crc rj igrejas contabilidade

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CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Câmara de Pesquisa e Desenvolvimento Profissional Home Page: www.crc.org.br E-mail: [email protected] CRC- RJ DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL APOSTILA CONTABILIDADE DO TERCEIRO SETOR IGREJAS Antonio Luiz Costa Soares E-mail: [email protected] Rio de Janeiro Setembro – 2014 1

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estudo sobre contabilidade igrejas

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  • CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE

    DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

    Cmara de Pesquisa e Desenvolvimento ProfissionalHome Page: www.crc.org.br E-mail: [email protected]

    CRC- RJ

    DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTOPROFISSIONAL

    APOSTILA

    CONTABILIDADE DO TERCEIRO SETOR

    IGREJAS

    Antonio Luiz Costa SoaresE-mail: [email protected]

    Rio de JaneiroSetembro 2014

    1

  • SUMRIO

    UNIDADE I Administrao Financeira

    Introduo ............................................................................................................................................................................. 04

    Comprovantes contbeis revestidos de formalidades legais ................................................................................................ 05

    Recibos Definio ............................................................................................................................................................. 05

    Recibos por Servios Prestados ........................................................................................................................................... 05

    O que considerar nos documentos ....................................................................................................................................... 05

    Tempo de guarda dos documentos contbeis (perodo prescricional) ................................................................................. 06

    Documentos a manusear no CAIXA ................................................................................................................................... 06

    Ingresso de Caixa Recebimentos ...................................................................................................................................... 06

    Desembolsos com cheques Documentos .......................................................................................................................... 07

    Documentos a manusear no BANCO ................................................................................................................................. 07

    Bancos Normas de controle internos ................................................................................................................................ 07

    Abertura de conta bancria .................................................................................................................................................. 07

    Transaes com cheques recebidos pela Igreja ................................................................................................................... 07

    Dicas especiais nas transaes bancrias ............................................................................................................................. 08

    Cpia de cheque modelo ................................................................................................................................................... 09

    Fundo Rotativo ........................................................................................................................................ 09

    Vale Despesas ...................................................................................................................................................................... 09

    UNIDADE II Fraudes Contbeis

    A atrao e facilidade do dinheiro ....................................................................................................................................... 10

    Proteo contra a fraude no Caixa ....................................................................................................................................... 10

    Conciliao Bancria ........................................................................................................................................................... 10

    UNIDADE III Introduo metodologia da Contabilidade

    Aplicao da Contabilidade s Igrejas ................................................................................................................................. 11

    Estatuto Definio ............................................................................................................................................................ 11

    Igrejas Definio ............................................................................................................................................................. 11

    Sem finalidade de Lucros .................................................................................................................................................... 11

    Objetivos Sociais ................................................................................................................................................................. 11

    Estatuto / Finalidades ........................................................................................................................................................... 12

    Contabilidade Definio ................................................................................................................................................... 13

    Objetivo da Contabilidade ................................................................................................................................................... 13

    Finalidade da Contabilidade ................................................................................................................................................ 13

    Configuraes do Patrimnio .............................................................................................................................................. 13

    Representao Grfica ......................................................................................................................................................... 13

    Princpios e fundamentos da Contabilidade ........................................................................................................................ 14

    Patrimnio das Igrejas ......................................................................................................................................................... 15

    Plano de Contas ................................................................................................................................................................... 15

    Funo da contas bsicas ..................................................................................................................................................... 18

    Igrejas Tributao das atividades imunes ......................................................................................................................... 20

    2

  • UNIDADE IV Balano de Abertura

    Introduo ............................................................................................................................................................................ 22

    Tipos de Balano de Abertura ............................................................................................................................................. 22

    Escriturao Contbil .......................................................................................................................................................... 22

    UNIDADE V Tcnicas Contbeis

    Dados principais referente a Igreja ...................................................................................................................................... 23

    Lanamentos Contbeis Prtica ........................................................................................................................................ 23

    Monografia .......................................................................................................................................................................... 24

    Balano Patrimonial de Abertura em 31/12/20X1 .............................................................................................................. 30

    Razonetes ............................................................................................................................................................................. 31

    1 Balancete de Verificao em 31/12/20X2 ...................................................................................................................... 34

    Encerramento das Contas de Resultado ............................................................................................................................... 35

    2 Balancete de Verificao em 31/12/20X2 ...................................................................................................................... 36

    UNIDADE VI Demonstraes Contbeis

    Balano Patrimonial ............................................................................................................................................................ 37

    Demonstrao do Supervit ou Dficit do Exerccio............................................................................................................... 39

    Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Social ............................................................................................................ 40

    Demonstrao dos Fluxos de Caixa ..................................................................................................................................... 41

    Notas Explicativas ............................................................................................................................................................... 42

    Notas Explicativas as Demonstraes Contbeis ................................................................................................................ 43

    Referncias .......................................................................................................................................................................... 44

    ANEXOS/ ARTIGOS

    Imposto de Renda Igrejas e Pastores (I) ....................................................................................................................... 46

    As Igrejas e os Contabilistas no Cdigo Civil. .................................................................................................................... 47

    Novos tempos, novos templos, novos desafios. ................................................................................................................. 48

    Igrejas e a Obrigao de entregar o SPED Contbil................................................................................................................ 49

    Quais os riscos de manter empregados sem carteira assinada?................................................................................................ 50

    Aes Trabalhistas- Aprenda como evitar esse prejuzo.......................................................................................................... 51

    Fraudes contra o Imposto de Renda na Declarao Pessoa Fsica do Pastor.......................................................................... 52/54

    Iseno da Taxa de Preveno e Extino de Incndio - Decreto ....................................................................................... 55/56

    Aprovada iseno no pagamento da taxa de incndio a Igrejas e Templos............................................................................. 57

    IPTU .................................................................................................................................................................................... 58

    A segurana dos fiis nas Igrejas e Organizaes Religiosas ............................................................................................. 59

    Reflexo................................................................................................................................................................................... 60

    Percentuais de Encargos Previdencirios e de terceiros para Igrejas .................................................................................. 61

    3

  • UNIDADE I ADMINISTRAO FINANCEIRA

    INTRODUO

    O motivo que nos levou a desenvolver esta APOSTILA, foi o fato de conviver diariamente comexigncias pertinentes Constituio, Emendas, Leis Complementares, Leis Ordinrias, MedidasProvisrias, Resolues do Senado, Decretos Legislativos, Resolues, Tratados Internacionais,etc. e outros ordenamentos jurdicos que de certa forma, tambm recaem sobre as IGREJAS.De acordo com as inovaes trazidas pelo Cdigo Civil conforme especificado em seu artigo1179, que diz: "O empresrio e a sociedade empresria so obrigados a seguir um sistema deContabilidade, mecanizado ou no, com base na escriturao uniforme de seus livros, emcorrespondncia com a documentao respectiva e apurar anualmente o BalanoPatrimonial, Demonstrao de Resultado do Exerccio, Demonstrao das Mutaes doPatrimnio Lquido Demonstrao dos Fluxos de Caixa e as Notas Explicativas, conformeprevisto tambm na NBC IG 26 ou na Seo 3 da NBC IG 1000, quando aplicvel.

    Destacamos, alertamos e orientamos que as IGREJAS ou qualquer outra organizao religiosa,dever contratar os servios de Contabilidade de profissionais devidamente habilitados.De acordo tambm com o artigo 1182 C.C, que diz: " Os registros contbeis devero serrealizados no Livro Dirio, a emisso de relatrios, peas, anlises, mapas e demonstraescontbeis so de atribuio e responsabilidade exclusiva do contador ou tcnico emcontabilidade, legalmente habilitado, completando-se com as assinaturas do Contabilista e dotitular ou representante legal da Igreja".(GRIFO NOSSO)

    Concluso: A Igreja para fins legais e equipara-se a empresa.Isto esta claro pela redao da NBCT 21 - Das formalidades da escriturao contbil, queesclarece o seguinte: O Livro Dirio uma exigncia obrigatria para a escriturao contbil dasEmpresas e seu registro competente, condio legal e fiscal como elemento de prova.

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  • COMPROVANTES CONTBEIS REVESTIDOS DE FORMALIDADESLEGAIS

    Originais

    Notas Fiscais de Compras (DANFE - Nota Fiscal Eletrnica e D1);Cupom Fiscal com mercadorias detalhadasRecibos

    RECIBOS - DEFINIO

    RecibosDefinio: um documento pelo qual quem o assina declara que recebeu alguma coisa,seja dinheiro,sejaum objeto qualquer. Os recibos devero ser de redao fcil e simples.

    RECIBO POR SERVIOS PRESTADOS (MODELO)

    ModeloRecibo por Servios Prestados

    Recebi da IGREJA ____________________________________________________a importncia de R$____________(_______________________________________)referente a ___________________________________________________________Rio de Janeiro______de___________________de 201________________________Assinatura (o):________________________________________________________Nome:_______________________________________________________________Endereo:____________________________________________________________Identidade:_______________________Emissor:___________CPF:______________

    O QUE CONSIDERAR NOS DOCUMENTOS

    Todo fato registrado deve estar habilmente documentado

    Na comprovao dos documentos deve-se considerar:Se est em nome da Igreja;Se a data compatvel com o ms em exerccio;Se o comprovante atende as exigncias fiscais;Original ou cpia;Se est devidamente aprovado e de acordo com a poltica da Igreja;Se o documento apresentado e coerente com a transao efetuada.

    Exemplo: Uma nota fiscal dificilmente comprovar a aquisio de um terreno.

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  • TEMPO DE GUARDA DOS DOCUMENTOS CONTBEIS(PERODO PRESCRICIONAL)

    Guias de recolhimentos de tributos:

    Documento PerodoIPTU, IRRF, PIS 05 anos

    INSS 10 anos

    FGTS 30 anos

    Folha de Pagamento Recomenda-se 35 anos

    Recibos de Proventos Pastorais Recomenda-se 35 anos

    Comprovantes de receitas e despesas no relacionadas Acima de 05 anos

    Notas Fiscais de Bens do Ativo Imobilizado. Enquanto o bem permanecer como propriedade da Igreja, ainda quetotalmente obsoleto ou depreciado

    DOCUMENTOS A MANUSEAR NO CAIXA

    No exame das disponibilidades de Caixa o Contador dever certificar-se:

    As entradas correspondem normalidade do movimentoSe as sadas esto suficientemente aliceradas em comprovantes idneos e legais.

    INGRESSOS DE CAIXA RECEBIMENTOS

    Sugerimos a seguinte planilha como instrumento de controle das entradas de dinheiro na Igreja.

    DOCUMENTO DE RECEBIMENTOSRecebemos a importncia de R$

    referente aos seguintes finalidades:

    CONTA HISTRICO VALOR

    01 Dzimos

    02 Contribuies Regulares

    03 Misses Mundiais

    04 Misses Nacionais

    05 Misses Urbanas

    06 Construo

    07 Assistncia Social

    08 Cantina

    09

    10

    11

    Total

    Comisso de Contagem de Numerrio: Rio de Janeiro, ____de_________de________

    Tesoureiro

    6

  • 1 Via (Amarela) Contabilidade; 2 Via (verde) Comisso de Contagem e 3 Via (Branca) Cpia fixa do Bloco.

    DESEMBOLSOS COM CHEQUES - DOCUMENTOS Desembolsos com Cheques Documentos

    Compras Realizadas Notas Fiscais e /ou Duplicatas originais quitadas

    Prestaes Recibo ou Boleto quitado

    Aluguis, gua, Energia Eltrica e Telefone Recibos e Contas Pagas

    Salrios e Ordenados Contra Cheques

    Mo de Obra Recibo de Pagamentos a Autnomos (RPA)

    Impostos,Taxas,GPS,FGTS Guias de Recolhimentos quitados

    DOCUMENTOS A MANUSEAR NO BANCO

    Depsitos Bancrios Documento de Recebimentos

    Notas Fiscais e Recibos Pagos Cheque Nominal

    BANCOS: NORMAS DE CONTROLE INTERNO

    O Tesoureiro dever guardar em casa o mnimo necessrio para as pequenas despesas. O restante dodinheiro dever ficar depositado em Bancos.O sistema de Controle Interno de Bancos deve abranger principalmente os seguintes pontos de controle:Caixa, depsitos bancrios, emisses e cpias de cheques, registros contbeis e extratos bancrios.

    ABERTURA DE CONTA BANCRIA

    Evitar que a conta(s) bancria(s) da Igreja seja movimentada em contas particulares do pastor, dicono,associado ou tesoureiro, por mais conceituado que seja. Abertura de conta bancria somente em nomeda Igreja.

    TRANSAES COM CHEQUES RECEBIDOS PELA IGREJA

    Podem ser dos seguintes tipos: ao portador, nominativo a Igreja, repassados por associados ou pr-datados. Todos os cheques citados devero ser depositados em nome da IGREJA.

    7

    DOCUMENTOS

    DOCUMENTOS

    FUNDO ROTATIVO

    CHEQUE NOMINAL

    ENTRADAS

    SADAS

    LIMITE R$1.0000,00

    ACIMA DE R$ 100,00

  • DICAS ESPECIAIS NAS TRANSAES BANCRIAS

    Todo cheque emitido dever ser acostado a cpia de cheque identificando a transao efetuada. A cpia de chequedever ser nominal e conter a data, o valor da transao, o nmero do cheque, a utilizao do pagamento realizado eassinaturas;Os cheques devero ser assinados com pelo menos duas assinaturas;Dever existir limite para pagamento em dinheiro. Acima dele, os pagamentos s devero ser realizados por meiode cheques;Quando receber um cheque ao portador, transforme-o imediatamente em cheque nominal a Igreja;Cruze, de imediato, (se no vier cruzado), qualquer tipo de cheque;Coloque de imediato, no verso, o n do banco, agncia e conta onde o cheque deve ser obrigatoriamentedepositado;No caso de cheques pr-datados, grampear, de imediato, uma papeleta com os dizeres: bom para o dia( ___/___/___ ). permitido escrever esses dizeres no prprio cheque;No caso de cheques de terceiros, recebidos de associados, o associado que repassou o cheque, deve colocar seunome legvel e telefone no verso do cheque;Cuidado especial com cheques pr-datados. Se tais cheques forem depositados antes da data nele transcrita,mesmo assim, o banco pagar. Se no houver fundo, o cheque ser devolvido causando dano moral para o emitentee constrangimento para Igreja. So inmeros os casos de aes na Justia bem sucedidas, por danos morais emacontecimentos desse tipo;Depositar na 2 feira, todos os cheques (exceto os pr-datados);Ocorrendo a devoluo de cheques por insuficincia de fundos ou outros motivos, comunicar-se com o emitente,antes de reapresent-lo;Relacionar todos os cheques a serem depositados; da relao dever constar: os nmeros dos bancos, agncia econta, valor e nome do correntista;Ao receber talo de cheques no estabelecimento bancrio, verificar na presena do funcionrio a numerao, a fimde ver se no talo no faltam cheques;Ao cancelar um cheque, recorte o nmero e cole no canhoto. Se o cheque j estiver sido assinado, recortar aassinatura e devolv-la a quem assinou;Os tales de cheques devem ser guardados com a mesma segurana com que se guarda dinheiro em espcie;No caso de extravio de tales de cheques e de cheques emitidos a favor da Igreja, o banco deve ser comunicado deimediato, por telefone, e logo em seguida o banco deve ser comunicado atravs de carta;Exija que a carta seja protocolada. O associado que emitir o cheque tambm deve ser avisado para fazer sustarjunto ao seu banco o pagamento do cheque. dependendo da situao registrar queixa na delegacia.Fazer mensalmente conciliaes bancrias; tambm de excelente controle que quem assina o cheque no deve ter acesso ao talo e quem preenche o chequeno deve ter autorizao para assin-lo;No se deve deixar cheque em branco assinado, nem por um e nem pelos dois emitentes quando se exigir duasassinaturas;Esta prtica tambm deve ser evitada: Aquisio de produtos para Igreja, mediante carto de crdito de uso pessoaldo pastor, associado ou do prprio tesoureiro.Na hora de fechar a conta no basta parar de usar a conta corrente para que ela seja encerrada. Segundo aFederao Brasileira de Bancos (FEBRABAN), a Igreja (Grifo Nosso)que quiser fechar sua conta deve fazer asolicitao por escrito. O Banco deve emitir um protocolo e um demonstrativo das obrigaes que a Igreja devercumprir para encerrar a conta. A partir da, as tarifas de pacotes de servios deixam de ser cobradas e o bancotem 30 dias para fechar a conta. Ateno: a conta no poder ser encerrada em quanto existir saldo devedor.

    importante que, ao encerrar a conta, a Igreja tenha crdito suficiente para pagartodos os compromissos assumidos com o banco, como cheques pr-datados e dbitosautomticos, diz Gustavo Marrone, diretor de Autorregulao da FEBRABAN.

    8

  • CPIA DE CHEQUE- MODELO

    FUNDO ROTATIVO

    As Igrejas, por questes de controles internos, no devem utilizar a conta CAIXA, devendo depositarintegralmente os valores recebidos (dzimos e ofertas ).Dessa forma, no existiro transaes em dinheiro. Entretanto, as Igrejas necessitam manter umadeterminada quantia em seu poder, para atender a pequenas despesas, tais como: conduo, selos, lanches,papelaria, material de escritrio de pequeno valor, etc.Para tanto, estabelece uma determinada importncia de dinheiro que entregue a um associado que ficarresponsvel, sendo todos os pagamentos de pequena monta pagos em espcie (dinheiro) e realizadosatravs desse fundo.A quantia geralmente tem um valor fixo e quando todos os pagamentos atingem a uma determinadaimportncia, o valor gasto reembolsado ao associado responsvel pela quantia gasta. Assim a qualquermomento o responsvel pelo valor numerrio deve ter em seu poder o valor que lhe foi entregue, podendoser composto tanto por dinheiro em espcie quanto por comprovantes de despesas efetuadas.Periodicamente os comprovantes so entregues a Igreja e o valor correspondente as despesas realizadas reembolsado ao responsvel pelo fundo fixo.

    VALE DESPESAS MODELO

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  • UNIDADE IIFRAUDES CONTBEIS

    A ATRAO E FACILIDADE DO DINHEIRO.

    Tenho observado que a maior parte do extravio de dinheiro, nas Igrejas, ocorrem no MOVIMENTO DECAIXA.O acesso ao dinheiro provoca a atrao por subtra-lo ainda que, com o desejo de repor posteriormente eque geralmente no acontece.O fato que tem sido milenar a preocupao do controle do dinheiro.

    PROTEO CONTRA A FRAUDE NO CAIXA

    Procurando evitar o extravio de dinheiro, as Igrejas devem adotar o critrio de:

    Depositar integralmente, todo dinheiro que recebem;Realizar todos os pagamentos atravs de cheques nominativos e cruzados.Criar, ento um fundo fixo ou caixa pequena, com um valor fixo e menor, aproximadamente R$1.000,00, por exemplo, para atender aos pagamentos que no tornam viveis a emisso de cheques.

    O suprimento do Fundo Rotativo feita pelo Tesoureiro sempre no mesmo valor mediante uma prestao decontas, no qual o responsvel pelo fundo rotativo apresenta:Resumo dos pagamentos;Os comprovantes dos pagamentos;O saldo que ficou em dinheiro e que , ento, devolvido ou depositado (essa a melhor opo).

    Movimento de Caixa

    Recebimentos Pagamentos

    Depositar IntegralSomente por Cheques

    nominativos e Cruzados ou viaInternet Bank

    Fundo Rotativo

    Pequenos Pagamentos

    CONCILIAO BANCRIA

    MOVIMENTO BANCRIO X EXTRATOS BANCRIOSPelo menos mensalmente, devem ser reconciliados os saldos das contas bancrias com extratos resumidos.A reconciliao deve ser feita por funcionrio no implicado no processo de movimento de Caixa e deescriturao do movimento financeiro.As providncias tomadas para regularizar as divergncias devem ser anotadas na reconciliao.Qualquer ajuste que implique despesa para a Igreja deve ser avisado ao Presidente e a Assemblia.Pendncias mais antigas deve ser objeto de anlise mais apurada.

    10

  • UNIDADE IIIINTRODUO METODOLOGIA DA CONTABILIDADE

    APLICAO DA CONTABILIDADE S IGREJAS

    1.A Constituio ocorre sobre a exigncia de trs requisitos a saber:

    A manifestao de vontade;A formao de acordo com a Lei;Que os propsitos sejam lcitos.

    Assim quando duas ou mais pessoas reunem esforos ou recursos financeiros com uma finalidade comumde CULTUAR A DEUS mediante um acordo e para fins no econmicos.Entidades dessa natureza so denominadas de ASSOCIAES, neste caso s IGREJAS.Para ganhar reconhecimento jurdico necessrio registrarem seus Estatutos em um Cartrio de RegistroCivil de Pessoas Jurdicas.Destaco, que atravs do Estatuto registrado que a Igreja se torna Pessoa Jurdica de Direito Privado,sendo necessrio o seu cadastro junto a Receita Federal para inscrio no CNPJ CADASTRONACIONAL DE PESSOAS JURDICAS.

    ESTATUTO DEFINIO

    o documento fundamental constitudo de um grupo de pessoas, onde se fixam direitos e obrigaes emrelao a Associao a que o Estatuto se refere. tambm o conjunto de normas e princpios que estabelecem e determinam a estrutura e a organizao decomo a Igreja ser conduzida.

    IGREJAS DEFINIO

    So pessoas jurdicas de Direito Privado (Associaes), formadas pela unio de pessoas com o propsitode realizarem fins no econmicos.Destacamos que no precisa contar com PATRIMNIO PRVIO.

    SEM FINALIDADE DE LUCROS

    A Igreja no distribui entre seus dirigentes, empregados ou associados, eventuais excedentes operacionais(supervit auferido), dividendos, bonificaes ou participao do seu Patrimnio, auferido mediante oexerccio de suas atividades e que os aplica integralmente na consecuo do respectivo objeto social.Destaco, que as Igrejas so parte importante da Economia moderna.Embora no visem LUCRO, elas precisam de servios de todos os tipos e pagam por eles, certamente. um excelente campo para os profissionais de Contabilidade, visto que nos dias de hoje elas estoprofissionalizando suas estruturas administrativas e seus controles internos.

    OBJETIVOS SOCIAIS

    A Igreja existe para as seguintes finalidades:

    a) Reunir-se regularmente para culto de adorao a DEUS, estudo da Bblia e a pregao do Evangelho.

    b) Promover, por todos os meios e modos a seu alcance, o estabelecimento do Reino de DEUS, na terra,coordenando com as demais Igrejas nessa misso.

    11

  • Estatuto

    FINALIDADES

    Captulo I Da denominao, natureza, sede e fins

    Igreja Batista

    A Igreja _________________________ autnoma e soberana em suas decises, e no est sujeita aqualquer outra Igreja, Conveno ou Autoridade Eclesistica, que no seja por ela reconhecida na formadeste Estatuto, reconhecendo apena como nico cabea e suprema autoridade somente a JESUS CRISTO,o filho de DEUS. Reconhece tambm a Bblia como nico livro escrito por homens divinamenteinspirados, adotando-a como regra de f e prtica para os associados e em matria de culto e disciplina,conduta, ordem, f e prtica do Novo Testamento, reconhecendo e respeitando as autoridades constitudasna forma da Lei e do Estado, conforme determina a Bblia.

    Igreja Assemblia de Deus

    A Igreja _________________________ autnoma e soberana em suas decises e no est sujeita aqualquer outra Igreja, Conveno ou Autoridade Eclesistica, reconhecendo apenas a autoridade deNOSSO SENHOR JESUS CRISTO, expressa nas Sagradas Escrituras, no sentido espiritual, reconhecendoe respeitando as autoridades constitudas na forma da Lei e do Estado, conforme determina a Bblia.Pargrafo nico: A Igreja aceita como fiel interpretao bblica o documento denominado DeclaraoDoutrinaria da Conveno Geral das Assemblias de Deus no Brasil, adotada pela Conveno dasAssembleias de Deus.

    Outras Denominaes

    A Igreja _________________________ autnoma e soberana em suas decises e no est sujeita aqualquer outra Igreja, Conveno ou autoridade eclesistica, reconhecendo apenas a autoridade doNOSSO SENHOR JESUS CRISTO, expressa nas Sagradas Escrituras, no sentido espiritual, reconhecendoe respeitando as autoridades constitudas na forma da Lei e do Estado, conforme determina a Bblia.

    12

  • CONTABILIDADE DEFINIO

    Abaixo transcrevemos conceitos emitidos por renomados autores para definir ou conceituar Contabilidade.

    OBJETIVO DA CONTABILIDADEEstudo do Patrimnio

    FINALIDADE DA CONTABILIDADE

    E assegurar o adequado controle da Patrimnio e fornecer INFORMAES sobre suas composies e variaes, para orientar os mltiplos usurios na tomada de deciso.

    CONFIGURAES DO PATRIMNIO

    1.Patrimnio o conjunto de bens, direitos e obrigaes vinculados a uma pessoa jurdica ou fsicaavaliados em moeda.

    2.Patrimnio Lquido a diferena entre a soma dos valores dos bens e direitos menos as obrigaes(dvidas).

    Em Contabilidade os Bens e os Direitos so classificados no ATIVO, e as Obrigaes, incluindo oPatrimnio Lquido, no PASSIVO.

    REPRESENTAO GRFICABalano Patrimonial

    ATIVO PASSIVO

    Bens R$ 80.000 Obrigaes R$ 30.000

    Direitos R$ 20.000 Patrimnio Lquido

    Fundo Patrimonial R$ 60.000

    Resultado do Exerccio

    (+) SUPERVIT do Exerccio R$ 10.000

    (-) DFICIT do Exerccio

    TOTAL R$ 100.000 TOTAL R$ 100.000

    Com base nos dados anteriores, informe:

    1. O valor do Patrimnio Lquido

    2. O valor do Capital de Terceiros

    3. O valor do Capital Prprio

    4. As Aplicaes de Recursos

    5. As Origens dos Recursos

    13

    Contabilidade a cincia que estuda e pratica as funes de orientao, de controle, de registros AdministraoEconmica.

    (I Congresso de Contabilistas 1924, Conceito Oficial)

    A Contabilidade o instrumento que fornece o mximo de informaes teis para a tomada de decises dentro e fora daempresa. Ela muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem decises. Com o passar do tempo,o governo comea a utilizar-se dela para arrecadar impostos e a torna obrigatria para maioria das empresas.

    (Marion Jos Carlos. Contabilidade Bsica 7 Ed. - SP ED. Atlas 2007.)

  • PRINCPIOS E FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE

    Resoluo CFC n 1.409/12Aprova a ITG 2012 Entidade Sem Finalidade de Lucros.

    O CFC, no exerccio de suas atribuies legais e regulamentais e com fundamento no disposto na alneaf do art. 6 do Decreto - Lei n 9.295, alterado pela Lei n 12.249/10,RESOLVE:

    Art.1 Aprovar a Interpretao ITG 2012 Entidade sem Finalidade de Lucros.

    Art.2 Revogar as Resolues CFC n 837/99, 838/99, 852/99, 877/00, 926/01 e 966/03, publicadas noD.O.U., de 02/03/99, 25/08/99, 20/04/00, 03/01/02 e 04/06/2003

    Art. 3 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao, aplicando-se aos exerccios iniciados apartir de 1 de Janeiro de 2012.

    Braslia, 21 de setembro de 2012.

    Contador Juares Domingues CarneiroPresidente

    Apresentao de forma resumida e para efeito didtico:

    OBJETIVOEsta interpretao estabelece critrios e procedimentos especficos de avaliao, de reconhecimento dastransaes e variaes patrimoniais, de estruturao das demonstraes contbeis e as informaesmnimas a serem divulgadas em notas explicativas da entidade sem finalidade de lucros.

    ALCANCE2. A entidade sem finalidade de lucros pode ser constituda sob a natureza de fundao de direitoprivado, associao, organizao social, organizao religiosa, partido poltico e entidade sindical.

    3. Esta interpretao aplica-se s pessoas jurdicas de direito privado sem finalidade de lucros,especialmente entidades imune, isenta de impostos e contribuies para a seguridade social, beneficentede assistncia social e atendimento aos ministrios que, direta ou indiretamente tem relao com entidadessem finalidade de lucro.

    RECONHECIMENTO4. As receitas e despesas devem ser reconhecidas, respeitando-se o regime contbil de competncia.

    5. Os registros contbeis devem evidenciar as contas de receitas e despesas, supervit e dficit, de formasegregada, identificadas por tipos de atividade, tais como educao, sade, assistncia social e demaisatividades.

    6. O valor do supervit ou dficit deve ser incorporado ao Patrimnio Social.

    14

  • PATRIMNIO DAS IGREJAS

    Penetrar nos mecanismos da gesto e da Contabilidade para Igrejas significa antes de mais nada conhecerrealidade na qual ela funciona, isto , analisar a Igreja em suas etapas administrativas fundamentais paratornar possvel, correta e dinmica o funcionamento da Contabilidade.Uma Igreja necessita de reunir recursos financeiros, isto , dinheiro ou bens que lhe permitam instalar-se e desenvolver suas atividades.O Capital Inicial formado pelos recursos financeiros trazidos pelos associados, sob a forma de dzimose ofertas para constituio da Igreja e seus acrscimos posteriores formam os Recursos Prprios.No entanto, nem sempre os recursos so suficientes para dar andamento as suas atividades sociais, sendocomum valer-se de recursos de terceiros.Estes so valores em poder da Igreja ou que ela recebe de terceiros, mas ter de pagar. Exemplo: materialde construo adquiridos a prazo, financiamentos mediante emprstimos bancrios, etc.O Patrimnio da Igreja autnomo e no se confunde com o patrimnio do pastor-presidente,pastores auxiliares, membros da diretoria e associados no caso de Pessoa Jurdica.O Patrimnio Social pertence a Igreja.A confuso patrimonial (PJ x PF), pode ser entendida junto a Receita Federal do Brasil, como distribuiode vantagens, ou seja, a utilizao do dinheiro em benefcio prprio.Cabe a Contabilidade alertar, separar e controlar a aplicao desses recursos de maneira que tornempossvel o funcionamento de uma Igreja.O objeto da Contabilidade proposto nesta APOSTILA o Patrimnio das Igrejas. Atravs derelatrios financeiros preparados pela Contabilidade.Ao final de cada Exerccio Social (1 ano), a Igreja obrigada a elaborar, com base na sua escrituraocontbil, as suas Demonstrao Contbeis, as quais devero exprimir com clareza a situao doPatrimnio e as Mutaes ocorridas no Exerccio Social.Tais demonstraes so as seguintes:

    Balano Patrimonial;Demonstrao do Supervit ou Dficit do Exerccio;Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Social (DMPS);Demonstrao do Fluxo de Caixa;Notas Explicativas.

    PLANO DE CONTASRepresenta uma relao de contas codificadas, com a descrio da natureza do saldo e quando deve serdebitada e creditada.O objetivo principal do Plano de Contas possibilitar o registro ordenado e consistente das transaesocorridas pela Igreja.A seguir apresentaremos um exemplo simplificado da relao de contas do Balano Patrimonial e dasDemonstraes do Resultado do Exerccio, aplicveis a uma Igreja.

    15

  • IGREJASPLANO DE CONTAS

    A CONTAS PATRIMONIAIS

    ATIVO PASSIVO

    CIRCULANTE CIRCULANTE

    DISPONVEL OBRIGAES

    Caixa Bancos Conta Movimento Cheque Especial

    Fundo Rotativo Duplicatas a Pagar

    Bancos Conta Movimento Contas a Pagar

    Banco Conta Movimento Poupana Aluguis a Pagar

    Aplicaes Financeiras Promissrias a Pagar

    DIREITOS A RECEBER Financiamentos a Pagar

    Adiantamento de Salrios Consrcios a Pagar

    Adiantamento a Fornecedores Salrios a Pagar

    Adiantamento a Receber Quitaes a Pagar

    Promissrias a Receber Honorrios a Pagar

    ESTOQUE S Renda Eclesistica a Pagar

    Estoque de Materiais de Escritrio INSS a Recolher

    Estoque de Materiais de Consumo IRRF a Recolher

    DESPESAS DO EXERCCIO SEGUINTE FGTS a Recolher

    Prmios de Seguros a Vencer PIS a Recolher

    Aluguis Passivos a Vencer Sindical a Recolher

    Assinaturas e Publicaes a Vencer Confederativa a Recolher

    Assistencial a Recolher

    NO CIRCULANTE NO CIRCULANTE

    REALIZVEL A LONGO PRAZO EXIGVEL A LONGO PRAZO

    Aplicaes Financeiras OBRIGAES

    Promissrias a Receber Promissrias a Pagar

    INVESTIMENTOS Financiamentos a Pagar

    Imveis para Renda Consrcios a Pagar

    Adiantamentos de Consrcios

    IMOBILIZADO PATRIMNIO LQUIDO

    Terrenos FUNDO PATRIMONIAL

    Imveis Patrimnio Social

    Mveis e Utenslios Superavit ou Dficit Acumulados (+ ou -)

    Computadores e Perifricos Superavit ou Dficit no Exerccio (+ ou-)

    Instrumentos Musicais Ajustes de Avaliao Patrimonial (+ ou-)

    Equipamentos de Sonorizao

    Mquinas e Equipamentos

    Ferramentas

    Biblioteca

    Veculos Utilitrios

    Depreciao Acumulada (-)

    IMOBILIZADO EM FORMAO

    Construo em Andamento

    INTANGVEL

    Desenvolvimento de Sites

    Direito de Uso de SOFTWARES

    Benfeitorias em Locao

    Amortizao Acumulada (-)

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  • IGREJASPLANO DE CONTAS

    B CONTAS DE RESULTADORECEITAS DESPESAS TransporteOPERACIONAIS OPERACIONAIS Manuteno de VeculosORDINRIAS ORDINRIAS Combustveis e LubrificantesDzimos e Ofertas PESSOAL SegurosOfertas para Misses Salrios e Ordenados Revistas e Publicaes

    Ofertas para Construo Gratificao Servios Profissionais Pessoa Jurdica

    Ofertas para Assistncia Social Previdncia Social Honorrios Contbeis

    Ofertas Especiais FGTS Gs

    Vale Transporte Gneros Alimentcios

    Vale Refeio Medicamentos

    Cesta Bsica Tecidos e Vesturios

    PROVENTOS PASTORAIS Bens de Valores Irrelevantes

    Renda Eclesistica Despesas Eventuais

    NO OPERACIONAIS REPRESENTAO PASTORAL Bens de Valores Irrelevantes

    EXTRAORDINRIAS FGTM Despesas EventuaisGanho na Venda de Bens Locao e Condomnio IMPOSTOS E TAXASDoaes Plano de Sade Imposto Predial (IPTU)

    Previdncia Privada IPVA

    Mensalidades Escolares Multa de Trnsito

    Viagens e Estadas Taxas Diversas

    LOCAO E ARRENDAMENTO TRIBUTRIASLocao de Mquinas e Equipamentos PIS Folha de Pagamento

    Locao de Vigilncia e Monitoramento MISSES E EVANGELISMOSInternet Gratificao Eclesistica

    ADMINISTRATIVAS Literaturas EvanglicasAluguis e Condomnios Material de Ceia

    Luz e Fora Conveno

    gua e Esgoto Misses

    Telefones e Telefonemas Cursos Teolgicos

    Material de Escritrio Acampamentos e Retiros

    Material de Consumo Plano Cooperativo

    Material Eltrico Oferta a Preletores

    Manuteno e Reparos Beneficncia

    Lanches e Refeies Donativos e Contribuies

    Correios Programa de Rdio

    Condues Viagens e Hospedagem

    Legais e Judiciais DESPESAS FINANCEIRASReprodues Juros de Mora

    Fretes e Carretos Despesas Bancrias

    Funerais RECEITAS FINANCEIRAS (+)Homenagens e Comemoraes Juros Ativos

    Brindes e Presentes Descontos Obtidos

    Decorao e Ornamentao Rendimentos Financeiros

    NO OPERACIONAISDESPESAS EXTRAORDINRIAS

    A Transportar Perda na Venda de Bens C CONTAS DE APURAO DO RESULTADO RESULTADO LQUIDO DO EXERCCIO RESULTADO DO EXERCCIO

    BALANO DE ABERTURA

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  • FUNO DAS CONTAS BSICAS

    ATIVO

    CAIXAConta devedora. A Conta DEBITADA pelos recebimentos (entradas) e CREDITADA pelospagamentos (sadas).

    BANCOS CONTA MOVIMENTOConta devedora. Representa as disponibilidades da Igreja em poder de bancos. debitada pelosdepsitos efetuados e creditada pelos saques e/ou emisses de cheques.

    FUNDO ROTATIVOConta devedora. Representa o adiantamento concedido ao responsvel pelo fundo rotativo. Deve seranalisada dedicando-se uma subconta para cada pessoa fsica responsvel. debitada pelo adiantamentoconcedido creditada contra apresentao dos comprovantes dos gastos efetuados atravs de um chequenominal ao responsvel pelo fundo rotativo.

    MVEIS E UTENSLIOSConta devedora. Representa as aquisies em mesas, cadeiras, estantes, arquivos, plpito, etc. adquiridospela Igreja.

    EQUIPAMENTOS MUSICAISConta Devedora. Representa as aquisies em baterias, teclado, guitarras, violes, etc. adquiridos pelaIgreja.

    VECULOS UTILITRIOSConta devedora. Representa as aquisies em veculos utilitrios, tais como: Kombi, Van, Besta, nibus,Camionete e outros similares adquiridos pela Igreja.

    LEGISLAO

    O artigo 32 da Lei 9430 de 1990 e artigos 172 e 173 do RIR/99, no que se refere asENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS de qualquer natureza s podem adquirir para uso prprio VECULOS UTILITRIOS., portanto proibido adquirir carros de passeio, os quais a RFB entende que so para levar membros dadiretoria para casa, ao mercado, seus filhos a escola e para realizar passeios de lazer.A RFB exige que na nota fiscal ou cupom fiscal fornecido pelo posto de gasolina, contenha a marca doveculo, o nmero da placa e o nome da Igreja.

    IMVEISConta devedora. Registra as aquisies em galpes, edifcios e imveis a qual pertence a Igreja.

    CONSTRUO EM ANDAMENTOConta devedora. Destina-se a registrar as despesas de obras e construo empreendidas pela Igreja parauso prprio. debitada pelas despesas ou aplicaes efetuadas e creditada pelo valor das obras ouconstrues terminadas, por transferncia para conta prpria.

    18

  • PASSIVO

    OBRIGAES

    DUPLICATAS A PAGARConta Credora. Representa as obrigaes assumidas e os pagamentos efetuados. debitada pelaquitao da duplicata e creditada pela obrigao assumida pela Igreja.

    CONTAS A PAGARConta credora. Representa as obrigaes assumidas e pagamentos efetuados. debitada pela quitaoda conta e creditada pela obrigaes assumidas pelo consumo das contas pela Igreja.

    PROMISSRIAS A PAGARConta Credora. Representa as obrigaes assumidas e os pagamentos efetuados. debitada pelaquitao da nota promissria e creditada pelos compromissos assumidos pela Igreja junto a terceiros.

    PATRIMNIO LQUIDO

    PATRIMNIO SOCIALConta Credora. Representa os excedentes operacionais auferido mediante o exerccio de suas atividades e aplicadointegralmente na consecuo do seu objetivo social.

    SUPERVITS/ DFICITS ACUMULADOSRepresenta o resultado apurado pela Igreja em exerccios anteriores.

    SUPERAVIT / DFICIT NO EXERCCIO (+ OU -)Representa o resultado apurado pela Igreja no Exerccio atual

    AJUSTES DE AVALIAO PATRIMNIAL (+ OU -)Representa os valores apurados em exerccios anteriores, enquanto no computados no resultado do exerccio emobedincia ao regime de competncia.

    RECEITASDZIMOS E OFERTASConta credora. creditada durante o exerccio, pelo valor dos dzimos e ofertas recebidos. debitada no final doExerccio Social para apurao do Supervit (+) ou Dficit (-) do Exerccio.

    DESPESAS

    RENDA ECLESISTICA E/OU REPRESENTAO PASTORAL

    Conta Devedora destinada a registrar a remunerao recebida pelos ministros de confisso religiosa, pastores ouauxiliares, que percebem valores, abrangidos pela tabela do imposto de renda, divulgada pela RFB, sob qualquerttulo, de forma DIRETA, que o sustento ministerial ou INDIRETA, que podem ser FGTM, ajuda de aluguel doimvel, condomnio, plano de sade, aposentadoria privada, mensalidades escolares, viagens, etc.

    Conta Credora no final de Exerccio Social, para apurao do Supervit (+) ou Deficit (-) do Exerccio.

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  • IGREJAS

    TRIBUTAO DAS ATIVIDADES IMUNES

    OBJETO DO CAPTULO

    Compreender o alcance dos termos imunidade na legislao tributria federal.

    ENTIDADES IMUNES

    Inicialmente importante informar que as atividades imunes correspondem por cerca de 5% do total dedeclaraes recebidas pela SRF na ltima informao divulgada pelo rgo.

    TEMPLOS DE QUALQUER CULTO

    Os templos de qualquer culto so imunes ao pagamento de impostos sobre a renda, patrimnio e serviosrelacionados com suas atividades essenciais.A imunidade e prevista no artigo 150 da CF: impedindo a Unio, os Estados e os Municpios de instituire cobrar impostos sobre o patrimnio, renda e servios das Igrejas (grifo nosso).Devemos destacar tambm, que as Igrejas devem reter e recolher os impostos e contribuies que sodevidos pela Igreja como contribuinte responsvel, como o IRRF e o INSS descontados de seusfuncionrios.As Igrejas podem remunerar seus dirigentes e religiosos, assim como enviar missionrios a servios noExterior, sem perder a condio de entidade imune (deciso n 39/1998 da SRFB).O problema, que infelizmente acontece no Brasil, a utilizao indevida dos benefcios concedidos pelaLei, com pessoas aproveitando estes benefcios em proveito prprio, deixando de lado o interesse coletivo.

    PIS PAGO SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO

    O art. 8 da Lei n 10.637/2002, define que as atividades imunes permanecem pagando o PIS com base nafolha de pagamento e no sobre as receitas.

    CLCULO DO PIS

    O PIS nas IGREJAS, ser calculado pela aplicao da alquota de 1% (um por cento) sobre o total dafolha de pagamento.O seu recolhimento deve ser efetuado sempre no dia 25 do ms seguinte a respectiva competncia dafolha de pagamento de seus empregados. Como folha de pagamento considera-se os rendimentos dotrabalho assalariado de qualquer natureza, como salrios, frias, dcimo terceiro salrio, gratificao,horas extras, ajuda de custo, adicional noturno, etc.

    .

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  • S

    HIPTESE:A funcionria recebeu no ms de dezembro 20X2, da Comunidade Evanglica Caminho para o Cu osalrio bruto de R$ 1.500,00, deduzindo-se os descontos na ordem de R$ 148,00, apurando-se a ttulo desalrio lquido a importncia de R$ 1.352,00. Pede-se:

    Efetuar os seguintes lanamentos no dirio:

    a) Proviso do PIS no ms dezembro/20X2, no valor de R$ 15,00

    Proviso ms Dezembro/20X2.

    b) No dia 25/01/20X3 a Igreja efetuou o recolhimento do PIS ms Dezembro/20X2com cheque:DARF Cdigo para recolhimento: 8301 R$ 15,00

    Recolhimento ms Dezembro/20X2

    RAZONETES

    PIS Folha de Pagamento PIS a Recolher

    Bancos Conta Movimento

    1.500,00

    Funo da ContaPIS Folha de Pagamento

    O PIS uma contribuio social com funo fiscal, ou seja de arrecadao.Incide sobre o total da folha de pagamento de seus empregados (fato gerador). um tributo de competncia da Unio.Conta Devedora: Destinada a registrar o valor da contribuio social mensal devida ao Governo Federal.Representa uma Despesa Tributria. (Para efeito didtico: Impostos, Taxas e Contribuies) eCredora por ocasio do encerramento do Exerccio Social para apurao do Supervit (+) ou Dficit (-)do Exerccio.

    PIS a Recolher (Obrigaes)Registra os valores que a Igreja deve ao Governo Federal.Dbito pelos recolhimentos ou pagamentosCrdito pelas obrigaes assumidas pela Igreja.

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  • UNIDADE IV BALANO DE ABERTURA

    INTRODUO utilizado para contabilizao dos saldos existentes no Ativo e Passivo para dar incio a escrituraocontbil em Igrejas, que anteriormente s usavam o LIVRO CAIXA.Qualquer Igreja independente do seu porte necessita manter escriturao contbil completa, inclusive noLIVRO DIRIO, para controlar o seu PATRIMNIO e gerenciar adequadamente as suas atividades.Entretanto, a escriturao contbil est contida como exigncia expressa em diversas legislaes citadasanteriormente.H dois tipos de Balano de Abertura:

    1. Igrejas fundadas a vrios anosNesta situao dever escriturar os ltimos 5 (cinco) anos e preparar um Balano de Abertura antes deiniciar a escriturao contbil.2. Igrejas registradas recentementeNesta situao iniciar os registros contbeis a partir a data de abertura consignada no CNPJ Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas.

    O Balano de Abertura consiste na realizao de um Inventrio fsico e documental, que permitaidentificar os bens, os direitos e as obrigaes da Igreja em determinado momento.Conhecidos os bens, direitos e obrigaes e estabelecido os respectivos valores, dever o Contabilistaestruturar o Balano de Abertura, que ser sintetizado com base no ordenamento feito previamente noPlano de Contas.No ATIVO, sero devidamente agrupadas as contas que representam os bens e direitos.No PASSIVO, iro figurar as obrigaes.Para obter-se a igualdade: ATIVO = PASSIVO deve-se considerar, juntamente com o PASSIVO, o valordo PATRIMNIO LQUIDO.

    ESCRITURAO CONTBIL

    Qualquer que seja o tipo de BALANO DE ABERTURA utilizado, haver necessidade de proceder aoregistro os elementos ATIVOS e PASSIVOS, para incio da escriturao contbil no LIVRO DIRIO.Exemplo:

    REGISTROSDOS ELEMENTOS ATIVOS

    D CAIXAD BANCOS CONTA MOVIMENTO (se houver)D MVEIS E UTENSLIOSD INSTRUMENTOS MUSICAISC BALANO DE ABERTURA

    DOS ELEMENTOS PASSIVOS

    D BALANO DE ABERTURAC DUPLICATAS A PAGAR (Fornecedores)C CONTAS A PAGARC OBRIGAES SOCIAIS (trabalhistas e Previdencirias)

    REGISTRO DO PATRIMNIO LQUIDO

    D BALANO DE ABERTURAC PATRIMNIO SOCIALNOTA IMPORTANTE

    A conta BALANO DE ABERTURA uma conta transitria podendo ser aberta no grupo doPatrimnio Lquido e ser utilizada apenas uma vez, quando da escriturao contbil.

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  • UNIDADE V TCNICAS CONTBEIS

    Dados principais referente a Igreja

    NMERO DE INSCRIO : 62.266.***/0001-24

    DATA DA ABERTURA : 30/11/20X1

    NOME EMPRESARIAL : COMUNIDADE EVANGLICA CAMINHO PARA O CU

    NOME FANTASIA : CAMINHO PARA O CU

    CDIGO : 94.91-0-00

    ATIVIDADE ECONMICA : ATIVIDADES DE ORGANIZAO RELIGIOSA

    CDIGO : 399-9

    NATUREZA JURDICA : ASSOCIAO PRIVADA

    LOGRADOURO : RUA TOQUIO, 233

    CEP : 25545-003

    BAIRRO : CENTRO

    MUNICPIO : RIO DE JANEIRO

    PASTOR PRESIDENTE : JOO DE DEUS

    LANAMENTOS CONTBEISPRTICA

    1. Dados iniciais para composio do Balano de Abertura em 30/11/20X1.

    DOC FATOS ADMINISTRATIVOS VALORELEMENTOS DO ATIVO (A) 80.000,00

    01 Saldo em dinheiro em poder do tesoureiro 20.000,00

    02 Mveis Diversos conforme relao 34.000,00

    03 Instrumentos Musicais conforme relao 18.000,00

    04 Computadores e Perifricos conforme relao 5.000,00

    05 Estoque de Material de Escritrio 1.700,00

    06 Estoque de Material de Consumo 1.300,00

    ELEMENTOS DO PASSIVO (B) 29.000,0007 Fornecedores por Duplicatas 10.000,0008 Light S.A. conta ms 11/20X1 2.000,00

    09 Telemar S.A. conta ms 11/20X1 1.200,00

    10 Aluguel recibo ms 11/20X1 1.000,00

    11 Renda Eclesistica ms 11/20X1 4.800,00

    12 Emprstimo concedido pelo irmo Generoso Silva em 20 parcelas, restando 10notas promissrias de R$ 1.000,00 cada, a serem quitadas

    10.000,00

    PATRIMNIO SOCIAL APURADO (A B) 51.000,00

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  • RESOLVENDOLANAMENTO NO DIRIOELEMENTOS ATIVOS

    Saldo existente nesta data

    ELEMENTOS PASSIVOS

    Saldo existente nesta data

    REGISTRO NO PATRIMNIO LQUIDO

    Resultado apurado no perodo

    Pede se:1. Transportado para os razonetes (lanado nas pginas 31 a 33); S2. Emitir o Balancete de Verificao em 31/12/20X1 (lanado na pgina 30);3. Elaborar o Balano Patrimonial de Abertura em 31/12/20X1. (lanar na pgina 38)

    MONOGRAFIA

    Iniciamos abaixo de forma didtica um perodo de fatos administrativos ocorridos pela IGREJA, sendo cumulativocom os saldos j apurados no Balano de Abertura de 30/11/20X1.

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  • Durante o ms de dezembro de 20X2, a Igreja contabilizou os seguintes fatos:

    DOC Fatos Administrativos

    13 Abertura de Conta Corrente no Banco Alfa S.A. No valor de R$ 10.000,00

    14 Aquisio de mesas e cadeiras no valor de R$ 8.800,00, pago da seguinte forma: Entrada R$ 2.200,00com ch. N 001 (+) 03 parcelas de R$ 2.200,00 a prazo.

    15 Aquisio de um computador no valor de R$ 4.000,00, dividido em 02 parcelas iguais, a 1 paga no atoda compra em dinheiro e a 2 para 30 dias.

    16 Abertura de Fundo Rotativo estabelecido e entregue ao responsvel na ordem de R$ 600,00 com ch. 002.

    17 Aquisio de 50 cadeiras estofadas no valor total de R$ 20.000,00, sendo pago da seguinte forma: 20%em dinheiro, 30% com ch. 003 e o restante a prazo em 10 parcelas de R$ 1.000,00 cada, no montante deR$ 10.000,00.

    18 Recebido dzimos e ofertas de seus associados e destinado aos seus objetivos sociais previsto no Estatutoa importncia de R$ 40.000,00 (em dinheiro).

    19 Depsito no valor de R$ 35.000,00.

    20 Aplicao Financeira no valor de R$ 15.000,00, mediante dbito em conta.

    PAGAMENTOS COM CHEQUES:

    21 CH. N 004 Pagamento de duplicata no valor de R$ 10.000,00.

    22 CH. N 005 Pagamento 1 parcela das mesas e cadeiras no valor de R$ 2.200,00 + 6% juros.

    23 CH. N 006 Pagamento 2 parcela do computador no valor de R$ 2.000,00.

    24 CH. N 007 Pagamento 1 parcela das cadeiras no valor de R$ 1.000,00 com desconto de 20%.

    25 CH. N 008 Pagamento conta de energia eltrica ms 11/20X1 R$ 2.000,00.

    26 CH. N 009 Pagamento conta de telefone ms 11/20X1 R$ 1.200,00.

    27 CH. N 010 Adiantamento quinzenal ao zelador referente ms 12/20X1 R$ 500,00.

    28 CH. N 011 Pagamento aluguel ms 11/20X1 R$ 1.000,00.

    29 CH. N 012 Pago Renda Eclesistica ms 11/20X1 R$ 4.800,00.

    30 Resgate de aplicao financeira no valor de R$ 15.600,00, incluindo rendimento da aplicao no ms naordem de R$ 600,00.

    31 Aquisio de um veculo utilitrio Kombi mediante consrcio no valor de R$ 36.000,00 a serem pagasem 60 parcelas de R$ 600,00 cada. Sendo a 1 parcela paga no ato com ch. N 013 no ato da assinatura docontrato. Sendo 12 parcelas lanadas no Passivo Circulante PC e 48 parcelas no Exigvel a Longo Prazo(ELP)

    32 Aquisio de uma bateria vista com ch. N 014 no valor de R$ 5.000,00.

    33 PROVISESRESUMO DA FOLHA DE PAGAMENTO PASTOR

    REMUNERAES VALOR TOTAL

    RENDA ECLESISTICA 4.000,00

    FGTM (10%) 400,00

    LOCAO E CONDOMNIO 1.000,00

    PLANO DE SADE 600,00 6.000,00

    DESCONTOS (-)

    IRRF - (800,00)

    RENDA LQUIDA - 5.200,00

    25

  • 34 RESUMO DA FOLHA DE PAGAMENTO FUNCIONRIO

    REMUNERAO VALOR TOTAL

    Salrio Bruto - 1.200,00

    Descontos (-) - (648,00)

    Previdncia (9%) 108,00

    Sindical 40,00

    Adiantamento 500,00

    Salrio Lquido 552,00

    ENCARGOS SOCIAIS SOBRE A FOLHA

    35 INSS 26,8% x R$ 1.200,00 R$ 321,60

    36 FGTS 8,0% x R$ 1.200,00 R$ 96,00

    37 PIS 1,0% x R$ 1.200,00 R$ 12,00

    CONTAS VENCIDAS E NO PAGAS

    38 LIGHT S.A. conta ms 12/20X1 R$ 1.700,00

    39 Telemar S.A. conta ms 12/20X1 R$ 1.300,00

    40 Aluguel Ms 12/20X1 R$ 1.000,00

    Material consumido no ms

    41 Material de Escritrio R$ 800,00

    42 Material de Consumo R$ 1.100,00

    PRESTAO DE CONTAS FUNDO ROTATIVO

    43 ConduoPapelariaCorreiosRefeiesCpiasTOTAL

    R$ 120,00R$ 180,00R$ 90,00R$ 140,00R$ 40,00R$ 570,00

    44 Reembolso de despesa ao responsvel no montante de R$ 570,00 com cheque n 015

    Com base na soluo do Exemplo Prtico apresentado, transportar para os razonetes, emitir o 1Balancete de Verificao em 31/12/20X2, e elaborar as seguintes Demonstraes Contbeis da Igreja COMUNIDADE EVANGLICA CAMINHO PARA O CU, evidenciando somente a posio em31/12/20X2:

    a. Balano Patrimonial;b. Demonstrao de Resultado do Exerccio;c. Demonstrao do Supervit ou Deficit do Exerccio;d. Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido

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  • DOC FATOS ADMINISTRATIVOSRESOLVENDOLANAMENTOS NO DIRIO

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    31.

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    28

  • 32.

    33.

    34.

    35.

    36.

    37.

    38.

    39.

    40.

    41.

    29

  • 42.

    43.

    44.

    Ao final da apurao a IGREJA apresentava os seguintes dados para emisso do Balancete de Verificaoem 31/12/20X1.

    COMUNIDADE EVANGLICA CAMINHO PARA O CUCNPJ N 62.266.***/0001-24

    BALANO PATRIMONIAL DE ABERTURA EM 31/12/20X1

    Nos CONTASSALDOS

    DBITO CRDITO

    01 Caixa 20.000

    06 Estoque de Materiais de Escritrio 1.700

    07 Estoque de Materiais de Consumo 1.300

    09 Mveis e Utenslios 34.000

    10 Computadores e Perifricos 5.000

    11 Instrumentos Musicais 18.000

    32 Duplicatas a Pagar 10.000

    33 Contas a Pagar 3.200

    34 Aluguis a Pagar 1.000

    35 Promissrias a Pagar 10.000

    38 Renda Eclesistica a Pagar 4.800

    44 Patrimnio Social 51.000

    TOTAL 80.000 80.000

    30

  • RAZONETESTRANSPORTAR OS VALORES APURADOSATIVO (+) DESPESAS

    ATIVO01 - CAIXA 03 Banco Conta Movimento 05 Adiantamentos de Salrios

    20.000

    06 Estoque Mat. Escritrio

    1.700

    07 Estoque Mat. Consumo

    1.300

    02 Fundo Rotativo

    08 Adiantamentos de Consrcios

    09 Mveis e Utenslios

    34.000

    04 Aplicaes Financeiras

    10 Computadores e Perifricos 11 Instrumentos Musicais

    5.000 18.000

    DESPESASDESPESAS OPERACIONAISPESSOAL12 Salrio e Ordenados 13 Previdncia Social 14 - FGTS

    PROVENTOS PASTORAIS15 Renda Eclesistica 16 FGTM 17 Locao e Condomnio

    18 Plano de Sade

    31

    S

    S

    S

    S

    S S

  • ADMINISTRATIVAS

    19 Aluguis e Condomnios 20 Luz e Fora 21 Telefones e Telefonemas

    22 Material Escritrio 23 Material Consumo 24 Lanches e Refeies

    25 Correios 26 Condues 27 Reprodues

    IMPOSTOS E TAXAS

    28 PIS Folha Pagamento

    FINANCEIRAS

    29 Juros de Mora

    RECEITASFINANCEIRAS

    30 Descontos Obtidos 31 Rendimentos Financeiros

    PASSIVO + PL + RECEITASPASSIVO

    32 Duplicatas a Pagar 33 Contas a Pagar (Light S.A.) 33 Contas a Pagar (Telemar S.A.)

    10.000 2.000 1.200

    34 Aluguis a Pagar 35 Promissrias a Pagar

    1.000 10.000

    32

    SSS

    S S

  • 36 Consrcios a Pagar 37 Salrios a Pagar 38 Renda Eclesistica a Pagar

    4.800

    39 INSS a Recolher 40 IRRF a Recolher 41 FGTS a Recolher

    42 PIS a Recolher 43 Sindical a Recolher

    EXGVEL A LONGO PRAZO

    44 Consrcios a Pagar

    PATRIMNIO LQUIDO

    45 Patrimnio Social 46 Supervit/ Dficit no Exerccio

    51.000

    RECEITASOPERACIONAIS

    47 Dzimos e Ofertas

    CONTAS TRANSITRIASCONTAS DE APURAO DO EXERCCIO

    48 Resultado do Exerccio 49 Balano de Abertura

    33

    S

    S

  • COMUNIDADE EVANGLICA CAMINHO PARA O CUCNPJ N 62.266.***/0001-24

    1 BALANCETE DE VERIFICAO EM 31/12/20X2CONTAS

    N CONTAS DBITO CRDITO

    01 CAIXA

    02 Fundo Rotativo

    03 Bancos Conta Movimento

    04 Aplicaes Financeiras

    05 Adiantamentos de Salrios

    06 Estoque de Materiais de Escritrio

    07 Estoque de Materiais de Consumo

    08 Adiantamentos de Consrcios

    09 Mveis e Utenslios

    10 Computadores e Perifricos

    11 Instrumentos Musicais

    12 Salrios e Ordenados

    13 Previdncia Social

    14 FGTS

    15 Renda Eclesistica

    16 FGTM

    17 Locao e Condomnios

    18 Plano de Sade

    19 Aluguis e Condomnios

    20 Luz e Fora

    21 Telefones e Telefonemas

    22 Material de Escritrio

    23 Material de Consumo

    24 Lanches e Refeies

    25 Correios

    26 Condues

    27 Reprodues

    28 PIS Folha de Pagamento

    29 Juros de Mora

    30 Descontos Obtidos

    31 Rendimentos Financeiros

    32 Duplicatas a Pagar

    33 Contas a Pagar ( Light S.A + Telemar S.A)

    34 Aluguis a Pagar

    35 Promissrias a Pagar

    36 Consrcios a Pagar

    37 Salrios a Pagar

    38 Renda Eclesistica a Pagar

    39 INSS a Recolher

    40 IRRF a Recolher

    41 FGTS a Recolher

    42 PIS a Recolher

    43 Sindical a Recolher

    44 Consrcios a Pagar

    45 Patrimnio Social

    46 Superavit/ Dficit do Exerccio

    47 Dzimos e Ofertas

    48 Resultado do Exerccio

    49 Balano de Abertura

    TOTAL

    34

  • ENCERRAMENTO DAS CONTAS DE RESULTADO

    RECEITAS

    Encerramento de Balano

    DESPESAS

    Encerramento de balano

    APURAO DO SUPERVIT OU DFICIT DO EXERCCIO

    Apurado neste Exerccio Social

    35

  • 2 BALANCETE DE VERIFICAO EM 31/12/20X2

    N CONTAS DBITO CRDITO

    01 CAIXA

    02 Fundo Rotativo

    03 Bancos Conta Movimento

    06 Estoque de Material de Escritrio

    07 Estoque de Material de Consumo

    08 Adiantamentos de Consrcios

    09 Mveis e Utenslios

    10 Computadores e Perifricos

    11 Instrumentos Musicais

    32 Duplicatas a Pagar

    33 Contas a Pagar

    34 Aluguis a Pagar

    35 Promissrias a Pagar

    36 Consrcios a Pagar

    37 Salrios a Pagar

    38 Renda Eclesistica a Pagar

    39 INSS a Recolher

    40 IRRF a Recolher

    41 FGTS a Recolher

    42 PIS a Recolher

    43 Sindical a Recolher

    44 Consrcios a Pagar

    45 Patrimnio Social

    46 Superavit/ Dficit do Exerccio

    TOTAL

    36

  • UNIDADE VI DEMONSTRAES CONTBEIS

    BALANO PATRIMONIAL

    INTRODUO

    A Contabilidade, na qualidade de metodologia especialmente concebida para captar, registrar, acumular,resumir e interpretar os fenmenos que afetam as situaes patrimoniais, financeiras e econmicas, sejaeste pessoa fsica, ENTIDADE DE FINALIDADES NO LUCRATIVAS, empresa, ou mesmo pessoade Direito Pblico, tais como: Unio, Estado, Municpio, Autarquia, etc., tem um campo de atuaocircunscrito s entidades supramencionadas, o que equivale a dizer muito amplo.Texto extrado do livro Contabilidade Introdutria.Autores: Vrios (1992 , p.23)Editora Atlas SP

    DEFINIO

    Transmisso de algumas definies emitidas por alguns autores:

    1. a representao sinttica dos elementos que formam o Patrimnio, evidenciando o diferencial quecompleta a equao entre seus valores positivos e negativos.

    (Franco, Hilrio. Estrutura, Anlise e Interpretao de Balano SP Ed. Atlas).

    2. uma das mais importantes Demonstraes Contbeis, atravs da qual podemos apurar (atestar) asituao patrimonial de uma entidade em determinado momento.Nesta demonstrao esto claramente evidenciados o Ativo, Passivo e o Patrimnio Lquido da entidade.

    (Equipe de Professores da USP SP Ed. Atlas).

    37

  • ENTIDADE: COMUNIDADE EVANGLICA CAMINHO PARA O CUBALANO PATRIMONIALEXERCCIO FINDO EM 31/12/20X2

    CONTASEXERCCIOS

    20X2 20X1

    ATIVO (A+B+C+D)CIRCULANTE (A+B) DISPONVEL (A) CAIXA

    FUNDO ROTATIVO

    BANCOS CONTA MOVIMENTO

    ESTOQUES (B) ESTOQUE DE MATERIAL DE ESCRITRIO

    ESTOQUE DE MATERIAL DE CONSUMO

    NO CIRCULANTE (C+D) INVESTIMENTOS (C) ADIANTAMENTOS DE CONSRCIOS

    IMOBILIZADO (D) MVEIS E UTENSLIOS

    COMPUTADORES E PERIFRICOS

    INSTRUMENTOS MUSICAIS

    CONTASEXERCCIOS

    20X2 20X1

    PASSIVO (A+B+C)CIRCULANTE (A) OBRIGAES DUPLICATAS A PAGAR

    CONTAS A PAGAR

    ALUGUIS A PAGAR

    PROMISSRIAS A PAGAR

    CONSRCIOS A PAGAR

    SALRIOS A PAGAR

    RENDA ECLESISTICA A PAGAR

    INSS A RECOLHER

    IRRF A RECOLHER

    FGTS A RECOLHER

    PIS A RECOLHER

    SINDICAL A RECOLHER

    NO CIRCULANTE (B)EXIGVEL A LONGO PRAZO OBRIGAES CONSRCIOS A PAGAR

    PATRIMNIO LQUIDO (C) FUNDO PATRIMONIAL PATRIMNIO SOCIAL

    SUPERVITS/ DFICITS ACUMULADOS

    SUPERVIT/ DFICIT NO EXERCCIO

    38

  • DEMONSTRAO DO SUPERVIT OU DFICIT DO EXERCCIO

    DEFINIO: A DEMONSTRAO DE RESULTADO DO EXERCCIO a demonstrao contbil destinada a evidenciar a composio do resultado formado num determinado perodo de operaes da entidade.

    Aplicao nas IGREJAS: No caso das ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS, a Denominao do Resultado alterada para DEMONSTRAO DO SUPERAVIT OU DFICIT.

    ENTIDADE: COMUNIDADE EVANGLICA CAMINHO PARA O CUDEMONSTRAO DO SUPERVIT OU DFICITEXERCCIO FINDO EM 31/12/20X2

    DESCRIOEXERCCIOS

    20X2 20X1

    01 RECEITAS OPERACIONAIS ORDINRIAS

    02 DZIMOS E OFERTAS

    03 (-) DESPESAS OPERACIONAIS ORDINRIAS

    04 PESSOAL

    05 PROVENTOS PASTORAIS

    06 LOCAO E ARRENDAMENTO

    07 ADMINISTRATIVAS

    08 IMPOSTOS E TAXAS

    09 MISSES E EVANGELISMOS

    10 (=) SUPERVIT OU DFICIT OPERACIONAIS ORDINRIAS

    11 (+) RECEITAS FINANCEIRAS

    12 (-) DESPESAS FINANCEIRAS

    13 (+ou -) RECEITAS OU DESPESAS EXTRAORDINRIAS

    14 (=) SUPERVIT OU DFICIT DO EXERCCIO

    39

  • DEMONSTRAO DAS MUTAES DO PATRIMNIO SOCIAL (DMPS)

    DEFINIO: A Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados (DLPA) a demonstrao contbil destinada a evidenciar, num determinado momento, a movimentao das contas que integram o Patrimnio da entidade .

    Aplicao nas IGREJAS: Neste caso, a denominao DLPA alterada para DEMONSTRAO DAS MUTAES DO PATRIMNIO SOCIAL (DMPS), que deve evidenciar, num determinado perodo a movimentao das contas que integram o seu Patrimnio.

    ENTIDADE: COMUNIDADE EVANGLICA CAMINHO PARA O CUDEMONSTRAO DAS MUTAES DO PATRIMNIO SOCIAL (DMPS)EXERCCIO FINDO EM 31/12/20X2

    DESCRIO EXERCCIOS

    20X2 20X1

    01 SALDO NO INCIO DO PERODO

    02 AJUSTE DE EXERCCIOS ANTERIORES

    03 SALDO AJUSTADO

    04 SUPERVIT/ DFICIT ACUMULADOS

    05 SUPERVIT/ DFICIT DO EXERCCIO

    06 SALDO NO FIM DO EXERCCIO

    40

  • DEMONSTRAO DO FLUXO DE CAIXA (DFC)

    Definio: um relatrio contbil que tem por fim evidenciar as transaes ocorridas em um determinadoperodo e que provocam modificaes no saldo da conta CAIXA.Compreende o movimento de entradas e sadas de dinheiro na Igreja.

    ENTIDADE: COMUNIDADE EVANGLICA CAMINHO PARA O CUDEMONSTRAO DOS FLUXOS DE CAIXAEXERCCIO FINDO EM 31/12/20X2

    EXERCCIOS

    DESCRIO 20X2 20X1

    GERAO OPERACIONAL

    RESULTADO DO EXERCCIO / PERODO

    DEPRECIAO E AMORTIZAO

    RESULTADO NA VENDA DE ATIVOS NO CIRCULANTES

    (=) (+ou -) RESULTADO LQUIDO AJUSTADO

    RECEBIMENTOS

    DZIMOS E OFERTAS

    OUTROS RECEBIMENTOS

    PAGAMENTOS

    VALORES PAGOS A FORNECEDORES E SERVIOS

    VALORES PAGOS AO PASTOR PRESIDENTE

    VALORES PAGOS AOS EMPREGADOS

    ENCARGOS SOCIAIS PAGOS

    DESPESAS ADMINISTRATIVAS PAGAS

    DESPESAS TRIBUTRIAS PAGAS

    OUTROS PAGAMENTOS

    FINANCEIRAS LQUIDAS ( + OU - )

    A ATIVIDADES OPERACIONAIS

    B ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS

    AQUISIES IMOBILIZADO

    AQUISIES INVESTIMENTOS

    VENDA IMOBILIZADO

    VENDA INVESTIMENTOS

    C ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS

    EMPRSTIMOS E FINANCIAMENTOS

    AMORTIZAO DE EMPRSTIMOS E FINANCIAMENTOS

    RESUMO (DISPONIBILIDADES GERADAS)

    SALDOS

    (+) CAIXA NO PERODO

    (+) BANCO NO PERODO

    41

  • NOTAS EXPLICATIVASDefinio: So esclarecimentos que visam completar as demonstraes contbeis e informar os critrios utilizados pela Igreja e a composio dos saldos de determinadas contas.As citadas notas so parte integrante das demonstraes contbeis. Na sua elaborao devem ser observados os seguintes aspectos:

    as informaes devem contemplar os fatores de integridade, autenticidade, preciso, sinceridade e relevncia.Os textos devem ser simples, objetivo, claro e concisos.Os assuntos devem ser ordenados obedecendo a ordem observada nas demonstraes contbeis, tanto para os agrupamentos como para as contas que os compem.Os dados devem permitir comparaes com os de datas de perodos anteriores.

    42

  • ENTIDADE: COMUNIDADE EVANGLICA CAMINHO PARA O CU.NOTAS EXPLICATIVAS AS DEMONSTRAES CONTBEISPerodo: 01/01/20X2 a 31/12/20X2EXERCCIO FINDO EM 31/12/2011PREPARADO POR : (Nome do Contador)

    1. CONTEXTO OPERACIONAL

    A Comunidade Evanglica Caminho para o Cu cadastrada no CNPJ n 62.266.***/0001-24, com

    data de abertura em 30/11/20X1, sediada no Municpio do Rio de Janeiro RJ, sendo uma

    ORGANIZAO RELIGIOSA, situada na Rua Tquio, 233 Centro Nova Iguau RJ CEP

    25545-003.

    2. INTRODUO

    A elaborao das Demonstraes Contbeis esto de acordo com o que dispe os pargrafos n 4 e 5 do

    artigo 176 da Lei 6404/1976 atualizado conforme Lei n 11.638/2007 e MP n 449/2008, convertida na

    Lei n 11941/2009 e as Normas Tributrias Internacionais (IFRS) pertinentes e do CPC (Cdigo de

    Processo Civil).

    3. AJUSTES DE AVALIAO PATRIMONIAL

    43

  • Referncias

    ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Curso bsico de contabilidade. 3. ed. Rio de Janeiro: Atlas,1998.

    BARBOSA, Maria Nazare Lins. Manual de ONGS: Guia Prtico de orientao jurdica/ MariaNazare Lins Barboza e Carolina Felippe de Oliveira; 3 ed. Atual. Rio de Janeiro; FGV, 2002

    BARROS, Sidney Ferro. Contabilidade intermediria. So Paulo: IOB Thompson, 2005. (Coleo cursos IOB).

    CHEVITARESE, salvador. Contabilidade industrial. 4 ed. Rio de Janeiro: Fev,1978.

    DUARTE, Cicero Augusto G. Igrejas na mira da lei. 2. ed. So Paulo: Bom pastor, 2003.

    FRANCO, Hilrio. Contabilidade geral. 21. ed. So Paulo: Atlas, 1983.

    ________________. A contabilidade na era da globalizao. So Paulo: Atlas, 2008.

    GOUVEIA, Nelson. Contabilidade. So Paulo: McGraw-Hill do Brasil. 1976.

    MONTOTO, Eugnio. Contabilidade geral esquematizado. 1 ed. So Paulo: Saraiva, 2011

    PEREIRA, Gensio. Igreja pessoa jurdica- registro e controle. 2. ed. Rio de Janeiro: Juerp,1992.

    ________________.Administrao financeira para igrejas. Rio de Janeiro.

    PRAZERES, Helvio Tadeu Cury. Administrao financeira nas pequenas empresas. MinasGerais: CPT, 2007.

    _______________. Como administrar pequenas empresas. Minas Gerais: CPT, 2007.

    RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade bsica fcil. 26. Ed. Ampl. e atual. So Paulo; Saraiva2009. S, Antonio Lopes de. Auditoria bsica. Rio de Janeiro: tecnoprint, 1982.

    ROMO, Valdo; Oliveira, Aristeu de. Manual do terceiro setor e instituio religiosa trabalhista,previdenciria, contbil e fiscal. So Paulo: Atlas, 2006.

    S, Antnio Lopes de. Auditoria bsica.Rio de Janeiro:tecnoprint, 1982.

    _______________. Fraudes contbeis. Rio de Janeiro: tecnoprint, 1982.

    SANTOS, Eli Rozendo Moreira. 1001 informaes teis. Rio de Janeiro: tecnoprint, 1986.

    SILVA, Edison Cordeiro da. Como administrar o fluxo de caixa das empresas. So Paulo: Atlas,2005.

    SILVA, Lourivaldo Lopes Da. Contabilidade geral e tributria. 5 ed. So Paulo: IOB, 2009.

    UHL, Franz; FERNANDES, Joo Teodorico F.S. 2. ed. So Paulo: Atlas, 1982.

    44

  • ANEXOS / ARTIGOS

    45

  • Direito Nosso

    Imposto de Renda

    Igrejas e Pastores (I)

    Gilberto Garcia - Jornal Novas n 221 - 06/2009

    Pastor condenado por sonegao fiscal em Maring a dois anos e meio de priso e 200 dias-multa, valor quepode ultrapassar R$ 40 mil. (). A sentena foi firmada no dia 16 de fevereiro, pelo juiz substituto da VaraFederal Criminal de Maring/ PR.

    Os rus (o pastor e sua esposa) alegaram que viviam da venda de produtos particulares, como livros, bblias eCDs, e que o dinheiro obtido com essas vendas era depositado nas contas da Igreja S o Senhor Deus. Para oJuiz, essas declaraes, quando junto com as demais provas, demonstram a inteno dos acusados deesconderem os fatos - ou seja, a utilizao em proveito prprio do dinheiro da Igreja Evanglica MissionriaS o Senhor e Deus, sem a declarao de tais rendimentos no ajuste anual do Imposto de Renda de pessoafsica.[...]. Como noticiou o jornal Paran On-Line.

    Esta notcia no isolada, demonstrando uma realidade que precisamos estar atentos, pelo que, temosconhecimento atravs de membros das Igrejas que existem pastores que esto orientando as Igrejas que estasno devem proceder a reteno do Imposto de Renda na Fonte, por isso vital alertar as lideranaseclesisticas que pelo Regulamento do Imposto de Renda vigente, da Igreja Pessoa Jurdica de DireitoPrivado, a responsabilidade pelo desconto no Sustento Ministerial concedido ao Pastor-Ministro, bem como, orecolhimento junto a Receita Federal, devendo o obreiro lanar em sua declarao anual de renda os valoresretidos.

    De igual maneira, esto sujeitos os Ministros de Confisso Religiosa, pastor ou auxiliares, que percebemvalores, abrangidos pela tabela do imposto de renda, divulgada pela Receita Federal do Brasil, sob qualquerttulo, de forma direta, que sustento ministerial, ou indireta, que podem ser, ajuda de aluguel de imvel,condomnio, plano de sade, aposentadoria privada, escola dos filhos, cursos, viagens, etc, em espcie ou embenefcios concedidos pela Igreja, e a reter na fonte, e, recolher referidos valores devidos aos cofres federais,como declarado por um auditor fiscal a uma Igreja.

    A imunidade fiscal da Igreja - Pessoa Jurdica, que prerrogativa constitucional, no se confunde com asPessoas Fsicas que as integram, por isso, no exime as Igrejas e Organizaes Religiosas da obrigao dedescontar o Imposto de Renda e recolher ao Fisco, sendo objetivo quando menciona que os rendimentos pagosou creditados, como se caracterizam: Sustento Ministerial, Rendimento Eclesistico, Provento Pastoral,Prebenda Religiosa etc, esto sujeitos a reteno do IRRF Imposto de Renda Retido na Fonte.

    Da sua incidncia legal, como disciplina o Artigo 167 do Regulamento do Imposto de Renda/99, Asimunidades, isenes e no incidncias de que trata este Captulo no eximem as pessoas jurdicas das demaisobrigaes previstas neste Decreto, especialmente as relativas reteno e recolhimento de impostos sobrerendimentos pagos ou creditados e prestao de informaes (Lei n 4.506, de 1964, art. 33). Pargrafonico: A imunidade, iseno ou no incidncia concedida s pessoas jurdicas no aproveita aos que delaspercebam rendimentos sob qualquer ttulo e forma (Decreto Lei n 5.844, de 1943, art.31).

    Desta forma, referida a obrigao fiscal das Igrejas e Organizaes Religiosas s podem ser alterada atravs delei federal, como por exemplo nos EUA, onde a norma legal no prev a incidncia de imposto de rendasobre o rendimento dos ministros religiosos, bem como, contempla que as doaes dos fiis concedidas asIgrejas podem ser deduzidas do Imposto de Renda, o que tambm no possvel em nosso sistema legal.

    J temos notcia de Igrejas e Organizaes Religiosas que foram multadas, processadas judicialmente e,inclusive, de algumas perderam a prerrogativa da imunidade, na medida em que Pessoa Jurdica de DireitoPrivado que responde diante as Receita Federal do Brasil ou Super-Receita. Com a aglutinao da Secretariada Receita Federal com os rgos do INSS responsveis pelo recolhimento e fiscalizao previdenciria, aSuper-Receita tem apertado a fiscalizao, especialmente de quem no tem feito a reteno ou o norecolhimento dos valores devidos ao Fisco Nacional.

    46

  • As Igrejas e os Contabilistas no Cdigo Civil

    Gilberto Garcia - Folha Gospel O Jornal Online do Brasil, 02/08/2009

    Entre as grandes inovaes que o Cdigo Civil de 2002 trouxe para a sociedade brasileira esta o tratamentoespecialssimo dado s atribuies do contabilista, podendo ser considerados at responsveis solidariamente pelosatos dolosos, inclusive estando inserido na Lei 10.406/2002, na Seo III - Do Contabilista e Outros Auxiliares, nosartigos 1.177 a 1.178, e, ainda, Captulo IV - Da Escriturao, dos artigos 1.179 a 1.195.

    Registra o art. 1.177, Os assentamentos lanados nos livros ou fichas do proponente, por qualquer dos proponentesencarregados de sua escriturao, produzem, salvo se houver procedimento de m-f, os mesmos efeitos como se ofossem por aquele. Pargrafo nico. No exerccio de suas funes, os prepostos so pessoalmente responsveis,perante os preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atosdolosos, grifo nosso.

    Por isso, alertamos as Igrejas, que so organizaes de fins no econmicos, mas que so legalmente obrigadas amanterem sua contabilidade em ordem, tendo necessidade de contarem com profissionais idneos na rea contbil.

    Aprofundando essa responsabilidade ainda mais o legislador estabeleceu no art. 1.178, Os preponentes soresponsveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos atividade daempresa, ainda que no autorizados por escrito. Pargrafo nico. Quando tais atos forem praticados pelos atos forado estabelecimento, somente obrigaro o preponente nos limites dos poderes conferidos por escrito, cujoinstrumento pode ser suprido pela certido ou cpia autntica do seu teor., grifo nosso.

    Desta forma, os lderes de organizaes religiosas necessitam estar atentos na contratao de escritrios decontabilidade, entregando sua escrita a contadores experientes, competentes e atualizados, os quais, porconsequncia devem ser bem remunerados em seus honorrios, para que prestem servios profissionais deexcelncia, luz de suas responsabilidades legais.

    O prprio texto da lei por si s um alerta para a sociedade empresria, que se aplica, por analogia a todas asinstituies, como consta do art. 1.179, O empresrio e a sociedade empresria so obrigados a seguir um sistemade contabilidade, mecanizado ou no, com base na escriturao uniforme de seus livros, em correspondncia com adocumentao respectiva, e a levantar anualmente o balano patrimonial e o de resultado econmico. 1o Salvo odisposto no art. 1.180, o nmero e a espcie de livros ficam a critrio dos interessados. 2o dispensado dasexigncias deste artigo o pequeno empresrio a que se refere o art. 970., grifo nosso.

    A atuao legal do contador relativa a escriturao est registrada no art. 1.182, (...) a escriturao ficar sob aresponsabilidade de contabilista legalmente habilitado (...), da a importncia de tambm o profissional dacontabilidade estar atento a quem presta seus servios, para que tenha tranqilidade das informaes e documentosidneos que lhe so fornecidos pelos seus clientes.

    O novo Cdigo Civil estabelece ainda uma importante e vital advertncia relativa aos documentos contbeis no art.1.194, O empresrio e a sociedade empresria so obrigados a conservar em boa guarda toda a escriturao,correspondncia e mais papis concernentes sua atividade, enquanto no ocorrer prescrio ou decadncia notocante nos atos neles consignados., grifo nosso.

    A responsabilidade por desvios de recursos, no que tange a questes financeiras da Igreja, de sua diretoriaestatutria, composta pelo presidente, vice-presidente, secretrios, tesoureiros, e ainda da comisso de exame decontas, conselho fiscal etc, bem como, dos associados eclesisticos, se estes, de forma direta ou indireta,contriburem para a prtica da irregularidade, inclusive, com o risco de ter bens pessoais atingidos, como contido naLei.

    Aproveito o ensejo para congratular este verdadeiro exercito de homens e mulheres que so os contabilistas, eespecialmente os Conselhos Regionais de Contabilidade e Sindicatos de Contadores, alguns dos quais inclusive tempromovido cursos de preparao visando o suporte contbil de Organizaes Religiosas, para que estes continuemprestando servios de excelncia as Igrejas e Organizaes Religiosas, possibilitando a estas a tranqilidade parapropagar as virtudes daqueles que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz.

    "D-nos [ Senhor] sucesso em tudo que fizermos, sim, d-nos sucesso em tudo". Salmo. 90:17b NTLH

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  • Novos tempos, novos templos, novos desafios.

    Jonatas Nascimento, Jornal Novas / Ano XXI / N 238 / Novembro-2010.

    H apenas duas dcadas seria inimaginvel a qualquer pessoa prever o que as organizaes religiosasenfrentariam nos dias atuais, em termos de luta pela manuteno da legalidade. Um dos grandes exemplosque posso citar aqui seria a obrigatoriedade de obteno do alvar de licena para funcionamento junto autoridade municipal.

    Visto sob um prisma equivocado, naqueles tempos seria uma afronta a um direito constitucional. Umaperseguio que motivaria a realizao de viglias e mais viglias. Diga-se de passagem, ao invocar o gozoda imunidade tributria para justificar a dispensa do alvar, muita gente boa acaba se equivocandomisturando as estaes.

    Uma coisa a necessidade do consentimento da autoridade municipal para que determinada Igreja seestabelea, o que se d com a concesso do diploma de alvar; outra coisa a proibio da cobrana dataxa de licena.

    Pois bem! Saibam os navegantes que em muitos municpios esse documento j exigido das Igrejas e emmuitos outros o silncio das autoridades no se traduz por permisso. Quando a lei for aplicada ao p daletra, muitas Igrejas podero ser fechadas e at mesmo multadas pela autoridade municipal, porinfringirem um preceito legal.

    A ttulo de alerta, transcrevo entendimento reafirmado pelo Conselho Especial do Tribunal de Justia doDistrito Federal.

    Para os desembargadores, dispensar a exigncia interferir no poder de polcia da administraopblica e por em risco a integridade fsica dos fiis. A questo foi discutida numa ADI (Ao Diretade Inconstitucionalidade). O TJ-DF j tinha julgado inconstitucional uma lei do DF que liberava asIgrejas da exigncia de alvar de funcionamento.

    No entanto, uma nova norma foi editada pela Cmara Legislativa. O Ministrio Pblico props, ento,nova ADI tambm julgada procedente. Os desembargadores esclareceram que por intermdio doalvar de funcionamento que o poder pblico emite juzo positivo para que determinada atividadecomercial, industrial ou institucional seja exercida. Os templos religiosos no poderiam estar foradesse controle.

    assustadora a representao que o Ministrio Pblico do Estado de So Paulo impetrou contra umaIgreja aps um desabamento que ceifou a vida de vrios fiis.

    Sugiro s Igrejas que ainda funcionam sem o aval do municpio, que procurem se regularizar, comeandopelo Habite-se do prdio onde encontra-se estabelecida.

    O Alvar de Localizao nada mais do que consentimento da autoridade municipal, atestando que oprdio onde os fiis se reunem regularmente est dentro das normas de segurana, mas para a suaobteno necessrio que o Corpo de Bombeiros vistorie o local, faa eventuais exigncias e entoexpea o Certificado de Aprovao.

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  • Orientao Trabalhista - A Igreja como EmpregadoraQuais os riscos de manter empregados sem carteira assinada?Professor Antonio Luiz Da Costa Soares

    Tenho certeza que o ttulo deste artigo chamou ateno de muitos irmos que intentam obter conhecimentos legais eadministrativos, na tentativa de evitar o desgaste da Igreja perante a justia, os rgos pblicos e a comunidade onde elaatua. Ou ento, sendo pastores, administradores de Igrejas e outros lderes, pretendam ampliar os seus conhecimentos.Neste momento podem surgir algumas dvidas, tais como:

    COMO EVITAR DESPESAS EXTRAS COM MULTAS, LITGIOS E INDENIZAES NA JUSTIA DOTRABALHO?

    A resposta para a questo acima pode ser respondida por meio das atitudes de lderes que no aceitam, para si, resultados medocres. Lderes que buscam, ser e ter, um desempenho superior em tudo o que fazem, entendendo que resultados superiores dependem fundamentalmente, deles. Da garra, da determinao, do aprendizado, da atitude mental e da ao disciplinada.Nossa tentativa demonstrar como deve ser a atitude dos lderes que desenvolvem suas atividades com dedicao,determinao, amor... e com o corao.Para o lder novato, pretendemos que a leitura dos artigos futuros seja um guia de iniciao, para desenvolver suasatividades, no mnimo; aos lderes mais experientes, sero introduzidos novos conceitos, alm de reverem aestradicionais dentro de um novo contexto, ou seja, um ambiente de mercado - uma Igreja despreparada -, onde oempregado passa a dar ou ditar as regras do jogo.So aspectos que tornam a leitura prtica e interessante, porque enfatizam tanto o ato de controlar/gerenciar Igrejasbem como o de evitar processos na Justia do Trabalho.

    Aprimoramento constante e atitude tornam os lderes diferentes dos amadores.

    S assim: lendo, estudando, aprendendo e aplicando, que voc poder ser um grande lder. Espero que a leitura desteartigo, e de outros, seja sua grande aliada.

    EXCELENTE LIDERANA, E SUCESSO!

    QUAIS OS RISCOS DE MANTER EMPREGADOS SEM CARTEIRA ASSINADA? A Igreja fica nas mos do empregado, principalmente se for muito antigo. Suportar um empregado que no mais desejvel, temendo que, se demiti-lo, ele vai para a Justia do Trabalho propor uma ao trabalhista contra a Igreja. No caso da falta de anotao na carteira de trabalho, se o empregado manteve relao de emprego superior a (6) seis

    meses, a responsabilidade do pagamento do seguro desemprego por conta da Igreja; No caso de gestao, a Igreja quem paga a licena maternidade de quatro meses (120 dias). Se a Igreja for

    registrada, a obrigao ser da Previdncia Social; No caso de acidente de trabalho em que no houve falecimento, podendo acarretar um longo perodo de ausncia ao

    trabalho, a Igreja responsvel pelo pagamento de salrios de todo o perodo em que o mesmo se encontrar semcondies de retornar ao trabalho, sem falar que paga tambm internaes em