crítica, cartoon e crónica

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A CRÍTICA

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O ARTIGO DE APRECIAO CRTICA

A CRTICA

CRITICAR- Para se tomar essa atitude de julgar temos de saber analisar o contexto a ser discutido, para depois critic-lo de uma maneira bem coerente e clara.- fazer julgamentos, a partir de um conhecimento mais aprofundado, sobre qualquer debate, ou discusso;- a crtica pode ser construtiva ou no;- algumas pessoas podem criticar para se sentirem valorizadas diante do criticado;

FORMAS DE CRTICAcartoon

Texto de apreciao crtica filmes; teatro; msica; livros; temas atuais;Opinio/argumentativo

CrnicaA crnica , primordialmente, um texto escrito para ser publicado no jornal. H semelhanas entre a crnica e o texto exclusivamente informativo. Assim como o reprter, o cronista inspira-se nos acontecimentos dirios, que constituem a base da crnica.Aps cercar-se desses acontecimentos dirios, o cronista d-lhes um toque prprio, incluindo no seu texto elementos como fico, fantasia e criticismo, elementos que o texto essencialmente informativo no contm. Opinio/argumentativo

Cartoon

um cartoonista e ilustrador profissional polaco. Tambm especialista em pintura e fotografia.Nasceu em 1976 em Starachowice, na Polnia, onde vive como artista freelance.Marcin Bondarowicz

Uma imagem forte, com o intuito de sensibilizar as pessoas. O autor escolheu cores quentes para o fundo.Forte impacto visual captar a ateno das pessoas e choc-lasVermelho vida e morteAmarelo/laranja intensidade, violncia, abismo

Descrio brao com mo fechada onde se est a inserir um cabo USB.Veias salientes rodeiam o cabo e a pele apresenta vermelhido na zona da insero.A introduo do cabo est a ser forada e parece ser dolorosa.No pulso surge um smbolo que significa a carregar.

Associa-se o cabo a uma seringa com droga a ser injetada.Compara-se a tecnologia droga.

DrogaTecnologiaPrazer momentneoPrazer momentneoProblemas de sade: overdose; morte.Problemas de sade: cancro (estudos comprovam que as radiaes provenientes do telemvel podem causar o cancro); trombose (relacionada com a m posio em frente a computadores ou consolas); dor de cabea; viso turva; dores no pescoo; fadiga; irritao; viso dupla

O caso mais extremo das consequncias que a dependncia das novas tecnologias pode trazer a morte. E no algo que acontea com pouca frequncia. Por exemplo, recentemente, um jovem de 28 anos morreu de ataque cardaco depois de passar 50 horas seguidas a jogar num computador num cibercaf. De acordo com a polcia da cidade sul-coreana de Daegu, o rapaz passou as suas ltimas horas agarrado a um jogo de estratgia pelo qual estava obcecado. Parava apenas para ir casa de banho at que o seu corao no resistiu ao esgotamento.

EXEMPLO

Deixar de utilizar a tecnologia tambm muito difcil e requer muito esforo.Uma pessoa viciada em drogas, quando no as toma, fica nervosa e sente um forte desejo ou compulso para as consumir.Com a tecnologia, hoje em dia, acontece o mesmo. Uma pessoa que deixe o telemvel em casa fica logo preocupada, nervosa. Existem at algumas tecnologias das quais a nossa sociedade totalmente dependente. Por exemplo, a calculadora ou a mquina de lavar roupa. Antigamente no existiam, no entanto isso hoje parece impossvel de imaginar.

A sociedade j no consegue ver o mundo sem a tecnologia.

LUS AFONSO

1. Esclarece o sentido da expresso meter gua no contexto da imagem.

R: Meter gua significa que o saxofonista considera que no toca bem e, por isso, como um barco que se afunda, o que, para ele, acaba por ter a ver com o dia mundial da gua e da msica.

2. Explica, agora, onde reside o humor deste cartoon.

R: O humor deste cartoon reside na utilizao de uma expresso idiomtica (meter gua) que nunca se interpreta letra numa situao em que temos de a ler no seu sentido literal e, ao mesmo tempo, inferencial.

1. Comenta o cartoon tendo em conta, entre outros, os seguintes elementos:- as personagens (o nmero, o tamanho, como se identificam, de que forma se repetem...);- a representao das personagens como sombras;- o ttulo: "O Facto";- o uso da cor.

2. Explicita a mensagem que se pretende transmitir.

3. Explica de que forma o cartoon se pode relacionar com a profisso de jornalista.

1. R: No cartoon aparecem duas personagens que se identificam pela forma do cabelo.No primeiro momento, a personagem da esquerda, pintada de preto, aparece maior que a da direita, a branco, apresentando-se a primeira numa atitude agressiva em relao segunda.No segundo momento, as posies invertem-se.No terceiro momento, as personagens passam a ter o mesmo tamanho e so ambas cinzentas.Ao serem apresentadas como sombras, as figuras universalizam-se, isto , no se trata de ningum em concreto, de um facto em particular mas do facto - do acontecimento em geral, o que vai ao encontro do ttulo do cartoon ("O Facto").

Tomando esta linha de leitura, as personagens/sombras simbolizam o facto que, visto de um lado (da esquerda), tem uma determinada interpretao, visto do outro (da direita), tem uma interpretao oposta primeira e que, finalmente, visto como na realidade, no corresponde a nenhuma das interpretaes anteriores. Esta interpretao, explicitada nas legendas, relaciona-se com as cores usadas: o facto no branco nem preto, cinzento que uma mistura das duas cores.

2. R: O que se pretende transmitir com este cartoon o facto de um acontecimento poder ter vrias interpretaes.3. R: O cartoon pode relacionar-se com a profisso de jornalista porque este tem como misso levar at ao pblico os acontecimentos tal como eles so - de forma objetiva - e no como eles so interpretados por uns e por outros ou por ele prprio (sem dar opinies).

Crnica

Sculo XXII?Como ir ser a vida no sculo XXII? Ir a nossa sociedade evoluir de tal forma que as barreiras da tecnologia sero ultrapassadas? Iro as rvores ser desnecessrias para o processo de transformao do dixido de carbono em oxignio? Quem sabe... H alguns sculos atrs, no tnhamos nem metade do que temos hoje em dia, falando de tecnologia e, no entanto, hoje no sobreviveramos sem ela... Mas ento e em termos ecolgicos? Estamos ainda no incio do sculo XXI e j nos debatemos com problemas particularmente preocupantes, como o buraco da camada do ozono ou o excesso de poluio no ar. Conseguiremos chegar ao ponto em que as mquinas faam o trabalho dos seres vivos? Ou iremos acabar como no desenho de Lus Afonso?

Ser filho difcil. Mais difcil que ser pai. raro ouvir-se falar de um "bom filho". Por alguma razo. Os filhos so sempre maus. Mamam e fogem. Sugam os pais at o tutano, dando-lhes cabo da pacincia, da sade e do oramento e quando esto anafados e nutridos, licenciados e fresquinhos, chamam-lhes senis e do o solex primeira oportunidade.O que mais notabiliza o assassino portugus j estar morto. Ou pelo menos preso. Os nossos homicidas matam-se e entregam-se mal estejam despachados. Os assassinos estrangeiros fazem questo de continuarem vivos. Combinam, premeditadamente, os seus crimes, planejam fugas, arranjam libis, do luta aos investigadores. Os nossos, est quieto. Os assassinos estrangeiros voltam ao local do crime: os portugueses nem sequer se do ao trabalho de abandon-lo.O PENSAMENTO VIVO DE MIGUEL ESTEVES CARDOSO

1. Ao longo dos anteriores excertos da crnica nota-se um tom largamente crtico. Indica que crticas so tecidas.R: As crticas tecidas na crnica de Miguel Esteves Cardoso so vrias: aponta o facto de os filhos se aproveitarem dos pais enquanto precisam deles e depois abandonarem-nos quando j so mais idosos; ou trata os portugueses por preguiosos atravs da comparao dos assassinos portugueses aos estrangeiros: Os nossos homicidas matam-se e entregam-se mal estejam despachados.

2. Explica por palavras tuas esta frase "quando esto anafados e nutridos, licenciados e fresquinhos".R: A frase quando esto anafados, nutridos, licenciados e fresquinhos chama a ateno para o facto de os jovens, depois de crescidos, criados e bem tratados, aps terem tirado o curso e ainda terem a vida toda pela frente (anafados, nutridos, licenciados, fresquinhos) abandonarem os pais que tanto fizeram por eles.

Texto de apreciao crticaChamem a polcia e os GNR tambm

Nem sempre a idade mais avanada sinal de menor vitalidade ou falta de energia em palco. Dois veteranos, Sting e os GNR souberam perceber que num festival como o Rock in Rio seria necessrio oferecer aos espectadores presentes (65 mil, no domingo) um sortido de xitos... mexidos.

Uma apreciao crtica consiste em analisar quer os aspetos negativos quer os aspetos positivos do objeto em anlise. Por exemplo, faz-se a crtica de um livro, de um filme, de um jogo, de uma pea de teatro, de um anncio, de um desfile de moda, de um quadro, de um jornal, de um programa. uma modalidade de texto expositivo-argumentativo.Os artigos de apreciao crtica podem ser de mbito cultural, econmico, poltico e social.

ESTRUTURA

Procura de Nemo

O texto que a seguir te apresento uma crtica sobre o filme Procura de Nemo. Na parte inicial refere-se, em traos gerais, o contedo do filme. Os sublinhados correspondem parte do texto em que o seu autor emite juzos de valor sobre o filme.Prope-se que, da parte sublinhada, distingas o que uma opinio e quais so os argumentos que a suportam.

Procura de Nemo um vencedor em toda a linha, tornou-se um fenmeno de bilheteiras em todo o mundo e a nica aposta certa para os scares deste ano.O filme aborda a relao entre Marlin e o seu filho Nemo, dois peixes que se veem separados por uma tragdia que s a fora das suas vontades poder superar. Nemo pescado por um mergulhador, e enquanto o seu pai percorre meio oceano numa desvairada busca com probabilidades nfimas de sucesso, Nemo tenta desesperadamente evadir-se do aqurio de um dentista em que foi colocado. O tema central do filme a relao de amor entre pai e filho, o primeiro traumatizado pelo desaparecimento da companheira e da restante famlia e o segundo inferiorizado pela deficincia de ter uma barbatana mais pequena do que o normal. E se o tema parece ser mais pesado do que o costume, [] a Pixar aliviou a densidade da pelcula condimentando-a com toda uma panplia de delirantes gags visuais e personagens humorsticas, [] que, mesmo assim, no escondem o facto deste ser o filme mais sombrio do estdio, em que o humor no consegue sobrepor-se sombra sempre presente da perda de um ente querido. Nesse

campo, Toy Story 2, tambm uma obra sobre a morte, ainda continua imbatvel no seu equilbrio absolutamente perfeito entre comdia e tragdia, capaz de gerar a alegria mais contagiante e a lgrima mais emocionada. Visualmente, Procura de Nemo extraordinrio. Parece que a cada novo filme, a Pixar decide colocar-se um obstculo quase impossvel, que consegue sempre ultrapassar. Desta feita, a dificuldade foi dominar tudo o que envolvesse animao informtica de objetos na gua, e o resultado foi triunfal, com o filme a revelar um caleidoscpio de imagens coloridas verdadeiramente extasiante.Sem ser uma obra-prima (e no se pode exigir isso de todos os filmes), Procura de Nemo um grande filme para toda a famlia, capaz de fundir tragdia e comdia, com um argumento de enorme solidez e inteligncia. E, nunca demais sublinh-lo, isso no tem nada a ver com computadores

Lus Salvado in revista Premire, n 51, Janeiro de 2004

Como redigir um artigo de apreciao crtica?1. Regista em forma de tpicos:- os aspetos que mais gostaste; - os aspetos que menos gostaste; - os argumentos que fundamentam a tua apreciao.

2. Enumera os tpicos que registaste segundo a ordem que consideras mais coerente.

3. Redige: - a introduo, apresentando o objeto em anlise e a tua perspetiva crtica de forma reduzida; - o desenvolvimento, baseando-te na enumerao que fizeste e expondo os motivos que fundamentam a tua apreciao inicial; - a concluso, expressando sumariamente as tuas consideraes finais.

4. Verifica: - se expressaste os pontos de vista que adotaste; - se encadeaste os tpicos e os argumentos de forma lgica; - se empregaste um vocabulrio adequado linguagem valorativa ou depreciativa que pretendes utilizar.