cruzadas

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Colégio Estadual Arnaldo Faivro Busato Trabalho De Historia

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Colgio Estadual Arnaldo Faivro Busato

TrabalhoDeHistoria

Pinhais 2014

Nome:Leonardo Pinheiro Belenello

Turma:1tc

Numero: 39

Pinhais2014

Primeira Cruzada (1096-1099)

Foi chamada tambm deCruzada dos Nobresoudos Cavaleiros. Ao pregar e prometer a salvao a todos os que morressem em combate contra os pagos (neste caso, se referia aosmuulmanos) em1095, o papaUrbano IIestava a criar um novo ciclo. certo que a ideia no era totalmente nova: parece que j nosculo IXse declarara que os guerreiros mortos em combate contra os muulmanos naSicliamereciam a salvao.As vrias verses que nos restam do seu apelo mostram que Urbano relatou tambm os infortnios dos cristos do oriente, e sublinhou que se at ento os cavaleiros do ocidente habitualmente combatiam entre si perturbando a paz, poderiam agora lutar contra os verdadeiros inimigos da f, colocando-se ao servio de uma boa causa. O apelo foi feito a todos sem distino, pobres ou ricos. E foi, de facto, o que sucedeu. Mas os ricos e pobres rapidamente formaram cruzadas separadas.Por volta de1097, um exrcito de 30 mil homens, dentre eles muitos peregrinos, cruzou asia Menor, partindo deConstantinopla. A cruzada dos cavaleiros, possuindo recursos, embora progredindo devagar, fizera um acordo com oimperador bizantinode lhe devolver os territrios conquistados aos turcos. Liderada por grandes senhores, levava quer proprietrios, quer filhos segundos da nobreza. Esse acordo seria desrespeitado, medida que o mal-entendido entre as duas partes cresceria.Osbizantinospretendiam um grupo de mercenrios solidamente enquadrados ao qual se pagasse o soldo e que obedecesse s ordens - no aquelas turbas indisciplinadas; os cruzados no estavam dispostos, depois de tantos sacrifcios a entregar o que obtinham. Apesar da animosidade entre os lderes e das promessas quebradas entre os cruzados e os bizantinos que os ajudavam, a Cruzada prosseguiu. Os turcos estavam simplesmente desorganizados. A cavalaria pesada e a infantaria francas no tinham experincia em lutar contra a cavalaria leve e arqueiros turcos, e vice-versa. A resistncia e a fora dos cavaleiros venceram a campanha em uma srie de vitrias, a maioria muito difceis.Em19 de junhode1097, os cruzados cercaram etomaramNiceia(atualznik), devolvendo-a aos bizantinos, e logo tomaram o rumo deAntioquia. Em julho, foram atacados pelos turcos emDorileia, mas conseguiram venc-los e, aps penosa marcha, chegaram aos arredores de Antioquia em 20 de outubro. A cidade deAntioquiasomente cairia, aps longo cerco, a3 de junhode1098, com a ajuda de um sentinela armnio que facilitou a entrada dos cruzados nas muralhas da cidade. Seguiu-se um saque terrvel da populao muulmana da cidade, que ficou na posse deBoemundo de Taranto, o chefe dosnormandos.Godofredo de Bulho, aps longo cerco, conquistouJerusalmatacando uma guarnio fraca em1099. A represso foi violenta. Segundo o arcebispoGuilherme de Tiro, a cidade oferecia tal espetculo, tal carnificina de inimigos, tal derramamento de sangue que os prprios vencedores ficaram impressionados de horror e descontentamento. Godofredo de Bulho ficou s com o ttulo de protector e, sua morte,Balduno, seu irmo, proclamou-se rei. Os cristos humilharam-se aps as duas conquistas massacrando muito dos residentes, indiferentemente da idade, f ou sexo. Aps a vitria, era preciso organizar a conquista. Surgiram quatroestados cruzados, conhecidos coletivamente comoOutremer("Ultramar"), do norte para o sul: oCondado de Edessa, oPrincipado de Antioquia, oCondado de Trpoli, e oReino de Jerusalm.O sucesso da primeira cruzada pelas indisciplinadas tropas foi at certo ponto uma surpresa e ocorreu porque os cruzados chegaram num momento de desordem naquela periferia do mundo islmico. Uma vez conquistado o territrio ao inimigo, os cruzados, cujos desentendimentos com os bizantinos comearam ainda durante a campanha, no mais quiseram devolver as terras aos seus irmos de f crist doImprio Bizantino.

Muitos dos combatentes retiraram-se uma vez conquistada Jerusalm (incluindo os grandes senhores), mas um ncleo ficou (clculos chegam a falar de algumas centenas de cavaleiros e um milhar de homens a p). As cidades principais (como Antioquia, Edessa) tornarem-se capitais de principados e reinos (embora Jerusalm fosse de certo modo o centro poltico e religioso), com outras marcas a proteg-los.O sistemafeudalfoi transplantado para oriente com algumas alteraes: muitas vezes, em vez de receber feudos, os cavaleiros eram pagos com direitos ou rendas (modalidade que existia tambm na Europa). As cidades mercantis italianas tornaram-se fundamentais para a sobrevivncia desses estados: permitiram a chegada de reforos e interceptar os movimentos das esquadras muulmanas, tornando oMediterrneonovamente um mar navegvel pelos ocidentais. Mas rapidamente os muulmanos iriam reagir.De qualquer modo, nos anos seguintes, com a euforia da vitria, mais voluntrios seguiram para o Oriente. Os contingentes seguiam por nacionalidades, continuando pouco organizados. As motivaes eram variveis: se alguns pretendiam obter novos feudos, ou redimir-se das suas faltas, havia tambm aqueles que "apenas" pretendiam ganhar batalhas, cobrir-se de glria, bnos espirituais, e voltar para a sua terra.Os governantes cruzados encontravam-se em grande desvantagem numrica em relao s populaes muulmanas que eles tentavam controlar. Assim, construram castelos e contrataram tropas mercenrias para mant-los sob controle. A cultura e a religio dos francos era muito estranha para cativar os residentes da regio. Dos seguros castelos, os cruzados interceptavam cavaleiros rabes.Por aproximadamente um sculo, os dois lados mantiveram um clssico conflito deguerrilha. Os cavaleiros francos eram muito fortes, mas lentos. Os rabes no aguentavam um ataque da cavalaria pesada, mas podiam cavalgar em crculo em volta dela, na esperana de incapacitar as unidades dos francos e fazer emboscadas no deserto. Os reinos cruzados localizavam-se, em sua maioria, no litoral, pelo qual eles podiam receber suprimentos e reforos, mas as constantes incurses e o infeliz populacho mostravam que eles no eram um sucesso econmico.

Por volta do ano1100, uma nova expedio partiu. Chegados aConstantinopla, levantaram-se discusses com os bizantinos que estavam fartos de ter aqueles vizinhos incmodos que pilhavam a terra, portavam-se de uma forma muito mais brutal em guerra, e ficavam com o que conquistavam (para alm das diferenas culturais e religiosas).Entretanto, os turcos estavam a unificar-se para tentar fazer face a estas ameaa. Evitando combates directos at ao ltimo momento contra a cavalaria pesada crist, usaram tcticas de emboscadas. EmMersivan, esmagaram um dos exrcitos cristos (o doslombardosefrancos) que fora abandonado pelos seus lderes e cavaleiros (que fugiram). Estes foram severamente criticados pela fuga, assim como Aleixo, imperador bizantino, por no ter dado apoio.Outro grupo, o exrcito deNivernais, tambm foi destrudo de forma similar (com fuga de lderes includa). A expedio daAquitniaportou-se melhor: ao menos os cavaleiros ficaram a combater e morrer juntamente com o povo. Alguns poucos conseguiram fugiram para Constantinopla. Trs exrcitos aniquilados em dois meses, enquanto que o pequeno exrcito de Jerusalm (com o membros da Primeira Cruzada) derrotava um exrcito egpcio.Por alguns anos, no foram pregadas mais cruzadas, e os territrios cristos no oriente tiveram de se aguentar por conta prpria. Assumiram como padroeiroSo JorgedaCapadcia, exemplo de cavaleiro cristo, e seu braso de armas, a cruz vermelha num escudo branco.Entretantoordens de monges cavaleirosforam formadas para lutar pelas terras sagradas e cuidar dos peregrinos. Os cavaleirostemplriosehospitalrioseram, em sua maioria, francos ou seus vassalos. Oscavaleiros teutnicos(Teutonicorum) eram germnicos. Esses eram os mais organizados, bravios e determinados do que os cruzados, mas nunca eram suficientes para fazer a regio ficar segura. Os reinos cruzados sobreviveram por um tempo, em parte porque aprenderam a negociar, conciliar e jogar os diferentes grupos rabes uns contra os outros.Ocondado de Edessacaiu em1144, sobZangi, governante deAlepoeMosul. Caram mais tarde Antioquia em1268,Trpoliem1289e o ltimo posto dos Cruzados,Acre, durou at1291.Segunda Cruzada (1147-1149)Em1145, foi pregada uma nova cruzada porEugnio IIIeSo Bernardo. A perda doCondado de Edessaprovocou a organizao dessa cruzada. Desta vez foram reis que responderam ao apelo:Lus VII da FranaeConrado IIIdoSacro Imprio, para nomear os mais importantes. Curiosamente, os contingentesflamengoseinglesesacabaram por conquistarLisboae voltar para as suas terras na sua maioria, uma vez que eram concedidasindulgnciaspara quem combatia naPennsula Ibrica.O exrcito de Conrado acabou esmagado pelos turcos num momento de repouso. O que sobrou juntou-se aos franceses, com o apoio dostemplrios. Com algumas dificuldades de transporte, mais uma vez uma parte do exrcito teve de ser abandonada para trs (sobretudo os plebeus a p), e estes tiveram de abrir caminho contra os turcos.Lus VII e Conrado em Jerusalm, depois de algumas discusses, acabaram por ser convencidos a atacarDamasco, mas ao fim de poucos dias tiveram que se retirar perante a ameaa de uma parte dos nobres faz-lo por conta prpria. O resultado desta cruzada foi miservel (se excetuarmos a conquista deLisboa), tendo sucesso apenas em azedar as relaes entre os reinos cruzados, os bizantinos e os governantes muulmanos amigveis. Nenhuma nova cruzada foi lanada at a um novo acontecimento: a conquista de Jerusalm pelos muulmanos em1187. Os cristos enfrentavam um adversrio decidido,Saladino.

Terceira Cruzada (1189-1192)

A Terceira Cruzada, pregada peloPapa Gregrio VIIIaps a tomada deJerusalmpelo sultoSaladinoem1187, foi denominada Cruzada dos Reis. assim denominada pela participao dos trs principais soberanos europeus da poca:Filipe Augusto(Frana),Frederico Barba-Ruiva(Sacro Imprio Romano-Germnico) eRicardo Corao de Leo(Inglaterra).O imperador Frederico Barba-Ruiva, atendendo os apelos do papa, partiu com um contingente alemo deRatisbonae tomou o itinerrio da nubianoatravessando com sucesso asia Menor, porm afogou-se naCilciaao atravessar oSlef(atualrio Gksu). A sua morte representou o fim prtico desse ncleo. Os reis deFranaeInglaterrapassaram o tempo todo a querelar-se, at que aquele se retirou.Se Ricardo Corao de Leo conseguiu alguns actos notveis (a conquista deChipre,Acre, Jaffa e uma srie de vitrias contra efetivo superiores) tambm no teve pejo em massacrar prisioneiros (incluindo mulheres e crianas). ComSaladino, teve um adversrio altura, combatendo e travando um subtil tctico. Em1192, acabou-se por chegar a um acordo: os cristos mantinham o que tinham conquistado e obtinham o direito de peregrinao, desde que desarmados, a Jerusalm (que ficava em mos muulmanas).Se esse objectivo principal falhara, alguns resultados tinham sido obtidos: Saladino vira a sua carreira de vitrias iniciais entrarem num certo impasse e o territrio deOutremer(o nome que era dado aosreinos cruzadosno oriente) sobrevivera.

Finalidades das cruzadas

O objetivo OFICIAL das cruzadas era reconquistar Jerusalm, levando-na a domnio cristo, pois a cidade estava nas mos dos rabes muulmanos. Mas haviam interesses econmicos e polticos nessa empreitada. Ela serviu para que a Europa retomasse o monoplio no comrcio do Mediterrneo, favorecendo o nascimento da burguesia e do absolutismo, acabando com o feudalismo. Dando as bases para o Renascimento.

Concluso

O crescimento demogrfico na Idade Media teve dois pontos importantes:A criao dos Burgos (cidades) e as cruzadas que foram criadas a princpios por indivduos cristos que estavam aborrecidos pela cobrana de impostos exigida pelos turcos que dominavam Jerusalm para todo cristo que quisesse visitar a cidade.

A igreja, apesar de ter sido ela prpria a grande incentivadora do movimento das Cruzadas, tentou amenizar os espritos blicos, mas nunca conseguiu.Primeira tentativa movimento Paz de Deus, lanado no sc. X em que a igreja pedia que fossem respeitados os dias sagrados.

Segunda tentativa Trgua de Deus, no sc XI. A igreja vai tentar proibir a guerra na quinta-feira, sexta-feira, sbado e domingo, mas no consegui, pois ningum consegue fazer guerra somente na segunda-feira, tera-feira e quarta-feira, quinta-feira foi o dia que as pessoas estavam se preparando para a crucificao.