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Cristina Sá Carvalho

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Page 1: Cristina Sá Carvalho. «deve ser um espaço onde o Evangelho é transmitido e desde onde este se irradia». PAULO VI, Evangelii nuntiandi n.71. Como? O amor

Cristina Sá Carvalho

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«deve ser um espaço onde o Evangelho é transmitido e desde onde este se irradia».

PAULO VI, Evangelii nuntiandi n.71.

Como?  

O amor vivido como doação e entrega.

Os filhos como objectivo primordial do projecto familiar partilhado.

A transmissão da fé como tarefa central dos pais cristãos, respeitando sempre a autonomia das pessoas e promovendo a sua liberdade.

A educação em valores cristãos, como aspecto essencial da tarefa educativa e desenvolvimental.

Javier Elzo.  

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• Comportamento: DAR - RECEBER

• Conflito - Desmame

• Crise – Êxito: CONFIANÇA- Protegido e seguro

• Crise – Fracasso: DESCONFIANÇA

- Retraído, desprotegido, abandonado; medroso.

• Virtude: ESPERANÇA

• Formação do Aparelho Psíquico - ID

A Mãe

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• Comportamento: DOMINAR, PROTEGER, LARGAR, DEIXAR

• Conflito - Educação da higiene: controlo dos esfíncteres (reter, largar) e da mãe.

• Crise – Êxito: AUTONOMIA- Independente, Explorador,

Desenvolvido

• Crise – Fracasso: VERGONHA, Dúvida

- Controlado, Superprotegido, Medroso, Imaturo.

• Virtude: FORÇA DE VONTADE

• Formação do Aparelho Psíquico - Ego

Os PAIS

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• Comportamento: FAZER, REPRODUZIR, FAZER DE CONTA, BRINCAR (função simbólica)Curiosidade sexual, prazer de manipular.

• Conflito: Complexo de Édipo. Identificação com papel sexual.

• Crise – Êxito: INICIATIVA- Imaginação, Vivacidade, actividade;- Orgulho nas suas capacidades.

• Crise – Fracasso: CULPA- Inibição, falta de espontaneidade, considerar-se mau.

• Virtude: TENACIDADE• Formação do Aparelho Psíquico -

Super – Ego, pela interiorização das normas sociais.

A FAMÍLIA NUCLEAR

As bases da saúde mental

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• Comportamento: Norma social como o aceitável. FAZER COISAS, COMPETIR, FAZER COISAS, JUNTOS.

• Conflito: Sublimação (adiar prazer) e pudor. Apaziguamento

• Crise – Êxito: DILIGÊNCIA- Empreendedor, Trabalhador; Gosto por

realizar, participar e competir.• Crise – Fracasso: INFERIORIDADE- Preguiçoso, sem iniciativa; evita a

competição.Sentir-se inferior e medíocre.

• Virtude: COMPETÊNCIA, INDÚSTRIA

• Formação do Aparelho PsíquicoAdiar, reencaminhar a energia psíquica.

Investir em objectos socialmente aceites: estudo, a arte.

A FAMÍLIA ALARGADAVIZINHOS, COLEGAS(escola)

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• Comportamento : SER IGUAL A SI PRÓPRIO, PARTILHAR

• Conflito: Relações heterossexuais.

• Crise – Êxito: IDENTIDADE.- Saber quem é e o que quer da vida. - Segurança, independência, projecto

vocacional.- Capaz de aprender muito. Integrar a

sexualidade.

• Crise – Fracasso: SUBMISSÃO, CONFUSÃO; INSEGURANÇA.

- Não saber o que se quer.- Não se saber situar face ao trabalho, à

sociedade, à sexualidade.

• VIRTUDE: LEALDADE a si mesmo e aos outros

• Formação do Aparelho Psíquico: Resolver regressão e fixação e recapitular e integrar comportamento dos estádios anteriores.

Os AMIGOS como uma segunda

família:

Poder afastar-se mantendo-se ligado

Formar a personalidad

e

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• Comportamento: ENCONTRAR-SE E PERDER-SE NO OUTRO

• Crise – Êxito: INTIMIDADE- Capacidade de amar e de se

entregar.- Sexualidade enriquecedora.- Vínculos sociais estáveis e

abertos.

• Crise – Fracasso: ISOLAMENTO- Dificuldade em se relacionar.- Relações sem autenticidade,

efémeras, problemáticas, instáveis.

• VIRTUDE: AMOR, AFILIAÇÃO

AMIGOS, NAMORADOS,

COLEGASTer uma família

própria

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• Comportamento:FAZER SER

CUIDAR DE• Crise – Êxito:

GENERATIVIDADE- Produtivo e criativo- Projectado no futuro- Colaborante e educativo

com as novas gerações

• Crise – Fracasso: ESTAGNAÇÃO

- Improdutivo, acabado. Preocupado.

• Virtude: PRODUÇÃO, CUIDADO

Os FILHOS e os SUBORDINADOS

EDUCAR

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• Comportamento: ‒ SER PELO QUE SE FOI‒ ENCARAR O NÃO SER

• Crise – Êxito: INTEGRIDADEAceitar a sua existência como

algo valioso.Satisfeito com a vida,

reconciliado com os projectos não realizados.

• Crise – Fracasso: DESESPEROConsidera a sua vida como um

tempo perdido, impossível de recuperar.

Temer a morte.

Virtude: SABEDORIA

A HUMANIDADE

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1. Escolhas vocacionais dos pais que os removem de casa2. Aumento do número de mães trabalhadoras3. Escalada crítica da taxa de divórcio4. Aumento rápido das famílias monoparentais5. Declínio da família alargada6. Evolução do ambiente físico da casa: isolamento7. Substituição dos adultos pelos pares8. Isolamento das crianças face ao mundo do trabalho9. Insulação/alienação das escolas face à sociedade

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Confusão Pós-figurativa, pais

filhos;Figurativa, entre pares;Pré-figurativa, filhos

pais.

Torna difícil prever

o futuro

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Família

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A característica fundamental das sociedadesocidentais é a de, pela primeira vez, existir umespaço para uma geração intermédia que tempoder para propor novas formas de conduta.

Comprova-se que os adultos – pela complexidade das suas tarefas e abstracção crescente das suas

funções – são cada vez mais incapazes de fornecermodelos de conduta indentificatórios para as

crianças, mas esses modelos são necessários paraa construção de um sistema de valores queconsidere as mudanças sociais e culturais

permanentes.

Jerome Bruner

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E. Morin Uma qualidade única:

GRUPOS que não têm papel na inserção social e, por isso,

aniquilam a vontade de entrar na vida da sociedade «adulta».

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« A nossa geração conhecerá um fim curioso no sentido em que não terá sucessores. …

os jovens devem enfrentar um mundo sem modelos, sem precedentes …

Não há um pai, um professor, um homem de leis, um

médico, um operário tão hábil quanto sejam que possa servir de modelo a indivíduos que conheceram uma infância tão diferente da sua.

A solidão dos jovens não tem igual na história.»

M. Mead, La Fossé des Génèrations, 1971.

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« A nossa é a única cultura em toda a história da vida humana neste planeta em que os mais velhos da tribo perguntam aos membros mais novos quais são as regras tribais e os padrões de comportamento que se devem seguir.»

P. Ramsey

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As crianças aprendem sistemas de valores na cultura de pares, horizontal, porque a estrutura vertical não tem tempo nem intensidade.G. MacDonald

Os adolescentes e as crianças estão a desaparecer do campo de acção dos adultos, não porque se rebelam mas porque os adultos não estão lá. Os formadores da sabedoria são os pares. R. Bly

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Os adolescentes não têm oportunidade de aprender e treinar a avaliação e o julgamento com modelos: aprendem apenas anedoticamente, com imagens fragmentadas e histórias emocionais, sem argumentos lógicos. M.Devries

As linhas entre infância e idade adulta apagaram-se, de modo que muitos sujeitos de 30 ou 40 anos se portam como adolescentes. Sem claros ritos de passagem, os adolescentes têm dificuldade em lidar com as expectativas de tomar decisões adultas num mundo de juvenophilia, que retira a saudável protecção que crescer requer. M. Devries

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Mesmo nas famílias em que os pais investem adequadamente na EDUCAÇÃO os resultados

não estão de acordo com as necessidades porque os adolescentes partilham com os seus

pares a ideia e a experiência de que estão sós e são um grupo à parte, impenetrável e isolado.

Mesmo nas famílias em que os pais investem adequadamente na EDUCAÇÃO os resultados

não estão de acordo com as necessidades porque os adolescentes partilham com os seus

pares a ideia e a experiência de que estão sós e são um grupo à parte, impenetrável e isolado.

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Sem correcta relação LIBERDADE INDVIDUAL

e PRINCÍPIO DA REALIDADE: permanência da omnipotência infantil

e doPRINCÍPIO DO PRAZER

… IMEDIATO!

Choque com as regras: DIREITOSInterrupção da

transmissão de valores

Moralidade da VERGONHA

Egocentrismo

Ausência de sentido

da responsabilidade

Atinge

gravemente

porque é

cognitivo

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• Num mundo sem história, sem filosofia nem religião, só há técnica: mas a técnica não tem um fim, não produz sentido, não revela a verdade.

• Uma «cultura de técnica» nega os valores, corrói o conceito de indivíduo, a identidade, a liberdade, o sentido, mas também a natureza, a ética, a política, a religião, a história: tudo aquilo de que se nutre a sustentação do futuro.

Os jovens, contagiados profundamente na sua profunda insegurança

e condenados à deriva existencial,desistem de viver

porque já não há um «nós» motivacional, e as formas de produção da consciência tornam-se ritos de crueldade e violência.

U. Galimberti

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Autoridade, regras estritas, punição, valores partilhados

Determinado por um grupo que não é maduro,Não tem SABER nem EXPERIÊNCIA para decidir.

As «formas de produção da consciência»A primeira e única solução é a violência.

InsegurançaMedo Reactividade

Sem adultos

Sem educaçã

o

conflito

incerte

za

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Pais e professores não conseguem compreender esta geração e, por isso, parece que só os publicitários percebem os seus interesses: a cultura da ansiedade e do consumo que a acalma.

A sua afirmação central não é existencial, mas um INCÓMODO CULTURAL que resulta de um vazio

cultural interno: os jovens hospedam um niilismo que esvazia o existir e anula o futuro.

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INSATISFAÇÃO = PROBLEMAS

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Diversidade social

• Controlo e tolerância

• Conservadorismo e tensão

• Abandono, incapacidade e aceitação do desvio

Machado Pais, 1993

Dificuldade comum:

AUSÊNCIA

Não se pode viver adaptativamente sem

memória.

Não há memória sem intimidade.

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A Escola devia ser um lugar de vida.

E a paróquia também

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• «DELEGAR» NOS OUTROS A EDUCAÇÃO dos filhos

• Também na educação RELIGIOSA

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• No Estado – separar os indivíduos para conseguir uma submissão mais fácil ao seu poder e influência; aumentar consumo.

• Na Igreja – o paradigma tridentino: uma concepção intelectualista da catequese como instrução religiosa.

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«Porque, e isto todos os sociólogos e estudiosos da família acabam, finalmente, por admitir, a família não morreu, como vaticinou, no início da década de 70, David Cooper. Ao contrário, é um plebiscitado objecto de desejo. Os inquéritos são formais e repetitivos até à saciedade. Inquiridos os cidadãos sobre as coisas que consideram importantes na vida, entre a família, o trabalho, o tempo livre, os amigos, a política e a

religião, inquérito após inquérito a família aparece destacada na primeira posição.»

J. ELZO, La voz de los adolescentes. Madrid, PPC, 2008, p.73.

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Uma audiência cativa

Mesmo os da família atípica ou

disfuncional

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Amar os pais, ser amado

Ter Modelos

No contexto de uma educação

global

Ser escutado, conhecido

Participar

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RESPONSABILIZAR — MOTIVAR — ACOMPANHAR

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• EDUCAR com amor inteligente

• Educar na presença de Deus

• Educar a consciência moral e a relação com Deus: ser uma pessoa madura e articulada

Com coragemCom determinaçãoCom generosidade

Com ideias e acçõesColocando os filhos em primeiro

lugarCOM AJUDA

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Porque a qualidade do amor

conta

Ajudar os pais a:

- Assumir a educação dos filhos;-Educar personalidades firmes e maduras, saudáveis e activas, conscientes e participantes, felizes e realizadas;-Lidar com as instâncias educativas subsidiárias: escola, catequese, …-Reestruturar /reforçar o seu núcleo familiar de uma forma cooperativa;-DESENVOLVER UM PROJECTO EDUCATIVO e levá-lo por diante.

«Eis o meu Filho

muito amado»

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É preciso crescer bem

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 «Os adolescentes e os jovens dizem-se livres, mas estão atados à família, à escola, ao grupo de amigos, à moda, aos artefactos informáticos, colados ao telemóvel, com a obrigação de se divertirem… Perante a necessidade vivencial de estarem sempre ocupados, incitados, solicitados, “em movimento”, sentem pavor da solidão, do aborrecimento, do silêncio.»

J. ELZO, La voz de los adolescentes

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«Os filhos distinguem bem, por outro lado, liberdade e respeito pela sua autonomia, do desinteresse, supostamente justificado por uma atitude de tolerância passiva. Pedem proximidade no que diz respeito à sua autonomia, carinho sem se sentirem pressionados, orientação sem conversas recriminatórias ou protectoras. Os filhos estar-lhes-ão agradecidos, silenciosamente agradecidos, na maior parte das vezes. Inclusive compreensivos quando errarem».

J.Elzo

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• Desenvolver a competência pessoal: incentivá-los para que sejam autónomos, que saibam abrir caminho na vida, que possam voar com as suas próprias asas.

• Aprender a racionalidade: o uso da razão na vida quotidiana, para sair do âmbito da simples opinião ou gosto pessoal e acostumar-se ao confronto sério com a realidade.

• Fazer a justa distinção entre «o dinheiro como valor e o valor do dinheiro».

• Encontrar equilíbrio entre a tolerância e

permissividade familiar e a necessária «intolerância e solidariedade».

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• Cultivar a «espiritualidade», entendida como «superação do meramente material, da procura do bem-estar individual ligado à posse de bens materiais, à divinização do dinheiro,

à procura de uma identidade mais rica, mais profunda,

mais humana.

• Ir mais além dos valores finalistas (pacifismo, tolerância, ecologia, exigência de lealdade, etc.) para dar importância aos instrumentais (o esforço, a responsabilidade, o compromisso, a participação, etc.), para passar dos bons desejos ideais ao efectivo comportamento comprometido.

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Educar com diálogo Educar para a liberdade