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JETHRO INTERNACIONAL THEOLOGICAL SEMINARY 320 Revere Beach Pkwy, Chelsea, MA. 02150 CRISTOLOGIA A VIDA E O MINISTÉRIO DE CRISTO 617-594-7791 www.jethrousa.com [email protected]

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JETHRO INTERNACIONAL

THEOLOGICAL SEMINARY

320 Revere Beach Pkwy, Chelsea, MA. 02150

CRISTOLOGIA

A VIDA E O MINISTÉRIO DE CRISTO

[email protected]

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METODOLOGIA DO ESTUDO

É do nosso interesse manifestar que o propósito, a metodologia e a aplicação que iremos abordar nesta apostila visam gerar maturidade e entendimento de conteúdos aprofundados da doutrina da teologia propriamente dita.

Entendemos que a teologia não deve ser abordada apenas como conteúdo ministerial, e sim como parte integrante de nossa vida. Assim torná-la aplicável do ponto de vista do ministro em seu exercício ministerial.

PROPÓSITO DO ESTUDO

PLANO DE ESTUDO 1. A ESPERANÇA MESSIÂNICA. 2. MESSIAS EM SUAS FUNÇÕES PROFÉTICA, SACERDOTAL E REAL. 3. "LOGOS" PRÉ-EXISTENTE. 4. A NATUREZA HUMANA E DIVINA DE JESUS CRISTO 5. O NACIMENTO VIRGINAL DE CRISTO. 6. SEU MINISTÉRIO TERRENO. 7. A RECONCILIAÇÃO VICÁRIA. 8. O MINISTÉRIO DE TRÊS DIAS ENTRE MORTE E RESSURREIÇÃO. 9. A RESSURREIÇÃO CORPORAL DE JESUS 10. A ASSENÇÃO DE JESUS CRISTO. 11. O SACERDÓCIO CELESTIAL. 12. A VINDA DE CRISTO; PAROUSIA.

CRISTOLOGIA

Estudo da Vida e Ministerio de Jesus

01CRISTOLOGIA - MT 05Jethro International Theological Seminary

Jethro International Theological Seminary (JITS) visa alcançar durante este mês as

seguintes metas:

• Aprofundamento de nosso entendimento nos fundamentos de fé.

• Desenvolvimento conceitual da importância da Cristologia.

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INTRODUÇÃO A doutrina fundamental da fé cristã é que Jesus é o Cristo, o Ungido de Deus para o cumprimento da sua promessa a Israel e através de Israel para o mundo. Esta doutrina pode ser vista nos seus três estágios:

• Jesus é o Messias de Israel; • Jesus é mistério da divindade; • Jesus é o único mediador entre Deus e o homem.

A ESPERÂNÇA MESSIÂNICA

No princípio da vida estatal de Israel, qualquer governante político que ganhava uma guerra e trazia libertação a Israel era considerado um MOSHI'A, isto é, salvador, libertador. Posteriormente esta idéia foi tomando características próprias e sendo idealizada, ou personificada, chegando ao conceito de um “ilustre libertador”, o enviado de Yahwéh, que trará a salvação em suas asas, Ml.4:4; Gn.49:10,18. Sl.18:1,2.

Por meio desta aliança os judeus criam que Deus interviria na história e que viria ao encontro de Israel no meio da calamidade para libertá-los. Porém, longe estava na mentalidade do judeu com exceção de alguns que a salvação de Deus viria basicamente a nível espiritual e não político-econômico. Por isso que muitos não compreenderam a forma e o caráter espiritual de Deus quando enviou o seu filho amado.

O significado do termo messiânico tem duas conotações, uma se refere a era messiânica, um período político-religioso onde em Israel será estabelecida a ordem e do qual haverá abundante paz e justiça. Outro refere-se mais a personificação desta época determinada na vinda de um homem, o messias ( ungido de Deus ). Dentro da concepção literário do A.T., em geral, esperança messiânica refere-se a crença da vinda do reino perfeito de Deus.

Desde os primórdios do A.T. a concepção da esperança messiânica vinha sendo abordada, sendo relacionada desde a queda do homem Gn.3:15; a promessa de Deus feita a Abraão Gn.12:1-3; 15:1-18 na eleição de um povo escolhido, no surgimento de um grande profeta que há de vir, vaticinado pelo período mosaico.

“O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás, segundo tudo o que pediste ao SENHOR, teu Deus, em Horebe, quando reunido o povo: Não ouvirei mais a voz do SENHOR, meu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra. Então, o SENHOR me disse: Falaram bem aquilo que disseram. Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. De todo aquele que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, disso lhe pedirei contas.” Dt.18:15-19.

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O estabelecimento de um justo no período pré-monárquico 1 Sm.2:35; a eleição de um monarca eterno, filho de Deus, dentro da linhagem davídica 2 Sm.7:12-16; dando por conseguinte margem a grandes revelações nos salmos messiânicos na época davídica e sapiencial Sl. 89; 72; 2; 110. A vinda do renovo, servo, rei, juiz, nas teologias de Isaías e Jeremias Is.7:13-15; 9:1-7; 11:1-10; 32:1-5; 42:1-9; 49:1-7; 52:13-53:12; Jr.23:1-8.

O MESSIAS EM SUAS FUNÇÕES: PROFÉTICA, SACERDOTAL E REAL

A obra de Cristo pode ser esquematizada como profeta, sacerdote e rei. Ap.1:5, o apresenta como a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipes dos reis.

1. A MISSÃO PROFÉTICA DE JESUS

! A concientização messiânica de Jesus, Jo.4:19,29. ! A concientização profética de Jesus, Jo.4:19,29. ! Jesus fala de si mesmo como profeta, Mc.6:4; Mt.13:57; Lc.4:24; Jo.4:44 Lc.13:32-33. ! Outros o tinham como profeta, Mc.6:15; 8:27,28; 16:14,15; Lc.7:16,39; 24:19; Jo.9:17.

! Quando Jesus e Moisés são comparados, há pontos semelhantes e outros que mostram a superioridade de Jesus. Ambos eram profetas porque foram enviados por Deus. Êx.7-12; Dt.34:10-12; Jo.3:2.

! Jesus e Moisés foram reconhecidos pelos sinais que fizeram. Moisés recebeu a Toráh, mas Jesus deu a nova Toráh conforme aparece em Mt.5:1-7:29.

! Os filhos dos profetas ( 1 Sm.10:5,10; 19:18-24 ) não são diferentes dos setenta

falam da descida do Espírito Santo sobre Jesus no seu batismo. ! Outra característica importante no profeta era a palavra. Ele sempre tinha uma

palavra do Senhor. Ele era inclusive, a palavra encarnada. Além disso, ele tinha uma palavra para proclamar.

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enviados por Jesus Mt.25:3. ! O próprio Jesus teve visões e experimentou êxtase, Lc.10:18,22. ! Jesus era mais parecido com os últimos profetas ( séc. VIII em diante). ! A clássica chamada dos profetas é sempre vista em detalhes. Todos os evangelhos

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A Mensagem Profética De Jesus ! A forma da mensagem de Jesus acompanha o estilo dos profetas clássicos. ! As parábolas de Jesus seguem a forma profética de falar ( Is.5 com Mc.12:1,2;

Mt.21:33-46; Lc.20:9-19 ). ! O conteúdo da mensagem de Jesus continuou a seguir a forma profética. São

oráculos de advertência e perdão, de julgamento e libertação. ( compare Am.5:18-20 com Mt.11:20).

! Assim como a justiça de Deus era o maior tema de Amós, a misericórdia de Deus em Oséias, a santidade de Deus em Isaías, a glória de Deus em Ezequiel, assim o Reino de Deus era o tema principal de Jesus.

! O evangelho do Reino desenvolve as boas novas preditas em Is.40:9; 52:7; 61:1 ss.. e até parece que o livro de Isaías é a fonte da própria palavra traduzida por evangelho ou boas novas.

2. JESUS COMO SACERDOTE

! Apesar das posição central que o templo desempenhava na vida religiosa e política dos judeus e por consequência da posição única do Sumo-sacerdote, é surpreendente que o V.T. nunca fala do Messias em termos de sacerdócio.

! Temos uma referência do período inter-testamentário, onde o Messias é visto como sacerdote e rei, ( o testamento de Levi 18 ) apócrifo interbíblico.

! No N.T., o autor de Hebreus dedica muitas páginas ao tema, há pelo menos três concepções:

É função do sacerdote entrar na presença de Deus pelo povo. Ele é representante do povo para fazer aquilo que o povo não podia nem devia fazer, Êx.33:20; Dt.5:24; Jz.6:22,23: 13:22.

Jesus é o sacerdote que nos dá acesso a Deus, a realidade Hb.10:19-22.

O velho pacto era diferente em dois sentidos: nos seus sacrifícios e no seu sacerdócio. No novo pacto, Jesus é ao mesmo tempo o perfeito sacrifício e o perfeito sacerdócio.

3. JESUS, REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES

"a qual em épocas determinadas, há de ser revelada pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos Senhores;" 1 Tm.6:15.

A expressão "Reis dos reis" é uma expressão semítica que confere o título de Único imperador e Soberano, conforme Ed.7:12. Sendo assim, Jesus será o Imperador que reinará sobre todos os reinos e reis da terra.

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O Filho de Davi como Rei As raízes da esperança de Israel por um Rei-Messias foram expressas em vários títulos. A esperança mais desenvolvida e primeira apontava, para um messias que seria filho de Davi. O exemplo do rei ideal de Israel. Depois da unção de Saul por Samuel ( 1 Sm.10:1 ), o rei Davi era o ungido do Senhor, o representante do reinado de Deus entre seu povo. Em muitos lugares do V.T. esta esperança era muito vívida.

O Pentateuco apontava para Siló (Gn.49:10) e para a estrela de Jacó (Nm.24:17). Após a vinda de Jesus, havia os que saudaram Bar Kokhba, o líder da revolta dos judeus contra Roma (132-135) como filho da estrela.

Os profetas do séc. VIII a.C., apontava para um legislador ideal da linha de Davi ( Is.7:10-16; 9:1-7; 11:1-9; Mq.5:2-4. ). Cem anos mais tarde, Jeremias não tinha abandonado a esperança ( 23:5s) e Ezequiel manteve esta chama acesa mesmo no exílio ( 34:23,24. ). Os salmos que mais tarde seriam usados para dar forma a esta esperança vão até o período da monarquia unida ( 2, 20, 21, 45, 72, 89, 110, 132 ).

Em alguns profetas pós-exílicos a idéia de sacerdote e reinado estão combinados ( Ag.2:23; Zc.3:8-10; 4:7; 6:9-14). Os escritos de Qumram aguardavam dois messias: um real e outro sacerdotal.

O Evangelho de Marcos apresenta Jesus como Filho de Davi. A confissão de Pedro ( Mc.8:27-33) e de Jesus diante de Caifás ( Mc.14:61) indicam o quanto esta crença estava enraizada como parte da fé dos primeiros cristãos, mesmo que o título "Filho de Davi" não fosse usada. Passagens com este título são: Mc.10:46-52; Mt.22:41-46; Mt.10:25-34; Lc.18:35-43; Mc.12:35-37, Lc.20:41-44 e a inscrição na cruz Mc.15:26. Não é possível que a igreja primitiva tenha inventado estas histórias. A igreja primitiva teve também essa idéia e isto se apresenta em Lc.1:32,69; 2:10. O evangelho de Mateus apresenta a descendência davídica do Messias (Mt.1:18-25; 2:1-12 ). A cristologia davídica permeou a pregação apostólica nos Atos ( 2:22-36; 13;16-41 ). O melhor resumo de Jesus Cristo como filho de Davi é dado por Paulo em Rm.1:3,4.

O Filho de Deus como Rei Jesus como Filho de Deus tem as mesmas raízes que Jesus como filho de Davi. Um dos hinos reais de coração dão esses dois conceitos ( Sl.2:6,7 ). Os primeiros profetas também pensavam assim, ( 2 Sm.7:12-14 ).

Isto não quer dizer que Jesus foi adotado como filho de Deus no seu batismo, ou na sua ressurreição conforme algumas interpretações de Rm.1:3. Israel foi filho de Deus por adoção ( Êx.4:22; Os.11:1 ) e os reis de Israel também ( Sl.2:7; 2 Sm.7:14 ), mas esta nunca foi a relação entre Jesus e Deus.

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Jesus como filho de Deus é dramaticamente proclamado em Marcos por uma voz no céu ( Mc.1:11; 9:7 ), vozes de demônios ( Mc.1:24; 5:7 ), ditos de Jesus ( Mc.12:6; 13:32 )e finalmente pelo centurião romano ( Mc.15:39 ). No Evangelho de Lucas, a mesma verdade é dita na mensagem do anjo Gabriel a Maria ( Lc.1:32,35 ).

O Filho Homem como Rei A origem dessa designação nos lábios de Jesus é a visão real em Dn.7:13. O título "O Filho do Homem" é utilizado para descrever a autoridade do Jesus histórico, ( Mc.2:1-3:6; 11:27-33; 12:13-37 ). Jesus não apenas se identificou como servo sofredor de Isaías 53, mas também como filho do homem em Dn.7:13 que está destinado a vir na glória do Pai depois de sofrer muitas coisas. Jesus combina o Sl.110:1 e Dn.7:13 ao responder ao sumo-sacerdote Caifás ( Mc.14:62), " Eu o Sou"

Senhor dos Senhores Jesus foi confessado como Senhor tanto na cristologia funcional como na ôntica. A primeira se preocupa somente com a ação de Deus em Jesus, enquanto que a outra, inclui Jesus no eterno ser de Deus. Quando a autoridade de Jesus foi questionada, Ele apelou para o Sl.110:1, ( Mc.12:36).

Em Atos 2:35, Jesus está identificado como Senhor e Messias. Jesus não é reconhecido como Senhor somente depois da ressurreição. Atos 2:36 fala de Jesus reinando como Senhor. A confissão de que Jesus era o Senhor foi a proclamação dos missionários judeus helenistas ( At.11:20; 14:3; 5:31 ) e era condição para o batismo, ( At.8:16; 11:17; 19:5 ).

A cristologia ôntica inclui a pré-existência de Jesus e sua participação no ser eterno de Deus. A confissão de Jesus como Senhor tornou-se formalizada em 1 Co.12:3 e também integrante na crença na Trindade ( 1 Co.12:4-6 ).

O senhorio de Jesus tanto no céu, no presente, quanto na terra, no futuro, estão firmemente unidas nas cartas de Paulo. A confissão de Jesus como Senhor é parte da teologia batismal ( Rm.10:9 ) e parte da hinologia de adoração ( Rm.8:34 ). O hino em Fil.2:6-11 tem todo o universo reunido em adoração a Jesus Cristo como o Senhor. Col.3:1-4, fala do Cristo como assentado a destra de Deus.

O Evangelho de João culmina com a afirmação de Tomé " Senhor meu, Deus meu". Jo.20:28. O apóstolo João descreve os santos que já partiram como cantando ao Cordeiro, Ap.5:9. Isto acontecerá quando Cristo ressuscitado, retornar em glória com todos os santos para reinar sobre a terra, Ap.20:4. Então todos saberão que Jesus é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

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O V.T., no seu todo, silencia quanto a pré-existência do Messias. O único versículo que permite uma interpretação neste sentido é Mq.5:2. Mesmo aí, muitas traduções falam "cuja origem é de tempos idos" e não da eternidade. No N.T. quase todos os versículos que falam da existência posterior de Jesus, também falam de sua pré-existência, principalmente na cristologia de Paulo, Hebreus e João. Nestes textos encontramos:

1) Cristo, como a Eterna Sabedoria de Deus

A identificação do Jesus crucificado com a sabedoria eterna ou pré-existente de Deus, pode ser vista claramente em I Corintios.

! Cristo é identificado como a sabedoria de Deus 1 Co.1:24,30. ! Cristo é identificado como sabedoria pré-existente 1 Co.2:6-9. ! Esta sabedoria estava oculta (2:6-9), depois revelada pelo espírito (2:10-13) e

recebida por todos que possuem o Espírito (2:14-16). ! A forma litúrgica que encontramos em 1 Co.8:5-6 mostra que já era uso corrente dos

primeiros cristãos a crença na pré-existencia de Cristo. O Jesus crucificado é relacionado não só com a redenção, mas com a própria criação.

! 1 Co.15:28, fala da pré-existência de Cristo antes da existência histórica de Jesus. ! O Cristo crucificado, o Cristo criador foi também o Cristo da história de Israel, 1

Co.10:4. ! A referência de Jesus como homem do céu em 1 Co.15:47, também aponta para sua

pré-existência. ! 2 Co.8:9 mostra o estado de Cristo na sua pré-existência. ! Deus enviou o seu único filho na plenitude dos tempos, Gl.4:4. Isto não é mera

vocação, mostra a origem do filho e sua pré-existência. ! Em Fl.2:6-11, subsistindo em forma de Deus, significa participação na própria

essência de Deus. ! Nas Epístolas Pastorais, a mesma verdade é revelada em 1Tm.1:15, onde se diz que

Cristo veio ao mundo. Aqui não é apenas vocação profética, mas a própria essência de Deus.

2) Cristo, como a Eterna Palavra de Deus

! Cristo é proclamado como palavra de Deus pré-existente em Jo.1: 1-4, a mesma coisa é dita em 1 Jo.1:1-18

O "LOGOS" PRÉ-EXISTENTE

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! A pré-existência é vista em Jo.6: 35, 38, 41, 44, 48 e 51. Jesus é o pão verdadeiro que desceu do céu.

! No Ap.1:8; 4:8; 21:7; 1:17; 3:14. A mesma verdade é dita. Assim como no evangelho de João, também no Apocalipse, Jesus é proclamado como palavra de Deus (19:13).

3) Cristo, como o Eterno Filho de Deus

! A pré-existência do Filho de Deus, em Hebreus, combina com a cristologia de Sabedoria de Deus de Paulo e com a cristologia da Palavra de Deus em João. Em todos os três, a pré-existência significa que o próprio ser de Deus estava unido a existência humana de Jesus Cristo.

! Jesus como o primeiro e o último no Apocalipse, é visto em Hebreus como Filho de Deus a quem Ele constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo, Hb.1:1-3.

A NATUREZA HUMANA E DIVINA DE JESUS CRISTO

! A cristologia da encarnação inclui a humilhação do Cristo pré-existente e exaltado, conforme Paulo; a encarnação da Palavra eterna, conforme João; e a perfeição do eterno filho de Deus que apareceu como Jesus conforme Hebreus.

! Em Fl.2:6-11, vemos a pré-existência celeste, a humilhação terrena e a exaltação celeste.

! A relação única entre o Pai e o Filho é que Deus habitou no homem Jesus. A encarnação da Palavra na carne de Jesus foi um ato de completa habitação em que a Palavra permaneceu Palavra e Jesus permaneceu um homem verdadeiro; Portanto, Jesus é e foi 110% Deus e 100% homem.

! Na encarnação o Pai está no Filho e o Filho está no Pai. Vários diálogos de Jesus, no Evangelho de João mostram isto (5:19-28).

! A unidade do Pai e do Filho não é identidade. Jesus disse: "O Pai e eu somos um", (10:30). mas isto está explicado nas palavras: "O Pai está em mim e Eu estou no Pai, (10:38). O Pai e o Filho são um, mas não o mesmo. Ver (14:9-11 e 17:20-26).

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O NACIMENTO VIRGINAL DE CRISTO

Jesus Cristo nasceu de uma virgem, pelo Espírito Santo (Lc. 1.34 e 35). O seu nascimento virginal é o testemunho que só o Espírito pode procriar o que é espiritual (Jo. 3.6). Concebido e nascido da Virgem Maria, como completo Deus e completo homem em uma pessoa, Ele é Deidade perfeita e verdadeira humanidade unidas em uma só pessoa.

SEU MINISTÉRIO TERRENO. Jesus viveu uma vida sem pecado (Hb. 4.15), e voluntariamente doou-se pelos pecados da humanidade, morrendo na cruz, substituindo-nos (Hb. 9.14), satisfazendo a justiça de Deus. Conquistou a salvação para todos os que nEle cressem.(Atos 4.12).

Nestes textos, você verá que Jesus viveu como exemplo e se tornou um modelo a ser seguido. Sua vida Obediente ao Pai

“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.” Fl 2.5-8

“Porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.” Jo 6.38

“Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer.” Jo 17.4

“dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua.” Lc 22.42

Obediente a Lei

“Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim abrogar, mas cumprir.” Mt 5.17

“mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.”Gl 4 .4- 5

Dependente do Espírito Santo

“E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.” Mt 3.16

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“E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto. Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galiléia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor. O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração.” Lc 4. 1,14, 18

“como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.” At 10.38

“Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, é conseguintemente chegado a vós o Reino de Deus.” Mt 12.28

O homem perfeito

“Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus”. “Eu e o Pai somos um.” Mt 5.48; Jo 10.30

“até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.” Ef. 4.13

“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” Hb 4.15

“Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus, que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pelos do povo; porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo. Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.” Hb 7. 25-28

Seu ministério Em sua vida terrena, Jesus Cristo desempenhou um ministério de cinco aspectos. Após Sua ascensão, repartiu-o com os homens, para que edificassem Sua igreja. Esses dons são ferramentas nas mãos destes homens, para que ela (igreja) seja aperfeiçoada e desempenhe a obra do ministério. Nós não detalharemos os cinco aspectos do ministério terreno de Cristo, porque o faremos em outro estudo. O que segue abaixo, são algumas referências bíblicas, que demonstram o serviço de Cristo em seu ministério terreno de cinco aspectos: Apostólico

“Pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão.” Hb 3.1

Evangelístico

“O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração.” Lc 4.18

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Mestre

“Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.” Jo 3.2

Profético

“E Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa”. Mc 6.4

“E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo.” Lc 24.19

Pastoral

“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” Jo 10.11

Jesus Cristo derramou esses dons sobre seus servos, nestes dias, para que edifiquem Sua igreja e aperfeiçoem seus santos e amados servos, conforme está escrito em Ef 4. 8-11

A RECONCILIAÇÃO VICÁRIA. “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus,

homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar

em tempos oportunos.” I Tm. 2.5,6.

Na morte vicária, nossa condenação foi removida pelo perdão, nossa culpa pela justiça e a separação pelo amor. O perdão é um ato de misericórdia divina, e a justificação é muito mais do que o perdão. Ela é completa, abrange o passado, o presente e o futuro de nossas vidas.

“justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que crêem; porque não há distinção.a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado

impunes os pecados anteriormente cometidos; Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei” Rm 3. 22,25,28

“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” II Co 5.21

“e, por meio dele, todo o que crê é justificado de todas as coisas das quais vós não pudestes ser justificados pela lei de Moisés” At 13.39

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O MINISTÉRIO DE TRÊS DIAS ENTRE MORTE E RESSURREIÇÃO.

O credo apostólico declara: "Ele desceu ao inferno, ressuscitou ao terceiro dia, subiu para o céu, sentou-se a mão direita do Pai, de onde vive para julgar os vivos e os mortos."

Em anos recentes muitos tem achado difícil repetir com honestidade o credo tradicional. Principalmente depois do livro de Rudolf Bultmann sobre "Novo Testamento e Mitologia".

Jesus foi quase que completamente despido da sua historicidade. Por isso, cada declaração do credo precisa ser examinada. A lógica na crença histórica dos eventos tem sido a seguinte:

! A crença na descida ao inferno, o reino dos mortos e dos anjos caídos tem sido resposta à pergunta sobre o que Jesus fez entre a morte e a ressurreição.

! A crença no túmulo vazio e na sua ressurreição ao terceiro dia, estão baseadas nas várias aparições de Jesus aos seus discípulos.

! Quando Ele não mais apareceu aos discípulos, a crença na sua ascensão permanente para o céu e sua posição à mão direita de Deus se estabeleceu.

! A esperança da sua volta completará a salvação iniciada na sua primeira vinda.

ELE DESCEU AO INFERNO Há vários textos bíblicos com referência a este credo expresso em 359 e 360 d.C. e de origem ariana. O evangelho de Mateus fala da vitória de Cristo sobre os poderes da morte, as portas do Hades ( 12:29,40; 16:18.) e com alguns santos que dormiam e foram ressuscitados quando Jesus morreu.

A promessa do evangelho de Lucas de que Jesus estaria com o ladrão arrependido, no paraíso, mostra que ele esteve no Hades entre a sua morte e ressurreição (At.2:27-31). Isto talvez reflita a crença de que o paraíso estava no Hades até a ressurreição de Jesus. O evangelho de João diz que Jesus foi preparar lugar para os oseus discípulos, depois da morte ( Jo.14:2 ), mas Ap.1:18, também fala da sua vitória sobre o Hades pela sua ressurreição de entre os mortos.

Quando Paulo fala em Rm.10:7 do assunto, esta implicando que de fato Jesus desceu ao abismo na hora da morte. Fl.2:10, fala dos que estão embaixo na terra, confessando Jesus como Senhor. Isto quer dizer que sua descida lhes trouxe a notícia de libertação e exultação. Em Ef.4:8-10, fala de Cristo subindo as partes mais baixas da terra e trazendo consigo o cativeiro ( os que estavam mortos e esperavam o Messias). Se o texto de 1 Tm.3:16 é interpretado como seis eventos em seqüência histórica, isto requer então a crença na descida de Jesus ao estado dos anjos caídos e dos mortos. Devemos comparar o texto de Timóteo com 1 Pe.3:18,19,22; 4:6.

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A RESSURREIÇÃO CORPORAL DE JESUS

A crença no túmulo vazio e na sua ressurreição ao terceiro dia, estão baseadas nas várias aparições de Jesus aos seus discípulos.

Quando Ele não mais apareceu aos discípulos, a crença na sua ascensão permanente para o céu e sua posição à mão direita de Deus se estabeleceu.

A RESSURREIÇÃO AO TERCEIRO DIA Se Jesus ressuscitou dos mortos no terceiro dia, como a Igreja Cristã sempre confessou, então a pergunta sobre a descida ao reino dos mortos é muito lógica. A não ser que se aplique a Jesus a doutrina do sono da alma para Ele. A ressurreição de Jesus dos mortos é doutrina fundamental do N.T. As duas evidências que afirmam a crença é :

1) O túmulo vazio

2) A aparição de Jesus a seus discípulos.

Com os quatro evangelhos relatando sobre a sua ressurreição ficaria muito difícil dizer que o acontecido foi uma invenção posterior que brotou da fé dos apóstolos. Pelo menos três testemunhas diferentes dão evidências bastante seguras ( Mc.16:1-8; Mt.28:1-8; Lc.24:1-12; Jo.20:1-10). E ainda há referência do sepultamento de Jesus com Paulo ( 1 Co.15:4). Há uma clara distinção nos relatos de Paulo entre um corpo físico que não é ressuscitado e um corpo espiritual que é ressuscitado ( 1 Co.15:35-58 ).

Os maiores detalhes da ressurreição, em Paulo, são encontrados em 1 co.15;1-11. Aí podemos ver: 1) a morte ( 15:3 ), 2) o sepultamento ( 15:4a ), 3) a ressurreição ( 15:4b ) e 4) as aparições ( 15:5-7 ).

A ASCENÇÃO Muitos que afirmam a historicidade de Jesus na sua ressurreição e das aparições passam de largo sobre a ascensão ou ascensões. A ascensão é importante no Evangelho de João (3:13; 6:62; 14:2; 16:7,16; 20:17 ). A última referência mostra que houve uma ascensão no 1º dia da ressurreição. O Espírito também foi dado na primeira noite pascal ( 20:22). Há também uma ascensão em Lucas no 1º dia da ressurreição ( 24:50ss) e At.1:2 indica que Jesus ensinou os discípulos pelo "Espírito Santo" por um período de 40 dias até que ele foi elevado aos céus. Esta ascensão depois dos 40 dias certamente não prejudicou o aparecimento a Paulo, sete anos após ( At. 9:1-19; 22:6-21; 26:12-23).

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1) Ele sentou-se à mão direita do Pai

A exaltação de Jesus é o último passo antes do seu retorno em glória. Ela é clara e central na cristologia e escatologia da igreja primitiva ( At.3:19-21; 2:29-36; 5:31; 7:55ss; 13:33-37 ).

2) Jesus como cabeça, em Paulo

A exaltação de Jesus é o clímax depois da descida ao inferno, ressurreição e ascensão ( Rm.1:3; 8:17,34; 14:19 ). Porém o quadro central é de Jesus exaltado como cabeça da Igreja seu corpo, acima de todo principado e potestade ( Fl.2:9; Cl.1:17; 2:9; 3:1; Ef.1:22ss; 4:15 ).

3) Jesus como Sumo-Sacerdote em Hebreus

Nada é dito em Hebreus sobre a descida de Jesus ao inferno, ou ascensão, mas a sua ressurreição aparece na Bendição ( 13:20). Porém, o conceito de sua exaltação inclui todos os eventos entre a morte de Jesus e sua exaltação como sumo-sacerdote ( 1:3; 2:9; 10:12; 12:2).

4) Jesus como rei em João

A descida, ressurreição, ascensão são ensinadas no Evangelho de João e suas cartas ( Ap.1:18; Jo.20 ). A exaltação de Jesus em João inclui tudo entre o evento da cruz e a consumação, no tato singular de Jesus ser levantado da terra ( 3:14; 8:28; 12:32,34 ). A figura central de Jesus exaltado no apocalipse é " dominar sobre os reis da terra ", ( 1:3-7; 3:21; 5:6; 19:11-16 ).

A EXISTÊNCIA POSTERIOR DE JESUS

A esperança da sua volta completará a salvação iniciada na sua primeira vinda. A

ressurreição de Jesus Cristo, em seu corpo físico, depois da crucificação foi literal. Assim

será a ressurreição do justo quando Ele voltar e do injusto no Dia do Julgamento (Ap.20.13;

Dn. 12.2).

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CAPÍTULO 1

A NATUREZA DE CRISTO DURANTE A ENCARNAÇÃO

• Ele Tomou Nossa Natureza Humana • Não Nossa Propensão para o Pecado • Nosso Pecado, Culpa, e Castigo Lhe Foram Todos Imputados • Mas Não Eram Seus

0 MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO 1. A VERDADE DA ENCARNAÇÃO CONVIDA-NOS A ESTUDÁ-LA "A humanidade do Filho de Deus é tudo para nós. É a corrente áu-rea que nos liga a alma a Cristo, e por meio de Cristo, a Deus. Isto devemos estudar. Cristo era um homem real; Ele deu prova de Sua humildade tomando-Se homem. Entretanto era Deus na carne. Ao abordarmos este assunto, bem faremos com atentar para as palavras proferidas por Cristo a Moisés junto à sarça ardente: 'Tira os teus sapatos dos teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa.' Devemos abordar este estudo com a humildade de um aprendiz, com coração contrito. E o estudo da encarnação de Cristo é um campo frutífero, que recompensará o pesquisador que cavar fundo em busca da verdade escondida." — The Youth's Instructor, 13 de outubro de 1898. 2. 0 PLANO DA REDENÇÃO INCLUÍA A ENCARNAÇÃO "0 único plano que poderia haver sido ideado para salvar a raça humana foi o que requeria a encarnação, humilhação, e crucifixão do Filho de Deus, Majestade do Céu. Depois que o plano da salvação foi ideado, Satanás não podia ter base sobre que fundamentar a sua sugestão de que Deus, por ser tão elevado, não podia importunar-Se com uma criatura tão insignificante quanto o homem." — The Signs of the Times, 20 de Jan°. de 1890. 3. A ÚNICA ESPERANÇA DA HUMANIDADE CAÍDA "Na contemplação da encarnação de Cristo na humanidade, ficamos desconcertados ante o mistério insondável, que a mente humana não pode compreender. Quanto mais nele refletimos tanto mais pasmoso nos parece. Que profundidade há no contraste entre a divindade de Cristo e a criança impotente do presépio de Belém! Como podemos abranger a distância entre o poderoso Deus e uma débil criança! Não obstante o Criador dos mundos, Aquele em quem se achava corporalmente a plenitude da divindade, estava manifesto no débil infante do presépio. Muito superior a qualquer dos anjos, igual ao Pai em dignidade e glória, contudo vestiu-Se das vestes da humanidade. A divindade e a humanidade estavam misteriosamente combinadas, e Deus e o homem se converteram em um. É nessa união que encontramos a esperança de nossa raça caída. Ao contemplar a Cristo humanizado, contemplamos a Deus, e Nele vemos o resplendor de Sua glória, a expressa imagem de Sua pessoa." — Idem,

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30 de julho de 1896. 4. INESGOTÁVEL É 0 TEMA DA ENCARNAÇÃO "Ao estudar o obreiro a vida de Cristo, e ao meditar no caráter de Sua missão, cada nova busca revelará algo mais profundamente interessante do que já foi desvendado. 0 assunto é inexaurível. 0 estudo da encarnação de Cristo, de Seu sacrificio expiatório e obra mediadora, ocupará a mente do diligente estudante enquanto o tempo durar; e contemplando o Céu com seus inumeráveis anos, exclamará: "Grande é o mistério da piedade!' " — Obreiros Evangélicos, pag. 248. 5. DEPENDÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO PARA SUA COMPREENSÃO "Que Deus Se tenha manifestado assim na carne, é em verdade um mistério; e sem a ajuda do Espírito Santo, não podemos esperar compreender este assunto. A lição mais humilhante que o homem tem que aprender é a insignificância da sabedoria humana, e a insensatez de por seus próprios esforços, e sem auxílio, procurar descobrir a Deus." — The Review and Herald, 5 de abril de 1906. 6. SUA SIGNIFICAÇÃO NÃO SERÁ COMPREENDIDA PLENAMENTE SENÃO NO DIA DA TRASLADAÇÃO "Mudou a natureza humana, do Filho de Maria, para a natureza divina, do Filho de Deus? Não. As duas naturezas estavam misteriosamente combinadas em uma só pessoa, o homem Cristo Jesus. Nele habitava corporalmente toda a plenitude da divindade. . . Este é um grande mistério, um mistério que não será compreendido plenamente em toda a sua grandiosidade sem que se efetue a trasladação dos remidos. Então se compreenderá o poder, a grandeza e a eficácia do dom de Deus ao homem. Mas o inimigo está decidido a que esse dom fique tão mistificado que chegue a ser como nada.” – The SDA Bible Commentary, vol. 5, 1113. 7. INEXPLICÁVEL É O PROCESSO DA ENCARNAÇÃO “Não podemos explicar o grande mistério do plano da redenção. Jesus tomou sobre Si a humanidade para poder atingir a humanidade; mas não podemos explicar como a divindade Se revestiu da humanidade. Um anjo não teria sabido como simpatizar com o homem caído, mas Cristo veio ao mundo e sofreu todas as nossas tentações e suportou todas as nossas aflições.” – The Review and Herald, 01 de Outubro de 1889.

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CAPÍTULO 2

UNIÃO MIRACULOSA DO HUMANO E DO DIVINO

1. NÃO SE SEPAROU DE SUA DIVINDADE "Despindo-Se de Suas vestes régias e de Sua coroa real, Cristo vestiu Sua divindade com humanidade para que os seres humanos pudessem ser erguidos de sua degradação e colocados em posição vantajosa. Cristo não podia vir a este mundo com a mesma glória que tinha nas cortes celestes. Os seres humanos pecadores não teriam podido suportar-Lhe a presença. Encobriu Sua divindade com o traje da humanidade, mas não Se separou de Sua divindade. Um Salvador divino-humano, veio para por-Se à testa da raça caída, para participar de sua experiência desde a infância até a idade varonil. Veio a este mundo, e viveu uma vida de perfeita obediência para que os seres humanos pu-dessem ser participantes da natureza divina." — Review and Herald 15 de junho de 1905. 2. A DIVINDADE E A HUMANIDADE COMBINADAS EM CRISTO "A divindade e a humanidade estavam combinadas em Cristo. A divindade não Se rebaixou até a humanidade; a divindade manteve Seu lugar, mas a humanidade, ao estar unida à divindade, suportou a mais violenta prova de tentação no deserto. 0 príncipe deste mundo foi ter com Cristo depois de Seu prolongado jejum, quando estava faminto, e insinuou que transformasse em pão as pedras. Mas o plano de Deus, ideado para a salvação do homem, es-tabelecia que Cristo haveria de padecer fome, pobreza e cada fase da experiência humana." — Idem, 18 de fevereiro de 1890. 3. GRANDE COMO 0 PAI ETERNO, MAS UM CONOSCO "Quanto mais meditamos na vinda de Cristo como criança a esta Terra, tanto mais admirável se nos afigura. Como pode acontecer que o infante desvalido do presépio de Belém, não obstante seja o divino Filho de Deus? Conquanto não possamos compreende-lo, podemos crer que quem fez o mundo, por amor de nós Se converteu numa débil criancinha. Conquanto superior a qualquer dos anjos, conquanto tão grande como o Pai no trono do Céu, chegou a ser um conosco. NEle, Deus e o homem chegam a ser um, e é neste fato que encontramos a esperança de nossa raça caída. Ao contemplar Cristo na carne, contemplamos a Deus na humanidade, e Nele vemos o resplendor da glória divina, a expressa imagem de Deus o Pai." — The Youth's Instructor, 21 de novembro de 1895. 4. JESUS NÃO ERA COMO AS DEMAIS CRIANÇAS "Ao contemplar a aparência infantil resplandescente de animação, ninguém podia dizer que Cristo fosse igual às demais crianças. Era Deus na linhagem humana. Quando Seus companheiros 0 incitavam a proceder mal, a divindade refulgia através da humanidade, e recusava-se com decisão. Em um instante discernia entre o bem e o mal, e punha o pecado sob a luz dos mandamentos de

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Deus, sustendo a lei como um espelho que lançava luz sobre o mal. Era este agudo discernimento entre o bem e o mal que amiúde pro-vocava a ira dos irmãos de Cristo.' — Idem, 8 de setembro, de 1898. 5. TERIA PODIDO RESISTIR AO DOMÍNI0 DA MORTE "Como membro da família humana era mortal, mas como Deus, era a fonte da vida para o mundo. Em qualquer tempo podia haver resistido, em Sua pessoa divina, ao avanço da morte, e haver-Se subtraído ao seu domínio; mas voluntariamente entregou a vida, a fim de ao assim faze-lo conceder vida e trazer à luz a imortalidade. . . Quanta humildade exigia isso! Assombrou os anjos. A linguagem nunca poderá descreve-lo; a imaginação não poderá abrange-lo. 0 Verbo etemo consentiu em tornar-Se carne. Deus Se tornou homem. Foi uma humildade admirável." -The Review and Herald, 5 de julho de 1887. 6. SUPORTOU VICARIAMENTE OS PECADOS E 0 CASTIGO DO MUNDO "0 apóstolo chama-nos a atenção para o Autor de nossa salvação. Apresenta-nos Suas duas naturezas, divina e humana. . . Voluntariamente assumiu Ele a natureza humana. Foi Sua própria obra, e por Seu próprio consentimento. Vestiu a Sua divindade com humanidade. Todo o tempo era como Deus, mas não aparecia como Deus. Velava as manifestações da divindade que haviam imposto a homenagem, e suscitado a admiração do universo de Deus. Era Deus enquanto esteve na Terra, mas Se despojou da forma de Deus, e em seu lugar assumiu a forma de um homem. Por amor de nós Se fez pobre, para que nós, por Sua pobreza, fôssemos enriquecidos. Abandonou Sua glória e Sua majestade. Era Deus, mas renunciou por algum tempo as glórias da forma de Deus. . . . Levou sobre Si os pecados do mundo, e suportou o castigo que Lhe pesava, qual montanha, sobre a alma divina. Deu a vida em sacrifício para que o homem não morresse eternamente. Morreu, não porque a isso fosse obrigado, mas por Sua própria vontade." — Idem. 7. A HUMANIDADE MORREU - A DIVINDADE NÃO MORREU "Transformou-se a natureza humana do Filho de Maria na natureza divina do Filho de Deus? Não. As duas naturezas estavam misteriosamente combinadas em uma só pessoa — o homem Cristo Jesus. Nele habitava corporalmente toda a plenitude da divindade. Quando Cristo foi crucificado, foi Sua natureza humana que morreu. A divindade não minguou nem morreu; isso teria sido impossível." — The S. D. A. Bible Commentary, vol. 5, 1.113.

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CAPÍTULO 3

ASSUMIU A NATUREZA DE ADÃO ANTES DA SUA QUEDA 1. CRISTO ASSUMIU A HUMANIDADE TAL COMO DEUS A CRIARA "Cristo veio à Terra, assumindo a humanidade e pondo-Se como representante do homem, para demonstrar, no conflito com Satanás que, assim como Deus 0 criou, associado com o Pai e o Filho, podia obedecer a cada reclamo divino." — The Signs of the Times, 9 de junho de 1898. 2. COMEÇOU ONDE ADÃO HAVIA COMEÇADO "Cristo é chamado o segundo Adão. Na pureza e santidade, associado com Deus e amado de Deus, começou onde o primeiro Adão havia começado. Voluntariamente palmilhou o mesmo terreno em que Adão caiu, e remiu a queda de Adão." — The Youth's Instructor, 2 de junho de 1898. 3. ASSUMIU A FORMA HUMANA, MAS NÃO A NATUREZA PECADORA CORROMPIDA “Na plenitude do tempo haveria de ser revelado sob a forma humana. Haveria de tomar Sua posição à testa da humanidade ao assumir a natureza mas não a pecaminosidade do homem. Ouviu-se no Céu a expressão: 'E virá, um Redentor a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor'." — The Signs of the Times, 29 de maio de 1901. 4. ASSUMIU A NATUREZA SEM PECADO DE ADÃO "Quando Cristo inclinou a cabeça e morreu, quebrou as colunas do reino de Satanás. Venceu a Satanás com a mesma natureza sobre que Satanás alcançara a vitória no Éden. 0 inimigo foi vencido por Cristo em Sua natureza humana. 0 poder da divindade de Cristo estava oculto. Venceu com a natureza humana, confiante em Deus para o recebimento de poder." — The Youth's Ins-tructor, 25 de abril de 1901. 5. IMPECABILIDADE PERFEITA DE SUA NATUREZA HUMANA "Ao tomar sobre Si a natureza do homem em seu estado degradado, Cristo não participou, no mínimo que fosse, de seu pecado. Estava sujeito às fraquezas e enfermidades que atacam o homem, 'para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: ‘Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças.' Foi comovido pelo sentimento de nossas doenças, e tentado em tudo, como nós. Não obstante, 'não cometeu pecado'. Era o Cordeiro 'imaculado e incontaminado.' Se Satanás houvesse podido, no mínimo pormenor tentar a Cristo até ao pecado, teria ferido a cabeça do Salvador. Tal como aconteceu, pode feri-Lo apenas no calcanhar. Se a cabeça de Cristo houvesse sido tocada, haveria desaparecido a esperança da raça humana. A ira divina teria descido sobre Cristo, assim como desceu sobre Adão. . . . Não devemos abrigar dúvidas quanta à perfeita impecabilidade da natureza humana de Cristo." — The S. D. A. Bible Commentary, vol. 5, pág. 1.131.

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6. NÃO HERDOU DE ADÃO PROPENSÕES PERVERSAS "Sede cuidadosos, muito cuidadosos quanto a como tratais o assunto da natureza humana de Cristo. Não 0 apresenteis como homem com propensões para o pecado. Ele é o segundo Adão. 0 primeiro Adão foi criado como um ser puro e sem pecado, sem uma mancha de pecado sobre si; foi feito à imagem de Deus. Podia cair, e caiu pela transgressão. Por causa do pecado, seus descendentes nasceram com inerentes tendências para a desobediência. Jesus Cristo, porém, era o Filho unigênito de Deus. Tomou sobre Si a mesma natureza humana, e em tudo foi tentado, tal como é tentada a natureza humana. Podia haver pecado; podia haver caído, mas nem por um instante se manifestou Nele propensão para o mal. Foi assaltado por tentações no deserto, assim como Adao foi assaltado por tentações no Éden." — Idem, pág. 1.128. 7. VENCEU A SATANÁS COMO 0 SEGUNDO ADÃO "0 Filho do homem humilhou-Se e assumiu a natureza humana depois de a raça humana haver-se transviado quatro mil anos do Éden, e de seu estado de pureza e retidão. Durante séculos, o pecado fora deixando terríveis marcas sobre a raça; e a degeneração física, mental e moral prevaleceram em toda a família humana. Quando Adão foi assaltado pelo tentador no Éden, estava sem a mancha do pecado. . . Cristo, no deserto da tentação, ocupou o lugar de Adão para suportar a prova que ele não conseguira vencer." — The Review and Herald, 28 de julho de 1874. 8. GUARDAI-VOS DE FAZER A CRISTO INTEIRAMENTE HUMANO "Evitai todo assunto, relacionado com a humanidade de Cristo, que esteja exposto a ser mal entendido. A verdade jaz junto à senda da presunção. Ao tratar da humanidade de Cristo, necessitais vigiar rigorosamente cada declaração, não seja que façam vossas palavras dizer mais do que contêm, e assim percais ou obscureçais a clara percepção de Sua humanidade combinada com a divindade. Seu nascimento foi um milagre divino. . . "0 Santo que de ti [Maria] há de nascer, será chamado Filho de Deus.' . . . Jamais, de modo nenhum, deixeis a menor impressão sobre a mente humana de que uma mancha ou uma inclinação para a corrupção se tenha manifestado em Cristo, ou que Ele de alguma forma cedesse à corrupção. "Foi tentado em tudo, assim como o homem é tentado, não obstante é chamado 'o Santo.' É um mistério que ficou sem explicação para os mortais, o fato de Cristo haver sido tentado em tudo, tal como nós, e não obstante fosse sem pecado. A encarnação de Cristo sempre foi e sempre será um mistério. As coisas reveladas são para nós e para nossos filhos, mas ponham-se todos os seres humanos em guarda contra o ensino de fazer a Cristo totalmente humano, tal como nós; porque não pode ser." — The S. D. A. Bible Commentary, vol. 5, pags. 1.128 e 1.129. 9. CONVERTEU-SE EM CABEÇA DA RAÇA CAÍDA "Que idéias opostas se conjugam e se revelam na pessoa de Cristo! Era o Deus todo-poderoso, não obstante foi uma criança desvalida. Era o Criador de todo o

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.universo, não obstante viveu em um mundo de Sua criação, amiúde faminto e cansado, e sem um lugar onde reclinar a cabeça. Era o Filho do homem, não obstante era infinitamente superior aos anjos. Igual ao Pai, mas com Sua divindade vestida de humanidade, permanecendo a cabeça da raça caída, para que os seres humanos pudessem ser colocados em uma posição vantajosa. Possuía as riquezas eternas, e viveu a vida de um homem pobre. Um com o Pai em dignidade e poder, contudo, em Sua humanidade foi tentado em tudo como nós somos tentados. No preciso instante de Sua agonia mortal na cruz foi um Conquistador, ao responder ao pedido do pecador arrependido de lembrar-Se dele quando entrasse no Seu reino.” – The Signs of the Times, 26 de Abril de 1905.

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CAPÍTULO 4

ASSUMIU TODAS AS CONTINGÊNCIAS DA NATUREZA HUMANA

1. CRISTO ASSUMIU A VERDADEIRA NATUREZA HUMANA “A doutrina da encarnação de Cristo no gênero humano é um mistério, um mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações. É o grande e profundo mistério da piedade. “Cristo não deu a entender que assumira a natureza humana; em verdade assumiu-a. Em realidade possui a natureza humana. E visto que os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas. Era o filho de Maria; pertencia à semente de Davi, segundo a linhagem humana.” The Review and Herald, 05 de Abril de 1906.

2. ASSUMIU A CONTINGÊNCIA DA NATUREZA HUMANA “Veio a este mundo sob a forma humana, para viver como homem entre os homens. Assumiu a contingência da natureza humana, para ser provado. Em Sua humanidade era participante da natureza divina. Em Sua encarnação ganhou em um novo sentido o título de Filho de Deus.” The Signs of the Times, 02 de Agosto de 1905.

3. ENFRENTOU A POSSIBILIDADE DE CEDER AO PECADO “Mas como nosso Salvador revestiu-Se da humanidade com todas as contingências da mesma. Tomou a natureza do homem com a possibilidade de ceder à tentação. Não temos de suportar coisa nenhuma que Ele não tenha sofrido.” Desejado de Todas as Nações, 82.

4. TOMOU SOBRE SI OS PECADOS DA RAÇA CAÍDA “Cristo levou os pecados e os padecimentos da raça tal como existiam quando veio à Terra, para ajudar o homem. Por amor à humanidade, revestido da fraqueza do homem caído, ía suportar as tentações de Satanás em tudo quanto o homem podia ser atacado.” The Review and Herald, 28 de Julho de 1874.

5. PARTICIPOU DA SORTE DA HUMANIDADE MAS SEM SEUS

PECADOS “Jesus foi em todas as coisas feito semelhante aos Seus irmãos. Tornou-Se carne, da mesma maneira que nós, tinha fome, e sêde, e fadiga. Sustentava-Se com alimento e refrigerava-Se pelo sono. Participou da sorte do homem; embora fosse o imaculado Filho de Deus. Era Deus em carne. Seu caráter deve ser o nosso.” Desejado de Todas as Nações, 228.

6. O PECADO ACUMULADO DO MUNDO ESTAVA POSTO NO

PORTADOR DO PECADO

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“A natureza humana de Cristo era semelhante à nossa, e o sofrimento era sentido com mais viveza por Ele, por Sua natureza espiritual, isenta de toda mancha de pecado. Portanto, Seu desejo da extirpação do sofrimento era maior do que podem experimentar os seres humanos. . . “O Filho de Deus suportou a ira de Deus contra o pecado. Todo o pecado acumulado do mundo estava posto sobre o portador do pecado, o Ser que era inocente, o único Ser que podia ser a propiciação pelo pecado porque Ele mesmo era obediente a Deus. Nenhuma mancha de corrupção havia sobre Ele.” The Signs of the Times, 09 de Dezembro de 1897.

7. O SER SEM PECADO SENTIU A VERGONHA ATORMENTADORA DO

PECADO “Como um conosco, cumpria-Lhe suportar o fardo de nossa culpa e aflição. O inocente devia sentir a vergonha do pecado . . . Todo pecado, toda discórdia, toda contaminadora concupiscência trazida pela transgressão, era uma tortura a Seu espírito.” Desejado de Todas as Nações, 77.

8. SUA ANGÚSTIA EXCEDE À DO HOMEM CAÍDO “O fardo dos pecados do mundo oprimia-Lhe a alma, e Seu rosto revelava indizível tristeza, uma profundidade de angústia que o homem caído nunca compreendeu. Sentiu a marca acabrunhadora do pecado que inundava o mundo. Compreendeu a força do apetite satisfeito e da paixão ímpia que dominavam o mundo.” The Review and Herald, 04 de Agosto de 1874.

9. O FILHO IMACULADO SUPORTOU COMO VICÁRIO, O CASTIGO DO

PECADOR “Na expiação se fez justiça completa. No lugar do pecador, o imaculado Filho de Deus recebeu o castigo, e o pecador fica livre por todo o tempo que receba e retenha a Cristo como seu Salvador pessoal. Embora culpado, é considerado inocente. Cristo cumpriu cada requisito exigido pela justiça.” The Youth’s Instructor, 25 de Abril de 1901.

10. A CULPA IMPUTADA OPRIMIA-LHE A ALMA DIVINA “Sendo inocente, sofreu o castigo da culpa. Embora inocente, ofereceu-Se como substituinte do transgressor. A culpa de cada pecado acabrunhava com seu fardo a alma divina do Redentor do mundo.” The Signs of the Times, 05 de Dezembro de 1892.

11. A NATUREZA PECAMINOSA FOI IMPOSTA À NATUREZA IMPECÁVEL “Tomou sobre Sua natureza impecável nossa natureza pecaminosa, a fim de que soubesse como socorrer os que são tentados.” Medical Ministry, 181.

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CAPÍTULO 5

TENTADO EM TODOS OS PONTOS OU PRINCÍPIOS

1. EXPERIMENTOU TODA TENTAÇÃO, COMPREENDEU TODA DOR “Cristo somente teve experiência de todas as tristezas e tentações que recaem sobre os seres humanos. Jamais algum outro nascido de mulher foi tão terrivelmente assediado pela tentação; jamais algum outro arrostou com o fardo tão pesado dos pecados e das dores do mundo. Nunca houve algum outro cujas simpatias fossem tão ternas e amplas. Como participante em todas as experiências da humanidade Ele poderia não somente condoer-Se dos que se acham sobrecarregados, tentados e em lutas, mas partilhar-lhes os sofrimentos.” Educação, 78-79.

2. DEUS SOFREU SOB A FORMA HUMANA “Deus estava em Cristo na forma humana, e suportou todas as tentações com o que o homem foi acossado; em nosso benefício participou do sofrimento e das provações da afligida natureza humana.” The Watchman, 10 de Dezembro de 1907.

3. A TENTAÇÃO NÃO ACHOU ECO EM SEUS PENSAMENTOS NEM

SENTIMENTOS “Ele, como nós, em tudo foi tentado. Satanás estava pronto para assaltá-Lo a cada passo, lançando-Lhe suas tentações mais ferinas; não cometeu pecado, nem na Sua boca se achou engano. Sendo tentado, padeceu, na proporção da perfeição de Sua santidade. Mas o príncipe das trevas não achou Nele nada; nem com o menor pensamento ou sentimento, cedeu à tentação.” Testimonies, vol. 5, 422

4. NEM EM PENSAMENTO CRISTO CEDEU AO PODER DAS TREVAS “Eu quisera que pudéssemos compreender a significação das palavras ‘sendo tentado padeceu’. Se bem que estivesse livre contaminação do pecado, a fina sensibilidade de Sua natureza sagrada tornava o contato com o mal indizivelmente doloroso para Ele. Não obstante, levando sobre Si a natureza humana, enfrentou cara a cara o arqui-apóstata e sem ajuda resistiu ao inimigo de Seu trono. Nem mesmo em pensamento pode Cristo ser induzido a ceder ao poder das trevas. Satanás encontra nos corações humanos algum ponto em que possa firmar o pé; algum desejo pecaminoso é acariciado, por meio do qual suas tentações lhe afirma o poder. Mas, de si mesmo, disse Cristo: ‘aproxima-se o príncipe deste mundo, e nada tem em Mim.’ As tormentas da tentação desencadearam-se sobre Ele, mas não puderam induzí-Lo a apartar-Se de sua fidelidade a Deus.” Review and Herald, 08 de Dezembro de 1887.

5. NÃO HOUVE UMA ÚNICA RESPOSTA ÀS TENTAÇÕES SATÂNICAS “Compreendo que há perigo de abordar os temas que tratam da humanidade

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do Filho de Deus infinito. Ele Se humilhou a Si mesmo e tomou a forma humana, a fim de poder compreender a força de todas as tentações com que o homem é assaltado. Em nenhuma única ocasião houve resposta às suas múltiplas tentações. Nenhuma só vez pisou Cristo o terreno de Satanás, para dar-lhe uma vantagem. Satanás não encontrou Nele nada que animasse seus ataques.” The SDABC, vol. V, 1129.

6. HAVIA POSSIBILIDADE DE CRISTO PECAR “Pretendem muitos que era impossível Cristo ser vencido pela tentação. Neste caso, não teria sido colocado na posição de Adão; não poderia haver obtido a vitória que aquele deixou de ganhar. Se tivéssemos em certo sentido, um mais probante conflito do que teve Cristo, então Ele não estaria habilitado a nos socorrer. Mas nosso Salvador revestiu-Se da humanidade com todas as contingências da mesma. Tomou a natureza do homem com a possibilidade de ceder à tentação. Não temos de suportar coisa nenhuma que Ele não tenha sofrido . . . Cristo venceu em favor do homem, pela resistência à severíssima prova. Exercitou por amor de nós, domínio de Si mesmo mais forte que a fome e a morte.” Desejado de Todas as Nações, 82

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CAPÍTULO 6

CRISTO LEVOU SOBRE SI O PECADO E A CULPA DO MUNDO

1. LEVOU SOBRE SI A CULPA DO PECADO DO MUNDO “Cristo levou sobre Si a culpa dos pecados do mundo. Nossa suficiência encontra-se unicamente na encarnação e morte do Filho de Deus. Ele pode sofrer porque sustido pela Divindade. Pode suportar porque não tinha mancha de deslealdade ou pecado.” The Youth’s Instructor, 04 de Agosto de 1898.

2. LEVOU SOBRE SI AS DOENÇAS FÍSICAS DE UMA RAÇA

DEGENERADA “Ele (Cristo) tomou a natureza humana e levou sobre Si as doenças e a degeneração da raça.” The Review and Herald, 28 de Julho de 1874.

3. ACEITOU O RESULTADO DEBILITADOR DA HERANÇA DE 4.000

ANOS DE PECADO “Teria sido uma quase infinita humilhação para o Filho de Deus, revestir-Se da natureza humana mesmo quando Adão permanecia em seu estado de inocência no Éden. Mas, Jesus aceitou a humanidade quando a raça havia sido enfraquecida por quatro mil anos de pecado. Como qualquer filho de Adão, aceitou os resultados da operação da grande lei da hereditariedade. O que estes resultados foram, manifesta-se na história de seus ancestrais terrestres. Veio com essa hereditariedade para partilhar de nossas dores e tentações, e dar-nos o exemplo de uma vida impecável. “Satanás aborrecera a Cristo no Céu, por causa de Sua posição nas cortes de Deus. Mais O aborreceu ainda quando se sentiu ele próprio destronado. Odiou Aquele que Se empenhou em redimir uma raça de pecadores. Não obstante, ao mundo em que Satanás pretendia domínio, permitiu Deus que viesse Seu Filho, impotente criancinha, sujeito à fraqueza da humanidade. Permitiu que enfrentasse os perigos da vida em comum com toda alma humana, combatesse o combate como qualquer filho da humanidade o tem de fazer, com risco de fracasso e ruína eterna.” Desejado de Todas as Nações, 33-34. 4. ACEITOU AS INCURSÕES DA DEGENERAÇÃO FÍSICA E DA

ENFERMIDADE “Maravilhosa combinação de homem e Deus! Pôde suportar Sua natureza humana para anular as incursões da enfermidade e fazer fluir de Sua natureza divina para a humana vitalidade e vigor que não estava sujeito à corrupção: Humilhou-Se, porém, a Si mesmo e tomou a natureza humana . . . Deus Se fez homem.” The Review and Herald, 04 de Setembro de 1900.

5. VEIO DEPOIS DE 4.000 ANOS DE ENFRAQUECIMENTO DA RAÇA “Cristo devia redimir, em nossa humanidade, a falha de Adão. Quando este fora vencido pelo tentador, entretanto, não tinha sobre si nenhum dos efeitos

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do pecado. Encontrava-se na pujança da perfeita varonilidade, possuindo o pleno vigor da mente e do corpo. Achava-se circundado pelas glórias do Éden, e em comunhão diária com seres celestiais. Não assim quanto a Jesus, quando penetrou no deserto para medir-Se com Satanás. Por quatro mil anos estivera a raça a decrescer em forças físicas, vigor mental e valor moral; e Cristo tomou sobre Si as fraquezas da humanidade degenerada. Unicamente assim podia salvar o homem das profundezas de sua degradação.” Desejado de Todas as Nações, 82.

6. FORAM-LHE IMPUTADOS OS PECADOS DE NOSSA NATUREZA

PECADORA “O Filho de Deus, revestido com a roupagem da humanidade, desceu ao nível daqueles a quem desejava salvar. Não havia Nele engano nem pecaminosidade; sempre foi puro e sem mancha; não obstante tomou sobre Si nossa natureza pecaminosa. Vestindo Sua divindade com humanidade para associar-Se com a humanidade caída, quis reaver para o homem aquilo que, por desobediência, Adão perdera para si e para o mundo. Em Seu próprio caráter revelou ao mundo o caráter de Deus.” The Review and Herald, 15 de Dezembro de 1896.

7. A PERFEITA IMPECABILIDADE DA NATUREZA HUMANA “Não deveríamos abrigar dúvidas quanto à impecabilidade da natureza humana de Cristo.” The Signs of the Times, 09 de Junho de 1898.

8. COMO UM DE NÓS, MAS SEM PECADO “Por amor de nós despiu Suas vestes reais, desceu do trono celestial, condescendeu em vestir Sua divindade com humanidade, e foi como um de nós, mas sem pecado, para que Sua vida e caráter fossem um modelo que todos imitassem, e assim pudessem ter o dom precioso da vida eterna.” The Youth’s Instructor, 20 de Outubro de 1886.

9. NASCEU SEM UMA MANCHA DE PECADO “Nasceu sem mancha de pecado, mas veio ao mundo de maneira igual à da família humana.” Carta, # 97, 1886.

10. ANDOU COM INOCÊNCIA E PUREZA EM UM MUNDO DE PECADO “Inocente e incontaminado andava Ele entre os irrefletidos, os rudes, os descorteses.” Desejado de Todas as Nações, 63.

11. ASSUMIU A DETERIORAÇÃO, A POBREZA E A DEGRADAÇÃO “Cristo, que não conhecia a menor mancha de pecado ou contaminação, tomou nossa natureza em seu estado degradado. Esta foi uma humilhação maior do que pode o homem finito compreender. Deus Se manifestou na carne. Humilhou-Se a Si mesmo. Que tema para a meditação, para a profunda e fervente contemplação! Tão infinitamente elevada era a Majestade do Céu, e não obstante desceu tão baixo, sem perder um só

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átomo de Sua dignidade e glória. Desceu à pobreza e à humilhação mais profunda entre os homens.” The Signs of the Times, 09 de Junho de 1898.

12. A HUMILHAÇÃO QUE IMPLICA TOMAR A NATUREZA CAÍDA “Não obstante os pecados de um mundo criminoso serem postos sobre Cristo, não obstante a humilhação de tomar sobre Si nossa decaída natureza, a voz do Céu declarou ser Ele o Filho do Eterno.” Desejado de Todas as Nações, 78. 13. RELACIONOU NOSSA NATUREZA CAÍDA COM SUA DIVINDADE “Embora não houvesse sobre Seu caráter mancha de pecado, condescendeu em relacionar nossa natureza humana caída com Sua divindade. Ao tomar a forma humana, honrou a humanidade. Havendo tomado nossa natureza humana, mostrou o que podia chegar a ser, se aceitasse a ampla providência que para ela fizera, e se fizesse participante da natureza divina.” Instrução Especial Referente ao Escritório de Review and Herald, e à Obra em Battle Creek, pág. 13, de 26 de Maio de 1896.

14. SUJEITO À HUMILHANTE CONDIÇÃO DE SERVO “[Paulo] dirige a mente em primeiro lugar para a posição que Cristo ocupava no Céu, junto a Seu Pai; depois O apresenta despojando-Se de Sua glória, sujeitando-Se voluntariamente a todas as condições humilhantes da natureza humana, assumindo as responsabilidades de um servo, e sendo obediente até à morte, a morte mais ignominiosa e repugnante, a mais vergonhosa, a mais angustiosa: a morte de cruz.” Testimonies, vol. 4, 458.

15. ACEITOU A FRAQUEZA, A HUMILHAÇÃO E O SOFRIMENTO “Os anjos prostraram-se diante Dele, ofereceram sua vida. Jesus lhes disse que pela Sua morte salvaria a muitos; que a vida de uma anjo não poderia ser aceita por Seu Pai como resgate pelo homem. Jesus também lhes disse que teriam uma parte a desempenhar, estar com Ele, e O fortalecer em várias ocasiões. Que Ele tomaria a natureza decaída do homem, e Sua força não seria nem mesmo igual à deles. E seriam testemunhas de Sua humilhação e grandes sofrimentos.” Testemunhos Seletos, vol. 2, 43.

16. SUA VIDA SEM PECADO ATRAIU A IRA DO MUNDO “Em meio da impureza, Cristo manteve Sua pureza. Satanás não pôde manchá-Lo ou corrompe-Lo. Seu caráter revelava um completo ódio ao pecado. Foi Sua santidade que excitou contra Ele toda a paixão de um mundo corrompido; porque Sua vida perfeita constituía uma perpétua reprovação para o mundo, e manifestava o contraste entre a transgressão e a justiça pura e sem mancha de Alguém que não conhecia pecado.” SDABC, vol. 5, 1142.

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CAPÍTULO 7

A NATUREZA HUMANA DE CRISTO PERFEITAMENTE ISENTA DE PECADO

1. NÃO HÁ DÚVIDA NO TOCANTE À SUA PERFEITA IMPECABILIDADE “Não devemos abrigar dúvidas no tocante à natureza humana de Cristo perfeitamente isenta de pecado. Com fé esclarecida devemos olhar para Jesus com perfeita confiança, com plena fé no sacrifício propriciatório. Isto é essencial para que a alma não seja envolta pelas trevas. Este sagrado substituinte pode salvar perfeitamente; porque apresentou uma perfeita e completa humildade em Seu caráter humano perante o mundo maravilhado, e uma perfeita obediência a todos os reclamos divinos.” The Signs of the Times, 09 de Junho de 1898.

2. A NATUREZA HUMANA RETEVE A PUREZA DIVINA “Cristo, com Seu braço humano enlaçou a raça, e com o Seu braço divino apegou-Se ao trono do Infinito, unindo o homem finito com o Deus infinito. Transpôs o abismo que o pecado abrira, e uniu a Terra ao Céu. Em Sua natureza humana manteve a pureza de Seu caráter divino.” The Youth’s Instructor, 02 de Junho de 1898.

3. SEM AS PAIXÕES DE NOSSA NATUREZA CAÍDA “Não estava contaminado pela corrupção, era um estranho para o pecado; não obstante orava, e fazia-o amiúde com grande agonia e lágrimas. Orava por Seus discípulos e por Si próprio, e assim Se identificava com nossas necessidades e fraquezas, tão comuns à humanidade. Era um poderoso suplicante, sem as paixões de nossa natureza humana caída, mas cercado de fraquezas semelhantes, tentado em tudo, como nós. Jesus suportou a agonia que requeria ajuda e apoio de Seu Pai.” Testimonies, vol. 2, 508.

4. SUA NATUREZA SEM PECADO RECUAVA DO MAL “É um irmão em nossas fraquezas mas não em possuir idênticas paixões. Sendo sem pecado, Sua natureza recuava do mal. Jesus suportou lutas, e torturas de alma, em um mundo de pecado. Sua humanidade tornava a oração necessidade e privilégio. Ele reclamava todo o mais forte apoio divino e o conforto que o pai estava pronto a conceder-Lhe, a Ele que, em benefício do homem, havia deixado as alegrias do Céu, preferindo morar em um mundo frio e ingrato.” Testemunhos Seletos, vol. 1, 220-221.

5. SUPREMA MANIFESTAÇÃO DE PUREZA INATA “Sua doutrina caía como a chuva; Sua palavra distilava como o orvalho. No caráter de Cristo estavam amalgamadas uma majestade que Deus nunca dantes manifestara perante o homem caído, e uma mansidão que o homem nunca apresentara. Nunca dantes andara entre os homens alguém tão nobre, tão puro, tão bom, tão consciente de Sua natureza divina; não

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obstante tão simples, tão cheio de planos e proprósitos para o bem da humanidade. Conquanto aborrecesse o pecado, chorava de compaixão pelo pecador. Não Se agradou a Si mesmo. A Majestade do Céu Se vestiu com a humanidade de uma criança. Tal é o caráter de Cristo.” Testimonies, vol. 5, 422.

6. NENHUM TRAÇO DE PECADO MACULOU A IMAGEM DE DEUS “A vida de Cristo estava em harmonia com Deus. Enquanto criança, pensava e falava como criança; mas nenhum traço de pecado desfigurava Nele a imagem divina. Não ficou, no entanto, isento de tentação . . . Jesus foi colocado num lugar em que Seu caráter devia ser provado. Era-Lhe necessário estar sempre em guarda, a fim de conservar Sua pureza. Estava sujeito a todos os conflitos que nós outros temos de enfrentar, para que nos pudesse servir de exemplo na infância, na juventude, na idade varonil.” Desejado de Todas as Nações, 49.

7. EM SEU ESTADO HUMANO CONSERVOU IMPECABILIDADE

PERFEITA “Ao assumir a natureza do homem em seu estado caído, Cristo não participou de maneira alguma de seu pecado. Estava sujeito às fraquezas e às doenças que assaltam o homem, ‘para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que disse: Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças.’ Comoveu-Se por nossas fraquezas e, como nós, em tudo foi tentado. Mas ‘não cometeu pecado.’ Era o Cordeiro ‘sem mancha e sem mácula.’ . . . Não devemos abrigar dúvidas quanto à perfeita impecabilidade da natureza humana de Cristo.” The Signs of the Times, 09 de Junho 1898.

8. PERFEITO, SEM MANCHA E SEM CONTAMINAÇÃO “Cristo só pôde abrir o caminho, ao fazer uma oferta igual aos reclamos da lei divina. Era perfeito e sem contaminação de pecado. Era imaculado e incontaminado. A extensão das terríveis consequências do pecado nunca haveriam de ser conhecidas, se o remédio provido não houvesse sido de valor infinito. A salvação do homem foi alcançada a custo tão imenso que os anjos se maravilharam, e não puderam compreender plenamente o mistério divino de que a Majestade do Céu, igual a Deus, tivesse que morrer pela raça rebelde.” The Spirit of Prophecy, vol. 2, 11-12.

9. HABITOU NA HUMANIDADE MAS SEM CONTAMINAÇÃO “O mesmo se dá quanto à lepra do pecado, profundamente arraigada, mortal e impossível de ser purificada por poder humano. ‘Toda a cabeça está enferma e todo o coração fraco. Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres.’ Mas Jesus, vindo habitar na humanidade, não recebe nenhuma contaminação. Sua presença tem virtude que cura o pecador.” Desejado de Todas as Nações, 193.

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10. PERSONIFICOU A PUREZA ABSOLUTA E SEM MANCHA “Jesus contemplou um momento a cena, a trêmula vítima em sua vergonha, os mal encarados dignitários, destituídos da própria simpatia humana. Seu espírito de imaculada pureza recuou do espetáculo. Bem sabia para que fim Lhe fora levado esse caso. Lia o coração, e conhecia o caráter e a história da vida de cada um dos que se achavam em Sua presença . . . Os acusadores haviam sido derrotados. Então, rotas as vestes da pretendida santidade, ficaram, culpados e condenados, em presença da infinita pureza.” Desejado de Todas as Nações, 345-346. 11. CRISTO RETÉM PARA SEMPRE A NATUREZA HUMANA “Baixando a tomar sobre Si a humanidade, Cristo revelou um caráter exatamente oposto ao de Satanás . . . Ao tomar a nossa natureza, o Salvador ligou-Se à humanidade por um laço que jamais se partirá. Ele nos está ligado por toda a eternidade. ‘Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito.’ Não O deu somente para levar os nossos pecados e morrer em sacrifício por nós; deu-O à raça caída. Para nos assegurar Seu imutável conselho de paz, Deus deu Seu Filho unigênito a fim de que Se tornasse membro da família humana, retendo para sempre Sua natureza humana. Esse é o penhor de que Deus cumprirá Sua palavra. ‘Um menino nos nasceu, um Filho se nos deu; e o principado está sobre os Seus ombros.’ Deus adotou a natureza humana na pessoa de Seu Filho, levando a mesma ao mais alto Céu.” Desejado de Todas as Nações, 17.

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CAPÍTULO 8

O LUGAR DE CRISTO NA DIVINDADE

1. UM COM O PAI ETERNO “Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o Eterno Pai, um em natureza, caráter, propósito, o único ser que poderia penetrar em todos os conselhos e propósitos de Deus. ‘O Seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz’ (Isa. 9:6). Suas saídas são desde os tempos antigos ‘desde os dias da eternidade.’ (Miq. 5:2).” Patriarcas e Profetas, 13-14. 2. CRISTO E O PAI, DE UMA SUBSTÂNCIA “Nunca dantes haviam os judeus ouvido palavras tais de lábios humanos, e apossou-se deles uma influência convincente; pois parecia que a divindade resplandecesse através da humanidade ao dizer Jesus: ‘Eu e o Pai somos um.’ As palavras de Cristo estavam repletas de significação ao apresentar a reivindicação de que Ele e o Pai eram de uma substância, possuidores dos mesmos atributos.” The Signs of the Times, 27 de Novembro, 1893, 54. 3. IGUAL EM PODER E AUTORIDADE “Todavia, o Filho de Deus era o reconhecido Soberano do Céu, igual ao Pai em poder e autoridade.” O Grande Conflito, 495. 4. IGUAL AO PAI “A fim de salvar o transgressor da lei de Deus, Cristo, que era igual ao Pai, veio viver vida celestial perante os homens, para que aprendessem o que seja ter o Céu no coração. Ilustrou o que o homem tem de ser para ser digno do precioso dom da vida que equivale à vida de Deus.” Fundamentos da Educação Cristã, 179. 5. POSSUI OS ATRIBUTOS DE DEUS “A única maneira em que a espécie humana podia ser restaurada era por meio da dádiva de Seu Filho, igual a Si e possuidor dos atributos de Deus. Conquanto fosse tão altamente exaltado, Cristo consentiu em assumir a natureza humana, para que atuasse em favor do homem e reconciliasse com Deus o Seu súdito infiel. Ao rebelar-se o homem, Cristo pleiteou o Seu mérito em favor dele, tornando-Se o substituto e penhor do homem. Empreendeu o combate aos poderes das trevas em favor do homem, e prevaleceu, vencendo o inimigo de nossa alma, e oferecendo ao homem o cálice da salvação.” The Review and Herald, 08 de Novembro de 1892. 6. DEUS NO MAIS ELEVADO SENTIDO “O mundo foi feito por Ele, ‘e sem Ele nada do que foi feito se fez.’ Se Cristo fez todas as coisas, existia antes de todas as coisas. As palavras proferidas neste sentido são tão decisivas que ninguém precisa permanecer em dúvida.

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Cristo era Deus essencialmente, e no mais elevado sentido. Estava com Deus desde toda a eternidade, Deus sobre tudo, tudo eternamente bendito . . . “Há luz e glória na verdade de que Cristo era um com o Pai antes de serem lançados os fundamentos do mundo. Essa é a luz a brilhar em lugar escuro, tornando-O resplandecente com a glória divina que havia no princípio. Esta verdade, infinitamente misteriosa em si mesma, explica outras verdades misteriosas e de outra maneira inexplicáveis, se bem que engastadas em luz, inatingível e incompreensível.” The Review and Herald, 05 de Abril de 1906, 8. 7. CRISTO, NOSSO ETERNO PAI “Por mais que um pastor ame as suas ovelhas, ama ainda mais a seus próprios filhos e filhas. Jesus não é somente nosso pastor; é nosso ‘Eterno Pai.’ Ele diz: ‘Conheço as Minhas ovelhas, e das Minhas sou conhecido. Assim como o Pai me conhece a Mim, também Eu conheço o Pai.’ Que declaração esta! É Ele o Filho unigênito, Aquele que Se acha no seio do Pai. Aquele que Deus declarou ser ‘o Varão que é Meu companheiro.’ (Zac.13:7), e apresenta a união entre Ele e Seus filhos na Terra.” Desejado de Todas as Nações, 466-467. 8. ETERNO E EXISTENTE POR SI MESMO “O Rei do universo convocou os exércitos celestiais diante de Si, para que na presença dos mesmos pudesse apresentar a verdadeira posição de Seu Filho, e mostrar a relação que Este mantinha para com todos os seres criados. O Filho de Deus partilhava do trono do Pai, e a glória do Ser Eterno, existente por Si mesmo, rodeava a ambos.” Patriarcas e Profetas, 16. 9. VIDA ORIGINAL, NÃO EMPRESTADA, NÃO DERIVADA “Ainda procurando dar a verdadeira direção a sua fé, Jesus declarou: ‘Eu sou a ressurreição e a vida.’ Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada. ‘Quem tem o Filho tem a vida.’ (I João 5:12). A divindade de Cristo é a certeza de vida eterna para o crente.” Desejado de Todas as Nações, 507. 10. REDENTOR IGUAL A DEUS “O Redentor do mundo era igual a Deus. Sua autoridade era como a autoridade de Deus. Ele declarou que não tinha existência separada do Pai. A autoridade com que falava, e operava milagres, era-Lhe expressamente própria, não obstante nos assegura que Ele e o Pai são um.” The Review and Herald, 07 de Janeiro de 1890, 1. 11. ETERNO, EXISTENTE POR SI MESMO, INCRIADO “Jeová, o Ser Eterno, existente por Si mesmo, incriado, sendo o originador e mantenedor de todas as coisas, é o único que tem direito à reverência e culto supremos.” Patriarcas e Profetas, 311.

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12. JEOVÁ TAMBÉM É O NOME DE CRISTO “Jeová é o nome dado a Cristo, ‘Eis que Deus é a minha salvação’, escreve o profeta Isaías; ‘eu confiarei, e não temerei, porque o Senhor Jeová é a minha força e o meu cântico, e Se tornou a minha salvação. E vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação. E direis naquele dia: dai graças ao Senhor, invocai o Seu nome, tornai manifestos os Seus feitos entre os povos, contai quão excelso é o Seu nome.’ ‘Naquele dia se entoará este cântico na terra de Judá: Uma forte cidade temos, a que Deus pôs a salvação por muros e anteparos. Abri as portas, para que entre nela a nação justa, que observa a verdade. Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em Ti; porque ele confia em Ti. Confiai no Senhor perpetuamente; porque o Senhor Deus é uma rocha eterna.’” The Signs of the Times, 03 de Maio de 1899, 2.

13. JEOVÁ, EMANUEL, NOSSO SALVADOR “As portas celestes tornar-se-ão a erguer e, com miríades e milhares de milhares de santos, nosso Salvador sairá como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Jeová Emanuel será sobre toda a Terra; naquele dia um será o Senhor e um será o Seu nome.’” O Maior Discurso de Cristo, 95. 14. JEOVÁ EMANUEL É CRISTO “Esta é a recompensa de todos quantos seguem a Cristo, Jeová Emanuel, Aquele ‘em quem estão econdidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência,’ em quem habita ‘corporalmente toda a plenitude da divindade’ (Col. 2:3 e 9) ser levado a sentir em correspondência com Ele, conhecê-Lo, possuí-Lo, à medida que o coração se abre mais e mais para receber-Lhe os atributos; conhecer-Lhe o amor e o poder, possuir as insondáveis riquezas de Cristo, compreender mais e mais ‘qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus,’ (Efésios 3:18-19) ‘esta é a herança dos servos do Senhor, e a Sua justiça que vem de Mim, diz o Senhor’ (Isaías 54:17).” O Maior Discurso de Cristo, 39. 15. UM COM O PAI NA NATUREZA “Antes da manifestação do mal, havia paz e alegria por todo o Universo . . . Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o Eterno Pai, um na natureza, no caráter e no propósito, e o único Ser em todo o Universo que poderia entrar nos conselhos e propósitos de Deus. Por Cristo, o Pai efetuou a criação de todos os seres celestiais.” O Grande Conflito, 493. 16. FATAL A REJEIÇÃO DA DIVINDADE “Se os homens rejeitam o testemunho das Escrituras inspiradas concernente à divindade de Cristo, é debalde arguir com eles sobre este ponto; pois nenhum argumento, por mais concludente, poderia convencê-los. ‘O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem

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loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente’ (I Cor. 2:14). Pessoa alguma que alimente este erro pode ter exato conceito do caráter ou da missão de Cristo, nem do grande plano de Deus para a redenção do homem.” O Grande Conflito, 524.

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CAPÍTULO 9

A ETERNA PREEXISTÊNCIA DE CRISTO

1. EXISTÊNCIA DISTINTA DESDE A ETERNIDADE “O Senhor Jesus Cristo, o divino Filho de Deus, existiu desde a eternidade, tendo personalidade distinta, se bem que um com o Pai. Ele era a excelente glória do Céu. Era o comandante dos seres celestiais, e a homenagem e adoração dos anjos era por Ele recebidas como legitimamente Sua. Isso não era usurpar de Deus.” The Review and Herald, 05 de Abril de 1906, 8. 2. SEMPRE COM O DEUS ETERNO “Ao falar de Sua preexistência, Cristo faz a mente retroceder às eras incontáveis. Assegura-nos que nunca houve tempo em que não estivesse em comunhão íntima com o Deus eterno. Aquele cuja voz os judeus estavam então escutando estivera com Deus como alguém que vivera sempre com Ele.” The Signs of the Times, 29 de Agosto de 1900. 3. PREEXISTÊNCIA INCALCULÁVEL “Cristo lhes mostra aqui que, conquanto lhe pudessem calcular a vida como sendo de menos de cinquenta anos, não obstante Sua vida divina não podia ser estipulada por meio de cálculo humano. A existência de Cristo, anterior à Sua encarnação, não é medida por algarismos.” The Signs of the Times, 03 de Maio de 1899. 4. UNIDO DESDE TODA A ETERNIDADE “Desde toda a eternidade esteve Cristo unido com o Pai, e ao tomar sobre Si a natureza humana, ainda era um com Deus.” The Signs of the Times, 02 de Agosto de 1905, 10. 5. GLÓRIA DESDE TODA A ETERNIDADE “Ao transpor as portas celestiais foi Jesus entronizado em meio à adoração dos anjos. Tão logo foi esta cerimonia concluída, o Espírito Santo desceu em ricas torrentes sobre os discípulos, e Cristo foi de fato glorificado com aquela glória que tinha com o Pai desde toda a eternidade.” Atos dos Apóstolos, 38-39. 6. MEDIADOR DESDE A ETERNIDADE “Embora a palavra de Deus fale da humanidade de Cristo quando esteve na terra, também fala decididamente quanto à Sua preexistência. O Verbo existiu como Ser Divino, como o Eterno Filho de Deus, em união e unidade com Seu Pai. Desde a eternidade foi o mediador do concerto, aquele por quem todas as nações da terra, tanto Judeus como Gentios, caso O aceitassem, seriam benditas. O Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus.

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Antes que os homens ou os anjos fossem criados, o Verbo estava com Deus e era Deus.” The Review and Herald, 05 de Abril de 1906. 7. INTERMINÁVEL E SEMPITERNO “Um ser humano vive, mas tem vida concedida, vida que será extinta. Que é vossa vida? É um vapor que aparece um pouco e depois se desvanece. Mas a vida de Cristo não é um vapor; é interminável, uma vida existente antes que os mundos houvessem sido feitos.” The Signs of the Times, 17 de Junho de 1897, 5. 8. DESDE OS DIAS DA ETERNIDADE “Desde os dias da eternidade, o Senhor Jesus Cristo era um com o Pai; era a imagem de Deus, a imagem de Sua grandeza e majestade, o resplendor de Sua glória.” Desejado de Todas as Nações, 15. 9. ANTES QUE OS ANJOS FOSSEM CRIADOS “Ele era um com o Pai antes que os anjos fossem criados.” The Spirit of Prophecy, vol. 1, 17. 10. ERA DEUS DESDE TODA A ETERNIDADE “Cristo era Deus essencialmente, no mais elevado sentido. Ele estava com Deus desde toda a eternidade, Deus sobre tudo, eternamente bendito.” The Review and Herald, 05 de Abril de 1906, 8. 11. CRISTO, A PRESENÇA ETERNA “O nome de Deus, dado a Moisés para exprimir a idéia da presença eterna, fora reclamado como Seu pelo Rabi da Galiléia. Declara-Se Aquele que tem existência própria, Aquele que fora prometido a Israel, cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade (Miq. 5:2).” Desejado de Todas as Nações, 454. 12. IGUAL DESDE O PRINCÍPIO “Nela (a Palavra de Deus) podemos aprender quanto custou nossa redenção Àquele que, desde o princípio, era igual ao Pai.” Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 13. “Ele era igual a Deus, infinito e onipotente . . . É o Filho eterno, existente por Si mesmo.” Evangelismo, 615.

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CAPÍTULO 10

TRÊS PESSOAS NA DIVINDADE

1. TRÊS PESSOAS NA DIVINDADE “Há três pessoas vivas pertencentes ao Trio Celestial; em nome desses três grandes poderes, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, os que recebem a Cristo por fé viva são batizados, e esses poderes cooperarão com os súditos obedientes do céu em seus esforços para viver a nova vida com Cristo.” Evangelismo, 615. 2. A DIVINDADE UNIDA NA REDENÇÃO “A Divindade Se moveu de compaixão pela espécie, e o Pai, o Filho e o Espírito Santo deram-Se a Si mesmos ao estabelecerem o plano da redenção.” Conselhos Sobre Saúde, 222. 3. OS TRÊS GRANDES PODERES DO CÉU “Os que proclamam a terceira mensagem angélica têm de revestir-se de toda a armadura de Deus, para que permaneçam destemidamente em seu posto, em face da detração e da falsidade, combatendo o bom combate da fé, resistindo ao inimigo com a Palavra ‘está escrito.’ Mantende-vos onde os três grandes poderes celestes, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, sejam a vossa eficiência. Estes poderes operam com quem se entrega irrestritamente a Deus. A fortaleza do Céu está à disposição de quantos crêem em Deus. O homem que põe em Deus a sua confiança está circundado de um muro inexpugnável.” The Southern Watchman, 28 de Fevereiro de 1904, 122. 4. IMPERATIVA A COOPERAÇÃO DOS TRÊS “A nossa santificação é obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo. É o cumprimento do concerto que Deus fez com os que com Ele se unem, para permanerem com Ele, com Seu Filho, e com o Espírito Santo em santa comunhão. Nascestes de novo? Tornastes-vos um novo ser em Jesus Cristo? Cooperai, então, com os três grandes poderes do céu que estão atuando em vosso favor. Ao fazerdes isso revelareis ao mundo os princípios da justiça.” The Signs of the Times, 19 de Junho de 1901. 5. TRÊS DIGNITÁRIOS ETERNOS “Os eternos dignitários celestes, Deus, Cristo e o Espírito Santo, munindo-os (aos discípulos) de energia sobrehumana, avançariam com eles para a obra e convenceriam o mundo do pecado.” Evangelismo, 616. 6. OS TRÊS MAIS ALTOS PODERES “Cumpre-nos cooperar com os três poderes mais altos no Céu, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e esses operarão por meio de nós, fazendo-nos coobreiros de Deus.” Evangelismo, 617.

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7. NOME TRÍPLICE “Os que ao iniciar a carreira cristã são batizados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, declaram publicamente que renunciaram o serviço de Satanás e se tornaram membros da família real, filhos do Celeste Rei.” Testemunhos Seletos, vol. 2, 389.

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