTES DE SUA VIGEcircNCIA POR SER MAIS BENEacuteFICA

AO REacuteU

Natildeo se trata de um ldquobenefiacuteciordquo criminoso Trata-se de uma questatildeo

de loacutegica Se o Estado considera hoje que uma determinada conduta

natildeo pode ser crime natildeo faz sentido manter preso ou dar sequecircncia a um

processo pela praacutetica deste fato que natildeo eacute mais crime pois o proacuteprio

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Estado natildeo considera mais a conduta como tatildeo grave a ponto de merecer

uma puniccedilatildeo criminal

ATENCcedilAtildeO No caso das Leis temporaacuterias a

lei continuaraacute a produzir seus efeitos mesmo

apoacutes o teacutermino de sua vigecircncia caso

contraacuterio perderia sua razatildeo de ser O caso

mais claacutessico eacute o da lei seca para o dia das

eleiccedilotildees Nesse dia o consumo de bebida

alcooacutelica eacute proibido durante certo horaacuterio

Apoacutes o teacutermino das eleiccedilotildees a ingestatildeo de

bebida alcooacutelica passa a natildeo ser mais crime

novamente Entretanto natildeo houve abolitio

criminis houve apenas o teacutermino do

lapso temporal em que a proibiccedilatildeo

vigora Somente haveria abolitio criminis

caso a lei que proiacutebe a ingestatildeo de bebidas

alcooacutelicas no dia da eleiccedilatildeo fosse revogada o

que natildeo ocorreu Estudaremos melhor este

assunto quando analisarmos a aplicaccedilatildeo da

Lei Penal no tempo

A legalidade (reserva legal e anterioridade) satildeo garantias para os

cidadatildeos pois visam a impedir que o Estado os surpreenda com a

criminalizaccedilatildeo de uma conduta apoacutes a praacutetica do ato Pensem como seria

nossa vida se pudeacutessemos amanhatilde sermos punidos pela praacutetica de um

ato que hoje natildeo eacute considerado crime Como poderiacuteamos viver sem

saber se amanhatilde ou depois aquela conduta seria considerada crime noacutes

poderiacuteamos ser condenados e punidos por ela Impossiacutevel viver assim

Assim

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Legalidade = Anterioridade + Reserva Legal

NAtildeO SE ESQUECcedilAM Trata-se de um princiacutepio com duas vertentes

II ndash PRINCIacutePIO DA INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DA PENA

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVI

XLVI - a lei regularaacute a individualizaccedilatildeo da pena e adotaraacute entre outras as

seguintes

A individualizaccedilatildeo da pena eacute feita em trecircs fases distintas

Legislativa judicial e administrativa

Na esfera legislativa a individualizaccedilatildeo da pena se daacute atraveacutes da

cominaccedilatildeo de puniccedilotildees proporcionais agrave gravidade dos crimes e com o

estabelecimento de penas miacutenimas e maacuteximas a serem aplicadas pelo

Judiciaacuterio considerando as circunstacircncias do fato e as caracteriacutesticas do

criminoso

Na fase judicial a individualizaccedilatildeo da pena eacute feita com base na

anaacutelise pelo magistrado das circunstacircncias do crime dos antecedentes

do reacuteu etc Nessa fase a individualizaccedilatildeo da pena sai do plano

meramente abstrato e vai para o plano concreto devendo o Juiz fixar a

pena de acordo com as peculiaridades do caso (Tipo de pena a ser

aplicada quantificaccedilatildeo da pena forma de cumprimento etc) tudo para

que ela seja a mais apropriada para cada reacuteu de forma a cumprir seu

papel ressocializador-educativo e punitivo

Na terceira e uacuteltima fase a individualizaccedilatildeo eacute feita na execuccedilatildeo da

pena a parte administrativa Assim questotildees como progressatildeo de

regime concessatildeo de saiacutedas eventuais do local de cumprimento da pena

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e outras seratildeo decididas pelo Juiz da execuccedilatildeo penal tambeacutem de forma

individual de acordo com as peculiaridades de cada detento

Por esta razatildeo em 2006 o STF declarou a inconstitucionalidade do

artigo da Lei de Crimes Hediondos (Lei 807890) que previa a

impossibilidade de progressatildeo de regime nesses casos nos quais o reacuteu

deveria cumprir a pena em regime integralmente fechado O STF

entendeu que a terceira fase de individualizaccedilatildeo da pena havia sido

suprimida violando o princiacutepio constitucional

Outra indicaccedilatildeo clara de individualizaccedilatildeo da pena na fase de

execuccedilatildeo estaacute no artigo 5deg XLVIII da Constituiccedilatildeo que estabelece o

cumprimento da pena em estabelecimentos distintos de acordo com as

caracteriacutesticas do preso Vejamos

XLVIII - a pena seraacute cumprida em estabelecimentos distintos de acordo com

a natureza do delito a idade e o sexo do apenado

III ndash PRINCIacutePIO DA INTRANSCENDEcircNCIA DA PENA (OU

PRINCIacutePIO DA PERSONIFICACcedilAtildeO DA PENA OU PRINCIacutePIO DA

RESPONSABILIDADE PESSOAL DA PENA)

Este princiacutepio constitucional do Direito Penal estaacute previsto no art 5deg

XLV da Constituiccedilatildeo Federal

XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do condenado podendo a

obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do perdimento de bens ser nos

termos da lei estendidas aos sucessores e contra eles executadas ateacute o

limite do valor do patrimocircnio transferido (grifo nosso)

Esse princiacutepio impede que a pena ultrapasse a pessoa do infrator

EXEMPLO Se Paulo comete um crime e morre em seguida estaacute extinta

a punibilidade ou seja o Estado natildeo pode mais punir em razatildeo do crime

praticado pois a morte do infrator eacute uma das causas de extinccedilatildeo do

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poder punitivo do Estado

Entretanto como vocecircs podem extrair da proacutepria redaccedilatildeo do

dispositivo constitucional isso natildeo impede que os sucessores do

condenado falecido sejam obrigados a reparar os danos civis causados

pelo fato Explico

EXEMPLO Roberto mata Mauriacutecio cometendo o crime previsto no art

121 do Coacutedigo Penal (Homiciacutedio) Roberto eacute condenado a 15 anos de

prisatildeo e na esfera ciacutevel eacute condenado ao pagamento de R$

10000000 (Cem mil reais) a tiacutetulo de indenizaccedilatildeo ao filho de

Mauriacutecio Durante a execuccedilatildeo da pena criminal Roberto vem a falecer

Embora a pena privativa de liberdade esteja extinta pela morte do

infrator a obrigaccedilatildeo de reparar o dano poderaacute ser repassada aos

herdeiros ateacute o limite do patrimocircnio deixado pelo infrator falecido

Assim se Roberto deixou um patrimocircnio de R$ 50000000

(Quinhentos mil reais) desse valor que jaacute pertence aos herdeiros (pelo

princiacutepio da saisine do Direito das Sucessotildees) poderaacute ser debitado os R$

10000000 (cem mil reais) que Roberto foi condenado a pagar ao filho de

Mauriacutecio Se poreacutem o patrimocircnio deixado por Roberto eacute de apenas R$

3000000 (Trinta mil reais) esse eacute o limite ao qual os herdeiros estatildeo

obrigados

Desta forma tecnicamente falando os herdeiros natildeo satildeo

responsabilizados pelo crime de Roberto pois natildeo respondem com

seu proacuteprio patrimocircnio apenas com o patrimocircnio eventualmente deixado

pelo de cujus

CUIDADO A multa natildeo eacute ldquoobrigaccedilatildeo de reparar o danordquo pois natildeo se

destina agrave viacutetima A multa eacute espeacutecie de PENA e portanto natildeo pode ser

executada em face dos herdeiros ainda que haja transferecircncia de

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patrimocircnio Neste caso com a morte do infrator extingue-se a

punibilidade natildeo podendo ser executada a pena de multa

IV ndash PRINCIacutePIO DA LIMITACcedilAtildeO DAS PENAS OU DA HUMANIDADE

DAS PENAS

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVII que

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Podemos perceber caros concurseiros que determinados tipos de

pena satildeo terminantemente proibidos pela Constituiccedilatildeo Federal

No caso da pena de morte a Constituiccedilatildeo estabelece uma uacutenica

exceccedilatildeo No caso de guerra declarada eacute possiacutevel a aplicaccedilatildeo de pena de

morte por crimes cometidos em razatildeo da guerra Isso natildeo quer dizer que

basta que o paiacutes esteja em guerra para que se viabilize a aplicaccedilatildeo da

pena de morte em qualquer caso Natildeo pode o legislador por exemplo

editar uma lei estabelecendo que os furtos cometidos durante estado de

guerra seratildeo punidos com pena de morte pois isso natildeo guarda qualquer

razoabilidade Esta ressalva eacute direcionada precipuamente aos crimes

militares

A vedaccedilatildeo agrave pena de trabalhos forccedilados impede por exemplo que o

preso seja obrigado a trabalhar sem remuneraccedilatildeo Assim ao preso que

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trabalha no estabelecimento prisional eacute garantida remuneraccedilatildeo mensal e

abatimento no tempo de cumprimento da pena

A prisatildeo perpeacutetua tambeacutem eacute inadmissiacutevel no Direito brasileiro

Em razatildeo disso uma lei que preveja a pena miacutenima para um crime em 60

anos por exemplo estaria violando o princiacutepio da vedaccedilatildeo agrave prisatildeo

perpeacutetua por se tratar de uma burla ao princiacutepio jaacute que a idade miacutenima

para aplicaccedilatildeo da pena eacute 18 anos Logo se o preso tiver que ficar no

miacutenimo 60 anos preso ele ficaraacute ateacute os 78 anos preso o que significa

na praacutetica prisatildeo perpeacutetua

Cuidado Esta vedaccedilatildeo eacute claacuteusula

peacutetrea Trata-se de direitos fundamentais

do cidadatildeo que natildeo podem ser restringidos

ou abolidos por emenda constitucional

Desta forma apenas com o advento de

uma nova Constituiccedilatildeo seria possiacutevel

falarmos em aplicaccedilatildeo destas penas no

Brasil

V ndash PRESUNCcedilAtildeO DE INOCEcircNCIA OU PRESUNCcedilAtildeO DE NAtildeO

CULPABILIDADE

A Presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o maior pilar de um Estado

Democraacutetico de Direito pois segundo este princiacutepio nenhuma pessoa

pode ser considerada culpada (e sofrer as consequecircncias disto) antes do

tracircnsito em julgado se sentenccedila penal condenatoacuteria Nos termos do art

5deg LVII da CRFB88

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de

sentenccedila penal condenatoacuteria

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O que eacute tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Eacute a situaccedilatildeo na qual a sentenccedila proferida no processo criminal

condenando o reacuteu natildeo pode mais ser modificada atraveacutes de recurso

Assim enquanto natildeo houver uma sentenccedila criminal condenatoacuteria

irrecorriacutevel o acusado natildeo pode ser considerado culpado e portanto

natildeo pode sofrer as consequecircncias da condenaccedilatildeo

Desse princiacutepio decorre que o ocircnus (obrigaccedilatildeo) da prova cabe

ao acusador (MP ou ofendido conforme o caso) O reacuteu eacute desde o

comeccedilo inocente ateacute que o acusador prove sua culpa

Em razatildeo dele existe ainda o princiacutepio do in dubio pro reo ou favor

rei segundo o qual durante o processo (inclusive na sentenccedila) havendo

duacutevidas acerca da culpa ou natildeo do acusado deveraacute o Juiz decidir em

favor deste pois sua culpa natildeo foi cabalmente comprovada

Resumindo para vocecircs gravarem O Processo Penal eacute um jogo no

qual o acusado e o acusador tentam marcar pontos a seu favor a fim de

comprovarem suas teses Soacute que o empate daacute o tiacutetulo ao acusado

CUIDADO Existem hipoacuteteses em que o Juiz natildeo decidiraacute de acordo com

princiacutepio do in dubio pro reo mas pelo princiacutepio do in dubio pro societate

Por exemplo nas decisotildees de recebimento de denuacutencia ou queixa e na

decisatildeo de pronuacutencia no processo de competecircncia do Juacuteri o Juiz decide

contrariamente ao reacuteu (recebe a denuacutencia ou queixa no primeiro caso e

pronuncia o reacuteu no segundo) com base apenas em indiacutecios de autoria e

prova da materialidade Ou seja nesses casos mesmo o Juiz tendo

duacutevidas quanto agrave culpabilidade do reacuteu deveraacute decidir contrariamente a

ele e em favor da sociedade pois destas decisotildees natildeo haacute consequecircncias

para o reacuteu permitindo-se apenas que seja iniciado o processo ou a fase

processual na qual seratildeo produzidas as provas necessaacuterias agrave elucidaccedilatildeo

dos fatos

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Desta maneira sendo este um princiacutepio de ordem

Constitucional deve a legislaccedilatildeo infraconstitucional

(especialmente o CP e o CPP) respeitaacute-lo sob pena de violaccedilatildeo agrave

Constituiccedilatildeo Portanto uma lei que dissesse por exemplo que o

cumprimento de pena se daria a partir da sentenccedila em primeira instacircncia

seria inconstitucional pois a Constituiccedilatildeo afirma que o acusado ainda natildeo

eacute considerado culpado nessa hipoacutetese

CUIDADO A existecircncia de prisotildees

provisoacuterias (prisotildees decretadas no curso

do processo) natildeo ofende a presunccedilatildeo de

inocecircncia pois nesse caso natildeo se trata de

uma prisatildeo como cumprimento de pena mas

sim de uma prisatildeo cautelar ou seja para

garantir que o processo penal seja

devidamente instruiacutedo ou eventual sentenccedila

condenatoacuteria seja cumprida Por exemplo Se

o reacuteu estaacute dando sinais de que vai fugir (tirou

passaporte recentemente) e o Juiz decreta

sua prisatildeo preventiva o faz natildeo por

consideraacute-lo culpado mas para garantir que

caso seja condenado cumpra a pena Vocecircs

veratildeo mais sobre isso na aula sobre Prisatildeo e

Liberdade Provisoacuteria

Vou transcrever para vocecircs agora alguns pontos que satildeo polecircmicos e

a respectiva posiccedilatildeo dos Tribunais Superiores pois isto eacute importante

Processos criminais em curso e inqueacuteritos policiais em

face do acusado podem ser considerados maus

antecedentes Segundo o STJ natildeo pois em nenhum deles o

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acusado foi condenado de maneira irrecorriacutevel logo natildeo pode

ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequecircncia em

relaccedilatildeo a eles

Regressatildeo de regime de cumprimento da pena ndash O STJ e

o STF entendem que NAtildeO HAacute NECESSIDADE DE

CONDENACcedilAtildeO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que

o preso sofra a regressatildeo do regime de cumprimento de pena

mais brando para o mais severo (do semi-aberto para o

fechado por exemplo) Nesses casos basta que o preso

tenha cometido novo crime doloso ou falta grave durante

o cumprimento da pena pelo crime antigo para que haja a

regressatildeo nos termos do art 118 I da Lei 721084 (Lei de

Execuccedilotildees Penais) natildeo havendo necessidade sequer de que

tenha havido condenaccedilatildeo criminal ou administrativa A

Jurisprudecircncia entende que esse artigo da LEP natildeo ofende a

Constituiccedilatildeo

Revogaccedilatildeo do benefiacutecio da suspensatildeo condicional do

processo em razatildeo do cometimento de crime ndash Prevecirc a Lei

909995 que em determinados crimes de menor potencial

ofensivo pode ser o processo criminal suspenso por

determinado devendo o reacuteu cumprir algumas obrigaccedilotildees

durante este prazo (dentre elas natildeo cometer novo crime)

findo o qual estaraacute extinta sua punibilidade Nesse caso o STF

e o STJ entendem que descoberta a praacutetica de crime pelo

acusado beneficiado com a suspensatildeo do processo este

benefiacutecio deve ser revogado por ter sido descumprida uma das

condiccedilotildees natildeo havendo necessidade de tracircnsito em

julgado da sentenccedila condenatoacuteria do crime novo

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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Observaccedilatildeo importante este curso eacute protegido por direitos autorais

(copyright) nos termos da Lei 961098 que altera atualiza e consolida

a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais e daacute outras providecircncias

Grupos de rateio e pirataria satildeo clandestinos violam a lei e prejudicam os

professores que elaboram os cursos Valorize o trabalho de nossa equipe

adquirindo os cursos honestamente atraveacutes do site Estrateacutegia Concursos

-)

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PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO PENAL

Os princiacutepios constitucionais do Direito Penal satildeo normas que

extraiacutedas da Constituiccedilatildeo Federal servem como base

interpretativa para todas as outras normas de Direito Penal do

sistema juriacutedico brasileiro Entretanto natildeo possuem somente funccedilatildeo

informativa natildeo servem somente para auxiliar na interpretaccedilatildeo de outras

normas Os princiacutepios constitucionais na atual interpretaccedilatildeo

constitucional possuem forccedila normativa devendo ser respeitados sob

pena de inconstitucionalidade da norma que os contrariar

No que tange ao Direito Penal a Constituiccedilatildeo Federal traz alguns

princiacutepios aplicaacuteveis a este ramo do Direito Vamos analisaacute-los um a um

I ndash PRINCIacutePIO DA LEGALIDADE

O princiacutepio da legalidade estaacute previsto no art 5deg XXXIX da

Constituiccedilatildeo Federal

XXXIX - natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina nem pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal

Entretanto ele TAMBEacuteM estaacute previsto no Coacutedigo Penal em seu art

1deg

Art 1ordm - Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal

Este princiacutepio quem vem do latim (Nullum crimen sine praevia

lege) estabelece que uma conduta natildeo pode ser considerada criminosa

se antes de sua praacutetica natildeo havia lei nesse sentido Assim se Joatildeo ingere

cachaccedila natildeo comete crime pois a legislaccedilatildeo brasileira natildeo estabelece

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que essa conduta seja criminosa Se no dia seguinte for editada uma Lei

criminalizando a ingestatildeo de bebida alcooacutelica Joatildeo natildeo teraacute cometido

crime pois quando praticou o ato a lei natildeo existia e ela natildeo pode ser

aplicada aos fatos acontecidos antes de sua vigecircncia

Entretanto o Princiacutepio da Legalidade se divide em dois outros

princiacutepios o da Reserva Legal e o da Anterioridade da Lei Penal

Desta forma vamos estudaacute-los em toacutepicos distintos

Ia) Princiacutepio da Reserva Legal

O princiacutepio da Reserva Legal estabelece que SOMENTE LEI (EM

SENTIDO ESTRITO) pode definir condutas criminosas e estabelecer

penas Nas palavras de Cezar Roberto Bitencourt

ldquopelo princiacutepio da legalidade a elaboraccedilatildeo de normas incriminadoras eacute funccedilatildeo

exclusiva da lei isto eacute nenhum fato pode ser considerado crime e nenhuma

pena criminal pode ser aplicada sem que antes da ocorrecircncia deste fato

exista uma lei definindo-o como crime e cominando-lhe a sanccedilatildeo

correspondenterdquo (Bitencourt Cezar Roberto Tratado de Direito Penal parte

geral volume I Ed Saraiva11ordm Ed Atualizada ndash Satildeo Paulo ndash 2007)

Percebam que o autor fala em ldquoPrinciacutepio da Legalidaderdquo Isso ocorre

porque certa parte da Doutrina natildeo faz distinccedilatildeo entre princiacutepio da

legalidade e princiacutepio da reserva legal como se fossem sinocircnimos

Entretanto entendo como a maioria da Doutrina que essa distinccedilatildeo

existe e que a reserva legal eacute apenas uma vertente do princiacutepio da

legalidade sendo a outra vertente o princiacutepio da anterioridade da lei

penal

Assim somente a Lei (editada pelo Poder Legislativo) pode definir

crimes e cominar penas Logo Medida Provisoacuteria Decretos e demais

diplomas legislativos NAtildeO PODEM ESTABELECER CONDUTAS

CRIMINOSAS NEM COMINAR SANCcedilOtildeES

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Desta forma pode haver violaccedilatildeo ao Princiacutepio da legalidade sem que

haja violaccedilatildeo agrave reserva legal Entretanto havendo violaccedilatildeo agrave reserva

legal isso implica necessariamente em violaccedilatildeo ao princiacutepio da

legalidade pois aquele eacute parte deste Lembrem-se Legalidade =

Reserva legal + Anterioridade da lei penal

O princiacutepio da reserva legal implica a proibiccedilatildeo da ediccedilatildeo de leis

vagas com conteuacutedo impreciso Isso porque a existecircncia de leis cujo

conteuacutedo natildeo seja claro que natildeo se sabe ao certo qual conduta estaacute

sendo criminalizada acaba por retirar toda a funccedilatildeo do princiacutepio da

reserva legal que eacute dar seguranccedila juriacutedica agraves pessoas para que estas

saibam exatamente se as condutas por elas praticadas satildeo ou natildeo

crime Por exemplo

Imagine que a Lei X considere como criminosas as condutas

que atentem contra os bons costumes Ora algueacutem sabe definir o

que satildeo bons costumes Natildeo pois se trata de um termo muito vago

muito geneacuterico que pode abranger uma infinidade de condutas Assim

natildeo basta que se trate de lei em sentido estrito (Lei formal) esta lei tem

que estabelecer precisamente a conduta que estaacute sendo criminalizada

sob pena de ofensa ao princiacutepio da legalidade

Entretanto fiquem atentos Existem as chamadas NORMAS

PENAIS EM BRANCO As normas penais em branco satildeo aquelas que

dependem de outra norma para que sua aplicaccedilatildeo seja possiacutevel Por

exemplo A Lei de Drogas (Lei 1134306) estabelece diversas condutas

criminosas referentes agrave comercializaccedilatildeo transporte posse etc de

substacircncia entorpecente Mas quais seriam as substacircncias

entorpecentes proibidas As substacircncias entorpecentes proibidas estatildeo

descritas em uma portaria expedida pela ANVISA Assim as normas

penais em branco satildeo legais natildeo violam o princiacutepio da reserva legal mas

sua aplicaccedilatildeo depende da anaacutelise de outra norma juriacutedica

Mas a portaria da ANVISA natildeo seria uma violaccedilatildeo agrave reserva

legal por se tratar de criminalizaccedilatildeo de conduta por portaria Natildeo

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pois a portaria estabelece quais satildeo as substacircncias entorpecentes em

razatildeo de ter sido assim determinado por lei no caso pela proacutepria lei de

drogas que em seu art 66 estabelece como substacircncias entorpecentes

aquelas previstas na Portaria SVSMS ndeg34498

Aleacutem disso em razatildeo da reserva legal em Direito Penal eacute

proibida a analogia in malam partem que eacute a analogia em desfavor

do reacuteu Assim natildeo pode o Juiz criar uma conduta criminosa natildeo prevista

em lei com base na analogia Por exemplo

Joatildeo agride seu parceiro homossexual Alberto Nesse caso houve a

praacutetica do crime de lesatildeo corporal (art 129 do Coacutedigo Penal) Natildeo pode o

Juiz querer enquadraacute-lo no conceito da Lei Maria da Penha pois esta Lei eacute

clara ao afirmar que soacute se aplica nos casos de agressatildeo contra a mulher

Aplicar a lei neste caso seria fazer uma analogia desfavoraacutevel ao reacuteu pois

a Lei Maria da Penha estabelece puniccedilotildees mais gravosas que o art 129 do

Coacutedigo Penal Isso eacute vedado

Com relaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva parte da Doutrina entende

que eacute possiacutevel outra parte entende que agrave semelhanccedila da analogia in

malam partem natildeo eacute admissiacutevel A interpretaccedilatildeo extensiva difere da

analogia pois naquela a previsatildeo legal existe mas estaacute impliacutecita Nesta a

previsatildeo legal natildeo existe mas o Juiz entende que por ser semelhante a

uma hipoacutetese existente deva ser assim enquadrada Cuidado com essa

diferenccedila

Entretanto em provas objetivas recomendo vocecircs a optarem pela

afirmativa que proiacuteba tambeacutem a interpretaccedilatildeo extensiva em desfavor do

reacuteu pois eacute uma posiccedilatildeo que se coaduna mais com um Estado

Democraacutetico de Direito pois se a conduta criminalizada natildeo estaacute clara a

ponto de haver necessidade de interpretaccedilatildeo extensiva jaacute houve violaccedilatildeo

agrave reserva legal pois como vimos a Lei penal deve ser clara e precisa de

forma que a conduta incriminada seja facilmente verificaacutevel

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Ib) Princiacutepio da anterioridade da Lei penal

O princiacutepio da anterioridade da lei penal estabelece que natildeo basta

que a criminalizaccedilatildeo de uma conduta se decirc por meio de Lei em sentido

estrito mas que esta lei seja anterior ao fato agrave praacutetica da conduta

EXEMPLO Pedro dirige seu carro embriagado no dia 20052010 tendo

sido abordado em blitz e multado Nesta data natildeo haacute lei que criminalize

esta conduta Em 26052010 eacute publicada uma Lei criminalizando o ato

de dirigir embriagado O oacutergatildeo que aplicou a multa remete os autos do

processo administrativa da Multa ao MP que oferece denuacutencia pelo crime

de dirigir alcoolizado A conduta do MP foi correta Natildeo Pois embora

Pedro tivesse cometido uma infraccedilatildeo de tracircnsito na data do fato a

conduta natildeo era considerada crime

Houve violaccedilatildeo ao princiacutepio da reserva legal Natildeo pois a lei a

criminalizaccedilatildeo da conduta se deu por meio de lei formal Houve violaccedilatildeo

ao princiacutepio da anterioridade da lei penal Sim e essa violaccedilatildeo se deu

pelo MP que ofereceu denuacutencia sobre um fato acontecido antes da

vigecircncia da lei incriminadora

Percebam que a violaccedilatildeo agrave anterioridade neste caso se deu pelo MP

Mas nada impede no entanto que essa violaccedilatildeo se decirc pela proacutepria lei

penal incriminadora Imaginem que a Lei que criminalizou a conduta de

Pedro estabelecesse que todos aqueles que tenham sido flagrados

dirigindo alcoolizados nos uacuteltimos dois anos responderiam pelo crime nela

previstos Essa lei seria inconstitucional nesta parte Pois violaria

flagrantemente o princiacutepio constitucional da anterioridade da lei penal

previsto no art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal

O princiacutepio da anterioridade da lei penal culmina no princiacutepio

da irretroatividade da lei penal Pode-se dizer inclusive que satildeo

sinocircnimos Entretanto a lei penal pode retroagir Como assim Quando

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ela beneficia o reacuteu estabelecendo uma sanccedilatildeo menos gravosa para o

crime ou quando deixa de considerar a conduta como criminosa Nesse

caso estamos haveraacute retroatividade da lei penal pois ela alcanccedilaraacute

fatos ocorridos ANTES DE SUA VIGEcircNCIA

EXEMPLO Imagine que Maria seja acusada em processo criminal por

uso de entorpecentes (cocaiacutena) fato cometido em 20042005 A pena

para este crime varia (apenas um exemplo) de um a quatro anos Se

uma lei for editada posteriormente estabelecendo que a pena para este

crime seja de dois a seis MESES essa lei eacute favoraacutevel agrave Maria Assim

deveraacute ser aplicada ao seu processo natildeo podendo Maria ser condenada a

mais de seis meses de prisatildeo

Essa previsatildeo se encontra no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Mas e se Maria jaacute tiver sido condenada a dois anos de prisatildeo e esteja

cumprindo pena haacute mais de um ano Nesse caso Maria deveraacute ser

colocada em liberdade pois se sua condenaccedilatildeo fosse hoje natildeo poderia

superar o limite de seis meses Como jaacute cumpriu mais de seis meses sua

pena estaacute extinta

Obviamente se a lei nova ao inveacutes de estabelecer uma pena mais

branda estabelece que a conduta deixa de ser crime (O que chamamos

de abolitio criminis) TAMBEacuteM SERAacute APLICADA AOS FATOS

OCORRIDOS ANTES DE SUA VIGEcircNCIA POR SER MAIS BENEacuteFICA

AO REacuteU

Natildeo se trata de um ldquobenefiacuteciordquo criminoso Trata-se de uma questatildeo

de loacutegica Se o Estado considera hoje que uma determinada conduta

natildeo pode ser crime natildeo faz sentido manter preso ou dar sequecircncia a um

processo pela praacutetica deste fato que natildeo eacute mais crime pois o proacuteprio

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Estado natildeo considera mais a conduta como tatildeo grave a ponto de merecer

uma puniccedilatildeo criminal

ATENCcedilAtildeO No caso das Leis temporaacuterias a

lei continuaraacute a produzir seus efeitos mesmo

apoacutes o teacutermino de sua vigecircncia caso

contraacuterio perderia sua razatildeo de ser O caso

mais claacutessico eacute o da lei seca para o dia das

eleiccedilotildees Nesse dia o consumo de bebida

alcooacutelica eacute proibido durante certo horaacuterio

Apoacutes o teacutermino das eleiccedilotildees a ingestatildeo de

bebida alcooacutelica passa a natildeo ser mais crime

novamente Entretanto natildeo houve abolitio

criminis houve apenas o teacutermino do

lapso temporal em que a proibiccedilatildeo

vigora Somente haveria abolitio criminis

caso a lei que proiacutebe a ingestatildeo de bebidas

alcooacutelicas no dia da eleiccedilatildeo fosse revogada o

que natildeo ocorreu Estudaremos melhor este

assunto quando analisarmos a aplicaccedilatildeo da

Lei Penal no tempo

A legalidade (reserva legal e anterioridade) satildeo garantias para os

cidadatildeos pois visam a impedir que o Estado os surpreenda com a

criminalizaccedilatildeo de uma conduta apoacutes a praacutetica do ato Pensem como seria

nossa vida se pudeacutessemos amanhatilde sermos punidos pela praacutetica de um

ato que hoje natildeo eacute considerado crime Como poderiacuteamos viver sem

saber se amanhatilde ou depois aquela conduta seria considerada crime noacutes

poderiacuteamos ser condenados e punidos por ela Impossiacutevel viver assim

Assim

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Legalidade = Anterioridade + Reserva Legal

NAtildeO SE ESQUECcedilAM Trata-se de um princiacutepio com duas vertentes

II ndash PRINCIacutePIO DA INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DA PENA

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVI

XLVI - a lei regularaacute a individualizaccedilatildeo da pena e adotaraacute entre outras as

seguintes

A individualizaccedilatildeo da pena eacute feita em trecircs fases distintas

Legislativa judicial e administrativa

Na esfera legislativa a individualizaccedilatildeo da pena se daacute atraveacutes da

cominaccedilatildeo de puniccedilotildees proporcionais agrave gravidade dos crimes e com o

estabelecimento de penas miacutenimas e maacuteximas a serem aplicadas pelo

Judiciaacuterio considerando as circunstacircncias do fato e as caracteriacutesticas do

criminoso

Na fase judicial a individualizaccedilatildeo da pena eacute feita com base na

anaacutelise pelo magistrado das circunstacircncias do crime dos antecedentes

do reacuteu etc Nessa fase a individualizaccedilatildeo da pena sai do plano

meramente abstrato e vai para o plano concreto devendo o Juiz fixar a

pena de acordo com as peculiaridades do caso (Tipo de pena a ser

aplicada quantificaccedilatildeo da pena forma de cumprimento etc) tudo para

que ela seja a mais apropriada para cada reacuteu de forma a cumprir seu

papel ressocializador-educativo e punitivo

Na terceira e uacuteltima fase a individualizaccedilatildeo eacute feita na execuccedilatildeo da

pena a parte administrativa Assim questotildees como progressatildeo de

regime concessatildeo de saiacutedas eventuais do local de cumprimento da pena

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e outras seratildeo decididas pelo Juiz da execuccedilatildeo penal tambeacutem de forma

individual de acordo com as peculiaridades de cada detento

Por esta razatildeo em 2006 o STF declarou a inconstitucionalidade do

artigo da Lei de Crimes Hediondos (Lei 807890) que previa a

impossibilidade de progressatildeo de regime nesses casos nos quais o reacuteu

deveria cumprir a pena em regime integralmente fechado O STF

entendeu que a terceira fase de individualizaccedilatildeo da pena havia sido

suprimida violando o princiacutepio constitucional

Outra indicaccedilatildeo clara de individualizaccedilatildeo da pena na fase de

execuccedilatildeo estaacute no artigo 5deg XLVIII da Constituiccedilatildeo que estabelece o

cumprimento da pena em estabelecimentos distintos de acordo com as

caracteriacutesticas do preso Vejamos

XLVIII - a pena seraacute cumprida em estabelecimentos distintos de acordo com

a natureza do delito a idade e o sexo do apenado

III ndash PRINCIacutePIO DA INTRANSCENDEcircNCIA DA PENA (OU

PRINCIacutePIO DA PERSONIFICACcedilAtildeO DA PENA OU PRINCIacutePIO DA

RESPONSABILIDADE PESSOAL DA PENA)

Este princiacutepio constitucional do Direito Penal estaacute previsto no art 5deg

XLV da Constituiccedilatildeo Federal

XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do condenado podendo a

obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do perdimento de bens ser nos

termos da lei estendidas aos sucessores e contra eles executadas ateacute o

limite do valor do patrimocircnio transferido (grifo nosso)

Esse princiacutepio impede que a pena ultrapasse a pessoa do infrator

EXEMPLO Se Paulo comete um crime e morre em seguida estaacute extinta

a punibilidade ou seja o Estado natildeo pode mais punir em razatildeo do crime

praticado pois a morte do infrator eacute uma das causas de extinccedilatildeo do

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poder punitivo do Estado

Entretanto como vocecircs podem extrair da proacutepria redaccedilatildeo do

dispositivo constitucional isso natildeo impede que os sucessores do

condenado falecido sejam obrigados a reparar os danos civis causados

pelo fato Explico

EXEMPLO Roberto mata Mauriacutecio cometendo o crime previsto no art

121 do Coacutedigo Penal (Homiciacutedio) Roberto eacute condenado a 15 anos de

prisatildeo e na esfera ciacutevel eacute condenado ao pagamento de R$

10000000 (Cem mil reais) a tiacutetulo de indenizaccedilatildeo ao filho de

Mauriacutecio Durante a execuccedilatildeo da pena criminal Roberto vem a falecer

Embora a pena privativa de liberdade esteja extinta pela morte do

infrator a obrigaccedilatildeo de reparar o dano poderaacute ser repassada aos

herdeiros ateacute o limite do patrimocircnio deixado pelo infrator falecido

Assim se Roberto deixou um patrimocircnio de R$ 50000000

(Quinhentos mil reais) desse valor que jaacute pertence aos herdeiros (pelo

princiacutepio da saisine do Direito das Sucessotildees) poderaacute ser debitado os R$

10000000 (cem mil reais) que Roberto foi condenado a pagar ao filho de

Mauriacutecio Se poreacutem o patrimocircnio deixado por Roberto eacute de apenas R$

3000000 (Trinta mil reais) esse eacute o limite ao qual os herdeiros estatildeo

obrigados

Desta forma tecnicamente falando os herdeiros natildeo satildeo

responsabilizados pelo crime de Roberto pois natildeo respondem com

seu proacuteprio patrimocircnio apenas com o patrimocircnio eventualmente deixado

pelo de cujus

CUIDADO A multa natildeo eacute ldquoobrigaccedilatildeo de reparar o danordquo pois natildeo se

destina agrave viacutetima A multa eacute espeacutecie de PENA e portanto natildeo pode ser

executada em face dos herdeiros ainda que haja transferecircncia de

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patrimocircnio Neste caso com a morte do infrator extingue-se a

punibilidade natildeo podendo ser executada a pena de multa

IV ndash PRINCIacutePIO DA LIMITACcedilAtildeO DAS PENAS OU DA HUMANIDADE

DAS PENAS

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVII que

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Podemos perceber caros concurseiros que determinados tipos de

pena satildeo terminantemente proibidos pela Constituiccedilatildeo Federal

No caso da pena de morte a Constituiccedilatildeo estabelece uma uacutenica

exceccedilatildeo No caso de guerra declarada eacute possiacutevel a aplicaccedilatildeo de pena de

morte por crimes cometidos em razatildeo da guerra Isso natildeo quer dizer que

basta que o paiacutes esteja em guerra para que se viabilize a aplicaccedilatildeo da

pena de morte em qualquer caso Natildeo pode o legislador por exemplo

editar uma lei estabelecendo que os furtos cometidos durante estado de

guerra seratildeo punidos com pena de morte pois isso natildeo guarda qualquer

razoabilidade Esta ressalva eacute direcionada precipuamente aos crimes

militares

A vedaccedilatildeo agrave pena de trabalhos forccedilados impede por exemplo que o

preso seja obrigado a trabalhar sem remuneraccedilatildeo Assim ao preso que

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trabalha no estabelecimento prisional eacute garantida remuneraccedilatildeo mensal e

abatimento no tempo de cumprimento da pena

A prisatildeo perpeacutetua tambeacutem eacute inadmissiacutevel no Direito brasileiro

Em razatildeo disso uma lei que preveja a pena miacutenima para um crime em 60

anos por exemplo estaria violando o princiacutepio da vedaccedilatildeo agrave prisatildeo

perpeacutetua por se tratar de uma burla ao princiacutepio jaacute que a idade miacutenima

para aplicaccedilatildeo da pena eacute 18 anos Logo se o preso tiver que ficar no

miacutenimo 60 anos preso ele ficaraacute ateacute os 78 anos preso o que significa

na praacutetica prisatildeo perpeacutetua

Cuidado Esta vedaccedilatildeo eacute claacuteusula

peacutetrea Trata-se de direitos fundamentais

do cidadatildeo que natildeo podem ser restringidos

ou abolidos por emenda constitucional

Desta forma apenas com o advento de

uma nova Constituiccedilatildeo seria possiacutevel

falarmos em aplicaccedilatildeo destas penas no

Brasil

V ndash PRESUNCcedilAtildeO DE INOCEcircNCIA OU PRESUNCcedilAtildeO DE NAtildeO

CULPABILIDADE

A Presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o maior pilar de um Estado

Democraacutetico de Direito pois segundo este princiacutepio nenhuma pessoa

pode ser considerada culpada (e sofrer as consequecircncias disto) antes do

tracircnsito em julgado se sentenccedila penal condenatoacuteria Nos termos do art

5deg LVII da CRFB88

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de

sentenccedila penal condenatoacuteria

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O que eacute tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Eacute a situaccedilatildeo na qual a sentenccedila proferida no processo criminal

condenando o reacuteu natildeo pode mais ser modificada atraveacutes de recurso

Assim enquanto natildeo houver uma sentenccedila criminal condenatoacuteria

irrecorriacutevel o acusado natildeo pode ser considerado culpado e portanto

natildeo pode sofrer as consequecircncias da condenaccedilatildeo

Desse princiacutepio decorre que o ocircnus (obrigaccedilatildeo) da prova cabe

ao acusador (MP ou ofendido conforme o caso) O reacuteu eacute desde o

comeccedilo inocente ateacute que o acusador prove sua culpa

Em razatildeo dele existe ainda o princiacutepio do in dubio pro reo ou favor

rei segundo o qual durante o processo (inclusive na sentenccedila) havendo

duacutevidas acerca da culpa ou natildeo do acusado deveraacute o Juiz decidir em

favor deste pois sua culpa natildeo foi cabalmente comprovada

Resumindo para vocecircs gravarem O Processo Penal eacute um jogo no

qual o acusado e o acusador tentam marcar pontos a seu favor a fim de

comprovarem suas teses Soacute que o empate daacute o tiacutetulo ao acusado

CUIDADO Existem hipoacuteteses em que o Juiz natildeo decidiraacute de acordo com

princiacutepio do in dubio pro reo mas pelo princiacutepio do in dubio pro societate

Por exemplo nas decisotildees de recebimento de denuacutencia ou queixa e na

decisatildeo de pronuacutencia no processo de competecircncia do Juacuteri o Juiz decide

contrariamente ao reacuteu (recebe a denuacutencia ou queixa no primeiro caso e

pronuncia o reacuteu no segundo) com base apenas em indiacutecios de autoria e

prova da materialidade Ou seja nesses casos mesmo o Juiz tendo

duacutevidas quanto agrave culpabilidade do reacuteu deveraacute decidir contrariamente a

ele e em favor da sociedade pois destas decisotildees natildeo haacute consequecircncias

para o reacuteu permitindo-se apenas que seja iniciado o processo ou a fase

processual na qual seratildeo produzidas as provas necessaacuterias agrave elucidaccedilatildeo

dos fatos

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Desta maneira sendo este um princiacutepio de ordem

Constitucional deve a legislaccedilatildeo infraconstitucional

(especialmente o CP e o CPP) respeitaacute-lo sob pena de violaccedilatildeo agrave

Constituiccedilatildeo Portanto uma lei que dissesse por exemplo que o

cumprimento de pena se daria a partir da sentenccedila em primeira instacircncia

seria inconstitucional pois a Constituiccedilatildeo afirma que o acusado ainda natildeo

eacute considerado culpado nessa hipoacutetese

CUIDADO A existecircncia de prisotildees

provisoacuterias (prisotildees decretadas no curso

do processo) natildeo ofende a presunccedilatildeo de

inocecircncia pois nesse caso natildeo se trata de

uma prisatildeo como cumprimento de pena mas

sim de uma prisatildeo cautelar ou seja para

garantir que o processo penal seja

devidamente instruiacutedo ou eventual sentenccedila

condenatoacuteria seja cumprida Por exemplo Se

o reacuteu estaacute dando sinais de que vai fugir (tirou

passaporte recentemente) e o Juiz decreta

sua prisatildeo preventiva o faz natildeo por

consideraacute-lo culpado mas para garantir que

caso seja condenado cumpra a pena Vocecircs

veratildeo mais sobre isso na aula sobre Prisatildeo e

Liberdade Provisoacuteria

Vou transcrever para vocecircs agora alguns pontos que satildeo polecircmicos e

a respectiva posiccedilatildeo dos Tribunais Superiores pois isto eacute importante

Processos criminais em curso e inqueacuteritos policiais em

face do acusado podem ser considerados maus

antecedentes Segundo o STJ natildeo pois em nenhum deles o

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acusado foi condenado de maneira irrecorriacutevel logo natildeo pode

ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequecircncia em

relaccedilatildeo a eles

Regressatildeo de regime de cumprimento da pena ndash O STJ e

o STF entendem que NAtildeO HAacute NECESSIDADE DE

CONDENACcedilAtildeO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que

o preso sofra a regressatildeo do regime de cumprimento de pena

mais brando para o mais severo (do semi-aberto para o

fechado por exemplo) Nesses casos basta que o preso

tenha cometido novo crime doloso ou falta grave durante

o cumprimento da pena pelo crime antigo para que haja a

regressatildeo nos termos do art 118 I da Lei 721084 (Lei de

Execuccedilotildees Penais) natildeo havendo necessidade sequer de que

tenha havido condenaccedilatildeo criminal ou administrativa A

Jurisprudecircncia entende que esse artigo da LEP natildeo ofende a

Constituiccedilatildeo

Revogaccedilatildeo do benefiacutecio da suspensatildeo condicional do

processo em razatildeo do cometimento de crime ndash Prevecirc a Lei

909995 que em determinados crimes de menor potencial

ofensivo pode ser o processo criminal suspenso por

determinado devendo o reacuteu cumprir algumas obrigaccedilotildees

durante este prazo (dentre elas natildeo cometer novo crime)

findo o qual estaraacute extinta sua punibilidade Nesse caso o STF

e o STJ entendem que descoberta a praacutetica de crime pelo

acusado beneficiado com a suspensatildeo do processo este

benefiacutecio deve ser revogado por ter sido descumprida uma das

condiccedilotildees natildeo havendo necessidade de tracircnsito em

julgado da sentenccedila condenatoacuteria do crime novo

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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Page 6: curso-5159-aula-00-v1.pdf

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PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO PENAL

Os princiacutepios constitucionais do Direito Penal satildeo normas que

extraiacutedas da Constituiccedilatildeo Federal servem como base

interpretativa para todas as outras normas de Direito Penal do

sistema juriacutedico brasileiro Entretanto natildeo possuem somente funccedilatildeo

informativa natildeo servem somente para auxiliar na interpretaccedilatildeo de outras

normas Os princiacutepios constitucionais na atual interpretaccedilatildeo

constitucional possuem forccedila normativa devendo ser respeitados sob

pena de inconstitucionalidade da norma que os contrariar

No que tange ao Direito Penal a Constituiccedilatildeo Federal traz alguns

princiacutepios aplicaacuteveis a este ramo do Direito Vamos analisaacute-los um a um

I ndash PRINCIacutePIO DA LEGALIDADE

O princiacutepio da legalidade estaacute previsto no art 5deg XXXIX da

Constituiccedilatildeo Federal

XXXIX - natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina nem pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal

Entretanto ele TAMBEacuteM estaacute previsto no Coacutedigo Penal em seu art

1deg

Art 1ordm - Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal

Este princiacutepio quem vem do latim (Nullum crimen sine praevia

lege) estabelece que uma conduta natildeo pode ser considerada criminosa

se antes de sua praacutetica natildeo havia lei nesse sentido Assim se Joatildeo ingere

cachaccedila natildeo comete crime pois a legislaccedilatildeo brasileira natildeo estabelece

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que essa conduta seja criminosa Se no dia seguinte for editada uma Lei

criminalizando a ingestatildeo de bebida alcooacutelica Joatildeo natildeo teraacute cometido

crime pois quando praticou o ato a lei natildeo existia e ela natildeo pode ser

aplicada aos fatos acontecidos antes de sua vigecircncia

Entretanto o Princiacutepio da Legalidade se divide em dois outros

princiacutepios o da Reserva Legal e o da Anterioridade da Lei Penal

Desta forma vamos estudaacute-los em toacutepicos distintos

Ia) Princiacutepio da Reserva Legal

O princiacutepio da Reserva Legal estabelece que SOMENTE LEI (EM

SENTIDO ESTRITO) pode definir condutas criminosas e estabelecer

penas Nas palavras de Cezar Roberto Bitencourt

ldquopelo princiacutepio da legalidade a elaboraccedilatildeo de normas incriminadoras eacute funccedilatildeo

exclusiva da lei isto eacute nenhum fato pode ser considerado crime e nenhuma

pena criminal pode ser aplicada sem que antes da ocorrecircncia deste fato

exista uma lei definindo-o como crime e cominando-lhe a sanccedilatildeo

correspondenterdquo (Bitencourt Cezar Roberto Tratado de Direito Penal parte

geral volume I Ed Saraiva11ordm Ed Atualizada ndash Satildeo Paulo ndash 2007)

Percebam que o autor fala em ldquoPrinciacutepio da Legalidaderdquo Isso ocorre

porque certa parte da Doutrina natildeo faz distinccedilatildeo entre princiacutepio da

legalidade e princiacutepio da reserva legal como se fossem sinocircnimos

Entretanto entendo como a maioria da Doutrina que essa distinccedilatildeo

existe e que a reserva legal eacute apenas uma vertente do princiacutepio da

legalidade sendo a outra vertente o princiacutepio da anterioridade da lei

penal

Assim somente a Lei (editada pelo Poder Legislativo) pode definir

crimes e cominar penas Logo Medida Provisoacuteria Decretos e demais

diplomas legislativos NAtildeO PODEM ESTABELECER CONDUTAS

CRIMINOSAS NEM COMINAR SANCcedilOtildeES

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Desta forma pode haver violaccedilatildeo ao Princiacutepio da legalidade sem que

haja violaccedilatildeo agrave reserva legal Entretanto havendo violaccedilatildeo agrave reserva

legal isso implica necessariamente em violaccedilatildeo ao princiacutepio da

legalidade pois aquele eacute parte deste Lembrem-se Legalidade =

Reserva legal + Anterioridade da lei penal

O princiacutepio da reserva legal implica a proibiccedilatildeo da ediccedilatildeo de leis

vagas com conteuacutedo impreciso Isso porque a existecircncia de leis cujo

conteuacutedo natildeo seja claro que natildeo se sabe ao certo qual conduta estaacute

sendo criminalizada acaba por retirar toda a funccedilatildeo do princiacutepio da

reserva legal que eacute dar seguranccedila juriacutedica agraves pessoas para que estas

saibam exatamente se as condutas por elas praticadas satildeo ou natildeo

crime Por exemplo

Imagine que a Lei X considere como criminosas as condutas

que atentem contra os bons costumes Ora algueacutem sabe definir o

que satildeo bons costumes Natildeo pois se trata de um termo muito vago

muito geneacuterico que pode abranger uma infinidade de condutas Assim

natildeo basta que se trate de lei em sentido estrito (Lei formal) esta lei tem

que estabelecer precisamente a conduta que estaacute sendo criminalizada

sob pena de ofensa ao princiacutepio da legalidade

Entretanto fiquem atentos Existem as chamadas NORMAS

PENAIS EM BRANCO As normas penais em branco satildeo aquelas que

dependem de outra norma para que sua aplicaccedilatildeo seja possiacutevel Por

exemplo A Lei de Drogas (Lei 1134306) estabelece diversas condutas

criminosas referentes agrave comercializaccedilatildeo transporte posse etc de

substacircncia entorpecente Mas quais seriam as substacircncias

entorpecentes proibidas As substacircncias entorpecentes proibidas estatildeo

descritas em uma portaria expedida pela ANVISA Assim as normas

penais em branco satildeo legais natildeo violam o princiacutepio da reserva legal mas

sua aplicaccedilatildeo depende da anaacutelise de outra norma juriacutedica

Mas a portaria da ANVISA natildeo seria uma violaccedilatildeo agrave reserva

legal por se tratar de criminalizaccedilatildeo de conduta por portaria Natildeo

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pois a portaria estabelece quais satildeo as substacircncias entorpecentes em

razatildeo de ter sido assim determinado por lei no caso pela proacutepria lei de

drogas que em seu art 66 estabelece como substacircncias entorpecentes

aquelas previstas na Portaria SVSMS ndeg34498

Aleacutem disso em razatildeo da reserva legal em Direito Penal eacute

proibida a analogia in malam partem que eacute a analogia em desfavor

do reacuteu Assim natildeo pode o Juiz criar uma conduta criminosa natildeo prevista

em lei com base na analogia Por exemplo

Joatildeo agride seu parceiro homossexual Alberto Nesse caso houve a

praacutetica do crime de lesatildeo corporal (art 129 do Coacutedigo Penal) Natildeo pode o

Juiz querer enquadraacute-lo no conceito da Lei Maria da Penha pois esta Lei eacute

clara ao afirmar que soacute se aplica nos casos de agressatildeo contra a mulher

Aplicar a lei neste caso seria fazer uma analogia desfavoraacutevel ao reacuteu pois

a Lei Maria da Penha estabelece puniccedilotildees mais gravosas que o art 129 do

Coacutedigo Penal Isso eacute vedado

Com relaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva parte da Doutrina entende

que eacute possiacutevel outra parte entende que agrave semelhanccedila da analogia in

malam partem natildeo eacute admissiacutevel A interpretaccedilatildeo extensiva difere da

analogia pois naquela a previsatildeo legal existe mas estaacute impliacutecita Nesta a

previsatildeo legal natildeo existe mas o Juiz entende que por ser semelhante a

uma hipoacutetese existente deva ser assim enquadrada Cuidado com essa

diferenccedila

Entretanto em provas objetivas recomendo vocecircs a optarem pela

afirmativa que proiacuteba tambeacutem a interpretaccedilatildeo extensiva em desfavor do

reacuteu pois eacute uma posiccedilatildeo que se coaduna mais com um Estado

Democraacutetico de Direito pois se a conduta criminalizada natildeo estaacute clara a

ponto de haver necessidade de interpretaccedilatildeo extensiva jaacute houve violaccedilatildeo

agrave reserva legal pois como vimos a Lei penal deve ser clara e precisa de

forma que a conduta incriminada seja facilmente verificaacutevel

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Ib) Princiacutepio da anterioridade da Lei penal

O princiacutepio da anterioridade da lei penal estabelece que natildeo basta

que a criminalizaccedilatildeo de uma conduta se decirc por meio de Lei em sentido

estrito mas que esta lei seja anterior ao fato agrave praacutetica da conduta

EXEMPLO Pedro dirige seu carro embriagado no dia 20052010 tendo

sido abordado em blitz e multado Nesta data natildeo haacute lei que criminalize

esta conduta Em 26052010 eacute publicada uma Lei criminalizando o ato

de dirigir embriagado O oacutergatildeo que aplicou a multa remete os autos do

processo administrativa da Multa ao MP que oferece denuacutencia pelo crime

de dirigir alcoolizado A conduta do MP foi correta Natildeo Pois embora

Pedro tivesse cometido uma infraccedilatildeo de tracircnsito na data do fato a

conduta natildeo era considerada crime

Houve violaccedilatildeo ao princiacutepio da reserva legal Natildeo pois a lei a

criminalizaccedilatildeo da conduta se deu por meio de lei formal Houve violaccedilatildeo

ao princiacutepio da anterioridade da lei penal Sim e essa violaccedilatildeo se deu

pelo MP que ofereceu denuacutencia sobre um fato acontecido antes da

vigecircncia da lei incriminadora

Percebam que a violaccedilatildeo agrave anterioridade neste caso se deu pelo MP

Mas nada impede no entanto que essa violaccedilatildeo se decirc pela proacutepria lei

penal incriminadora Imaginem que a Lei que criminalizou a conduta de

Pedro estabelecesse que todos aqueles que tenham sido flagrados

dirigindo alcoolizados nos uacuteltimos dois anos responderiam pelo crime nela

previstos Essa lei seria inconstitucional nesta parte Pois violaria

flagrantemente o princiacutepio constitucional da anterioridade da lei penal

previsto no art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal

O princiacutepio da anterioridade da lei penal culmina no princiacutepio

da irretroatividade da lei penal Pode-se dizer inclusive que satildeo

sinocircnimos Entretanto a lei penal pode retroagir Como assim Quando

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ela beneficia o reacuteu estabelecendo uma sanccedilatildeo menos gravosa para o

crime ou quando deixa de considerar a conduta como criminosa Nesse

caso estamos haveraacute retroatividade da lei penal pois ela alcanccedilaraacute

fatos ocorridos ANTES DE SUA VIGEcircNCIA

EXEMPLO Imagine que Maria seja acusada em processo criminal por

uso de entorpecentes (cocaiacutena) fato cometido em 20042005 A pena

para este crime varia (apenas um exemplo) de um a quatro anos Se

uma lei for editada posteriormente estabelecendo que a pena para este

crime seja de dois a seis MESES essa lei eacute favoraacutevel agrave Maria Assim

deveraacute ser aplicada ao seu processo natildeo podendo Maria ser condenada a

mais de seis meses de prisatildeo

Essa previsatildeo se encontra no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Mas e se Maria jaacute tiver sido condenada a dois anos de prisatildeo e esteja

cumprindo pena haacute mais de um ano Nesse caso Maria deveraacute ser

colocada em liberdade pois se sua condenaccedilatildeo fosse hoje natildeo poderia

superar o limite de seis meses Como jaacute cumpriu mais de seis meses sua

pena estaacute extinta

Obviamente se a lei nova ao inveacutes de estabelecer uma pena mais

branda estabelece que a conduta deixa de ser crime (O que chamamos

de abolitio criminis) TAMBEacuteM SERAacute APLICADA AOS FATOS

OCORRIDOS ANTES DE SUA VIGEcircNCIA POR SER MAIS BENEacuteFICA

AO REacuteU

Natildeo se trata de um ldquobenefiacuteciordquo criminoso Trata-se de uma questatildeo

de loacutegica Se o Estado considera hoje que uma determinada conduta

natildeo pode ser crime natildeo faz sentido manter preso ou dar sequecircncia a um

processo pela praacutetica deste fato que natildeo eacute mais crime pois o proacuteprio

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Estado natildeo considera mais a conduta como tatildeo grave a ponto de merecer

uma puniccedilatildeo criminal

ATENCcedilAtildeO No caso das Leis temporaacuterias a

lei continuaraacute a produzir seus efeitos mesmo

apoacutes o teacutermino de sua vigecircncia caso

contraacuterio perderia sua razatildeo de ser O caso

mais claacutessico eacute o da lei seca para o dia das

eleiccedilotildees Nesse dia o consumo de bebida

alcooacutelica eacute proibido durante certo horaacuterio

Apoacutes o teacutermino das eleiccedilotildees a ingestatildeo de

bebida alcooacutelica passa a natildeo ser mais crime

novamente Entretanto natildeo houve abolitio

criminis houve apenas o teacutermino do

lapso temporal em que a proibiccedilatildeo

vigora Somente haveria abolitio criminis

caso a lei que proiacutebe a ingestatildeo de bebidas

alcooacutelicas no dia da eleiccedilatildeo fosse revogada o

que natildeo ocorreu Estudaremos melhor este

assunto quando analisarmos a aplicaccedilatildeo da

Lei Penal no tempo

A legalidade (reserva legal e anterioridade) satildeo garantias para os

cidadatildeos pois visam a impedir que o Estado os surpreenda com a

criminalizaccedilatildeo de uma conduta apoacutes a praacutetica do ato Pensem como seria

nossa vida se pudeacutessemos amanhatilde sermos punidos pela praacutetica de um

ato que hoje natildeo eacute considerado crime Como poderiacuteamos viver sem

saber se amanhatilde ou depois aquela conduta seria considerada crime noacutes

poderiacuteamos ser condenados e punidos por ela Impossiacutevel viver assim

Assim

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Legalidade = Anterioridade + Reserva Legal

NAtildeO SE ESQUECcedilAM Trata-se de um princiacutepio com duas vertentes

II ndash PRINCIacutePIO DA INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DA PENA

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVI

XLVI - a lei regularaacute a individualizaccedilatildeo da pena e adotaraacute entre outras as

seguintes

A individualizaccedilatildeo da pena eacute feita em trecircs fases distintas

Legislativa judicial e administrativa

Na esfera legislativa a individualizaccedilatildeo da pena se daacute atraveacutes da

cominaccedilatildeo de puniccedilotildees proporcionais agrave gravidade dos crimes e com o

estabelecimento de penas miacutenimas e maacuteximas a serem aplicadas pelo

Judiciaacuterio considerando as circunstacircncias do fato e as caracteriacutesticas do

criminoso

Na fase judicial a individualizaccedilatildeo da pena eacute feita com base na

anaacutelise pelo magistrado das circunstacircncias do crime dos antecedentes

do reacuteu etc Nessa fase a individualizaccedilatildeo da pena sai do plano

meramente abstrato e vai para o plano concreto devendo o Juiz fixar a

pena de acordo com as peculiaridades do caso (Tipo de pena a ser

aplicada quantificaccedilatildeo da pena forma de cumprimento etc) tudo para

que ela seja a mais apropriada para cada reacuteu de forma a cumprir seu

papel ressocializador-educativo e punitivo

Na terceira e uacuteltima fase a individualizaccedilatildeo eacute feita na execuccedilatildeo da

pena a parte administrativa Assim questotildees como progressatildeo de

regime concessatildeo de saiacutedas eventuais do local de cumprimento da pena

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e outras seratildeo decididas pelo Juiz da execuccedilatildeo penal tambeacutem de forma

individual de acordo com as peculiaridades de cada detento

Por esta razatildeo em 2006 o STF declarou a inconstitucionalidade do

artigo da Lei de Crimes Hediondos (Lei 807890) que previa a

impossibilidade de progressatildeo de regime nesses casos nos quais o reacuteu

deveria cumprir a pena em regime integralmente fechado O STF

entendeu que a terceira fase de individualizaccedilatildeo da pena havia sido

suprimida violando o princiacutepio constitucional

Outra indicaccedilatildeo clara de individualizaccedilatildeo da pena na fase de

execuccedilatildeo estaacute no artigo 5deg XLVIII da Constituiccedilatildeo que estabelece o

cumprimento da pena em estabelecimentos distintos de acordo com as

caracteriacutesticas do preso Vejamos

XLVIII - a pena seraacute cumprida em estabelecimentos distintos de acordo com

a natureza do delito a idade e o sexo do apenado

III ndash PRINCIacutePIO DA INTRANSCENDEcircNCIA DA PENA (OU

PRINCIacutePIO DA PERSONIFICACcedilAtildeO DA PENA OU PRINCIacutePIO DA

RESPONSABILIDADE PESSOAL DA PENA)

Este princiacutepio constitucional do Direito Penal estaacute previsto no art 5deg

XLV da Constituiccedilatildeo Federal

XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do condenado podendo a

obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do perdimento de bens ser nos

termos da lei estendidas aos sucessores e contra eles executadas ateacute o

limite do valor do patrimocircnio transferido (grifo nosso)

Esse princiacutepio impede que a pena ultrapasse a pessoa do infrator

EXEMPLO Se Paulo comete um crime e morre em seguida estaacute extinta

a punibilidade ou seja o Estado natildeo pode mais punir em razatildeo do crime

praticado pois a morte do infrator eacute uma das causas de extinccedilatildeo do

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poder punitivo do Estado

Entretanto como vocecircs podem extrair da proacutepria redaccedilatildeo do

dispositivo constitucional isso natildeo impede que os sucessores do

condenado falecido sejam obrigados a reparar os danos civis causados

pelo fato Explico

EXEMPLO Roberto mata Mauriacutecio cometendo o crime previsto no art

121 do Coacutedigo Penal (Homiciacutedio) Roberto eacute condenado a 15 anos de

prisatildeo e na esfera ciacutevel eacute condenado ao pagamento de R$

10000000 (Cem mil reais) a tiacutetulo de indenizaccedilatildeo ao filho de

Mauriacutecio Durante a execuccedilatildeo da pena criminal Roberto vem a falecer

Embora a pena privativa de liberdade esteja extinta pela morte do

infrator a obrigaccedilatildeo de reparar o dano poderaacute ser repassada aos

herdeiros ateacute o limite do patrimocircnio deixado pelo infrator falecido

Assim se Roberto deixou um patrimocircnio de R$ 50000000

(Quinhentos mil reais) desse valor que jaacute pertence aos herdeiros (pelo

princiacutepio da saisine do Direito das Sucessotildees) poderaacute ser debitado os R$

10000000 (cem mil reais) que Roberto foi condenado a pagar ao filho de

Mauriacutecio Se poreacutem o patrimocircnio deixado por Roberto eacute de apenas R$

3000000 (Trinta mil reais) esse eacute o limite ao qual os herdeiros estatildeo

obrigados

Desta forma tecnicamente falando os herdeiros natildeo satildeo

responsabilizados pelo crime de Roberto pois natildeo respondem com

seu proacuteprio patrimocircnio apenas com o patrimocircnio eventualmente deixado

pelo de cujus

CUIDADO A multa natildeo eacute ldquoobrigaccedilatildeo de reparar o danordquo pois natildeo se

destina agrave viacutetima A multa eacute espeacutecie de PENA e portanto natildeo pode ser

executada em face dos herdeiros ainda que haja transferecircncia de

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patrimocircnio Neste caso com a morte do infrator extingue-se a

punibilidade natildeo podendo ser executada a pena de multa

IV ndash PRINCIacutePIO DA LIMITACcedilAtildeO DAS PENAS OU DA HUMANIDADE

DAS PENAS

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVII que

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Podemos perceber caros concurseiros que determinados tipos de

pena satildeo terminantemente proibidos pela Constituiccedilatildeo Federal

No caso da pena de morte a Constituiccedilatildeo estabelece uma uacutenica

exceccedilatildeo No caso de guerra declarada eacute possiacutevel a aplicaccedilatildeo de pena de

morte por crimes cometidos em razatildeo da guerra Isso natildeo quer dizer que

basta que o paiacutes esteja em guerra para que se viabilize a aplicaccedilatildeo da

pena de morte em qualquer caso Natildeo pode o legislador por exemplo

editar uma lei estabelecendo que os furtos cometidos durante estado de

guerra seratildeo punidos com pena de morte pois isso natildeo guarda qualquer

razoabilidade Esta ressalva eacute direcionada precipuamente aos crimes

militares

A vedaccedilatildeo agrave pena de trabalhos forccedilados impede por exemplo que o

preso seja obrigado a trabalhar sem remuneraccedilatildeo Assim ao preso que

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trabalha no estabelecimento prisional eacute garantida remuneraccedilatildeo mensal e

abatimento no tempo de cumprimento da pena

A prisatildeo perpeacutetua tambeacutem eacute inadmissiacutevel no Direito brasileiro

Em razatildeo disso uma lei que preveja a pena miacutenima para um crime em 60

anos por exemplo estaria violando o princiacutepio da vedaccedilatildeo agrave prisatildeo

perpeacutetua por se tratar de uma burla ao princiacutepio jaacute que a idade miacutenima

para aplicaccedilatildeo da pena eacute 18 anos Logo se o preso tiver que ficar no

miacutenimo 60 anos preso ele ficaraacute ateacute os 78 anos preso o que significa

na praacutetica prisatildeo perpeacutetua

Cuidado Esta vedaccedilatildeo eacute claacuteusula

peacutetrea Trata-se de direitos fundamentais

do cidadatildeo que natildeo podem ser restringidos

ou abolidos por emenda constitucional

Desta forma apenas com o advento de

uma nova Constituiccedilatildeo seria possiacutevel

falarmos em aplicaccedilatildeo destas penas no

Brasil

V ndash PRESUNCcedilAtildeO DE INOCEcircNCIA OU PRESUNCcedilAtildeO DE NAtildeO

CULPABILIDADE

A Presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o maior pilar de um Estado

Democraacutetico de Direito pois segundo este princiacutepio nenhuma pessoa

pode ser considerada culpada (e sofrer as consequecircncias disto) antes do

tracircnsito em julgado se sentenccedila penal condenatoacuteria Nos termos do art

5deg LVII da CRFB88

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de

sentenccedila penal condenatoacuteria

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O que eacute tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Eacute a situaccedilatildeo na qual a sentenccedila proferida no processo criminal

condenando o reacuteu natildeo pode mais ser modificada atraveacutes de recurso

Assim enquanto natildeo houver uma sentenccedila criminal condenatoacuteria

irrecorriacutevel o acusado natildeo pode ser considerado culpado e portanto

natildeo pode sofrer as consequecircncias da condenaccedilatildeo

Desse princiacutepio decorre que o ocircnus (obrigaccedilatildeo) da prova cabe

ao acusador (MP ou ofendido conforme o caso) O reacuteu eacute desde o

comeccedilo inocente ateacute que o acusador prove sua culpa

Em razatildeo dele existe ainda o princiacutepio do in dubio pro reo ou favor

rei segundo o qual durante o processo (inclusive na sentenccedila) havendo

duacutevidas acerca da culpa ou natildeo do acusado deveraacute o Juiz decidir em

favor deste pois sua culpa natildeo foi cabalmente comprovada

Resumindo para vocecircs gravarem O Processo Penal eacute um jogo no

qual o acusado e o acusador tentam marcar pontos a seu favor a fim de

comprovarem suas teses Soacute que o empate daacute o tiacutetulo ao acusado

CUIDADO Existem hipoacuteteses em que o Juiz natildeo decidiraacute de acordo com

princiacutepio do in dubio pro reo mas pelo princiacutepio do in dubio pro societate

Por exemplo nas decisotildees de recebimento de denuacutencia ou queixa e na

decisatildeo de pronuacutencia no processo de competecircncia do Juacuteri o Juiz decide

contrariamente ao reacuteu (recebe a denuacutencia ou queixa no primeiro caso e

pronuncia o reacuteu no segundo) com base apenas em indiacutecios de autoria e

prova da materialidade Ou seja nesses casos mesmo o Juiz tendo

duacutevidas quanto agrave culpabilidade do reacuteu deveraacute decidir contrariamente a

ele e em favor da sociedade pois destas decisotildees natildeo haacute consequecircncias

para o reacuteu permitindo-se apenas que seja iniciado o processo ou a fase

processual na qual seratildeo produzidas as provas necessaacuterias agrave elucidaccedilatildeo

dos fatos

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Desta maneira sendo este um princiacutepio de ordem

Constitucional deve a legislaccedilatildeo infraconstitucional

(especialmente o CP e o CPP) respeitaacute-lo sob pena de violaccedilatildeo agrave

Constituiccedilatildeo Portanto uma lei que dissesse por exemplo que o

cumprimento de pena se daria a partir da sentenccedila em primeira instacircncia

seria inconstitucional pois a Constituiccedilatildeo afirma que o acusado ainda natildeo

eacute considerado culpado nessa hipoacutetese

CUIDADO A existecircncia de prisotildees

provisoacuterias (prisotildees decretadas no curso

do processo) natildeo ofende a presunccedilatildeo de

inocecircncia pois nesse caso natildeo se trata de

uma prisatildeo como cumprimento de pena mas

sim de uma prisatildeo cautelar ou seja para

garantir que o processo penal seja

devidamente instruiacutedo ou eventual sentenccedila

condenatoacuteria seja cumprida Por exemplo Se

o reacuteu estaacute dando sinais de que vai fugir (tirou

passaporte recentemente) e o Juiz decreta

sua prisatildeo preventiva o faz natildeo por

consideraacute-lo culpado mas para garantir que

caso seja condenado cumpra a pena Vocecircs

veratildeo mais sobre isso na aula sobre Prisatildeo e

Liberdade Provisoacuteria

Vou transcrever para vocecircs agora alguns pontos que satildeo polecircmicos e

a respectiva posiccedilatildeo dos Tribunais Superiores pois isto eacute importante

Processos criminais em curso e inqueacuteritos policiais em

face do acusado podem ser considerados maus

antecedentes Segundo o STJ natildeo pois em nenhum deles o

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acusado foi condenado de maneira irrecorriacutevel logo natildeo pode

ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequecircncia em

relaccedilatildeo a eles

Regressatildeo de regime de cumprimento da pena ndash O STJ e

o STF entendem que NAtildeO HAacute NECESSIDADE DE

CONDENACcedilAtildeO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que

o preso sofra a regressatildeo do regime de cumprimento de pena

mais brando para o mais severo (do semi-aberto para o

fechado por exemplo) Nesses casos basta que o preso

tenha cometido novo crime doloso ou falta grave durante

o cumprimento da pena pelo crime antigo para que haja a

regressatildeo nos termos do art 118 I da Lei 721084 (Lei de

Execuccedilotildees Penais) natildeo havendo necessidade sequer de que

tenha havido condenaccedilatildeo criminal ou administrativa A

Jurisprudecircncia entende que esse artigo da LEP natildeo ofende a

Constituiccedilatildeo

Revogaccedilatildeo do benefiacutecio da suspensatildeo condicional do

processo em razatildeo do cometimento de crime ndash Prevecirc a Lei

909995 que em determinados crimes de menor potencial

ofensivo pode ser o processo criminal suspenso por

determinado devendo o reacuteu cumprir algumas obrigaccedilotildees

durante este prazo (dentre elas natildeo cometer novo crime)

findo o qual estaraacute extinta sua punibilidade Nesse caso o STF

e o STJ entendem que descoberta a praacutetica de crime pelo

acusado beneficiado com a suspensatildeo do processo este

benefiacutecio deve ser revogado por ter sido descumprida uma das

condiccedilotildees natildeo havendo necessidade de tracircnsito em

julgado da sentenccedila condenatoacuteria do crime novo

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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que essa conduta seja criminosa Se no dia seguinte for editada uma Lei

criminalizando a ingestatildeo de bebida alcooacutelica Joatildeo natildeo teraacute cometido

crime pois quando praticou o ato a lei natildeo existia e ela natildeo pode ser

aplicada aos fatos acontecidos antes de sua vigecircncia

Entretanto o Princiacutepio da Legalidade se divide em dois outros

princiacutepios o da Reserva Legal e o da Anterioridade da Lei Penal

Desta forma vamos estudaacute-los em toacutepicos distintos

Ia) Princiacutepio da Reserva Legal

O princiacutepio da Reserva Legal estabelece que SOMENTE LEI (EM

SENTIDO ESTRITO) pode definir condutas criminosas e estabelecer

penas Nas palavras de Cezar Roberto Bitencourt

ldquopelo princiacutepio da legalidade a elaboraccedilatildeo de normas incriminadoras eacute funccedilatildeo

exclusiva da lei isto eacute nenhum fato pode ser considerado crime e nenhuma

pena criminal pode ser aplicada sem que antes da ocorrecircncia deste fato

exista uma lei definindo-o como crime e cominando-lhe a sanccedilatildeo

correspondenterdquo (Bitencourt Cezar Roberto Tratado de Direito Penal parte

geral volume I Ed Saraiva11ordm Ed Atualizada ndash Satildeo Paulo ndash 2007)

Percebam que o autor fala em ldquoPrinciacutepio da Legalidaderdquo Isso ocorre

porque certa parte da Doutrina natildeo faz distinccedilatildeo entre princiacutepio da

legalidade e princiacutepio da reserva legal como se fossem sinocircnimos

Entretanto entendo como a maioria da Doutrina que essa distinccedilatildeo

existe e que a reserva legal eacute apenas uma vertente do princiacutepio da

legalidade sendo a outra vertente o princiacutepio da anterioridade da lei

penal

Assim somente a Lei (editada pelo Poder Legislativo) pode definir

crimes e cominar penas Logo Medida Provisoacuteria Decretos e demais

diplomas legislativos NAtildeO PODEM ESTABELECER CONDUTAS

CRIMINOSAS NEM COMINAR SANCcedilOtildeES

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Desta forma pode haver violaccedilatildeo ao Princiacutepio da legalidade sem que

haja violaccedilatildeo agrave reserva legal Entretanto havendo violaccedilatildeo agrave reserva

legal isso implica necessariamente em violaccedilatildeo ao princiacutepio da

legalidade pois aquele eacute parte deste Lembrem-se Legalidade =

Reserva legal + Anterioridade da lei penal

O princiacutepio da reserva legal implica a proibiccedilatildeo da ediccedilatildeo de leis

vagas com conteuacutedo impreciso Isso porque a existecircncia de leis cujo

conteuacutedo natildeo seja claro que natildeo se sabe ao certo qual conduta estaacute

sendo criminalizada acaba por retirar toda a funccedilatildeo do princiacutepio da

reserva legal que eacute dar seguranccedila juriacutedica agraves pessoas para que estas

saibam exatamente se as condutas por elas praticadas satildeo ou natildeo

crime Por exemplo

Imagine que a Lei X considere como criminosas as condutas

que atentem contra os bons costumes Ora algueacutem sabe definir o

que satildeo bons costumes Natildeo pois se trata de um termo muito vago

muito geneacuterico que pode abranger uma infinidade de condutas Assim

natildeo basta que se trate de lei em sentido estrito (Lei formal) esta lei tem

que estabelecer precisamente a conduta que estaacute sendo criminalizada

sob pena de ofensa ao princiacutepio da legalidade

Entretanto fiquem atentos Existem as chamadas NORMAS

PENAIS EM BRANCO As normas penais em branco satildeo aquelas que

dependem de outra norma para que sua aplicaccedilatildeo seja possiacutevel Por

exemplo A Lei de Drogas (Lei 1134306) estabelece diversas condutas

criminosas referentes agrave comercializaccedilatildeo transporte posse etc de

substacircncia entorpecente Mas quais seriam as substacircncias

entorpecentes proibidas As substacircncias entorpecentes proibidas estatildeo

descritas em uma portaria expedida pela ANVISA Assim as normas

penais em branco satildeo legais natildeo violam o princiacutepio da reserva legal mas

sua aplicaccedilatildeo depende da anaacutelise de outra norma juriacutedica

Mas a portaria da ANVISA natildeo seria uma violaccedilatildeo agrave reserva

legal por se tratar de criminalizaccedilatildeo de conduta por portaria Natildeo

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pois a portaria estabelece quais satildeo as substacircncias entorpecentes em

razatildeo de ter sido assim determinado por lei no caso pela proacutepria lei de

drogas que em seu art 66 estabelece como substacircncias entorpecentes

aquelas previstas na Portaria SVSMS ndeg34498

Aleacutem disso em razatildeo da reserva legal em Direito Penal eacute

proibida a analogia in malam partem que eacute a analogia em desfavor

do reacuteu Assim natildeo pode o Juiz criar uma conduta criminosa natildeo prevista

em lei com base na analogia Por exemplo

Joatildeo agride seu parceiro homossexual Alberto Nesse caso houve a

praacutetica do crime de lesatildeo corporal (art 129 do Coacutedigo Penal) Natildeo pode o

Juiz querer enquadraacute-lo no conceito da Lei Maria da Penha pois esta Lei eacute

clara ao afirmar que soacute se aplica nos casos de agressatildeo contra a mulher

Aplicar a lei neste caso seria fazer uma analogia desfavoraacutevel ao reacuteu pois

a Lei Maria da Penha estabelece puniccedilotildees mais gravosas que o art 129 do

Coacutedigo Penal Isso eacute vedado

Com relaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva parte da Doutrina entende

que eacute possiacutevel outra parte entende que agrave semelhanccedila da analogia in

malam partem natildeo eacute admissiacutevel A interpretaccedilatildeo extensiva difere da

analogia pois naquela a previsatildeo legal existe mas estaacute impliacutecita Nesta a

previsatildeo legal natildeo existe mas o Juiz entende que por ser semelhante a

uma hipoacutetese existente deva ser assim enquadrada Cuidado com essa

diferenccedila

Entretanto em provas objetivas recomendo vocecircs a optarem pela

afirmativa que proiacuteba tambeacutem a interpretaccedilatildeo extensiva em desfavor do

reacuteu pois eacute uma posiccedilatildeo que se coaduna mais com um Estado

Democraacutetico de Direito pois se a conduta criminalizada natildeo estaacute clara a

ponto de haver necessidade de interpretaccedilatildeo extensiva jaacute houve violaccedilatildeo

agrave reserva legal pois como vimos a Lei penal deve ser clara e precisa de

forma que a conduta incriminada seja facilmente verificaacutevel

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Ib) Princiacutepio da anterioridade da Lei penal

O princiacutepio da anterioridade da lei penal estabelece que natildeo basta

que a criminalizaccedilatildeo de uma conduta se decirc por meio de Lei em sentido

estrito mas que esta lei seja anterior ao fato agrave praacutetica da conduta

EXEMPLO Pedro dirige seu carro embriagado no dia 20052010 tendo

sido abordado em blitz e multado Nesta data natildeo haacute lei que criminalize

esta conduta Em 26052010 eacute publicada uma Lei criminalizando o ato

de dirigir embriagado O oacutergatildeo que aplicou a multa remete os autos do

processo administrativa da Multa ao MP que oferece denuacutencia pelo crime

de dirigir alcoolizado A conduta do MP foi correta Natildeo Pois embora

Pedro tivesse cometido uma infraccedilatildeo de tracircnsito na data do fato a

conduta natildeo era considerada crime

Houve violaccedilatildeo ao princiacutepio da reserva legal Natildeo pois a lei a

criminalizaccedilatildeo da conduta se deu por meio de lei formal Houve violaccedilatildeo

ao princiacutepio da anterioridade da lei penal Sim e essa violaccedilatildeo se deu

pelo MP que ofereceu denuacutencia sobre um fato acontecido antes da

vigecircncia da lei incriminadora

Percebam que a violaccedilatildeo agrave anterioridade neste caso se deu pelo MP

Mas nada impede no entanto que essa violaccedilatildeo se decirc pela proacutepria lei

penal incriminadora Imaginem que a Lei que criminalizou a conduta de

Pedro estabelecesse que todos aqueles que tenham sido flagrados

dirigindo alcoolizados nos uacuteltimos dois anos responderiam pelo crime nela

previstos Essa lei seria inconstitucional nesta parte Pois violaria

flagrantemente o princiacutepio constitucional da anterioridade da lei penal

previsto no art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal

O princiacutepio da anterioridade da lei penal culmina no princiacutepio

da irretroatividade da lei penal Pode-se dizer inclusive que satildeo

sinocircnimos Entretanto a lei penal pode retroagir Como assim Quando

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ela beneficia o reacuteu estabelecendo uma sanccedilatildeo menos gravosa para o

crime ou quando deixa de considerar a conduta como criminosa Nesse

caso estamos haveraacute retroatividade da lei penal pois ela alcanccedilaraacute

fatos ocorridos ANTES DE SUA VIGEcircNCIA

EXEMPLO Imagine que Maria seja acusada em processo criminal por

uso de entorpecentes (cocaiacutena) fato cometido em 20042005 A pena

para este crime varia (apenas um exemplo) de um a quatro anos Se

uma lei for editada posteriormente estabelecendo que a pena para este

crime seja de dois a seis MESES essa lei eacute favoraacutevel agrave Maria Assim

deveraacute ser aplicada ao seu processo natildeo podendo Maria ser condenada a

mais de seis meses de prisatildeo

Essa previsatildeo se encontra no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Mas e se Maria jaacute tiver sido condenada a dois anos de prisatildeo e esteja

cumprindo pena haacute mais de um ano Nesse caso Maria deveraacute ser

colocada em liberdade pois se sua condenaccedilatildeo fosse hoje natildeo poderia

superar o limite de seis meses Como jaacute cumpriu mais de seis meses sua

pena estaacute extinta

Obviamente se a lei nova ao inveacutes de estabelecer uma pena mais

branda estabelece que a conduta deixa de ser crime (O que chamamos

de abolitio criminis) TAMBEacuteM SERAacute APLICADA AOS FATOS

OCORRIDOS ANTES DE SUA VIGEcircNCIA POR SER MAIS BENEacuteFICA

AO REacuteU

Natildeo se trata de um ldquobenefiacuteciordquo criminoso Trata-se de uma questatildeo

de loacutegica Se o Estado considera hoje que uma determinada conduta

natildeo pode ser crime natildeo faz sentido manter preso ou dar sequecircncia a um

processo pela praacutetica deste fato que natildeo eacute mais crime pois o proacuteprio

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Estado natildeo considera mais a conduta como tatildeo grave a ponto de merecer

uma puniccedilatildeo criminal

ATENCcedilAtildeO No caso das Leis temporaacuterias a

lei continuaraacute a produzir seus efeitos mesmo

apoacutes o teacutermino de sua vigecircncia caso

contraacuterio perderia sua razatildeo de ser O caso

mais claacutessico eacute o da lei seca para o dia das

eleiccedilotildees Nesse dia o consumo de bebida

alcooacutelica eacute proibido durante certo horaacuterio

Apoacutes o teacutermino das eleiccedilotildees a ingestatildeo de

bebida alcooacutelica passa a natildeo ser mais crime

novamente Entretanto natildeo houve abolitio

criminis houve apenas o teacutermino do

lapso temporal em que a proibiccedilatildeo

vigora Somente haveria abolitio criminis

caso a lei que proiacutebe a ingestatildeo de bebidas

alcooacutelicas no dia da eleiccedilatildeo fosse revogada o

que natildeo ocorreu Estudaremos melhor este

assunto quando analisarmos a aplicaccedilatildeo da

Lei Penal no tempo

A legalidade (reserva legal e anterioridade) satildeo garantias para os

cidadatildeos pois visam a impedir que o Estado os surpreenda com a

criminalizaccedilatildeo de uma conduta apoacutes a praacutetica do ato Pensem como seria

nossa vida se pudeacutessemos amanhatilde sermos punidos pela praacutetica de um

ato que hoje natildeo eacute considerado crime Como poderiacuteamos viver sem

saber se amanhatilde ou depois aquela conduta seria considerada crime noacutes

poderiacuteamos ser condenados e punidos por ela Impossiacutevel viver assim

Assim

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Legalidade = Anterioridade + Reserva Legal

NAtildeO SE ESQUECcedilAM Trata-se de um princiacutepio com duas vertentes

II ndash PRINCIacutePIO DA INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DA PENA

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVI

XLVI - a lei regularaacute a individualizaccedilatildeo da pena e adotaraacute entre outras as

seguintes

A individualizaccedilatildeo da pena eacute feita em trecircs fases distintas

Legislativa judicial e administrativa

Na esfera legislativa a individualizaccedilatildeo da pena se daacute atraveacutes da

cominaccedilatildeo de puniccedilotildees proporcionais agrave gravidade dos crimes e com o

estabelecimento de penas miacutenimas e maacuteximas a serem aplicadas pelo

Judiciaacuterio considerando as circunstacircncias do fato e as caracteriacutesticas do

criminoso

Na fase judicial a individualizaccedilatildeo da pena eacute feita com base na

anaacutelise pelo magistrado das circunstacircncias do crime dos antecedentes

do reacuteu etc Nessa fase a individualizaccedilatildeo da pena sai do plano

meramente abstrato e vai para o plano concreto devendo o Juiz fixar a

pena de acordo com as peculiaridades do caso (Tipo de pena a ser

aplicada quantificaccedilatildeo da pena forma de cumprimento etc) tudo para

que ela seja a mais apropriada para cada reacuteu de forma a cumprir seu

papel ressocializador-educativo e punitivo

Na terceira e uacuteltima fase a individualizaccedilatildeo eacute feita na execuccedilatildeo da

pena a parte administrativa Assim questotildees como progressatildeo de

regime concessatildeo de saiacutedas eventuais do local de cumprimento da pena

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e outras seratildeo decididas pelo Juiz da execuccedilatildeo penal tambeacutem de forma

individual de acordo com as peculiaridades de cada detento

Por esta razatildeo em 2006 o STF declarou a inconstitucionalidade do

artigo da Lei de Crimes Hediondos (Lei 807890) que previa a

impossibilidade de progressatildeo de regime nesses casos nos quais o reacuteu

deveria cumprir a pena em regime integralmente fechado O STF

entendeu que a terceira fase de individualizaccedilatildeo da pena havia sido

suprimida violando o princiacutepio constitucional

Outra indicaccedilatildeo clara de individualizaccedilatildeo da pena na fase de

execuccedilatildeo estaacute no artigo 5deg XLVIII da Constituiccedilatildeo que estabelece o

cumprimento da pena em estabelecimentos distintos de acordo com as

caracteriacutesticas do preso Vejamos

XLVIII - a pena seraacute cumprida em estabelecimentos distintos de acordo com

a natureza do delito a idade e o sexo do apenado

III ndash PRINCIacutePIO DA INTRANSCENDEcircNCIA DA PENA (OU

PRINCIacutePIO DA PERSONIFICACcedilAtildeO DA PENA OU PRINCIacutePIO DA

RESPONSABILIDADE PESSOAL DA PENA)

Este princiacutepio constitucional do Direito Penal estaacute previsto no art 5deg

XLV da Constituiccedilatildeo Federal

XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do condenado podendo a

obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do perdimento de bens ser nos

termos da lei estendidas aos sucessores e contra eles executadas ateacute o

limite do valor do patrimocircnio transferido (grifo nosso)

Esse princiacutepio impede que a pena ultrapasse a pessoa do infrator

EXEMPLO Se Paulo comete um crime e morre em seguida estaacute extinta

a punibilidade ou seja o Estado natildeo pode mais punir em razatildeo do crime

praticado pois a morte do infrator eacute uma das causas de extinccedilatildeo do

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poder punitivo do Estado

Entretanto como vocecircs podem extrair da proacutepria redaccedilatildeo do

dispositivo constitucional isso natildeo impede que os sucessores do

condenado falecido sejam obrigados a reparar os danos civis causados

pelo fato Explico

EXEMPLO Roberto mata Mauriacutecio cometendo o crime previsto no art

121 do Coacutedigo Penal (Homiciacutedio) Roberto eacute condenado a 15 anos de

prisatildeo e na esfera ciacutevel eacute condenado ao pagamento de R$

10000000 (Cem mil reais) a tiacutetulo de indenizaccedilatildeo ao filho de

Mauriacutecio Durante a execuccedilatildeo da pena criminal Roberto vem a falecer

Embora a pena privativa de liberdade esteja extinta pela morte do

infrator a obrigaccedilatildeo de reparar o dano poderaacute ser repassada aos

herdeiros ateacute o limite do patrimocircnio deixado pelo infrator falecido

Assim se Roberto deixou um patrimocircnio de R$ 50000000

(Quinhentos mil reais) desse valor que jaacute pertence aos herdeiros (pelo

princiacutepio da saisine do Direito das Sucessotildees) poderaacute ser debitado os R$

10000000 (cem mil reais) que Roberto foi condenado a pagar ao filho de

Mauriacutecio Se poreacutem o patrimocircnio deixado por Roberto eacute de apenas R$

3000000 (Trinta mil reais) esse eacute o limite ao qual os herdeiros estatildeo

obrigados

Desta forma tecnicamente falando os herdeiros natildeo satildeo

responsabilizados pelo crime de Roberto pois natildeo respondem com

seu proacuteprio patrimocircnio apenas com o patrimocircnio eventualmente deixado

pelo de cujus

CUIDADO A multa natildeo eacute ldquoobrigaccedilatildeo de reparar o danordquo pois natildeo se

destina agrave viacutetima A multa eacute espeacutecie de PENA e portanto natildeo pode ser

executada em face dos herdeiros ainda que haja transferecircncia de

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patrimocircnio Neste caso com a morte do infrator extingue-se a

punibilidade natildeo podendo ser executada a pena de multa

IV ndash PRINCIacutePIO DA LIMITACcedilAtildeO DAS PENAS OU DA HUMANIDADE

DAS PENAS

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVII que

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Podemos perceber caros concurseiros que determinados tipos de

pena satildeo terminantemente proibidos pela Constituiccedilatildeo Federal

No caso da pena de morte a Constituiccedilatildeo estabelece uma uacutenica

exceccedilatildeo No caso de guerra declarada eacute possiacutevel a aplicaccedilatildeo de pena de

morte por crimes cometidos em razatildeo da guerra Isso natildeo quer dizer que

basta que o paiacutes esteja em guerra para que se viabilize a aplicaccedilatildeo da

pena de morte em qualquer caso Natildeo pode o legislador por exemplo

editar uma lei estabelecendo que os furtos cometidos durante estado de

guerra seratildeo punidos com pena de morte pois isso natildeo guarda qualquer

razoabilidade Esta ressalva eacute direcionada precipuamente aos crimes

militares

A vedaccedilatildeo agrave pena de trabalhos forccedilados impede por exemplo que o

preso seja obrigado a trabalhar sem remuneraccedilatildeo Assim ao preso que

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trabalha no estabelecimento prisional eacute garantida remuneraccedilatildeo mensal e

abatimento no tempo de cumprimento da pena

A prisatildeo perpeacutetua tambeacutem eacute inadmissiacutevel no Direito brasileiro

Em razatildeo disso uma lei que preveja a pena miacutenima para um crime em 60

anos por exemplo estaria violando o princiacutepio da vedaccedilatildeo agrave prisatildeo

perpeacutetua por se tratar de uma burla ao princiacutepio jaacute que a idade miacutenima

para aplicaccedilatildeo da pena eacute 18 anos Logo se o preso tiver que ficar no

miacutenimo 60 anos preso ele ficaraacute ateacute os 78 anos preso o que significa

na praacutetica prisatildeo perpeacutetua

Cuidado Esta vedaccedilatildeo eacute claacuteusula

peacutetrea Trata-se de direitos fundamentais

do cidadatildeo que natildeo podem ser restringidos

ou abolidos por emenda constitucional

Desta forma apenas com o advento de

uma nova Constituiccedilatildeo seria possiacutevel

falarmos em aplicaccedilatildeo destas penas no

Brasil

V ndash PRESUNCcedilAtildeO DE INOCEcircNCIA OU PRESUNCcedilAtildeO DE NAtildeO

CULPABILIDADE

A Presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o maior pilar de um Estado

Democraacutetico de Direito pois segundo este princiacutepio nenhuma pessoa

pode ser considerada culpada (e sofrer as consequecircncias disto) antes do

tracircnsito em julgado se sentenccedila penal condenatoacuteria Nos termos do art

5deg LVII da CRFB88

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de

sentenccedila penal condenatoacuteria

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O que eacute tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Eacute a situaccedilatildeo na qual a sentenccedila proferida no processo criminal

condenando o reacuteu natildeo pode mais ser modificada atraveacutes de recurso

Assim enquanto natildeo houver uma sentenccedila criminal condenatoacuteria

irrecorriacutevel o acusado natildeo pode ser considerado culpado e portanto

natildeo pode sofrer as consequecircncias da condenaccedilatildeo

Desse princiacutepio decorre que o ocircnus (obrigaccedilatildeo) da prova cabe

ao acusador (MP ou ofendido conforme o caso) O reacuteu eacute desde o

comeccedilo inocente ateacute que o acusador prove sua culpa

Em razatildeo dele existe ainda o princiacutepio do in dubio pro reo ou favor

rei segundo o qual durante o processo (inclusive na sentenccedila) havendo

duacutevidas acerca da culpa ou natildeo do acusado deveraacute o Juiz decidir em

favor deste pois sua culpa natildeo foi cabalmente comprovada

Resumindo para vocecircs gravarem O Processo Penal eacute um jogo no

qual o acusado e o acusador tentam marcar pontos a seu favor a fim de

comprovarem suas teses Soacute que o empate daacute o tiacutetulo ao acusado

CUIDADO Existem hipoacuteteses em que o Juiz natildeo decidiraacute de acordo com

princiacutepio do in dubio pro reo mas pelo princiacutepio do in dubio pro societate

Por exemplo nas decisotildees de recebimento de denuacutencia ou queixa e na

decisatildeo de pronuacutencia no processo de competecircncia do Juacuteri o Juiz decide

contrariamente ao reacuteu (recebe a denuacutencia ou queixa no primeiro caso e

pronuncia o reacuteu no segundo) com base apenas em indiacutecios de autoria e

prova da materialidade Ou seja nesses casos mesmo o Juiz tendo

duacutevidas quanto agrave culpabilidade do reacuteu deveraacute decidir contrariamente a

ele e em favor da sociedade pois destas decisotildees natildeo haacute consequecircncias

para o reacuteu permitindo-se apenas que seja iniciado o processo ou a fase

processual na qual seratildeo produzidas as provas necessaacuterias agrave elucidaccedilatildeo

dos fatos

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Desta maneira sendo este um princiacutepio de ordem

Constitucional deve a legislaccedilatildeo infraconstitucional

(especialmente o CP e o CPP) respeitaacute-lo sob pena de violaccedilatildeo agrave

Constituiccedilatildeo Portanto uma lei que dissesse por exemplo que o

cumprimento de pena se daria a partir da sentenccedila em primeira instacircncia

seria inconstitucional pois a Constituiccedilatildeo afirma que o acusado ainda natildeo

eacute considerado culpado nessa hipoacutetese

CUIDADO A existecircncia de prisotildees

provisoacuterias (prisotildees decretadas no curso

do processo) natildeo ofende a presunccedilatildeo de

inocecircncia pois nesse caso natildeo se trata de

uma prisatildeo como cumprimento de pena mas

sim de uma prisatildeo cautelar ou seja para

garantir que o processo penal seja

devidamente instruiacutedo ou eventual sentenccedila

condenatoacuteria seja cumprida Por exemplo Se

o reacuteu estaacute dando sinais de que vai fugir (tirou

passaporte recentemente) e o Juiz decreta

sua prisatildeo preventiva o faz natildeo por

consideraacute-lo culpado mas para garantir que

caso seja condenado cumpra a pena Vocecircs

veratildeo mais sobre isso na aula sobre Prisatildeo e

Liberdade Provisoacuteria

Vou transcrever para vocecircs agora alguns pontos que satildeo polecircmicos e

a respectiva posiccedilatildeo dos Tribunais Superiores pois isto eacute importante

Processos criminais em curso e inqueacuteritos policiais em

face do acusado podem ser considerados maus

antecedentes Segundo o STJ natildeo pois em nenhum deles o

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acusado foi condenado de maneira irrecorriacutevel logo natildeo pode

ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequecircncia em

relaccedilatildeo a eles

Regressatildeo de regime de cumprimento da pena ndash O STJ e

o STF entendem que NAtildeO HAacute NECESSIDADE DE

CONDENACcedilAtildeO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que

o preso sofra a regressatildeo do regime de cumprimento de pena

mais brando para o mais severo (do semi-aberto para o

fechado por exemplo) Nesses casos basta que o preso

tenha cometido novo crime doloso ou falta grave durante

o cumprimento da pena pelo crime antigo para que haja a

regressatildeo nos termos do art 118 I da Lei 721084 (Lei de

Execuccedilotildees Penais) natildeo havendo necessidade sequer de que

tenha havido condenaccedilatildeo criminal ou administrativa A

Jurisprudecircncia entende que esse artigo da LEP natildeo ofende a

Constituiccedilatildeo

Revogaccedilatildeo do benefiacutecio da suspensatildeo condicional do

processo em razatildeo do cometimento de crime ndash Prevecirc a Lei

909995 que em determinados crimes de menor potencial

ofensivo pode ser o processo criminal suspenso por

determinado devendo o reacuteu cumprir algumas obrigaccedilotildees

durante este prazo (dentre elas natildeo cometer novo crime)

findo o qual estaraacute extinta sua punibilidade Nesse caso o STF

e o STJ entendem que descoberta a praacutetica de crime pelo

acusado beneficiado com a suspensatildeo do processo este

benefiacutecio deve ser revogado por ter sido descumprida uma das

condiccedilotildees natildeo havendo necessidade de tracircnsito em

julgado da sentenccedila condenatoacuteria do crime novo

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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Desta forma pode haver violaccedilatildeo ao Princiacutepio da legalidade sem que

haja violaccedilatildeo agrave reserva legal Entretanto havendo violaccedilatildeo agrave reserva

legal isso implica necessariamente em violaccedilatildeo ao princiacutepio da

legalidade pois aquele eacute parte deste Lembrem-se Legalidade =

Reserva legal + Anterioridade da lei penal

O princiacutepio da reserva legal implica a proibiccedilatildeo da ediccedilatildeo de leis

vagas com conteuacutedo impreciso Isso porque a existecircncia de leis cujo

conteuacutedo natildeo seja claro que natildeo se sabe ao certo qual conduta estaacute

sendo criminalizada acaba por retirar toda a funccedilatildeo do princiacutepio da

reserva legal que eacute dar seguranccedila juriacutedica agraves pessoas para que estas

saibam exatamente se as condutas por elas praticadas satildeo ou natildeo

crime Por exemplo

Imagine que a Lei X considere como criminosas as condutas

que atentem contra os bons costumes Ora algueacutem sabe definir o

que satildeo bons costumes Natildeo pois se trata de um termo muito vago

muito geneacuterico que pode abranger uma infinidade de condutas Assim

natildeo basta que se trate de lei em sentido estrito (Lei formal) esta lei tem

que estabelecer precisamente a conduta que estaacute sendo criminalizada

sob pena de ofensa ao princiacutepio da legalidade

Entretanto fiquem atentos Existem as chamadas NORMAS

PENAIS EM BRANCO As normas penais em branco satildeo aquelas que

dependem de outra norma para que sua aplicaccedilatildeo seja possiacutevel Por

exemplo A Lei de Drogas (Lei 1134306) estabelece diversas condutas

criminosas referentes agrave comercializaccedilatildeo transporte posse etc de

substacircncia entorpecente Mas quais seriam as substacircncias

entorpecentes proibidas As substacircncias entorpecentes proibidas estatildeo

descritas em uma portaria expedida pela ANVISA Assim as normas

penais em branco satildeo legais natildeo violam o princiacutepio da reserva legal mas

sua aplicaccedilatildeo depende da anaacutelise de outra norma juriacutedica

Mas a portaria da ANVISA natildeo seria uma violaccedilatildeo agrave reserva

legal por se tratar de criminalizaccedilatildeo de conduta por portaria Natildeo

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pois a portaria estabelece quais satildeo as substacircncias entorpecentes em

razatildeo de ter sido assim determinado por lei no caso pela proacutepria lei de

drogas que em seu art 66 estabelece como substacircncias entorpecentes

aquelas previstas na Portaria SVSMS ndeg34498

Aleacutem disso em razatildeo da reserva legal em Direito Penal eacute

proibida a analogia in malam partem que eacute a analogia em desfavor

do reacuteu Assim natildeo pode o Juiz criar uma conduta criminosa natildeo prevista

em lei com base na analogia Por exemplo

Joatildeo agride seu parceiro homossexual Alberto Nesse caso houve a

praacutetica do crime de lesatildeo corporal (art 129 do Coacutedigo Penal) Natildeo pode o

Juiz querer enquadraacute-lo no conceito da Lei Maria da Penha pois esta Lei eacute

clara ao afirmar que soacute se aplica nos casos de agressatildeo contra a mulher

Aplicar a lei neste caso seria fazer uma analogia desfavoraacutevel ao reacuteu pois

a Lei Maria da Penha estabelece puniccedilotildees mais gravosas que o art 129 do

Coacutedigo Penal Isso eacute vedado

Com relaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva parte da Doutrina entende

que eacute possiacutevel outra parte entende que agrave semelhanccedila da analogia in

malam partem natildeo eacute admissiacutevel A interpretaccedilatildeo extensiva difere da

analogia pois naquela a previsatildeo legal existe mas estaacute impliacutecita Nesta a

previsatildeo legal natildeo existe mas o Juiz entende que por ser semelhante a

uma hipoacutetese existente deva ser assim enquadrada Cuidado com essa

diferenccedila

Entretanto em provas objetivas recomendo vocecircs a optarem pela

afirmativa que proiacuteba tambeacutem a interpretaccedilatildeo extensiva em desfavor do

reacuteu pois eacute uma posiccedilatildeo que se coaduna mais com um Estado

Democraacutetico de Direito pois se a conduta criminalizada natildeo estaacute clara a

ponto de haver necessidade de interpretaccedilatildeo extensiva jaacute houve violaccedilatildeo

agrave reserva legal pois como vimos a Lei penal deve ser clara e precisa de

forma que a conduta incriminada seja facilmente verificaacutevel

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Ib) Princiacutepio da anterioridade da Lei penal

O princiacutepio da anterioridade da lei penal estabelece que natildeo basta

que a criminalizaccedilatildeo de uma conduta se decirc por meio de Lei em sentido

estrito mas que esta lei seja anterior ao fato agrave praacutetica da conduta

EXEMPLO Pedro dirige seu carro embriagado no dia 20052010 tendo

sido abordado em blitz e multado Nesta data natildeo haacute lei que criminalize

esta conduta Em 26052010 eacute publicada uma Lei criminalizando o ato

de dirigir embriagado O oacutergatildeo que aplicou a multa remete os autos do

processo administrativa da Multa ao MP que oferece denuacutencia pelo crime

de dirigir alcoolizado A conduta do MP foi correta Natildeo Pois embora

Pedro tivesse cometido uma infraccedilatildeo de tracircnsito na data do fato a

conduta natildeo era considerada crime

Houve violaccedilatildeo ao princiacutepio da reserva legal Natildeo pois a lei a

criminalizaccedilatildeo da conduta se deu por meio de lei formal Houve violaccedilatildeo

ao princiacutepio da anterioridade da lei penal Sim e essa violaccedilatildeo se deu

pelo MP que ofereceu denuacutencia sobre um fato acontecido antes da

vigecircncia da lei incriminadora

Percebam que a violaccedilatildeo agrave anterioridade neste caso se deu pelo MP

Mas nada impede no entanto que essa violaccedilatildeo se decirc pela proacutepria lei

penal incriminadora Imaginem que a Lei que criminalizou a conduta de

Pedro estabelecesse que todos aqueles que tenham sido flagrados

dirigindo alcoolizados nos uacuteltimos dois anos responderiam pelo crime nela

previstos Essa lei seria inconstitucional nesta parte Pois violaria

flagrantemente o princiacutepio constitucional da anterioridade da lei penal

previsto no art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal

O princiacutepio da anterioridade da lei penal culmina no princiacutepio

da irretroatividade da lei penal Pode-se dizer inclusive que satildeo

sinocircnimos Entretanto a lei penal pode retroagir Como assim Quando

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ela beneficia o reacuteu estabelecendo uma sanccedilatildeo menos gravosa para o

crime ou quando deixa de considerar a conduta como criminosa Nesse

caso estamos haveraacute retroatividade da lei penal pois ela alcanccedilaraacute

fatos ocorridos ANTES DE SUA VIGEcircNCIA

EXEMPLO Imagine que Maria seja acusada em processo criminal por

uso de entorpecentes (cocaiacutena) fato cometido em 20042005 A pena

para este crime varia (apenas um exemplo) de um a quatro anos Se

uma lei for editada posteriormente estabelecendo que a pena para este

crime seja de dois a seis MESES essa lei eacute favoraacutevel agrave Maria Assim

deveraacute ser aplicada ao seu processo natildeo podendo Maria ser condenada a

mais de seis meses de prisatildeo

Essa previsatildeo se encontra no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Mas e se Maria jaacute tiver sido condenada a dois anos de prisatildeo e esteja

cumprindo pena haacute mais de um ano Nesse caso Maria deveraacute ser

colocada em liberdade pois se sua condenaccedilatildeo fosse hoje natildeo poderia

superar o limite de seis meses Como jaacute cumpriu mais de seis meses sua

pena estaacute extinta

Obviamente se a lei nova ao inveacutes de estabelecer uma pena mais

branda estabelece que a conduta deixa de ser crime (O que chamamos

de abolitio criminis) TAMBEacuteM SERAacute APLICADA AOS FATOS

OCORRIDOS ANTES DE SUA VIGEcircNCIA POR SER MAIS BENEacuteFICA

AO REacuteU

Natildeo se trata de um ldquobenefiacuteciordquo criminoso Trata-se de uma questatildeo

de loacutegica Se o Estado considera hoje que uma determinada conduta

natildeo pode ser crime natildeo faz sentido manter preso ou dar sequecircncia a um

processo pela praacutetica deste fato que natildeo eacute mais crime pois o proacuteprio

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Estado natildeo considera mais a conduta como tatildeo grave a ponto de merecer

uma puniccedilatildeo criminal

ATENCcedilAtildeO No caso das Leis temporaacuterias a

lei continuaraacute a produzir seus efeitos mesmo

apoacutes o teacutermino de sua vigecircncia caso

contraacuterio perderia sua razatildeo de ser O caso

mais claacutessico eacute o da lei seca para o dia das

eleiccedilotildees Nesse dia o consumo de bebida

alcooacutelica eacute proibido durante certo horaacuterio

Apoacutes o teacutermino das eleiccedilotildees a ingestatildeo de

bebida alcooacutelica passa a natildeo ser mais crime

novamente Entretanto natildeo houve abolitio

criminis houve apenas o teacutermino do

lapso temporal em que a proibiccedilatildeo

vigora Somente haveria abolitio criminis

caso a lei que proiacutebe a ingestatildeo de bebidas

alcooacutelicas no dia da eleiccedilatildeo fosse revogada o

que natildeo ocorreu Estudaremos melhor este

assunto quando analisarmos a aplicaccedilatildeo da

Lei Penal no tempo

A legalidade (reserva legal e anterioridade) satildeo garantias para os

cidadatildeos pois visam a impedir que o Estado os surpreenda com a

criminalizaccedilatildeo de uma conduta apoacutes a praacutetica do ato Pensem como seria

nossa vida se pudeacutessemos amanhatilde sermos punidos pela praacutetica de um

ato que hoje natildeo eacute considerado crime Como poderiacuteamos viver sem

saber se amanhatilde ou depois aquela conduta seria considerada crime noacutes

poderiacuteamos ser condenados e punidos por ela Impossiacutevel viver assim

Assim

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Legalidade = Anterioridade + Reserva Legal

NAtildeO SE ESQUECcedilAM Trata-se de um princiacutepio com duas vertentes

II ndash PRINCIacutePIO DA INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DA PENA

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVI

XLVI - a lei regularaacute a individualizaccedilatildeo da pena e adotaraacute entre outras as

seguintes

A individualizaccedilatildeo da pena eacute feita em trecircs fases distintas

Legislativa judicial e administrativa

Na esfera legislativa a individualizaccedilatildeo da pena se daacute atraveacutes da

cominaccedilatildeo de puniccedilotildees proporcionais agrave gravidade dos crimes e com o

estabelecimento de penas miacutenimas e maacuteximas a serem aplicadas pelo

Judiciaacuterio considerando as circunstacircncias do fato e as caracteriacutesticas do

criminoso

Na fase judicial a individualizaccedilatildeo da pena eacute feita com base na

anaacutelise pelo magistrado das circunstacircncias do crime dos antecedentes

do reacuteu etc Nessa fase a individualizaccedilatildeo da pena sai do plano

meramente abstrato e vai para o plano concreto devendo o Juiz fixar a

pena de acordo com as peculiaridades do caso (Tipo de pena a ser

aplicada quantificaccedilatildeo da pena forma de cumprimento etc) tudo para

que ela seja a mais apropriada para cada reacuteu de forma a cumprir seu

papel ressocializador-educativo e punitivo

Na terceira e uacuteltima fase a individualizaccedilatildeo eacute feita na execuccedilatildeo da

pena a parte administrativa Assim questotildees como progressatildeo de

regime concessatildeo de saiacutedas eventuais do local de cumprimento da pena

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e outras seratildeo decididas pelo Juiz da execuccedilatildeo penal tambeacutem de forma

individual de acordo com as peculiaridades de cada detento

Por esta razatildeo em 2006 o STF declarou a inconstitucionalidade do

artigo da Lei de Crimes Hediondos (Lei 807890) que previa a

impossibilidade de progressatildeo de regime nesses casos nos quais o reacuteu

deveria cumprir a pena em regime integralmente fechado O STF

entendeu que a terceira fase de individualizaccedilatildeo da pena havia sido

suprimida violando o princiacutepio constitucional

Outra indicaccedilatildeo clara de individualizaccedilatildeo da pena na fase de

execuccedilatildeo estaacute no artigo 5deg XLVIII da Constituiccedilatildeo que estabelece o

cumprimento da pena em estabelecimentos distintos de acordo com as

caracteriacutesticas do preso Vejamos

XLVIII - a pena seraacute cumprida em estabelecimentos distintos de acordo com

a natureza do delito a idade e o sexo do apenado

III ndash PRINCIacutePIO DA INTRANSCENDEcircNCIA DA PENA (OU

PRINCIacutePIO DA PERSONIFICACcedilAtildeO DA PENA OU PRINCIacutePIO DA

RESPONSABILIDADE PESSOAL DA PENA)

Este princiacutepio constitucional do Direito Penal estaacute previsto no art 5deg

XLV da Constituiccedilatildeo Federal

XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do condenado podendo a

obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do perdimento de bens ser nos

termos da lei estendidas aos sucessores e contra eles executadas ateacute o

limite do valor do patrimocircnio transferido (grifo nosso)

Esse princiacutepio impede que a pena ultrapasse a pessoa do infrator

EXEMPLO Se Paulo comete um crime e morre em seguida estaacute extinta

a punibilidade ou seja o Estado natildeo pode mais punir em razatildeo do crime

praticado pois a morte do infrator eacute uma das causas de extinccedilatildeo do

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poder punitivo do Estado

Entretanto como vocecircs podem extrair da proacutepria redaccedilatildeo do

dispositivo constitucional isso natildeo impede que os sucessores do

condenado falecido sejam obrigados a reparar os danos civis causados

pelo fato Explico

EXEMPLO Roberto mata Mauriacutecio cometendo o crime previsto no art

121 do Coacutedigo Penal (Homiciacutedio) Roberto eacute condenado a 15 anos de

prisatildeo e na esfera ciacutevel eacute condenado ao pagamento de R$

10000000 (Cem mil reais) a tiacutetulo de indenizaccedilatildeo ao filho de

Mauriacutecio Durante a execuccedilatildeo da pena criminal Roberto vem a falecer

Embora a pena privativa de liberdade esteja extinta pela morte do

infrator a obrigaccedilatildeo de reparar o dano poderaacute ser repassada aos

herdeiros ateacute o limite do patrimocircnio deixado pelo infrator falecido

Assim se Roberto deixou um patrimocircnio de R$ 50000000

(Quinhentos mil reais) desse valor que jaacute pertence aos herdeiros (pelo

princiacutepio da saisine do Direito das Sucessotildees) poderaacute ser debitado os R$

10000000 (cem mil reais) que Roberto foi condenado a pagar ao filho de

Mauriacutecio Se poreacutem o patrimocircnio deixado por Roberto eacute de apenas R$

3000000 (Trinta mil reais) esse eacute o limite ao qual os herdeiros estatildeo

obrigados

Desta forma tecnicamente falando os herdeiros natildeo satildeo

responsabilizados pelo crime de Roberto pois natildeo respondem com

seu proacuteprio patrimocircnio apenas com o patrimocircnio eventualmente deixado

pelo de cujus

CUIDADO A multa natildeo eacute ldquoobrigaccedilatildeo de reparar o danordquo pois natildeo se

destina agrave viacutetima A multa eacute espeacutecie de PENA e portanto natildeo pode ser

executada em face dos herdeiros ainda que haja transferecircncia de

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patrimocircnio Neste caso com a morte do infrator extingue-se a

punibilidade natildeo podendo ser executada a pena de multa

IV ndash PRINCIacutePIO DA LIMITACcedilAtildeO DAS PENAS OU DA HUMANIDADE

DAS PENAS

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVII que

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Podemos perceber caros concurseiros que determinados tipos de

pena satildeo terminantemente proibidos pela Constituiccedilatildeo Federal

No caso da pena de morte a Constituiccedilatildeo estabelece uma uacutenica

exceccedilatildeo No caso de guerra declarada eacute possiacutevel a aplicaccedilatildeo de pena de

morte por crimes cometidos em razatildeo da guerra Isso natildeo quer dizer que

basta que o paiacutes esteja em guerra para que se viabilize a aplicaccedilatildeo da

pena de morte em qualquer caso Natildeo pode o legislador por exemplo

editar uma lei estabelecendo que os furtos cometidos durante estado de

guerra seratildeo punidos com pena de morte pois isso natildeo guarda qualquer

razoabilidade Esta ressalva eacute direcionada precipuamente aos crimes

militares

A vedaccedilatildeo agrave pena de trabalhos forccedilados impede por exemplo que o

preso seja obrigado a trabalhar sem remuneraccedilatildeo Assim ao preso que

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trabalha no estabelecimento prisional eacute garantida remuneraccedilatildeo mensal e

abatimento no tempo de cumprimento da pena

A prisatildeo perpeacutetua tambeacutem eacute inadmissiacutevel no Direito brasileiro

Em razatildeo disso uma lei que preveja a pena miacutenima para um crime em 60

anos por exemplo estaria violando o princiacutepio da vedaccedilatildeo agrave prisatildeo

perpeacutetua por se tratar de uma burla ao princiacutepio jaacute que a idade miacutenima

para aplicaccedilatildeo da pena eacute 18 anos Logo se o preso tiver que ficar no

miacutenimo 60 anos preso ele ficaraacute ateacute os 78 anos preso o que significa

na praacutetica prisatildeo perpeacutetua

Cuidado Esta vedaccedilatildeo eacute claacuteusula

peacutetrea Trata-se de direitos fundamentais

do cidadatildeo que natildeo podem ser restringidos

ou abolidos por emenda constitucional

Desta forma apenas com o advento de

uma nova Constituiccedilatildeo seria possiacutevel

falarmos em aplicaccedilatildeo destas penas no

Brasil

V ndash PRESUNCcedilAtildeO DE INOCEcircNCIA OU PRESUNCcedilAtildeO DE NAtildeO

CULPABILIDADE

A Presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o maior pilar de um Estado

Democraacutetico de Direito pois segundo este princiacutepio nenhuma pessoa

pode ser considerada culpada (e sofrer as consequecircncias disto) antes do

tracircnsito em julgado se sentenccedila penal condenatoacuteria Nos termos do art

5deg LVII da CRFB88

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de

sentenccedila penal condenatoacuteria

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O que eacute tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Eacute a situaccedilatildeo na qual a sentenccedila proferida no processo criminal

condenando o reacuteu natildeo pode mais ser modificada atraveacutes de recurso

Assim enquanto natildeo houver uma sentenccedila criminal condenatoacuteria

irrecorriacutevel o acusado natildeo pode ser considerado culpado e portanto

natildeo pode sofrer as consequecircncias da condenaccedilatildeo

Desse princiacutepio decorre que o ocircnus (obrigaccedilatildeo) da prova cabe

ao acusador (MP ou ofendido conforme o caso) O reacuteu eacute desde o

comeccedilo inocente ateacute que o acusador prove sua culpa

Em razatildeo dele existe ainda o princiacutepio do in dubio pro reo ou favor

rei segundo o qual durante o processo (inclusive na sentenccedila) havendo

duacutevidas acerca da culpa ou natildeo do acusado deveraacute o Juiz decidir em

favor deste pois sua culpa natildeo foi cabalmente comprovada

Resumindo para vocecircs gravarem O Processo Penal eacute um jogo no

qual o acusado e o acusador tentam marcar pontos a seu favor a fim de

comprovarem suas teses Soacute que o empate daacute o tiacutetulo ao acusado

CUIDADO Existem hipoacuteteses em que o Juiz natildeo decidiraacute de acordo com

princiacutepio do in dubio pro reo mas pelo princiacutepio do in dubio pro societate

Por exemplo nas decisotildees de recebimento de denuacutencia ou queixa e na

decisatildeo de pronuacutencia no processo de competecircncia do Juacuteri o Juiz decide

contrariamente ao reacuteu (recebe a denuacutencia ou queixa no primeiro caso e

pronuncia o reacuteu no segundo) com base apenas em indiacutecios de autoria e

prova da materialidade Ou seja nesses casos mesmo o Juiz tendo

duacutevidas quanto agrave culpabilidade do reacuteu deveraacute decidir contrariamente a

ele e em favor da sociedade pois destas decisotildees natildeo haacute consequecircncias

para o reacuteu permitindo-se apenas que seja iniciado o processo ou a fase

processual na qual seratildeo produzidas as provas necessaacuterias agrave elucidaccedilatildeo

dos fatos

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Desta maneira sendo este um princiacutepio de ordem

Constitucional deve a legislaccedilatildeo infraconstitucional

(especialmente o CP e o CPP) respeitaacute-lo sob pena de violaccedilatildeo agrave

Constituiccedilatildeo Portanto uma lei que dissesse por exemplo que o

cumprimento de pena se daria a partir da sentenccedila em primeira instacircncia

seria inconstitucional pois a Constituiccedilatildeo afirma que o acusado ainda natildeo

eacute considerado culpado nessa hipoacutetese

CUIDADO A existecircncia de prisotildees

provisoacuterias (prisotildees decretadas no curso

do processo) natildeo ofende a presunccedilatildeo de

inocecircncia pois nesse caso natildeo se trata de

uma prisatildeo como cumprimento de pena mas

sim de uma prisatildeo cautelar ou seja para

garantir que o processo penal seja

devidamente instruiacutedo ou eventual sentenccedila

condenatoacuteria seja cumprida Por exemplo Se

o reacuteu estaacute dando sinais de que vai fugir (tirou

passaporte recentemente) e o Juiz decreta

sua prisatildeo preventiva o faz natildeo por

consideraacute-lo culpado mas para garantir que

caso seja condenado cumpra a pena Vocecircs

veratildeo mais sobre isso na aula sobre Prisatildeo e

Liberdade Provisoacuteria

Vou transcrever para vocecircs agora alguns pontos que satildeo polecircmicos e

a respectiva posiccedilatildeo dos Tribunais Superiores pois isto eacute importante

Processos criminais em curso e inqueacuteritos policiais em

face do acusado podem ser considerados maus

antecedentes Segundo o STJ natildeo pois em nenhum deles o

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acusado foi condenado de maneira irrecorriacutevel logo natildeo pode

ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequecircncia em

relaccedilatildeo a eles

Regressatildeo de regime de cumprimento da pena ndash O STJ e

o STF entendem que NAtildeO HAacute NECESSIDADE DE

CONDENACcedilAtildeO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que

o preso sofra a regressatildeo do regime de cumprimento de pena

mais brando para o mais severo (do semi-aberto para o

fechado por exemplo) Nesses casos basta que o preso

tenha cometido novo crime doloso ou falta grave durante

o cumprimento da pena pelo crime antigo para que haja a

regressatildeo nos termos do art 118 I da Lei 721084 (Lei de

Execuccedilotildees Penais) natildeo havendo necessidade sequer de que

tenha havido condenaccedilatildeo criminal ou administrativa A

Jurisprudecircncia entende que esse artigo da LEP natildeo ofende a

Constituiccedilatildeo

Revogaccedilatildeo do benefiacutecio da suspensatildeo condicional do

processo em razatildeo do cometimento de crime ndash Prevecirc a Lei

909995 que em determinados crimes de menor potencial

ofensivo pode ser o processo criminal suspenso por

determinado devendo o reacuteu cumprir algumas obrigaccedilotildees

durante este prazo (dentre elas natildeo cometer novo crime)

findo o qual estaraacute extinta sua punibilidade Nesse caso o STF

e o STJ entendem que descoberta a praacutetica de crime pelo

acusado beneficiado com a suspensatildeo do processo este

benefiacutecio deve ser revogado por ter sido descumprida uma das

condiccedilotildees natildeo havendo necessidade de tracircnsito em

julgado da sentenccedila condenatoacuteria do crime novo

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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pois a portaria estabelece quais satildeo as substacircncias entorpecentes em

razatildeo de ter sido assim determinado por lei no caso pela proacutepria lei de

drogas que em seu art 66 estabelece como substacircncias entorpecentes

aquelas previstas na Portaria SVSMS ndeg34498

Aleacutem disso em razatildeo da reserva legal em Direito Penal eacute

proibida a analogia in malam partem que eacute a analogia em desfavor

do reacuteu Assim natildeo pode o Juiz criar uma conduta criminosa natildeo prevista

em lei com base na analogia Por exemplo

Joatildeo agride seu parceiro homossexual Alberto Nesse caso houve a

praacutetica do crime de lesatildeo corporal (art 129 do Coacutedigo Penal) Natildeo pode o

Juiz querer enquadraacute-lo no conceito da Lei Maria da Penha pois esta Lei eacute

clara ao afirmar que soacute se aplica nos casos de agressatildeo contra a mulher

Aplicar a lei neste caso seria fazer uma analogia desfavoraacutevel ao reacuteu pois

a Lei Maria da Penha estabelece puniccedilotildees mais gravosas que o art 129 do

Coacutedigo Penal Isso eacute vedado

Com relaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva parte da Doutrina entende

que eacute possiacutevel outra parte entende que agrave semelhanccedila da analogia in

malam partem natildeo eacute admissiacutevel A interpretaccedilatildeo extensiva difere da

analogia pois naquela a previsatildeo legal existe mas estaacute impliacutecita Nesta a

previsatildeo legal natildeo existe mas o Juiz entende que por ser semelhante a

uma hipoacutetese existente deva ser assim enquadrada Cuidado com essa

diferenccedila

Entretanto em provas objetivas recomendo vocecircs a optarem pela

afirmativa que proiacuteba tambeacutem a interpretaccedilatildeo extensiva em desfavor do

reacuteu pois eacute uma posiccedilatildeo que se coaduna mais com um Estado

Democraacutetico de Direito pois se a conduta criminalizada natildeo estaacute clara a

ponto de haver necessidade de interpretaccedilatildeo extensiva jaacute houve violaccedilatildeo

agrave reserva legal pois como vimos a Lei penal deve ser clara e precisa de

forma que a conduta incriminada seja facilmente verificaacutevel

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Ib) Princiacutepio da anterioridade da Lei penal

O princiacutepio da anterioridade da lei penal estabelece que natildeo basta

que a criminalizaccedilatildeo de uma conduta se decirc por meio de Lei em sentido

estrito mas que esta lei seja anterior ao fato agrave praacutetica da conduta

EXEMPLO Pedro dirige seu carro embriagado no dia 20052010 tendo

sido abordado em blitz e multado Nesta data natildeo haacute lei que criminalize

esta conduta Em 26052010 eacute publicada uma Lei criminalizando o ato

de dirigir embriagado O oacutergatildeo que aplicou a multa remete os autos do

processo administrativa da Multa ao MP que oferece denuacutencia pelo crime

de dirigir alcoolizado A conduta do MP foi correta Natildeo Pois embora

Pedro tivesse cometido uma infraccedilatildeo de tracircnsito na data do fato a

conduta natildeo era considerada crime

Houve violaccedilatildeo ao princiacutepio da reserva legal Natildeo pois a lei a

criminalizaccedilatildeo da conduta se deu por meio de lei formal Houve violaccedilatildeo

ao princiacutepio da anterioridade da lei penal Sim e essa violaccedilatildeo se deu

pelo MP que ofereceu denuacutencia sobre um fato acontecido antes da

vigecircncia da lei incriminadora

Percebam que a violaccedilatildeo agrave anterioridade neste caso se deu pelo MP

Mas nada impede no entanto que essa violaccedilatildeo se decirc pela proacutepria lei

penal incriminadora Imaginem que a Lei que criminalizou a conduta de

Pedro estabelecesse que todos aqueles que tenham sido flagrados

dirigindo alcoolizados nos uacuteltimos dois anos responderiam pelo crime nela

previstos Essa lei seria inconstitucional nesta parte Pois violaria

flagrantemente o princiacutepio constitucional da anterioridade da lei penal

previsto no art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal

O princiacutepio da anterioridade da lei penal culmina no princiacutepio

da irretroatividade da lei penal Pode-se dizer inclusive que satildeo

sinocircnimos Entretanto a lei penal pode retroagir Como assim Quando

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ela beneficia o reacuteu estabelecendo uma sanccedilatildeo menos gravosa para o

crime ou quando deixa de considerar a conduta como criminosa Nesse

caso estamos haveraacute retroatividade da lei penal pois ela alcanccedilaraacute

fatos ocorridos ANTES DE SUA VIGEcircNCIA

EXEMPLO Imagine que Maria seja acusada em processo criminal por

uso de entorpecentes (cocaiacutena) fato cometido em 20042005 A pena

para este crime varia (apenas um exemplo) de um a quatro anos Se

uma lei for editada posteriormente estabelecendo que a pena para este

crime seja de dois a seis MESES essa lei eacute favoraacutevel agrave Maria Assim

deveraacute ser aplicada ao seu processo natildeo podendo Maria ser condenada a

mais de seis meses de prisatildeo

Essa previsatildeo se encontra no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Mas e se Maria jaacute tiver sido condenada a dois anos de prisatildeo e esteja

cumprindo pena haacute mais de um ano Nesse caso Maria deveraacute ser

colocada em liberdade pois se sua condenaccedilatildeo fosse hoje natildeo poderia

superar o limite de seis meses Como jaacute cumpriu mais de seis meses sua

pena estaacute extinta

Obviamente se a lei nova ao inveacutes de estabelecer uma pena mais

branda estabelece que a conduta deixa de ser crime (O que chamamos

de abolitio criminis) TAMBEacuteM SERAacute APLICADA AOS FATOS

OCORRIDOS ANTES DE SUA VIGEcircNCIA POR SER MAIS BENEacuteFICA

AO REacuteU

Natildeo se trata de um ldquobenefiacuteciordquo criminoso Trata-se de uma questatildeo

de loacutegica Se o Estado considera hoje que uma determinada conduta

natildeo pode ser crime natildeo faz sentido manter preso ou dar sequecircncia a um

processo pela praacutetica deste fato que natildeo eacute mais crime pois o proacuteprio

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Estado natildeo considera mais a conduta como tatildeo grave a ponto de merecer

uma puniccedilatildeo criminal

ATENCcedilAtildeO No caso das Leis temporaacuterias a

lei continuaraacute a produzir seus efeitos mesmo

apoacutes o teacutermino de sua vigecircncia caso

contraacuterio perderia sua razatildeo de ser O caso

mais claacutessico eacute o da lei seca para o dia das

eleiccedilotildees Nesse dia o consumo de bebida

alcooacutelica eacute proibido durante certo horaacuterio

Apoacutes o teacutermino das eleiccedilotildees a ingestatildeo de

bebida alcooacutelica passa a natildeo ser mais crime

novamente Entretanto natildeo houve abolitio

criminis houve apenas o teacutermino do

lapso temporal em que a proibiccedilatildeo

vigora Somente haveria abolitio criminis

caso a lei que proiacutebe a ingestatildeo de bebidas

alcooacutelicas no dia da eleiccedilatildeo fosse revogada o

que natildeo ocorreu Estudaremos melhor este

assunto quando analisarmos a aplicaccedilatildeo da

Lei Penal no tempo

A legalidade (reserva legal e anterioridade) satildeo garantias para os

cidadatildeos pois visam a impedir que o Estado os surpreenda com a

criminalizaccedilatildeo de uma conduta apoacutes a praacutetica do ato Pensem como seria

nossa vida se pudeacutessemos amanhatilde sermos punidos pela praacutetica de um

ato que hoje natildeo eacute considerado crime Como poderiacuteamos viver sem

saber se amanhatilde ou depois aquela conduta seria considerada crime noacutes

poderiacuteamos ser condenados e punidos por ela Impossiacutevel viver assim

Assim

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Legalidade = Anterioridade + Reserva Legal

NAtildeO SE ESQUECcedilAM Trata-se de um princiacutepio com duas vertentes

II ndash PRINCIacutePIO DA INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DA PENA

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVI

XLVI - a lei regularaacute a individualizaccedilatildeo da pena e adotaraacute entre outras as

seguintes

A individualizaccedilatildeo da pena eacute feita em trecircs fases distintas

Legislativa judicial e administrativa

Na esfera legislativa a individualizaccedilatildeo da pena se daacute atraveacutes da

cominaccedilatildeo de puniccedilotildees proporcionais agrave gravidade dos crimes e com o

estabelecimento de penas miacutenimas e maacuteximas a serem aplicadas pelo

Judiciaacuterio considerando as circunstacircncias do fato e as caracteriacutesticas do

criminoso

Na fase judicial a individualizaccedilatildeo da pena eacute feita com base na

anaacutelise pelo magistrado das circunstacircncias do crime dos antecedentes

do reacuteu etc Nessa fase a individualizaccedilatildeo da pena sai do plano

meramente abstrato e vai para o plano concreto devendo o Juiz fixar a

pena de acordo com as peculiaridades do caso (Tipo de pena a ser

aplicada quantificaccedilatildeo da pena forma de cumprimento etc) tudo para

que ela seja a mais apropriada para cada reacuteu de forma a cumprir seu

papel ressocializador-educativo e punitivo

Na terceira e uacuteltima fase a individualizaccedilatildeo eacute feita na execuccedilatildeo da

pena a parte administrativa Assim questotildees como progressatildeo de

regime concessatildeo de saiacutedas eventuais do local de cumprimento da pena

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e outras seratildeo decididas pelo Juiz da execuccedilatildeo penal tambeacutem de forma

individual de acordo com as peculiaridades de cada detento

Por esta razatildeo em 2006 o STF declarou a inconstitucionalidade do

artigo da Lei de Crimes Hediondos (Lei 807890) que previa a

impossibilidade de progressatildeo de regime nesses casos nos quais o reacuteu

deveria cumprir a pena em regime integralmente fechado O STF

entendeu que a terceira fase de individualizaccedilatildeo da pena havia sido

suprimida violando o princiacutepio constitucional

Outra indicaccedilatildeo clara de individualizaccedilatildeo da pena na fase de

execuccedilatildeo estaacute no artigo 5deg XLVIII da Constituiccedilatildeo que estabelece o

cumprimento da pena em estabelecimentos distintos de acordo com as

caracteriacutesticas do preso Vejamos

XLVIII - a pena seraacute cumprida em estabelecimentos distintos de acordo com

a natureza do delito a idade e o sexo do apenado

III ndash PRINCIacutePIO DA INTRANSCENDEcircNCIA DA PENA (OU

PRINCIacutePIO DA PERSONIFICACcedilAtildeO DA PENA OU PRINCIacutePIO DA

RESPONSABILIDADE PESSOAL DA PENA)

Este princiacutepio constitucional do Direito Penal estaacute previsto no art 5deg

XLV da Constituiccedilatildeo Federal

XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do condenado podendo a

obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do perdimento de bens ser nos

termos da lei estendidas aos sucessores e contra eles executadas ateacute o

limite do valor do patrimocircnio transferido (grifo nosso)

Esse princiacutepio impede que a pena ultrapasse a pessoa do infrator

EXEMPLO Se Paulo comete um crime e morre em seguida estaacute extinta

a punibilidade ou seja o Estado natildeo pode mais punir em razatildeo do crime

praticado pois a morte do infrator eacute uma das causas de extinccedilatildeo do

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poder punitivo do Estado

Entretanto como vocecircs podem extrair da proacutepria redaccedilatildeo do

dispositivo constitucional isso natildeo impede que os sucessores do

condenado falecido sejam obrigados a reparar os danos civis causados

pelo fato Explico

EXEMPLO Roberto mata Mauriacutecio cometendo o crime previsto no art

121 do Coacutedigo Penal (Homiciacutedio) Roberto eacute condenado a 15 anos de

prisatildeo e na esfera ciacutevel eacute condenado ao pagamento de R$

10000000 (Cem mil reais) a tiacutetulo de indenizaccedilatildeo ao filho de

Mauriacutecio Durante a execuccedilatildeo da pena criminal Roberto vem a falecer

Embora a pena privativa de liberdade esteja extinta pela morte do

infrator a obrigaccedilatildeo de reparar o dano poderaacute ser repassada aos

herdeiros ateacute o limite do patrimocircnio deixado pelo infrator falecido

Assim se Roberto deixou um patrimocircnio de R$ 50000000

(Quinhentos mil reais) desse valor que jaacute pertence aos herdeiros (pelo

princiacutepio da saisine do Direito das Sucessotildees) poderaacute ser debitado os R$

10000000 (cem mil reais) que Roberto foi condenado a pagar ao filho de

Mauriacutecio Se poreacutem o patrimocircnio deixado por Roberto eacute de apenas R$

3000000 (Trinta mil reais) esse eacute o limite ao qual os herdeiros estatildeo

obrigados

Desta forma tecnicamente falando os herdeiros natildeo satildeo

responsabilizados pelo crime de Roberto pois natildeo respondem com

seu proacuteprio patrimocircnio apenas com o patrimocircnio eventualmente deixado

pelo de cujus

CUIDADO A multa natildeo eacute ldquoobrigaccedilatildeo de reparar o danordquo pois natildeo se

destina agrave viacutetima A multa eacute espeacutecie de PENA e portanto natildeo pode ser

executada em face dos herdeiros ainda que haja transferecircncia de

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patrimocircnio Neste caso com a morte do infrator extingue-se a

punibilidade natildeo podendo ser executada a pena de multa

IV ndash PRINCIacutePIO DA LIMITACcedilAtildeO DAS PENAS OU DA HUMANIDADE

DAS PENAS

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVII que

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Podemos perceber caros concurseiros que determinados tipos de

pena satildeo terminantemente proibidos pela Constituiccedilatildeo Federal

No caso da pena de morte a Constituiccedilatildeo estabelece uma uacutenica

exceccedilatildeo No caso de guerra declarada eacute possiacutevel a aplicaccedilatildeo de pena de

morte por crimes cometidos em razatildeo da guerra Isso natildeo quer dizer que

basta que o paiacutes esteja em guerra para que se viabilize a aplicaccedilatildeo da

pena de morte em qualquer caso Natildeo pode o legislador por exemplo

editar uma lei estabelecendo que os furtos cometidos durante estado de

guerra seratildeo punidos com pena de morte pois isso natildeo guarda qualquer

razoabilidade Esta ressalva eacute direcionada precipuamente aos crimes

militares

A vedaccedilatildeo agrave pena de trabalhos forccedilados impede por exemplo que o

preso seja obrigado a trabalhar sem remuneraccedilatildeo Assim ao preso que

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trabalha no estabelecimento prisional eacute garantida remuneraccedilatildeo mensal e

abatimento no tempo de cumprimento da pena

A prisatildeo perpeacutetua tambeacutem eacute inadmissiacutevel no Direito brasileiro

Em razatildeo disso uma lei que preveja a pena miacutenima para um crime em 60

anos por exemplo estaria violando o princiacutepio da vedaccedilatildeo agrave prisatildeo

perpeacutetua por se tratar de uma burla ao princiacutepio jaacute que a idade miacutenima

para aplicaccedilatildeo da pena eacute 18 anos Logo se o preso tiver que ficar no

miacutenimo 60 anos preso ele ficaraacute ateacute os 78 anos preso o que significa

na praacutetica prisatildeo perpeacutetua

Cuidado Esta vedaccedilatildeo eacute claacuteusula

peacutetrea Trata-se de direitos fundamentais

do cidadatildeo que natildeo podem ser restringidos

ou abolidos por emenda constitucional

Desta forma apenas com o advento de

uma nova Constituiccedilatildeo seria possiacutevel

falarmos em aplicaccedilatildeo destas penas no

Brasil

V ndash PRESUNCcedilAtildeO DE INOCEcircNCIA OU PRESUNCcedilAtildeO DE NAtildeO

CULPABILIDADE

A Presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o maior pilar de um Estado

Democraacutetico de Direito pois segundo este princiacutepio nenhuma pessoa

pode ser considerada culpada (e sofrer as consequecircncias disto) antes do

tracircnsito em julgado se sentenccedila penal condenatoacuteria Nos termos do art

5deg LVII da CRFB88

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de

sentenccedila penal condenatoacuteria

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O que eacute tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Eacute a situaccedilatildeo na qual a sentenccedila proferida no processo criminal

condenando o reacuteu natildeo pode mais ser modificada atraveacutes de recurso

Assim enquanto natildeo houver uma sentenccedila criminal condenatoacuteria

irrecorriacutevel o acusado natildeo pode ser considerado culpado e portanto

natildeo pode sofrer as consequecircncias da condenaccedilatildeo

Desse princiacutepio decorre que o ocircnus (obrigaccedilatildeo) da prova cabe

ao acusador (MP ou ofendido conforme o caso) O reacuteu eacute desde o

comeccedilo inocente ateacute que o acusador prove sua culpa

Em razatildeo dele existe ainda o princiacutepio do in dubio pro reo ou favor

rei segundo o qual durante o processo (inclusive na sentenccedila) havendo

duacutevidas acerca da culpa ou natildeo do acusado deveraacute o Juiz decidir em

favor deste pois sua culpa natildeo foi cabalmente comprovada

Resumindo para vocecircs gravarem O Processo Penal eacute um jogo no

qual o acusado e o acusador tentam marcar pontos a seu favor a fim de

comprovarem suas teses Soacute que o empate daacute o tiacutetulo ao acusado

CUIDADO Existem hipoacuteteses em que o Juiz natildeo decidiraacute de acordo com

princiacutepio do in dubio pro reo mas pelo princiacutepio do in dubio pro societate

Por exemplo nas decisotildees de recebimento de denuacutencia ou queixa e na

decisatildeo de pronuacutencia no processo de competecircncia do Juacuteri o Juiz decide

contrariamente ao reacuteu (recebe a denuacutencia ou queixa no primeiro caso e

pronuncia o reacuteu no segundo) com base apenas em indiacutecios de autoria e

prova da materialidade Ou seja nesses casos mesmo o Juiz tendo

duacutevidas quanto agrave culpabilidade do reacuteu deveraacute decidir contrariamente a

ele e em favor da sociedade pois destas decisotildees natildeo haacute consequecircncias

para o reacuteu permitindo-se apenas que seja iniciado o processo ou a fase

processual na qual seratildeo produzidas as provas necessaacuterias agrave elucidaccedilatildeo

dos fatos

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Desta maneira sendo este um princiacutepio de ordem

Constitucional deve a legislaccedilatildeo infraconstitucional

(especialmente o CP e o CPP) respeitaacute-lo sob pena de violaccedilatildeo agrave

Constituiccedilatildeo Portanto uma lei que dissesse por exemplo que o

cumprimento de pena se daria a partir da sentenccedila em primeira instacircncia

seria inconstitucional pois a Constituiccedilatildeo afirma que o acusado ainda natildeo

eacute considerado culpado nessa hipoacutetese

CUIDADO A existecircncia de prisotildees

provisoacuterias (prisotildees decretadas no curso

do processo) natildeo ofende a presunccedilatildeo de

inocecircncia pois nesse caso natildeo se trata de

uma prisatildeo como cumprimento de pena mas

sim de uma prisatildeo cautelar ou seja para

garantir que o processo penal seja

devidamente instruiacutedo ou eventual sentenccedila

condenatoacuteria seja cumprida Por exemplo Se

o reacuteu estaacute dando sinais de que vai fugir (tirou

passaporte recentemente) e o Juiz decreta

sua prisatildeo preventiva o faz natildeo por

consideraacute-lo culpado mas para garantir que

caso seja condenado cumpra a pena Vocecircs

veratildeo mais sobre isso na aula sobre Prisatildeo e

Liberdade Provisoacuteria

Vou transcrever para vocecircs agora alguns pontos que satildeo polecircmicos e

a respectiva posiccedilatildeo dos Tribunais Superiores pois isto eacute importante

Processos criminais em curso e inqueacuteritos policiais em

face do acusado podem ser considerados maus

antecedentes Segundo o STJ natildeo pois em nenhum deles o

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acusado foi condenado de maneira irrecorriacutevel logo natildeo pode

ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequecircncia em

relaccedilatildeo a eles

Regressatildeo de regime de cumprimento da pena ndash O STJ e

o STF entendem que NAtildeO HAacute NECESSIDADE DE

CONDENACcedilAtildeO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que

o preso sofra a regressatildeo do regime de cumprimento de pena

mais brando para o mais severo (do semi-aberto para o

fechado por exemplo) Nesses casos basta que o preso

tenha cometido novo crime doloso ou falta grave durante

o cumprimento da pena pelo crime antigo para que haja a

regressatildeo nos termos do art 118 I da Lei 721084 (Lei de

Execuccedilotildees Penais) natildeo havendo necessidade sequer de que

tenha havido condenaccedilatildeo criminal ou administrativa A

Jurisprudecircncia entende que esse artigo da LEP natildeo ofende a

Constituiccedilatildeo

Revogaccedilatildeo do benefiacutecio da suspensatildeo condicional do

processo em razatildeo do cometimento de crime ndash Prevecirc a Lei

909995 que em determinados crimes de menor potencial

ofensivo pode ser o processo criminal suspenso por

determinado devendo o reacuteu cumprir algumas obrigaccedilotildees

durante este prazo (dentre elas natildeo cometer novo crime)

findo o qual estaraacute extinta sua punibilidade Nesse caso o STF

e o STJ entendem que descoberta a praacutetica de crime pelo

acusado beneficiado com a suspensatildeo do processo este

benefiacutecio deve ser revogado por ter sido descumprida uma das

condiccedilotildees natildeo havendo necessidade de tracircnsito em

julgado da sentenccedila condenatoacuteria do crime novo

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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Ib) Princiacutepio da anterioridade da Lei penal

O princiacutepio da anterioridade da lei penal estabelece que natildeo basta

que a criminalizaccedilatildeo de uma conduta se decirc por meio de Lei em sentido

estrito mas que esta lei seja anterior ao fato agrave praacutetica da conduta

EXEMPLO Pedro dirige seu carro embriagado no dia 20052010 tendo

sido abordado em blitz e multado Nesta data natildeo haacute lei que criminalize

esta conduta Em 26052010 eacute publicada uma Lei criminalizando o ato

de dirigir embriagado O oacutergatildeo que aplicou a multa remete os autos do

processo administrativa da Multa ao MP que oferece denuacutencia pelo crime

de dirigir alcoolizado A conduta do MP foi correta Natildeo Pois embora

Pedro tivesse cometido uma infraccedilatildeo de tracircnsito na data do fato a

conduta natildeo era considerada crime

Houve violaccedilatildeo ao princiacutepio da reserva legal Natildeo pois a lei a

criminalizaccedilatildeo da conduta se deu por meio de lei formal Houve violaccedilatildeo

ao princiacutepio da anterioridade da lei penal Sim e essa violaccedilatildeo se deu

pelo MP que ofereceu denuacutencia sobre um fato acontecido antes da

vigecircncia da lei incriminadora

Percebam que a violaccedilatildeo agrave anterioridade neste caso se deu pelo MP

Mas nada impede no entanto que essa violaccedilatildeo se decirc pela proacutepria lei

penal incriminadora Imaginem que a Lei que criminalizou a conduta de

Pedro estabelecesse que todos aqueles que tenham sido flagrados

dirigindo alcoolizados nos uacuteltimos dois anos responderiam pelo crime nela

previstos Essa lei seria inconstitucional nesta parte Pois violaria

flagrantemente o princiacutepio constitucional da anterioridade da lei penal

previsto no art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal

O princiacutepio da anterioridade da lei penal culmina no princiacutepio

da irretroatividade da lei penal Pode-se dizer inclusive que satildeo

sinocircnimos Entretanto a lei penal pode retroagir Como assim Quando

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ela beneficia o reacuteu estabelecendo uma sanccedilatildeo menos gravosa para o

crime ou quando deixa de considerar a conduta como criminosa Nesse

caso estamos haveraacute retroatividade da lei penal pois ela alcanccedilaraacute

fatos ocorridos ANTES DE SUA VIGEcircNCIA

EXEMPLO Imagine que Maria seja acusada em processo criminal por

uso de entorpecentes (cocaiacutena) fato cometido em 20042005 A pena

para este crime varia (apenas um exemplo) de um a quatro anos Se

uma lei for editada posteriormente estabelecendo que a pena para este

crime seja de dois a seis MESES essa lei eacute favoraacutevel agrave Maria Assim

deveraacute ser aplicada ao seu processo natildeo podendo Maria ser condenada a

mais de seis meses de prisatildeo

Essa previsatildeo se encontra no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Mas e se Maria jaacute tiver sido condenada a dois anos de prisatildeo e esteja

cumprindo pena haacute mais de um ano Nesse caso Maria deveraacute ser

colocada em liberdade pois se sua condenaccedilatildeo fosse hoje natildeo poderia

superar o limite de seis meses Como jaacute cumpriu mais de seis meses sua

pena estaacute extinta

Obviamente se a lei nova ao inveacutes de estabelecer uma pena mais

branda estabelece que a conduta deixa de ser crime (O que chamamos

de abolitio criminis) TAMBEacuteM SERAacute APLICADA AOS FATOS

OCORRIDOS ANTES DE SUA VIGEcircNCIA POR SER MAIS BENEacuteFICA

AO REacuteU

Natildeo se trata de um ldquobenefiacuteciordquo criminoso Trata-se de uma questatildeo

de loacutegica Se o Estado considera hoje que uma determinada conduta

natildeo pode ser crime natildeo faz sentido manter preso ou dar sequecircncia a um

processo pela praacutetica deste fato que natildeo eacute mais crime pois o proacuteprio

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Estado natildeo considera mais a conduta como tatildeo grave a ponto de merecer

uma puniccedilatildeo criminal

ATENCcedilAtildeO No caso das Leis temporaacuterias a

lei continuaraacute a produzir seus efeitos mesmo

apoacutes o teacutermino de sua vigecircncia caso

contraacuterio perderia sua razatildeo de ser O caso

mais claacutessico eacute o da lei seca para o dia das

eleiccedilotildees Nesse dia o consumo de bebida

alcooacutelica eacute proibido durante certo horaacuterio

Apoacutes o teacutermino das eleiccedilotildees a ingestatildeo de

bebida alcooacutelica passa a natildeo ser mais crime

novamente Entretanto natildeo houve abolitio

criminis houve apenas o teacutermino do

lapso temporal em que a proibiccedilatildeo

vigora Somente haveria abolitio criminis

caso a lei que proiacutebe a ingestatildeo de bebidas

alcooacutelicas no dia da eleiccedilatildeo fosse revogada o

que natildeo ocorreu Estudaremos melhor este

assunto quando analisarmos a aplicaccedilatildeo da

Lei Penal no tempo

A legalidade (reserva legal e anterioridade) satildeo garantias para os

cidadatildeos pois visam a impedir que o Estado os surpreenda com a

criminalizaccedilatildeo de uma conduta apoacutes a praacutetica do ato Pensem como seria

nossa vida se pudeacutessemos amanhatilde sermos punidos pela praacutetica de um

ato que hoje natildeo eacute considerado crime Como poderiacuteamos viver sem

saber se amanhatilde ou depois aquela conduta seria considerada crime noacutes

poderiacuteamos ser condenados e punidos por ela Impossiacutevel viver assim

Assim

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Legalidade = Anterioridade + Reserva Legal

NAtildeO SE ESQUECcedilAM Trata-se de um princiacutepio com duas vertentes

II ndash PRINCIacutePIO DA INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DA PENA

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVI

XLVI - a lei regularaacute a individualizaccedilatildeo da pena e adotaraacute entre outras as

seguintes

A individualizaccedilatildeo da pena eacute feita em trecircs fases distintas

Legislativa judicial e administrativa

Na esfera legislativa a individualizaccedilatildeo da pena se daacute atraveacutes da

cominaccedilatildeo de puniccedilotildees proporcionais agrave gravidade dos crimes e com o

estabelecimento de penas miacutenimas e maacuteximas a serem aplicadas pelo

Judiciaacuterio considerando as circunstacircncias do fato e as caracteriacutesticas do

criminoso

Na fase judicial a individualizaccedilatildeo da pena eacute feita com base na

anaacutelise pelo magistrado das circunstacircncias do crime dos antecedentes

do reacuteu etc Nessa fase a individualizaccedilatildeo da pena sai do plano

meramente abstrato e vai para o plano concreto devendo o Juiz fixar a

pena de acordo com as peculiaridades do caso (Tipo de pena a ser

aplicada quantificaccedilatildeo da pena forma de cumprimento etc) tudo para

que ela seja a mais apropriada para cada reacuteu de forma a cumprir seu

papel ressocializador-educativo e punitivo

Na terceira e uacuteltima fase a individualizaccedilatildeo eacute feita na execuccedilatildeo da

pena a parte administrativa Assim questotildees como progressatildeo de

regime concessatildeo de saiacutedas eventuais do local de cumprimento da pena

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e outras seratildeo decididas pelo Juiz da execuccedilatildeo penal tambeacutem de forma

individual de acordo com as peculiaridades de cada detento

Por esta razatildeo em 2006 o STF declarou a inconstitucionalidade do

artigo da Lei de Crimes Hediondos (Lei 807890) que previa a

impossibilidade de progressatildeo de regime nesses casos nos quais o reacuteu

deveria cumprir a pena em regime integralmente fechado O STF

entendeu que a terceira fase de individualizaccedilatildeo da pena havia sido

suprimida violando o princiacutepio constitucional

Outra indicaccedilatildeo clara de individualizaccedilatildeo da pena na fase de

execuccedilatildeo estaacute no artigo 5deg XLVIII da Constituiccedilatildeo que estabelece o

cumprimento da pena em estabelecimentos distintos de acordo com as

caracteriacutesticas do preso Vejamos

XLVIII - a pena seraacute cumprida em estabelecimentos distintos de acordo com

a natureza do delito a idade e o sexo do apenado

III ndash PRINCIacutePIO DA INTRANSCENDEcircNCIA DA PENA (OU

PRINCIacutePIO DA PERSONIFICACcedilAtildeO DA PENA OU PRINCIacutePIO DA

RESPONSABILIDADE PESSOAL DA PENA)

Este princiacutepio constitucional do Direito Penal estaacute previsto no art 5deg

XLV da Constituiccedilatildeo Federal

XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do condenado podendo a

obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do perdimento de bens ser nos

termos da lei estendidas aos sucessores e contra eles executadas ateacute o

limite do valor do patrimocircnio transferido (grifo nosso)

Esse princiacutepio impede que a pena ultrapasse a pessoa do infrator

EXEMPLO Se Paulo comete um crime e morre em seguida estaacute extinta

a punibilidade ou seja o Estado natildeo pode mais punir em razatildeo do crime

praticado pois a morte do infrator eacute uma das causas de extinccedilatildeo do

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poder punitivo do Estado

Entretanto como vocecircs podem extrair da proacutepria redaccedilatildeo do

dispositivo constitucional isso natildeo impede que os sucessores do

condenado falecido sejam obrigados a reparar os danos civis causados

pelo fato Explico

EXEMPLO Roberto mata Mauriacutecio cometendo o crime previsto no art

121 do Coacutedigo Penal (Homiciacutedio) Roberto eacute condenado a 15 anos de

prisatildeo e na esfera ciacutevel eacute condenado ao pagamento de R$

10000000 (Cem mil reais) a tiacutetulo de indenizaccedilatildeo ao filho de

Mauriacutecio Durante a execuccedilatildeo da pena criminal Roberto vem a falecer

Embora a pena privativa de liberdade esteja extinta pela morte do

infrator a obrigaccedilatildeo de reparar o dano poderaacute ser repassada aos

herdeiros ateacute o limite do patrimocircnio deixado pelo infrator falecido

Assim se Roberto deixou um patrimocircnio de R$ 50000000

(Quinhentos mil reais) desse valor que jaacute pertence aos herdeiros (pelo

princiacutepio da saisine do Direito das Sucessotildees) poderaacute ser debitado os R$

10000000 (cem mil reais) que Roberto foi condenado a pagar ao filho de

Mauriacutecio Se poreacutem o patrimocircnio deixado por Roberto eacute de apenas R$

3000000 (Trinta mil reais) esse eacute o limite ao qual os herdeiros estatildeo

obrigados

Desta forma tecnicamente falando os herdeiros natildeo satildeo

responsabilizados pelo crime de Roberto pois natildeo respondem com

seu proacuteprio patrimocircnio apenas com o patrimocircnio eventualmente deixado

pelo de cujus

CUIDADO A multa natildeo eacute ldquoobrigaccedilatildeo de reparar o danordquo pois natildeo se

destina agrave viacutetima A multa eacute espeacutecie de PENA e portanto natildeo pode ser

executada em face dos herdeiros ainda que haja transferecircncia de

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patrimocircnio Neste caso com a morte do infrator extingue-se a

punibilidade natildeo podendo ser executada a pena de multa

IV ndash PRINCIacutePIO DA LIMITACcedilAtildeO DAS PENAS OU DA HUMANIDADE

DAS PENAS

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVII que

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Podemos perceber caros concurseiros que determinados tipos de

pena satildeo terminantemente proibidos pela Constituiccedilatildeo Federal

No caso da pena de morte a Constituiccedilatildeo estabelece uma uacutenica

exceccedilatildeo No caso de guerra declarada eacute possiacutevel a aplicaccedilatildeo de pena de

morte por crimes cometidos em razatildeo da guerra Isso natildeo quer dizer que

basta que o paiacutes esteja em guerra para que se viabilize a aplicaccedilatildeo da

pena de morte em qualquer caso Natildeo pode o legislador por exemplo

editar uma lei estabelecendo que os furtos cometidos durante estado de

guerra seratildeo punidos com pena de morte pois isso natildeo guarda qualquer

razoabilidade Esta ressalva eacute direcionada precipuamente aos crimes

militares

A vedaccedilatildeo agrave pena de trabalhos forccedilados impede por exemplo que o

preso seja obrigado a trabalhar sem remuneraccedilatildeo Assim ao preso que

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trabalha no estabelecimento prisional eacute garantida remuneraccedilatildeo mensal e

abatimento no tempo de cumprimento da pena

A prisatildeo perpeacutetua tambeacutem eacute inadmissiacutevel no Direito brasileiro

Em razatildeo disso uma lei que preveja a pena miacutenima para um crime em 60

anos por exemplo estaria violando o princiacutepio da vedaccedilatildeo agrave prisatildeo

perpeacutetua por se tratar de uma burla ao princiacutepio jaacute que a idade miacutenima

para aplicaccedilatildeo da pena eacute 18 anos Logo se o preso tiver que ficar no

miacutenimo 60 anos preso ele ficaraacute ateacute os 78 anos preso o que significa

na praacutetica prisatildeo perpeacutetua

Cuidado Esta vedaccedilatildeo eacute claacuteusula

peacutetrea Trata-se de direitos fundamentais

do cidadatildeo que natildeo podem ser restringidos

ou abolidos por emenda constitucional

Desta forma apenas com o advento de

uma nova Constituiccedilatildeo seria possiacutevel

falarmos em aplicaccedilatildeo destas penas no

Brasil

V ndash PRESUNCcedilAtildeO DE INOCEcircNCIA OU PRESUNCcedilAtildeO DE NAtildeO

CULPABILIDADE

A Presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o maior pilar de um Estado

Democraacutetico de Direito pois segundo este princiacutepio nenhuma pessoa

pode ser considerada culpada (e sofrer as consequecircncias disto) antes do

tracircnsito em julgado se sentenccedila penal condenatoacuteria Nos termos do art

5deg LVII da CRFB88

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de

sentenccedila penal condenatoacuteria

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O que eacute tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Eacute a situaccedilatildeo na qual a sentenccedila proferida no processo criminal

condenando o reacuteu natildeo pode mais ser modificada atraveacutes de recurso

Assim enquanto natildeo houver uma sentenccedila criminal condenatoacuteria

irrecorriacutevel o acusado natildeo pode ser considerado culpado e portanto

natildeo pode sofrer as consequecircncias da condenaccedilatildeo

Desse princiacutepio decorre que o ocircnus (obrigaccedilatildeo) da prova cabe

ao acusador (MP ou ofendido conforme o caso) O reacuteu eacute desde o

comeccedilo inocente ateacute que o acusador prove sua culpa

Em razatildeo dele existe ainda o princiacutepio do in dubio pro reo ou favor

rei segundo o qual durante o processo (inclusive na sentenccedila) havendo

duacutevidas acerca da culpa ou natildeo do acusado deveraacute o Juiz decidir em

favor deste pois sua culpa natildeo foi cabalmente comprovada

Resumindo para vocecircs gravarem O Processo Penal eacute um jogo no

qual o acusado e o acusador tentam marcar pontos a seu favor a fim de

comprovarem suas teses Soacute que o empate daacute o tiacutetulo ao acusado

CUIDADO Existem hipoacuteteses em que o Juiz natildeo decidiraacute de acordo com

princiacutepio do in dubio pro reo mas pelo princiacutepio do in dubio pro societate

Por exemplo nas decisotildees de recebimento de denuacutencia ou queixa e na

decisatildeo de pronuacutencia no processo de competecircncia do Juacuteri o Juiz decide

contrariamente ao reacuteu (recebe a denuacutencia ou queixa no primeiro caso e

pronuncia o reacuteu no segundo) com base apenas em indiacutecios de autoria e

prova da materialidade Ou seja nesses casos mesmo o Juiz tendo

duacutevidas quanto agrave culpabilidade do reacuteu deveraacute decidir contrariamente a

ele e em favor da sociedade pois destas decisotildees natildeo haacute consequecircncias

para o reacuteu permitindo-se apenas que seja iniciado o processo ou a fase

processual na qual seratildeo produzidas as provas necessaacuterias agrave elucidaccedilatildeo

dos fatos

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Desta maneira sendo este um princiacutepio de ordem

Constitucional deve a legislaccedilatildeo infraconstitucional

(especialmente o CP e o CPP) respeitaacute-lo sob pena de violaccedilatildeo agrave

Constituiccedilatildeo Portanto uma lei que dissesse por exemplo que o

cumprimento de pena se daria a partir da sentenccedila em primeira instacircncia

seria inconstitucional pois a Constituiccedilatildeo afirma que o acusado ainda natildeo

eacute considerado culpado nessa hipoacutetese

CUIDADO A existecircncia de prisotildees

provisoacuterias (prisotildees decretadas no curso

do processo) natildeo ofende a presunccedilatildeo de

inocecircncia pois nesse caso natildeo se trata de

uma prisatildeo como cumprimento de pena mas

sim de uma prisatildeo cautelar ou seja para

garantir que o processo penal seja

devidamente instruiacutedo ou eventual sentenccedila

condenatoacuteria seja cumprida Por exemplo Se

o reacuteu estaacute dando sinais de que vai fugir (tirou

passaporte recentemente) e o Juiz decreta

sua prisatildeo preventiva o faz natildeo por

consideraacute-lo culpado mas para garantir que

caso seja condenado cumpra a pena Vocecircs

veratildeo mais sobre isso na aula sobre Prisatildeo e

Liberdade Provisoacuteria

Vou transcrever para vocecircs agora alguns pontos que satildeo polecircmicos e

a respectiva posiccedilatildeo dos Tribunais Superiores pois isto eacute importante

Processos criminais em curso e inqueacuteritos policiais em

face do acusado podem ser considerados maus

antecedentes Segundo o STJ natildeo pois em nenhum deles o

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acusado foi condenado de maneira irrecorriacutevel logo natildeo pode

ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequecircncia em

relaccedilatildeo a eles

Regressatildeo de regime de cumprimento da pena ndash O STJ e

o STF entendem que NAtildeO HAacute NECESSIDADE DE

CONDENACcedilAtildeO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que

o preso sofra a regressatildeo do regime de cumprimento de pena

mais brando para o mais severo (do semi-aberto para o

fechado por exemplo) Nesses casos basta que o preso

tenha cometido novo crime doloso ou falta grave durante

o cumprimento da pena pelo crime antigo para que haja a

regressatildeo nos termos do art 118 I da Lei 721084 (Lei de

Execuccedilotildees Penais) natildeo havendo necessidade sequer de que

tenha havido condenaccedilatildeo criminal ou administrativa A

Jurisprudecircncia entende que esse artigo da LEP natildeo ofende a

Constituiccedilatildeo

Revogaccedilatildeo do benefiacutecio da suspensatildeo condicional do

processo em razatildeo do cometimento de crime ndash Prevecirc a Lei

909995 que em determinados crimes de menor potencial

ofensivo pode ser o processo criminal suspenso por

determinado devendo o reacuteu cumprir algumas obrigaccedilotildees

durante este prazo (dentre elas natildeo cometer novo crime)

findo o qual estaraacute extinta sua punibilidade Nesse caso o STF

e o STJ entendem que descoberta a praacutetica de crime pelo

acusado beneficiado com a suspensatildeo do processo este

benefiacutecio deve ser revogado por ter sido descumprida uma das

condiccedilotildees natildeo havendo necessidade de tracircnsito em

julgado da sentenccedila condenatoacuteria do crime novo

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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ela beneficia o reacuteu estabelecendo uma sanccedilatildeo menos gravosa para o

crime ou quando deixa de considerar a conduta como criminosa Nesse

caso estamos haveraacute retroatividade da lei penal pois ela alcanccedilaraacute

fatos ocorridos ANTES DE SUA VIGEcircNCIA

EXEMPLO Imagine que Maria seja acusada em processo criminal por

uso de entorpecentes (cocaiacutena) fato cometido em 20042005 A pena

para este crime varia (apenas um exemplo) de um a quatro anos Se

uma lei for editada posteriormente estabelecendo que a pena para este

crime seja de dois a seis MESES essa lei eacute favoraacutevel agrave Maria Assim

deveraacute ser aplicada ao seu processo natildeo podendo Maria ser condenada a

mais de seis meses de prisatildeo

Essa previsatildeo se encontra no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Mas e se Maria jaacute tiver sido condenada a dois anos de prisatildeo e esteja

cumprindo pena haacute mais de um ano Nesse caso Maria deveraacute ser

colocada em liberdade pois se sua condenaccedilatildeo fosse hoje natildeo poderia

superar o limite de seis meses Como jaacute cumpriu mais de seis meses sua

pena estaacute extinta

Obviamente se a lei nova ao inveacutes de estabelecer uma pena mais

branda estabelece que a conduta deixa de ser crime (O que chamamos

de abolitio criminis) TAMBEacuteM SERAacute APLICADA AOS FATOS

OCORRIDOS ANTES DE SUA VIGEcircNCIA POR SER MAIS BENEacuteFICA

AO REacuteU

Natildeo se trata de um ldquobenefiacuteciordquo criminoso Trata-se de uma questatildeo

de loacutegica Se o Estado considera hoje que uma determinada conduta

natildeo pode ser crime natildeo faz sentido manter preso ou dar sequecircncia a um

processo pela praacutetica deste fato que natildeo eacute mais crime pois o proacuteprio

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Estado natildeo considera mais a conduta como tatildeo grave a ponto de merecer

uma puniccedilatildeo criminal

ATENCcedilAtildeO No caso das Leis temporaacuterias a

lei continuaraacute a produzir seus efeitos mesmo

apoacutes o teacutermino de sua vigecircncia caso

contraacuterio perderia sua razatildeo de ser O caso

mais claacutessico eacute o da lei seca para o dia das

eleiccedilotildees Nesse dia o consumo de bebida

alcooacutelica eacute proibido durante certo horaacuterio

Apoacutes o teacutermino das eleiccedilotildees a ingestatildeo de

bebida alcooacutelica passa a natildeo ser mais crime

novamente Entretanto natildeo houve abolitio

criminis houve apenas o teacutermino do

lapso temporal em que a proibiccedilatildeo

vigora Somente haveria abolitio criminis

caso a lei que proiacutebe a ingestatildeo de bebidas

alcooacutelicas no dia da eleiccedilatildeo fosse revogada o

que natildeo ocorreu Estudaremos melhor este

assunto quando analisarmos a aplicaccedilatildeo da

Lei Penal no tempo

A legalidade (reserva legal e anterioridade) satildeo garantias para os

cidadatildeos pois visam a impedir que o Estado os surpreenda com a

criminalizaccedilatildeo de uma conduta apoacutes a praacutetica do ato Pensem como seria

nossa vida se pudeacutessemos amanhatilde sermos punidos pela praacutetica de um

ato que hoje natildeo eacute considerado crime Como poderiacuteamos viver sem

saber se amanhatilde ou depois aquela conduta seria considerada crime noacutes

poderiacuteamos ser condenados e punidos por ela Impossiacutevel viver assim

Assim

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Legalidade = Anterioridade + Reserva Legal

NAtildeO SE ESQUECcedilAM Trata-se de um princiacutepio com duas vertentes

II ndash PRINCIacutePIO DA INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DA PENA

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVI

XLVI - a lei regularaacute a individualizaccedilatildeo da pena e adotaraacute entre outras as

seguintes

A individualizaccedilatildeo da pena eacute feita em trecircs fases distintas

Legislativa judicial e administrativa

Na esfera legislativa a individualizaccedilatildeo da pena se daacute atraveacutes da

cominaccedilatildeo de puniccedilotildees proporcionais agrave gravidade dos crimes e com o

estabelecimento de penas miacutenimas e maacuteximas a serem aplicadas pelo

Judiciaacuterio considerando as circunstacircncias do fato e as caracteriacutesticas do

criminoso

Na fase judicial a individualizaccedilatildeo da pena eacute feita com base na

anaacutelise pelo magistrado das circunstacircncias do crime dos antecedentes

do reacuteu etc Nessa fase a individualizaccedilatildeo da pena sai do plano

meramente abstrato e vai para o plano concreto devendo o Juiz fixar a

pena de acordo com as peculiaridades do caso (Tipo de pena a ser

aplicada quantificaccedilatildeo da pena forma de cumprimento etc) tudo para

que ela seja a mais apropriada para cada reacuteu de forma a cumprir seu

papel ressocializador-educativo e punitivo

Na terceira e uacuteltima fase a individualizaccedilatildeo eacute feita na execuccedilatildeo da

pena a parte administrativa Assim questotildees como progressatildeo de

regime concessatildeo de saiacutedas eventuais do local de cumprimento da pena

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e outras seratildeo decididas pelo Juiz da execuccedilatildeo penal tambeacutem de forma

individual de acordo com as peculiaridades de cada detento

Por esta razatildeo em 2006 o STF declarou a inconstitucionalidade do

artigo da Lei de Crimes Hediondos (Lei 807890) que previa a

impossibilidade de progressatildeo de regime nesses casos nos quais o reacuteu

deveria cumprir a pena em regime integralmente fechado O STF

entendeu que a terceira fase de individualizaccedilatildeo da pena havia sido

suprimida violando o princiacutepio constitucional

Outra indicaccedilatildeo clara de individualizaccedilatildeo da pena na fase de

execuccedilatildeo estaacute no artigo 5deg XLVIII da Constituiccedilatildeo que estabelece o

cumprimento da pena em estabelecimentos distintos de acordo com as

caracteriacutesticas do preso Vejamos

XLVIII - a pena seraacute cumprida em estabelecimentos distintos de acordo com

a natureza do delito a idade e o sexo do apenado

III ndash PRINCIacutePIO DA INTRANSCENDEcircNCIA DA PENA (OU

PRINCIacutePIO DA PERSONIFICACcedilAtildeO DA PENA OU PRINCIacutePIO DA

RESPONSABILIDADE PESSOAL DA PENA)

Este princiacutepio constitucional do Direito Penal estaacute previsto no art 5deg

XLV da Constituiccedilatildeo Federal

XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do condenado podendo a

obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do perdimento de bens ser nos

termos da lei estendidas aos sucessores e contra eles executadas ateacute o

limite do valor do patrimocircnio transferido (grifo nosso)

Esse princiacutepio impede que a pena ultrapasse a pessoa do infrator

EXEMPLO Se Paulo comete um crime e morre em seguida estaacute extinta

a punibilidade ou seja o Estado natildeo pode mais punir em razatildeo do crime

praticado pois a morte do infrator eacute uma das causas de extinccedilatildeo do

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poder punitivo do Estado

Entretanto como vocecircs podem extrair da proacutepria redaccedilatildeo do

dispositivo constitucional isso natildeo impede que os sucessores do

condenado falecido sejam obrigados a reparar os danos civis causados

pelo fato Explico

EXEMPLO Roberto mata Mauriacutecio cometendo o crime previsto no art

121 do Coacutedigo Penal (Homiciacutedio) Roberto eacute condenado a 15 anos de

prisatildeo e na esfera ciacutevel eacute condenado ao pagamento de R$

10000000 (Cem mil reais) a tiacutetulo de indenizaccedilatildeo ao filho de

Mauriacutecio Durante a execuccedilatildeo da pena criminal Roberto vem a falecer

Embora a pena privativa de liberdade esteja extinta pela morte do

infrator a obrigaccedilatildeo de reparar o dano poderaacute ser repassada aos

herdeiros ateacute o limite do patrimocircnio deixado pelo infrator falecido

Assim se Roberto deixou um patrimocircnio de R$ 50000000

(Quinhentos mil reais) desse valor que jaacute pertence aos herdeiros (pelo

princiacutepio da saisine do Direito das Sucessotildees) poderaacute ser debitado os R$

10000000 (cem mil reais) que Roberto foi condenado a pagar ao filho de

Mauriacutecio Se poreacutem o patrimocircnio deixado por Roberto eacute de apenas R$

3000000 (Trinta mil reais) esse eacute o limite ao qual os herdeiros estatildeo

obrigados

Desta forma tecnicamente falando os herdeiros natildeo satildeo

responsabilizados pelo crime de Roberto pois natildeo respondem com

seu proacuteprio patrimocircnio apenas com o patrimocircnio eventualmente deixado

pelo de cujus

CUIDADO A multa natildeo eacute ldquoobrigaccedilatildeo de reparar o danordquo pois natildeo se

destina agrave viacutetima A multa eacute espeacutecie de PENA e portanto natildeo pode ser

executada em face dos herdeiros ainda que haja transferecircncia de

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patrimocircnio Neste caso com a morte do infrator extingue-se a

punibilidade natildeo podendo ser executada a pena de multa

IV ndash PRINCIacutePIO DA LIMITACcedilAtildeO DAS PENAS OU DA HUMANIDADE

DAS PENAS

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVII que

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Podemos perceber caros concurseiros que determinados tipos de

pena satildeo terminantemente proibidos pela Constituiccedilatildeo Federal

No caso da pena de morte a Constituiccedilatildeo estabelece uma uacutenica

exceccedilatildeo No caso de guerra declarada eacute possiacutevel a aplicaccedilatildeo de pena de

morte por crimes cometidos em razatildeo da guerra Isso natildeo quer dizer que

basta que o paiacutes esteja em guerra para que se viabilize a aplicaccedilatildeo da

pena de morte em qualquer caso Natildeo pode o legislador por exemplo

editar uma lei estabelecendo que os furtos cometidos durante estado de

guerra seratildeo punidos com pena de morte pois isso natildeo guarda qualquer

razoabilidade Esta ressalva eacute direcionada precipuamente aos crimes

militares

A vedaccedilatildeo agrave pena de trabalhos forccedilados impede por exemplo que o

preso seja obrigado a trabalhar sem remuneraccedilatildeo Assim ao preso que

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trabalha no estabelecimento prisional eacute garantida remuneraccedilatildeo mensal e

abatimento no tempo de cumprimento da pena

A prisatildeo perpeacutetua tambeacutem eacute inadmissiacutevel no Direito brasileiro

Em razatildeo disso uma lei que preveja a pena miacutenima para um crime em 60

anos por exemplo estaria violando o princiacutepio da vedaccedilatildeo agrave prisatildeo

perpeacutetua por se tratar de uma burla ao princiacutepio jaacute que a idade miacutenima

para aplicaccedilatildeo da pena eacute 18 anos Logo se o preso tiver que ficar no

miacutenimo 60 anos preso ele ficaraacute ateacute os 78 anos preso o que significa

na praacutetica prisatildeo perpeacutetua

Cuidado Esta vedaccedilatildeo eacute claacuteusula

peacutetrea Trata-se de direitos fundamentais

do cidadatildeo que natildeo podem ser restringidos

ou abolidos por emenda constitucional

Desta forma apenas com o advento de

uma nova Constituiccedilatildeo seria possiacutevel

falarmos em aplicaccedilatildeo destas penas no

Brasil

V ndash PRESUNCcedilAtildeO DE INOCEcircNCIA OU PRESUNCcedilAtildeO DE NAtildeO

CULPABILIDADE

A Presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o maior pilar de um Estado

Democraacutetico de Direito pois segundo este princiacutepio nenhuma pessoa

pode ser considerada culpada (e sofrer as consequecircncias disto) antes do

tracircnsito em julgado se sentenccedila penal condenatoacuteria Nos termos do art

5deg LVII da CRFB88

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de

sentenccedila penal condenatoacuteria

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O que eacute tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Eacute a situaccedilatildeo na qual a sentenccedila proferida no processo criminal

condenando o reacuteu natildeo pode mais ser modificada atraveacutes de recurso

Assim enquanto natildeo houver uma sentenccedila criminal condenatoacuteria

irrecorriacutevel o acusado natildeo pode ser considerado culpado e portanto

natildeo pode sofrer as consequecircncias da condenaccedilatildeo

Desse princiacutepio decorre que o ocircnus (obrigaccedilatildeo) da prova cabe

ao acusador (MP ou ofendido conforme o caso) O reacuteu eacute desde o

comeccedilo inocente ateacute que o acusador prove sua culpa

Em razatildeo dele existe ainda o princiacutepio do in dubio pro reo ou favor

rei segundo o qual durante o processo (inclusive na sentenccedila) havendo

duacutevidas acerca da culpa ou natildeo do acusado deveraacute o Juiz decidir em

favor deste pois sua culpa natildeo foi cabalmente comprovada

Resumindo para vocecircs gravarem O Processo Penal eacute um jogo no

qual o acusado e o acusador tentam marcar pontos a seu favor a fim de

comprovarem suas teses Soacute que o empate daacute o tiacutetulo ao acusado

CUIDADO Existem hipoacuteteses em que o Juiz natildeo decidiraacute de acordo com

princiacutepio do in dubio pro reo mas pelo princiacutepio do in dubio pro societate

Por exemplo nas decisotildees de recebimento de denuacutencia ou queixa e na

decisatildeo de pronuacutencia no processo de competecircncia do Juacuteri o Juiz decide

contrariamente ao reacuteu (recebe a denuacutencia ou queixa no primeiro caso e

pronuncia o reacuteu no segundo) com base apenas em indiacutecios de autoria e

prova da materialidade Ou seja nesses casos mesmo o Juiz tendo

duacutevidas quanto agrave culpabilidade do reacuteu deveraacute decidir contrariamente a

ele e em favor da sociedade pois destas decisotildees natildeo haacute consequecircncias

para o reacuteu permitindo-se apenas que seja iniciado o processo ou a fase

processual na qual seratildeo produzidas as provas necessaacuterias agrave elucidaccedilatildeo

dos fatos

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Desta maneira sendo este um princiacutepio de ordem

Constitucional deve a legislaccedilatildeo infraconstitucional

(especialmente o CP e o CPP) respeitaacute-lo sob pena de violaccedilatildeo agrave

Constituiccedilatildeo Portanto uma lei que dissesse por exemplo que o

cumprimento de pena se daria a partir da sentenccedila em primeira instacircncia

seria inconstitucional pois a Constituiccedilatildeo afirma que o acusado ainda natildeo

eacute considerado culpado nessa hipoacutetese

CUIDADO A existecircncia de prisotildees

provisoacuterias (prisotildees decretadas no curso

do processo) natildeo ofende a presunccedilatildeo de

inocecircncia pois nesse caso natildeo se trata de

uma prisatildeo como cumprimento de pena mas

sim de uma prisatildeo cautelar ou seja para

garantir que o processo penal seja

devidamente instruiacutedo ou eventual sentenccedila

condenatoacuteria seja cumprida Por exemplo Se

o reacuteu estaacute dando sinais de que vai fugir (tirou

passaporte recentemente) e o Juiz decreta

sua prisatildeo preventiva o faz natildeo por

consideraacute-lo culpado mas para garantir que

caso seja condenado cumpra a pena Vocecircs

veratildeo mais sobre isso na aula sobre Prisatildeo e

Liberdade Provisoacuteria

Vou transcrever para vocecircs agora alguns pontos que satildeo polecircmicos e

a respectiva posiccedilatildeo dos Tribunais Superiores pois isto eacute importante

Processos criminais em curso e inqueacuteritos policiais em

face do acusado podem ser considerados maus

antecedentes Segundo o STJ natildeo pois em nenhum deles o

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acusado foi condenado de maneira irrecorriacutevel logo natildeo pode

ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequecircncia em

relaccedilatildeo a eles

Regressatildeo de regime de cumprimento da pena ndash O STJ e

o STF entendem que NAtildeO HAacute NECESSIDADE DE

CONDENACcedilAtildeO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que

o preso sofra a regressatildeo do regime de cumprimento de pena

mais brando para o mais severo (do semi-aberto para o

fechado por exemplo) Nesses casos basta que o preso

tenha cometido novo crime doloso ou falta grave durante

o cumprimento da pena pelo crime antigo para que haja a

regressatildeo nos termos do art 118 I da Lei 721084 (Lei de

Execuccedilotildees Penais) natildeo havendo necessidade sequer de que

tenha havido condenaccedilatildeo criminal ou administrativa A

Jurisprudecircncia entende que esse artigo da LEP natildeo ofende a

Constituiccedilatildeo

Revogaccedilatildeo do benefiacutecio da suspensatildeo condicional do

processo em razatildeo do cometimento de crime ndash Prevecirc a Lei

909995 que em determinados crimes de menor potencial

ofensivo pode ser o processo criminal suspenso por

determinado devendo o reacuteu cumprir algumas obrigaccedilotildees

durante este prazo (dentre elas natildeo cometer novo crime)

findo o qual estaraacute extinta sua punibilidade Nesse caso o STF

e o STJ entendem que descoberta a praacutetica de crime pelo

acusado beneficiado com a suspensatildeo do processo este

benefiacutecio deve ser revogado por ter sido descumprida uma das

condiccedilotildees natildeo havendo necessidade de tracircnsito em

julgado da sentenccedila condenatoacuteria do crime novo

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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Estado natildeo considera mais a conduta como tatildeo grave a ponto de merecer

uma puniccedilatildeo criminal

ATENCcedilAtildeO No caso das Leis temporaacuterias a

lei continuaraacute a produzir seus efeitos mesmo

apoacutes o teacutermino de sua vigecircncia caso

contraacuterio perderia sua razatildeo de ser O caso

mais claacutessico eacute o da lei seca para o dia das

eleiccedilotildees Nesse dia o consumo de bebida

alcooacutelica eacute proibido durante certo horaacuterio

Apoacutes o teacutermino das eleiccedilotildees a ingestatildeo de

bebida alcooacutelica passa a natildeo ser mais crime

novamente Entretanto natildeo houve abolitio

criminis houve apenas o teacutermino do

lapso temporal em que a proibiccedilatildeo

vigora Somente haveria abolitio criminis

caso a lei que proiacutebe a ingestatildeo de bebidas

alcooacutelicas no dia da eleiccedilatildeo fosse revogada o

que natildeo ocorreu Estudaremos melhor este

assunto quando analisarmos a aplicaccedilatildeo da

Lei Penal no tempo

A legalidade (reserva legal e anterioridade) satildeo garantias para os

cidadatildeos pois visam a impedir que o Estado os surpreenda com a

criminalizaccedilatildeo de uma conduta apoacutes a praacutetica do ato Pensem como seria

nossa vida se pudeacutessemos amanhatilde sermos punidos pela praacutetica de um

ato que hoje natildeo eacute considerado crime Como poderiacuteamos viver sem

saber se amanhatilde ou depois aquela conduta seria considerada crime noacutes

poderiacuteamos ser condenados e punidos por ela Impossiacutevel viver assim

Assim

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Legalidade = Anterioridade + Reserva Legal

NAtildeO SE ESQUECcedilAM Trata-se de um princiacutepio com duas vertentes

II ndash PRINCIacutePIO DA INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DA PENA

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVI

XLVI - a lei regularaacute a individualizaccedilatildeo da pena e adotaraacute entre outras as

seguintes

A individualizaccedilatildeo da pena eacute feita em trecircs fases distintas

Legislativa judicial e administrativa

Na esfera legislativa a individualizaccedilatildeo da pena se daacute atraveacutes da

cominaccedilatildeo de puniccedilotildees proporcionais agrave gravidade dos crimes e com o

estabelecimento de penas miacutenimas e maacuteximas a serem aplicadas pelo

Judiciaacuterio considerando as circunstacircncias do fato e as caracteriacutesticas do

criminoso

Na fase judicial a individualizaccedilatildeo da pena eacute feita com base na

anaacutelise pelo magistrado das circunstacircncias do crime dos antecedentes

do reacuteu etc Nessa fase a individualizaccedilatildeo da pena sai do plano

meramente abstrato e vai para o plano concreto devendo o Juiz fixar a

pena de acordo com as peculiaridades do caso (Tipo de pena a ser

aplicada quantificaccedilatildeo da pena forma de cumprimento etc) tudo para

que ela seja a mais apropriada para cada reacuteu de forma a cumprir seu

papel ressocializador-educativo e punitivo

Na terceira e uacuteltima fase a individualizaccedilatildeo eacute feita na execuccedilatildeo da

pena a parte administrativa Assim questotildees como progressatildeo de

regime concessatildeo de saiacutedas eventuais do local de cumprimento da pena

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e outras seratildeo decididas pelo Juiz da execuccedilatildeo penal tambeacutem de forma

individual de acordo com as peculiaridades de cada detento

Por esta razatildeo em 2006 o STF declarou a inconstitucionalidade do

artigo da Lei de Crimes Hediondos (Lei 807890) que previa a

impossibilidade de progressatildeo de regime nesses casos nos quais o reacuteu

deveria cumprir a pena em regime integralmente fechado O STF

entendeu que a terceira fase de individualizaccedilatildeo da pena havia sido

suprimida violando o princiacutepio constitucional

Outra indicaccedilatildeo clara de individualizaccedilatildeo da pena na fase de

execuccedilatildeo estaacute no artigo 5deg XLVIII da Constituiccedilatildeo que estabelece o

cumprimento da pena em estabelecimentos distintos de acordo com as

caracteriacutesticas do preso Vejamos

XLVIII - a pena seraacute cumprida em estabelecimentos distintos de acordo com

a natureza do delito a idade e o sexo do apenado

III ndash PRINCIacutePIO DA INTRANSCENDEcircNCIA DA PENA (OU

PRINCIacutePIO DA PERSONIFICACcedilAtildeO DA PENA OU PRINCIacutePIO DA

RESPONSABILIDADE PESSOAL DA PENA)

Este princiacutepio constitucional do Direito Penal estaacute previsto no art 5deg

XLV da Constituiccedilatildeo Federal

XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do condenado podendo a

obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do perdimento de bens ser nos

termos da lei estendidas aos sucessores e contra eles executadas ateacute o

limite do valor do patrimocircnio transferido (grifo nosso)

Esse princiacutepio impede que a pena ultrapasse a pessoa do infrator

EXEMPLO Se Paulo comete um crime e morre em seguida estaacute extinta

a punibilidade ou seja o Estado natildeo pode mais punir em razatildeo do crime

praticado pois a morte do infrator eacute uma das causas de extinccedilatildeo do

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poder punitivo do Estado

Entretanto como vocecircs podem extrair da proacutepria redaccedilatildeo do

dispositivo constitucional isso natildeo impede que os sucessores do

condenado falecido sejam obrigados a reparar os danos civis causados

pelo fato Explico

EXEMPLO Roberto mata Mauriacutecio cometendo o crime previsto no art

121 do Coacutedigo Penal (Homiciacutedio) Roberto eacute condenado a 15 anos de

prisatildeo e na esfera ciacutevel eacute condenado ao pagamento de R$

10000000 (Cem mil reais) a tiacutetulo de indenizaccedilatildeo ao filho de

Mauriacutecio Durante a execuccedilatildeo da pena criminal Roberto vem a falecer

Embora a pena privativa de liberdade esteja extinta pela morte do

infrator a obrigaccedilatildeo de reparar o dano poderaacute ser repassada aos

herdeiros ateacute o limite do patrimocircnio deixado pelo infrator falecido

Assim se Roberto deixou um patrimocircnio de R$ 50000000

(Quinhentos mil reais) desse valor que jaacute pertence aos herdeiros (pelo

princiacutepio da saisine do Direito das Sucessotildees) poderaacute ser debitado os R$

10000000 (cem mil reais) que Roberto foi condenado a pagar ao filho de

Mauriacutecio Se poreacutem o patrimocircnio deixado por Roberto eacute de apenas R$

3000000 (Trinta mil reais) esse eacute o limite ao qual os herdeiros estatildeo

obrigados

Desta forma tecnicamente falando os herdeiros natildeo satildeo

responsabilizados pelo crime de Roberto pois natildeo respondem com

seu proacuteprio patrimocircnio apenas com o patrimocircnio eventualmente deixado

pelo de cujus

CUIDADO A multa natildeo eacute ldquoobrigaccedilatildeo de reparar o danordquo pois natildeo se

destina agrave viacutetima A multa eacute espeacutecie de PENA e portanto natildeo pode ser

executada em face dos herdeiros ainda que haja transferecircncia de

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patrimocircnio Neste caso com a morte do infrator extingue-se a

punibilidade natildeo podendo ser executada a pena de multa

IV ndash PRINCIacutePIO DA LIMITACcedilAtildeO DAS PENAS OU DA HUMANIDADE

DAS PENAS

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVII que

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Podemos perceber caros concurseiros que determinados tipos de

pena satildeo terminantemente proibidos pela Constituiccedilatildeo Federal

No caso da pena de morte a Constituiccedilatildeo estabelece uma uacutenica

exceccedilatildeo No caso de guerra declarada eacute possiacutevel a aplicaccedilatildeo de pena de

morte por crimes cometidos em razatildeo da guerra Isso natildeo quer dizer que

basta que o paiacutes esteja em guerra para que se viabilize a aplicaccedilatildeo da

pena de morte em qualquer caso Natildeo pode o legislador por exemplo

editar uma lei estabelecendo que os furtos cometidos durante estado de

guerra seratildeo punidos com pena de morte pois isso natildeo guarda qualquer

razoabilidade Esta ressalva eacute direcionada precipuamente aos crimes

militares

A vedaccedilatildeo agrave pena de trabalhos forccedilados impede por exemplo que o

preso seja obrigado a trabalhar sem remuneraccedilatildeo Assim ao preso que

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trabalha no estabelecimento prisional eacute garantida remuneraccedilatildeo mensal e

abatimento no tempo de cumprimento da pena

A prisatildeo perpeacutetua tambeacutem eacute inadmissiacutevel no Direito brasileiro

Em razatildeo disso uma lei que preveja a pena miacutenima para um crime em 60

anos por exemplo estaria violando o princiacutepio da vedaccedilatildeo agrave prisatildeo

perpeacutetua por se tratar de uma burla ao princiacutepio jaacute que a idade miacutenima

para aplicaccedilatildeo da pena eacute 18 anos Logo se o preso tiver que ficar no

miacutenimo 60 anos preso ele ficaraacute ateacute os 78 anos preso o que significa

na praacutetica prisatildeo perpeacutetua

Cuidado Esta vedaccedilatildeo eacute claacuteusula

peacutetrea Trata-se de direitos fundamentais

do cidadatildeo que natildeo podem ser restringidos

ou abolidos por emenda constitucional

Desta forma apenas com o advento de

uma nova Constituiccedilatildeo seria possiacutevel

falarmos em aplicaccedilatildeo destas penas no

Brasil

V ndash PRESUNCcedilAtildeO DE INOCEcircNCIA OU PRESUNCcedilAtildeO DE NAtildeO

CULPABILIDADE

A Presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o maior pilar de um Estado

Democraacutetico de Direito pois segundo este princiacutepio nenhuma pessoa

pode ser considerada culpada (e sofrer as consequecircncias disto) antes do

tracircnsito em julgado se sentenccedila penal condenatoacuteria Nos termos do art

5deg LVII da CRFB88

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de

sentenccedila penal condenatoacuteria

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O que eacute tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Eacute a situaccedilatildeo na qual a sentenccedila proferida no processo criminal

condenando o reacuteu natildeo pode mais ser modificada atraveacutes de recurso

Assim enquanto natildeo houver uma sentenccedila criminal condenatoacuteria

irrecorriacutevel o acusado natildeo pode ser considerado culpado e portanto

natildeo pode sofrer as consequecircncias da condenaccedilatildeo

Desse princiacutepio decorre que o ocircnus (obrigaccedilatildeo) da prova cabe

ao acusador (MP ou ofendido conforme o caso) O reacuteu eacute desde o

comeccedilo inocente ateacute que o acusador prove sua culpa

Em razatildeo dele existe ainda o princiacutepio do in dubio pro reo ou favor

rei segundo o qual durante o processo (inclusive na sentenccedila) havendo

duacutevidas acerca da culpa ou natildeo do acusado deveraacute o Juiz decidir em

favor deste pois sua culpa natildeo foi cabalmente comprovada

Resumindo para vocecircs gravarem O Processo Penal eacute um jogo no

qual o acusado e o acusador tentam marcar pontos a seu favor a fim de

comprovarem suas teses Soacute que o empate daacute o tiacutetulo ao acusado

CUIDADO Existem hipoacuteteses em que o Juiz natildeo decidiraacute de acordo com

princiacutepio do in dubio pro reo mas pelo princiacutepio do in dubio pro societate

Por exemplo nas decisotildees de recebimento de denuacutencia ou queixa e na

decisatildeo de pronuacutencia no processo de competecircncia do Juacuteri o Juiz decide

contrariamente ao reacuteu (recebe a denuacutencia ou queixa no primeiro caso e

pronuncia o reacuteu no segundo) com base apenas em indiacutecios de autoria e

prova da materialidade Ou seja nesses casos mesmo o Juiz tendo

duacutevidas quanto agrave culpabilidade do reacuteu deveraacute decidir contrariamente a

ele e em favor da sociedade pois destas decisotildees natildeo haacute consequecircncias

para o reacuteu permitindo-se apenas que seja iniciado o processo ou a fase

processual na qual seratildeo produzidas as provas necessaacuterias agrave elucidaccedilatildeo

dos fatos

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Desta maneira sendo este um princiacutepio de ordem

Constitucional deve a legislaccedilatildeo infraconstitucional

(especialmente o CP e o CPP) respeitaacute-lo sob pena de violaccedilatildeo agrave

Constituiccedilatildeo Portanto uma lei que dissesse por exemplo que o

cumprimento de pena se daria a partir da sentenccedila em primeira instacircncia

seria inconstitucional pois a Constituiccedilatildeo afirma que o acusado ainda natildeo

eacute considerado culpado nessa hipoacutetese

CUIDADO A existecircncia de prisotildees

provisoacuterias (prisotildees decretadas no curso

do processo) natildeo ofende a presunccedilatildeo de

inocecircncia pois nesse caso natildeo se trata de

uma prisatildeo como cumprimento de pena mas

sim de uma prisatildeo cautelar ou seja para

garantir que o processo penal seja

devidamente instruiacutedo ou eventual sentenccedila

condenatoacuteria seja cumprida Por exemplo Se

o reacuteu estaacute dando sinais de que vai fugir (tirou

passaporte recentemente) e o Juiz decreta

sua prisatildeo preventiva o faz natildeo por

consideraacute-lo culpado mas para garantir que

caso seja condenado cumpra a pena Vocecircs

veratildeo mais sobre isso na aula sobre Prisatildeo e

Liberdade Provisoacuteria

Vou transcrever para vocecircs agora alguns pontos que satildeo polecircmicos e

a respectiva posiccedilatildeo dos Tribunais Superiores pois isto eacute importante

Processos criminais em curso e inqueacuteritos policiais em

face do acusado podem ser considerados maus

antecedentes Segundo o STJ natildeo pois em nenhum deles o

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acusado foi condenado de maneira irrecorriacutevel logo natildeo pode

ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequecircncia em

relaccedilatildeo a eles

Regressatildeo de regime de cumprimento da pena ndash O STJ e

o STF entendem que NAtildeO HAacute NECESSIDADE DE

CONDENACcedilAtildeO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que

o preso sofra a regressatildeo do regime de cumprimento de pena

mais brando para o mais severo (do semi-aberto para o

fechado por exemplo) Nesses casos basta que o preso

tenha cometido novo crime doloso ou falta grave durante

o cumprimento da pena pelo crime antigo para que haja a

regressatildeo nos termos do art 118 I da Lei 721084 (Lei de

Execuccedilotildees Penais) natildeo havendo necessidade sequer de que

tenha havido condenaccedilatildeo criminal ou administrativa A

Jurisprudecircncia entende que esse artigo da LEP natildeo ofende a

Constituiccedilatildeo

Revogaccedilatildeo do benefiacutecio da suspensatildeo condicional do

processo em razatildeo do cometimento de crime ndash Prevecirc a Lei

909995 que em determinados crimes de menor potencial

ofensivo pode ser o processo criminal suspenso por

determinado devendo o reacuteu cumprir algumas obrigaccedilotildees

durante este prazo (dentre elas natildeo cometer novo crime)

findo o qual estaraacute extinta sua punibilidade Nesse caso o STF

e o STJ entendem que descoberta a praacutetica de crime pelo

acusado beneficiado com a suspensatildeo do processo este

benefiacutecio deve ser revogado por ter sido descumprida uma das

condiccedilotildees natildeo havendo necessidade de tracircnsito em

julgado da sentenccedila condenatoacuteria do crime novo

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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Legalidade = Anterioridade + Reserva Legal

NAtildeO SE ESQUECcedilAM Trata-se de um princiacutepio com duas vertentes

II ndash PRINCIacutePIO DA INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DA PENA

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVI

XLVI - a lei regularaacute a individualizaccedilatildeo da pena e adotaraacute entre outras as

seguintes

A individualizaccedilatildeo da pena eacute feita em trecircs fases distintas

Legislativa judicial e administrativa

Na esfera legislativa a individualizaccedilatildeo da pena se daacute atraveacutes da

cominaccedilatildeo de puniccedilotildees proporcionais agrave gravidade dos crimes e com o

estabelecimento de penas miacutenimas e maacuteximas a serem aplicadas pelo

Judiciaacuterio considerando as circunstacircncias do fato e as caracteriacutesticas do

criminoso

Na fase judicial a individualizaccedilatildeo da pena eacute feita com base na

anaacutelise pelo magistrado das circunstacircncias do crime dos antecedentes

do reacuteu etc Nessa fase a individualizaccedilatildeo da pena sai do plano

meramente abstrato e vai para o plano concreto devendo o Juiz fixar a

pena de acordo com as peculiaridades do caso (Tipo de pena a ser

aplicada quantificaccedilatildeo da pena forma de cumprimento etc) tudo para

que ela seja a mais apropriada para cada reacuteu de forma a cumprir seu

papel ressocializador-educativo e punitivo

Na terceira e uacuteltima fase a individualizaccedilatildeo eacute feita na execuccedilatildeo da

pena a parte administrativa Assim questotildees como progressatildeo de

regime concessatildeo de saiacutedas eventuais do local de cumprimento da pena

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e outras seratildeo decididas pelo Juiz da execuccedilatildeo penal tambeacutem de forma

individual de acordo com as peculiaridades de cada detento

Por esta razatildeo em 2006 o STF declarou a inconstitucionalidade do

artigo da Lei de Crimes Hediondos (Lei 807890) que previa a

impossibilidade de progressatildeo de regime nesses casos nos quais o reacuteu

deveria cumprir a pena em regime integralmente fechado O STF

entendeu que a terceira fase de individualizaccedilatildeo da pena havia sido

suprimida violando o princiacutepio constitucional

Outra indicaccedilatildeo clara de individualizaccedilatildeo da pena na fase de

execuccedilatildeo estaacute no artigo 5deg XLVIII da Constituiccedilatildeo que estabelece o

cumprimento da pena em estabelecimentos distintos de acordo com as

caracteriacutesticas do preso Vejamos

XLVIII - a pena seraacute cumprida em estabelecimentos distintos de acordo com

a natureza do delito a idade e o sexo do apenado

III ndash PRINCIacutePIO DA INTRANSCENDEcircNCIA DA PENA (OU

PRINCIacutePIO DA PERSONIFICACcedilAtildeO DA PENA OU PRINCIacutePIO DA

RESPONSABILIDADE PESSOAL DA PENA)

Este princiacutepio constitucional do Direito Penal estaacute previsto no art 5deg

XLV da Constituiccedilatildeo Federal

XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do condenado podendo a

obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do perdimento de bens ser nos

termos da lei estendidas aos sucessores e contra eles executadas ateacute o

limite do valor do patrimocircnio transferido (grifo nosso)

Esse princiacutepio impede que a pena ultrapasse a pessoa do infrator

EXEMPLO Se Paulo comete um crime e morre em seguida estaacute extinta

a punibilidade ou seja o Estado natildeo pode mais punir em razatildeo do crime

praticado pois a morte do infrator eacute uma das causas de extinccedilatildeo do

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poder punitivo do Estado

Entretanto como vocecircs podem extrair da proacutepria redaccedilatildeo do

dispositivo constitucional isso natildeo impede que os sucessores do

condenado falecido sejam obrigados a reparar os danos civis causados

pelo fato Explico

EXEMPLO Roberto mata Mauriacutecio cometendo o crime previsto no art

121 do Coacutedigo Penal (Homiciacutedio) Roberto eacute condenado a 15 anos de

prisatildeo e na esfera ciacutevel eacute condenado ao pagamento de R$

10000000 (Cem mil reais) a tiacutetulo de indenizaccedilatildeo ao filho de

Mauriacutecio Durante a execuccedilatildeo da pena criminal Roberto vem a falecer

Embora a pena privativa de liberdade esteja extinta pela morte do

infrator a obrigaccedilatildeo de reparar o dano poderaacute ser repassada aos

herdeiros ateacute o limite do patrimocircnio deixado pelo infrator falecido

Assim se Roberto deixou um patrimocircnio de R$ 50000000

(Quinhentos mil reais) desse valor que jaacute pertence aos herdeiros (pelo

princiacutepio da saisine do Direito das Sucessotildees) poderaacute ser debitado os R$

10000000 (cem mil reais) que Roberto foi condenado a pagar ao filho de

Mauriacutecio Se poreacutem o patrimocircnio deixado por Roberto eacute de apenas R$

3000000 (Trinta mil reais) esse eacute o limite ao qual os herdeiros estatildeo

obrigados

Desta forma tecnicamente falando os herdeiros natildeo satildeo

responsabilizados pelo crime de Roberto pois natildeo respondem com

seu proacuteprio patrimocircnio apenas com o patrimocircnio eventualmente deixado

pelo de cujus

CUIDADO A multa natildeo eacute ldquoobrigaccedilatildeo de reparar o danordquo pois natildeo se

destina agrave viacutetima A multa eacute espeacutecie de PENA e portanto natildeo pode ser

executada em face dos herdeiros ainda que haja transferecircncia de

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patrimocircnio Neste caso com a morte do infrator extingue-se a

punibilidade natildeo podendo ser executada a pena de multa

IV ndash PRINCIacutePIO DA LIMITACcedilAtildeO DAS PENAS OU DA HUMANIDADE

DAS PENAS

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVII que

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Podemos perceber caros concurseiros que determinados tipos de

pena satildeo terminantemente proibidos pela Constituiccedilatildeo Federal

No caso da pena de morte a Constituiccedilatildeo estabelece uma uacutenica

exceccedilatildeo No caso de guerra declarada eacute possiacutevel a aplicaccedilatildeo de pena de

morte por crimes cometidos em razatildeo da guerra Isso natildeo quer dizer que

basta que o paiacutes esteja em guerra para que se viabilize a aplicaccedilatildeo da

pena de morte em qualquer caso Natildeo pode o legislador por exemplo

editar uma lei estabelecendo que os furtos cometidos durante estado de

guerra seratildeo punidos com pena de morte pois isso natildeo guarda qualquer

razoabilidade Esta ressalva eacute direcionada precipuamente aos crimes

militares

A vedaccedilatildeo agrave pena de trabalhos forccedilados impede por exemplo que o

preso seja obrigado a trabalhar sem remuneraccedilatildeo Assim ao preso que

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trabalha no estabelecimento prisional eacute garantida remuneraccedilatildeo mensal e

abatimento no tempo de cumprimento da pena

A prisatildeo perpeacutetua tambeacutem eacute inadmissiacutevel no Direito brasileiro

Em razatildeo disso uma lei que preveja a pena miacutenima para um crime em 60

anos por exemplo estaria violando o princiacutepio da vedaccedilatildeo agrave prisatildeo

perpeacutetua por se tratar de uma burla ao princiacutepio jaacute que a idade miacutenima

para aplicaccedilatildeo da pena eacute 18 anos Logo se o preso tiver que ficar no

miacutenimo 60 anos preso ele ficaraacute ateacute os 78 anos preso o que significa

na praacutetica prisatildeo perpeacutetua

Cuidado Esta vedaccedilatildeo eacute claacuteusula

peacutetrea Trata-se de direitos fundamentais

do cidadatildeo que natildeo podem ser restringidos

ou abolidos por emenda constitucional

Desta forma apenas com o advento de

uma nova Constituiccedilatildeo seria possiacutevel

falarmos em aplicaccedilatildeo destas penas no

Brasil

V ndash PRESUNCcedilAtildeO DE INOCEcircNCIA OU PRESUNCcedilAtildeO DE NAtildeO

CULPABILIDADE

A Presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o maior pilar de um Estado

Democraacutetico de Direito pois segundo este princiacutepio nenhuma pessoa

pode ser considerada culpada (e sofrer as consequecircncias disto) antes do

tracircnsito em julgado se sentenccedila penal condenatoacuteria Nos termos do art

5deg LVII da CRFB88

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de

sentenccedila penal condenatoacuteria

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O que eacute tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Eacute a situaccedilatildeo na qual a sentenccedila proferida no processo criminal

condenando o reacuteu natildeo pode mais ser modificada atraveacutes de recurso

Assim enquanto natildeo houver uma sentenccedila criminal condenatoacuteria

irrecorriacutevel o acusado natildeo pode ser considerado culpado e portanto

natildeo pode sofrer as consequecircncias da condenaccedilatildeo

Desse princiacutepio decorre que o ocircnus (obrigaccedilatildeo) da prova cabe

ao acusador (MP ou ofendido conforme o caso) O reacuteu eacute desde o

comeccedilo inocente ateacute que o acusador prove sua culpa

Em razatildeo dele existe ainda o princiacutepio do in dubio pro reo ou favor

rei segundo o qual durante o processo (inclusive na sentenccedila) havendo

duacutevidas acerca da culpa ou natildeo do acusado deveraacute o Juiz decidir em

favor deste pois sua culpa natildeo foi cabalmente comprovada

Resumindo para vocecircs gravarem O Processo Penal eacute um jogo no

qual o acusado e o acusador tentam marcar pontos a seu favor a fim de

comprovarem suas teses Soacute que o empate daacute o tiacutetulo ao acusado

CUIDADO Existem hipoacuteteses em que o Juiz natildeo decidiraacute de acordo com

princiacutepio do in dubio pro reo mas pelo princiacutepio do in dubio pro societate

Por exemplo nas decisotildees de recebimento de denuacutencia ou queixa e na

decisatildeo de pronuacutencia no processo de competecircncia do Juacuteri o Juiz decide

contrariamente ao reacuteu (recebe a denuacutencia ou queixa no primeiro caso e

pronuncia o reacuteu no segundo) com base apenas em indiacutecios de autoria e

prova da materialidade Ou seja nesses casos mesmo o Juiz tendo

duacutevidas quanto agrave culpabilidade do reacuteu deveraacute decidir contrariamente a

ele e em favor da sociedade pois destas decisotildees natildeo haacute consequecircncias

para o reacuteu permitindo-se apenas que seja iniciado o processo ou a fase

processual na qual seratildeo produzidas as provas necessaacuterias agrave elucidaccedilatildeo

dos fatos

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Desta maneira sendo este um princiacutepio de ordem

Constitucional deve a legislaccedilatildeo infraconstitucional

(especialmente o CP e o CPP) respeitaacute-lo sob pena de violaccedilatildeo agrave

Constituiccedilatildeo Portanto uma lei que dissesse por exemplo que o

cumprimento de pena se daria a partir da sentenccedila em primeira instacircncia

seria inconstitucional pois a Constituiccedilatildeo afirma que o acusado ainda natildeo

eacute considerado culpado nessa hipoacutetese

CUIDADO A existecircncia de prisotildees

provisoacuterias (prisotildees decretadas no curso

do processo) natildeo ofende a presunccedilatildeo de

inocecircncia pois nesse caso natildeo se trata de

uma prisatildeo como cumprimento de pena mas

sim de uma prisatildeo cautelar ou seja para

garantir que o processo penal seja

devidamente instruiacutedo ou eventual sentenccedila

condenatoacuteria seja cumprida Por exemplo Se

o reacuteu estaacute dando sinais de que vai fugir (tirou

passaporte recentemente) e o Juiz decreta

sua prisatildeo preventiva o faz natildeo por

consideraacute-lo culpado mas para garantir que

caso seja condenado cumpra a pena Vocecircs

veratildeo mais sobre isso na aula sobre Prisatildeo e

Liberdade Provisoacuteria

Vou transcrever para vocecircs agora alguns pontos que satildeo polecircmicos e

a respectiva posiccedilatildeo dos Tribunais Superiores pois isto eacute importante

Processos criminais em curso e inqueacuteritos policiais em

face do acusado podem ser considerados maus

antecedentes Segundo o STJ natildeo pois em nenhum deles o

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acusado foi condenado de maneira irrecorriacutevel logo natildeo pode

ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequecircncia em

relaccedilatildeo a eles

Regressatildeo de regime de cumprimento da pena ndash O STJ e

o STF entendem que NAtildeO HAacute NECESSIDADE DE

CONDENACcedilAtildeO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que

o preso sofra a regressatildeo do regime de cumprimento de pena

mais brando para o mais severo (do semi-aberto para o

fechado por exemplo) Nesses casos basta que o preso

tenha cometido novo crime doloso ou falta grave durante

o cumprimento da pena pelo crime antigo para que haja a

regressatildeo nos termos do art 118 I da Lei 721084 (Lei de

Execuccedilotildees Penais) natildeo havendo necessidade sequer de que

tenha havido condenaccedilatildeo criminal ou administrativa A

Jurisprudecircncia entende que esse artigo da LEP natildeo ofende a

Constituiccedilatildeo

Revogaccedilatildeo do benefiacutecio da suspensatildeo condicional do

processo em razatildeo do cometimento de crime ndash Prevecirc a Lei

909995 que em determinados crimes de menor potencial

ofensivo pode ser o processo criminal suspenso por

determinado devendo o reacuteu cumprir algumas obrigaccedilotildees

durante este prazo (dentre elas natildeo cometer novo crime)

findo o qual estaraacute extinta sua punibilidade Nesse caso o STF

e o STJ entendem que descoberta a praacutetica de crime pelo

acusado beneficiado com a suspensatildeo do processo este

benefiacutecio deve ser revogado por ter sido descumprida uma das

condiccedilotildees natildeo havendo necessidade de tracircnsito em

julgado da sentenccedila condenatoacuteria do crime novo

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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e outras seratildeo decididas pelo Juiz da execuccedilatildeo penal tambeacutem de forma

individual de acordo com as peculiaridades de cada detento

Por esta razatildeo em 2006 o STF declarou a inconstitucionalidade do

artigo da Lei de Crimes Hediondos (Lei 807890) que previa a

impossibilidade de progressatildeo de regime nesses casos nos quais o reacuteu

deveria cumprir a pena em regime integralmente fechado O STF

entendeu que a terceira fase de individualizaccedilatildeo da pena havia sido

suprimida violando o princiacutepio constitucional

Outra indicaccedilatildeo clara de individualizaccedilatildeo da pena na fase de

execuccedilatildeo estaacute no artigo 5deg XLVIII da Constituiccedilatildeo que estabelece o

cumprimento da pena em estabelecimentos distintos de acordo com as

caracteriacutesticas do preso Vejamos

XLVIII - a pena seraacute cumprida em estabelecimentos distintos de acordo com

a natureza do delito a idade e o sexo do apenado

III ndash PRINCIacutePIO DA INTRANSCENDEcircNCIA DA PENA (OU

PRINCIacutePIO DA PERSONIFICACcedilAtildeO DA PENA OU PRINCIacutePIO DA

RESPONSABILIDADE PESSOAL DA PENA)

Este princiacutepio constitucional do Direito Penal estaacute previsto no art 5deg

XLV da Constituiccedilatildeo Federal

XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do condenado podendo a

obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do perdimento de bens ser nos

termos da lei estendidas aos sucessores e contra eles executadas ateacute o

limite do valor do patrimocircnio transferido (grifo nosso)

Esse princiacutepio impede que a pena ultrapasse a pessoa do infrator

EXEMPLO Se Paulo comete um crime e morre em seguida estaacute extinta

a punibilidade ou seja o Estado natildeo pode mais punir em razatildeo do crime

praticado pois a morte do infrator eacute uma das causas de extinccedilatildeo do

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poder punitivo do Estado

Entretanto como vocecircs podem extrair da proacutepria redaccedilatildeo do

dispositivo constitucional isso natildeo impede que os sucessores do

condenado falecido sejam obrigados a reparar os danos civis causados

pelo fato Explico

EXEMPLO Roberto mata Mauriacutecio cometendo o crime previsto no art

121 do Coacutedigo Penal (Homiciacutedio) Roberto eacute condenado a 15 anos de

prisatildeo e na esfera ciacutevel eacute condenado ao pagamento de R$

10000000 (Cem mil reais) a tiacutetulo de indenizaccedilatildeo ao filho de

Mauriacutecio Durante a execuccedilatildeo da pena criminal Roberto vem a falecer

Embora a pena privativa de liberdade esteja extinta pela morte do

infrator a obrigaccedilatildeo de reparar o dano poderaacute ser repassada aos

herdeiros ateacute o limite do patrimocircnio deixado pelo infrator falecido

Assim se Roberto deixou um patrimocircnio de R$ 50000000

(Quinhentos mil reais) desse valor que jaacute pertence aos herdeiros (pelo

princiacutepio da saisine do Direito das Sucessotildees) poderaacute ser debitado os R$

10000000 (cem mil reais) que Roberto foi condenado a pagar ao filho de

Mauriacutecio Se poreacutem o patrimocircnio deixado por Roberto eacute de apenas R$

3000000 (Trinta mil reais) esse eacute o limite ao qual os herdeiros estatildeo

obrigados

Desta forma tecnicamente falando os herdeiros natildeo satildeo

responsabilizados pelo crime de Roberto pois natildeo respondem com

seu proacuteprio patrimocircnio apenas com o patrimocircnio eventualmente deixado

pelo de cujus

CUIDADO A multa natildeo eacute ldquoobrigaccedilatildeo de reparar o danordquo pois natildeo se

destina agrave viacutetima A multa eacute espeacutecie de PENA e portanto natildeo pode ser

executada em face dos herdeiros ainda que haja transferecircncia de

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patrimocircnio Neste caso com a morte do infrator extingue-se a

punibilidade natildeo podendo ser executada a pena de multa

IV ndash PRINCIacutePIO DA LIMITACcedilAtildeO DAS PENAS OU DA HUMANIDADE

DAS PENAS

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVII que

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Podemos perceber caros concurseiros que determinados tipos de

pena satildeo terminantemente proibidos pela Constituiccedilatildeo Federal

No caso da pena de morte a Constituiccedilatildeo estabelece uma uacutenica

exceccedilatildeo No caso de guerra declarada eacute possiacutevel a aplicaccedilatildeo de pena de

morte por crimes cometidos em razatildeo da guerra Isso natildeo quer dizer que

basta que o paiacutes esteja em guerra para que se viabilize a aplicaccedilatildeo da

pena de morte em qualquer caso Natildeo pode o legislador por exemplo

editar uma lei estabelecendo que os furtos cometidos durante estado de

guerra seratildeo punidos com pena de morte pois isso natildeo guarda qualquer

razoabilidade Esta ressalva eacute direcionada precipuamente aos crimes

militares

A vedaccedilatildeo agrave pena de trabalhos forccedilados impede por exemplo que o

preso seja obrigado a trabalhar sem remuneraccedilatildeo Assim ao preso que

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trabalha no estabelecimento prisional eacute garantida remuneraccedilatildeo mensal e

abatimento no tempo de cumprimento da pena

A prisatildeo perpeacutetua tambeacutem eacute inadmissiacutevel no Direito brasileiro

Em razatildeo disso uma lei que preveja a pena miacutenima para um crime em 60

anos por exemplo estaria violando o princiacutepio da vedaccedilatildeo agrave prisatildeo

perpeacutetua por se tratar de uma burla ao princiacutepio jaacute que a idade miacutenima

para aplicaccedilatildeo da pena eacute 18 anos Logo se o preso tiver que ficar no

miacutenimo 60 anos preso ele ficaraacute ateacute os 78 anos preso o que significa

na praacutetica prisatildeo perpeacutetua

Cuidado Esta vedaccedilatildeo eacute claacuteusula

peacutetrea Trata-se de direitos fundamentais

do cidadatildeo que natildeo podem ser restringidos

ou abolidos por emenda constitucional

Desta forma apenas com o advento de

uma nova Constituiccedilatildeo seria possiacutevel

falarmos em aplicaccedilatildeo destas penas no

Brasil

V ndash PRESUNCcedilAtildeO DE INOCEcircNCIA OU PRESUNCcedilAtildeO DE NAtildeO

CULPABILIDADE

A Presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o maior pilar de um Estado

Democraacutetico de Direito pois segundo este princiacutepio nenhuma pessoa

pode ser considerada culpada (e sofrer as consequecircncias disto) antes do

tracircnsito em julgado se sentenccedila penal condenatoacuteria Nos termos do art

5deg LVII da CRFB88

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de

sentenccedila penal condenatoacuteria

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O que eacute tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Eacute a situaccedilatildeo na qual a sentenccedila proferida no processo criminal

condenando o reacuteu natildeo pode mais ser modificada atraveacutes de recurso

Assim enquanto natildeo houver uma sentenccedila criminal condenatoacuteria

irrecorriacutevel o acusado natildeo pode ser considerado culpado e portanto

natildeo pode sofrer as consequecircncias da condenaccedilatildeo

Desse princiacutepio decorre que o ocircnus (obrigaccedilatildeo) da prova cabe

ao acusador (MP ou ofendido conforme o caso) O reacuteu eacute desde o

comeccedilo inocente ateacute que o acusador prove sua culpa

Em razatildeo dele existe ainda o princiacutepio do in dubio pro reo ou favor

rei segundo o qual durante o processo (inclusive na sentenccedila) havendo

duacutevidas acerca da culpa ou natildeo do acusado deveraacute o Juiz decidir em

favor deste pois sua culpa natildeo foi cabalmente comprovada

Resumindo para vocecircs gravarem O Processo Penal eacute um jogo no

qual o acusado e o acusador tentam marcar pontos a seu favor a fim de

comprovarem suas teses Soacute que o empate daacute o tiacutetulo ao acusado

CUIDADO Existem hipoacuteteses em que o Juiz natildeo decidiraacute de acordo com

princiacutepio do in dubio pro reo mas pelo princiacutepio do in dubio pro societate

Por exemplo nas decisotildees de recebimento de denuacutencia ou queixa e na

decisatildeo de pronuacutencia no processo de competecircncia do Juacuteri o Juiz decide

contrariamente ao reacuteu (recebe a denuacutencia ou queixa no primeiro caso e

pronuncia o reacuteu no segundo) com base apenas em indiacutecios de autoria e

prova da materialidade Ou seja nesses casos mesmo o Juiz tendo

duacutevidas quanto agrave culpabilidade do reacuteu deveraacute decidir contrariamente a

ele e em favor da sociedade pois destas decisotildees natildeo haacute consequecircncias

para o reacuteu permitindo-se apenas que seja iniciado o processo ou a fase

processual na qual seratildeo produzidas as provas necessaacuterias agrave elucidaccedilatildeo

dos fatos

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Desta maneira sendo este um princiacutepio de ordem

Constitucional deve a legislaccedilatildeo infraconstitucional

(especialmente o CP e o CPP) respeitaacute-lo sob pena de violaccedilatildeo agrave

Constituiccedilatildeo Portanto uma lei que dissesse por exemplo que o

cumprimento de pena se daria a partir da sentenccedila em primeira instacircncia

seria inconstitucional pois a Constituiccedilatildeo afirma que o acusado ainda natildeo

eacute considerado culpado nessa hipoacutetese

CUIDADO A existecircncia de prisotildees

provisoacuterias (prisotildees decretadas no curso

do processo) natildeo ofende a presunccedilatildeo de

inocecircncia pois nesse caso natildeo se trata de

uma prisatildeo como cumprimento de pena mas

sim de uma prisatildeo cautelar ou seja para

garantir que o processo penal seja

devidamente instruiacutedo ou eventual sentenccedila

condenatoacuteria seja cumprida Por exemplo Se

o reacuteu estaacute dando sinais de que vai fugir (tirou

passaporte recentemente) e o Juiz decreta

sua prisatildeo preventiva o faz natildeo por

consideraacute-lo culpado mas para garantir que

caso seja condenado cumpra a pena Vocecircs

veratildeo mais sobre isso na aula sobre Prisatildeo e

Liberdade Provisoacuteria

Vou transcrever para vocecircs agora alguns pontos que satildeo polecircmicos e

a respectiva posiccedilatildeo dos Tribunais Superiores pois isto eacute importante

Processos criminais em curso e inqueacuteritos policiais em

face do acusado podem ser considerados maus

antecedentes Segundo o STJ natildeo pois em nenhum deles o

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acusado foi condenado de maneira irrecorriacutevel logo natildeo pode

ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequecircncia em

relaccedilatildeo a eles

Regressatildeo de regime de cumprimento da pena ndash O STJ e

o STF entendem que NAtildeO HAacute NECESSIDADE DE

CONDENACcedilAtildeO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que

o preso sofra a regressatildeo do regime de cumprimento de pena

mais brando para o mais severo (do semi-aberto para o

fechado por exemplo) Nesses casos basta que o preso

tenha cometido novo crime doloso ou falta grave durante

o cumprimento da pena pelo crime antigo para que haja a

regressatildeo nos termos do art 118 I da Lei 721084 (Lei de

Execuccedilotildees Penais) natildeo havendo necessidade sequer de que

tenha havido condenaccedilatildeo criminal ou administrativa A

Jurisprudecircncia entende que esse artigo da LEP natildeo ofende a

Constituiccedilatildeo

Revogaccedilatildeo do benefiacutecio da suspensatildeo condicional do

processo em razatildeo do cometimento de crime ndash Prevecirc a Lei

909995 que em determinados crimes de menor potencial

ofensivo pode ser o processo criminal suspenso por

determinado devendo o reacuteu cumprir algumas obrigaccedilotildees

durante este prazo (dentre elas natildeo cometer novo crime)

findo o qual estaraacute extinta sua punibilidade Nesse caso o STF

e o STJ entendem que descoberta a praacutetica de crime pelo

acusado beneficiado com a suspensatildeo do processo este

benefiacutecio deve ser revogado por ter sido descumprida uma das

condiccedilotildees natildeo havendo necessidade de tracircnsito em

julgado da sentenccedila condenatoacuteria do crime novo

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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poder punitivo do Estado

Entretanto como vocecircs podem extrair da proacutepria redaccedilatildeo do

dispositivo constitucional isso natildeo impede que os sucessores do

condenado falecido sejam obrigados a reparar os danos civis causados

pelo fato Explico

EXEMPLO Roberto mata Mauriacutecio cometendo o crime previsto no art

121 do Coacutedigo Penal (Homiciacutedio) Roberto eacute condenado a 15 anos de

prisatildeo e na esfera ciacutevel eacute condenado ao pagamento de R$

10000000 (Cem mil reais) a tiacutetulo de indenizaccedilatildeo ao filho de

Mauriacutecio Durante a execuccedilatildeo da pena criminal Roberto vem a falecer

Embora a pena privativa de liberdade esteja extinta pela morte do

infrator a obrigaccedilatildeo de reparar o dano poderaacute ser repassada aos

herdeiros ateacute o limite do patrimocircnio deixado pelo infrator falecido

Assim se Roberto deixou um patrimocircnio de R$ 50000000

(Quinhentos mil reais) desse valor que jaacute pertence aos herdeiros (pelo

princiacutepio da saisine do Direito das Sucessotildees) poderaacute ser debitado os R$

10000000 (cem mil reais) que Roberto foi condenado a pagar ao filho de

Mauriacutecio Se poreacutem o patrimocircnio deixado por Roberto eacute de apenas R$

3000000 (Trinta mil reais) esse eacute o limite ao qual os herdeiros estatildeo

obrigados

Desta forma tecnicamente falando os herdeiros natildeo satildeo

responsabilizados pelo crime de Roberto pois natildeo respondem com

seu proacuteprio patrimocircnio apenas com o patrimocircnio eventualmente deixado

pelo de cujus

CUIDADO A multa natildeo eacute ldquoobrigaccedilatildeo de reparar o danordquo pois natildeo se

destina agrave viacutetima A multa eacute espeacutecie de PENA e portanto natildeo pode ser

executada em face dos herdeiros ainda que haja transferecircncia de

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patrimocircnio Neste caso com a morte do infrator extingue-se a

punibilidade natildeo podendo ser executada a pena de multa

IV ndash PRINCIacutePIO DA LIMITACcedilAtildeO DAS PENAS OU DA HUMANIDADE

DAS PENAS

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVII que

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Podemos perceber caros concurseiros que determinados tipos de

pena satildeo terminantemente proibidos pela Constituiccedilatildeo Federal

No caso da pena de morte a Constituiccedilatildeo estabelece uma uacutenica

exceccedilatildeo No caso de guerra declarada eacute possiacutevel a aplicaccedilatildeo de pena de

morte por crimes cometidos em razatildeo da guerra Isso natildeo quer dizer que

basta que o paiacutes esteja em guerra para que se viabilize a aplicaccedilatildeo da

pena de morte em qualquer caso Natildeo pode o legislador por exemplo

editar uma lei estabelecendo que os furtos cometidos durante estado de

guerra seratildeo punidos com pena de morte pois isso natildeo guarda qualquer

razoabilidade Esta ressalva eacute direcionada precipuamente aos crimes

militares

A vedaccedilatildeo agrave pena de trabalhos forccedilados impede por exemplo que o

preso seja obrigado a trabalhar sem remuneraccedilatildeo Assim ao preso que

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trabalha no estabelecimento prisional eacute garantida remuneraccedilatildeo mensal e

abatimento no tempo de cumprimento da pena

A prisatildeo perpeacutetua tambeacutem eacute inadmissiacutevel no Direito brasileiro

Em razatildeo disso uma lei que preveja a pena miacutenima para um crime em 60

anos por exemplo estaria violando o princiacutepio da vedaccedilatildeo agrave prisatildeo

perpeacutetua por se tratar de uma burla ao princiacutepio jaacute que a idade miacutenima

para aplicaccedilatildeo da pena eacute 18 anos Logo se o preso tiver que ficar no

miacutenimo 60 anos preso ele ficaraacute ateacute os 78 anos preso o que significa

na praacutetica prisatildeo perpeacutetua

Cuidado Esta vedaccedilatildeo eacute claacuteusula

peacutetrea Trata-se de direitos fundamentais

do cidadatildeo que natildeo podem ser restringidos

ou abolidos por emenda constitucional

Desta forma apenas com o advento de

uma nova Constituiccedilatildeo seria possiacutevel

falarmos em aplicaccedilatildeo destas penas no

Brasil

V ndash PRESUNCcedilAtildeO DE INOCEcircNCIA OU PRESUNCcedilAtildeO DE NAtildeO

CULPABILIDADE

A Presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o maior pilar de um Estado

Democraacutetico de Direito pois segundo este princiacutepio nenhuma pessoa

pode ser considerada culpada (e sofrer as consequecircncias disto) antes do

tracircnsito em julgado se sentenccedila penal condenatoacuteria Nos termos do art

5deg LVII da CRFB88

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de

sentenccedila penal condenatoacuteria

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O que eacute tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Eacute a situaccedilatildeo na qual a sentenccedila proferida no processo criminal

condenando o reacuteu natildeo pode mais ser modificada atraveacutes de recurso

Assim enquanto natildeo houver uma sentenccedila criminal condenatoacuteria

irrecorriacutevel o acusado natildeo pode ser considerado culpado e portanto

natildeo pode sofrer as consequecircncias da condenaccedilatildeo

Desse princiacutepio decorre que o ocircnus (obrigaccedilatildeo) da prova cabe

ao acusador (MP ou ofendido conforme o caso) O reacuteu eacute desde o

comeccedilo inocente ateacute que o acusador prove sua culpa

Em razatildeo dele existe ainda o princiacutepio do in dubio pro reo ou favor

rei segundo o qual durante o processo (inclusive na sentenccedila) havendo

duacutevidas acerca da culpa ou natildeo do acusado deveraacute o Juiz decidir em

favor deste pois sua culpa natildeo foi cabalmente comprovada

Resumindo para vocecircs gravarem O Processo Penal eacute um jogo no

qual o acusado e o acusador tentam marcar pontos a seu favor a fim de

comprovarem suas teses Soacute que o empate daacute o tiacutetulo ao acusado

CUIDADO Existem hipoacuteteses em que o Juiz natildeo decidiraacute de acordo com

princiacutepio do in dubio pro reo mas pelo princiacutepio do in dubio pro societate

Por exemplo nas decisotildees de recebimento de denuacutencia ou queixa e na

decisatildeo de pronuacutencia no processo de competecircncia do Juacuteri o Juiz decide

contrariamente ao reacuteu (recebe a denuacutencia ou queixa no primeiro caso e

pronuncia o reacuteu no segundo) com base apenas em indiacutecios de autoria e

prova da materialidade Ou seja nesses casos mesmo o Juiz tendo

duacutevidas quanto agrave culpabilidade do reacuteu deveraacute decidir contrariamente a

ele e em favor da sociedade pois destas decisotildees natildeo haacute consequecircncias

para o reacuteu permitindo-se apenas que seja iniciado o processo ou a fase

processual na qual seratildeo produzidas as provas necessaacuterias agrave elucidaccedilatildeo

dos fatos

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Desta maneira sendo este um princiacutepio de ordem

Constitucional deve a legislaccedilatildeo infraconstitucional

(especialmente o CP e o CPP) respeitaacute-lo sob pena de violaccedilatildeo agrave

Constituiccedilatildeo Portanto uma lei que dissesse por exemplo que o

cumprimento de pena se daria a partir da sentenccedila em primeira instacircncia

seria inconstitucional pois a Constituiccedilatildeo afirma que o acusado ainda natildeo

eacute considerado culpado nessa hipoacutetese

CUIDADO A existecircncia de prisotildees

provisoacuterias (prisotildees decretadas no curso

do processo) natildeo ofende a presunccedilatildeo de

inocecircncia pois nesse caso natildeo se trata de

uma prisatildeo como cumprimento de pena mas

sim de uma prisatildeo cautelar ou seja para

garantir que o processo penal seja

devidamente instruiacutedo ou eventual sentenccedila

condenatoacuteria seja cumprida Por exemplo Se

o reacuteu estaacute dando sinais de que vai fugir (tirou

passaporte recentemente) e o Juiz decreta

sua prisatildeo preventiva o faz natildeo por

consideraacute-lo culpado mas para garantir que

caso seja condenado cumpra a pena Vocecircs

veratildeo mais sobre isso na aula sobre Prisatildeo e

Liberdade Provisoacuteria

Vou transcrever para vocecircs agora alguns pontos que satildeo polecircmicos e

a respectiva posiccedilatildeo dos Tribunais Superiores pois isto eacute importante

Processos criminais em curso e inqueacuteritos policiais em

face do acusado podem ser considerados maus

antecedentes Segundo o STJ natildeo pois em nenhum deles o

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acusado foi condenado de maneira irrecorriacutevel logo natildeo pode

ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequecircncia em

relaccedilatildeo a eles

Regressatildeo de regime de cumprimento da pena ndash O STJ e

o STF entendem que NAtildeO HAacute NECESSIDADE DE

CONDENACcedilAtildeO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que

o preso sofra a regressatildeo do regime de cumprimento de pena

mais brando para o mais severo (do semi-aberto para o

fechado por exemplo) Nesses casos basta que o preso

tenha cometido novo crime doloso ou falta grave durante

o cumprimento da pena pelo crime antigo para que haja a

regressatildeo nos termos do art 118 I da Lei 721084 (Lei de

Execuccedilotildees Penais) natildeo havendo necessidade sequer de que

tenha havido condenaccedilatildeo criminal ou administrativa A

Jurisprudecircncia entende que esse artigo da LEP natildeo ofende a

Constituiccedilatildeo

Revogaccedilatildeo do benefiacutecio da suspensatildeo condicional do

processo em razatildeo do cometimento de crime ndash Prevecirc a Lei

909995 que em determinados crimes de menor potencial

ofensivo pode ser o processo criminal suspenso por

determinado devendo o reacuteu cumprir algumas obrigaccedilotildees

durante este prazo (dentre elas natildeo cometer novo crime)

findo o qual estaraacute extinta sua punibilidade Nesse caso o STF

e o STJ entendem que descoberta a praacutetica de crime pelo

acusado beneficiado com a suspensatildeo do processo este

benefiacutecio deve ser revogado por ter sido descumprida uma das

condiccedilotildees natildeo havendo necessidade de tracircnsito em

julgado da sentenccedila condenatoacuteria do crime novo

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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patrimocircnio Neste caso com a morte do infrator extingue-se a

punibilidade natildeo podendo ser executada a pena de multa

IV ndash PRINCIacutePIO DA LIMITACcedilAtildeO DAS PENAS OU DA HUMANIDADE

DAS PENAS

A Constituiccedilatildeo Federal estabelece em seu art 5deg XLVII que

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Podemos perceber caros concurseiros que determinados tipos de

pena satildeo terminantemente proibidos pela Constituiccedilatildeo Federal

No caso da pena de morte a Constituiccedilatildeo estabelece uma uacutenica

exceccedilatildeo No caso de guerra declarada eacute possiacutevel a aplicaccedilatildeo de pena de

morte por crimes cometidos em razatildeo da guerra Isso natildeo quer dizer que

basta que o paiacutes esteja em guerra para que se viabilize a aplicaccedilatildeo da

pena de morte em qualquer caso Natildeo pode o legislador por exemplo

editar uma lei estabelecendo que os furtos cometidos durante estado de

guerra seratildeo punidos com pena de morte pois isso natildeo guarda qualquer

razoabilidade Esta ressalva eacute direcionada precipuamente aos crimes

militares

A vedaccedilatildeo agrave pena de trabalhos forccedilados impede por exemplo que o

preso seja obrigado a trabalhar sem remuneraccedilatildeo Assim ao preso que

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trabalha no estabelecimento prisional eacute garantida remuneraccedilatildeo mensal e

abatimento no tempo de cumprimento da pena

A prisatildeo perpeacutetua tambeacutem eacute inadmissiacutevel no Direito brasileiro

Em razatildeo disso uma lei que preveja a pena miacutenima para um crime em 60

anos por exemplo estaria violando o princiacutepio da vedaccedilatildeo agrave prisatildeo

perpeacutetua por se tratar de uma burla ao princiacutepio jaacute que a idade miacutenima

para aplicaccedilatildeo da pena eacute 18 anos Logo se o preso tiver que ficar no

miacutenimo 60 anos preso ele ficaraacute ateacute os 78 anos preso o que significa

na praacutetica prisatildeo perpeacutetua

Cuidado Esta vedaccedilatildeo eacute claacuteusula

peacutetrea Trata-se de direitos fundamentais

do cidadatildeo que natildeo podem ser restringidos

ou abolidos por emenda constitucional

Desta forma apenas com o advento de

uma nova Constituiccedilatildeo seria possiacutevel

falarmos em aplicaccedilatildeo destas penas no

Brasil

V ndash PRESUNCcedilAtildeO DE INOCEcircNCIA OU PRESUNCcedilAtildeO DE NAtildeO

CULPABILIDADE

A Presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o maior pilar de um Estado

Democraacutetico de Direito pois segundo este princiacutepio nenhuma pessoa

pode ser considerada culpada (e sofrer as consequecircncias disto) antes do

tracircnsito em julgado se sentenccedila penal condenatoacuteria Nos termos do art

5deg LVII da CRFB88

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de

sentenccedila penal condenatoacuteria

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O que eacute tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Eacute a situaccedilatildeo na qual a sentenccedila proferida no processo criminal

condenando o reacuteu natildeo pode mais ser modificada atraveacutes de recurso

Assim enquanto natildeo houver uma sentenccedila criminal condenatoacuteria

irrecorriacutevel o acusado natildeo pode ser considerado culpado e portanto

natildeo pode sofrer as consequecircncias da condenaccedilatildeo

Desse princiacutepio decorre que o ocircnus (obrigaccedilatildeo) da prova cabe

ao acusador (MP ou ofendido conforme o caso) O reacuteu eacute desde o

comeccedilo inocente ateacute que o acusador prove sua culpa

Em razatildeo dele existe ainda o princiacutepio do in dubio pro reo ou favor

rei segundo o qual durante o processo (inclusive na sentenccedila) havendo

duacutevidas acerca da culpa ou natildeo do acusado deveraacute o Juiz decidir em

favor deste pois sua culpa natildeo foi cabalmente comprovada

Resumindo para vocecircs gravarem O Processo Penal eacute um jogo no

qual o acusado e o acusador tentam marcar pontos a seu favor a fim de

comprovarem suas teses Soacute que o empate daacute o tiacutetulo ao acusado

CUIDADO Existem hipoacuteteses em que o Juiz natildeo decidiraacute de acordo com

princiacutepio do in dubio pro reo mas pelo princiacutepio do in dubio pro societate

Por exemplo nas decisotildees de recebimento de denuacutencia ou queixa e na

decisatildeo de pronuacutencia no processo de competecircncia do Juacuteri o Juiz decide

contrariamente ao reacuteu (recebe a denuacutencia ou queixa no primeiro caso e

pronuncia o reacuteu no segundo) com base apenas em indiacutecios de autoria e

prova da materialidade Ou seja nesses casos mesmo o Juiz tendo

duacutevidas quanto agrave culpabilidade do reacuteu deveraacute decidir contrariamente a

ele e em favor da sociedade pois destas decisotildees natildeo haacute consequecircncias

para o reacuteu permitindo-se apenas que seja iniciado o processo ou a fase

processual na qual seratildeo produzidas as provas necessaacuterias agrave elucidaccedilatildeo

dos fatos

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Desta maneira sendo este um princiacutepio de ordem

Constitucional deve a legislaccedilatildeo infraconstitucional

(especialmente o CP e o CPP) respeitaacute-lo sob pena de violaccedilatildeo agrave

Constituiccedilatildeo Portanto uma lei que dissesse por exemplo que o

cumprimento de pena se daria a partir da sentenccedila em primeira instacircncia

seria inconstitucional pois a Constituiccedilatildeo afirma que o acusado ainda natildeo

eacute considerado culpado nessa hipoacutetese

CUIDADO A existecircncia de prisotildees

provisoacuterias (prisotildees decretadas no curso

do processo) natildeo ofende a presunccedilatildeo de

inocecircncia pois nesse caso natildeo se trata de

uma prisatildeo como cumprimento de pena mas

sim de uma prisatildeo cautelar ou seja para

garantir que o processo penal seja

devidamente instruiacutedo ou eventual sentenccedila

condenatoacuteria seja cumprida Por exemplo Se

o reacuteu estaacute dando sinais de que vai fugir (tirou

passaporte recentemente) e o Juiz decreta

sua prisatildeo preventiva o faz natildeo por

consideraacute-lo culpado mas para garantir que

caso seja condenado cumpra a pena Vocecircs

veratildeo mais sobre isso na aula sobre Prisatildeo e

Liberdade Provisoacuteria

Vou transcrever para vocecircs agora alguns pontos que satildeo polecircmicos e

a respectiva posiccedilatildeo dos Tribunais Superiores pois isto eacute importante

Processos criminais em curso e inqueacuteritos policiais em

face do acusado podem ser considerados maus

antecedentes Segundo o STJ natildeo pois em nenhum deles o

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acusado foi condenado de maneira irrecorriacutevel logo natildeo pode

ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequecircncia em

relaccedilatildeo a eles

Regressatildeo de regime de cumprimento da pena ndash O STJ e

o STF entendem que NAtildeO HAacute NECESSIDADE DE

CONDENACcedilAtildeO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que

o preso sofra a regressatildeo do regime de cumprimento de pena

mais brando para o mais severo (do semi-aberto para o

fechado por exemplo) Nesses casos basta que o preso

tenha cometido novo crime doloso ou falta grave durante

o cumprimento da pena pelo crime antigo para que haja a

regressatildeo nos termos do art 118 I da Lei 721084 (Lei de

Execuccedilotildees Penais) natildeo havendo necessidade sequer de que

tenha havido condenaccedilatildeo criminal ou administrativa A

Jurisprudecircncia entende que esse artigo da LEP natildeo ofende a

Constituiccedilatildeo

Revogaccedilatildeo do benefiacutecio da suspensatildeo condicional do

processo em razatildeo do cometimento de crime ndash Prevecirc a Lei

909995 que em determinados crimes de menor potencial

ofensivo pode ser o processo criminal suspenso por

determinado devendo o reacuteu cumprir algumas obrigaccedilotildees

durante este prazo (dentre elas natildeo cometer novo crime)

findo o qual estaraacute extinta sua punibilidade Nesse caso o STF

e o STJ entendem que descoberta a praacutetica de crime pelo

acusado beneficiado com a suspensatildeo do processo este

benefiacutecio deve ser revogado por ter sido descumprida uma das

condiccedilotildees natildeo havendo necessidade de tracircnsito em

julgado da sentenccedila condenatoacuteria do crime novo

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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trabalha no estabelecimento prisional eacute garantida remuneraccedilatildeo mensal e

abatimento no tempo de cumprimento da pena

A prisatildeo perpeacutetua tambeacutem eacute inadmissiacutevel no Direito brasileiro

Em razatildeo disso uma lei que preveja a pena miacutenima para um crime em 60

anos por exemplo estaria violando o princiacutepio da vedaccedilatildeo agrave prisatildeo

perpeacutetua por se tratar de uma burla ao princiacutepio jaacute que a idade miacutenima

para aplicaccedilatildeo da pena eacute 18 anos Logo se o preso tiver que ficar no

miacutenimo 60 anos preso ele ficaraacute ateacute os 78 anos preso o que significa

na praacutetica prisatildeo perpeacutetua

Cuidado Esta vedaccedilatildeo eacute claacuteusula

peacutetrea Trata-se de direitos fundamentais

do cidadatildeo que natildeo podem ser restringidos

ou abolidos por emenda constitucional

Desta forma apenas com o advento de

uma nova Constituiccedilatildeo seria possiacutevel

falarmos em aplicaccedilatildeo destas penas no

Brasil

V ndash PRESUNCcedilAtildeO DE INOCEcircNCIA OU PRESUNCcedilAtildeO DE NAtildeO

CULPABILIDADE

A Presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o maior pilar de um Estado

Democraacutetico de Direito pois segundo este princiacutepio nenhuma pessoa

pode ser considerada culpada (e sofrer as consequecircncias disto) antes do

tracircnsito em julgado se sentenccedila penal condenatoacuteria Nos termos do art

5deg LVII da CRFB88

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de

sentenccedila penal condenatoacuteria

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O que eacute tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Eacute a situaccedilatildeo na qual a sentenccedila proferida no processo criminal

condenando o reacuteu natildeo pode mais ser modificada atraveacutes de recurso

Assim enquanto natildeo houver uma sentenccedila criminal condenatoacuteria

irrecorriacutevel o acusado natildeo pode ser considerado culpado e portanto

natildeo pode sofrer as consequecircncias da condenaccedilatildeo

Desse princiacutepio decorre que o ocircnus (obrigaccedilatildeo) da prova cabe

ao acusador (MP ou ofendido conforme o caso) O reacuteu eacute desde o

comeccedilo inocente ateacute que o acusador prove sua culpa

Em razatildeo dele existe ainda o princiacutepio do in dubio pro reo ou favor

rei segundo o qual durante o processo (inclusive na sentenccedila) havendo

duacutevidas acerca da culpa ou natildeo do acusado deveraacute o Juiz decidir em

favor deste pois sua culpa natildeo foi cabalmente comprovada

Resumindo para vocecircs gravarem O Processo Penal eacute um jogo no

qual o acusado e o acusador tentam marcar pontos a seu favor a fim de

comprovarem suas teses Soacute que o empate daacute o tiacutetulo ao acusado

CUIDADO Existem hipoacuteteses em que o Juiz natildeo decidiraacute de acordo com

princiacutepio do in dubio pro reo mas pelo princiacutepio do in dubio pro societate

Por exemplo nas decisotildees de recebimento de denuacutencia ou queixa e na

decisatildeo de pronuacutencia no processo de competecircncia do Juacuteri o Juiz decide

contrariamente ao reacuteu (recebe a denuacutencia ou queixa no primeiro caso e

pronuncia o reacuteu no segundo) com base apenas em indiacutecios de autoria e

prova da materialidade Ou seja nesses casos mesmo o Juiz tendo

duacutevidas quanto agrave culpabilidade do reacuteu deveraacute decidir contrariamente a

ele e em favor da sociedade pois destas decisotildees natildeo haacute consequecircncias

para o reacuteu permitindo-se apenas que seja iniciado o processo ou a fase

processual na qual seratildeo produzidas as provas necessaacuterias agrave elucidaccedilatildeo

dos fatos

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Desta maneira sendo este um princiacutepio de ordem

Constitucional deve a legislaccedilatildeo infraconstitucional

(especialmente o CP e o CPP) respeitaacute-lo sob pena de violaccedilatildeo agrave

Constituiccedilatildeo Portanto uma lei que dissesse por exemplo que o

cumprimento de pena se daria a partir da sentenccedila em primeira instacircncia

seria inconstitucional pois a Constituiccedilatildeo afirma que o acusado ainda natildeo

eacute considerado culpado nessa hipoacutetese

CUIDADO A existecircncia de prisotildees

provisoacuterias (prisotildees decretadas no curso

do processo) natildeo ofende a presunccedilatildeo de

inocecircncia pois nesse caso natildeo se trata de

uma prisatildeo como cumprimento de pena mas

sim de uma prisatildeo cautelar ou seja para

garantir que o processo penal seja

devidamente instruiacutedo ou eventual sentenccedila

condenatoacuteria seja cumprida Por exemplo Se

o reacuteu estaacute dando sinais de que vai fugir (tirou

passaporte recentemente) e o Juiz decreta

sua prisatildeo preventiva o faz natildeo por

consideraacute-lo culpado mas para garantir que

caso seja condenado cumpra a pena Vocecircs

veratildeo mais sobre isso na aula sobre Prisatildeo e

Liberdade Provisoacuteria

Vou transcrever para vocecircs agora alguns pontos que satildeo polecircmicos e

a respectiva posiccedilatildeo dos Tribunais Superiores pois isto eacute importante

Processos criminais em curso e inqueacuteritos policiais em

face do acusado podem ser considerados maus

antecedentes Segundo o STJ natildeo pois em nenhum deles o

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acusado foi condenado de maneira irrecorriacutevel logo natildeo pode

ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequecircncia em

relaccedilatildeo a eles

Regressatildeo de regime de cumprimento da pena ndash O STJ e

o STF entendem que NAtildeO HAacute NECESSIDADE DE

CONDENACcedilAtildeO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que

o preso sofra a regressatildeo do regime de cumprimento de pena

mais brando para o mais severo (do semi-aberto para o

fechado por exemplo) Nesses casos basta que o preso

tenha cometido novo crime doloso ou falta grave durante

o cumprimento da pena pelo crime antigo para que haja a

regressatildeo nos termos do art 118 I da Lei 721084 (Lei de

Execuccedilotildees Penais) natildeo havendo necessidade sequer de que

tenha havido condenaccedilatildeo criminal ou administrativa A

Jurisprudecircncia entende que esse artigo da LEP natildeo ofende a

Constituiccedilatildeo

Revogaccedilatildeo do benefiacutecio da suspensatildeo condicional do

processo em razatildeo do cometimento de crime ndash Prevecirc a Lei

909995 que em determinados crimes de menor potencial

ofensivo pode ser o processo criminal suspenso por

determinado devendo o reacuteu cumprir algumas obrigaccedilotildees

durante este prazo (dentre elas natildeo cometer novo crime)

findo o qual estaraacute extinta sua punibilidade Nesse caso o STF

e o STJ entendem que descoberta a praacutetica de crime pelo

acusado beneficiado com a suspensatildeo do processo este

benefiacutecio deve ser revogado por ter sido descumprida uma das

condiccedilotildees natildeo havendo necessidade de tracircnsito em

julgado da sentenccedila condenatoacuteria do crime novo

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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O que eacute tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Eacute a situaccedilatildeo na qual a sentenccedila proferida no processo criminal

condenando o reacuteu natildeo pode mais ser modificada atraveacutes de recurso

Assim enquanto natildeo houver uma sentenccedila criminal condenatoacuteria

irrecorriacutevel o acusado natildeo pode ser considerado culpado e portanto

natildeo pode sofrer as consequecircncias da condenaccedilatildeo

Desse princiacutepio decorre que o ocircnus (obrigaccedilatildeo) da prova cabe

ao acusador (MP ou ofendido conforme o caso) O reacuteu eacute desde o

comeccedilo inocente ateacute que o acusador prove sua culpa

Em razatildeo dele existe ainda o princiacutepio do in dubio pro reo ou favor

rei segundo o qual durante o processo (inclusive na sentenccedila) havendo

duacutevidas acerca da culpa ou natildeo do acusado deveraacute o Juiz decidir em

favor deste pois sua culpa natildeo foi cabalmente comprovada

Resumindo para vocecircs gravarem O Processo Penal eacute um jogo no

qual o acusado e o acusador tentam marcar pontos a seu favor a fim de

comprovarem suas teses Soacute que o empate daacute o tiacutetulo ao acusado

CUIDADO Existem hipoacuteteses em que o Juiz natildeo decidiraacute de acordo com

princiacutepio do in dubio pro reo mas pelo princiacutepio do in dubio pro societate

Por exemplo nas decisotildees de recebimento de denuacutencia ou queixa e na

decisatildeo de pronuacutencia no processo de competecircncia do Juacuteri o Juiz decide

contrariamente ao reacuteu (recebe a denuacutencia ou queixa no primeiro caso e

pronuncia o reacuteu no segundo) com base apenas em indiacutecios de autoria e

prova da materialidade Ou seja nesses casos mesmo o Juiz tendo

duacutevidas quanto agrave culpabilidade do reacuteu deveraacute decidir contrariamente a

ele e em favor da sociedade pois destas decisotildees natildeo haacute consequecircncias

para o reacuteu permitindo-se apenas que seja iniciado o processo ou a fase

processual na qual seratildeo produzidas as provas necessaacuterias agrave elucidaccedilatildeo

dos fatos

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Desta maneira sendo este um princiacutepio de ordem

Constitucional deve a legislaccedilatildeo infraconstitucional

(especialmente o CP e o CPP) respeitaacute-lo sob pena de violaccedilatildeo agrave

Constituiccedilatildeo Portanto uma lei que dissesse por exemplo que o

cumprimento de pena se daria a partir da sentenccedila em primeira instacircncia

seria inconstitucional pois a Constituiccedilatildeo afirma que o acusado ainda natildeo

eacute considerado culpado nessa hipoacutetese

CUIDADO A existecircncia de prisotildees

provisoacuterias (prisotildees decretadas no curso

do processo) natildeo ofende a presunccedilatildeo de

inocecircncia pois nesse caso natildeo se trata de

uma prisatildeo como cumprimento de pena mas

sim de uma prisatildeo cautelar ou seja para

garantir que o processo penal seja

devidamente instruiacutedo ou eventual sentenccedila

condenatoacuteria seja cumprida Por exemplo Se

o reacuteu estaacute dando sinais de que vai fugir (tirou

passaporte recentemente) e o Juiz decreta

sua prisatildeo preventiva o faz natildeo por

consideraacute-lo culpado mas para garantir que

caso seja condenado cumpra a pena Vocecircs

veratildeo mais sobre isso na aula sobre Prisatildeo e

Liberdade Provisoacuteria

Vou transcrever para vocecircs agora alguns pontos que satildeo polecircmicos e

a respectiva posiccedilatildeo dos Tribunais Superiores pois isto eacute importante

Processos criminais em curso e inqueacuteritos policiais em

face do acusado podem ser considerados maus

antecedentes Segundo o STJ natildeo pois em nenhum deles o

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acusado foi condenado de maneira irrecorriacutevel logo natildeo pode

ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequecircncia em

relaccedilatildeo a eles

Regressatildeo de regime de cumprimento da pena ndash O STJ e

o STF entendem que NAtildeO HAacute NECESSIDADE DE

CONDENACcedilAtildeO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que

o preso sofra a regressatildeo do regime de cumprimento de pena

mais brando para o mais severo (do semi-aberto para o

fechado por exemplo) Nesses casos basta que o preso

tenha cometido novo crime doloso ou falta grave durante

o cumprimento da pena pelo crime antigo para que haja a

regressatildeo nos termos do art 118 I da Lei 721084 (Lei de

Execuccedilotildees Penais) natildeo havendo necessidade sequer de que

tenha havido condenaccedilatildeo criminal ou administrativa A

Jurisprudecircncia entende que esse artigo da LEP natildeo ofende a

Constituiccedilatildeo

Revogaccedilatildeo do benefiacutecio da suspensatildeo condicional do

processo em razatildeo do cometimento de crime ndash Prevecirc a Lei

909995 que em determinados crimes de menor potencial

ofensivo pode ser o processo criminal suspenso por

determinado devendo o reacuteu cumprir algumas obrigaccedilotildees

durante este prazo (dentre elas natildeo cometer novo crime)

findo o qual estaraacute extinta sua punibilidade Nesse caso o STF

e o STJ entendem que descoberta a praacutetica de crime pelo

acusado beneficiado com a suspensatildeo do processo este

benefiacutecio deve ser revogado por ter sido descumprida uma das

condiccedilotildees natildeo havendo necessidade de tracircnsito em

julgado da sentenccedila condenatoacuteria do crime novo

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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Desta maneira sendo este um princiacutepio de ordem

Constitucional deve a legislaccedilatildeo infraconstitucional

(especialmente o CP e o CPP) respeitaacute-lo sob pena de violaccedilatildeo agrave

Constituiccedilatildeo Portanto uma lei que dissesse por exemplo que o

cumprimento de pena se daria a partir da sentenccedila em primeira instacircncia

seria inconstitucional pois a Constituiccedilatildeo afirma que o acusado ainda natildeo

eacute considerado culpado nessa hipoacutetese

CUIDADO A existecircncia de prisotildees

provisoacuterias (prisotildees decretadas no curso

do processo) natildeo ofende a presunccedilatildeo de

inocecircncia pois nesse caso natildeo se trata de

uma prisatildeo como cumprimento de pena mas

sim de uma prisatildeo cautelar ou seja para

garantir que o processo penal seja

devidamente instruiacutedo ou eventual sentenccedila

condenatoacuteria seja cumprida Por exemplo Se

o reacuteu estaacute dando sinais de que vai fugir (tirou

passaporte recentemente) e o Juiz decreta

sua prisatildeo preventiva o faz natildeo por

consideraacute-lo culpado mas para garantir que

caso seja condenado cumpra a pena Vocecircs

veratildeo mais sobre isso na aula sobre Prisatildeo e

Liberdade Provisoacuteria

Vou transcrever para vocecircs agora alguns pontos que satildeo polecircmicos e

a respectiva posiccedilatildeo dos Tribunais Superiores pois isto eacute importante

Processos criminais em curso e inqueacuteritos policiais em

face do acusado podem ser considerados maus

antecedentes Segundo o STJ natildeo pois em nenhum deles o

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acusado foi condenado de maneira irrecorriacutevel logo natildeo pode

ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequecircncia em

relaccedilatildeo a eles

Regressatildeo de regime de cumprimento da pena ndash O STJ e

o STF entendem que NAtildeO HAacute NECESSIDADE DE

CONDENACcedilAtildeO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que

o preso sofra a regressatildeo do regime de cumprimento de pena

mais brando para o mais severo (do semi-aberto para o

fechado por exemplo) Nesses casos basta que o preso

tenha cometido novo crime doloso ou falta grave durante

o cumprimento da pena pelo crime antigo para que haja a

regressatildeo nos termos do art 118 I da Lei 721084 (Lei de

Execuccedilotildees Penais) natildeo havendo necessidade sequer de que

tenha havido condenaccedilatildeo criminal ou administrativa A

Jurisprudecircncia entende que esse artigo da LEP natildeo ofende a

Constituiccedilatildeo

Revogaccedilatildeo do benefiacutecio da suspensatildeo condicional do

processo em razatildeo do cometimento de crime ndash Prevecirc a Lei

909995 que em determinados crimes de menor potencial

ofensivo pode ser o processo criminal suspenso por

determinado devendo o reacuteu cumprir algumas obrigaccedilotildees

durante este prazo (dentre elas natildeo cometer novo crime)

findo o qual estaraacute extinta sua punibilidade Nesse caso o STF

e o STJ entendem que descoberta a praacutetica de crime pelo

acusado beneficiado com a suspensatildeo do processo este

benefiacutecio deve ser revogado por ter sido descumprida uma das

condiccedilotildees natildeo havendo necessidade de tracircnsito em

julgado da sentenccedila condenatoacuteria do crime novo

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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acusado foi condenado de maneira irrecorriacutevel logo natildeo pode

ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequecircncia em

relaccedilatildeo a eles

Regressatildeo de regime de cumprimento da pena ndash O STJ e

o STF entendem que NAtildeO HAacute NECESSIDADE DE

CONDENACcedilAtildeO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que

o preso sofra a regressatildeo do regime de cumprimento de pena

mais brando para o mais severo (do semi-aberto para o

fechado por exemplo) Nesses casos basta que o preso

tenha cometido novo crime doloso ou falta grave durante

o cumprimento da pena pelo crime antigo para que haja a

regressatildeo nos termos do art 118 I da Lei 721084 (Lei de

Execuccedilotildees Penais) natildeo havendo necessidade sequer de que

tenha havido condenaccedilatildeo criminal ou administrativa A

Jurisprudecircncia entende que esse artigo da LEP natildeo ofende a

Constituiccedilatildeo

Revogaccedilatildeo do benefiacutecio da suspensatildeo condicional do

processo em razatildeo do cometimento de crime ndash Prevecirc a Lei

909995 que em determinados crimes de menor potencial

ofensivo pode ser o processo criminal suspenso por

determinado devendo o reacuteu cumprir algumas obrigaccedilotildees

durante este prazo (dentre elas natildeo cometer novo crime)

findo o qual estaraacute extinta sua punibilidade Nesse caso o STF

e o STJ entendem que descoberta a praacutetica de crime pelo

acusado beneficiado com a suspensatildeo do processo este

benefiacutecio deve ser revogado por ter sido descumprida uma das

condiccedilotildees natildeo havendo necessidade de tracircnsito em

julgado da sentenccedila condenatoacuteria do crime novo

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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VI ndash OUTRAS DISPOSICcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Vamos sintetizar neste toacutepico algumas disposiccedilotildees constitucionais

relativas ao Direito Penal que satildeo relevantes embora natildeo possam ser

consideradas princiacutepios

a) Vedaccedilotildees constitucionais aplicaacuteveis a crimes graves

A CRFB88 prevecirc uma seacuterie de vedaccedilotildees (imprescritibilidade

inafianccedilabilidade etc) que satildeo aplicaacuteveis a determinados crimes por sua

especial gravidade

Vejamos o que consta no art 5ordm XLII a XLIV

Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

XLIII - a lei consideraraacute crimes inafianccedilaacuteveis e insuscetiacuteveis de graccedila ou anistia a praacutetica da tortura o traacutefico iliacutecito de entorpecentes e drogas afins o terrorismo e os definidos como crimes hediondos por eles respondendo os mandantes os executores e os que podendo evitaacute-los se omitirem

XLIV - constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel a accedilatildeo de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democraacutetico

VEDACcedilOtildeES CONSTITUCIONAIS APLICAacuteVEIS A CRIMES GRAVES

IMPRESCRITIBILIDADE INAFIANCcedilABILIDADE VEDACcedilAtildeO DE

GRACcedilA E ANISTIA

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Racismo

Accedilatildeo de grupos

armados civis ou

militares contra a

Tortura

Traacutefico de

Drogas

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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ordem constitucional e o

Estado Democraacutetico

ordem constitucional e

o Estado Democraacutetico

Tortura

Traacutefico de Drogas

Terrorismo

Crimes hediondos

Terrorismo

Crimes

hediondos

Assim

INAFIANCcedilABILIDADE ndash Todos

IMPRESCRITIBILIDADE ndash Somente RACcedilAtildeO (Racismo +

ACcedilAtildeO de grupos armados)

INSUSCETIBILIDADE GRACcedilA E ANISTIA ndash TTTH (Tortura

Terrorismo Traacutefico e Hediondos)

b) Tribunal do Juacuteri

A Constituiccedilatildeo Federal reconhece a instituiccedilatildeo do Juacuteri e estabelece

algumas regrinhas Vejamos

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votaccedilotildees

c) a soberania dos veredictos

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Sem maiores consideraccedilotildees a respeito deste tema apenas

ressaltando que o STF entende que em havendo choque entre a

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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competecircncia do Juacuteri e uma competecircncia de foro por prerrogativa de

funccedilatildeo prevista na Constituiccedilatildeo prevalece a uacuteltima

EXEMPLO Joseacute Deputado Federal pratica crime doloso contra a vida

em face de Mariana Neste caso haacute um aparente conflito entre a

competecircncia prevista par ao Juacuteri (crime doloso contra a vida) e a

competecircncia do STF (crime praticado por deputado federal) Neste caso

o STF entende que prevalece a competecircncia por prerrogativa de funccedilatildeo

sendo competente portanto o proacuteprio STF

c) Menoridade Penal

A Constituiccedilatildeo prevecirc ainda que os menores de 18 anos satildeo

inimputaacuteveis Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

Isso quer dizer que eles natildeo respondem penalmente estando

sujeitos agraves normas do ESTATUTO DA CRIANCcedilA E DO ADOLESCENTE

VII ndash OUTROS PRINCIacutePIOS DO DIREITO PENAL (NAtildeO PREVISTOS

NA CONSTITUICcedilAtildeO)

Princiacutepio da alteridade (ou lesividade) Este princiacutepio preconiza

que o fato para ser MATERIALMENTE crime ou seja para que ele

possa ser considerado crime em sua essecircncia ele deve causar lesatildeo a um

bem juriacutedico de terceiro Desse princiacutepio decorre que o DIREITO PENAL

NAtildeO PUNE A AUTOLESAtildeO Assim aquele que destroacutei o proacuteprio

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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patrimocircnio natildeo pratica crime de dano aquele que se lesiona fisicamente

natildeo pratica o crime de lesotildees corporais etc

Princiacutepio da Adequaccedilatildeo social Prega que uma conduta ainda

quando tipificada em Lei como crime quando natildeo afrontar o sentimento

social de Justiccedila natildeo seria crime em sentido material por possuir

adequaccedilatildeo social (aceitaccedilatildeo pela sociedade) Eacute o que acontece por

exemplo com o crime de adulteacuterio que foi recentemente revogado

Atualmente a sociedade natildeo entende mais o adulteacuterio como um fato

criminoso mas algo que deva ser resolvido entre os particulares

envolvidos

Princiacutepio da Fragmentariedade do Direito Penal Estabelece

que nem todos os fatos considerados iliacutecitos pelo Direito devam ser

considerados como infraccedilatildeo penal mas somente aqueles que atentem

contra bens juriacutedicos EXTREMAMENTE RELEVANTES Ou seja o Direito

Penal soacute deve tutelar bens juriacutedicos de grande relevacircncia social

Princiacutepio da Subsidiariedade do Direito Penal Estabelece que

o Direito Penal natildeo deve ser usado a todo momento como regra geral e

sim como uma ferramenta subsidiaacuteria ou seja deveraacute ser utilizado

apenas quando os demais ramos do Direito natildeo puderem tutelar

satisfatoriamente o bem juriacutedico que se busca proteger

Princiacutepio da Intervenccedilatildeo miacutenima (ou Ultima Ratio) Este

princiacutepio decorre do caraacuteter fragmentaacuterio e subsidiaacuterio do Direito Penal

Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que estabelece

uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o

Direito Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal

seja absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e

paciacutefica da sociedade

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

Tem como principais destinataacuterios o legislador e subsidiariamente o

operador do Direito O primeiro eacute instado a natildeo criminalizar condutas que

possam ser resolvidas pelos demais ramos do Direito (Menos draacutesticos) O

operador do Direito por sua vez eacute incumbido da tarefa de no caso

concreto deixar de realizar o juiacutezo de tipicidade material Resumindo O

Direito Penal eacute a uacuteltima opccedilatildeo para um problema (Ultima ratio)

Princiacutepio do ne bis in idem Por este princiacutepio entende-se que

uma pessoa natildeo pode ser punida duplamente pelo mesmo fato Aleacutem

disso estabelece que uma pessoa natildeo possa sequer ser processada

duas vezes pelo mesmo fato

Princiacutepio da proporcionalidade Este princiacutepio determina que as

penas devem ser aplicadas de maneira proporcional agrave gravidade do fato

Mais que isso Estabelece que as penas devem ser COMINADAS

(previstas) de forma a dar ao infrator uma sanccedilatildeo proporcional ao fato

abstratamente previsto Assim se o CP previsse que o crime de homiciacutedio

teria como pena maacutexima dois anos de reclusatildeo e que o crime de furto

teria como pena maacutexima quatro anos de reclusatildeo estaria claramente

violado o princiacutepio da proporcionalidade

Princiacutepio da insignificacircncia (ou da bagatela) As condutas que

ofendam minimamente os bens juriacutedico-penais tutelados natildeo podem ser

consideradas crimes pois natildeo satildeo capazes de lesionar de maneira eficaz

o sentimento social de paz Imagine um furto de um pote de manteiga

dentro de um supermercado Nesse caso a lesatildeo eacute insignificante

devendo a questatildeo ser resolvida no acircmbito civil (dever de pagar pelo

produto furtado) Agora imagine o furto de um sanduiacuteche que era de

propriedade de um morador de rua seu uacutenico alimento Nesse caso a

lesatildeo eacute grave embora o bem seja do mesmo valor que anterior Tudo

deve ser avaliado no caso concreto Para o STF os requisitos

OBJETIVOS para a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio satildeo

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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Miacutenima ofensividade da conduta

Ausecircncia de periculosidade social da accedilatildeo

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

Inexpressividade da lesatildeo juriacutedica

O STJ no entanto entende que aleacutem destes existem ainda

requisitos de ordem subjetiva

Importacircncia do objeto material do crime para a viacutetima de

forma a verificar se no caso concreto houve ou natildeo de fato

lesatildeo

Na verdade esse requisito natildeo passa de uma anaacutelise mais

aprofundada do uacuteltimo dos requisitos objetivos estabelecidos pelo STF

Sendo aplicado este princiacutepio natildeo haacute tipicidade eis que ausente um

dos elementos da tipicidade que eacute a TIPICIDADE MATERIAL

consistente no real potencial de que a conduta produza alguma lesatildeo ao

bem juriacutedico tutelado Resta portanto somente a tipicidade formal

(subsunccedilatildeo entre a conduta e a previsatildeo contida na lei) o que eacute

insuficiente

Este princiacutepio possui aplicaccedilatildeo a todo e qualquer delito e natildeo

somente aos de iacutendole patrimonial embora o STJ entenda natildeo se

aplicar aos crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica por se resguardar

natildeo soacute o patrimocircnio mas a moralidade administrativa O STF no

entanto natildeo rechaccedila absolutamente a hipoacutetese admitindo a

aplicaccedilatildeo deste princiacutepio ainda quando se trate de crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica desde que presentes os requisitos citados

Vejamos o seguinte julgado

Habeas Corpus 2 Subtraccedilatildeo de objetos da Administraccedilatildeo Puacuteblica avaliados no montante de R$ 13000 (cento e trinta reais) 3 Aplicaccedilatildeo do princiacutepio da insignificacircncia considerados crime contra o patrimocircnio puacuteblico Possibilidade Precedentes 4 Ordem concedida

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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(HC 107370 Relator(a) Min GILMAR MENDES Segunda Turma julgado em 26042011 DIVULG 21-06-2011 PUBLIC 22-06-2011)

Os Tribunais superiores natildeo aceitam a aplicaccedilatildeo deste princiacutepio

ainda no que se refere aos crimes praticados com violecircncia ou grave

ameaccedila agrave pessoa

Podemos resumir o entendimento Jurisprudencial no seguinte

quadro

PRINCIacutePIO DA

INSIGNIFICAcircNCIA

(Requisitos)

Miacutenima ofensividade

da conduta

OBS Eacute aplicaacutevel aos

crimes praticados

contra a administraccedilatildeo

puacuteblica desde que

presentes os requisitos

citados (STF)

OBSsup2 O STJ entende

que natildeo se aplica aos

crimes contra a

administraccedilatildeo puacuteblica

Ausecircncia de

periculosidade social

da accedilatildeo

Reduzido grau de

reprovabilidade da

conduta

Inexpressividade da

lesatildeo juriacutedica

Importacircncia do

objeto material para

a viacutetima

SOMENTE PARA O

STJ

CUIDADO Em relaccedilatildeo ao crime de descaminho haacute um entendimento

proacuteprio no sentido de que Eacute CABIacuteVEL o princiacutepio da insignificacircncia pois

apesar de se encontrar entre os crimes contra a administraccedilatildeo puacuteblica

trata-se de crime contra a ordem tributaacuteria

Bons estudos

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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LISTA DAS QUESTOtildeES DA AULA

01 - (FCC ndash 2007 - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

(B) igualdade

(C) legalidade

(D) subsidiariedade

(E) proporcionalidade

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato praticado pelo

agente for definido como crime no tipo penal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do

maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na localidade em

que ocorreu

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo previsto

em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito primaacuterio

da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso na norma penal

for vaga e indeterminada

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato natildeo

descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral antissocial ou

danoso agrave sociedade

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

c) da legalidade

d) do contraditoacuterio

e) do juiz natural

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha apresentado

a denuacutencia

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado inqueacuterito

policial a respeito

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia apresentada pelo

Ministeacuterio Puacuteblico

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado em

julgado

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior que o

defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal dispositivo legal

consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

b) legalidade

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

d) dignidade

e) isonomia

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal encontra efetiva

realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do crime de

a) culpabilidade

b) tipicidade

c) punibilidade

d) ilicitude

e) imputabilidade

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo criminal deve

ser tratado como inocente salvo quando preso em flagrante por crime

hediondo caso em que seraacute vedada a concessatildeo de liberdade

provisoacuteria

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de fundado

receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou alheia por

parte do preso ou de terceiros justificada a excepcionalidade por escrito

sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da

autoridade e a nulidade da prisatildeo ou do ato processual a que se refere

sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do estado

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no momento da

prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees cautelares

antes de transitada em julgado a sentenccedila penal condenatoacuteria

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a afirmativa

incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da anterioridade da

lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos

casos anteriores

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute correto

afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a viacutetima for

detentor de funccedilatildeo puacuteblica

(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica mas natildeo

agrave integridade moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos sucessores

do condenado

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute impor

prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a expiraccedilatildeo mas

ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo criminal

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da lei

temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de expirado seu

prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se prescritos os

crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles

que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir do fim do prazo

de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a abolitio

criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo da praacutetica do

crime previsto nessa lei

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a afirmativa

correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente natildeo se

aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-

se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute tiverem sido objeto

de sentenccedila condenatoacuteria transitada em julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de crimes

hediondos tortura ou traacutefico de drogas como expressamente ressalvado

na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada lei e

ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa para o agente

ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel salvo se houver a

ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa situaccedilatildeo em que prevaleceraacute

a lei intermediaacuteria

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente natildeo

se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se houver previsatildeo

expressa na proacutepria lei nova

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no tempo na

hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo previsto na anterior

eacute o da

a) Abolitio criminis

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel Tempus

regit actum

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa lei penal

natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal dispositivo constitucional

refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva do

Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na Constituiccedilatildeo

Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado pelo direito

penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o princiacutepio da

ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os crimes de

menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da igualdade

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-se a qual dos

princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de causa

supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de sua

adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois meses de

detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A sentenccedila transitou em

julgado Antes do tracircnsito em julgado entrou em vigor a Lei no 02 que

aumentou a pena desse crime para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o

tracircnsito em julgado entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que

reduziu a pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito em

julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com reduccedilatildeo da

pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que anteriormente

era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas de

todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor apoacutes o

tracircnsito em julgado da sentenccedila

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o uacutenico

controle social formal dotado de recursos coativos embora seja o que

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute reconhecido pela doutrina

como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do Coacutedigo

Penal que contemplava como causa extintiva da punibilidade o

casamento da ofendida com o agente posteriormente revogado pela Lei

nordm 11106 publicada no dia 29 de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a

qual veio a casar em 30 de setembro de 2005 O juiz ao proferir a

sentenccedila julgou extinta a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do

casamento com Maria fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado

(art 107 VII do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja considerado

culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

01 - (FCC - AUDITOR-FISCAL TRIBUTAacuteRIO MUNICIPAL ndash

PREFEITURA DE SAtildeO PAULO ndash 2007)

A regra que veda a interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras decorre do princiacutepio constitucional da

(A) culpabilidade

ERRADA O princiacutepio da culpabilidade estabelece que para que uma

pessoa seja condenada pela praacutetica de um crime deve ter agido com

culpa (dolo ou culpa em sentido estrito) Entretanto natildeo se trata de um

princiacutepio constitucional do Direito Penal

QUESTOtildeES COMENTADAS

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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(B) igualdade

ERRADA O Princiacutepio da igualdade estaacute previsto no art 5deg caput da

Constituiccedilatildeo mas natildeo eacute um princiacutepio do Direito Penal nem guarda

relaccedilatildeo com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas penais

incriminadoras

(C) legalidade

CORRETA Como estudamos a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das

normas penais incriminadoras decorre do postulado da Reserva Legal que

eacute subprinciacutepio do Princiacutepio da Legalidade pois contraria a ideacuteia de certeza

e clareza da lei penal incriminadora A afirmativa estaacute correta

(D) subsidiariedade

ERRADA O Princiacutepio da subsidiariedade determina que o Direito Penal

atue somente em caso de insuficiecircncia dos outros ramos do Direito

Assim se o problema puder ser resolvido atraveacutes do Direito

Administrativo do Direito Civil etc natildeo seraacute cabiacutevel a aplicaccedilatildeo do

Direito Penal Tambeacutem natildeo se trata de um Princiacutepio Constitucional do

Direito Penal

(E) proporcionalidade

ERRADA O princiacutepio da proporcionalidade natildeo eacute um princiacutepio proacuteprio do

Direito Penal embora esteja impliacutecito na Constituiccedilatildeo Natildeo guarda relaccedilatildeo

com a vedaccedilatildeo agrave interpretaccedilatildeo extensiva das normas incriminadoras

Determina que as medidas tomadas pelo Poder Puacuteblico (seja na ediccedilatildeo de

leis ediccedilatildeo de atos administrativos) seja pautada pela proporcionalidade

que significa grosso modo correlaccedilatildeo entre os fins pretendidos e os

meios utilizados bem como necessidade da medida

02 - (FCC ndash 2008 ndash MPE-RS ndash SECRETAacuteRIO DE DILIGEcircNCIAS)

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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Tendo em conta o Princiacutepio da Reserva Legal eacute correto afirmar

que

a) eacute liacutecita a aplicaccedilatildeo de pena natildeo prevista em lei se o fato

praticado pelo agente for definido como crime no tipo penal

ERRADA O tipo penal deve derivar de uma Lei em sentido estrito Se o

tipo penal derivar de Medida Provisoacuteria Decreto etc haveraacute violaccedilatildeo ao

princiacutepio da reserva legal

b) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima

do maacuteximo previsto em lei aplicando os costumes vigentes na

localidade em que ocorreu

ERRADA Assim como natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(princiacutepio da anterioridade) tambeacutem natildeo haacute pena sem preacutevia disposiccedilatildeo

legal (tambeacutem princiacutepio da anterioridade) previstos no art 1deg do CP e no

art 5deg XXXIX da Constituiccedilatildeo Federal Desta forma a aplicaccedilatildeo de pena

natildeo prevista em lei com base apenas nos costumes aleacutem de ilegal eacute

inconstitucional

c) eacute vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato natildeo

previsto em lei como crime mesmo sendo semelhante a outro por

ela definido

CORRETA No Direito Penal natildeo se admite a analogia in malam partem

ou seja a aplicaccedilatildeo de uma norma penal incriminadora a um fato

parecido com o descrito nela mas que natildeo possui previsatildeo legal como

crime Veremos mais sobre isso na aula de aplicaccedilatildeo da lei penal

d) fica ao arbiacutetrio do juiz determinar a abrangecircncia do preceito

primaacuterio da norma incriminadora se a descriccedilatildeo do fato delituoso

na norma penal for vaga e indeterminada

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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ERRADA a abrangecircncia do preceito primaacuterio na norma penal

incriminadora (a conduta a ser praticada pelo agente) deve ser clara e

precisa natildeo comportando discricionariedade do Juiz sob pena de violaccedilatildeo

ao princiacutepio da reserva legal que eacute subdivisatildeo do princiacutepio da legalidade

conforme estudamos

e) o juiz tem o poder de impor sanccedilatildeo penal ao autor de um fato

natildeo descrito como crime na lei penal se esse fato for imoral anti-

social ou danoso agrave sociedade

ERRADA Esta chega a ser bizarra Trata-se de alternativa que elenca

hipoacutetese clara e flagrante de violaccedilatildeo ao festejado princiacutepio da reserva

legal

03 - (FCC ndash 2009 ndash MPE-SE ndash TEacuteCNICO DO MP ndash AacuteREA

ADMINISTRATIVA)

O art 5ordm LVII da Constituiccedilatildeo Federal dispotildee que ningueacutem seraacute

considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal

condenatoacuteria Nesse dispositivo constitucional estaacute consagrado o

princiacutepio

a) da anterioridade da lei penal

ERRADA O princiacutepio da anterioridade determina que a lei penal

incriminadora deve ser anterior ao crime

b) da presunccedilatildeo de inocecircncia

CORRETA Como estudamos o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou da

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade implica a impossibilidade de que o

acusado seja considerado culpado (para qualquer fim) antes de ocorrer o

tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila penal condenatoacuteria

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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c) da legalidade

ERRADA O princiacutepio da legalidade determina que a incriminaccedilatildeo de uma

conduta deve se dar por Lei em sentido estrito que seja preacutevia agrave praacutetica

da conduta no que se divide em princiacutepio da reserva legal e princiacutepio da

anterioridade da lei penal

d) do contraditoacuterio

ERRADA O princiacutepio do contraditoacuterio eacute um postulado processual penal (e

do processo em geral) que implica a obrigatoriedade de se oportunizar a

uma parte contraditar argumentos e provas produzidos pela outra parte

em homenagem ao princiacutepio do devido processo legal Estes princiacutepios

satildeo mais ligados aacute aacuterea do Direito Processual Penal

e) do juiz natural

ERRADA O princiacutepio do Juiz Natural tambeacutem eacute outro princiacutepio ligado ao

Processo Penal e determina que o Juiacutezo competente para processar e

julgar determinada demanda deve ter sido definido previamente agrave praacutetica

da conduta mediante a aplicaccedilatildeo de regras de definiccedilatildeo abstratas e

impessoais de competecircncia

04 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

Em mateacuteria penal a lei posterior que de qualquer modo favorecer

o agente aplica-se aos fatos anteriores

a) desde que o representante do Ministeacuterio Puacuteblico natildeo tenha

apresentado a denuacutencia

ERRADA A lei penal posterior mais beneacutefica se aplica em qualquer caso

ainda que jaacute tenha ocorrido o tracircnsito em julgado O uacutenico limite eacute a

extinccedilatildeo da punibilidade atraveacutes da qual jaacute natildeo existem mais efeitos

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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decorrentes da puniccedilatildeo natildeo havendo meios de se aplicar a lei nova mais

beneacutefica Falaremos mais disso na proacutexima aula

b) desde que a autoridade policial ainda natildeo tenha instaurado

inqueacuterito policial a respeito

ERRADA Como disse a vocecircs a aplicaccedilatildeo da lei penal nova mais

beneacutefica pode se dar ainda quando o processo se encontre em fase de

execuccedilatildeo penal nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP Paraacutegrafo uacutenico - A

lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos

anteriores ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

c) ainda que decididos por sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

CORRETA Esta eacute a previsatildeo contida no art 2deg sect uacutenico do CP como

vimos Frise-se que o STJ possui verbete de suacutemula (ndeg 611)

determinando que nos casos de processo jaacute em fase de execuccedilatildeo

compete ao Juiz da execuccedilatildeo aplicar a lei nova mais beneacutefica natildeo ao Juiz

que proferiu a sentenccedila

d) desde que ainda natildeo tenha sido recebida a denuacutencia

apresentada pelo Ministeacuterio Puacuteblico

ERRADA Nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP

e) desde que a sentenccedila condenatoacuteria ainda natildeo tenha transitado

em julgado

ERRADA Seraacute aplicada ainda que a sentenccedila condenatoacuteria jaacute tenha

transitado em julgado nos termos do art 2deg sect uacutenico do CP jaacute transcrito

05 - (FCC ndash 2007 ndash MPU ndash TEacuteCNICO ADMINISTRATIVO)

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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Dispotildee o artigo 1ordm do Coacutedigo Penal Natildeo haacute crime sem lei anterior

que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal Tal

dispositivo legal consagra o princiacutepio da

a) ampla defesa

ERRADA Trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

b) legalidade

CORRETA Como disse trata-se de descriccedilatildeo do princiacutepio legal e tambeacutem

constitucional da legalidade que conforme se extrai da proacutepria redaccedilatildeo

do artigo divide-se em Princiacutepio da anterioridade e da Reserva Legal na

medida em que a norma penal incriminadora deve ser preacutevia e prevista

em Lei em sentido estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que

obedeccedila ao processo legislativo previsto na Constituiccedilatildeo natildeo servindo MP

ou Decreto)

c) presunccedilatildeo de inocecircncia

ERRADA A presunccedilatildeo de inocecircncia estaacute ligada agrave impossibilidade de se

considerar culpado o indiviacuteduo que natildeo possui contra si sentenccedila penal

condenatoacuteria transitada em julgado

d) dignidade

ERRADA O princiacutepio da dignidade natildeo estaacute relacionado agrave descriccedilatildeo do

enunciado da questatildeo estando previsto no art 1deg III da CRFB88

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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e) isonomia

ERRADA O princiacutepio constitucional da isonomia determina que todos satildeo

iguais perante a lei sem que possa ser legiacutetima qualquer distinccedilatildeo

arbitraacuteria (que natildeo se fundamente na necessidade de equalizar distorccedilatildeo

faacutetica existente)

06 - (FCC ndash 2008 ndash TCE-SP ndash AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

encontra efetiva realizaccedilatildeo na exigecircncia para a configuraccedilatildeo do

crime de

a) culpabilidade

ERRADA A culpabilidade estaacute afeta a aspectos subjetivos do indiviacuteduo e

natildeo ao fato criminoso em si agrave conduta prevista na lei Veremos mais

sobre isso na aula proacutepria

b) tipicidade

CORRETA A tipicidade eacute a previsatildeo de uma determinada conduta como

crime Assim quando se faz a subsunccedilatildeo de uma norma penal

incriminadora a uma conduta ocorrida no mundo fiacutesico diz-se que se estaacute

a fazer o Juiacutezo de tipicidade da conduta a fim de se verificar se sobre ela

recai previsatildeo legal incriminadora Portanto a alternativa estaacute correta

c) punibilidade

ERRADA A punibilidade eacute a existecircncia de um Poder conferido ao Estado

para aplicar a sanccedilatildeo penal no caso concreto Deriva da conjugaccedilatildeo de

dois fatores legal e faacutetico Natildeo basta a previsatildeo legal pois deve haver a

praacutetica de uma conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-

dever de punir o jus puniendi

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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d) ilicitude

ERRADA A ilicitude eacute a contrariedade da conduta ao direito Uma

conduta pode ter previsatildeo legal incriminadora(tipicidade) mas no caso

concreto natildeo ser contraacuteria ao Direito por estar acobertada por uma

causa excludente da ilicitude que estudaremos mais agrave frente

e) imputabilidade

ERRADA A imputabilidade estaacute ligada agrave possibilidade ou natildeo de se

aplicar ao agente no caso concreto a lei penal em razatildeo de fatores

relacionados agrave sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e

de sua possibilidade de se comportar conforme o direito Tambeacutem

estudaremos melhor este tema na aula proacutepria

07 - (FGV-2008-SENADO-ADVOGADO DO SENADO)

Relativamente ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia analise as

afirmativas a seguir

I O indiciado em inqueacuterito policial ou acusado em processo

criminal deve ser tratado como inocente salvo quando preso em

flagrante por crime hediondo caso em que seraacute vedada a

concessatildeo de liberdade provisoacuteria

ERRADA A discussatildeo doutrinaacuteria e jurisprudencial acerca da

possibilidade ou natildeo de decretaccedilatildeo da liberdade provisoacuteria natildeo guarda

relaccedilatildeo com o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia de uma maneira direta

mas apenas reflexamente A afirmativa estaacute errada pois ainda que fosse

terminantemente proibida a liberdade provisoacuteria nestes casos a

existecircncia de prisotildees processuais de natureza cautelar natildeo ofende o

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia pois o acusado natildeo passa a ser

considerado culpado eis que natildeo se cuida de prisatildeo-pena (derivada de

condenaccedilatildeo) mas de prisatildeo-natildeo pena que eacute modalidade de prisatildeo que

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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visa a um fim natildeo punitivo mas cautelar de forma a assegurar a

aplicaccedilatildeo da lei penal a instruccedilatildeo do processo etc

II Soacute eacute liacutecito o uso de algemas em caso de resistecircncia e de

fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica proacutepria ou

alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade

disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e a nulidade

da prisatildeo ou do ato processual a que se refere sem prejuiacutezo da

responsabilidade civil do estado

CORRETA O uso indiscriminado de algemas pode levar agrave violaccedilatildeo do

princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia notadamente nos crimes de

competecircncia do Tribunal do Juacuteri eis que nessa hipoacutetese a decisatildeo eacute

proferida por pessoas leigas que poderiam ser influenciadas pela

associaccedilatildeo da imagem do indiviacuteduo algemado agrave sua culpa (que pode ou

natildeo estar presente) Nesse sentido o Supremo Tribunal Federal editou a

Suacutemula Vinculante nordm 11 ldquoSoacute eacute liacutecito o uso de algemas em casos de

resistecircncia e de fundado receio de fuga ou de perigo agrave integridade fiacutesica

proacutepria ou alheia por parte do preso ou de terceiros justificada a

excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisatildeo ou do ato

processual a que se refere sem prejuiacutezo da responsabilidade civil do

Estadordquo

III Milita em favor do indiviacuteduo o benefiacutecio da duacutevida no

momento da prolaccedilatildeo da sentenccedila criminal in dubio pro reacuteu

CORRETA Como vimos um dos desdobramentos praacuteticos do princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia eacute o benefiacutecio da duacutevida que labora em favor do

reacuteu pois cabe agrave acusaccedilatildeo provar que acusado cometeu de fato o ato

criminoso pois somente prova cabal dessa autoria eacute que pode ilidir a

presunccedilatildeo de natildeo-culpabilidade do reacuteu

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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IV A presunccedilatildeo de inocecircncia eacute incompatiacutevel com as prisotildees

cautelares antes de transitada em julgado a sentenccedila penal

condenatoacuteria

ERRADA Conforme passado durante a aula a existecircncia de prisotildees de

natureza cautelar natildeo ofende de maneira nenhuma o princiacutepio da

presunccedilatildeo de inocecircncia por natildeo se basearem em uma suposta culpa do

acusado mas na necessidade de mantecirc-lo custodiado em razatildeo da

possibilidade de restar frustrada a instruccedilatildeo processual a aplicaccedilatildeo da lei

penal etc

Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas

(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas

(D) se apenas as afirmativas I III e IV estiverem corretas

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

08 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Relativamente aos princiacutepios de direito penal assinale a

afirmativa incorreta

(A) Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina

(B) Natildeo haacute pena sem preacutevia cominaccedilatildeo legal

(C) Crimes hediondos natildeo estatildeo sujeitos ao princiacutepio da

anterioridade da lei penal

(D) Ningueacutem pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de

considerar crime

(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-

se aos casos anteriores

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da anterioridade da lei penal prevecirc que a lei

incriminadora soacute pode atingir fatos praticados antes de sua vigecircncia por

uma questatildeo de loacutegica e de homenagem ao princiacutepio da seguranccedila

juriacutedica Assim os brocardos nullum crimen sine lege nulla poena sine

lege traduzem a necessidade de que a descriccedilatildeo do fato como crime bem

como a previsatildeo de pena devem ser anteriores a ele Aleacutem disso tanto a

Constituiccedilatildeo como o Coacutedigo Penal estabelecem a abolitio criminis que eacute a

hipoacutetese de surgimento de uma lei que estabelece natildeo ser mais crime

determinado fato Essa lei nova abolitiva retroagiraacute pois milita em

benefiacutecio do reacuteu Com relaccedilatildeo agrave vedaccedilatildeo da retroatividade da lei quando

estivermos diante de lei que cria fato tiacutepico ou agrava a situaccedilatildeo do reacuteu

essa lei natildeo retroagiraacute nem mesmo em relaccedilatildeo aos crimes hediondos

que tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

Assim a alternativa correta eacute a letra C

09 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Em mateacuteria de princiacutepios constitucionais de Direito Penal eacute

correto afirmar que

(A) a lei penal natildeo retroagiraacute mesmo que seja para beneficiar o

reacuteu

ERRADA A lei penal que for mais favoraacutevel ao reacuteu deveraacute retroagir (ser

aplicada a fatos cometidos anteriormente agrave sua vigecircncia) nos termos do

art 5deg XL da Constituiccedilatildeo XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

(B) a praacutetica de racismo natildeo eacute considerada crime salvo se a

viacutetima for detentor de funccedilatildeo puacuteblica

ERRADA O crime de racismo eacute crime previsto no art 5deg XLII da

Constituiccedilatildeo e pode ser cometido contra qualquer pessoa XLII - a praacutetica do

racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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(C) os presos tecircm assegurado o respeito agrave sua integridade fiacutesica

mas natildeo agrave integridade moral

ERRADA Os presos tecircm direito tanto agrave integridade fiacutesica quanto agrave

integridade moral conforme art XLIX XLIX - eacute assegurado aos presos o

respeito agrave integridade fiacutesica e moral

(D) a Constituiccedilatildeo natildeo autoriza a criaccedilatildeo de penas de trabalhos

forccedilados

CORRETA A pena de trabalhos forccedilados como vimos eacute vedada

expressamente pela Constituiccedilatildeo sendo vedado ao legislador ordinaacuterio

instituiacute-la pois se trata de claacuteusula peacutetrea da Constituiccedilatildeo (imutaacutevel) Nos

termos do art 5deg XLVII c da Constituiccedilatildeo XLVII - natildeo haveraacute penas ()

c) de trabalhos forccedilados

(E) as penas privativas de liberdade poderatildeo ser impostas aos

sucessores do condenado

ERRADA Como vimos em razatildeo do princiacutepio da intranscendecircncia da

pena que veda a aplicaccedilatildeo da pena agrave pessoa diversa daquela que

cometeu o crime e que fora condenada os sucessores do condenado natildeo

podem cumprir pena privativa de liberdade por este embora a obrigaccedilatildeo

de reparar o dano e os reflexos patrimoniais da condenaccedilatildeo ateacute o limite

do patrimocircnio transferido pelo falecido aos herdeiros nos termos do art

5deg XLV da Constituiccedilatildeo XLV - nenhuma pena passaraacute da pessoa do

condenado podendo a obrigaccedilatildeo de reparar o dano e a decretaccedilatildeo do

perdimento de bens ser nos termos da lei estendidas aos sucessores e contra

eles executadas ateacute o limite do valor do patrimocircnio transferido

10 - (FGV-2008-INSPETOR-INSPETOR DE POLICIA)A00

Assinale a alternativa correta

(A) Expirado o prazo de validade da lei temporaacuteria natildeo se poderaacute

impor prisatildeo em flagrante agravequeles que pratiquem o crime apoacutes a

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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expiraccedilatildeo mas ainda seraacute possiacutevel a instauraccedilatildeo de processo

criminal

(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vigecircncia da

lei temporaacuteria poderatildeo ser processados mesmo depois de

expirado seu prazo de vigecircncia

(C) Cessada a vigecircncia da lei temporaacuteria consideram-se

prescritos os crimes praticados durante sua vigecircncia

(D) O princiacutepio da ultra atividade da lei penal permite que todos

aqueles que pratiquem o crime no intervalo de trecircs anos a partir

do fim do prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria sejam processados

criminalmente

(E) Terminado o prazo de vigecircncia da lei temporaacuteria ocorreraacute a

abolitio criminis libertando-se os que estiverem presos em razatildeo

da praacutetica do crime previsto nessa lei

COMENTAacuteRIOS As leis chamadas de ldquointermitentesrdquo (temporaacuterias e

excepcionais) satildeo leis que produzem efeitos tambeacutem apoacutes sua revogaccedilatildeo

dado o seu caraacuteter meramente temporaacuterio Se assim natildeo o fosse todos

os crimes praticados sob a eacutegide destas leis ficariam impunes pois

deveriam ser julgados o acusado ser condenado e cumprir integralmente

a pena ainda durante a vigecircncia da lei o que eacute um absurdo

Assim como vimos na aula a lei excepcional eacute ultra ativa aplicando-se

aos fatos praticados durante a sua vigecircncia (natildeo apoacutes esta) mesmo que

venha a posteriormente ser revogada (ateacute porque isso necessariamente

iraacute acontecer) Natildeo haacute nesses casos abolitio criminis

Assim nos termos do art 3deg do Coacutedigo Penal a alternativa correta eacute a

letra B

11 - (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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A respeito do tema da retroatividade da lei penal assinale a

afirmativa correta

(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

natildeo se aplica aos fatos praticados durante a vigecircncia de uma lei

temporaacuteria

(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente

aplica-se aos fatos anteriores com exceccedilatildeo daqueles que jaacute

tiverem sido objeto de sentenccedila condenatoacuteria transitada em

julgado

(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir aplicando-se a fatos

praticados anteriormente agrave sua vigecircncia desde que trate de

crimes hediondos tortura ou traacutefico de drogas como

expressamente ressalvado na Constituiccedilatildeo

(D) Quando um fato eacute praticado na vigecircncia de uma determinada

lei e ocorre uma mudanccedila que gera uma situaccedilatildeo mais gravosa

para o agente ocorreraacute a ultratividade da lei penal mais favoraacutevel

salvo se houver a ediccedilatildeo de uma outra lei ainda mais gravosa

situaccedilatildeo em que prevaleceraacute a lei intermediaacuteria

(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o

agente natildeo se aplica aos fatos praticados anteriormente salvo se

houver previsatildeo expressa na proacutepria lei nova

COMENTAacuteRIOS Conforme estudamos o princiacutepio da anterioridade

determina que a lei incriminadora deva ser necessariamente anterior ao

crime Aleacutem disso a lei penal que agrava a situaccedilatildeo do reacuteu de qualquer

forma tambeacutem deve ser anterior ao crime Disto resulta o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal previsto no art 5deg XL da Constituiccedilatildeo

Federal

Essa regra soacute eacute excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei

penal caso esta seja mais beneacutefica ao reacuteu seja porque natildeo mais

considera o fato como crime seja porque prevecirc consequecircncias menos

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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gravosas para estes fatos Os crimes hediondos (principalmente aliaacutes)

tambeacutem devem respeitar o princiacutepio da anterioridade da lei penal

No entanto a lei penal nova mais beneacutefica natildeo retroage para alcanccedilar

fatos praticados quando da vigecircncia de uma lei temporaacuteria pois esta

continua a produzir efeitos mesmo apoacutes sua revogaccedilatildeo pois por sua

proacutepria natureza a sua revogaccedilatildeo natildeo eacute sinocircnimo de alteraccedilatildeo do

pensamento do legislador acerca da necessidade de se criminalizar ou natildeo

a conduta mas decorrecircncia natural da cessaccedilatildeo de uma determinada

situaccedilatildeo temporaacuteria nos termos do art 3deg do CP

Assim A ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

12 - (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO)

A ideia de insignificacircncia penal centra-se no conceito

a) formal de crime

b) material de crime

c) analiacutetico de crime

d) subsidiaacuterio de crime

e) aparente de crime

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da insignificacircncia afasta a configuraccedilatildeo da

tipicidade material ou seja a conduta embora FORMALMENTE seja tiacutepica

(adequada perfeitamente ao tipo penal) natildeo eacute capaz de ofender

minimamente o bem juriacutedico que se busca tutelar

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

13 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Conforme reza a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica a competecircncia para o

julgamento dos crimes dolosos contra a vida eacute do(a)

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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a) juizado especial federal

b) juacuteri

c) Juiz criminal de primeira instacircncia

d) justiccedila militar

e) Ministeacuterio Puacuteblico

COMENTAacuteRIOS A competecircncia para o processo e julgamento dos crimes

dolosos contra a vida pertence ao Tribunal do Juacuteri por expressa previsatildeo

constitucional contida no art 5ordm XXXVIII d da CRFB88

Art 5ordm ()

XXXVIII - eacute reconhecida a instituiccedilatildeo do juacuteri com a organizaccedilatildeo que lhe der a lei assegurados

()

d) a competecircncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA B

14 ndash (FCC ndash 2011 ndash TCEPR ndash ANALISTA DE CONTROLE)

O princiacutepio vaacutelido tratando-se de sucessatildeo de leis penais no

tempo na hipoacutetese de que a norma posterior incrimina fato natildeo

previsto na anterior eacute o da

a) Abolitio criminis

b) Ultratividade

c) Irretroatividade

d) Retroatividade

e) Lei vigente na eacutepoca no momento da praacutetica de fato puniacutevel

Tempus regit actum

COMENTAacuteRIOS Se a norma posterior incrimina um fato que ainda natildeo

era incriminado temos o que se chama de novatio legis incriminadora

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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Neste caso ela natildeo retroage pois seria hipoacutetese de retroatividade mais

gravosa Assim teremos irretroatividade desta nova lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

15 ndash (FUNCAB ndash 2010 ndash PM-GO)

O Artigo 5ordm Inciso XL da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica prevecirc que ldquoa

lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteurdquo Tal

dispositivo constitucional refere-se ao princiacutepio da

a) individualizaccedilatildeo da pena

b) legalidade estrita

c) retroatividade beneacutefica da lei penal

d) irretroatividade total da lei penal

e) aplicaccedilatildeo imediata da lei processual penal

COMENTAacuteRIOS Tal dispositivo constitucional consagra o princiacutepio da

irretroatividade da lei penal mais gravosa ou por outro lado da

retroatividade da lei penal mais beneacutefica

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

16 ndash (FCC ndash 2010 ndash DPESP ndash DEFENSOR PUacuteBLICO)

O postulado da fragmentariedade em mateacuteria penal relativiza

a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequecircncia

juriacutedica

b) a dignidade humana como limite material agrave atividade punitiva

do Estado

c) o concurso entre causas de aumento e diminuiccedilatildeo de penas

d) a funccedilatildeo de proteccedilatildeo dos bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei penal

e) o caraacuteter estritamente pessoal que decorre da norma penal

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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COMENTAacuteRIOS A fragmentariedade estabelece que embora existam

diversos bens juriacutedicos dignos de proteccedilatildeo pelo Estado nem todos seratildeo

tutelados pelo Direito Penal mas somente aqueles mais relevantes

Assim ela relativiza a funccedilatildeo de proteccedilatildeo de bens juriacutedicos atribuiacuteda agrave lei

penal

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

17 ndash (FEPESE ndash 2010 ndash UDESC ndash ADVOGADO)

Assinale a alternativa correta

a) O princiacutepio da humanidade das penas estaacute consagrado na

Constituiccedilatildeo Federal

b) O princiacutepio da aplicaccedilatildeo da lei mais beneacutefica natildeo eacute utilizado

pelo direito penal

c) O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima natildeo se confunde com o

princiacutepio da ultima ratio

d) Por forccedila do princiacutepio da insignificacircncia natildeo satildeo punidos os

crimes de menor potencial ofensivo

e) A existecircncia de crimes funcionais ofende o princiacutepio da

igualdade

COMENTAacuteRIOS

A) CORRETA Tal princiacutepio estaacute previsto no art XLVII da CRFB88 sendo

tambeacutem conhecido como ldquoprinciacutepio da limitaccedilatildeo das penasrdquo

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

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Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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d) de banimento

e) crueacuteis

B) ERRADA O item estaacute errado pois a lei penal mais beneacutefica seraacute

aplicada ainda que somente entre em vigor apoacutes a praacutetica do fato nos

termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

C) ERRADA O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima eacute sinocircnimo de ultima

ratio Este eacute um princiacutepio limitador do poder punitivo estatal que

estabelece uma regra a ser seguida para conter possiacuteveis arbiacutetrios do

Estado

Assim por forccedila deste princiacutepio num sistema punitivo como eacute o Direito

Penal a criminalizaccedilatildeo de condutas soacute deve ocorrer quando se

caracterizar como meio absolutamente necessaacuterio agrave proteccedilatildeo de bens

juriacutedicos ou agrave defesa de interesses cuja proteccedilatildeo pelo Direito Penal seja

absolutamente indispensaacutevel agrave coexistecircncia harmocircnica e paciacutefica da

sociedade

Embora natildeo esteja previsto na Constituiccedilatildeo nem na legislaccedilatildeo

infraconstitucional decorre da proacutepria loacutegica do sistema juriacutedico-penal

D) ERRADA O item estaacute errado pois o princiacutepio da insignificacircncia

determina que aqueles que delitos em que a lesatildeo seja insignificante natildeo

deveratildeo ser punidos pelo Direito Penal Isso em nada tem a ver com os

crimes de menor potencial ofensivo cuja lesatildeo embora menor que a dos

demais eacute penalmente relevante

E) ERRADA O item estaacute errado Crime funcional eacute aquele que eacute praticado

por algueacutem no exerciacutecio de determinada funccedilatildeo ou em razatildeo dela como o

crime de peculato ou a prevaricaccedilatildeo (arts 312 e 319 do CP

respectivamente) Isso natildeo fere a isonomia pois os destinataacuterios da

norma natildeo se encontram na mesma situaccedilatildeo de forma que natildeo podem

ser tratados da mesma forma Por outro lado todos que se encontrem na

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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mesma situaccedilatildeo (a situaccedilatildeo de funcionaacuterio puacuteblico nos exemplos citados)

estaratildeo sujeitos ao mesmo regramento

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

18 - (FUNDATEC ndash 2010 ndash CREAPR ndash PROCURADOR)

Natildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal O primeiro artigo do Coacutedigo Penal refere-

se a qual dos princiacutepios regentes do Direito Penal

A) Fragmentariedade

B) Adequaccedilatildeo social

C) Consunccedilatildeo

D) Legalidade

E) Especialidade

COMENTAacuteRIOS O art 1ordm do CP retratado no enunciado da questatildeo

(ldquoNatildeo haacute crime sem lei anterior que o defina Natildeo haacute pena sem preacutevia

cominaccedilatildeo legalrdquo) estabelece o princiacutepio da legalidade em suas duas

ramificaccedilotildees tanto o da reserva legal (ldquosei LEI que o definardquo) quanto o da

anterioridade (ldquoSem lei ANTERIORrdquo)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

19 - (FCC ndash 2011 ndash TCE-SP ndash PROCURADOR)

O princiacutepio constitucional da legalidade em mateacuteria penal

a) natildeo vigora na fase de execuccedilatildeo penal

b) impede que se afaste o caraacuteter criminoso do fato em razatildeo de

causa supralegal de exclusatildeo da ilicitude

c) natildeo atinge as medidas de seguranccedila

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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d) obsta que se reconheccedila a atipicidade de conduta em funccedilatildeo de

sua adequaccedilatildeo social

e) exige a taxatividade da lei incriminadora admitindo em certas

situaccedilotildees o emprego da analogia

COMENTAacuteRIOS

A) ERRADA Ateacute mesmo na fase de execuccedilatildeo isto eacute apoacutes tracircnsito em

julgado da sentenccedila penal condenatoacuteria o princiacutepio seraacute aplicado

b) ERRADA As excludentes da ilicitude satildeo em regra aquelas previstas

em lei (ex legiacutetima defesa estrito cumprimento do dever legal exerciacutecio

regular de direito e estado de necessidade) Nada impede contudo a

existecircncia de causas excludentes da ilicitude que natildeo estejam

expressamente em lei As causas supralegais de ilicitude satildeo admitidas jaacute

que beneficiam o sujeito

C) ERRADA Quando se diz no artigo 1o do CP que natildeo haacute pena sem

preacutevia cominaccedilatildeo legal devemos entender tambeacutem que natildeo haveraacute

medida de seguranccedila sem preacutevia cominaccedilatildeo legal A medida de seguranccedila

natildeo se confunde com pena Mas a ela tambeacutem se aplica o princiacutepio da

legalidade pois eacute modalidade de sanccedilatildeo penal

D) ERRADA A legalidade natildeo impede o reconhecimento da atipicidade por

adequaccedilatildeo social eis que se trata de um benefiacutecio ao reacuteu de forma que a

legalidade visa a impedir que o reacuteu seja prejudicado por uma conduta

tipificada posteriormente agrave sua praacutetica mas natildeo impede o contraacuterio

E) CORRETA A taxatividade da lei penal incriminadora eacute imprescindiacutevel

para que o cidadatildeo possa saber precisamente qual a conduta estaacute sendo

proibida Ateacute por isso a analogia eacute vedada em regra sendo permitida

apenas para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

20 - (FCC ndash 2012 ndash ISS-SP ndash AUDITOR FISCAL)

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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Ceacutesar na vigecircncia da Lei no 01 foi condenado agrave pena de dois

meses de detenccedilatildeo pela praacutetica de determinado delito A

sentenccedila transitou em julgado Antes do tracircnsito em julgado

entrou em vigor a Lei no 02 que aumentou a pena desse crime

para trecircs meses de detenccedilatildeo Apoacutes o tracircnsito em julgado

entraram em vigor duas outras leis a Lei no 03 que reduziu a

pena dessa infraccedilatildeo penal para um mecircs de detenccedilatildeo e a Lei no

04 que aboliu o referido delito Nesse caso

a) aplica-se a Lei no 02 por ter entrado em vigor antes do tracircnsito

em julgado da sentenccedila

b) aplica-se a Lei no 03 por ter mantido a incriminaccedilatildeo com

reduccedilatildeo da pena imposta

c) aplica-se a Lei no 04 que deixou de incriminar fato que

anteriormente era considerado iliacutecito penal

d) aplica-se a pena resultante da meacutedia aritmeacutetica entre as penas

de todas as leis referentes agrave mesma infraccedilatildeo penal

e) natildeo se aplica nenhuma das leis novas que entraram em vigor

apoacutes o tracircnsito em julgado da sentenccedila

COMENTAacuteRIOS A regra no Direito Penal como em qualquer ramo do

Direito eacute a irretroatividade da Lei ou seja a Lei natildeo poder ser aplicada

em relaccedilatildeo a fatos jaacute ocorridos quando de sua entrada em vigor No

entanto a Lei Penal quando mais favoraacutevel seraacute sempre aplicada em

favor do acusado ainda que o fato jaacute tenha ocorrido Vejamos o sect uacutenico

do art 2ordm do CP

Art 2ordm - ()

Paraacutegrafo uacutenico - A lei posterior que de qualquer modo favorecer o

agente aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentenccedila

condenatoacuteria transitada em julgado (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de

1171984)

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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No entanto no caso concreto aleacutem de uma lei posterior mais beneacutefica (lei

nordm 03) houve a ediccedilatildeo de uma lei que aboliu o delito (Lei nordm 04)

devendo ser aplicada ainda que o processo jaacute tenha transitado em

julgado Vejamos

Art 2ordm - Ningueacutem pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime cessando em virtude dela a execuccedilatildeo e os efeitos penais da

sentenccedila condenatoacuteria (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 7209 de 1171984)

Assim a Lei a ser aplicada eacute a lei nordm 04 por ter provocado o fenocircmeno da

abolitio criminis

Portanto a alternativa CORRETA Eacute A LETRA C

21 - (FCC ndash 2012 ndash TRF5 ndash ANALISTA JUDICIAacuteRIO)

O princiacutepio segundo o qual se afirma que o Direito Penal natildeo eacute o

uacutenico controle social formal dotado de recursos coativos embora

seja o que disponha dos instrumentos mais eneacutergicos eacute

reconhecido pela doutrina como princiacutepio da

a) lesividade

b) intervenccedilatildeo miacutenima

c) fragmentariedade

d) subsidiariedade

e) proporcionalidade

COMENTAacuteRIOS O item correto eacute a letra D O princiacutepio da

subsidiariedade dispotildee que o Direito Penal somente deveraacute atuar quando

todos os demais ramos do Direito forem insuficientes para salvaguardar o

bem juriacutedico que se pretende tutelar exatamente por ser o mais eneacutergico

e portanto o mais agressivo ao cidadatildeo

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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22 - (FCC ndash 2010 ndash TJ-MS ndash JUIZ)

O princiacutepio de intervenccedilatildeo miacutenima do Direito Penal encontra

expressatildeo

a) nos princiacutepios da fragmentariedade e da subsidiariedade

b) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

fragmentariedade

c) no princiacutepio da fragmentariedade e na proposta funcionalista

d) na teoria da imputaccedilatildeo objetiva e no princiacutepio da

subsidiariedade

e) no princiacutepio da subsidiariedade e na proposta funcionalista

COMENTAacuteRIOS O princiacutepio da intervenccedilatildeo miacutenima propotildee que o Direito

Penal seja a ultima ratio ou seja somente deve ser chamado a atuar na

tutela do bem juriacutedico quando for inevitaacutevel sua atuaccedilatildeo

Trata-se de decorrecircncia loacutegica dos princiacutepios da subsidiariedade (Direito

Penal deve possuir atuaccedilatildeo subsidiaacuteria ou seja apenas quando natildeo for

possiacutevel por outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade

(Direito Penal natildeo pode ser usado para a tutela de quaisquer bens

juriacutedicos mas apenas aqueles mais relevantes para a sociedade)

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA A

23 - (VUNESP ndash 2011 ndash TJ-SP ndash JUIZ)

Antocircnio quando ainda em vigor o inciso VII do art 107 do

Coacutedigo Penal que contemplava como causa extintiva da

punibilidade o casamento da ofendida com o agente

posteriormente revogado pela Lei nordm 11106 publicada no dia 29

de marccedilo de 2005 estuprou Maria com a qual veio a casar em 30

de setembro de 2005 O juiz ao proferir a sentenccedila julgou extinta

a punibilidade de Antocircnio em razatildeo do casamento com Maria

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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fundamentando tal decisatildeo no dispositivo revogado (art 107 VII

do Coacutedigo Penal) Assinale dentre os princiacutepios adiante

mencionados em qual deles fundamentou-se tal decisatildeo

a) Princiacutepio da isonomia

b) Princiacutepio da proporcionalidade

c) Princiacutepio da retroatividade da lei penal beneacutefica

d) Princiacutepio da ultratividade da lei penal beneacutefica

e) Princiacutepio da legalidade

COMENTAacuteRIOS Neste caso seraacute aplicado o princiacutepio da ULTRATIVIDADE

da lei penal beneacutefica pois embora ela tenha sido revogada por ser mais

beneacutefica ao agente continua a reger o fato praticado durante sua

vigecircncia nos termos do art 5ordm XL da CRFB88

Art 5ordm ()

XL - a lei penal natildeo retroagiraacute salvo para beneficiar o reacuteu

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

24 - (VUNESP ndash 2009 ndash TJ-MT ndash JUIZ)

De acordo com o que dispotildee a Constituiccedilatildeo Federal eacute crime

inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel

a) o estupro

b) a tortura

c) o terrorismo

d) o racismo

e) o crime hediondo

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 estabelece como crime inafianccedilaacutevel e

imprescritiacutevel o RACISMO nos termos do art 5ordm XLII

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Art 5ordm ()

XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

26 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

considerado culpado eacute suficiente

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

27 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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Isso significa que eles natildeo respondem penalmente estando sujeitos

poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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01 ALTERNATIVA C

02 ALTERNATIVA C

03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

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XLII - a praacutetica do racismo constitui crime inafianccedilaacutevel e imprescritiacutevel sujeito agrave pena de reclusatildeo nos termos da lei

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

25 - (VUNESP ndash 2014 ndash PC-SP ndash OFICIAL ADMINISTRATIVO)

No direito brasileiro eacute vedada a pena de

a) suspensatildeo ou interdiccedilatildeo de direitos

b) perda de bens

c) trabalhos forccedilados

d) privaccedilatildeo da liberdade

e) restriccedilatildeo da liberdade

COMENTAacuteRIOS A CRFB88 elenca algumas penas que satildeo vedadas no

nosso ordenamento juriacutedico Vejamos

Art 5ordm ()

XLVII - natildeo haveraacute penas

a) de morte salvo em caso de guerra declarada nos termos do art 84 XIX

b) de caraacuteter perpeacutetuo

c) de trabalhos forccedilados

d) de banimento

e) crueacuteis

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA C

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Segundo a Constituiccedilatildeo Federal para que algueacutem seja

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a) condenaccedilatildeo recorriacutevel do Tribunal de Justiccedila do Estado de Satildeo

Paulo

b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

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Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

Art 228 Satildeo penalmente inimputaacuteveis os menores de dezoito anos sujeitos agraves normas da legislaccedilatildeo especial

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poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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03 ALTERNATIVA B

04 ALTERNATIVA C

05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

24 ALTERNATIVA D

25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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b) sentenccedila judicial criminal de primeira instacircncia recorriacutevel

c) decisatildeo unacircnime do tribunal do juacuteri da qual ainda caiba recurso

d) denuacutencia do Ministeacuterio Puacuteblico recebida pelo Poder Judiciaacuterio

e) sentenccedila penal condenatoacuteria transitada em julgado

COMENTAacuteRIOS Para que algueacutem seja considerado culpado eacute necessaacuterio

o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria nos termos do art

5ordm LVII da CRFB88

Art 5ordm ()

LVII - ningueacutem seraacute considerado culpado ateacute o tracircnsito em julgado de sentenccedila penal condenatoacuteria

Este dispositivo consagra o princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA E

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Satildeo penalmente inimputaacuteveis os

a) maiores de dezesseis anos

b) menores de vinte e um anos

c) maiores de vinte e um anos

d) menores de dezoito anos

e) maiores de dezoito anos

COMENTAacuteRIOS Nos termos do art 228 da CRFB88 satildeo penalmente

inimputaacuteveis os menores 18 anos Vejamos

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poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente

Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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05 ALTERNATIVA B

06 ALTERNATIVA B

07 ALTERNATIVA B

08 ALTERNATIVA C

09 ALTERNATIVA D

10 ALTERNATIVA B

11 ALTERNATIVA A

12 ALTERNATIVA B

13 ALTERNATIVA B

14 ALTERNATIVA C

15 ALTERNATIVA C

16 ALTERNATIVA D

17 ALTERNATIVA A

18 ALTERNATIVA D

19 ALTERNATIVA E

20 ALTERNATIVA C

21 ALTERNATIVA D

22 ALTERNATIVA A

23 ALTERNATIVA D

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25 ALTERNATIVA C

26 ALTERNATIVA E

27 ALTERNATIVA D

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poreacutem agraves normas especiacuteficas atualmente previstas no Estatuto da

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Portanto a ALTERNATIVA CORRETA Eacute A LETRA D

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