criminologia paulo sumariva aula 02
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CRIMINOLOGIA – PAULO SUMARIVA
Aula 02
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Século XIX:
Escola Positiva Italiana:
Terceira Escola Italiana:
Escola Francesa de Lyon
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Teorias Macrossociológicas da Criminalidade
- Criminologia Tradicional – teorias doconsenso
- Criminologia Crítica – teorias do conflito
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• Teorias do consenso, de cunho
funcionalista, denominadas teorias de
integração, defendendo a ideia de que os
objetivos da sociedade são atingidos quando
há o funcionamento perfeito de suas
instituições, com as pessoas convivendo e
compartilhando as metas sociais comuns,
concordando com as regras da sociedade de
convívio. Ex: Escola de Chicago
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• Teorias do conflito, de cunho
argumentativo, defendendo a ideia de
que a harmonia social decorre da força
e da coerção, onde há uma relação
entre dominantes e dominados, não
existindo voluntariedade entre os
personagens para a pacificação social,
a qual decorrerá de imposição ou
coerção. Ex: Rotulação.
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Criminologia Tradicional
• Escola de Chicago:
• A Escola de Chicago é o berço da modernasociologia americana, que teve seu início nasdécadas de 20 e 30, à luz do Departamento deSociologia da Universidade de Chicago, quando estaapresentou a “sociologia das grandes cidades”, emrazão da constatação do aumento da criminalidadena cidade de Chicago.
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Teorias Ecológicas ou da Desorganização Social:
• A teoria ecológica ou da desorganização social é oriunda da Escolade Chicago e foi criada em 1915 sob o legado de que o progressoleva a criminalidade aos grandes centros urbanos. A teoriaecológica, a ordem social, a estabilidade e a integração contribuempara o controle social e a conformidade com as leis, enquanto adesordem e a má integração conduzem ao crime e à delinquência.
• Quanto menor a coesão e o sentimento de solidariedade entre ogrupo, a comunidade ou a sociedade, maiores serão os índices decriminalidade.
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Teoria do Curso da Vida
O desenvolvimento recente da desorganização social contribuiusobremaneira à criminalidade atual. Robert Sampson e DavidWeisburd são os principais expoentes da Teoria dadesorganização social no nível comunitário.
Sampson recupera os mecanismos sociais que apresentampotencial explicativo sobre o impacto do contexto da vizinhaçãonos processos de socialização, no crime e na criminalidade.
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Teoria do Curso da Vida
A teoria do curso da vida – life-course theory foi preponderantenos estudos desenvolvidos por Sampson, pois verificou osdiferentes processos de socializaçõ dos indivíduos em função dasestruturas sociais, do contexto sócio-cultural e das instituições.
A principal finalidade da teoria do curso da vida é demonstrarvínculos possíveis entre estruturas sociais e o contexto históriconos desdobnramentos da vida, influenciando sensivelmente osprocessos de vitimização.
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• - Teoria Espacial
• A teoria espacial foi criada na década de 1940e trata da reestruturação arquitetônica eurbanística das grandes cidades como medidapreventiva da criminalidade.
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• - Teoria das Janelas Quebradas
• A teoria das janelas quebradas está intimamente
atrelada a Escola de Chicago. Tem origem nos Estados
Unidos, onde dois criminologistas da Universidade de
Harvard, James Wilson e George Kelling, apresentaram
esta teoria, em março de 1982, após publicaram na
revista Atlantic Monthly um estudo em que, pela primeira
vez, estabelecia-se uma relação de causalidade entre
desordem e criminalidade, cujo título era The Police and
Neiborghood Safety (A Polícia e a Segurança da
Comunidade).
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• - Teoria da Tolerância Zero
• A política de tolerância zero é uma estratégia indiretade combate ao crime, baseada na teoria das janelasquebradas. É uma estratégia de manutenção daordem pública, da segurança dos espaços deconvivência social e da adequada prevenção defatores criminógenos.
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• - Teoria dos testículos Despedaçados
• A Teoria dos Testículos Despedaçados ou Testículos Quebrados
possui relação direta com a Teoria das Janelas Quebradas, ou seja,
pauta-se na ideia de combate às pequenas infrações. Tem origem
nos Estados Unidos.
• Essa teoria se funda na experiência policial e defende que os
delinquentes de crimes de pouca gravidade ou de menor potencial
ofensivo, quando perseguidos com eficácia pela polícia, via de
regra são derrotados e fogem para outras localidades mais
distantes, na tentativa de continuar violando a lei penal sem a
reprimenda dos agentes do Estado.
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- Teoria da Associação Diferencial
• A teoria da associação diferencial, também conhecida
por teoria da aprendizagem social ou social learning,
surgiu no final de 1924 e foi difundida pelo sociólogo
americano Edwin Sutherland, com base no pensamento
do jurista e sociólogo francês Gabriel Tarde.
• É o processo de aprender alguns tipos de
comportamento desviante, que requer conhecimento
especializado e habilidade, bem como a inclinação de
tirar proveito de oportunidade para usá-lo de maneira
desviante.
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Teoria Geral da Tensão
• A teoria geral da tensão foi formulada porRobert Agnew, que é a compreensão dasexplanações em torno da questão por que osindivíduos se envolvem com o crime. Aprincipal ideia desta teoria é a análise dasexperiências de tensão (strain) ou stress quemovem os indivíduos a cometerem delitos.
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Teoria Geral da Tensão
• Para Agnew, a teoria geral da tensão tem umacerta afinidade com as teorias de controlesocial, pois partem das principaiscaracterísticas da personalidade humana: - oautocontrole e as emoções negativas.Entretanto, se diferencia das demais nasseguintes características:
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Teoria Geral da Tensão
• a) a descrição do tipo de fatoresambientais que levam ao crime;
• b) o modelo explanatório do motivo peloqual os fatores ambientais levam aodelito.
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Teoria Geral da Tensão
• Os estudos psicossociais realizados porRobert Agnew, o viabilizou a distinguir:
• 1- Tensões Objetivas – que provocamrejeição na generalidade das pessoas;
• 2- Tensões subjetivas – limitada àpercepção de um indivíduo ou grupo.
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Teoria Geral da Tensão
As tensões variam das condições temporais, docontexto e a intensidade da manifestação no indivíduo.Podem minimizar os níveis de autocontrole ou induzirao comportamento delituoso, o indíviduo. Logo, aintensidade pode refletir em tensão crônica, elevando àpredisposição ao comportamento criminoso, visto queaumentam as emoções negativas, dificultam aestabilização do autocontrole e induzem aaprendizagem social do crime
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• - Teoria da Subcultura Delinquente:
• Foi desenvolvida por Albert K. Cohen, que teve
como marco o lançamento de seu livro
Deliquent boys, em 1955, onde explicou que
todo agrupamento humano possui subculturas,
oriundas de seu gueto, filosofia de vida, onde
cada um se comporta de acordo com as regras
do grupo, as quais não correspondem com a
regra da cultura geral.
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- Teoria da Anomia:
• Apresenta explicações de cunho
sociológico acerca da criminalidade. O
comportamento desviado pode ser
considerado como um sintoma de
dissociação entre as aspirações
socioculturais e os meios desenvolvidos
para alcançar tais aspirações.
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Criminologia Crítica – Teorias do Conflito- Teoria do Etiquetamento – Rotulação – Labeling Approach –
Interacionismo Simbólico – Reação Social
• Esta teoria surgiu no ano de 1960, nos Estados Unidos. Temraízes na obra de Emile Durkhein, que se referiu aos processosde construção da delinquência e a normalidade dela. Osprincipais precursores da teoria da rotulação foram ErvingGoffman, Edwim Lemert e Howard Becker, considerados comoautores da Nova Escola de Chicago. Estes autores adotam ametodologia da observação direta e o trabalho de campo.
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Teoria da Criminologia Marxista
• Esta teoria surgiu na década de 70, nos Estados
Unidos e na Inglaterra, posteriormente
irradiando para os países europeus,
notadamente, na Alemanha, Itália, Holanda e
França. Tem sua origem mediata no livro
“Punição e estrutura social” de Georg Rusche e
Otto Kirchheimer. Baseia-se na análise marxistada ordem social.
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Teoria da Criminologia Abolicionista
• A criminologia abolicionista apresentava a proposta
de acabar com as prisões e abolir o próprio direito
penal.
• Os abolicionistas afirmam que o sistema penal não
cumpre a sua função, isto é, não protege a vida, a
propriedade, a liberdade social, dentre outros
direitos fundamentais. Pelo contrário, só tem servido
para legitimar e reproduzir as desigualdades einjustiças sociais
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Teoria da Criminologia Minimalista
• Transformação radical da sociedade como
a melhor estratégia de combate ao crime.
Uma política criminal voltada a radicais
transformações sociais e institucionais
para o desenvolvimento da igualdade e
democracia.
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• - Teoria da Criminologia Neorrealista
• Admite que as frágeis condições econômicas dos
pobres na sociedade capitalista fazem com que a
pobreza tenha seus reflexos na criminalidade,
reconhecendo, contudo, que essa não é a única
causa da atitude criminosa, também gerada por
fatores como: expectativa superdimensionada,
individualismo exagerado, competitividade,
agressividade, ganância, anomalias sexuais,
machismo
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• CRIMINOLOGIA CULTURAL
• A criminologia cultural surgiu em meados da década
de 90, como legatária da criminologia crítica,
notadamente das teorias do labelling approach e
das teorias da subcultura.
• Busca suas referências nas noções de
transgressão, subcultura e desvio, analisa à
experiência criminal através de imagens,
significados e interferências culturais e sociais.
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CRIMINOLOGIA INTERSECCIONAL• No século XXI, desponta a criminologia crítica alternativa em busca de enfrentar algumas questões
das classes vulneráveis, dando origem a criminologia feminista, a criminologia étnico-racial, acriminologia Queer, a criminologia das migrações, criminologia verde, criminologia cyber, dentreoutras.
• No final da década de 1990, floresce a criminologia interseccional como corolário dos estudos degênero e do feminismo, notadamente, o feminismo negro, para compreender a coexistência devariantes sociais que suportam as mulheres.
• Sob a visão de Kimberlé Crenshaw, as várias elementares que integram a identidade - de classe,raça, gênero, sexualidade, nacionalidade, religão e etc, demonstram as diferenças que as mulheresvivenciam, notadamente, no que diz respeito as desigualdade e a violência.
• Criminologia interseccional consiste em investigar, de forma crítica, a maneira em que asidentidades dos sujeitos, intersectadas por marcadores das desigualdades que refletem em suasvivências e experiências com a violência, o crime e as instituições do sistema de justiça criminalconvivem enquanto vítimas ou infratoras.
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TEORIA “QUEER”• A teoria “queer” surgiu no final dos anos 80, em
decorrência de estudos de pesquisadores e ativistas demovimentos baseados em discussões quanto àidentidade de gênero e heteronormatividade. Elevou adiscussão do binômio “macho/fêmea” como formasimpositivas de se viver uma identidade no seio social.
• O termo “queer”, oriundo do vernáculo inglês e numatradução livre, significa “estranho, esquisito, excêntricoou original”, e está associado à agressão voltada aoshomossexuais e às questões homofóbicas.
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TEORIA “QUEER”• Salo de Carvalho, professor de ciências criminais, sustenta que o
processo da violência heterossexista pode ser dividido em:
• a) violência simbólica – trata-se de uma cultura homofóbica, queparte da construção social de discursos de inferiorização dadiversidade sexual e de orientação de gênero;
• b) violência das instituições – oriunda da violência das instituiçõesestatais, ou seja, homofobia do Estado, com a criminalização e apatologização das identidades não heterossexuais;
• c) violência interpessoal – trata-se da homofobia individual, ondese busca a anulação da diversidade por meio de atos brutos deviolência, isto é, a violência propriamente dita.
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• Criminologia Ambiental
• Estuda o crime, a criminalidade e a vitimização, levando
em consideração a relação com o lugar, o espaço e a
respectiva interação destes fatores.
- Teoria das Atividades Rotineiras
- Teoria da Escolha Racional
- Teoria do Padrão Criminal
- Teoria da Oportunidade
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Prevenção do Delito
- Primária
- Secundária
- Terciária
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VITIMOLOGIA• A vitimologia se originou do sofrimento dos judeus na
Segunda Guerra Mundial. Teve origem nos estudos de
Benjamin Mendelsohn, considerado pai da vitimologia,
que, como marco histórico, proferiu uma famosa
conferência – Um horizonte novo na ciência
biopsicossocial: a vitimologia, na Universidade de
Bucareste, em 1947, e também com os estudos de Hans
Von Hentig, em 1948, nos Estados Unidos, com a
publicação do livro “The Criminal and his Victim”.