cultivo_babosa alo evera

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  • 8/6/2019 Cultivo_babosa Alo Evera

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    SECRETARIA DA CINCIA E TECNOLOGIA

    FUNDAO ESTADUAL DE PESQUISA AGROPECURIA-FEPAGRO

    ISSN 0104 - 9097

    _____________________________________________________________________

    CIRCULAR TCNICA, N 20 NOVEMBRO, 2002_____________________________________________________________________

    CULTIVO DE TRS ESPCIES DE BABOSA

    Luiz Osrio de Castro

    Rosa Lcia Dutra Ramos

    PORTO ALEGRE, RSExemplares desta publicao podem ser adquiridos na:FUNDAO ESTADUAL DE PESQUISA AGROPECURIA - FEPAGRO

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    SETOR DE EDITORAORua Gonalves Dias, 570 - Bairro Menino Deus90130 - 060 PORTO ALEGRE, RS BRASILFone: (51) 3233-5411 Fax: (51) 3233-7607E-mail: [email protected]: 1000 exemplares

    -------------------------------------------------------------------------------

    FUNDAO ESTADUAL DE PESQUISA AGROPECURIA - FEPAGRODIVISO DE COMUNICAO RURAL: Nmora Arlindo Rodrigues ChefeCOMISSO EDITORIAL: Francisco Oscar Zanotelli Coordenador

    Nmora Arlindo Rodrigues

    ASSESSORIA DE COMISSO EDITORIAL:BIBLIOTECRIA: Nmora Arlindo RodriguesESTAGIRIOS:Jeferson Lhul Bandeira

    Michelle de Lemos Gomes-------------------------------------------------------------------------------

    CATALOGAO NA FONTE

    633.88:581.1 Castro, Luiz Osrio de

    Cultivo de trs espcies de babosa : descrio botnica e cultivodeAloe arborescens Mill. babosa-verde,Aloe saponaria (Aiton)Haw. babosa-listrada eAloe vera L. Burm. f., babosa-verdadeira oualoe-de-curaau (ALOEACEAE) / Luiz Osrio de Castro ; RosaLcia Dutra Ramos. Porto Alegre : FEPAGRO, 2002.

    12 p. (Circular Tcnica, 20)

    I FEPAGRO. II Ttulo. III Srie. 1 Planta medicinal PrticaCultural 2 1 Planta medicinal Fisiologia vegetal

    x Fundao Estadual de Pesquisa Agropecuria

    REFERNCIA BIBLIOGRFICA

    CASTRO, L. O.; RAMOS, R. L. D. Cultivo de trs espcies de babosa: descriobotnica e cultivo deAloe arborescens Mill. babosa-verde,Aloe saponaria (Aiton)Haw. babosa-listrada eAloe vera L. Burm. f., babosa-verdadeira ou aloe-de-curaau(ALOEACEAE).Porto Alegre: FEPAGRO, 2002. 12 p. (Circular Tcnica, 20)

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    SUMRIO

    Pgina

    1 Introduo............................................................................................... 04

    2.1 Descrio botnicaAloe arborescens................................................... 05

    3.1 Descrio botnicaAloe saponaria...................................................... 06

    4.1 Descrio botnicaAloe vera............................................................... 08

    5 Cultivo das babosas................................................................................. 10

    6 Referncias................................................................................................ 11

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    Descrio botnica e cultivo deAloe arborescens Mill. babosa-verde,Aloe saponaria (Aiton)Haw. babosa-listrada eAloe vera L.

    Burm. f. babosa-verdadeira ou aloe-de-curaau (ALOEACEAE)

    LUIZ OSRIO DE CASTRO1

    ROSA LUCIA DUTRA RAMOS2

    1. INTRODUO

    As espcies do gnero Aloe da famlia LILIACEAE, atualmentedenominada ALOEACEAE, so vulgarmente conhecidas como babosas.

    Normalmente, seu cultivo feito nos jardins, unicamente para finsornamentais, e, por muito tempo, a nica espcie conhecida e cultivada foi a

    babosa-verde (Aloe arborescens Mill.).A divulgao na Europa dos usos da babosa-verdadeira ou aloe-de-Curaau (Aloe vera L. Burm. f.) despertou o desejo de cultivar esta espcie noRio Grande do Sul. Posteriormente, foi introduzida no Estado a babosa-listrada(Aloe saponaria (Aiton) Haw.).

    Alm de seu efeito ornamental, as babosas tm sido usadas comoplantas medicinais de uso interno e externo. Pelo seu uso j consagrado desdeos antigos egpcios e, atualmente, com seu crescente emprego em cosmtica eem queimaduras, a demanda destas plantas tem incrementado o seu cultivo.

    Indicamos o cultivo da Aloe vera por ter maior produo e demandano mercado e tambm por no dispormos de maiores dados experimentais para

    particularizar as melhores condies de clima, solo e tratos culturais e

    produo nas duas outras espcies acima citadas.

    1 Tcnico Agrcola Tcnico aposentado FEPAGRO / Unidade de Viamo, RS, Brasil2 Biloga Pesquisadora da FEPAGRO / sede Porto Alegre, RS, Brasil

    E-mail: [email protected]

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    2.Aloe arborescens Mill.

    Babosa-verde

    Famlia: ALOEACEAE (LILIACEAE)

    Nomes vulgares: babosa-verde, babosa-comum, babosa-de-jardim,

    babosa-de-tronco, babosa-de-flor vermelha.

    ArquivoPessoal

    FIGURA 1:Aloe arborescens Mill.

    2.1 DESCRIO BOTNICA

    Planta com caule ereto, com cerca de 1,50 m de altura, semilenhoso,nodoso, verde-claro e esguio. Suas razes so longas e pardas.

    As folhas so carnosas, ssseis, lanceoladas, de at 50 cm decomprimento, base algo atenuada, pice agudo e margens com fortes dentesverdes e espinhosos, dispostas em espiral numa roseta. So sucosas, inodoras ede sabor amargo. A face ventral verde-escura, algo brilhante, lisa e plana. Aface dorsal convexa, verde-clara e lisa.

    As flores so actinomorfas, hermafroditas, vistosas, de 3,50 cm decomprimento, de cor laranja-avermelhada. O perignio tubuloso, estreito,

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    formado por 6 tpalas. Os estames so em nmero de 6, de igual comprimentoque as tpalas ou pouco mais longos, com filetes subulados e anterasoblongas. O ovrio spero, trgono, trilocular, com os lbulos pluriovuladose estilete filiforme. A inflorescncia ocorre em racemos terminais, simples ou

    bifurcados, densos eretos.Os frutos so constitudos de cpsulas pardo-escuras, e as sementes

    so numerosas, achatadas e escuras.

    Origem: sul da frica (DIMITRI, 1978)

    3.Aloe saponaria (Aiton) Haw.

    Babosa-listrada

    Famlia: ALOEACEAE (LILIACEAE)

    Nomes vulgares: babosa-listrada, babosa-pintada

    Foto:Fernan

    doDias

    FIGURA 2:Aloe saponaria (Aiton) Haw.

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    Foto:RosaLciaRam

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    FIGURA 3: Detalhe da inflorescncia

    3.1 DESCRIO BOTNICA

    uma erva perene, baixa, com caule muito curto, saindo em coneinvertido. Suas razes so fortes, numerosas, longas, escuras, partindo dosrizomas.

    As folhas so dispostas em roseta basal, imbricadas, grossas,lanceoladas, ssseis, largas na base, tm pice agudo e margens com dentesconfluentes, ganchosos e fortes. A face superior verde-clara-acinzentada,com manchas transversais em dente-de-serra, formadas por pontos mais clarosque o fundo, plana ou levemente cncava. A face inferior verde-clara-amarelada, lisa e convexa. As folhas so sucosas, amargas e inodoras, sendo osuco fluido, abundante, de cor transparente a amarelada, levemente pegajoso.

    As flores so actinomorfas, hermafroditas, pediceladas, laranja-amareladas ou corais e esverdeadas na extremidade. O perignio tubuloso,inflado na base, tem de 3 a 4 cm de comprimento, constrito no centro eexpandido na parte terminal, formado por 6 tpalas. Os estames so emnmero de 6, curtos, com anteras oblongas, bord-escuras. O ovrio spero,cnico, trgono, trilocular, com lculos pluriovulados; o estilete longo,

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    filiforme e o estigma afilado. A inflorescncia em corimbos terminais comhastes trgonas, partindo lateralmente da roseta, e o florescimento ocorre deoutubro a dezembro.

    Os frutos so constitudos de cpsulas pardo-claras; as sementes, emnmero reduzido, so escuras e aplanadas.

    Origem: sul da frica (DIMITRI, 1978)

    4. Aloe vera (L.) Burm. f.

    Babosa-verdadeira

    Famlia: LILIACEAE

    Nomes vulgares: babosa-verdadeira, aloe-de-barbados, aloe-de-curaau

    Foto:Fern

    andoDias

    FIGURA 4:Aloe vera (L) Burm. f. - Hbito

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    4.1 DESCRIO BOTNICA

    uma planta com caule curto e estolonfero e razes abundantes,longas e carnosas.

    As folhas so grossas, carnosas, rosuladas, eretas, ensiformes, tm de30 a 60 cm de comprimento, verde-brancas, com manchas claras quando

    novas, lanceoladas, agudas e com margens de dentes espinhosos e apartados.A face ventral plana, e a dorsal convexa, lisa e cerosa. As folhas so muitosucosas, tm odor pouco agradvel e sabor amargo, tornando-se o suco, apscolhida a folha, de cor violcea e aroma muito forte e desagradvel.

    As flores so cilndricas a subcilndricas, branco-amareladas, tm de 2a 3 cm de comprimento, com segmentos coniventes ou coerentes com as

    pontas extendidas. Tm seis estames aproximadamente do tamanho do tubo,filetes delgados e anteras oblongas. O ovrio sssil, triangular, trilocular, eo estilete mais longo que o perianto, com um pequeno estigma, sendo osvulos abundantes nos lculos. A inflorescncia central, ereta e tem de 1 a1,50 m de altura. O escapo tem de 10 a 15 cm, com escamas largos, e oracimo denso (1 - 3 cm), com brcteas lanceoladas mais longas que os

    pedicelos. O florescimento ocorre na primavera (setembro-outubro).

    Os frutos so constitudos de cpsulas ovide-oblongas, cnicas,curtas (20 mm), de deiscncia loculcida, triloculares, mas com septos dando aimpresso de 6 lculos. As sementes so numerosas, pardo-escuras, achatadase reniformes.

    Origem: regio mediterrnica (DIMITRI, 1978)

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    5. CULTIVO DAS BABOSAS

    Variedades: no se conhecem variedades ou selees das trs espciesindicadas no presente trabalho.

    Solo: no so exigentes quanto ao solo, desde que este seja drenado e permevel (arenoso e areno-argiloso), mas so sensveis acidez do solo.

    Solos com abundncia de matria orgnica devem ser equilibrados com boasdoses de nutrientes minerais: potssio, clcio, fsforo e magnsio.

    Clima: planta caracterstica de climas tropicais e subtropicais. Deveser cultivada em locais protegidos de geadas e de ventos frios hibernais, quer

    por exposies mais quentes (leste e norte), quer pelo uso de quebra-ventos. planta de plena luz, no se dando bem sombra ou meia-sombra. AA. vera amais exigente quanto ao calor (CORREA JR. et al., 1991).

    Mtodo de Propagao: o mais usado e prtico a do uso dosperfilhos que nascem ao redor da planta-me (A. vera), ao lado do tronco (A.arborescens) , e os que afloram no solo pelos rizomas (A. saponaria). Estes

    perfilhos so separados e cultivados em um viveiro para que enrazem bem ese tornem fortes. O uso de estacas de razes no produz muitas mudas (s empregado eventualmente), e as folhas raramente enrazam.

    Plantio: feito no outono ou na entrada da primavera, em linhasdistanciadas entre si, de 0,80 a 1 m, conservando 0,50 m (A. saponaria), 0,70m ( A. vera) ou de 0,80 a 1 m (A. arborescens), para maior facilidade delimpeza entre as plantas. O plantio feito em covas rasas, em solo bem

    preparado.Tratos culturais: consistem em capinas, para evitar a concorrncia

    com plantas espontneas. Estas so feitas nas linhas para evitar o corte deplantas pelos instrumentos de capinas. A manuteno de cobertura morta, noinverno, de grande valia. O controle de formigas e cupins deve ser feitosempre. As irrigaes, salvo na hora do plantio, devem restringir-se a perodos

    de seca (CASTRO & CHEMALE, 1995).Pragas e Doenas: eventualmente, ocorrem doenas devido influncia de climas frios e carncias nutritivas. As doenas podem ser deorigem bacteriana ou fngica. Quando so poucas, as plantas infectadas devemser eliminadas da cultura.

    Colheita e Rendimentos: a colheita realizada aps um ano decultivo, pois o crescimento inicial das babosas lento. Retiram-se as folhas

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    inferiores maiores, junto ao tronco, com um instrumento afiado. Deixam-se asfolhas centrais para renovar a planta. As folhas so levadas imediatamente

    para a extrao da mucilagem e dos heterosdios. O rendimento varivel,apresentando a A. vera o maior rendimento em peso de folhas/ha, seguido da

    A. arborescens, e ficando a A. saponaria com uma baixa produo de folhas(massa verde). Os colhedores devem usar botas e luvas para a proteo contraos espinhos existentes nas folhas (CASTRO & CHEMALE, 1995).

    AGRADECIMENTOS

    Ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar(PRONAF) pelo apoio financeiro, a pesquisadora Eng. Agr Dr Shirley GalliTaylor da Rosa pelo apoio e pela anlise crtica do trabalho, estudante deAgronomia Cristina Machado pela digitao e organizao geral do trabalhono microcomputador, s Bilogas da Fundao Zoobotnica do Rio Grande doSul Mrcia Therezinha Menna Barreto das Neves e Rosana Moreno Senna

    pelo auxlio na identificao das espcies, aos demais colegas da FundaoEstadual de Pesquisa Agropecuria (FEPAGRO) pelas sugestes e pelo

    incentivo pesquisa.

    6. REFERNCIAS

    CASTRO, L. O. de & CHEMALE, V. M. Plantas medicinais, condimentarese Aromticas: descrio e cultivo. Guaba: Livraria e Editora AgropecuriaLtda., 1995. 195 p. il.

    CORREA JNIOR, C. ; MING, L. C.; SCHEFFER, M.C. Cultivo de plantasmedicinais, condimentares e aromticas. Curitiba: SEAB-EMATER-PR,1991. 150 p. il.

    DIMITRI, M. J. Enciclopedia argentina de agricultura y jardineria. t. I, 3.ed. Buenos Aires : Editorial ACME S. A.C.I., 1978. 651 p. il.