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Nossa conversa....

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Formação Profissional

Exercício Profissional

Contexto de contrarreforma do Estado

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Política de Educação Política de Saúde Lei n°. 9.394, 1996 - LDB - Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional Art. 21. A educação escolar compõe-se de: I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; II - educação superior.

Lei 8.080, 1990 Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde

Diretrizes Curriculares Nacionais para a área da saúde e Resoluções CNE/CES a partir de 2001

PRINCÍPIOS Educação na Saúde - Integração Educação e Trabalho em saúde - Mudança nas práticas de formação e nas práticas de saúde

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Acesso à educação superior•Em 2000 somente 7,7% dos jovens entre 18 a 22 anos frequentavam curso superior. E destes, 70% em estabelecimentos de ensino privados. (Tavares et ali, 2011)•A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2011 registrou que a taxa bruta atingiu o percentual de 27,8%.•O PNE (2001-2010) estabelecia, para o fim da década, o provimento da oferta de educação superior para, pelo menos, 30% da população de 18 a 24 anos.

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Plano Nacional de Educação - PNE

2011-2020 Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% das novas matrículas, no segmento público.

Meta 13: elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% sendo, do total, no mínimo, 35% doutores.

Meta 14: elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 mestres e 25.000 doutores.

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Educação na Saúde A responsabilidade pelas ações de educação na saúde está incluida na agenda da gestão do SUS, como atividade que pode e deve contribuir para o seu desenvolvimento, consolidando mudanças nas práticas de saúde em direção ao atendimento dos princípios fundamentais do SUS.

Recoloca a questão de que as demandas para a formação e desenvolvimento dos trabalhadores no SUS sejam definidas a partir da identificação dos problemas cotidianos referentes à atenção à saúde e à organização do trabalho.

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A constituição do SUS representou para os gestores, trabalhadores e usuários do sistema em saúde uma nova forma de pensar, estruturar, desenvolver e produzir serviços e assistência em saúde, por conta do conjunto de seus princípios. (Machado et al, 2011)

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Consequências1. Expansão da capacidade instalada na assistência em saúde;2. Municipalização dos empregos;3. Ambulatorização dos atendimentos;4. Maior qualificação da equipe de saúde;5. Feminização da força de trabalho;6. Flexibilidade dos vínculos

(Machado et al, 2011, p. 105)

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Características do setor Saúde

Constituído por atividades eminentemente intensivas em mão de obra, a despeito mesmo do intenso dinamismo com que novas tecnologias são crescentemente incorporadas às suas práticas.

O processo de trabalho depende de múltiplas e diferenciadas dimensões e fatores que cercam o financiamento, a organização e o desempenho dos sistemas de saúde.

E de profissionais com especificidades e habilidades distintas incorporadas no processo de trabalho e no desenvolvimento de um trabalho com características cada vez mais coletivas. (Fiocruz, 2012)

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Fatores estimulam o crescimento da demanda por serviços de saúde : envelhecimento das populações e o aumento da eficácia das tecnologias médicas,Logo, os serviços de saúde tendem a aumentar seu peso na absorção da população economicamente ativa dos países. O setor de serviços de saúde é, dentre os setores de atividade econômica, com muita participação de mulheres na composição do emprego (Fiocruz, 2012)

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O total do setor representa mais de 11% do mercado formal brasileiro, segundo os empregos formais registrados na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) em dezembro de 2010, o que destaca a importância do setor para o mercado formal brasileiro. (Fiocruz, 2012)

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Política de Educação na Saúde no SUS

MS – SGETSAções Estruturantes, com foco nos profissionais do SUS:Educação Permanente em SaúdeTelessaúde BrasilResidência Multiprofissional e em Área Profissional da SaúdeUniversidade Aberta do SUS - UNA-SUS

Mudanças na Graduação: Pró-SaúdePET Saúde Programa de Desenvolvimento Docente para Educadores das Profissões da Saúde - FAIMERDiretrizes e fomento à Pós-Graduação (Mestrado Profissional) em Educação na Saúde Pró-Ensino da Saúde - CAPES

Educação Profissional

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Integração ensino-serviço-comunidade

A articulação entre serviços de saúde, instituições formadoras e comunidade tem como características:

Educação de profissionais da saúde voltada aos problemas de saúde da população,

Estímulo ao ensino interdisciplinar; Aprendizagem baseada em problemas. A abordagem hegemônica da educação centralizada no professor precisa ser superada pela que destaca a abordagem educativa crítico-reflexiva como estímulo à democratização do saber a partir da problematização da realidade com a participação ativa do estudante (Peduzzi et al, 2013).

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Avaliação Percepção de que, apesar de políticas e programas governamentais criados no Brasil desde 2001, e de iniciativas institucionais pontuais, a formação dos profissionais da área da saúde ainda é fortemente orientada por uma concepção pedagógica hospitalocêntrica que categoriza os adoecimentos por critérios biologicistas e que dissocia clínica e política, o que não é adequado para contribuir para o fortalecimento do SUS. (Hora, 2013)

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Avaliação Apesar de conservadoras e elitistas, as universidades

não são a principal fonte do problema, porque o sistema de educação da saúde reflete o modelo de prestação de serviços de saúde que ainda prevalece no Brasil contemporâneo, regido por forças de mercado e baseado na tecnologia médica, em vez de fundamentado na solidariedade e em relações sociais mais humanas (Almeida Filho, 2011).

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COAPES PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 1.127 04/08/ 2015 DOU de 05/08/2015 (nº 148, Seção 1, pág. 193) Institui as diretrizes para a celebração dos Contratos Organizativos de Ação Pública Ensino-Saúde - COAPES, para o fortalecimento da integração entre ensino, serviços e comunidade no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

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Art. 2º - O COAPES tem como objetivos:

I - garantir o acesso a todos os estabelecimentos de saúde sob a responsabilidade do gestor da área de saúde como cenário de práticas para a formação no âmbito da graduação e da residência em saúde; e

II - estabelecer atribuições das partes relacionadas ao funcionamento da integração ensino-serviço-comunidade.

Art. 3º - O COAPES observará aos seguintes princípios:

I - formação de profissionais de saúde em consonância aos princípios e diretrizes do SUS e tendo como eixo a abordagem integral do processo de saúde-doença;

II - respeito à diversidade humana, à autonomia dos cidadãos e à atuação baseada em princípios éticos, destacando-se o compromisso com a segurança do paciente, tanto em intervenções diretas quanto em riscos indiretos advindos da inserção dos estudantes no cenário de prática;

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Diretriz/Objetivo do Eixo III –

Valorização de Trabalho e da Educação em Saúde

Fortalecer o papel do Estado na regulação do trabalho em saúde e ordenar, para as necessidades do SUS, a formação, a educação permanente, a qualificação, a valorização dos trabalhadores e trabalhadoras, combatendo a precarização e favorecendo a democratização das relações de trabalho.

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Propostas do Eixo III Propor políticas de gestão do trabalho e de educação que estimulem a

fixação dos profissionais, fortaleçam a carreira pública, valorizem o trabalho e atendam às necessidades de saúde da população;

Regular a formação de profissionais de saúde em consonância com as necessidades de saúde da população com ênfase na atenção básica, reconhecendo as especificidades dos povos tradicionais, comunidades rurais, ribeirinhos, etc.;

Regular, acompanhar e controlar as reestruturações curriculares das profissões da área da saúde articuladas com a regulação e a fiscalização da qualidade de criação de novos cursos, em acordo com as necessidades de saúde da população e do SUS;

Firmar o compromisso de solucionar em dez anos, de forma definitiva, as pendências relacionadas aos recursos humanos do SUS;

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Formação em Serviço Social

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Contexto e Avaliação da Formação Profissional

Código de Ética – 1993Regulamentação da Profissão – 1993Mudanças substanciais no cenário econômico, político e social brasileiroABESS / CEDEPSS – 1993 deliberam sobre a revisão do currículo mínimo do Serviço Social, em vigor desde 1982Revisão curricular pressupõe uma avaliação do processo de formação profissional face às exigências da contemporaneidadeApoio decisivo do CFESS e ENESSOEntre 1994 a 1996 realizaram-se 200 oficinas locais, nas 67 UE filiadas a ABESS, 25 oficinas regionais e 02 nacionais

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Princípios da Formação Profissional

O Serviço Social se particulariza nas relações sociais de produção e reprodução da vida social como uma profissão interventiva no âmbito da questão social, expressa pelas contradições do desenvolvimento do capitalismo;

A relação do Serviço Social com a questão social - fundamento básico de sua existência - é mediatizada por um conjunto de processos sócio históricos e teórico-metodológicos constitutivos de seu processo de trabalho;

Adoção de uma teoria social crítica que possibilite a apreensão da totalidade social em suas dimensões de universalidade, particularidade e singularidade;

Estabelecimento das dimensões investigativa e interpretativa como princípios formativos e condição central da formação profissional;

Presença da interdisciplinaridade no projeto de formação profissional; Indissociabilidade das dimensões de ensino, pesquisa e extensão; Exercício do pluralismo como elemento próprio da vida acadêmica e profissional, impondo-se o necessário debate sobre as várias tendências teóricas que compõem a produção das ciências humanas e sociais;

Compreensão da ética como princípio que perpassa toda a formação profissional; Necessária indissociabilidade entre a supervisão acadêmica e profissional na atividade de estágio.

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Tratamento do ser social enquanto totalidade histórica; compreensão da

constituição da sociedade em suas múltiplas dimensões e

determinações; processo de conhecimento do ser social a partir

das diferentes áreas de conhecimento; tratamento das diferentes filosofias e teorias na perspectiva de estabelecer uma

compreensão de seus fundamentos e de articular suas categorias.

Conhecimento da constituição econômica, social, política e

cultural da sociedade brasileira; os processos de produção capitalista, em seus vários modelos de gestão

e organização do trabalho e implicações decorrentes; a constituição, caráter, papel,

trajetórias e configurações do Estado brasileiro; o significado do serviço social; diferentes projetos

políticos existentes no Brasil.

Núcleo de Fundamentos Teórico-Metodológicos da Vida Social

Núcleo de Fundamentos da Particularidade da Formação Sócio Histórica da Sociedade Brasileira Núcleo de Fundamentos

do Trabalho Profissional

Profissionalização do Serviço Social como especialização do trabalho e sua prática como concretização de um processo de trabalho que tem

como objeto as múltiplas expressões da questão social;

dimensões constitutivas do fazer profissional – objeto, meios de

trabalho, atividade do sujeito com finalidade, produto do trabalho;

competência teórico-metodológica, técnico-operativa e

ético-política.

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Diretrizes CurricularesABESS e MEC

Em 08 de novembro de 1996 foram aprovadas as “Diretrizes Gerais para o Curso de Serviço social” – com base no currículo mínimo aprovado em Assembléia Geral Extraordinária – ABESS / CEDEPSS.Em 20 de dezembro de 1996 é sancionada a Lei nº 9.394, LDB - Estabelece as Diretrizes e Bases da educação nacional: A) flexibilidade e avaliação / controle dos produtos; B) descentralização administrativa e centralização política; C) indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensãoAprovadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Serviço Social em 03 de abril de 2001, pelo CNE-CES 492/2001.Ainda que bastante descaracterizadas pelo MEC, as diretrizes desenvolvidas originalmente continuam sendo referência fundamental para o projeto ético político profissional.‑

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CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RESOLUÇÃO CNE/CES 15, DE 13 DE MARÇO DE 2002.

Estabelece as Diretrizes Curriculares para os cursos de Serviço Social. Art. 1º - As Diretrizes Curriculares para os cursos de Serviço Social, integrantes dos Pareceres CNE/CES 492/2001 e 1.363/2001, deverão orientar a formulação do projeto pedagógico do referido curso. Art. 2º - O projeto pedagógico de formação profissional a ser oferecida pelo curso de Serviço Social deverá explicitar: a)o perfil dos formandos; b)as competências e habilidades gerais e específicas a serem desenvolvidas; c)a organização do curso; d)os conteúdos curriculares; e)o formato do estágio supervisionado e do Trabalho de Conclusão do Curso;f)as atividades complementares previstas. Art. 3º A carga horária do curso de Serviço Social deverá obedecer ao disposto em Resolução própria que normatiza a oferta de curso de bacharelado. (RESOLUÇÃO Nº 2, DE 18 DE JUNHO DE 2007 = 3.000 horas)Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

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Serviço Social na Saúde

CONTEXTO E CENÁRIO PARA A FORMAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL

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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS SERVIÇO SOCIAL

PROJETO DA REFORMA SANITÁRIA PROJETO ÉTICO-POLÍTICO Universalidade Acesso Universal

Equidade Justiça Social

Integralidade Determinantes Sociais

Intersetorialidade Seguridade Social

Controle Social Participação Social

(Bravo, 2009)

OBJETO DO SERVIÇO SOCIAL Múltiplas expressões da questão social.Determinação Social do processo saúde-doença

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Objetivo da Profissão na Saúde

“compreender os aspectos sociais, econômicos, culturais que interferem no processo saúde-doença e a busca de estratégias para o enfrentamento destas questões” (Bravo e Matos, 2004, p. 43) .

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Parâmetros de Atuação Profissional na Saúde

Ação profissionalSe estruturam sustentadas no conhecimento da realidade e dos sujeitos para os quais são destinadas, na definição dos objetivos, na escolha de abordagens e dos instrumentos apropriados às abordagens definidas. A ação profissional, portanto, contém os fundamentos teórico-metodológicos e ético-políticos construídos pela profissão em determinado momento histórico e os procedimentos técnico-operativos. (Mioto, 2006, apud Mioto; Nogueira, 2006)

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Parâmetros de Atuação Profissional na Saúde

1. Atendimento Direto aos Usuários1.1 Ações Socioassistenciais1.2 Ações de Articulação com a Equipe de Saúde1.3 Ações Socioeducativas

2. Mobilização, Participação e Controle Social3. Investigação, Planejamento e Gestão4. Assessoria, Qualificação e Formação Profissional

(CFESS, 2010)

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Questões para a Formação do

Assistente Social na Saúde

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Trabalho em Equipe e Interdisciplinaridade

O Assistente Social em equipe, mesmo realizando atividades partilhadas com outros profissionais, dispõe de ângulos particulares de observação na interpretação dos mesmos processos sociais e uma competência também distinta para o encaminhamento das ações, que o distingue do médico, do sociólogo, do psicólogo, do pedagogo etc. Cada um desses especialistas, em decorrência de sua formação e das situações com que se defronta na sua história social e profissional, desenvolve sensibilidade e capacitação teórico-metodológica para identificar nexos e relações presentes nas expressões da questão social com as quais trabalham e distintas competências e habilidades para desempenhar as ações propostas (Iamamoto, 2012).

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Promoção e Intersetorialidade

O assistente social tem se inserido no processo de trabalho em saúde como agente de interação ou como um elo orgânico entre os diversos níveis do SUS e entre as demais políticas sociais setoriais. “A ação profissional do assistente social se inscreve no campo da promoção da saúde, notadamente no eixo da intersetorialidade, pois a compreensão da saúde como processo prioriza a vida com qualidade e enfatiza o aspecto político de indução a relações sociais mais igualitárias” (Nogueira e Mioto, 2006).Há um importante desafio, considerando que não está prevista a presença do Assistente Social na Atenção Básica, somente no Matriciamento. É na alta e na média complexidade que continuam sendo mais requisitados os profissionais do Serviço Social.

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Determinantes Sociais

“A adoção na saúde do modelo de Determinantes Sociais como estruturantes dos processos saúde-doença conformam maior centralidade às ações profissionais dos assistentes sociais” (Nogueira e Mioto, 2006).

(Conass, 2009) (Fiocruz, 2008)

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FamíliaFamilismo – centralidade da família nas políticas públicas, apostando na sua capacidade imanente de cuidado e proteção, considerando que a família deve assumir a principal responsabilidade pelo bem-estar de seus membros.Protetivas – concepção de que a capacidade de cuidado e proteção família está diretamente relacionada à proteção que lhe é garantida pelas políticas públicas (Teixeira, 2015).

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“Quando não se conhece, está-se condenado a repetir – e a ousadia nas proposições é interditada” “Imenso desafio posto aos assistentes sociais no setor saúde: “avançar para além das medidas paliativas e solucionar momentaneamente o que não tem solução, a questão social” (Vasconcelos, 2009).

A indignação dos profissionais com as condições de vida e de saúde da população não pode desconsiderar as determinações da economia política que incidem sobre a qualidade de vida da população. As atuais contradições, presentes no processo de racionalização e reorganização do Sistema único de Saúde - SUS, constituem-se a principal demanda ao assistente social no interior dos serviços de saúde. O trabalho do assistente social na direção da ampliação e universalização dos direitos não é inexequível na ausência ou precariedade de disponibilidade de recursos aos usuários do setor saúde. Se requer a construção de Projeto de Trabalho Profissional !

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“Um dos grandes desafios hoje colocados aos assistentes sociais consiste em formular projetos que materializarão o formular projetos que materializarão o trabalho a ser desenvolvidotrabalho a ser desenvolvido.

Cada vez mais, é imperativo ao assistente social identificar aquilo que requer a intervenção profissional, bem como reconhecer de que forma essa intervenção irá responder às necessidades sociais que, transformadas em demandas, serão privilegiadas nos processos de trabalho nos quais a profissão é requerida” (COUTO, 2009, p. 652).

Projeto de Trabalho Profissional

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ReferênciasABESS – CEDEPSS. Cadernos 7. São Paulo: Cortez, 1997.

ABESS – CEDEPSS. Cadernos 8. São Paulo: Cortez, 1998.

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BRAVO, MIS; MATOS, MC. Reforma Sanitária e o Projeto Ético-Político do Serviço Social: elementos para o debate. In: BRAVO, MIS; VASCONCELOS, AM; GAMA, AS; MONNERAT, GL (Org.). Saúde e Serviço Social. São Paulo: Cortez; Rio de Janeiro: UERJ, 2004.

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COUTO, B. Formulação de projeto de trabalho profissional. CFESS / ABEPSS / CEAD/UnB - Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais. Editora CFESSABEPSS/UnB, 2009.

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