criatividade e consciÊncia para o sÉculo 21 : uma poÉtica da alma

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  • 8/14/2019 CRIATIVIDADE E CONSCINCIA PARA O SCULO 21 : UMA POTICA DA ALMA

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    SOARES,P. (2007)CriatividadeeConscinciaparaoSculo21:UmaPoticadaAlma. In,V.Trindade, N. Trindade & A.A. Candeias (Orgs.). A Unicidade do Conhecimento. vora:Universidadedevora

    RUMO A UMA CULTURA DA CRIATIVIDADE E DO AUTO-CONHECIMENTO

    Um dos pressupostos para a PoticadaAlma (Soares, 2003) proceder a umentendimento integraldo processo criativo. O processo criativo dever ligarse aum processo de ganho de conscincia. Ao ligarse a um processo criativo o ganho

    de conscincia, as obrasespelho que da advm, para alm de permitirem reflectire testemunhar o processo de autoconhecimento do e para o artista, podemtambm adquirir a qualidade de elemento transformador e iluminador para quemas contempla.

    Tal como o estudo das obras de destaque do passado cultural da humanidadenos permite entender um percurso evolutivo, assim tambm as obras que se irocriar nos sculos que se seguem sero obrasespelho dos estados evolutivos daconscincia da humanidade. Ao integrarmos a importncia da arte como terceiroreino, ao lado da razo e dos sentidos, consideramos pertinente alertar para anecessidade de se aprender a criar com mais conscincia. Consideramos urgenteencetar uma cultura da criatividade associada ao autoconhecimento. Para talconsideramos de grande relevncia inteirarnos dos trs elementos participantesdo processo criativo: o criador, a obra-espelho e o perceptor(Soares, 2003). emtorno das relaes que se estabelecem entre estes trs elementos que a Potica da

    Alma se sustenta.

    criador obraespelho perceptor

    O criador3, sendo um coresponsvel pela continuao da criao humana terde associar sua actividade de criar o elemento da procura do autoconhecimento.S integrando esse aspecto de responsabilidade para com o que cria poder acedera um percurso que o pode conduzir obraprima.

    A obra-espelho4, o lago narcsico da humanidade, adquire relevncia para aevoluo da conscincia da humanidade se passar por um processo de reflexo numperceptor. O processo de exteriorizao da obra-espelho pelo criadorpermite umprocesso de interiorizao pelo perceptor. A obra-espelho, enquanto lago narcsico

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    O perceptor5 constitui o terceiro elo de ligao nesta trade, atravs dapercepo deste que aquilo que foi colocado na rea de transferncia e de reflexose dinamiza. Quanto mais apurado for o plano de percepo do criador que criou aobraespelho, tanto mais pode iluminar e clarificar o perceptor.

    SETE PLANOS DE PERCEPO - SETE PORTAS DA ALMA6

    No seu livro intitulado Aspekte des Unbewussten (Aspectos do Inconsciente)Werner Priever descreve os sete nveis de conscincia desenvolvidos por RudolfSteiner. Os nveis de conscincia estruturamse numa graduao que vai do maiselementar ao mais requintado e subtil. Rudolf Steiner faz corresponder odesenvolvimento dos nveis de conscincia ao desenvolvimento da humanidade eao desenvolvimento pessoal. O primeiro nvel de conscincia corresponde a um

    nvel de conscincia rudimentar que est associado ao corpo fsico, este nvel deconscincia equiparvel ao reino mineral. O segundo nvel de conscincia,denominado conscincia de sono profundo sem sonho est associado ao corpoetrico e encontra a sua correspondncia no reino vegetal. O terceiro nvel deconscincia, a conscincia de sonho, est associada ao corpo astral e ao reinoanimal. O quarto nvel de conscincia, a viglia, est associado ao corpo do eu econstitui um elemento de destaque para o reino humano. Os trs nveis deconscincia que se seguem s so acessveis ao ser humano atravs do trabalho de

    autoconhecimento e de meditao. Sendo o quinto nvel de conscincia, aconscincia imaginativa, o sexto nvel de conscincia, a conscincia inspiradora e ostimo nvel de conscincia, a conscincia intuitiva.

    Regressando ao nosso leitmotif sobre a misso da arte, o criador deverdesenvolver os trs nveis de conscincia superiores, ou sumariamente designadospor supraconsciente, por forma a permitir o acesso ao seu Eu Superior que, por seu

    turno, atravs da obraespelho pode contribuir para a ampliao dos nveis deconscincia do(s) perceptor(es) alcanando o(s) Eu Superior(es) do(s) mesmo(s). importante, neste contexto ter em conta a lei da ressonncia, ou do eco, queactua no universo e consequentemente tambm no processo criativo. A qualidadedaquilo que emanado ser devolvida. Pelo que o criador ao emanar, ao criar umaobraespelho a partir dum elevado grau de conscincia, ou plano de percepo,

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    Sumariamente, encontramos trs grandes reas de conscincia, ou planos depercepo, o subconsciente, o consciente e o supraconsciente, reas essas que, porseu turno, se dividem em sete subreas, ou planos de percepo. Esses sete planosde percepo, ou sete portas da alma encontram a sua analogia em vrios modelose tradies. Para melhor entendimento, desenvolvemos o quadro comparativo(grfico 1 em anexo) onde integrmos os modelos de Rudolf Steiner, Carl GustavJung, Tradio Huna, Roberto Assagioli e acrescentmos as correspondncias, dos

    chacras e das cores.

    Tal como na tradio Huna encontrmos a cordadeaka que liga o Eu Inferior aoEu Superior, assim tambm em Roberto Assagioli o Inconsciente Colectivo liga oInconsciente Inferior ao Inconsciente Superior ou Supraconsciente.

    Herdmos da sabedoria oriental o conhecimento e o estudo sobre os chacras8. Oser humano dispe de sete chacras, ou centros energticos principais que sealinham ao longo da coluna vertebral9. A ligao do chacra de base ao chacra dacoroa, atravs do fluxo energtico entre os sete chacras principais processaseatravs da kundalini10. A cada chacra corresponde uma rea de intervenoenergtica e uma cor. O conjunto de todas as cores constitui o arcoris. Assim, aochacra de base corresponde o preto vermelho, ao hara corresponde o laranja, aoplexo solar corresponde o amarelo, ao chacra do corao corresponde o verde, aochacra da garganta corresponde o azul, ao chacra da terceira viso corresponde o

    anil e ao chacra da coroa corresponde o violeta branco.11

    8 O conhecimento sobre os chacras, sua localizao e suas reas e interveno, amplamente conhecido nooriente, tem nos ltimos anos vindo a ser aprofundado tambm no ocidente para diagnsticos no mbito dasmedicinas complementares. Vejase, por exemplo, o Reba-Testgert, um aparelho desenvolvido por doismdicos da empresa sua Rubimed, que permite diagnosticar o estado de cada um dos chacras e dos corpossubtis permitindo desse modo actuar atravs de compostos homeopticos no cerne da rea a tratar. Este tipode tratamento muito eficaz, sobretudo, nas doenas do foro subtil. Para o aprofundamento desta temtica

    aconselhase a leitura de Psychosomatische

    Energetik.

    Diagnostik

    der

    Chakren

    und

    Energie-

    Ebenen

    und

    ihre

    biologischeTherapie do mdico Reimar Banis.9 Ver Imagem 2, Os 7 Centros de Ltus da Kundalini, em anexo, na Imagoteca.10 A kundalini habitualmente representada por uma serpente enrolada e adormecida no final da espinalmedula, o despertardakundalini, ou seja, a activao gradual de cada um dos chacras, de cada um dos planosde percepo, deve ser efectuada de modo progressivo e cauteloso. Uma parte substancial das doenas fsicas epsquicas do ser humano tm a sua origem e correspondncia em bloqueios energticos nos chacras, bloqueiosesses que podem ser dissolvidos por terapeutas especializados O desconhecimento destas correlaes por

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    De seguida apresentamos um primeiro grfico em que delineamos ascorrespondncias entre os nveis de conscincia segundo Rudolf Steiner, os planosde percepo, as cores e os chacras:

    Planode

    percepo

    Cores

    Rudolf

    SteinerChacras

    Eu Superior

    Supraconsciente

    (Ultravioletas)

    Violeta BrancoIntuio Chacra da Coroa

    Anil Inspirao 3 Viso

    Azul Imaginao Chacra da gargantaConsciente

    Ego

    VerdeViglia/Corpo do Eu

    Chacra do Corao

    Amarelo Plexo Solar

    Subconsciente

    Eu Inferior

    LaranjaConscincia de

    sonho/corpo astralHara

    Vermelhopreto

    (Infravermelhos)

    Conscincia de sonoprofundo sem

    sonho/corpo etrico

    Chacra de base

    Conscinciarudimentar/corpo

    fsico

    Para visualizarmos melhor a composio dos vrios planos de percepo queintegram o ser, propomos a visualizao de um ovo tripartido em subconsciente,consciente e supraconsciente em cujos limites residem respectivamente o Eu

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    SOARES,P. (2007)CriatividadeeConscinciaparaoSculo21:UmaPoticadaAlma. In,V.Trindade, N. Trindade & A.A. Candeias (Orgs.). A Unicidade do Conhecimento. vora:Universidadedevora

    Superior e o Eu Inferior. Ambos os eus interligamse, tanto pela corda de aka,espinal medula, que os permeia, quanto por uma hlice composta pelas cores doarcoris que se inicia com os tons infravermelhos junto do eu inferior e seserpenteia at aos tons ultravioleta que se situam junto ao Eu Superior num fluxodinmico.

    DA CATARSE OBRA-PRIMAAntes de procedermos esquematizao e ao desenvolvimento do modelo atrs

    escrito pretendemos remeter a ateno do leitor para alguns pormenoresimportantes:

    O modelo da Potica da Alma que de seguida iremos apresentar

    assemelhase a um sistema orgnico com um fluxo energtico inspiradonalguns processos biolgicos e bioqumicos, nomeadamente na anfase,a primeira fase que constitui a mitose, o processo de diviso das clulas,por outro nas hlices de DNA que transportam os ncleos de toda ainformao inerente ao funcionamento do organismo e num terceiromomento no encadeamento dos elementos que gerem a construo demolculas.

    Recorremos ao modelo do ovo pelo facto de constituir uma semente apartir da qual o criador pode continuar a criao. Os sete planos depercepo so representados ao longo de uma hlice que integra as coresdo arcoris, hlice essa, que integra todos os planos de percepopossveis a que o ser humano pode aceder, mas que, em analogia biologia, ter que aprender a descodificar primeiro.

    A analogia com a anfase estabelecese por vrios motivos: nesse

    momento que reside o princpio da criao da vida, a partir da divisoda clula primordial que advm uma segunda clula. Da que o modelodo perceptor no mbito da Potica da Alma se deriva a partir daduplicao do criador.

    Tambm o perceptor representado em forma de ovo que se divide emtrs grandes planos de percepo planos esses que por sua vez se

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    representao deste modelo se deve entender como um fotogramaisolado de uma pelcula em movimento que se baseia nos fluxos erefluxos entre planos de percepo, nveis de conscincia, criador, obraespelho e perceptor.

    A Potica da Alma pretende contribuir para um paradigma que vise agnese do Pan-Antropos (Soares, 2003). O Pan-Antropos definese comoum ser que gradualmente adquire conscincia e conhecimento sobre osplanos de percepo que constituem a sua hlice, o seu ser, a suaessncia.

    Paralelamente ao ganho de conscincia, o Pan-Antropos, aquirepresentado a partir de uma reconfigurao do criador para o sculo 21,ir poder criar obrasespelho que se tonificam em analogia ao seuprocesso interior de autoconhecimento.

    O objectivo ltimo do processo de autoconhecimento do criador ultrapassar o limiar da catarse explorando para tal, conscientemente eatravs da sua criatividade, os domnios do subconsciente de modo apoder libertar o acesso aos domnios do supraconsciente, permitindo,desse modo, esculpir gradualmente a obraprima.

    Pressupese, por conseguinte, que a obraprima se acede pela via dasupraconscincia, onde reinam os planos de percepo da imaginao, da

    inspirao e da intuio. Atingindo o limiar da obraprima, o criador atinge o lugar a partir do

    qual pode continuar a criao, o lugar a partir do qual pode tornar visvelo invisvel, o lugar que nos devolve uma venerao profunda peranteaquilo que for criado.

    O modelo da Potica da Alma pretende, em ltima anlise, contribuirpara uma mudana de paradigma no mbito dos processos criativosdevolvendo, para tal, ao criador responsabilidade por aquilo que cria.Deslocando por conseguinte o motor da sua criatividade do ego (eumdio) ou do eu inferior para o Eu Superior.

    POTICA DA ALMA O MODELO

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    Em nosso entender, os princpios inerentes criao devem aplicarse a todasas reas da criatividade, pelo que pretendemos desencadear uma profundareflexo em torno das mltiplas poticas existentes para cada uma das reas, demodo a permitir um alargamento da reflexo a reas afins e no somente quelas aque as reas tradicionais de uma certa especializao se reportam. Deste modopoder abrirse um dilogo entre as literaturas, o cinema, as artes, o teatro, amsica etc. Com o intuito de contrariarmos a tendncia de constituir edifcios

    tericos isolados que em nada se tocam, propomos o modelo da Potica da Almacomo linguagem simblica que possa facilitar as trocas frutferas entre as mltiplasreas de criao.

    As especificidades que caracterizam cada rea da criao podem e devemdesenvolverse no mbito da prtica inerente a cada uma delas. Deste modo podedesenvolverse, por um lado, uma ligao reflexiva entre todas as formas decriao, por outro lado, salvaguardase a individualidade de cada uma das reas nombito das suas aplicaes prticas. Em analogia a estadosnao que partilham osmesmos princpios de base, mas que os desenvolvem e integram individualmentena prtica e na realidade que os caracteriza.

    Partimos, ento da clula de base do criador. Este criador tem por objectivoenveredar por um caminho de autoconhecimento que lhe permite umaaproximao da via rumo obraprima. Nesta via, o criador assume a

    responsabilidade perante o que cria. Inicia o seu processo de criatividade, efectuaas reas de criao para as quais tem aptides. O novo elemento surge nomomento em que termina a sua obra. A, deve instaurar um perodo de reflexoprofunda para integrar de que plano de percepo proveio o que criou. Aoconsciencializarse do plano de percepo que activou poder com maiorconscincia decidir se ir ou no colocar a sua obraespelho na rea detransferncia (ao pblico) para que algum perceptor a possa integrar.

    O que distingue a clula de base deste criador de grande parte dos artistascriadores contemporneos, ligase sobretudo com a incluso omnipresente demomentos de introspeco que se seguem aos momentos de criao, momentosesses que so necessrios para a responsabilizao pela obraespelho do criador.Pressupese, por conseguinte, que os momentos de introspeco facilitem e

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    O OVO TRIPARTIDO13

    Na sequncia da nossa viagem inspirada, entre outros, na terminologia dealguns processos bioqumicos, observamos, de seguida, o ovo tripartido que sedesenvolve a partir da clula de base. Neste contexto podemos lembrarnos datripartio a partir da imagem da esfinge. A verificmos que ao longo da histriada humanidade a figurao humana se foi desenvolvendo e oscilando entre as

    componentes animal humano divino. Para melhor entendermos essasoscilaes observadas como composies do ser a partir das vivncias do humanona arte ao nvel de um macrocosmos, passamos, de seguida, para um estudoanalgico ao nvel de um microcosmos aplicado aos nveis de conscincia do serindividual. Parecenos de basilar importncia sublinhar aqui as correspondnciasexistentes entre as composies do ser e os nveis de conscincia. O que de animalreside no ser humano, processase essencialmente a partir do subconsciente, uma

    rea anteriormente tambm designada por duplo ou sombra. No foro doconsciente situase o mbito da vontade que rege a conscincia de viglia do ser. tarefa do consciente, da componente humana, resgatar o lado animal, o duplo, asombra que reside, ao que parece, em cada ser.

    A terceira componente, a componente do divino no ser humano equiparvelao supraconsciente. Conforme o ser vai resgatando um maior conhecimento sobreo seu lado animal, sombra, duplo, assim vai, simultaneamente, abrindo caminhopara aceder a nveis de conscincia mais subtis que residem no foro dosupraconsciente. Recordamos que o supraconsciente sendo a fonte de toda asabedoria, s se manifesta se para tal for solicitado pelo consciente, ou eu mdio,ou ego. A activao do supraconsciente est intimamente associada ao uso do livrearbtrio, enquanto que as emanaes do subconsciente se podem desencadearmesmo sem vontade expressa do consciente. Lembramos, neste contexto, as trspossibilidades de base que se colocam ao ser humano perante a gesto da

    componente animal.

    1. O ser humano pode optar por reger a sua vida pelos impulsos que advmdo subconsciente, do seu lado animal, duplo ou sombra econsequentemente ser escravo desses mesmos impulsos, sem activaoda vontade

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    sobre o seu lado subconsciente e deixar, assim, de ser surpreendido poreste. Esta via integrase no mbito dos processos de autoconhecimentotais como o processo de individuao (Jung) ou a biografia (Lievegoed apartir de Rudolf Steiner), a psicosntese (Assagioli), entre outros desemelhante validade.

    Integrar o modelo da tripartio humana, aqui por ns representado pelo ovo

    tripartido, permite desencadear com maior facilidade os processos de autoconhecimento inerentes, em nosso entender, ao percurso rumo a um ganho deconscincia. Ao disporse a desbravar e iluminar as suas caves sombrias, o serhumano pode partir para uma via rumo a um conhecimento integral do ser.

    ComposiesdoSer NveisdeConscincia

    Divino Supraconsciente

    Humano Consciente

    Animal Subconsciente

    A via da tripartio do ser ligase tambm a uma reconfigurao do paradigmateraputico. Ao longo do sculo XX, grande nmero das terapias desenvolvidas nombito da psicologia e da psiquiatria restringiramse sobretudo ao mbitopatolgico. A recorrncia aos tcnicos especializados no estudo da alma humana

    faziase essencialmente num momento de crise, com o intuito de curar algummalestar do foro anmico, existencial ou social. Um novo paradigma para odesenvolvimento do PanAntropos, subentende o recurso a terapias para fins deautoconhecimento. Para tal necessrio que se criem estruturas, paralelamente aalgumas j existentes, onde os seres interessados possam iniciar um processo deautoconhecimento.

    Em nosso entender, seria igualmente de salutar que o incentivo ao autoconhecimento se processasse sobretudo a partir das universidades, permitindoque um aluno, funcionrio ou docente que pretenda enveredar por uma via rumoao autoconhecimento a pudesse iniciar numa academia. Semelhante s ancestraisescolas de mistrios, onde o ser podia obter conhecimentos sobre os mistrios daalma humana tendo tambm oportunidade de os vivenciar.

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    A HLICE ARCO-RISOS SETE PLANOS DE PERCEPO14Continuando a apresentao do nosso modelo, passamos do ovo tripartido para

    a hlice arcoris. A dupla hlice arcoris que se compe pelas sete portas da alma,ou sete planos de percepo, liga o eu inferior ao Eu Superior e vice versa, ligandoigualmente as componentes animal, humano e divino do ser. Esta dupla hlice ligaos patamares da conscincia atravs das respectivas cores que correspondem, por

    sua vez, aos sete chacras principais. No fundamento, em conjunto com o chacra debase reside o eu inferior representado pela cor vermelha que se desenvolve paraos infravermelhos. tambm neste limiar que residem as imagens arquetpicas doinconsciente colectivo inferior (Jung). Este chacra contm em si, a conscinciarudimentar e o corpo fsico, equiparvel ao estado de conscincia vivenciado pelahumanidade no antigo Egipto com correspondncia no reino mineral, a conscinciade sono profundo sem sonho e o corpo etrico, equiparvel ao estado de

    conscincia vivido na antiga Grcia com correspondncia no reino vegetal (RudolfSteiner). Subindo atravs desta hlice, ainda no domnio do subconsciente,encontramos o Hara que representado pela cor laranja e que corresponde conscincia de sonho, ao corpo astral e que tem correspondncia com o reinoanimal (Rudolf Steiner).

    Este patamar de conscincia equiparvel quele vivenciado pela humanidadeao longo da Idade Mdia. E tal como na histria da humanidade, em analogia ontognese, processase no mbito da filognese, do Hara para o Plexo Solar, apassagem do subconsciente para o consciente.

    Assim, encontramos, de seguida, o amarelo que abre a porta para o consciente erepresenta o Plexo Solar que est relacionado com processos cognitivos lineares,tambm designados por mente inferior (como complemento da mente superiorque reside no supraconsciente). Esta passagem para o Plexo Solar tem uma

    analogia com o Renascimento e o Iluminismo vivenciado pela humanidade. Odesenvolvimento da mente analtica experienciado no Ocidente com oRenascimento e acentuado com o Iluminismo, devese apreenso da qualidadedeste chacra, a libertao do pensar analtico.

    O ponto de viragem e de sntese que encontramos de seguida no chacra do

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    Conscincia e da Psicologia Transpessoal, reas privilegiadas para o entendimentoe aprofundamento dos domnios do supraconsciente.

    Na passagem do verde para o azul situase o portal para o supraconsciente, area divina do ser. Esse portal corresponde ao chacra da garganta que, por sua vez,est ligado ao domnio da imaginao. Este patamar integra domnios a desbravarpela humanidade no futuro. O penltimo patamar que se segue ligase com a 3.

    viso, ou cran interior, e corresponde ao anil. O chacra da 3. viso est associado inspirao. O ltimo patamar, o chacra da coroa, ligase cor violeta e constitui asede da intuio, abriga, por conseguinte, o Eu Superior ou Self e continua o arcoris para o domnio dos ultravioleta.

    Tal como a hlice que liga o eu inferior ao Eu Superior, existe uma segunda queintegra os mesmo patamares e as mesmas cores de forma inversa, do Eu Superiorpara o eu inferior.

    Delineamos portanto um ovo tridimensional que suporta nos seus vrtices, o euinferior e o Eu Superior respectivamente. No interior desse ovo encontrase umdupla hlice arcoris que, patamar a patamar, interliga os sete planos depercepo. A hlice desenvolvese de modo complementar de baixo para cima (doeu inferior para o Eu Superior) e de cima para baixo (do Eu Superior para o euinferior).

    De acordo com esta mundiviso, o PanAntropos atingir o conhecimento plenoquando tiver a capacidade de se mover deliberadamente na dupla hlice do euinferior ao Eu Superior e do Eu Superior para o eu inferior.

    HEMISFRIOS DIURNO E NOCTURNO15

    Na continuao da nossa viagem em torno do modelo da teoria da integraoiremos, de seguida, fazer um pequeno excurso aos hemisfrios. Para alm do ovotripartido e da dupla hlice arcoris que integra os sete planos de percepoimporta salientar tambm os hemisfrios diurnos e nocturnos que compem o ser.Assim, o hemisfrio diurno, mais ligado ao domnio do Yang, caracterizase pelas

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    O PRISMA16

    O ltimo elemento que ainda nos resta acrescentar ao modelo de composio doser individual no mbito da Potica da Alma (Soares, 2003) caracterizase peloprisma atravs do qual percepcionamos o que, aparentemente, no integra aessncia de base do ser, ou dito de outro modo, o patamar a partir do qualpercepcionamos conscientemente o que nos envolve, ou dito ainda de outro modo

    o plano de percepo a partir do qual trocamos conscientemente informao comoutros seres. De destacar o facto da rea que integra esse prisma consciente sersubstancialmente reduzida daquela que a essncia da composio do ser poderiacontemplar. Notese, a propsito, que a partir da ampliao consciente doenfoque do prisma, das reas de transferncia, que o modelo da teoria daintegrao pode actuar.

    Delineadas as caractersticas essenciais que descrevem o ser individual nomodelo da teoria da integrao, seguimos agora para a fase que abrange operceptor. de notar que o modelo apresentado se constitui por dinamismo eunicidade de cada ser, pelo que a graduao das cores, dos planos de percepo,das hlices, dos eus inferiores e Superiores, dos prismas variam de ser para ser.

    Optmos por uma apresentao padro pela impossibilidade de apresentarmostodas as variaes possveis inerentes composio de todos os seres.

    O PERCEPTOR17

    Na sequncia do modelo da Potica da Alma surge, de seguida, em analogia anfase na biologia, a composio do perceptor. Como indicmos nos pressupostospara a Potica da Alma, o modelo que estamos a apresentar no esttico, mas

    orgnico e vivo, pelo que os grficos que apresentamos, equivalentes a fotogramasretirados de uma pelcula em movimento, tm, sobretudo, uma funo deilustrao do processo.

    Em analogia ao criador, o perceptor constituise pelas mesmas componentesque o criador A essncia do ser comum ao criador e ao perceptor Da que o

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    Pretendemos com a Potica da Alma restabelecer o fluxo quebrado ao longo dosculo XX entre autor, obra e pblico.

    Em nosso entender, o espartilhar dos elementos que intervm no processocriativo conduz a uma viso espartilhada da realidade criada, pelo que propomosque a reflexo em torno das obrasespelho se desenvolva de modo a integrar ocriador, a prpria obraespelho e o perceptor.

    A OBRA-ESPELHOLAGO NARCSICO DA HUMANIDADE18

    Devido complexidade inerente obraespelho, iremos abordla em doismomentos. Neste primeiro momento importa salientar o elemento de lagonarcsico da humanidade, uma vez que, em nosso entender, toda a obraespelhoproduzida por um criador reflectora de alguma componente inerente a este, sejado foro consciente, seja do foro subconsciente, seja do foro supraconsciente.

    Neste sentido, uma das primeiras funes da obraespelho exactamente a deum espelho reflector. A observao das obrasespelho permitenos reconstruir oselementos que a elas subjazem, permite entender o curso da humanidade nosomente a partir de um ponto de vista materialista que se reduz a um estudounilateral, mas a partir de um ponto de vista integrador que permite chegar mais

    prximo de um entendimento do todo que envolveu a humanidade num certomomento da histria19.

    A OBRA-ESPELHOCONSTRUO MOLECULAR ENTRECRIADOR E PERCEPTOR20

    Para alm do efeito de lago narcsico da humanidade, a obraespelho permiteainda a edificao de uma construo molecular do criador ao perceptor e doperceptor ao criador.

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    Recorremos imagem da construo molecular por vrios motivos: o primeiromotivo relacionase com o facto de na Potica da Alma se tratar, como janteriormente sublinhado, de um organismo vivo, o segundo motivo relacionasecom o facto de, sendo um organismo vivo, se verificarem semelhantescomplexidades quelas que encontramos tambm, ao que parece, nalguns estudosdo foro da biologia e da bioqumica, o terceiro motivo devese ao facto daconstruo molecular permitir uma infinitude de variveis possveis que

    corresponde a equivalente infinitude de pontos de contacto de atraco e repulsaentre criador e perceptor.

    Assim, a rea de construo molecular que sobressai em primeiro plano aquela que se situa no fluxo dos prismas do criador e do perceptor provenientes donvel consciente. de notar que no modelo da Potica da Alma existem vriosnveis que podem actuar simultaneamente, embora se possam passar a nveis queo plano consciente no esteja a captar. Nesse sentido, um criador pode desenvolveruma obraespelho, aparentemente, a partir do nvel consciente, embora,simultaneamente o seu subconsciente inclua informaes que permitamdesencadear e/ou trabalhar aspectos ainda no consciencializados. Em nossoentender, esses fluxos subconscientes so praticamente omnipresentes e podemobservarse atravs do estudo das cores usadas, das palavras escolhidas, dalinguagem gestual, das formas usadas, etc. um mtodo de observao atenta daobraespelho, do criador (quando presente) e do perceptor, permite ampliar a

    panormica dos fluxos e das trocas energticas e moleculares que estabelecemuma teia gigante entre todos os seres vivos a que o ser humano est ligado. Atomada de conscincia dessas teias existentes permite facilitar o tornar visvel doinvisvel...

    AMPLIAO DA CONSCINCIA DO ESPELHOAMPLIAO

    DA QUALIDADE DA CONSTRUO MOLECULARA qualidade da construo molecular que se pode vir a estabelecer consciente e

    no conscientemente depende da amplitude da conscincia do espelho do criador(ou do perceptor)21. Isto significa que numa situao ideal, o criador desenvolve oseu processo de auto conhecimento por forma a aproximar se da feitura da obra

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    do humano do elemento animal, elevandoo sua componente divina. Acriatividade que no vise um ganho de autoconscincia dificilmente pode alcanaro domnio do transpessoal e do transtemporal, dificilmente pode superar abarreira que separa o efmero do eterno, dificilmente alcana o estatuto de obraprima.

    O PAN-ANTROPOS ESTABELECE REDES DE MOLCULASCOOPERANTES

    A via do PanAntropos caracterizase pelo intuito de ampliar a criatividade e oautoconhecimento. Os criadores e os perceptores que escolhem esta via, fazemno pelo facto de pretenderem contribuir para a evoluo da conscincia dahumanidade. Um ganho de autoconscincia individual colocado no mbito dofora-

    de-si actua como elo de ligao em construes moleculares que permite tornarvisvel o invisvel continuando a criao.

    Um aglomerado de criadores na via da criatividade e do autoconhecimentopermite contribuir para a edificao de construes moleculares cooperantes,anlogas a um ecosistema harmonioso que se desenvolve de modo sustentvel.

    A mudana de paradigma que a Potica da Alma pretende desencadear ligasecom a eminncia do ser humano do sculo 21 enveredar pela assimilao da suacomponente supraconsciente permitindo desse modo uma ampliao daconscincia que pode trazer benefcios para todos os seres humanos nesta viagemcom base na dupla hlice da vida humana na terra...

    Integrar e tomar conscincia dos mltiplos planos de percepo que subjazem interaco complexa entre seres e entre produtos criativos permite ampliar os

    horizontes daquilo que pode vir a ser a matriz da percepo humana no futuro...

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    A t C i ti id d

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    ANEXO IImagem 1

    OBeijo de Auguste Rodin

    Imagem 2

    Os 7 Centros de Ltus da Kundalini

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    ANEXO IIGrfico 1. Sete Planos de Percepo Sete Portas da Alma

    Rudolf Steiner Carl GustavJung

    Chacras Cores TradioHuna

    Psico-sntese(Roberto Assagioli)

    Potica da Alma(Paula Soares)

    Intuio Self

    K

    U

    N

    D

    A

    L

    IN

    I

    Chacra dacoroa

    A

    R

    C

    O

    I

    RI

    S

    Violeta

    C

    O

    R

    D

    A

    D

    E

    A

    K

    A

    Eu

    Superior

    I

    N

    C

    O

    N

    S

    C

    I

    EN

    T

    E

    C

    O

    L

    E

    C

    TI

    V

    O

    Eu Superior

    P

    A

    N

    -

    A

    N

    TR

    O

    P

    O

    S

    Supraconsciente

    Inspirao

    Inconsciente

    3 Viso Anil Inconsciente Superior /

    SupraconscienteImaginao Chacra da

    garganta

    Azul

    Modernidade

    (28-35 anos)

    Viglia

    / Corpo do Eu

    Ego

    Chacra do

    Corao

    Verde

    Eu Mdio

    Inconscie

    nte

    Mdio

    Eu consciente Consciente

    Iluminismo

    Renascimento

    (21-28 anos)

    Persona Plexo Solar Amarelo Campo de

    conscincia

    Idade Mdia

    (14-21 anos)

    Conscincia de

    sonho / Corpo

    Astral

    Animus/

    Anima

    Hara Laranja

    Eu Inferior

    Inconsciente Inferior

    Subconsciente

    Grcia Antiga

    (7-14 anos)

    Conscincia de

    Sono profundo

    sem sonho /

    Corpo Etrico

    Inconsciente

    pessoal

    Chacra de base Vermelho

    Egipto

    (0-7anos)

    Conscincia

    rudimentar /

    Corpo fsico

    Inconsciente

    colectivo

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    Grfico 2. O Criador A Clula de Base

    Criador

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    Grfico 3. O Ovo Tripartido

    Supraconsciente

    Consciente

    Subconsciente

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    Grfico 4. Os Sete Planos da Alma

    Inconsciente

    InconscientePessoal

    Persona

    Ego

    Imaginao

    Inspirao

    Intuio

    Eu Superior

    Supra-consciente

    Cons-ciente

    Sub-consciente

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    Grfico 5. A Dupla Hlice Os Sete Planos da Alma

    Inconsciente

    Inconsciente

    Pessoal

    Persona

    Ego

    Imaginao

    Eu Superior

    Supra-consciente

    Inspirao

    Cons-ciente

    Sub-consciente

    Intuio

    SOARES P (2007) C i i id d C i i S l 21 U P i d Al I V

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    Grfico 6. Hemisfrio Diurno e Hemisfrio Nocturno

    SOARES P (2007) C i ti id d C i i S l 21 U P ti d Al I V

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    Grfico 7. O Prisma

    SOARES P (2007) Criatividade e Conscincia para o Sculo 21: Uma Potica da Alma In V

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    Grfico 8. O Perceptor

    Perceptor

    SOARES P (2007) Criatividade e Conscincia para o Sculo 21: Uma Potica da Alma In V Trindade N Trindade & A A Candeias (Orgs ) A Unicidade do

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    ______________________________________________________________________31

    Grfico 9. A ObraEspelho Construo Molecular entre Criador e Perceptor I

    Criador

    Perceptor

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