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CRIMES EM ESPECIAL TUTELA DA PESSOA E VIOLÊNCIA DE GÉNERO
2016-2017
2.º SEMESTRE
Coordenação: TERESA PIZARRO BELEZA Regência: TERESA QUINTELA DE BRITO
PROGRAMA
1. Introdução ao estudo da Parte Especial do Direito Penal
a. Distinção entre teoria geral do crime e estudo da Parte Especial do
Direito Penal
b. Funções da Parte Especial (PE) e da Parte Geral (PG)
c. Relações entre a PG e a PE. Condicionamento pela PG das soluções que
decorrem da PE e tensão entre PE e PG
d. A PE como sistema
2. Crime de ofensas à integridade física (art. 143º do Código Penal)
a. Conduta típica: ofensa ao corpo ou à saúde. Lesões de diminuta
importância e adequação social. Referência às intervenções e
tratamentos médico cirúrgicos (art. 150º/1 CP) e aos tratamentos
médico-cirúrgicos arbitrários (art. 156º CP).
b. Bem jurídico protegido: integridade física num sentido corporal-
objectivo, ou desatenção à pessoa como um todo, i.e. na sua integridade
física/corporal e na sua integridade psíquica/moral?
c. A tutela penal da integridade física abrange em geral e autonomamente
a integridade psíquica/moral ou a saúde psíquica? Uma falsa questão
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dada a incindibilidade entre emoções, corpo e mente; opção por um
conceito de saúde e de lesão da integridade física biopsicossocial.
d. Fronteira com os crimes contra a honra (retorno às lesões de diminuta
importância).
3. Crimes de violência doméstica e maus-tratos (arts. 152º e 152º-A do Código
Penal): a. Condutas típicas, bem jurídico protegido e relações entre o agente e a
vítima. Semelhanças e diferenças entre si.
b. Semelhanças e diferenças relativamente aos crimes de ofensa à
integridade física, ameaças, coacção e injúrias (arts. 143º, 153º, 154º e
181º do Código Penal).
c. Penas acessórias: proibição de contacto com a vítima; proibição de uso e
porte de arma; obrigação de frequência de programas específicos de
prevenção da violência doméstica; inibição o exercício do poder
paternal, da tutela ou da curatela (art. 152º-A, n.os 4-6 CP).
d. Problemas de concurso aparente com crimes mais gravemente punidos;
as penas acessórias e a problemática cláusula da subsidiariedade
expressa.
e. Homicídio doloso em contexto de violência doméstica: concurso
efectivo de crimes?
f. Regime especial de suspensão provisória do processo (art. 281º/7 do
Código de Processo Penal).
g. Concurso homogéneo de crimes de violência doméstica ou de maus-
tratos? Possíveis critérios de identificação.
4. A “Convenção de Istambul”1
4.1 . Conceitos de “violência contra as mulheres”, “violência doméstica”,
“género” e “violência contra as mulheres baseada no género” (art. 3º)
4.2 . A centralidade da vítima (arts. 7º/2, 18º/1, 25º, 26º, 31º, 50º- 53º, 56º, etc.)
1 Convenção do Conselho da Europa para a prevenção e o combate à violência contra as mulheres e a violência doméstica, de 11 de Maio de 2011, aprovada pela Resolução da AR n.º 4/2013, de 14 de Dezembro de 2012, e ratificada pelo Decreto do Presidente da República n.º 13/2013, de 21 de Janeiro.
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4.3 . Obrigações gerais dos Estados-Parte (art. 12º, 27º e 28º)
4.4 . Programas preventivos de intervenção e tratamento (art. 16º)
4.5 . Criminalização da ajuda, cumplicidade e tentativa (art. 41º)
4.6 . Competência judiciária (art. 44º)
4.7 . Sanções e medidas (art. 45º)
4.8 . Processos ex parte e ex officio (art. 55º)
4.9 . Prescrição (art. 58º)
5. A “Convenção de Istambul: possibilidade constitucional, necessidade e
oportunidade de novas incriminações
5.1. Stalking/Assédio persistente (art. 34º da Convenção):
a. Conceito, modalidades e bem/bens jurídico(s) afectado(s).
b. Preexistência dos crimes de ameaças, coacção, difamação, injúrias,
perturbação da vida privada, devassa da vida privada, devassa por meio
de informática, violação de correspondência ou de telecomunicações e
de gravações e fotografias ilícitas (arts. 153º, 154º, 180º, 181º, 190º/2,
192/1, 193º, 194º e 199º do Código Penal)
c. Dignidade punitiva da conduta, carência e oportunidade de tutela
penal? Referência à alternativa das ordens judiciais de restrição e
controlo.
d. Dificuldades na descrição típica do comportamento proibido;
conveniência de uma formulação típica aberta.
e. Possíveis técnicas legislativas de tutela do bem jurídico: crime de mera
actividade ou material/de resultado?; crime de perigo ou de dano?
f. Direito Comparado
g. O novo crime de perseguição (artigo 154º-A do Código Penal).
Inaplicabilidade, por causa da moldura da pena, das medidas de coacção
que protejam a vítima e evitem a continuação da actividade criminosa
(arts. 200º, 202º e 203º CPP).
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5.2. Assédio sexual no trabalho e nas ruas (art. 40º da Convenção: qualquer conduta indesejada, verbal, não verbal ou física, de carácter sexual, tendo como objectivo violar a dignidade de uma pessoa, em particular quando esta conduta cria um ambiente intimidante, hostil, degradante, humilhante ou ofensivo)
a. Conceito, modalidades e bem/bens jurídico(s) protegidos.
b. Preexistência dos crimes de coacção sexual, violação e, sobretudo, de
importunação sexual (arts. 163º/2, 164º/2 e 170º do Código Penal).
c. Dignidade punitiva da conduta, carência e oportunidade de tutela
penal?
d. Dificuldades na descrição típica do comportamento proibido
e. Possíveis técnicas legislativas de tutela do bem jurídico: crime de mera
actividade ou material/de resultado?; crime de perigo ou de dano?
f. Direito Comparado
g. A nova versão do crime de importação sexual (artigo 170º CP):
“importunar outra pessoa formulando propostas de teor sexual”; confronto com
os crimes contra a honra, maxime injúrias (arts. 181º e 182º CP)
5.3. Criminalização do casamento forçado de adulto ou criança (art. 37º/1 da Convenção) e crime de tráfico de pessoas (arts. 160º do Código Penal e 37º/2 da Convenção: criminalização do acto intencional de enganar criança ou adulto a fim de o levar do território de uma Parte ou Estado onde reside para outro, com o objectivo de forçar essa criança ou adulto a contrair matrimónio)
a. Direito Comparado
b. O novo crime de casamento forçado; a amplíssima punição dos actos
preparatórios; distinção entre autoria, participação no crime de
casamento forçado e punição pela prática de actos preparatórios; os
casos de agravação (artigos 154º-B, 154º-C, 155º CP).
c. Falta de norma especial sobre prescrição semelhante à vertida no art.
118º/5 CP.
5.4. Coacção sexual e violação (arts. 163º e 164º CP)
a. Substituição do constrangimento ao acto sexual pelo mero
dissentimento? (art. 36º/2 da Convenção: o consentimento deve ser
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dado voluntária e livremente, e avaliado no contexto das circunstâncias
envolventes).
b. A nova redacção dos artigos 163º/2 (coacção sexual) e 164º/2 (violação);
confronto com a anterior redacção; consequências da nova incriminação
e alternativas; distinção entre crimes contra a liberdade sexual e crimes
contra a autodeterminação sexual mas possibilidade de aplicação dos
crimes contra a liberdade sexual quando a vítima seja menor.
c. “Publicização” destes crimes? Art. 178º/2 CP, nova redacção.
5.5. Mutilação genital feminina (MGF) (art. 38º da Convenção: criminalização das condutas de excisão; dos actos de forçar mulher a submeter-se a excisão ou de lhe providenciar meios para esse fim e, ainda, de incitar ou forçar rapariga a submeter-se a excisão ou de lhe providenciar meios para esse fim)
a. Conceito, modalidades e bem/bens jurídico(s) ofendido(s).
b. Preexistência do crime de ofensa grave à integridade física [art. 144º, al.
b) do Código Penal].
c. Eventual incriminação autónoma em função da inserção da MGF num
contexto de violência contra as mulheres baseada no género, mas que
também é normalmente de forte pressão social, religiosa e cultural sobre
agentes e vítimas ?
d. O novo crime de mutilação genital feminina (artigo 144º-A CP); relação
com o art. 144º b); falta de previsão da automutilação; punição dos actos
preparatórios sem qualquer descrição; distinção entre autoria,
participação no crime de MGF e punição pela prática de actos
preparatórios.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
1. Aulas dialogadas, em geral com uma exposição inicial e depois uma discussão do tema apresentado.
2. Aulas abertas leccionadas por convidados (v.g. professores, magistrados judiciais, advogados ou membros de associações de apoio à vítima).
3. Utilização de PowerPoint para apoio e acompanhamento da exposição; projecção do correspondente sumário, com indicação de bibliografia e jurisprudência
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durante a aula.
4. Indicação de bibliografia e de jurisprudência específicas para cada um dos conteúdos programáticos, durante as aulas e na página online da disciplina.
5. Discussão e resolução de casos e questões práticas de aplicação e teste dos
conceitos e conteúdos teóricos leccionados.
6. Apresentação oral pelos alunos de casos (p. ex. decisões do Tribunal Constitucional ou de qualquer outro tribunal) ou de trabalhos sobre pontos do programa, seguidos de discussão por todos.
7. A nota final de avaliação contínua corresponderá sempre à média aritmética das
classificações obtidas nos diversos elementos componentes da avaliação
contínua: exposição oral do caso ou do trabalho, qualidade e pertinência das
participações orais.
8. Relativamente a todos os alunos, caso a nota de avaliação contínua seja superior
à do exame final, a nota final corresponderá à média aritmética de ambas.
9. É indispensável a assiduidade a todas as aulas (teórico-práticas e práticas),
porque o Direito Penal lida com conceitos complexos, mas é iminentemente
prático. Todo ele se orienta para a interpretação e aplicação do Direito a
situações concretas da vida. Por isso, todas as aulas são imprescindíveis para um
bom aproveitamento e para uma sólida formação jurídico-penal. O objectivo é
munir os Alunos de conhecimentos que os habilitem a reflectir e argumentar
sobre qualquer questão de Direito Penal especial.
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• Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, de 29.03.2012, Proc. N.º 429/09.9TTLSB.L1.S1, Relator: GONÇALVES ROCHA (assédio moral no trabalho/mobbing)
• Acórdão do Tribunal da Relação do Porto, de 29.03.2006, Proc. N.º 0516874, Relator: JOAQUIM GOMES (Ofensa à integridade física: quadro depressivo grave)
• Acórdão do Tribunal da Relação do Porto, de 19.09.2012, Proc. N.º
901/11.OPAPVZ.P1, Relator: ERNESTO NASCIMENTO (violência doméstica: elementos do tipo)
• Acórdão do Tribunal da Relação de Coimbra, de 17.11.2010, Proc. N.º
638/09.09OPBFIG.C1, Relatora: ELISA SALES (violência doméstica/ofensa à integridade física)
• Acórdão do Tribunal da Relação do Porto, de 6.02.2013, Proc. N.º
2167/10.0PAVNG.P1, Relator: COELHO VIEIRA (violência doméstica: bem jurídico versus âmbito punitivo)
• Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, de 5.04.2006, Proc. N.º 06P468,
Relator: JOÃO BERNARDO (maus tratos a menores)
• Acórdão do Tribunal da Relação de Coimbra, de 19.06.2013, Proc. N.º 607/11.0SMPRT.C1, Relator: CORREIA PINTO (castigos corporais, poder de
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correcção, maus-tratos, ofensa à integridade física)
• Acórdão do Tribunal da Relação do Porto, de 13.04.2011, Proc. N.º 476/09.0PBBGC.P1, Relatora: EDUARDA LOBO (crime de violação e violência)
• Acórdão TRC de 03.02.2016, Proc. n.º 9/14.7GCTND.C1, Relator: OLGA
MAURÍCIO (conceito de ameaça grave para efeitos do art. 163º/1 CP).
• Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, de 31.05.2006, Proc. N.º 1177/06, Relator: JOÃO BERNARDO PIRES (violação, coacção sexual, ameaça, rapto, bem jurídico protegido e concurso de infracções)
• Acórdão do Tribunal da Relação de Coimbra, de 9.04.2014, Proc. N.º
2/11.1GDCNT.C1, Relatora: ALICINA COSTA RIBEIRO (abuso sexual de crianças, violação, pluralidade de infracções).
• Acórdão do Tribunal da Relação de Guimarães, de 2.05.2016, Proc. n.º
73/12.3GAVNC.G1, Relator: JOÃO LEE (coacção sexual, importunação sexual, acto sexual de relevo, pena acessória).
• Acórdão do Tribunal da Relação de Coimbra, de 29.09.2010, Proc. N.º
09.0JAPRT.C1, Relator: ALBERTO MIRA (comparticipação criminosa e casamento forçado).
Lisboa, 23 de Fevereiro de 2017 Teresa Quintela de Brito