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 CULTUR O R MI NO GRESTE NORDESTINO

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CULTURA DO RAMI NO AGRESTE NORDESTINO

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CIRCULAR TECNICA No 22

ISSN 0100-6460

S e t e m b r o , 1996

CULTURA DO RAMI NO AGRESTE NORDESTINO

Eleusio Curvêlo Freire

José da Cunha Medeiros

Francisco Pereira de Andrade

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I. INTRODUÇAO2 . C A R A C T E R ~ S T I C A SD A FIBRA D O RAM I3. CONDIÇÓES IDEAIS PARA E X P L O R A Ç Á O DO R A M I

4 . PREPARO DO SOLO E PLANTIO

5 . A D U B A Ç A O

6. PROCESSO D E MULTIPLICAÇAO

7 . CULTIVARES8. T R A T O S C U L T U R A I S E COLHEITA

9. PRAGAS E DOENÇAS

l . P R O D U Ç Á O , CUSTOS E COM ERCIAL IZAÇÃO

1I. ENEFIC IAMENTO INDUSTRIAL

1 2 . R A M I NA AL IMENTAÇÁO A N I M A L

1 3. R E F E R ~ N C I A S IBLIOGRA FICAS

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CULTURA DO RAMI NO AGRESTE NORDESTINO

EEeusio Curvêlo Freire'Josb da Cunha M edeiros'

Francisco Pereira de Andrade'

O ram i e um a p lanta perene, r i rornatosa e produtora de f ib ras

liberianas, uti l izad a tam bérn corno f oarageira (B enatt i Jun ior , l9 87 a) .

A espbcie cultivada n ó Brasil, Boehmeria nivea Gaud. ,per tence à

fa m ilia U rt caceae, tendo-se originado nas regi0es temperadas da

Asia Oriental, provave lmente nos vales do Sudoeste da China, de

onde se espalhou para as Filipinas, Formosa, lndia , J a p i o , Coréia e

Europa (M edina, 19 9 .O rami f o i cu l t i vado no Brasil, pela pr imei ra vez, em 1884,

por agr icu l tores rad icados na co l6n ia Grão Par&, em Santa Catarina

(Medina, I 5 9 ) . Os Estados de Santa Catarina, Esplirito Santo e Rio

Grande do Sul fo ram cons iderados in t rodu tores do seu cu l t i vo no

Brasi l (Fornazieri Junior, 7 99 7 ). Atua lmen te , a maio r p roduç%oest$

co n ce n t ra d a no Estada do Paranh (mun ic íp ios de Ura i , A s s a i e

Londrina) com 5 . 2 2 4 h a explorados em 1992 (AnuArio Estat ist ico d o

Brasil, 1 9 9 3 ) . Os maiores p rodutores m und ia is s%o a China, o Brasi l

e as Fil ipinas, potk rn a p r o d u ~ á o u nd ia l nunca excedeu de 130 .00O t

de fibra seca, com apenas uma pequena percentagem dest inada

exportação, pr inc ipa lmente para o Japão (Greenhalgh, 1979).

Do pon t o de v is ta técnico, a sua fibra 6 rnatkria-prima de

Stima qualidade para a confecçã o de tecidos, f ios, cordas e tapetes,

aPem de u m a infinidade de out ros pnodufos e sub-produtos. Trata-se

de um a f ib ra lustrosa c o m o a seda, mais fresca e abso rven te que o

l inho, f&cil de ser lavada c o m o o algodão; n ã o encolhe, n ã o alarga e

não desbota carn a passagem d o tempo , sendo mais res is ten te que

a do canharno e mais fo r te que a do ny lon (Benat t i Junior, 1 9 8 5 ,

1 9 8 7 a e Fornaz ie r i Jun io r , 1991). Por suas p rop r iedades f í s i cas ,

' Pesquisadores da Embrapa-Algodso, CP 174, CEP 58107-720 - Campina Grande, PB

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e a m a i s d u r 0 v e l e r e s i s t e n t e de t o d a s a s f i b r a s v e g e t a i sconhecidas; as excepcionais qualidade e adaptabil idade aos v&riassistemas de preparo e d e f i a ç a a , comuns a outras f ibras t&xteis,conferem A do rami a possibilidade de ser trabalhada na s máquinasque processam a lgodão , lã , seda e l inho, isoladamente ou emm i s t u r a s c o m e s t a s f i b r a s , s e m n e c e s s i d a d e de g r a n d e sm odif icaç6es no s equ ipam ento s das fsibricas.

O rarni, albm d e p r o d u t o r de f ib ras , t5 u m a exce lenteforirageira, açeit a pelos animais dom 6st icos, rum inantcs ou n%o;suas folhas e ponteiros podem ser aproveitados pelas fAbricas de

raças animal . Carnparat ivamente, a rami produz t tbs vezes maisprotelna que a alfafa e quatro vezes mais que a soja, por hectarecultivado (Benatti Junior, 1 9 8 7 a ) . Tbm sido efetuados testes parauso do rami ta m bbrn na al imentação humana, na forma de farinhasprotbicas, graças ao seu alto valor nutritivo e energbtico. Em mkdia,os ponteiros d o rami cant&m28% de proteínas, 2 1% de f ibra hcidadetergente, 6% de céilcici e 400pprn de ferra (Ziggiatti , 1985).

Pelo potencial do r a m i para as regibes Úmidas e irr igadas

do Nordeste , a Embrapa - AIgod30 preparou esta ci rcular tkcnicacom o iinstrum ento orient a d o r d o s extensionistas e produtoresinteressadas em sua explaraçZio.

2. C A R A C T E R [ S T ~ C A SD A FIBRA D O 'RAMI

A fibra do rami d a mais longa , a ma is resistente e u m a dasmais f inas de todas as f ibras vegetais; var ia de 50 a 3 0 0 m r n ,

sendo bem mais longa que a da l inho; o seu diamet ro 6 3 a 5vezes maior que o d as f ibras da seda, do algodão e d o l inho,r e s p e c t i v a m e n t e ; com relação a resist8ncia a t r a ç ã o , k m a i sresistente que as fibras do a lgodáo, da seda e d a Ia . porbrn seequipara As do linho; quanto A elasticidade. perde para as fibrasd a seda e da l i , m a s apresenta l igeira superioridade em relaç3oAs f ib ras do l inho (Benat t i Junior , 1 9 8 5 ) .

3. CONDIÇÓES IDEAIS PARA EXPLORACAO DO R A M I

O rami é um a planta perene e r izomatosa, com caules verdes

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mais ou menos p i losos, tornando-se pardas na maturidade e

cilindricos, raramente ramif icados e d e por te variandci d e 1 a 3

metros de altura e de 0,7 a 1 , 2 c m de BiBmetro (Figura I).s

folhas $80 alternadas, pecioladas, trinervadas. com lim ba dentado

hirsuto e coberto por um t o m e n t o branco em t oda a face inferior

(M edina, 1959).

FIGURA 1.Aspectos das folhas, caule e flores do mmC

O rami exige. para crescimento favorável, clima subtropical ou

temperado quente; as regiões de alta precipitação pluvial. entre I500

e 2 . 0 0 0 m m anuais, com chuvas bem distribuídas durante os meses

do ano, $%oas mais favoráveis; as temperaturas m dxima-m [nima entre

12OC e 28OC, sBo as mais propícias. O ramizal, depois de formado,

suporta secas mais ou menos prolongadas porbm, para melhores

produções, o rami n4o deve ser cultivado em regiões onde ocorra

normalmente um a estação seca por demais pronunciada. Nao se deve

plantar o rami onde ocorrem ventos fortes e constantes, pois provocam

a quebra dos caules, culminando no seu entrelaçamento; este f a t odificulta o corte e o desfibramento (M edina, 1959).

Os solos leves, profundos e ferteis, são os mais -indicados. A

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presença de alto teor de materia organica 4 condiqgo que vem

favorecer o bom desempenho da cultura, pois alem d e assegurar

maior retençao de umidade no sala, promove rápido crescimento

dos caules e maior perfilhamento das tuuceiras. N os solos argilosos;

férteis, profundos e de boa drenagem natural, o rami prospera

sat isfatoriarnente; t arn bdm veget ã bem em solos m edianamente

Acidús, com p H entre 5 ,5 e 6 , 5 , desde que ftlrteis e bem supridos de

nit roggnio (M edina, I 59).

A regiao Nordeste do Brasil t5 considerada inapta para o cultivo

do rami, devido ii caagncia hidrica ocasional severa (Benatt i Sunior,

1987a) porem nesta regiao as stab-regides da Zona da M a t a (litoral ebrejo) e Agreste, apresentam distribuiçao de chuvas que permitira a

expláraç%oracional desta cultura, conforme com provam as pesquisas

efetuadas pelo Centro Nacional de Pesquisa de A lgodao-CNPA. Alem

do mais, a cultura do rami estd sendo explorada em algumas regiões

áridas do mundo, utilizando-se u recurso da irrigaç%o.Nas Filipinas,

tem-se conseguido um a dois cortes adicionais, com bom rendimento

econbmico, aplicando-se 5 0 m m de &gua a cada 1 2 ou 1 5 dias,

durante o período seco. Em Taiw an, alem da Irrigaçao por aspersão,efetua-se a irrigaqaa por infilitraçao, que permite obter duas colheitas

adicionais por ano, com aumento de produç3o de 7 6 % a 98%. No

VietnEl, a prdtica da irrigaç8o por infilWaç%o eleva o número de

colheitas de trBs para cinco por ano, com aumento de produçao de

fibra de 60% (Benatti Junior, í9 8 7 a ) .Também para as Gress irrigadas

do Nordeste, o r a m i poderia ser uma boa alternativa, especialmente

para aqueles solos que se encontram altamente in festados de tiririca,

inviabilizanda economicamente a exploraqBo de culturas anuais; noE stado d a Bahia , n a s margens do Rio Sga Francisco, tem-se

conseguido realizar um corte de rami a cada 60 dias, em condiçlaes

de irrigaçilo por aspers8io.

4 - PREPARO DO SOLO E PLANTIO

O preparo do solo B u m a aperaçh simples s ndispensdvel

ao desenvolvimento d a cultura; quando bem efetuado, garante altasprodutividades por longos períodos, considerando-se que a cultura

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permanece no t e rreno du ran te pe lo men os 1 5 anos; para i s to deve-

se, antes de tud o, analisar os perfis do solo e o re levo, para fac i l i ta ras r ecomendaçdes das técn icas de preparo do so lo e de con t ro le da

erosão. D e m o d o geral, o preparo do so lo deve se r execu tado a u m a

pro fund idade su f ic ien te para romper adensamentos sem u l t rapassar

a c a m a d a arável. A superf icie do so lo deve f i ca r c o m a rnixinaa

rugasidade, d e f o r m a a p e r m i t i r uma b o a semeadura; i s t o v e m

perm i t i r ma io r i n f i l t r ação de Agua, m e lh o r d e s e n v o l v im e n t o d a s

plantas e m e n o r erosLTo. Outro f a t o r i m p o r t a n t e a se r observado 4o t e o r de umidade do so lo no rn-omento do preparo . O so lo deve se rt raba lhado com o t e o r de um idade , em que sua cons is t6nc ia es te ja

f r i h e l , o u seja, seus t o r r b e s possam ser f a c i lm e n t e r o m p id o s e m

f rações m e n o r es , q u a n d o c o m p r im id o s e n t r e o s dedos, sem aderir

aos m e s m o s , Ne s t a c o n d i ç ã o , qualquer m á q u in a o u Implemento

opera com o minirno de es fo rço , r ea l i zando me lho res se rv iços ,

m e n o s o n e ro s o s e c o m m e n o r e s r is c o s d e c o m p a c t a ç ã o d o s o lo .

Sugerem-se, a segui r , a lgumas thcn icas onde se leva em

consideraç%ioa t e x t u r a do solo, como pr inc ipa l fator a ser observado:

1. So lo s de t e x t u r a m é d ia - Esses são os de f á c i l mane j o t o le rando ,

m u i t a s v e ze s, v & r i o s t i p o s d e preparo, d e p e n d e n d o d a i n f r a -

e s t r u t u r a de m Aquinas e equ ipamentos d ispan lve is , psrbrn os

p r e p a r o s "minfmo" e " i n v e r t i d o " p r o m o v i d o m e l h o r e s

resultados. O preparo " inver tido" cons is te n a t r it u raçâo do s re s tos

cu l tu ra is com grade des tor roadara ou n ive ladora, segu ida de um a

araçao a pro fund idade d e 25 a 30cm. No pre pa ra " 'm[nPrno"é

e f e tu a d a u m a escarificaç30 com arado eçcar i f i cador e, caso haja

necess idade de se destor raar , p rocede-se a u m a gradagem com

grade niveladora.

2. So los de t ex tu ra a rg i losa - Por apresentarem maior f o r i a d e

coesão ent re suas part ículas, geralrn en t e esses so los apresent arn

m a io r d i f i c u l d a d e de m a n e jo, f a t o es te que vem ev idenc ia r mais

ainda a observdnc ia do t eo r de umidade no m om ento da operação,

q u a n d o o so lo estd com con s is tenc ia f ri 8ve l . Para e s t e t i p o de

solo, albm d o preparo "mínimon c i tado anter io rmente , recomenda-

se um a araçãio a pro fund idade de 2 5 a 3 0 c m e, l o g o apb s , umaou duas gradagens com g rade n ive ladora .

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V a l e a pena lembrar que o melhor preparo d o sala 6 aquele

em que se proporcionam as melhores condições para germinaçao,

emer gemia e desenvolvimentoradicular

da cultura, com o mlnirnode operaçães e sempre conservando o solo.

O plant io d e v e ser e f e t u a d o em sulcos c om IOcm de

profundidade, com espaçamento entre sulcos de 8 0 c m nos solos

de baixa fertilidade e de ate 1 3 0 c m nos solos de alta fert il idade Os

r i ramas devem ser distribuidos em posiç0o horizontal no fundo

dos sulcos, com espaçamento de 3 0 c m . Caso haja disponibilidade

de rizomas, estes podem ser distribuídos d e forma contínua; logo

apds a distribuição, os rizomas devem ser cobertos com u m a camadade 1 0 c m de solo (Benatti Junior, 1 9 8 5 ) . A emergbncie ocorrer4 em

aproximadamente 10 dias (Figura 2). . . _ , . ? .

FIGURA 2. berg6ncia do raml apbs corte

A grande quant idade de ma s s a verde removida apbs cada

colheita, caracteriza esta cultura c o m o esgotante. Estima-se queem t rês colheitas comerciais de 20 oneladas de massa verde por

hectare e por colhei ta , sejam retiradas as seguintes quant idades

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de elementos nutr i t ivos do solo em kglha lano, segundo Fornazieri

J unior ('i 9 11:nitrogenio - 210 kgcálcio - 1 1 5 kg

potgssio - 5 0 kg

magnbsio - 3 5 kg

f6storo - 10 kg

Esses dados indicam o quanto a cultura do rami absorve

nutr ientes do solo, necessitando que os mesmos sejam repostas

atravbs de adubaçges arganicas e quim icas.

A adubação de correçCio deverá ser recomendada de acordocom a anhlise da solo (Tabela I);unto com a adubaçao qufmica

deve ser adicionado esterco de curral ou esterco de gal inha, n a

dosagem de 102 e 3t, respect ivamente . U m a f o rm a de restringir

os gastos com ferti l izantes 6 espalhar , sobre o solo, as folhas e

resíduos de descort icage m ; a rnateria orgiinica administrada irCE

melhorar as condiç6es de r e t e n ç i o de umidade, proparcisnando

b ro t a ç á o m a i s v i g o ro s a , a l 8 m de reduzir a s c u s t o s c o m o s

fertilizantes químicos. c prat icamente irnposslvel recomendar u m afórmula de adubação quimica geral, porque cada s o b apresenta

suas deficiencias especí f icas, s e n d o necesshrias a cole ta e a

anAlise do solo para a prescriç80 da adubaç%o.

TABELA 1. Recamendaç6es de adubação e calagem para a cultura

do rami

-Fonte: Benatti Junior (1987 b)

N as çondiç6es de solos arenosos, predominantes no agreste

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d e Campina Grande, tem-se usada a fbrmula 40-80-20 na fundaçao

e mais 45 k g l h a de nitrogênio trinta dias ap6s a brotaçéo , além

d e 5 t fha de es ter co , n a fase de preparo do solo. A p b s c a d a cor tecomerc ia l deve-se repetir a adubação nitrogenada. Em S áo Pau'lo

a adubaçSro mais utilizada 6 a fórmula 20-413-1 0, na fundalçiio, e

20 kg l ha de N apbs cada corte, a lém de 70 t l h a de esterco no

preparo do solo. A s pesquisas na 6rea de adubação da rami n o

N o r d e s t e d e v e m ser prior izadas com o m e d i d a neeessgr ia a o

e s t a b e l e c i m e n t o d a f o r m u l a ~ a om a i s e c o n & r n i c a a s e r

recomendada para as v6r ias ecorregiaes.

6 . PROCESSO DE MULTIPLICAÇÃO

A propagaçao do ra m i p o d e ser efetuada por v ia s e x u ã d a

ou assexuada ; a primeira , por intermédio d e sementes (Figura 3 )

exig e m 20-de-obra especializada; a segunda, atraves d e r izom as,

i5 a mais utilizada. N a hip6t ese de fa l ta de rizomas pode-se utilizar

a s s e m e n t e s p a r a s e m e a r c a n t e i r o s p r e p a r a d o s c o m s o l o

peneirado e adubado organicarn ente . A s sementes , p o r seremm u i t o pequenas , devem ser s e m e a d a s n a superficie d o canteiro

e cober tas com f ina c a m a d a de esterco curtido. Os canteiros

d e v e m s e r regados d u a s v e t e s ao d ia e protegidos d a incid8ncia

direta do sol. Depois d e cerca de 5 meses as p lantas podem ser

cor tadas e arrancadas para t ransplant io , d e preferencia em dias

nubladas . Calcula-se que 3009 de sementes em 300m2 evem

produzi r u m n ú m e r o d e m u d a s suficientes para plant io de u m

h e c t a re , no e s p a ç a m e n to d e I 30 x 0 , 3 0 m .A m u l t i p l i c a ç ~ o o r r i zomas 6 a mais indicada, por garantir

maior capac idade d e brotaçSio, al4m d e co lhe i tas m a i s p re c o c e s

e rebrotas mais uniformes e maiores. Estima-se q u e o incremento

de f ibras d as plántaqdes efetuadas atrCives de r izom as, seja 14%super ior ao plant io por sementes . Um h e c t a re d e r a m i p lantado

c o m r i r o m a s poder8 fornecer , no 2 O ano d e c o r t e , um nume ra de

r i z om as suf ic iente para plantar u m a grea 8 vezes m ai or e, no 3 "

e 4" anos, Areas 20 e 30 vezes m ai or es (Benatt i Junior , 1 9 8 5 ) .Os r izomas ideais s?iio aqueles q u e apresen tam a grossura

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de um l áp i s e co lo ração marrom (F i gu rá 4 ) . Deve -se t om a r o

cuidado de não confundir os r izamas com as ralres tuberosas , que

se aprafundam n o solo e são ma i s grossas e l isas que os r izomas.

Os r izomas, depois de cor tados , devem ser co locados em sacos de

juta molhados , para evi tar seu ressecarnento a té o p lan t io .

FIGURA 3 . Sementes de rami em fase de maturação

,,I-IGURA 4 . Riromas de ram , em varias idades

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7 . CULTIVARESA s cultivares de ram i s%o relativamente poucas, porem existe,

entre elas, uma grande variaçao de comportamento em relaqão a scondiçbes de solo e clima. Algumas adaptam-se melhor aos período's

de frio e geada, outras 3 seca; umas são mais produtivas em solos

argilosos, outros em solos arenosos. A s cultivares tam bem diferem

em relação As caracteristicas de resistência, finura e uniformidade

de fibras, as qwais t amb 6m p od em ser nfluenciadas pelas condições

am bient ais (M edina, I 59).

A cultivar a ser explorada em determinada Area deve, acima

de tudo, ser precoce, ter alta produtividade, apresentar alto teor d efibras e oferecer facilidades de descorticagem mecanica dos cauies.

A s cu l t i vares recémendadas para São Paulo sao as seguintes:

M urakami , M iyasaki, Saikei(JãpBo), 72 covas, Tãssen I Paraguai

1 (Pedro Junior et al. 1987).

A s pesquisas no Centro Nacional de Pesquisa de AlgodLfo-

CNPA com a cultura do rami tem-se restringido A introdução, no

Estado da Paraiba, de 7 2 clones oriundos do Instituto AgronBmico

do Paranh-IAPAR e 4 clones do Instituto Agron6mico de Campinas-IAC, para avaliação, em solo arenoso, do Agreste paraibano. Estes

clones foram avaliados para produtividade sob condições de chuva

e, ao f inal d a estaçso normal de seca da região, foi aplicada escala

d e n o ta s para men su r açáa d a tolerancia à seca. Os resultados

correspondentes aos va lores medios obt idos n o s t r g s c o r t e s

comerciais $80 apresentados nas Tabelas 2 e 3 . Observa-se que,

para peso verde, produçso de fibra seca e comprimento de fibra, as

melhores cfones foram os I APAR II, urakami e Parãguat I,odos

com mais d e 4 5 0 kglha de fibra seca de comprimento aproximado

de 150-17 5 c m . D a coleçCio recebida da l A C , apenas o clone Tatsuta-

Kairyo se destacou. Na avaliação da toterancia A seca, foi; aplicada

escala de notas n a ileira, o n d e se considerou, como nota I , fileira

resistente à seca (sem qualquer sintoma de estresse hidriea) e nata

5 para a fileira al tamente susceptivel A seca (caracterizada por

rnurchamento geral e morte de toueeiras). Destacaram-se quanto a

tolerancia h seca os clones IAPAR I , ossen 2 , Paraguai í e

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Tatsuta Kairyo (Freiire et al. 1991 . A s pesquisas com relação a

identificação do melhor clone, parem, devem ser cant inuadas visando

identificar as melhores opç6es para expforaç30 no Agreste e sob

condiçlies irrigadas na Nordeste.

Rizornas ou sementes de rami podem ser conseguidos em

pequenas quantidades junto aio CNPA (Campina Grande-PB), IAC

(Campinas-SP) e IAPAR (Londrina-PR); grandes volumes devem serprocurados junto aos produtores de Urai (Parana).

TABELA 2. Características medias por corte obtidas na coleção de

clones de rãm i oriundos do IAPAR. Campina Grande, 1987

Peso verde Altura das Fibra seca Perfilhosl folerânclaClones kglha plantas kglha comp. cova A seca

(cm cm no nata"

IAPAR 10 9.437 923 398,2 135 9,f 3 , oIAPAR 11 32.686 7 78 672,4 175 17,7 2 , o

M IYASAKI 12.161 135 274,6 135 7,8 5 ,oMURAKAM1 19.697 í54 534,5 175 7 2 ,7 4,o

TOSSEN 1 13.412 166 334,3 175 15,7 4 3

TOSSEN 2 22.309 174 288,8 160 15,2 2,o

P A R A G V A I 1 28.j 7 179 458,2 170 20,O 2,o

SAIKEY- Filipinas 17.728 173 246,8 770 1 8 - 8 3'0

SAIKEY- 3ápã0 14.635 145 351,9 162 14,8 4 , O

72 COVAS 15.1 16 129 2 9 0 , l 7 5 0 16,8 5 ,001 13.3 3.

M&dia 7 7.289 152 342.4 158 14,5 3,4

Avaliaçaa efetuada no meio da es taçao seca, at tavbs d e escala de notas aplicada

em cada clone, ande 1 - resistente A seca e 5 - altamente suscept lvet A seca

TABELA 3. Caaacteristfcas mbdias por corte obtidas na coleção de

clones de rami oriundos do IAC. Campina Grande, PB, 1 9 8 7

Peso verde Altura das Fibra seca Perfilhesl TolerançiaClanes kglha plantas kglha comp. cova B seca

(cm 1 cm no nota"

MEYASAK1 13.689 I 5 6 220 152 7,3 2,5

KAGISEI 76.282 765 234 147 11,3 2,O

M U R A K A M I 13.718 747 228 140 13,7 2,O

TATSUãA-KAIRYO--j-9.854_ 762 228 í57 l&,7 2,OM&dia 15.881 157 242 149 12,2 2, l

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8. TRATOS CULTURAIS E COLHEITA

N o primeiro ano de p lant io a cu l tu ra do rami necessi ta d e dois

t ra tos culturais com cult ivador e d e um a çornplementação da capinaa enxada; aos 6 0 dias do plantio 6 efetuado o corte de padronizaç%o,

seguido de nova cultivaçáo, com distribuição do material cortado entre

as fileiras. Os cortes com erciais são realizados, em mkdia, a cada & O

dias, quando se deseja explorar a produção de fibras; quando se explora

o ram com o forrageira os cor tes podem ser realizados a cad a 4 5 dias.

O critério adotado para se escolher o ponto exato de maturação

d a planta , para a produçso de f ibras , e quando 213 dos cau les

apresentam, nas suas bases, manchas irregulares de cor marrom(Figura 5 ) ; n e s t a fase, as inflorescênçias apresentam m e t a d e d e suas

f lores com coloração verde e m e t a d e com coloração marrom. A

operação do curte dos caules, em plantações consideradas pequenas

áreas , e e x e c u t a d a m a n u a l m e n t e , por m e i o d e f a c a s ou f o i c e s

especia is . 6 operador d e v e cor tar os caules o mais prbx imo possível

da superfície do solo e o primeiro corte deve ser seguido de uma

operação denominada " a p a ra tocos'" que consiste em aparar , com

enxada bem afiada e bem rente ao solo , o s t o c o s d o s caules q ue

perma necem nas touceiras . A f inalidade desta operação e evitar o

e s g a l h a r n e n t o d o s t o c o s , m o t i v a d o pe l a b r o t a ç ã ú d e g e m a s

ex is ten tes , o q u e d i f i c u l t a rá a ope r a ç ã o de desfibrarnent o

*--mI!Rk ---mt- -ar-+----

FIGURA 5 . Manchas do caule do rami , na fase de maturação elou corte

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Os caules, depois de cortados, não podem esperar mais de

24 horas para serem desfibrados. Antes do processo de desfibramentob

efetuada a passagem dos caules at rav6s de pentes f ixos, que retiramas folhas e ponteiros das plantas, antes de seu desfibramento emméquina "periquito" ou em máquinas utilizadas tradicionalmente parao desfibramento de sisal no Nordeste do Brasil (Figura 6 ) . A s folhas

e ponteiros podem ser im ediat am ente utilizados para a alimentação

de animais domésticos, ruminantes ou não, com grandes vantagens.

A p ~ s desfibrament o, as fibras sao colocadas em varais parasecagem sendo, posteriormente, efetuada a confecção de "bonecas"

de 300g cada um a, as quais, após batimento, são enfardadas para

comercializaç80. Se as fibras forem submetidas a lavagem antes dasecagem, serd obtido um produto comercial de valor superior.

A p r o p o r ç ã o d e f o l h a s , c a u l e s , f ib ras b r u t a s e f ib rasdesgomadas 6 aproximadamente a seguinte, dependendo do corte e

da cultivar (M edina, 19 5 9 ) :

caules verdes enfolhados - 100%

folhas e ponteiros - 5 5 %

caules verdes desfolhados - 4 5 %

fibras brutas secas 3%

fibras desgomadas - 2OhConsidera-se a vida econômica da plantação d e rami de 9 a

1 O anos, efetuando-se t rês cortes comerciais por a no; entretanto, a

lavoura f ica no campo por aproximadamente 1 5 anos.

I- .

FIGURA 6. Desfibramentodo raml em desfibradora de sisal do Nordeste

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9 . PR A GA S E POENÇAS

Na maioria das regi0es ande a rami 6 cu l t ivado, os prejuízos

por ataque de insetos t6m sido m enc ionados como de impor tânc iarn in ima (Medina, 1959). U m a praga q u e p o d e causar danos de

signi f icação econdm ica & a larva da borboleta Sylepfa s i l icah (Greene)mais conhecida c o m o lagar ta enroladeira da fo lha. Esta praga jCi f o i

c o n s t a t a d a n o s E s t a d o s d e S ã o Paulo, Paran6 e ParaCba. Este

Iep idbptero deposi ta os ovos na3 folhas do r a m i e as larvas quenascem passam a se a l imentar de las a i6 atingirem um t a m a n h o

suf ic ien te para enro lar os b o r d o s das f o lhas em direção A nervura

central, formando um a esphcie de canudo onde passam a viver, at6alcançar a fase pupal. As l a rvas sãrO de cor verde esbranquiçada,com a te 3 0 m m de c o m p r i m e n t o e, quando perturbadas, reagem com

m o v i m e n t o rhp idos e desordenadas (Medina, i!9593.Com rePaç3o a doenças, a Única constatada em todos Estados

p rodu t o res t r ad i c i ona i s e tanabkm no Estado da Para iba, f o i a

m a n c h a d e c e r c o s p o r a , cujo a g e n t e c a u s a l Et a C e r c o s p o r aboehm er iana War . Sua i n fecção 6 m a i s frequente em p lan tas cre-

scendo em sa las de baixa f e r t i l i dade ou sob coridlçóes clim Aticasdes f avo rdve i s (M edina, .1 959).

A produç0o do r a m i é bastante var i8ve l e depende 'de vários

f a to res , c o m o fertilidade do sala, condições cl im Aticas, adubação,

t r a t o s cu l tura is , cu l t iva r plantada, idade da planta , kpoca d e co lhe i ta

e i r r i g a ~ a o . o m o j3 fo i mencionado, o pr imeiro c o r t e n % ose pres tapara comerc ia l i z aç~ o; o segundo corte pode-se obter de 5 a 1O t f

ha de cau les verdes enfolhados, que cor respondem a 150 a 3 0 0 k gde fibra b r u t a e seca; nos cortes seguintes, que podem var ia r de 2 a

3 , pode-se conseguir de 1 5 a 20 t lha de massa verde por colheita,

cerca de 450 a 6 0 0 k g de fibra secaslhatcorte. No Agreste paraibanofoi conseguido po r Freire et a1 (1991) um m8ximo de 672 kglha d e

fibra seca na mt5dia d e três cor tes e fe tuadõs na cu l t i va r IAPAR 11,

no pr imei ro ano da cu l tu ra .Os c u s t o s de p ro d u çã o com a cul tura .do rami, ca lcu lados

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para um perfodo de um ano em um a propr iedade de 4 4 , 5 h a em São

Paulo, por Benat t i Jun io r (I8 7 a ) correspondem a 6 5 , 7 % para asdespesas d i re tas ( insumos, r i zom as, f e r t i l i zan tes , de fens i vos ,

m ecanizaçao, rnão-de-obra e descort icagem).

A comercia l izaçáo do rami no Bras i l sofre u m a ba ixa n o s

m e s e s de junho a se tembro , que cor;respondem ao per iodo d e

en t ressa f ra na reg ião Sul -Sudeste, e elevação nos me se s d e

n o ve mb r o a maio, que são o s meses de safra no Paranh . Estudos

s o b r e c u s t o s e rece i tas do r a m i n a s co n d i çõ e s do Nordeste,

necess i tam se r efet uados para com paovaqi30 da viab i l idade da

cu l tura na reg iao. Enquanto esses estudos não são processados,

os produ to res que desejarem entrar nesta a t iv idad e devem iniciA-Ia

em pequena escala eSou ap6s estudo de mercado.

I j . BENEFICIAM ENTO iNDUSTR1AL

O rami , desf ib rado o u desco r t i cado , p rec i sa passa r por

determinados processosde benef ciamento, de acordo com a finalidade

a que se destina, conform e descr i to po r Ben att i Junior (1987a):

a m aciament Q - as f ibras que se dest inam A fabr icação de sacaria,

barbante ou co rdoa r i a , devem p a ssa r p o r u m p r o ce sso de

amac iamento m ecan i co , que t e m p o r f in a l id a d e d i m i n u i r o

excesso de tec ido lenhos0 aderente ds f ibras, nSo el iminado

pelo processo de descor t icagem

4 a e ~ a a e m as f i b ras dest inadas i onfecç30 de tec ido

passam pelo processo de desgomagem, que consiste na lavagem

das f i b ras para e l iminação q u a s e co mp l e t a das subs tanc ias

pCct icas (matbria lenhosa e cutículas da casca) efetuada p o r

t rês processos, que submetem a f ibra a t ra tame ntos com agentes

b i o l b g i c o s (m a ce r a çã o ) , f isicos ( e va p o r a ç f i o ) o u q u im c o s

(desgornagem to ta l )

* Alve iamen to - a f ibra, que se dest ina A fab r i caçao de f i o s e

tec idos, depois de passar pelo processo de desgomagem requer

u m a o p e r a ç ã o m a i s r e f i n a d a d e t r a t a m e n t o industr ia l ;

submetendo-a a aç ão de agentes químicos, obtCm-se a f ibra

a lve jada, a bso lu tam ente branca e l ivre de qualquer im pureza.

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A s f ibras submet idas a o s processos d e benef ic iamento

secundário t 6m um a perda de peso de 35%, correspondente ao processo

de desgomagern e alvejamento.O rami produzido no Brasil é industrializado internamente na

produção dos seguintes produtos: tecidos semelhantes ao linho (cortinas,

malharia fina), sacaria, tapeçaria, cordas e barbantes, fios e " tops" .

1 2 . RAMI NA ALIM ENTAÇAO A N I M A L

Graças ao seu elevado teor de proteínas e sais minerais, da

ordem de 3,8016 e 4,3% sobre a matéria verde, respect ivamente, as

folhas e os ponteiros do rami constituem excelente alimento de baixocusto , a ser ut i l izado no preparo de rações para aves, an imais e

peixes. A s f ol ha s e os ponteiros são considerados subprodutas d a

cultura, descartados durante o processo de desfibramento. Pode-se

efetuar a aproveitamento das fo lhas e ponteiros n a preparação da

farinha proteica obtida através de secagem em estufa a 60°C'ou ao

sol. Esta farinha apresenta a seguinte composição: 2 5 % de prote ína,

2 1% de fibra Cicida detergente, 4 , 0 6 % de ma té r ia graxa, 8 % d e

um idade, 19% de cinzas, 0 , 1 8 % de fósforo, 1,I% de potássio,

0,77% de rnagnesio, 5 , 8 3 % de cálcio, 1,84% de enxofre, 7 3 p p m

de boro, 6 , 6 p p m de cobre, 404ppm d e ferro , 1 7 4 p p m de mangan6s

e 1 8 ,6 p p m de zinco. A farinha d e folhas de rami pode ser fornecida

sem problema algum a coelhos, suínos, caprinos, ovinos, aves ,

bovinos e equinos em misturas com as raçaes, na proporqão de a te

45% (Benatti Junior, 1987a).

O r a m i verde é bem aceito pelos animais; para ser explorado

como forrageira, as plantas devem ser cortadas a cada 4 5 dias,

apresentando, neste caso, tear proteico de 21 a 24%, bem mais

elevado que os teores do rami explorado com fins t8xteis . Como

forrageira, o rami fornece de 60 a 80 t lha lano de massa verde,

destacando-se pela sua elevada palat abilidade

1 3 . R E F E R ~ N C I A SBIBLIOGRAFICAS

A N U A R I O ESTAT~STICODO BRASIL-

1 9 9 3 . Rio de Janeiro: IBGE,v . 5 3 , 1 9 9 3 . Seção 3 . p. 20 - 47.

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BRASILGoverno FederalL-