crateús relatório de fiscalização da cgu 2010

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Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 1 Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.” 33º Sorteio de Unidades Municipais – Crateús - CE PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO 01678 MUNICIPIO DE CRATEUS - CE 33º Sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos Sorteio de Unidades Municipais 26/Julho/2010 RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO 01678 MUNICIPIO DE CRATEUS - CE Trata o presente Relatório dos resultados dos exames realizados sobre as 033 Ações de Governo executados na base municipal de CRATEUS - CE em decorrência do 33º Evento do Projeto de Fiscalização a partir de Sorteios Públicos. 2. Os trabalhos foram realizados no período de 03Ago2010 a 30Set2010, e tiveram como objetivo analisar a aplicação dos recursos federais no Município sob a responsabilidade de órgãos federais, estaduais, municipais ou entidades legalmente habilitadas. 3. As Ações Governamentais que foram objeto das ações de fiscalização estão apresentadas a seguir, por Ministério Supervisor, discriminando, a quantidade de fiscalizações realizadas e os recursos aproximados aplicados: 20125 CONTROLADORIA-GERAL DA UNIAO PROGRAMA: GESTÃO DE REC. FEDERAIS PELO MINICÍPIOS E CONTROLE SOCIAL AÇÃO: GESTÃO DE REC. FEDERAIS PELO MINICÍPIOS E CONTROLE SOCIAL QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: Não se aplica 26000 MINISTERIO DA EDUCACAO

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Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 1 Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

33º Sorteio de Unidades Municipais – Crateús - CE

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO 01678 MUNICIPIO DE CRATEUS - CE 33º Sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos Sorteio de Unidades Municipais 26/Julho/2010 RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO 01678 MUNICIPIO DE CRATEUS - CE Trata o presente Relatório dos resultados dos exames realizados sobre as 033 Ações de Governo executados na base municipal de CRATEUS - CE em decorrência do 33º Evento do Projeto de Fiscalização a partir de Sorteios Públicos. 2. Os trabalhos foram realizados no período de 03Ago2010 a 30Set2010, e tiveram como objetivo analisar a aplicação dos recursos federais no Município sob a responsabilidade de órgãos federais, estaduais, municipais ou entidades legalmente habilitadas. 3. As Ações Governamentais que foram objeto das ações de fiscalização estão apresentadas a seguir, por Ministério Supervisor, discriminando, a quantidade de fiscalizações realizadas e os recursos aproximados aplicados: 20125 CONTROLADORIA-GERAL DA UNIAO PROGRAMA: GESTÃO DE REC. FEDERAIS PELO MINICÍPIOS E CONTROLE SOCIAL AÇÃO: GESTÃO DE REC. FEDERAIS PELO MINICÍPIOS E CONTROLE SOCIAL QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: Não se aplica 26000 MINISTERIO DA EDUCACAO

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PROGRAMA: BRASIL ESCOLARIZADO AÇÃO: COMPLEMENTACAO DA UNIAO AO FUNDO DE MANUTENCAO E DESENV OLVIMENTO DA EDUCACAO BASICA E DE VALORIZACAO DOS PROFI SSIONAIS DA EDUCACAO - FUNDEB - NO ESTADO DO CEARA QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 24.798.686,89 AÇÃO: DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA PARA A EDUCACAO BASICA - NA R EGIAO NORDESTE QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 14.601,00 AÇÃO: APOIO AO TRANSPORTE ESCOLAR NA EDUCACAO BASICA - NACION AL QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 591.131,21 AÇÃO: DISTRIBUICAO DE MATERIAIS E LIVROS DIDATICOS PARA O ENS INO FUNDAMENTAL - NACIONAL QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: Não se aplica AÇÃO: APOIO A ALIMENTACAO ESCOLAR NA EDUCACAO BASICA - NO EST ADO DO CEARA QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 669.546,80 PROGRAMA: ESTATÍSTICAS E AVALIAÇÕES EDUCACIONAIS AÇÃO: CENSO ESCOLAR DA EDUCACAO BASICA - NACIONAL QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: Não se aplica PROGRAMA: QUALIDADE NA ESCOLA AÇÃO: APOIO AO TRANSPORTE ESCOLAR PARA A EDUCACAO BASICA - CA MINHO DA ESCOLA - NACIONAL QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 413.450,00 AÇÃO: APOIO AO DESENVOLVIMENTO DA EDUCACAO BASICA - NACIONAL QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 1.367.000,00 AÇÃO: APOIO A REESTRUTURACAO DA REDE FISICA PUBLICA DA EDUCAC AO BASICA - NACIONAL QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 606.078,98 36000 MINISTERIO DA SAUDE PROGRAMA: ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E INSUMOS ESTRATÉGICOS AÇÃO: PROMOCAO DA ASSISTENCIA FARMACEUTICA E INSUMOS ESTRATEG ICOS NA ATENCAO BASICA EM SAUDE - NO ESTADO DO CEARA QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 513.940,60 PROGRAMA: ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE AÇÃO: ATENDIMENTO ASSISTENCIAL BaSICO NOS MUNICiPIOS BRASILEI ROS

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QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 1.984.956,00 AÇÃO: PISO DE ATENCAO BASICA VARIAVEL - SAUDE DA FAMILIA - NA CIONAL QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 4.759.675,00 AÇÃO: ESTRUTURACAO DA REDE DE SERVICOS DE ATENCAO BASICA DE S AUDE - NACIONAL QUANTIDADE DE O.S.: 2 VALOR: R$ 350.000,00 PROGRAMA: SANEAMENTO RURAL AÇÃO: IMPLANTACAO DE MELHORIAS HABITACIONAIS PARA CONTROLE DA DOENCA DE CHAGAS - NACIONAL QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 540.000,00 PROGRAMA: SERVIÇOS URBANOS DE ÁGUA E ESGOTO AÇÃO: IMPLANTACAO E MELHORIA DE SISTEMAS PUBLICOS DE ABASTECI MENTO DE AGUA EM MUNICIPIOS DE ATE 50.000 HABITANTES, E XCLUSIVE DE REGIOES METROPOLITANAS OU REGIOES INTEGRADA S DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO (RIDE) - NACIONAL QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 100.000,00 AÇÃO: IMPLANTACAO DE MELHORIAS SANITARIAS DOMICILIARES PARA P REVENCAO E CONTROLE DE AGRAVOS - NACIONAL QUANTIDADE DE O.S.: 2 VALOR: R$ 300.000,00 PROGRAMA: VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS E AGRAVOS AÇÃO: INCENTIVO FINANCEIRO AOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MU NICIPIOS CERTIFICADOS PARA A VIGILANCIA EM SAUDE - NACI ONAL QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 357.219,36 38000 MINISTERIO DO TRABALHO E EMPREGO PROGRAMA: RECURSOS PESQUEIROS SUSTENTÁVEIS AÇÃO: PAGAMENTO DO SEGURO-DESEMPREGO AO PESCADOR ARTESANAL QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: Não se aplica 49000 MINISTERIO DO DESENVOLVIMENTO AGRARIO PROGRAMA: AGRICULTURA FAMILIAR - PRONAF AÇÃO: ASSISTENCIA FINANCEIRA A PROJETOS DE INFRA-ESTRUTURA E SERVICOS MUNICIPAIS QUANTIDADE DE O.S.: 2 VALOR: R$ 272.592,26 PROGRAMA: DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DE PROJETOS DE ASSENTAMENTO AÇÃO:

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IMPLANTACAO E RECUPERACAO DE INFRA-ESTRUTURA BASICA EM PROJETOS DE ASSENTAMENTO - NACIONAL QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 290.751,04 PROGRAMA: DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL DE TERRITORIOS RURAIS AÇÃO: APOIO A PROJETOS DE INFRA-ESTRUTURA E SERVICOS EM TERRI TORIOS RURAIS - NA REGIAO NORDESTE QUANTIDADE DE O.S.: 2 VALOR: R$ 187.500,00 54000 MINISTERIO DO TURISMO PROGRAMA: TURISMO SOCIAL NO BRASIL: UMA VIAGEM DE INCLUSÃO AÇÃO: APOIO A PROJETOS DE INFRA-ESTRUTURA TURISTICA - NACIONA L QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 146.250,00 AÇÃO: Promocao de Eventos para Divulgacao do Turismo Interno em Municipios - No Estado da Paraiba QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 146.250,00 55000 MINISTERIO DO DESENV. SOCIAL E COMBATE A FOME PROGRAMA: ACESSO À ALIMENTAÇÃO AÇÃO: CONSTRUCAO DE CISTERNAS PARA ARMAZENAMENTO DE AGUA - NA CIONAL QUANTIDADE DE O.S.: 2 VALOR: R$ 1.862.017,00 AÇÃO: APOIO A AGRICULTURA URBANA, PERIURBANA E SISTEMAS COLET IVOS DE PRODUCAO PARA O AUTOCONSUMO - NACIONAL QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 110.970,50 AÇÃO: APOIO A INSTALACAO DE RESTAURANTES E COZINHAS POPULARES - NACIONAL QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 338.021,12 PROGRAMA: ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL AÇÃO: ACOES SOCIOEDUCATIVAS E DE CONVIVENCIA PARA CRIANCAS E ADOLESCENTES EM SITUACAO DE TRABALHO QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 133.500,00 PROGRAMA: GESTÃO DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOM AÇÃO: APOIO A ORGANIZACAO DO SISTEMA UNICO DE ASSISTENCIA SOC IAL - SUAS - NACIONAL QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: Não se aplica AÇÃO: FUNCIONAMENTO DOS CONSELHOS DE ASSISTENCIA SOCIAL - NAC IONAL QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: Não se aplica

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PROGRAMA: PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA AÇÃO: SERVICOS DE PROTECAO SOCIAL BASICA AS FAMILIAS - NACION AL QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 243.000,00 PROGRAMA: TRANSFERÊNCIA DE RENDA COM CONDICIONALIDADES - BOLSA FAMÍLIA AÇÃO: TRANSFERENCIA DE RENDA DIRETAMENTE AS FAMILIAS EM CONDI CAO DE POBREZA E EXTREMA POBREZA (LEI Nº 10.836, DE 200 4) - NA REGIAO NORDESTE QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 17.037.512,00 AÇÃO: SERVICO DE APOIO A GESTAO DESCENTRALIZADA DO PROGRAMA B OLSA FAMILIA - NACIONAL QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 371.557,23 TOTAL DE O.S.: 38 VALOR TOTAL: R$ 58.506.206,99 4. Este relatório, destinado aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução. 5. Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto àqueles sob sua responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, tendo se manifestado em 20Set2010, cabendo ao Ministério supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades. 6. Nesse sentido, os resultados das fiscalizações realizadas, sempre que os trabalhos tenham evidenciado fatos relevantes que indiquem impropriedades/irregularidades na aplicação dos recursos federais examinados estão demonstrados a seguir, por Ministério: SUMÁRIO DAS CONSTATAÇÕES DA FISCALIZAÇÃO 26000 MINISTERIO DA EDUCACAO 1.1.1 CONSTATAÇÃO: Pagamento de despesas inelegíveis com recursos do Fundeb. 1.1.2 CONSTATAÇÃO: Pagamento indevido de despesas com serviços de publicidade com recursos do Fundeb. 1.1.3 CONSTATAÇÃO: Pagamento indevido de despesas com serviços fotográficos com recursos do Fundeb. 1.1.4 CONSTATAÇÃO: Pagamento de despesas com serviços de fornecimento de refeições sem comprovação de sua correlação com os objetivos do Fundeb. 1.1.5 CONSTATAÇÃO: Pagamento, com recursos da parcela de 60% dos recursos do Fundeb, de despesas com ajuda de custo.

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1.1.6 CONSTATAÇÃO: Pagamento indevido, com recursos do Fundeb, de profissionais do magistério em desvio de função. 1.1.7 CONSTATAÇÃO: Ausência de capacitação dos membros do Conselho do Fundeb. 1.1.8 CONSTATAÇÃO: Compra de material com recursos do PDDE sem realização de licitação, ocasionando deficiência na gestão dos recursos. 1.1.9 CONSTATAÇÃO: Utilização de veículos sem os requisitos legais exigidos para condução coletiva de escolares, comprometendo o conforto e a segurança dos estudantes. 1.1.10 CONSTATAÇÃO: Contratação de motoristas habilitados em categoria não compatível para transporte escolar. 1.1.11 CONSTATAÇÃO: Ocorrência de sobrepreço nos valores pagos pelo Município de Crateús à empresa Mendes Locações de Veículos Ltda., nos anos de 2009 e 2010. 1.1.12 CONSTATAÇÃO: Contratação de empresa tecnicamente incapaz de prestar o objeto, culminando com subcontratação irregular por parte da contratada. 1.1.13 CONSTATAÇÃO: Sistema SISCORT não é usado para gerenciamento do livro no município de Crateús. 1.1.14 CONSTATAÇÃO: Existência de alunos sem livros do PNLD. 1.1.15 CONSTATAÇÃO: Livros destinados às escolas da zona rural não foram entregues pela Prefeitura de Crateús. 1.1.16 CONSTATAÇÃO: Ausência de Controle de estoque dos gêneros alimentícios do Programa de Alimentação Escolar nas escolas. 1.1.17 CONSTATAÇÃO: Inexistência de Teste de Aceitabilidade do cardápio da merenda escolar. 1.1.18 CONSTATAÇÃO: Merenda escolar composta por alimento proibido pela legislação do PNAE. 1.1.19 CONSTATAÇÃO: Cardápio não está sendo seguido pelas escolas. 1.1.20 CONSTATAÇÃO: Falta de controle de qualidade dos alimentos adquiridos para a merenda escolar. 1.1.21 CONSTATAÇÃO: Desempenho insatisfatório do nutricionista na execução técnica do PNAE. 36000 MINISTERIO DA SAUDE 2.1.1 CONSTATAÇÃO: Indícios de montagem de processo licitatório 2.2.1 CONSTATAÇÃO: Inexistência dos documentos de despesas realizadas com Recursos do PAB Fixo no mês de maio/2009. 2.2.2 CONSTATAÇÃO: Saques de recursos depositados pela União na Conta específica do Piso de Atenção Básica sem a correspondente comprovação de despesa. 2.2.3 CONSTATAÇÃO:

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Pagamento de despesa a título de recolhimento de Imposto de Renda da folha de pagamento incompatível com os valores a serem retidos dos profissionais da Atenção Básica. 2.2.4 CONSTATAÇÃO: Pagamento inelegível com desapropriação de terreno. 2.2.5 CONSTATAÇÃO: Pagamento indevido de tarifa referente à consumo d'água do Centro de Especialidades Médicas. 2.2.6 CONSTATAÇÃO: Pagamento indevido referente ao consumo d'água do Prédio do Corpo de Bombeiros. 2.2.7 CONSTATAÇÃO: Pagamento indevido de despesas com manutenção do hospital de referência e laboratório clínico. 2.2.8 CONSTATAÇÃO: Utilização dos recursos do PAB para pagamento de servidores não lotados nas unidades relacionadas às ações de Atenção Básica de Saúde. 2.2.9 CONSTATAÇÃO: Postos de Saúde com apenas 01 banheiro para os profissionais e usuários. 2.2.10 CONSTATAÇÃO: Unidades Básicas de Saúde sem água potável adequada para utilização dos profissionais. 2.2.11 CONSTATAÇÃO: Incompatibilidade entre as informações constantes do Mapa Diário de Atendimento em relação às folhas de frequência. 2.2.12 CONSTATAÇÃO: Equipamentos adquiridos com especificações em desacordo com o PLano de Trabalho. 2.3.1 CONSTATAÇÃO: Moradias construídas parcialmente ou fora das especificações técnicas. 2.3.2 CONSTATAÇÃO: Ausência de fornecimento de documentos relativos ao Convênio nº 356/01 - FUNASA, prejudicando os trabalhos de fiscalização. 2.4.1 CONSTATAÇÃO: Divergências nos quantitativos de medicamentos distribuídos pela Secretaria de Saúde do Estado em relação aos recebidos pela Central de de Abastecimento Farmacêuticos do Município. 2.4.2 CONSTATAÇÃO: Divergências nos quantitativos de medicamentos distribuídos pela Central de Abastecimento Farmacêutico - CAF em relação aos recebidos pelas Unidades Básicas de Saúde do Município. 2.4.3 CONSTATAÇÃO: Existência no estoque das UBASF de medicamentos vencidos ou com validade próxima do vencimento. 38000 MINISTERIO DO TRABALHO E EMPREGO 3.1.1 CONSTATAÇÃO: Ausência de fiscalização por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente - IBAMA. 49000 MINISTERIO DO DESENVOLVIMENTO AGRARIO 4.1.1 CONSTATAÇÃO: Morosidade excessiva na execução do objeto do Contrato de Repasse, pondo em risco o investimento já realizado. 4.1.2 CONSTATAÇÃO:

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Não disponibilização de processos de pagamentos do Convênio 54000 MINISTERIO DO TURISMO 5.1.1 CONSTATAÇÃO: Habilitação indevida do licitante vencedor do certame licitatório. 5.1.2 CONSTATAÇÃO: Edital conténdo exigências que frustram o caráter competitivo do certame. 55000 MINISTERIO DO DESENV. SOCIAL E COMBATE A FOME 6.1.1 CONSTATAÇÃO: Deficiências na infra-estrutura dos núcleos de atividades socio- educativas do PETI. 6.1.2 CONSTATAÇÃO: Divergências entre a frequência informada no SISPETI e a constante na lista de presença do Serviço Socioeducativo. 6.2.1 CONSTATAÇÃO: Informação incompleta das famílias selecionadas no Sistema Sig- Cisternas. 6.2.2 CONSTATAÇÃO: Família beneficiária do Programa "Um milhão de Cisterna" que não atende as condicionalidades. 6.3.1 CONSTATAÇÃO: Alunos não localizados nas escolas constantes da amostra. 6.3.2 CONSTATAÇÃO: Imposição de abertura de conta corrente na Caixa Econômica Federal para retirada do benefício do Programa Bolsa Família. 6.3.3 CONSTATAÇÃO: Atuação deficiente da Instância de Controle Social no município de Crateús. 6.3.4 CONSTATAÇÃO: Movimentação irregular dos recursos do IGD. DETALHAMENTO DAS CONSTATAÇÕES DA FISCALIZAÇÃO 1 - 26000 MINISTERIO DA EDUCACAO 1.1 - PROGRAMA 1061 BRASIL ESCOLARIZADO AÇÃO : 0E36 COMPLEMENTACAO DA UNIAO AO FUNDO DE MANUTENCAO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCACAO BASICA E DE VALORIZACAO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCACAO - FUNDEB - NO ESTADO DO CEARA OBJETIVO DA AÇÃO : Assegurar a participação da União, a título de complementação, na composição do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, de forma a garantir, no âmbito dos Estados onde o valor per capita do Fundo encontrar-se abaixo do valor mínimo nacional por aluno/ano, o alcance desse valor mínimo nacional. ORDEM DE SERVIÇO : 253047 OBJETO FISCALIZAÇÃO: Âmbito municipal: prefeituras contempladas com recursos financeiros da complementação

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da União para aplicação no âmbito do ensino infantil e fundamental. Conselho de Acompanhamento e Controle Social instituído para acompanhamento e controle da aplicação dos recursos do FUNDEB no ensino básico público. AGENTE EXECUTOR : MUNICIPIO DE CRATEUS/PREFEITURA MUNICIPAL ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 24.798.686,89 1.1.1 CONSTATAÇÃO: Pagamento de despesas inelegíveis com recursos do Fundeb. FATO: Da análise, por amostragem, de processos de pagamentos realizados à conta dos 40% dos recursos do Fundeb, verificamos que foram transferidos, mensalmente, R$ 1.500,00, para manutenção do Conselho Municipal de Educação, sem detalhamento das despesas a serem pagas com o referido valor, nem embasamento legal para o repasse. EVIDÊNCIA: Processos de pagamento referentes à parcela de 40% dos recursos do Fundeb, e extratos bancários da conta corrente nº 24.448-1 (40%), Agência BB nº 0237-2. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/9/2010, a Prefeitura Municipal de Crateús apresentou a seguinte justificativa: "...Quanto ao item 6, do ponto retro, onde se questiona o valor repassado ao Conselho Municipal de Educação - CME, nosso posicionamento é, uma vez mais, de discordar frontalmente da análise do Auditor, cabendo salientar que o Conselho tem como prerrogativa fundamental o acompanhamento da Educação Pública Municipal, a elaboração de políticas públicas educacionais, além de ser órgão deliberativo, consultivo e fiscalizador, constituindo assim, o Sistema de Ensino Público Municipal de Ensino. Entendemos, assim, que este repasse feito ao Conselho foi objetivando o seu melhor funcionamento, o que, indiscutivelmente, proporcionará uma melhoria substancial em seu desempenho, o que, como conseqüência direta disso, essa melhoria se refletirá na educação posta em prática no Município. A Falha acontecida, por assim dizer, deveu-se apenas ao não detalhamento das despesas a serem cobertas com este repasse. Estamos anexando Documento elaborado pelo Conselho de Educação de Crateús onde detalha as despesas que foram realizadas com os recursos repassados, inclusive com previsão legal, materializada em Lei Municipal, para conhecimento desta Controladoria. ( Anexo 02 - Documentação referente a Comprovantes de Devolução de Recursos)." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Em que pese as justificativas apresentadas, entendemos que a despesa não é cabível, uma vez que a documentação apresentada demonstra que as despesas foram efetivadas em favor da Casa dos Conselhos, vinculada à Secretaria de Educação, sendo a referida casa integrada pelo Conselho Municipal de Educação, Conselho do Fundeb, Conselho de Alimentação Escolar, Conselhos Escolares, Conselho da Bolsa Escola, ou seja, abrange Conselhos vinculados a outros programas, caso do PNAE e do Bolsa Família. Ademais, no caso específico do Conselho do Fundeb, cabe ao Poder

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Executivo oferecer ao mesmo apoio material e logístico para o exercício de suas funções, conforme o art. 24, parágrafo 10 da Lei nº 11.494/2007, de modo que financiar o exercício de suas competências com recursos do próprio fundo fiscalizado fere os princípios de independência e segregação de funções. Deste modo, o ponto relativo à impropriedade apontada será mantido. 1.1.2 CONSTATAÇÃO: Pagamento indevido de despesas com serviços de publicidade com recursos do Fundeb. FATO: Dos exames realizados nos processos de pagamentos, à conta do FUNDEB (40%), exercício de 2009, evidenciamos a realização indevida de despesas com serviços de publicidade, nos valores a seguir discriminados, à empresa Habilitar Publicidade e Representação (CNPJ 08.608.837/0001-20).

Ordem Bancária

Data

Nota Fiscal

Data Valor (R$)

91210006 10/12/09 0232 05/11/09 5.411,0091210005 10/12/09 0245 27/11/09 6.247,00

TOTAL 11.658,00 A referida despesa consiste na realização de comerciais (spots) de 30 e 60 segundos, produção de spots e propaganda volante para campanha em proveito da Secretaria de Educação. Entendemos que tal despesa não está devidamente caracterizada como sendo de manutenção e desenvolvimento do ensino, não sendo voltada à consecução dos objetivos das instituições educacionais de todos os níveis conforme preconiza o art. 70 da Lei nº 9.394/96. EVIDÊNCIA: Processos de pagamento relativos às Notas Fiscais nº 0232 e 0245, de 05 e 25/11/09, respectivamente. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/9/2010, a Prefeitura Municipal de Crateús apresentou a seguinte justificativa: "Com relação a esta Constatação, embora defendamos a sua regular aplicação, resolvemos, para o saneamento do ponto, também, devolver este valor de R$ 11.658,00. Informamos que esta devolução será feita dentre de 30 dias, uma vez que não há, neste momento, disponibilidade financeira que suporte tal devolução. Ressaltamos que, quando da efetiva devolução, encaminharemos documento comprobatório a esta Controladoria." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Considerarmos pertinentes as providências adotadas pela Prefeitura Municipal de Crateús, porém o ponto será mantido até a comprovação do ressarcimento da despesa efetuada com publicidade. 1.1.3 CONSTATAÇÃO: Pagamento indevido de despesas com serviços fotográficos com recursos do Fundeb. FATO: Dos exames realizados nos processos de pagamentos, à conta do FUNDEB (40%), exercício de 2009, evidenciamos a realização indevida de

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despesas com serviços fotográficos, referentes a eventos realizados em escolas municipais, no valor total de R$ 6.874,36, à prestadora de serviços H.K.L.A, conforme a seguir discriminado:

Ordem Bancária

Data

Nota FiscalAvulsa

Data Valor (R$)

132260 10/09/09 83100013 31/08/09 1.718,59

850612 02/10/09 92900028 29/09/09 1.718,59131449 05/11/09 10270006 27/10/09 1.718,59131645 09/12/09 112500013 25/11/09 1.718,59

TOTAL 6.874,36 Entendemos que tal despesa não está devidamente caracterizada como sendo de manutenção e desenvolvimento do ensino, não sendo voltada à consecução dos objetivos das instituições educacionais, conforme preconiza o art. 70 da Lei nº 9.394/96, tendo sido, inclusive, paga no período de janeiro a agosto de 2009, com recursos próprios. EVIDÊNCIA: Processos de pagamento relativos aos cheques nº 132260, 850612, 131449 e 131645. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/9/2010, a Prefeitura Municipal de Crateús apresentou a seguinte justificativa: "Com relação a esta constatação, frente ao explicitado mediante análise dos processos de pagamentos, destacamos como aspecto relevante os serviços fotográficos realizados, considerando que estes são direcionados totalmente em proveito dos trabalhos pedagógicos, projetos realizados nas escolas, com a efetiva participação dos alunos e que servem para conservar a memória educacional, tanto da escola como do próprio alunado, através da produção de portfólios, que posteriormente são utilizados como fontes históricas para pesquisas e documentários históricos-educacionais, conforme documento em anexo. Assim sendo, este gasto retro mencionado reveste-se em total proveito da melhoria da educação municipal, razão pela qual entendemos que não deve ser, em nenhuma hipótese, devolvido, pela sua própria finalidade e essência. (Anexo 05 - Fotos relacionados ao ponto em epígrafe)." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Em que pesem as justificativas apresentadas, da análise da documentação apresentada, verificamos que boa parte dos produtos referem-se a registros fotográficos de eventos como Olimpíadas Estudantis e atividades culturais com os alunos, despesas essas que são claramente vedadas pelo FNDE, no item 5.13 do aplicativo "Perguntas Frequentes", conforme já relatado no item 1.1.2 deste relatório. Ainda que os demais produtos, referentes ao registro de eventos educacionais, encontrem amparo como sendo despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino, entendemos que o pagamento de um valor mensal fixo para os referidos serviços fotográficos não se justifica, uma vez que a realização de tal tipo de evento é esporádico, e apresenta custos varíaveis de serviços demandados, como do número de fotos, tipo de foto, número de cópias, etc, devendo os valores a serem pagos calculados com base nos custos efetivos dos serviços. Ressalte-se, por fim, que embora alguns dos eventos possam requerer, a atuação de um profissional da área, entendemos que, em sua

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maioria, não requerem a contratação de serviços especializados, que, em função do fácil acesso a máquinas digitais e da facilidade de operacionalização, podem ser substituídos por equipamentos e funcionários da própria prefeitura. 1.1.4 CONSTATAÇÃO: Pagamento de despesas com serviços de fornecimento de refeições sem comprovação de sua correlação com os objetivos do Fundeb. FATO: Verificamos o fornecimento de refeições com recursos do Fundeb, conforme a seguir discriminado, sem a devida identificação do evento a ser atendido com o referido serviço, impossibilitando verificar se a despesa está devidamente caracterizada como sendo de manutenção e desenvolvimento do ensino, conforme preconiza o art. 70 da Lei nº 9.394/96.

Fornecedor Data

Nota Fiscal

Data Valor (R$)

028 03/11/09 4.914,00M.L.Lopes da Silva -ME 053 10/12/09 637,00

Churrascaria e Pizzaria Silveira

Filho

059 05/12/09 660,00

TOTAL 6.211,00 Ademais, verificamos o fornecimento de 884 refeições, no valor total de R$ 6.188,00, pagos a M.L.Lopes da Silva - ME (CNPJ 10.758.406/0001- 91), conforme NF nº 011, de 25/08/09, referente ao fornecimento de lanche e refeições para professores da rede pública municipal que se encontravam acampados nas dependências da Secretaria de Educação do Município, conforme Ofício nº 04/2009, do Sindicato dos Professores da Rede Pública Municipal de Crateús, de 26/08/09. EVIDÊNCIA: Processos de pagamento. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/9/2010, a Prefeitura Municipal de Crateús apresentou a seguinte justificativa: "Quanto a este ponto alocado pela fiscalização, informamos a vossa senhoria que o serviço de alimentação aqui diagnosticado, sempre que realizado, objetiva única e exclusivamente propiciar condições necessárias para que os professores participem das capacitações, formações e planejamentos dos trabalhos educacionais que se desenvolvem no cotidiano da sala de aula. Prática esta, indispensável dentro do processo de ensino-aprendizagem, haja vista que é a Secretaria de Educação do Município, através de seu quadro técnico que realiza o referido trabalho junto aos professores e que estes se deslocam da Zona Rural para a Zona Urbana à Sede do Município, percorrendo uma quilometragem que varia entre 10 km e acima de 120 km de distância de suas residências, conforme documentação em anexo, ficando assim, o Município, obrigado a oferecer alimentação aos professores e gestores participantes, considerando seu relevante e imprescindível trabalho, bem como a necessidades de direcionamento e qualificação inerentes ao fazer pedagógico e real aproveitamento no que se relaciona ao aprendizado dos alunos da rede pública municipal, que nossa razão única de existência. Portanto, fica claro que a

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despesa com alimentação, em epígrafe, está plenamente dentro do rol de despesas possíveis de serem suportadas pelo Fundo, conforme documentação em anexo. Quanto ao outro ponto alocado, qual seja, o serviço de alimentação prestado aos professores acampados nas dependências da Secretaria de Educação, informamos que já determinamos um completo levantamento desta despesa realizada, a responsabilidade de quem a autorizou, para a sua total devolução à Conta Corrente do Fundo, sanando assim a impropriedade. Quando da conclusão do levantamento, com o conhecimento de datas e valores, faremos o imediato ressarcimento destes valores, sanando assim a impropriedade.(Anexo 06 Ã Documentação comprobatória das ações realizadas e Comprovante de Devolução)." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Analisando as justificativas apresentadas, verificamos que a Prefeitura Municipal apresentou documentação relativa aos seguintes eventos, realizados dentro do período indicado nas notas fiscais:

Evento e Data

Data Nº Particip.

Capacitação Professores 2º Ano Programa Alfa e Beto

21/11/09 45

30/09/09 45 Planejamento da Educação Infantil Pré I - 5ª Formação 01/10/09 53

Reunião Escolha de livros 2º Ano Fundamental para 2010 e 2011

08/10/09 42

Capacitação Professores 2º Ano Programa Alfa e Beto

31/10/09 41

Planejamento da Educação Infantil-6ª Formação

04/11/09 43

Planejamento da Educação Infantil Pré I 6ª Formação

05/11/09 48

Capacitação Professores 2º Ano Programa Alfa e Beto

07/11/09 42

Planejamento do Eixo 1º Ano - PAIC 4ª Formação

19/11/09 38

Capacitação Professores 2º Ano Programa Alfa e Beto

21/11/09 39

Total Participantes 436 Comparando o quadro acima com as informações constantes das notas fiscais retro mencionadas, conforme a seguir discriminado, entendemos que a documentação justifica apenas parcialmente as despesas efetuadas com refeições, haja vista que os eventos se limitaram ao período de um dia, incompatível, portanto, com o fornecimento de 793 refeições.

Nota Fiscal

Data Objeto

028 03/11/09 Forn. de 702 refeições (almoço)

053 10/12/09 Forn. de 91 refeições (almoço)

059 05/12/09 Forn. de 165 lanches Portanto, mantemos a constatação. 1.1.5 CONSTATAÇÃO: Pagamento, com recursos da parcela de 60% dos recursos do Fundeb, de

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despesas com ajuda de custo. FATO: Da análise, por amostragem, da folha de pagamento do Fundeb - 60%, verificamos que está sendo pago, com recursos da parcela de 60% do Fundeb, ajuda de custo para professores que residem em localidade diversa do local de trabalho, em desacordo com o item 4.1.1 do Manual de Orientação do Fundeb, o qual dispõe que não devem compor a remuneração, para fins de cumprimento da aplicação mínima de 60% do Fundeb, as despesas realizadas a título de auxílio-transporte ou apoio equivalente, destinado a assegurar o deslocamento do profissional de ida e volta para o trabalho. EVIDÊNCIA: Análise, por amostragem, da folha de pagamento paga com recursos parcela de 60% do Fundeb. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/9/2010, a Prefeitura Municipal de Crateús apresentou a seguinte justificativa: "om relação a este ponto, consignado em Relatório, o Município de Crateús explica que o pagamento com recursos da parcela dos 60% do Fundeb aos professores que se deslocam para a zona rural do Município, ocorre, em virtude, da grande demanda existente nesta e, objetivando tanto cumprir com suas prerrogativas de ofertar aulas diariamente às crianças, adolescentes, jovens e adultos residentes nos mais longínquos Distritos e povoados, como também zelar pela vida destes. Desta feita, faz-se extremamente necessário o auxílio transporte e alimentação para o deslocamento do professor, uma vez que o mesmo não dispõe de condições para se deslocar e se manter nos referidos Distritos e povoados, desenvolvendo um trabalho educacional satisfatório junto aos alunos, que carecem de atenção absoluta. O intuito primordial aqui é propiciar aos professores a condição de acompanhar, orientar e ensinar com qualidade. Enfim, todos os procedimentos e práticas adotados visam, incondicionalmente, o absoluto e pleno atendimento aos educandos da rede pública municipal (Anexo 07 - Decreto de Quilometragem, relacionado às distâncias)." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Apesar das justificativas apresentadas e da necessidade de garantir que os profissionais do magistério não tenham suas atividades prejudicadas em função de tais custos, o Manual de Orientação do Fundeb, em seu item 4.1.1, é claro quando dispõe que despesas realizadas a título de auxílio-transporte ou apoio equivalente não devem compor a remuneração dos profissionais, para fins de cumprimento da aplicação mínima de 60%, devendo ser ressarcidas com recursos próprios ou da parcela de 40%. Deste modo, o ponto apontado permanece. 1.1.6 CONSTATAÇÃO: Pagamento indevido, com recursos do Fundeb, de profissionais do magistério em desvio de função. FATO: De acordo com análise da folha de pagamento do exercício de 2010 e vistoria "in loco", constatamos o pagamento, com recursos do Fundeb (percentual de 60%), da profissional do magistério T.B.S, matrícula nº 582, que não se encontra no efetivo exercício do cargo, contrariando o

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disposto no inciso I do art. 23 da Lei nº 11.494, de 20/6/2007, uma vez que a referida profissional do magistério, lotada no CIAC Antônio Anísio da Frota, não se apresentou para o exercício de suas atividades e ocupa, atualmente, o cargo de diretora da Escola Estadual de Ensino Fundamental Gonzaga Mota, conforme constatado em visita ao referido estabelecimento, sem qualquer documento que legalize sua situação. Conforme Ofício nº 384, de 13/08/10, da Gerente de Recursos Humanos da Secretaria de Educação, encaminhado à Equipe de Fiscalização, por não ter entrado em exercício, a referida servidora não recebeu salário no período de maio a junho de 2010, tendo a mesma alegado que não pode assumir sua lotaçao devido a problemas de saúde, porém, em perícia médica, teve seu pedido de licença médica negado, e teria entrado em acordo com outra professora para substituí-la, sem apresentar qualquer amparo legal para tal substituição. EVIDÊNCIA: Análise da folha de pagamento do exercício de 2010 e vistoria "in loco" no CAIC Antônio Anísio da Frota e Escola Estadual de Ensino Fundamental Gonzaga Mota. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/9/2010, a Prefeitura Municipal de Crateús apresentou a seguinte justificativa: "Informamos que, com relação a este ponto, acerca da Servidora Municipal T.B.S., Matrícula 582, ocupante do Cargo de Professora Efetiva, a mesma entrou com solicitação de gozo de licença sem remuneração, sendo esta licença sido imediatamente concedida, conforme documento em anexo, sanando, assim, a impropriedade detectada. (Anexo 08 - Documento relacionado ao ponto em epígrafe)." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Em que pese a referida servidora ter solicitado licença sem remuneração, consta da documentação apresentada o Parecer nº 53/2010 - PGM, de 09/09/2010, da Procuradoria Geral do Município, o qual conclui pelo deferimento do pedido, desde que a mesma tenha cumprido a exigência do art. 1º do art. 83 da Lei nº 486/02, de 31/01/2002, que dispõe que somente após três anos de efetivo exercício o profissional do magistério poderá obter autorização de afastamento. Uma vez que não foi apresentada nenhuma portaria ou outro documento comprovando o efetivo afastamento da servidora, o ponto permanece pendente. 1.1.7 CONSTATAÇÃO: Ausência de capacitação dos membros do Conselho do Fundeb. FATO: Em entrevista com nove membros do Conselho do Fundeb, os mesmos informaram que não receberam nenhum tipo de capacitação até o momento, por parte do Ministério da Educação, contrariando o disposto no inciso II, do art. 30 da Lei nº 11.494/2007. EVIDÊNCIA: Entrevista com nove conselheiros do FUNDEB. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/9/2010, a Prefeitura Municipal de Crateús apresentou a seguinte justificativa: "Para a correção deste ponto alocado no Relatório, estamos convidando

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os membros do Conselho para participarem de capacitação a ser promovida e ministrada por técnicos contratados de empresa de Consultoria especializada, sanado, assim, o ponto. (Anexo 10 - Ofícios encaminhados ao Conselho do Fundeb)." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Em que pese a incitiva adotada pela Pefeitura Municipal de Cratéus, o ponto adotado refere-se à falta de capacicação por parte do Ministério da Educação, mantendo-se, portanto, o ponto. AÇÃO : 0515 DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA PARA A EDUCACAO BASICA - NA REGIAO NORDESTE OBJETIVO DA AÇÃO : Atendimento, com recursos suplementares, a escolas públicas estaduais, distritais e municipais que oferecem a educação básica nas diversas mo dalidades, bem como as escolas de educação especial mantidas por enti- dades privadas sem fins lucrativos, visando à melhoria da infra-estru- tura física e pedagógica, à autonomia gerencial dos recursos e à parti cipação coletiva na gestão e no controle social, melhorando o funciona mento das unidades educacionais e propiciando ao aluno ambiente adequa do, salutar e agradável para a permanência na escola, concorrendo para o alcance da elevação do desempenho escolar. ORDEM DE SERVIÇO : 252437 OBJETO FISCALIZAÇÃO: - Aquisição de materiais de consumo e permanente pela Prefeitura Muni- cipal/SEDUC necessários ao funcionamento da escola e de serviços para manutenção, conservação e pequenos reparos na Unidade Escolar. AGENTE EXECUTOR : MUNICIPIO DE CRATEUS/PREFEITURA MUNICIPAL ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 14.601,00 1.1.8 CONSTATAÇÃO: Compra de material com recursos do PDDE sem realização de licitação, ocasionando deficiência na gestão dos recursos. FATO: A Prefeitura Municipal de Crateús recebeu o valor de R$ 14.601,00, referente ao PDDE no ano de 2009, sendo Entidade Executora de oito escolas municipais. Com esses recursos, a Prefeitura adquiriu materiais de limpeza e escolares no ano de 2010, em virtude de ter reprogramado os recursos não usados no exercício anterior, tendo sido enviado para as escolas os respectivos materiais. Por meio da Solicitação de Fiscalização nº 04, de 04/08/2010, foi solicitado os processos licitatórios realizados pela Prefeitura para a compra de materiais com recursos do PDDE. Durante os trabalhos de campo, a Secretária Municipal de Educação informou que a Prefeitura não realizou licitação para a compra de materiais com recursos do PDDE. Durante visitas às cinco escolas constantes na amostra, os Diretores das mesmas informaram à equipe de fiscalização que os materiais foram comprados pela própria escola, juntamente com servidor responsável da Secretaria Municipal de Educação, tendo sido feito apenas uma pequisa de preço por cada entidade escolar para identificar qual fornecedor seria comprado os materiais solicitados pela escola. Pela análise dos processos de pagamentos, constatou-se que a

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Prefeitura adquiriu os mesmos materiais de fornecedores diferentes, na mesma época e com valores que diferem para as mesmas aquisições, como segue exemplificadamente alguns itens na tabela abaixo:

Item

Fornecedor (CNPJ)

Data da compra

Quantidade Valor unitário (R$)

Hiper Nacional 15/03/2010 15 0,99 1- Esponja de aço

Mercantudo 15/03/2010 50 0,89

Hiper Nacional 15/03/2010 16 1,29 2- Papel higiênico

Mercantudo 15/03/2010 50 1,09

Hiper Nacional 15/03/2010 10 1,55 3- Pano de limpeza de chão Mercantudo 15/03/2010 20 1,19

Hiper Nacional 15/03/2010 3 6,90

Mercantudo 15/03/2010 2 3,49

4- Rodo

Supermercado Cosmos

10/03/2010 6 3,25

Hiper Nacional 15/03/2010 30 0,55 5- Vassoura de palha Mercantudo 15/03/2010 30 0,46

Hiper Nacional 15/03/2010 20 0,39 6-Esponja de Limpeza Mercantudo 15/03/2010 30 0,30

Hiper Nacional 15/03/2010 24 0,99

Mercantudo 11/03/2010 20 1,08

7- Detergente

Supermercado Cosmos

18/03/2010 30 0,76

Hiper Nacional 15/03/2010 1 2,49 8-sabão em pasta

Mercantudo 11/03/2010 2 1,08

Hiper Nacional 15/03/2010 5 2,14 9-Ácido muriático

Mercantudo 11/03/2010 3 1,89

Mercantudo 11/03/2010 10 1,75 10- desinfetante

Supermercado Cosmos

18/03/2010 30 1,38

11- Água Sanitária Hiper Nacional 15/03/2010 24 1,29

Supermercado Cosmos

18/03/2010 20 0,94

Hiper Nacional 15/03/2010 24 3,39 12-Sabão em pó

Supermercado Cosmos

18/03/2010 30 1,47

Hiper Nacional 15/03/2010 10 2,79 13- Sabão em barra

Supermercado Cosmos

18/03/2010 10 2,52

Como a Prefeitura é Entidade Executora de oito escolas que não possuem Unidade Executora Própria no ano de 2009, sendo responsável pela gestão dos recursos do PDDE, e tendo recebido valor de R$ 14.601,00,

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considerando ainda que os materiais comprados dizem respeito às prioridades das escolas ao longo do exercício, há a necessidade de um planejamento das despesas a serem realizadas, seguindo a realização de licitação respectiva. EVIDÊNCIA: Relação dos valores repassados pelo FNDE no ano de 2009; Processos de pagamento do PDDE; Visita às escolas Videlina Maria da Conceição, João Afonso Almeida Vale, José de Oliveira Camerino, Aurélio da Costa Azevedo e Creche Comunitária 1º de Maio, e entrevista com os diretores das mesmas. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, datado de 20/09/2010, gestor apresentou a seguinte justificativa: "Com relação a este ponto, ressaltamos que a Prefeitura Municipal de Crateús recebeu, apenas em 2009, o primeiro recurso referente ao PDDE - Programa Dinheiro Direto na Escola. Diante da inexperiência das Escolas para com o manejo destes recursos, foi contatado o Sr. Everardo Araújo, Coordenador do PDDE na Secretaria de Educação do Estado do Ceará- SEDUC, que, nos orientou que, para a realização das aquisições a serem efetivadas com estes recursos, seria necessário, apenas, a prévia pesquisa de preço, sendo desnecessário o procedimento administrativo de licitação. Informamos que, doravante, acataremos imediatamente a orientação para que sejam procedidos todos os passos legais previstos para as compras, inclusive a adoção de procedimento licitatório, quando for o caso, para todas as aquisições com recursos do PDDE, com a orientação da Comissão de Licitação e do Setor Jurídico desta Prefeitura, buscando-se, assim, não repetir a impropriedade. Favor ver Documentação. (Anexo 11 - Documentação de aquisições)." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Toda a aquisição de bens ou serviços que ultrapasse o valor respectivo do inciso II, artigo 24 da Lei 8.666/93, deve ser precedida de licitação. O fato da Prefeitura ter recebido recursos do PDDE inicialmente a partir de 2009 não explica a não-observância aos preceitos da Lei, tendo em vista que a mesma recebeu o montante acima do valor prescrito no inciso acima mencionado. Ressalta-se que não são as escolas que gerenciam os recursos questionados na constatação, mas a Prefeitura Municipal de Crateús como Entidade Executora. E assim sendo, a não realização de licitação por parte da Prefeitura como Entidade Executora não deve ser imputado à inexperiência das escolas no gerenciamento do PDDE. Estas não possuem responsabilidade no gerenciamento dos recursos financeiros, mas tão somente agem na escolha das prioridades a serem observadas pela Prefeitura quanto à compra de materiais ou contratação de serviços. Nas considerações finais da manifestação, o gestor municipal admite a constatação apontada pela equipe de fiscalização. Assim mantém-se a constatação. AÇÃO : 0969 APOIO AO TRANSPORTE ESCOLAR NA EDUCACAO BASICA - NACIONAL OBJETIVO DA AÇÃO : Garantir a oferta de transporte escolar aos alunos do ensino público, residentes em área rural, por meio de assistência financeira, em

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caráter suplementar, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municí- pios, de modo a garantir-lhes o acesso e a permanência na escola. ORDEM DE SERVIÇO : 253046 OBJETO FISCALIZAÇÃO: - Aquisição, Prefeitura Municipal/SEDUC, de combustível para os veícu- los escolares e de serviços contratados junto a terceiros para o trans porte dos alunos; Pagamento de despesas com impostos e taxas, peças e serviços mecânicos. - Atuação do Conselho de Acompanhamento e Controle Social. AGENTE EXECUTOR : MUNICIPIO DE CRATEUS/PREFEITURA MUNICIPAL ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 591.131,21 1.1.9 CONSTATAÇÃO: Utilização de veículos sem os requisitos legais exigidos para condução coletiva de escolares, comprometendo o conforto e a segurança dos estudantes. FATO: Visando verificar a compatibilidade e adequação dos transportes que conduzem os escolares do Município de Crateús/CE, foi elaborada amostra dentre os veículos utilizados, no total de 23 veículos, de diversos tipos e marcas (ônibus, camionetas, micro-ônibus, vans, caminhões etc). Das vistorias realizadas, verificamos a existência de diversos veículos apresentando problemas variados, entre os quais listamos a seguir, apenas a título exemplificativo, alguns dos encontrados: - veículos não registrados como "de passageiros" (D-20 - Placa JXZ 9002, F-4.000 - Placa HUM 7161); - Existência de extintores vencidos, ausência de cintos de segurança (mesmo os que apresentavam cintos de segurança, não o tinham no número dos alunos transportados, a exemplo dos veículos D-20 - Placa JXZ 9002, F-4.000 - Placa HUM 7161, que só possuem cinto na boleia dos veículos); - dístico TRANSPORTE ESCOLAR fora das especificações exigidas pelo CTB (Kombi placa HUQ 2587); - Veículos D-20 transportando crianças de 3 a 6 anos de idade nas carrocerias, conforme declarações dos próprios condutores; Nos veículos tipo camionetas (D-20 - placa LXA 8278) para o transporte dos alunos são feitas algumas adaptações em suas caçambas, com instalação de cobertas, na maioria das vezes de lona, sob estrutura em madeira ou ferro e bancos de tábua corrida, alguns sem nenhuma fixação no lastro do veículo e parafusos de ferro soltos; - veículos com pneus gastos (lisos), inclusive os sobressalentes (LXH5464); As normas legais que regem a condução de escolares está disciplinada no Capítulo XIII, artigos 136 a 139 da Lei nº 9.503/97, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, in verbis: Art. 136. Os veículos especialmente destinados à condução coletiva de escolares somente poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão ou entidade executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto: I - registro como veículo de passageiros; II - inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança; III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com quarenta

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centímetros de largura, à meia altura, em toda a extensão das partes laterais e traseira da carroçaria, com o dístico ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de carroçaria pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas devem ser invertidas; IV - equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo; V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas extremidades da parte superior dianteira e lanternas de luz vermelha dispostas na extremidade superior da parte traseira; VI - cintos de segurança em número igual à lotação; VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios estabelecidos pelo CONTRAN. Art. 137. A autorização a que se refere o artigo anterior deverá ser afixada na parte interna do veículo, em local visível, com inscrição da lotação permitida, sendo vedada a condução de escolares em número superior à capacidade estabelecida pelo fabricante. (...) Art. 139. O disposto neste Capítulo não exclui a competência municipal de aplicar as exigências previstas em seus regulamentos, para o transporte de escolares. Os fatos constatados nas vistorias realizadas, conforme acima descritos, demonstram de forma irrefutável que o transporte escolar realizado nessas condições apresenta riscos de acidentes com sérias conseqüências para a integridade física dos alunos, potenciais prejuízos financeiros para a Administração Pública, que poderá ter que arcar com despesas decorrentes de acidentes, podendo vir a ter que responder por prejuízos materiais e morais decorrentes da prestação dos serviços em condições inadequadas. EVIDÊNCIA: Vistoria realizada em amostra efetuada sobre os veículos que realizam as rotas; Entrevista com os proprietários/motoristas dos veículos da amostra; Registro fotográfico:

(kombi placas HUQ2587)Dístico desantente a norma do CTB.

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Pneus gastos "lisos" - Foram verificados muitos veículos com estes problemas(Exemplo:D20 LXH5464).

Bancos dos veículos com parafusos soltos(D20 LXA8278.

Estintor vencido(JXZ9002).

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Veículos sem cinto de segurança e pneu sobressalente solto no lastro do veículo(HUC1778).

MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/9/2010, o Município de Crateús apresentou a seguinte justificativa: "Acerca das falhas e/ou irregularidades detectadas neste ponto, temos a informar: Ao tomar conhecimento do teor do Relatório da CGU, a Secretaria de Educação notificou a Empresa contratada para o transporte escolar e responsável pelos veículos, para saneamento das irregularidades detectadas nos veículos e esclarecimentos e/ou saneamento de motorista não habilitados na categoria "D", estarem dirigindo, transportando alunos irregularmente. Em resposta à Notificação, a Empresa Contratada respondeu: Com base no relatório de nº 115 recebido no dia 03 de setembro de 2010, estamos justificando junto a CGU, através de fotos e documentos comprobatórios, como está havendo mudanças nos veículos fiscalizados pela Coordenadoria Geral da União CGU, desde a visita dos mesmos. Ressaltamos que, conforme o item 1.1.14 que se refere de veículos a locados/terceirizados para alunos, transporte tipo D-20 e F.4000 e outros, visto que esses veículos só são alocados devido o acesso das estradas que não são apropriadas para os outros tipos de transportes como: topic, microônbus, ônibus, besta e etc., pois há local que muitos passam por riachos, açudes e até mesmo outros impercilios. No entanto, para que possam ser colocados carros fechados, a secretaria de infra-estrutura, já está sendo providenciadas melhorias nas estradas que mais são afetadas por esses tipos de problemas, desta forma, poderá ser substituído por outros veículos que sejam adequados e apropriados para transportá-lo crianças de 3 a 6 anos de idade e os demais, conforme o art. 136 da Lei de trânsito. Portanto, notificamos a Empresa Mendes Locação LTDA, para que os sócios tomassem as providencias necessárias, principalmente nos casos mais críticos que foram encontrados pela fiscalização: habilitação não adequada, veículos com extintores vencidos, carroceria de madeira ou ferro solto, sem nenhuma fixação no lastro do carro, Em casos de (D20/F.4000); e pneus lisos, estepe solto sem fixação; a falta do cinto de segurança nas cabines e até mesmos nos veículos fechados, e os que tinham não eram suficientes para a clientela que os transporta. Com isso, deu--se um prazo de cinco (10) dias úteis, a contar do dia do recebimento, para que fossem corrigidas estas falhas. Ressaltamos que, depois do recebimento da Notificação, o responsável pela Empresa Mendes Locação E Veículos LTDA, convocou uma reunião com os motoristas, cientificando-os dos pontos detectados pela fiscalização, determinando que imediatamente fossem feitas as mudanças

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necessárias nos veículos e que aqueles que não tivessem a habilitação "D", mudassem de categoria ou apresentasse outro profissional motorista para lhe substituir na rota, enquanto não tivesse sua situação resolvida. Seguem, em anexo, os seguintes documentos, para conhecimento desta Controladoria: - Fotos de alguns veículos como: D-20 placas JXZ 9002, F.4000 - placas - HUM 7161; - veículo de placas HUQ 2587, o seu proprietário mudou conforme anexo, para uma DUCATA de placas LPF 0936 e até o mesmo contratou um motorista de categoria "D"; - E no do veículo D-20 de placas LXA 8278 - o seu proprietário também colocou um novo motorista e fez as mudanças no seu transporte com mostra em anexo as fotos do mesmo; - Xérox da notificação enviada para empresa Mendes Locação TDA; - Xérox das Carteiras de Habilitação dos motoristas que colocaram em seus lugares; - Declaração feita e assinada pelo Gerente do Núcleo de Transportes. Veja a seguinte demonstração que nos enviou e faça a comparação com os cadastros enviados: Nº REGISTRADO DA CNH Nº DA ROTA CATEGORIA VÉICULO / PLACA

00532579454 Carrapateira –Realejo

C - F.4000 – HUM 7161

02213709758 Feijão – Curral Velho

B Besta- Kia – KNQ – 6632

04220855710 S. Antonio –Liberalina

AB Kombi – HUQ – 2587

02780783171 S. Antonio – Curral Velho

B Kombi –CDF – 0347

02780783171 Açude dos Sérvolos –Crateús

AB D20- HVA- 8124

04667496355 Palmares – C. do Meio

AB D-20 – LXA – 8278

695726507 Santa Maria-Estação.

B D20 – JLB – 6015

03991500340 Crateús – Realejo AB Kombi – JEA- 729702761750286 B. Esperança -

Queimadas. AB D20 – HUY – 4100

Portanto, buscamos, tempestivamente, corrigir as falhas apontadas no ponto acima, ressaltando mais, que já determinamos a Secretaria de Educação que faça uma rigorosa inspeção na execução do Programa de Transporte Escolar, para a correção de possíveis impropriedades que possam ainda estar acontecendo e apresente uma pronta solução para a tomada de decisão por este Gestor. (Anexo 12 - Documentos referentes ao Transporte Escolar). ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: As justificativas apresentadas pelo Município de Crateús não são suficientes para afastar a CONSTATAÇÃO, tendo em vista os seguintes argumentos: a) Sobre a existência de veículos transportando alunos sem o devido registro como próprio para "transporte de passageiros" junto ao órgão de trânsito, não houve manifestação; b) sobre a divergência no dístico TRANSPORTE ESCOLAR, nenhuma providência foi tomada, como se vê das fotos apresentadas pelo Município. Os veículos continuam com o mesmo dístico de quando foi realizada a fiscalização e, como afirmado na constatação, não atende

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ao padrão exigido pelo CTB; c) sobre a existência de transporte de crianças de 3 a 6 anos em veículos inadequados, apesar de ter sido feita referência sobre a substituição dos mesmos por outros veículos, não se tem certeza da efetivação da mudança, posto que apenas foram apresentadas fotos de outros sem, no entanto, haver qualquer evidência de que os mesmos serão utilizados na solução da falha apontada; d) com referência a bancos de madeiras sem fixação no lastro dos veículos, nada foi demonstrado a respeito, posto que as fotos apresentadas não são suficientes para demonstrar a existência de solução do problema, o mesmo ocorrendo quanto à substituição dos pneus gastos "lisos"; e) por fim, quando aos cintos de segurança, o problema persiste, posto que nada foi apresentado que pudesse demonstrar a solução do problema. Consideramos resolvido a falha no que diz respeito aos EXTINTORES. Assim, consideramos insuficientes as justificativas apresentadas pelo Município, salvo quando aos extintores de incêndio, mantendo-se a constatação quanto aos demais itens acima analisados. 1.1.10 CONSTATAÇÃO: Contratação de motoristas habilitados em categoria não compatível para transporte escolar. FATO: O Município de Crateús, firmou contrato com a empresa MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA - CNPJ 08.639.458/0001-05, cujo objeto é a prestação de serviço de transporte escolar destinado ao transporte dos alunos da rede pública municipal, sendo que tal empresa sublocou os serviços a proprietários de veículos residentes nas próprias localidades da prestação dos serviços. Das análises procedidas na documentação referente à contratação/habilitação constatou-se a existência de motoristas condutores dos transporte habilitados nas categorias AB, B e C, conforme abaixo se demonstra:

Nº REGISTRO DA CNH

Nº DA ROTA CATEGORIA

VEÍCULO/PLACA

00532579454 Carrapateiras – Realejo

C F-4000 – HUM 7161

02213709758 Feijão – curral velho

B Besta Kia – KNQ 6632

04220855710 S. Antonio - Liberalina

AB D-20 – HUQ 2587

02730841080 S Antonio – Curral velho

B KOMBI – CDF 0347

02780783171 Açude Sérvulo - Crateús

AB D-20 – HVA 8124

04667496355 Palmares – C. do meio

AB D-20 – LXA 8278

695726507 Santa Maria – Estação

B D-20 - JLB 6015

03991500340 Crateús – Realejo AB KOMBI – JEA 729702761750286 B. Esperança -

Queimadas AB D-20 - HUY 4100

Fonte: Contratos firmados entre proprietários/motoristas e as empresas contratadas e Cadastro dos motoristas (Município) Vale frisar

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que a tabela acima representa apenas uma amostra. Conforme o disposto no art. 138 da Lei nº 9.503/97, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, o condutor de veículo de transporte escolar deve ser habilitado no mínimo na categoria D, senão vejamos: "Art. 138. O condutor de veículo destinado à condução de escolares deve satisfazer os seguintes requisitos: I - ter idade superior a vinte e um anos; II - ser habilitado na categoria D;" Ressalta-se ainda que os motoristas condutores dos veículos escolares, procedendo da forma como estão, cometem infração administrativa de trânsito gravíssima de forma reiterada, conforme prevê o art. 162, inciso III do CTB. EVIDÊNCIA: Contratos realizados entre as Empresas contratadas e os proprietários/motoristas, cópia da CNH dos motoristas e cópia do CRLV. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/9/2010, o Município de Crateús apresentou a seguinte justificativa: "Quando do recebimento do Relatório Prévio de nº 115, foi realmente constatado que existem motoristas contratados sem a devida habilitação, conforme o previsto no artigo 136 da Lei de Trânsito. Informamos, porém, que já notificamos, imediatamente, a Prestadora dos Serviços para que tome as devidas providências, e que a Empresa imediatamente substitua os profissionais que não apresentem a categoria necessária nas suas Carteiras nacionais de Habilitação. Conforme já foi citado no item 1.1.14. retro, a Empresa Mendes Locação e Veículos LTDA, juntamente com os motoristas e o Setor de Transportes desta Prefeitura estão aguardando a vinda da Comissão do DETRAN, nesse mês de setembro, para que os motoristas possam prestar exames, e, se aprovados, mudarem para a categoria "D", ficando assim, legalizados perante o do Código de Trânsito. Estamos, pois, no aguardo da vinda desta Comissão do DETRAN. Informamos que nos casos que não conseguirem ser solucionados, iremos tomar outra providencia, com a imediata substituição do prestador dos serviços. Informamos, outrossim, que estamos adquirindo 07 ônibus para o transporte escolar, onde iremos substituir gradativamente estes prestadores de serviços de transporte que não venham a se enquadrar na legislação aplicada. (Anexo 13 - Cópia do Ofício da Sec. De Educação e cópia de Convênio)." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: As justificativas apresentadas pelo Município não são suficientes para sanar o problema apontado. Segundo informam, estão "aguardando a vinda da Comissão do DETRAN (...) para que os motoristas possam prestar exames e, se aprovados, mudarem para a categoria "D" (...)". Ora, a segurança das crianças e adolescentes que estão sendo transportados por motoristas inabilitados na categoria exigida pela lei não pode esperar. Trata-se da segurança de suas incolumidades físicas e, neste sentido, um direito da personalidade que não pode estar à espera da boa vontade do gestor para solucionar o problema. A solução do problema tem que ser urgente e imediata. Isso não ocorreu. Assim, permanece a constatação. 1.1.11 CONSTATAÇÃO: Ocorrência de sobrepreço nos valores pagos pelo Município de Crateús à empresa Mendes Locações de Veículos Ltda., nos anos de 2009 e 2010.

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FATO: O Município de Crateús realizou dois procedimentos Licitatórios, cujo objeto foi o serviço de transporte escolar dos alunos da rede pública de ensino do Município para os exercícios de 2009 e 2010, conforme descrevemos a seguir: a)Para o ano de 2009, realizou a Concorrência Pública - autuada sob nº 09/01/SEDC/CP - tendo como vencedora a empresa MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA (CNPJ 08.639.458/0001-15), cujo valor do contrato foi de R$ 2.640.769,33 (dois milhões, seiscentos e quarenta mil, setecentos e sessenta e nove reais e trinta e três centavos); b) Para o ano de 2010, realizou o Pregão Presencial - autuado sob nº 09/05/SEDC/PP, tendo como vencedora novamente a empresa MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA (CNPJ 08.639.458/0001-15), cujo valor do contrato foi de R$ 3.808.500,00 (Três milhões, oitocentos e oito mil reais e quinhentos reais); Da análise dos contratos firmados pelo Município de Crateús com a empresa MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA, e em confronto com os preços praticados nas subcontratações firmados por esta última com os efetivos prestadores, ficou evidenciada a ocorrência de sobrepreço, conforme demonstração a seguir: DEMONSTRATIVO REFERENTE AO EXERCÍCIO DE 2009 (09/01/SEDC/CP):

Veículo(*) CONTRATADA VR PAGO PELO

MUNICÍPIO(R$)

VR PAGO PELA

CONTRATADA (R$)

DIF (R$)

sobrepreço (%)(**)

Caminhonete MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA 1,25

0,85 0,40 47,06%

Caminhão MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA 1,84

1,15 0,69 60,00%

Kombi ou similar

MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA 1,79

1,30 0,49 37,69%

Van ou similar

MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA 1,79

1,35 0,44 32,59%

Ônibus MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA 2,00

1,45 0,55 37,93%

Micro-ônibus MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA 1,79

1,30 0,49 37,69%

*conforme contrato firmado pelo Município e contratos da empresa com os subcontratados. **Diferença percentual entre os valores pagos pelo Município e os valores efetivamente tidos pela empresa (pagamento realizado aos subcontratados). DEMONSTRATIVO REFERENTE AO EXERCÍCIO DE 2010 (09/05/SEDC/PP):

Veículo(*) CONTRATADA VR PAGO P/

MUNICÍPIO(R$)

VR PAGO P/

CONTRATADA (R$)

DIF (R$)

sobrepreço (%)(**)

Caminhonete MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA 1,32

0,85 0,47 55,29%

Caminhão MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA 1,90

1,15 0,75 65,22%

Kombi ou similar

MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA 1,88

1,30 0,58 44,62%

Van ou similar

MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA 1,88

1,35 0,53 39,26%

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33º Sorteio de Unidades Municipais – Crateús - CE

Veículo(*) CONTRATADA VR PAGO P/

MUNICÍPIO(R$)

VR PAGO P/

CONTRATADA (R$)

DIF (R$)

sobrepreço (%)(**)

Ônibus MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA 2,10

1,45 0,65 44,83%

Micro-ônibus MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA 1,90

1,35 0,55 40,74%

*conforme contrato firmado pelo Município e contratos da empresa com os subcontratados. **Diferença percentual entre os valores pagos pelo Município e os valores efetivamente pagos pela empresa (pagamento realizado aos subcontratados). Observa-se de início que a situação irregular, constatada no exercício de 2009, agravou-se no exercício de 2010, posto que o Município pagou valores maiores do que no ano anterior e, em contrapartida a empresa contratada continuou pagando aos subcontratados os mesmos valores de 2009. No contrato de 2009, decorrente da Tomada de Preços nº 09/01/SEDC/CP, o sobrepreço varia entre 37,67% a 60,00%, situação agravada em 2010, quando a variação dos índices pula para 39,26% a 65,22%. Os fatos acima apontados decorre da realidade fática constatada de que a empresa MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA exerce a função de mera intermediadora dos referidos contratos, não possuindo absolutamente nenhum veículo transportando alunos no Município de Crateús, tendo subcontratado 100% (cem por cento) da prestação dos serviços com proprietárias de veículos que residem nas próprias localidades de prestação dos serviços. Acrescente-se ainda que, além disso, conforme os subcontratos, todas as despesas correm por conta do efetivo prestador serviço, isto é, dos proprietários dos veículos subcontratados, não correndo nenhuma despesa por conta da empresa contratada. A situação fica mais grave pelo fato de, conforme verificou-se dos trabalhos de campo, a empresa contratada sequer realiza qualquer fiscalização na prestação dos serviços pelos seus subcontratados, limitando-se a colocar uma representante sua num pequeno escritório na cidade de Crateús, onde os proprietários da empresa comparecem apenas para receber seus valores do Município e repassar parte aos efetivos prestadores dos serviços. Portanto, conclui-se que o Município de Crateús, nos exercícios de 2009 e 2010 (objetos da fiscalização), realizou contratação de empresa para a prestação dos serviços de Transporte dos alunos da rede pública de ensino por valores que caracterizam sobrepreço, posto que contratados por valores muito acima dos do mercado local de transporte escolar. Tal situação contrapõe-se frontalmente aos princípios constitucionais da eficiência e da economicidade e à Lei nº 8.666/93, gerando significativo desperdício e se configura em má gestão dos recursos públicos federais. EVIDÊNCIA: Licitações, contratos e subcontratos citados. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: O Município de Crateús, por meio documento s/n, de 20/9/2010, apresentou a seguinte justificativa: "O ponto em apreço, no tocante ao possível sobrepreço praticado pela

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33º Sorteio de Unidades Municipais – Crateús - CE

Empresa prestadora de Serviços de Transporte Escolar merece uma atenção especial. Assim sendo, enviamos solicitação à Empresa contratada, no sentido de efetuar um completo levantamento de seus custos, através de planilha, para a análise da composição de preços finais cobrados ao Município, pela execução dos serviços. Determinamos, outrossim, à Secretaria da Educação que efetue o levantamento de preços cobrados por outras empresas de transporte escolar, que prestam serviços aos Municípios da nossa Região, para que possamos comparar os preços praticados pela concorrência. Quando do recebimento destes estudos, enviaremos para conhecimento desta CGU e buscaremos as alternativas possíveis, através de repactuação de preços praticados no Contrato. " ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: A resposta apresentada pelo Município nada diz sobre os fatos apontados, limitando-se apenas a informar que o gestor determinou à SEDUC do Município que realize um levantamento sobre os preços praticados, inclusive junto a outras empresas de transporte escolar que prestam serviços nos Municípios da região. Ora, o gestor não necessita, para constatar a existência de sobrepreço, fazer pesquisa alguma. Para isto, basta ver os preços que a Empresa contratada está pagando aos efetivos prestadores dos serviços (motoristas e proprietários dos veículos da região de Crateús) e veria como a margem de lucratividade encontra-se num patamar absurdo. Os custos da empresa contratada não são difíceis do próprio Município constatar, posto que a mesma não tem, praticamente, nenhum custo, todos correm por conta dos sub-contratados e a empresa não possui nenhum veículo de sua propriedade, limitando-se a mesma a manutenção de um pequeno escritório no Município de Crateús. Assim, a constatação permanece, pois sequer foi contestada pelo gestor. 1.1.12 CONSTATAÇÃO: Contratação de empresa tecnicamente incapaz de prestar o objeto, culminando com subcontratação irregular por parte da contratada. FATO: No âmbito do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar - PNATE, exercícios 2009 e 2010, o Município de Crateús realizou dois procedimentos Licitatórios, cujo objeto fora a contratação da prestação de serviços de transporte escolar dos alunos da rede pública de ensino, conforme descrevemos a seguir: a)Para o ano de 2009, realizou a Concorrência Pública - autuada sob nº 09/01/SEDC/CP - tendo como vencedora a empresa MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA (CNPJ 08.639.458/0001-15) cujo valor do contrato foi de R$ 2.640.769,33 (dois milhões, seiscentos e quarenta mil, setecentos e sessenta e nove reais e trinta e três centavos); b) Para o ano de 2010, realizou o Pregão Presencial - autuado sob nº 09/05/SEDC/PP, tendo como vencedora novamente a empresa MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA (CNPJ 08.639.458/0001-15), cujo valor do contrato foi de R$ 3.808.500,00 (Três milhões, oitocentos e oito mil reais e quinhentos reais). Da análise do Procedimento Licitatório de nº 09/01/SEDC/CP, verifica- se a ocorrência de inabilitação de 7 (sete) das 8(oito) empresas que acorreram ao certame, não tendo, estranhamente, nenhuma das desabilitadas recorrido da decisão da CPL. Em data posterior, como era de se esperar, compareceu à sessão de abertura da proposta a única concorrente habilitada - MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA - e, por

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33º Sorteio de Unidades Municipais – Crateús - CE

óbvio sagrou-se vencedora do certame, com uma proposta no valor de R$ 2.640.769,33. Da análise do Procedimento Licitatório nº 09/05/SEDC/PP, verifica-se que acorreram ao certame licitatório as empresas: J.P. LOCAÇÕES DE MÁQUINAS E SERVIÇOS LTDA, MENDES LOCAÇÕES DE VEÍCULOS LTDA, LL CONSTRUÇÕES LTDA, VERSÁTIL CONSTRUÇÕES, LOCAÇÕES E SERVIÇOS LTDA, NEWFORT CONSTRUTORA E PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDA. Logo em seguida foram descredenciadas as três últimas e, credenciadas as duas primeiras (MENDES LOCAÇÃO e J.P. LOCAÇÕES) tendo se sagrado vencedora mais uma vez a empresa MENDES LOCAÇÕES DE VEÍCULOS LTDA com a proposta final de R$ 3.811.000,00 (três milhões, oitocentos e onze mil reais). Ocorre que, a empresa contratada - MENDES LOCAÇÕES DE VEÍCULOS LTDA (CNPJ 08.639.458/0001-15), nos dois anos seguidos (esta também foi vencedora no certame de 2008) no que pese ter cumprido formalmente os requisitos relativos à qualificação técnica na avaliação da Comissão Permanente de Licitação e do Pregoeiro e equipe de apoio, ficou demonstrado, tanto por meio dos trabalhos de fiscalização em campo, quanto pelas circularizações realizadas junto ao endereço da empresa, que a mesma não possui a menor capacidade técnico-operacional para prestar os serviços para os quais foi contratada, senão vejamos: 1) constatou-se que a empresa não possui um só veículo transportando alunos nas rotas existentes no Município de Crateús. Todos os veículos que transportam os alunos da rede pública do Município foram subcontratados junto a proprietários/motoristas que residem na própria localidade de prestação dos serviços; 2) No Município de Crateús a empresa mantém apenas uma pequena sala com um birô, um armário e algumas cadeiras, onde foi verificada a presença de uma pessoa que não soube prestar qualquer informação a respeito dos subcontratos e dos serviços objetos do contrato mantido com o Município, limitando-se a informar que os proprietários da empresa moram em Fortaleza e que somente os mesmos poderiam prestar tais informações; 3) No endereço constante do Contrato firmado com o Município de Crateús - Rua Costa Barros, 1088 - Casa 03 - Aldeota - Fortaleza - Ce - que é o mesmo constante dos Cadastros da Secretaria da Receita Federal, não existe nenhuma empresa funcionando no local. Ao contrário, no endereço existe uma casa residencial e, segundo a pessoa que atendeu quando a fiscalização lá esteve presente, naquele local jamais funcionou qualquer empresa de locação de veículos. Os fatos acima elencados demonstram de modo inequívoco que a empresa MENDES LOCAÇÕES DE VEÍCULOS não possui a menor capacidade técnica e operacional para prestar os serviços de transporte dos alunos da rede pública do Município de Crateús, razão porque a mesma subcontratou 100% (cem por cento) do objeto das licitações da qual sagrou-se vencedora. A suposta empresa funciona como mera intermediadora dos serviços, não tendo um só veículo de sua propriedade, tampouco motoristas seus empregados a desempenhar o serviço. A Lei nº 8.666/93 - art. 30 - é clara quando faz a exigência de comprovação da qualificação técnico-operacional, fazendo constar que "a documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a - inciso II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos, - e, inciso IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso."

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Em nenhum momento se comprova que os licitantes tenham apresentado a "comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação". Nem poderiam atender tal critério pois que se trata de empresas que não existem de fato. Não possuem instalações onde funcionem e, no caso da vencedora, não possui o aparelhamento e pessoal técnico especializado para transportar alunos, notadamente crianças e adolescentes. E mais: No caso sob análise, o gestor público não pode se furtar da exigência constante do inciso IV, acima transcrito, quanto à prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial. É o caso do serviço de transporte de escolares, que é modalidade de transporte coletivo especializado, regulado por Lei Especial, que exige o cumprimento de determinados requisitos dos prestadores de serviços, mais especificamente no que diz respeito ao tipo de transporte, qualificação específica do condutor do veículo, pois deverá apresentar maior segurança que os transportes comuns, haja vista o fato de transportar crianças e adolescentes. Por tais razões é que a Lei nº 9.503/97, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, em capítulo à parte, consagrou exigências específicas que devem ser cumpridas por qualquer pessoa, seja física ou jurídica, que pretenda prestar tal serviço. Inteligência dos artigos 136 a 139 do CTB. Assim, no que diz respeito ao cumprimento da qualificação técnica para a prestação dos serviços de transporte de escolares, é clara a incapacidade da empresa vencedora do certame, pois não apresentou documentação bastante para comprovar sua idoneidade para a futura execução do contrato, tampouco comprovou condições fáticas de cumprir tal mister. Repita-se, tal empresa sequer existe de fato instalada em seu suposto endereço. Quanto à subcontratação, mais uma ilegalidade perpetrada. Ainda que se tivesse verificado a existência real da empresa MENDES LOCAÇÕES DE VEÍCULOS LTDA, a mesma jamais poderia subcontratar 100% (cem por cento) dos serviços que se comprometeu cumprir. O Estatuto Licitatório é claro quando trata da subcontratação de obras ou serviços e não admite em nenhuma hipótese a subcontratação de 100% (cem por cento) do objeto do contrato, senão vejamos: "Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração." Assim, fica claro, da exegese do artigo citado, que é proibida a subcontratação total do contrato, admitindo-se, apenas nos termos da lei, a subcontratação parcial, desde que previsto no edital e no contrato. Conclui-se, portanto, que o Município de Crateús desrespeitou duplamente as exigências legais, no que tange às licitações e execuções dos contratos que envolvem o Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar: a) Contratou empresa que não possuía condições técnico-operacional para a execução do objeto, pois sequer existe estabelecida faticamente no mercado e b) Em face da empresa não possuir a mínima condição de prestar os serviços, subcontratou 100% (cem por cento) do serviço, com a aquiescência do Município, tudo ao arrepio da Lei de Licitações (art. 72). EVIDÊNCIA: - cópia do Edital da Concorrência Pública nº 09/01/SEDC/CP e Ata da

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Sessão Pública, homologação e adjudicação; - Cópia do Edital do Pregão Presencial nº 09/05/SEDC/PP, Ata da Sessão Pública, homologação e adjudicação do objeto; - Cópia de Contratos firmados pela Contratada e alguns dos efetivos prestadores de serviço no Município; -Entrevista realizada com alguns dos prestadores de serviço no Município; -diligências realizadas junto aos veículos e locais de prestação dos serviços; - Registro Fotográfico:

Escritório da Contratada - MENDES LOCAÇÕES DE VEÍCULOS LTDA - Em Crateús.

Escritório - Mendes Locações de Veículos Ltda - Crateús - Sala com birô, mesa, armário e 4 cadeiras

Rua Costa Barros - suposto logradouro da Contratada MENDES

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LOCAÇÕES DE VEÍCULOS LTDA.

Nº 1088 - da Rua Costa Barros - Suposto endereço da empresa MENDES LOCAÇOES DE VEÍCULOS LTDA.

Local onde deveria estar instalada a empresa MENDES LOCAÇÕES DE VEÍCULOS LTDA. Trata-se de uma casa residencial. Segundo informações jamais funcionou no local qualquer Locadora de Veículos.

MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/9/2010, o Município de Crateús apresentou a seguinte justificativa: "Com relação a esta Constatação, qual seja, que a Empresa prestadora de serviços de transporte escolar não dispõe de qualificação técnica, pareceu-nos um tanto exagerada e injusta. Acerca dos procedimentos licitatórios n°s 09/01/SEDC/CP e 09/05/SEDC/PP, nenhuma falha ou irregularidade foi relatada sobre os mesmos. Exceto a subjetividade da análise quando do comentário acerca da licitação 09/01/SEDC/CP, pelo fato dos participantes do certame não ter recorrido de sua desabilitação. Diante desse aspecto, acreditamos que se ocorressem razões que motivassem recurso essas empresas desabilitadas se socorreriam dessa possibilidade. Consoante se observa através do Edital de Julgamento da Habilitação da Concorrência Pública n° 09/01/SEDC/CP, fls. 355/359, foram as empresas desabilitadas por: Gold Locação e Serviços, deixou de apresentar a Certidão Negativa de Débito com o Município de Crateús, de apresentar garantia, não possuir capital social compatível com o estabelecido no edital, de comprovar desempenho de atividade compatível com o objeto licitado, de visita e declaração que não emprega menores (inc. XXXIII, art. 7° da CF). Coliseum Construções e Empreendimento Ltda.,deixou de

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apresentar Cartão atualizado do CGF, CND do Município de Crateús, Balanço Patrimonial, Certidão Negativa de Falência ou concordata, de apresentar garantia, de comprovar aptidão para desempenho de atividade compatível, de visita e declaração que não emprega menores (inc. XXXIII, art. 7° da CF). Souza & Freitas Edificações Ltda., deixou de apresentar CND com o INSS, garantia, de comprovar desempenho de atividade compatível com o objeto licitado, de visita e declaração que não emprega menores (inc. XXXIII, art. 7° da CF). ECTEL Empresa de Construção Terraplenagem e Edificações Ltda., deixou de apresentar Alvará de funcionamento. NORLIMP Construtora e Serviços Ltda., deixou de apresentar Alvará de funcionamento e garantia. JP Locações de Máquinas e Serviços LTda. deixou de apresentar Alvará de funcionamento e declaração que não emprega menores (inc. XXXIII, art. 7° da CF). Torres Martins Serviços e Construções Ltda., deixou de comprovar visita e ausência de capital social mínimo estabelecido no edital. Quanto a capacidade técnica operacional, para efeito de responsabilização, cumpri-nos ressaltarmos que como bem evidencia o relatório, a empresa Mendes Locações de Veículos Ltda. cumpriu todas os requisitos relativos à qualificação técnicas estabelecidos nos editais dos processos licitatórios n°s 09/01/SEDC/CP e 09/05/SEDC/PP. Sendo levantada suspeição sobre sua efetiva capacidade técnica operacional além da documentação apresentada e exigida nos certames. Rogamos atenção para a documentação presente nos processos licitatórios, notadamente, em cumprimento a qualificação técnico- operacional. O referido relatório apontou, dentre os defeitos dos veículos, a falta de cintos de segurança, o transporte em carrocerias e falta de cintos de segurança a todas as crianças, posto que só possuem cinto de segurança na boléia dos mesmos. Ocorre que, como se percebe da própria exigência do edital, para alguns trechos foram exigidos caminhonetes, como as verificadas pela fiscalização. Destaca-se que essa exigência não é de modo algum absurda, posto que, nos referidos trechos, não podem ser atendidos por veículos comuns, mas apenas por aqueles veículos mais altos de modo a poder superar as condições das estradas de acesso à residência de alguns alunos. Não nos esqueçamos que esse acesso seria impossível em algumas épocas do ano por outros veículos, o que poderia ocasionar o não atendimento do transporte escolar em algumas localidades, o que, conforme se entende, não é o desejado, seja pelos alunos, seja pela empresa, seja pelo Município, seja pela própria CGU. Diante disso, faz-se obrigatório o transporte a algumas localidades da forma conforme está sendo realizada, sob pena de não atendimento pelo serviço de transporte escolar por total inacessibilidade dos mesmos. 1 - Da habilitação de alguns motoristas A empresa compromete-se a regularizar a situação dos seus motoristas com a maior brevidade possível, solicitando apenas que a situação atual seja tolerada por um prazo razoável apenas para que não aja a interrupção do serviço público em detrimento dos alunos. 2 - Da capacidade técnica da empresa. O Relatório cita que a empresa não seria tecnicamente capaz por 3 aspectos: a empresa não possui nenhum veículo transportando alunos; a empresa não possui sede no município e; supostamente a empresa não existe. Inicialmente cabe destacar que não é exigido que a empresa possua veículos próprios para realizar a atividade contratada, tampouco que

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possua uma grande estrutura no município. A exigência que lhe faz é apenas de que execute o serviço de modo adequado nos parâmetros contratados, o que tem sido realizado pela empresa, os problemas apontados já estão sendo solucionados. Por fim, o Relatório distorce os fatos quando trata da inexistência da Empresa, posto que relata que no endereço da Empresa, a saber, Rua Costa Barros, 1088, casa 03, Aldeota, Fortaleza - CE, não existe nem nunca existiu uma empresa de locação de veículos, facilmente comprovado através do alvará de funcionamento da Empresa, fornecido pela Prefeitura Municipal de Fortaleza. Tal fato foge à verdade, posto que o fiscal dirigiu-se ao local, contatando a funcionária Ruthinéa, a qual informou que o sócio estava viajando, mas confirmou a existência da Empresa, perguntando se o fiscal gostaria de anotar o número do celular deste, ou se gostaria de deixar algum telefone de contato, tendo o fiscal deixado a empresa sem deixar qualquer número de contato. Não pode haver qualquer engano, a Empresa existe, funciona no seu objeto, conforme a série de multas recebidas por seus veículos. Ou seja, a empresa existe e atua na área contratada e tem sua sede no local indicado em Fortaleza, por mais que não possua qualquer placa indicativa de tal, posto que não atua para o público em geral. 3 - Da subcontratação e do sobrepreço. O mesmo Relatório diz ter havido total subcontratação dos serviços contratados, com sobre-preço, em detrimento da administração pública, que, segundo seu juízo, seria prejudicada. Essa interpretação, todavia, não tem como prosperar, posto que a Mendes Locação não subcontratou nenhuma outra empresa para realizar o objeto da licitação para a qual se saiu vencedora, mas sim realizou a contratação de motoristas locais para prestar o serviço ao município, com o único intuito de manter a renda no próprio Município em vez de trazer motoristas de outros municípios que nada deixariam em Crateús, além de elevar consideravelmente os custos de transporte, e consequentemente, o valor final a ser cobrado ao Município. Destaque-se que, esses motoristas, nunca teriam condições de participar de uma licitação da Prefeitura, seja porque não teriam interesse, seja porque não conseguiriam se organizar, para poder atender todas as rotas que seriam necessárias para a Administração Pública Municipal. De tal modo que os serviços que prestam à Empresa vencedora da licitação é popularmente classificado como "bico", posto que não lhes exige muito tempo e, via de regra, não é sua principal atividade profissional, sendo em verdade um complemento à sua renda. Não custa lembrar que a subcontratação vedada pela Lei de Licitações trata-se da contratação realizada pela empresa vencedora que poderia ter sido realizada pela própria Administração. No presente caso, a contratação dos motoristas pela Administração só poderia ocorrer se esta realizasse concurso próprio para este fim, incorporando estes cidadãos em seu quadro de funcionários, o que, com certeza traria um ônus indesejado à Administração. Assim, ante como esses motoristas não participariam de qualquer licitação, portanto, não podem ser considerados como "mercado local" de modo que os valores por eles recebidos possa ser classificado como sobre-preço ao valor pago à empresa vencedora da licitação, posto que nunca estariam à disposição para serem contratados pela Administração Pública Municipal. Não custa lembrar que os valores pagos à empresa vencedora da licitação estão de acordo com os valores praticados no mercado, este sim, referência para a classificação de um sobrepreço.

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Esclarecemos que a Prefeitura Municipal de Crateús, não possui qualquer ingerência nos preços negociados entre as partes (motorista x Mendes Locação). O processo licitatório foi executado de forma que o maior numero de empresa participassem, objetivando sempre, contratar pelo menor preço, porém, garantindo a qualidade dos serviços, ora contratado. Não obstante, apenas por amor ao debate, ainda que não ocorresse a situação acima, o edital das licitações, sub examen, em nada proíbem a subcontratação, posto que seu maior interesse a prestação do serviço de transporte escolar, o que tem sido realizado a contento. Diante de todo o exposto, não há de se falar em sobre-preço dos valores pagos, tampouco de violação à legislação brasileira. Estamos enviando, para análise, farta documentação que comprova que a Empresa está devidamente registrada. Informamos que, em nenhum momento, a legislação inerente ao assunto, determina que a licitante vencedora tenha a propriedade integral ou parcial da frota locada, portanto sendo silente neste particular, não cabendo questionamentos. Outrossim, a decisão do percentual a ser sublocado, se for o caso, está restrita a uma decisão da administração, até o limite admitido, em cada caso. Neste caso em particular, o limite admitido pela Administração foi de 100%, conforme decisão discricionária do Gestor. Portanto, não há qualquer proibição em se admitir a integralidade da sublocação, inexistindo portanto impropriedade, neste caso, a ser corrigida. (Anexo 14 - Documentação relativa à habilitação da Prestadora de Serviços de Transportes)". ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: No que pese a dificuldade de se entender as justificativas apresentadas, posto que em um momento afirma a inexistência de um fato e logo após afirma sua existência, passamos a analisar os argumentos do gestor: a) em primeiro lugar esta constatação não diz respeito à existência de sobrepreço, tampouco sobre irregularidades nos veículos que transportam alunos ou de seus motoristas. Estes fatos foram apontados noutro ponto e, para tanto outros argumentos foram apresentados e analisados. Assim, no que diz respeito a estes, deixa-se de analisá- los, posto que estão fora do contexto das falhas apontadas; b) Sobre a inexistência da empresa no endereço mencionado, alega o Município que a fiscalização foi ao local e, em contato com uma funcionária da empresa, a mesma confirmou sua existência e que seu sócio estaria viajando. Ora, a existência de uma empresa se dá tendo em vista dois requisitos: 1) que a mesma cumpra as exigências da lei quanto a possuir registros nos órgãos públicos (RPEM, Prefeituras, SRF, INSS etc); 2) que a mesma possua uma existência fática, que esteja estabelecida em um endereço, que possua estabelecimento (conjunto de bens indispensáveis que o empresário reúne para a exploração de sua atividade econômica, tais como mercadorias em estoque, máquinas, veículos, tecnologia, marcas e outros sinais distintivos, prédios etc. Trata-se de elemento indissociável à empresa). Nunca se afirmou que a MENDES LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA não existia no mundo jurídico e, sim, no mundo fático, posto que a fiscalização não encontrou nenhum estabelecimento, nenhum veículo, nenhum local onde funcione uma empresa LOCADORA DE VEÍCULOS. O Mínimo que se espera encontrar numa empresa LOCADORA DE VEÍCULOS é a existência de veículos para locar. De outra banda a existência de alguns veículos (4) não prova absolutamente nada a respeito da existência fática da empresa, notadamente se os mesmos não são

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utilizados na prestação dos serviços (transporte dos alunos). Portanto, quanto a este ponto, ficou evidenciado que a empresa não existe no local apontado como sendo sua sede. As fotografias apresentadas pelo Município não se prestam a provar absolutamente nada a este respeito, pois fotos de birôs, mesas, cadeiras e computadores, por si sós, nada dizem quanto à existência da empresa; c) A respeito da subcontratação irregular, alega o Município que ela não ocorreu e, só ocorreria subcontratação prevista na Lei nº 8.666/93 se a empresa contratada tivesse subcontratado outra empresa. Argumenta ainda que os proprietários de veículos jamais poderiam ser contratados diretamente pelo Município, pois os mesmos nunca teriam condições de participar de uma licitação, seja por falta de interesse, seja porque não poderiam se organizar para atender as rotas. Ora, conforme a doutrina e a jurisprudência do TCU "subcontratação ocorre quando o contratado entrega parte da obra, serviço ou fornecimento a terceiro estranho ao contrato, para que execute em seu nome parcela do objeto contratado" (Licitações e contratos - Orientações e jurisprudência d o TCU - 4ª Ed. 2010. Revista, atualizada e ampliada). Para que haja subcontratação não é imprescindível que o subcontratado seja empresa. O que é necessário para caracterização da subcontratação é que o contratado entregue o objeto para ser executado por um terceiro estranho ao contrato. E, como poderia o gestor, a priori, afirmar que os proprietários de veículos não poderiam participar da licitação? A Lei nº 8.666/93, art. 6º XV, diz textualmente que "contratado - é a pessoa física ou jurídica signatária de contrato com a Administração Pública". Portanto, poderiam sim participar da licitação como pessoas físicas. O que ocorre é que, conforme informação dos proprietários dos veículos subcontratados informaram, sequer souberam da existência do procedimento; d) ainda quanto à subcontratação, o gestor fez constar em suas justificativas que "a decisão do percentual a ser sublocado, se for o caso, está restrita a uma decisão da administração, até o limite admitido, em cada caso. Neste caso em particular, o limite admitido pela Administração foi de 100%, conforme decisão discricionária do Gestor. Portanto, não há qualquer proibição em se admitir a integralidade da sublocação, inexistindo portanto impropriedade, neste caso, a ser corrigida". Ora, no item "c" acima, o gestor afirmou que não houve a subcontratação e, agora já afirma que "o limite admitido pela Administração foi de 100%. De qualquer forma, mais uma vez o gestor se equivoca em suas interpretações. Em primeiro lugar, o fato de inexistir no edital proibição da subcontratação não autoriza que o gestor ao seu talante, discricionariamente, escolha o percentual. Para que o gestor pudesse admitir a subcontratação necessário é que existisse a previsão no instrumento convocatório e, não havendo tal autorização, infringe regra básica dos princípios administrativos constitucionais. É que, para a administração pública o princípio da legalidade não é aplicado da mesma forma que ao particular. Para o particular, basta a não existência de regra proibitiva e tudo lhe é permitido fazer, conforme previsão do art. 5º, inciso II da CF, que informa que "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei". A legalidade, para a Administração, se dá de forma inversa, isto é, ela somente poderá praticar algum ato quando a lei autorizar. No silêncio da lei, o particular poderá praticar o ato, enquanto a Administração Pública, no silêncio da lei,

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está proibida de praticar. No caso em tela a subcontratação não está prevista no Edital, mas mesmo que esteja ou estivesse, mais uma vez repete-se, ela não poderá se dar com relação a 100% (cem por cento) dos serviços e, foi exatamente o que ocorreu. Inteligência do art. 72 da Lei de Regência das licitações. Por todo o exposto, entendemos que a constatação deve permanecer no inteiro teor do que foi apontado, pois os argumentos do gestor são incabíveis para justificar os erros delineados pela fiscalização. AÇÃO : 4046 DISTRIBUICAO DE MATERIAIS E LIVROS DIDATICOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL - NACIONAL OBJETIVO DA AÇÃO : Prover de livros e materiais didáticos e de referência as escolas pú- blicas do ensino fundamental, das redes federal, estadual, municipal e do Distrito Federal, visando garantir a equidade nas condições de acesso e a qualidade do ensino público brasileiro e, quando possível, distribuí-los aos alunos matriculados e professores de escolas na mo- dalidade plurilíngue, no exterior, que cursem ou lecionem a língua portuguesa como língua estrangeira, preferencialmente nos países do Mercosul. ORDEM DE SERVIÇO : 252379 OBJETO FISCALIZAÇÃO: - Atendimento a todos os alunos do Estado/Município; - Escolha dos livros didáticos por parte da escola (prazos, formas, normas etc); - Avaliação do processo de distribuição, utilização, conservação e remanejamento do livro didático; - Gerenciamento do Programa do Livro Didático por parte da SEDUC/Pre- feitura; - Utilização do sistema SISCORT; - Utilização da Reserva Técnica; - Conservação do livro didático. AGENTE EXECUTOR : MUNICIPIO DE CRATEUS/PREFEITURA MUNICIPAL ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: Não se aplica 1.1.13 CONSTATAÇÃO: Sistema SISCORT não é usado para gerenciamento do livro no município de Crateús. FATO: Por meio da Solicitação de Fiscalização nº 04, de 04/08/2010, foi solicitado à Prefeitura Municipal de Crateús, documentos e relatórios extraídos do Sistema SISCORT para o gerenciamento do Programa do Livro Didático - PNLD no ano de 2010. Em resposta, a Secretaria Municipal de Educação emitiu Ofício 380/2010, de 10/08/2010, informando que as escolas do município de Crateús não utilizaram o Sistema SISCORT no ano de 2009, nada informando em relação ao ano de 2010. Durante os trabalhos de campo, em entrevista com a Técnica da Secretaria Municipal de Educação responsável pelo PNLD no município, foi informado que não há quaisquer registros do SISCORT no ano de 2010, pois não há conhecimentos técnicos por parte da equipe do PNLD para a utilização do sistema.

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Durante as visitas cinco às escolas constantes da amostra, foi constatado que o Sistema SISCORT não é utilizado pelas escolas. Os responsáveis por quatro escolas da zona rural que foram visitadas pela equipe de fiscalização informaram que não sabem da existência do sistema. Já o responsável pela escola da zona urbana, que foi visitada, informou que o gerenciamento do livro fica a cargo da Secretaria Municipal de Educação, não tendo a escola a responsabilidade de alimentação ao Sistema SISCORT. EVIDÊNCIA: Ofício nº 378/2010 de 10/08/2010 da Secretaria Municipal de Educação de Crateús; Visitas às escolas Videlina Maria da Conceição, João Afonso Almeida Vale, José de Oliveira Camerino, Amadeu Catunda e José Araújo Veras; Entrevista com responsável pelo gerenciamento do PNLD na Secretaria Municipal de Educação. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, datado de 20/09/2010, gestor apresentou a seguinte justificativa: "No tocante a este ponto, que se refere a não utilização do SISCORT, Sistema de Controle e Reserva Técnica, pelas escolas públicas municipais do nosso município, a constatação realmente procede. No ano de 2009 não houve alimentação do sistema por falta de informação do grupo gestor das escolas. No ano em curso, em virtude da informatização da maioria das escolas da Zona Urbana e Rural, e com a participação de técnicos da Secretaria em cursos de capacitação na SEDUC, referente ao PNLD e SISCORT, haverá um acompanhamento com mais precisão da entrada e saída de livros em nossas escolas assim como, no remanejamento do excedente para outras escolas onde o número de livros for inferior ao número de alunos, visto que são disponibilizados de acordo com o Censo Escolar relativo ao ano anterior. Já houve a primeira capacitação, na SEDUC- Secretaria de Educação do Estado do Ceará, conforme se comprova via Ofício,ficando acordado que uma segunda capacitação acontecerá no final do ano letivo em curso, período em que há a devolução e entrega dos livros, oportunidade em que poderemos efetivar a alimentação do Sistema, possibilitando melhor aproveitamento dos livros. Segue, também, em anexo, Declaração de participação nas capacitações para o PNLD e SISCORT. (Anexo 15 - Ofício da SEDUC e Declaração de Participação)". ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: A utilização do sistema SISCORT é obrigatória, tendo o Gestor ciência quando da adesão ao Programa Nacional do Livro Didático - PNLD. Neste sentido, a equipe técnica responsável pelo gerenciamento do Programa no município de Crateús deve ser apta a utilizar o SISCORT, evitando assim deficiências na gestão do programa. No ano de 2009 e 2010 o SISCORT não foi utilizado e isso foi afirmado na manifestação ora analisada, corroborando a afirmação de que a equipe ainda está sendo capacitada para utilização do sistema. Neste sentido, mantém-se a constatação. 1.1.14 CONSTATAÇÃO: Existência de alunos sem livros do PNLD. FATO: Foram visitadas cincos escolas no município de Crateús, quais sejam: Escola de Cidadania Amadeu Catunda, Escola de Cidadania Videlina Maria

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da Conceição, Escola de Cidadania João Afonso Almeida Vale, Escola de Cidadania José de Oliveira Camerino e Escola de Cidadania José de Araújo Veras. Em cada escola foram realizadas entrevistas com 10 alunos para identificar se os mesmos receberam os livros do PNLD vigente. Foi constatado que alunos das cinco escolas não receberam livros conforme segue descrito: 1) Na Escola de Cidadania Amadeu Catunda: a Diretora da Escola informou que os livros do 4º ano não foram suficiente para todos os alunos desta série. 2) Na Escola de Cidadania Videlina Maria da Conceição: três alunos do 3º ano e dois alunos do 4º ano afirmaram que não receberam livros do PNLD. 3) Na Escola de Cidadania João Afonso Almeida Vale: a Professora informou que nenhum dos alunos desta escola recebeu livros do PNLD. Foi verificado que os alunos utilizam um outro material didático nas aulas. 4) Na Escola de Cidadania José de Oliveira Camerino: foi constatado que um aluno do 1º ano não recebeu livros do PNLD; um aluno do 1º ano recebeu livro apenas de uma disciplina; uma aluna do 2º não recebeu livros do PNLD e três alunos do 3º ano não receberam livros do PNLD, tendo sido encontrado em uso outro material didático fornecido pela escola. 5) Na Escola de Cidadania José de Araújo Veras: dois alunos do 1º ano e dois alunos do 2º ano não receberam livros do PNLD. A Diretora da Escola informou à equipe de fiscalização que os alunos dessas duas séries não utilizam livros do PNLD nas aulas, apenas como complemento, motivo pelo qual não foi entregue livros do PNLD aos alunos. A existência de alunos sem livros implica que há deficiência no gerenciamento do PNLD por parte da Prefeitura Municipal de Crateús. EVIDÊNCIA: Visita às escolas Videlina Maria da Conceição, João Afonso Almeida Vale, José de Oliveira Camerino, Amadeu Catunda e José Araújo Veras; Entrevista com os gestores das escolas visitadas; Entrevista com alunos das escolas visitadas; Lista de livros enviados pelo FNDE às escolas visitadas. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, datado de 20/09/2010, o gestor apresentou a seguinte justificativa: "Quanto a este ponto consignado no Relatório de Fiscalização, de que existem alunos que não foram contemplados com o livro didático, temos a informar: Na ESCOLA DE CIDADANIA VIDELINA MARIA DA CONCEIÇÃO, quando a professora informou à Equipe de Fiscalização que a Secretaria Municipal de Educação não enviou para as escolas livros do 1º e 2º anos. Informamos que a Escola trabalha com o Programa Escola Ativa, portanto utiliza livros diferentes dos que são utilizados por crianças atendidas pelo PAIC-Programa de Alfabetização na Idade certa. Informamos ainda que os livros do Programa Escola Ativa, só chegaram ao nosso Município no mês de agosto e que até esse período as crianças utilizaram livros excedentes que foram doados para Escola, passando a utilizar o livro da Escola Ativa a partir de então. A Escola funciona com a modalidade multiseriada, ou seja, Escola Ativa recebeu livros do PNLD, no dia 27 de janeiro de 2010, e da modalidade em 09/08/2010 sendo o mesmo assinado pela professora que conduz a sala L.F.R., conforme documento e os da Escola Ativa a

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Coordenadora Técnica Pedagógica F.E.S.S. Na ESCOLA DE CIDADANIA JOÃO AFONSO ALMEIDA VALE, quando a professora informou que o FNDE enviou livros das disciplinas de ciências, geografia, português, historia e matemática do 4º ano, bem como da disciplina de história do Ceará do 4º e 5 ano. A Escola supracitada é um anexo da Escola de Cidadania de Realejo, onde funciona uma sala 1º ano. Na ESCOLA DE CIDADANIA JOSÉ DE ARAUJO VERAS - localidade de QUEIMADAS, informamos que não há negligência por parte da Prefeitura, conforme informado pela Diretora da referida Escola. A situação real dos aspectos didáticos é que os alunos do 2º ano são atendidos pelo PAIC-Programa de Alfabetização na Idade Certa. O fato do numero de livros ter sido menor que o numero de alunos deve-se ao fato da entrega ser de acordo com o Censo Escolar do ano anterior. Na ESCOLA DE CIDADANIA JOSE DE OLIVEIRA CAMERINO - localidade de PATOS, mediante a informação da diretora da referida escola à equipe de Fiscalização que a Secretaria Municipal de Educação só teria enviado um manual do 2º ano, não tendo sido fornecido livros. A escola funciona com a modalidade multiseriada, ou seja, Escola Ativa, recebeu livros do PNLD, no dia 17 de janeiro de 2010, e da modalidade em 13/08/2010, sendo o mesmo assinado pela Professora A.A., responsável pela referida sala. Conforme documento em anexo, podemos constatar a relação do livros, onde a Diretora assinou o recebimento. (Anexo 16-Relatório da Proposta do Programa Escola Ativa e PAIC e Controle de entrega de Kits)." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Mantém-se a constatação, considerando os seguintes aspectos: A manifestação do gestor em relação à existência de alunos sem livros na "Escola de Cidadania Videlina Maria da Conceição" referem-se aqueles alunos que utilizam livros de outro programa didático, diferente do PNLD. A equipe de fiscalização refere-se somente aos livros do PNLD aos quais foram enviados para a Prefeitura pelo FNDE, sendo, portanto, encontrados alunos sem os mesmos em sala de aula no momento da fiscalização. Já a Escola de Cidadania João Afonso Almeida Vale, mesmo sendo anexo de outra escola e funcionando apenas turmas de 1º ano, recebeu do FNDE livros de outras séries, não sendo a escola anexa a outra para efetivo recebimento de livros do PNLD. No momento da fiscalização, nenhum dos livros enviados pelo FNDE foi encontrado na escola, nem documentos que comprovassem a destinação destes livros. Para a "Escola de Cidadania José de Araújo Veras, sendo o número de livros insuficientes, assim como detectado pela equipe de fiscalização, a Prefeitura deveria diagnosticar o fato para sanar o problema ocorrido, seja pelo pedido de novos livros, seja pelo remanejamento de sobras de outras escolas. Assim sendo, não houve qualquer apresentação de documentos comprovatórios das providências tomadas pela Prefeitura para solucionar a falta de livros na escola. Além disso, no momento da fiscalização, foi detectado que os alunos não utilizam livros do PNLD nas aulas, não sendo portanto, aceitável a justificativa de que os alunos receberam livros do PNLD. Com relação ao documento informado na justificativa que trata dos fatos referentes à 'Escola de Cidadania José de Oliveira Camerino", trata-se de escola localizada na comunidade de Patos, sendo que a fiscalização refere-se à escola localizada na comunidade de Bebida Nova. Os documentos ora informados no anexo 16 não dizem respeito à escola fiscalizada, nem mesmo assinados por Diretor mencionado na justificativa. No momento da fiscalização, alunos desta escola foram

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encontrados sem livros e nos documentos, então apresentados pela Prefeitura para a referida escola só constam envio de manuais. 1.1.15 CONSTATAÇÃO: Livros destinados às escolas da zona rural não foram entregues pela Prefeitura de Crateús. FATO: Os livros destinados às escolas da zona rural são enviados pelo FNDE via ECT para a Secretaria Municipal de Educação de Crateús, a qual é responsável de realizar a entrega nas escolas. Durante visitas às quatro escolas da zona rural, foi identificado que três escolas não receberam da Secretaria Municipal de Educação de Crateús a totalidade dos livros que foram enviados pelo FNDE no ano de 2010, como segue: - Na Escola de Cidadania Videlina Maria da Conceição, a Professora informou à equipe de fiscalização que a Secretaria Municipal de Educação não enviou para a escola livros do 1º e 2º ano. No documento de entrega dos livros à escola fornecido pela Secretaria Municipal de Educação, só não consta o envio dos livros do 1º ano, mas o respectivo documento não está assinado pelo diretor da escola nem responsável legal pelo recebimento dos livros. O FNDE enviou livros das disciplinas de matemática e português do 1º ano bem como das disciplinas de português, matemática, ciências, geografia e história do 2º ano para esta escola. - Na Escola de Cidadania João Afonso Almeida Vale, a professora informou que não foi enviado livros para os alunos. O FNDE enviou livros das disciplinas de ciências, geografia, português, história e matemática do 4º ano bem como da disciplina História do Ceará do 4º e 5º ano. Importante ressaltar que estas séries não funcionam na respectiva escola, tendo apenas uma turma da série de 1º ano, e ainda assim, a Secretaria Municipal de Educação forneceu um documento de entrega destes livros que foram enviados pelo FNDE para esta escola, a qual se encontra assinado por um responsável, em nome do Diretor. - Na Escola de Cidadania José de Oliveira Camerino, a Diretora da Escola informou à equipe de fiscalização que a Secretaria Municipal de Educação de Crateús só enviou um manual do 2º ano para escola, não tendo sido fornecido livros. No documento fornecido pela Secretaria Municipal de Educação só consta o envio de 03 manuais para a escola. O FNDE enviou para esta escola uma quantidade de 14 livros em cada disciplina de português e matemática do 1º ano. Para o 2º ano, o FNDE enviou livros das disciplinas de português, matemática, geografia, história e ciências. Importante ressaltar que não foi encontrado estoque de livros nas escolas e nem na Secretaria Municipal de Educação de Crateús. EVIDÊNCIA: Visitas às escolas da zona rural: Videlina Maria da Conceição, João Afonso Almeida Vale, José de Oliveira Camerino e José Araújo Veras; Visita à Secretaria Municipal de Educação de Crateús; Relação de livros enviados às escolas da amostra pelo FNDE. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, datado de 20/09/2010, gestor apresentou a seguinte justificativa: "Com relação a este ponto, informamos que a Prefeitura Municipal de Crateús recebe, através da Empresa de Correios, os livros do PNLD e faz a entrega ao grupo gestor das escolas, através do controle de recebimento e entrega dos exemplares no almoxarifado da Secretaria de

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Educação. Informamos que quando há um número de alunos maior que o número de livros a serem distribuídos, justifica-se pela informação do Censo Escolar do ano anterior, visto que a distribuição é realizada com base em dados estatísticos passados. O grupo gestor das escolas tem total responsabilidade quanto a distribuição destes livros. Portanto, não pode ser imputada culpa ao Gestor Municipal pela possível ocorrência de falta de livros para alguns alunos, pois a responsabilidade deve ser imputada ao próprio Ministério da educação, que já foi devidamente informado do fato. Como os livros didáticos são enviados com base no Censo Escolar do ano anterior, é evidente que, com o crescimento vegetativo da população escolar, este número de alunos é sempre maior, ocasionando a falta de livros. (Anexo 17 - Mapa de Controle de Entrega de livros Didáticos). ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: A manifestação não elide à constatação. No momento da fiscalização a situação encontrada foi divergente da que esta sendo explicitada pelo gestor municipal. A constatação será mantida. AÇÃO : 8744 APOIO A ALIMENTACAO ESCOLAR NA EDUCACAO BASICA - NO ESTADO DO CEARA OBJETIVO DA AÇÃO : Esta ação é conhecida como Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Ela visa efetuar transferência direta de recursos financeiros às secretarias de educação dos Estados e do Distrito Federal, às prefeituras municipais e às escolas federais para atender alunos da educação básica matriculados em escolas públicas e nas filantrópicas, que tenham registro e certificado no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e que oferecem alimentação escolar e, ainda,as escolas indígenas e escolas localizadas em comunidades quilombolas declaradas no censo escolar. ORDEM DE SERVIÇO : 252245 OBJETO FISCALIZAÇÃO: Aquisição, armazenagem e distribuição dos gêneros alimentícios pela Prefeitura Municipal/SEDUC/Escolas Executoras/Empresas Terceirizadas; - Recebimento e armazenagem dos gêneros, elaboração da merenda e ofer- ta da refeição aos alunos pelas escolas e empresas terceirizadas; - Atuação do Conselho de Alimentação Escolar - CAE. AGENTE EXECUTOR : MUNICIPIO DE CRATEUS/PREFEITURA MUNICIPAL ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 669.546,80 1.1.16 CONSTATAÇÃO: Ausência de Controle de estoque dos gêneros alimentícios do Programa de Alimentação Escolar nas escolas. FATO: A Prefeitura de Crateús recebe recursos do Programa de Alimentação Escolar - PNAE através de conta corrente específica e em seguida transfere o valor respectivo às Escolas Pólos, a fim de que estas gerenciem a compra e oferta de merenda ao alunado respectivo. Este processo de descentralização da aquisição e gerenciamento da merenda escolar no município advém da Lei nº 504/02, de 29/10/2002. Foram realizadas visitas em cinco escolas constantes da amostra, quais

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sejam: Escola de Cidadania Videlina Maria da Conceição, Escola de Cidadania João Afonso Almeida Vale, Escola de Cidadania Joaquim Braz de Oliveira, Escola de Cidadania José de Oliveira Camerino e Escola de Cidadania Creche José Bezerra Lima, e constatou-se que as escolas não possuem controle de estoque, não tendo entrada ou saída dos gêneros alimentícios adquiridos. As notas fiscais não são atestadas por servidor responsável indicando a entrada dos alimentos, sendo que não existe uma pauta de compra. Importante ressaltar que o transporte do alimento dos fornecedores à escola afeta diretamente qualquer controle por parte das escolas, pois os diretores afirmaram que os fornecedores não realizam entregas, sendo o transporte a responsabilidade de cada escola . Este é feito em carros particulares, os chamados regionalmente de "carros de horário", juntamente a passageiros, e sem efetivamente existir controle por parte dos gestores escolares. EVIDÊNCIA: Visitas às escolas Videlina Maria da Conceição, João Afonso Almeida Vale, José de Oliveira Camerino, Joaquim Braz de Oliveira e Creche José Bezerra Lima, e entrevista com os gestores escolares; Notas fiscais dos produtos adquiridos. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, datado de 20/09/2010, gestor apresentou a seguinte justificativa: "Com relação a este ponto, onde está consignada a ausência do controle de estoque, informamos que esta situação não pode ser inferida, uma vez que, mensalmente acontece uma reunião geral com os gestores e que os mesmos foram capacitados com relação ao PNAE, especialmente no tocante ao controle de estoque dos gêneros alimentícios. Apresentamos, em anexo, comprovação dos treinamentos que foram efetivados, buscando-se aprimorar o ponto em questão.(Anexo 18 - Formação/treinamento, Alimentação Escolar, orientações de prestação de contas, Fichas de Prateleira, Reunião com os Diretores, e Reunião com os Gestores)". ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Os documentos apresentados pelo Gestor Municipal, identificados no Anexo 18, não comprovam o Controle de Estoque dos gêneros alimentícios adquiridos com recursos do PNAE, sendo apenas listas de frequência de reuniões realizadas pela Prefeitura com Diretores das escolas municipais. O documento "Ficha de Prateleira" - em branco, constante no anexo, não foi encontrado nas escolas quando da realização da fiscalização em campo. Sendo a situação encontrada em campo diversa da informação prestada pelo Gestor na manifestação, mantém-se a constatação. 1.1.17 CONSTATAÇÃO: Inexistência de Teste de Aceitabilidade do cardápio da merenda escolar. FATO: Em resposta à Solicitação de Fiscalização nº 04, de 04/08/2010, a Prefeitura Municipal de Crateús, através da Secretaria Municipal de Educação emitiu ofício nº 380/2010, de 10/08/2010, com anexo, informando à equipe de fiscalização que houve a realização de teste de aceitabilidade do cardápio da merenda escolar, mas não forneceu documentos que comprovem a informação.

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Nas visitas às escolas da amostra foi informado à equipe de fiscalização pelos Gestores Escolares que não houve a aplicação do teste para identificar a aceitabilidade do cardápio. As Escolas deveriam aplicar o teste, seguindo os normativos do PNAE, visto que foi informado pela Secretaria de Educação, através de documento anexo ao ofício acima citado, que o cardápio foi modificado, considerando ainda que o cardápio deve ser periodicamente avaliado junto aos alunos. EVIDÊNCIA: Visita às escolas Videlina Maria da Conceição, João Afonso Almeida Vale, José de Oliveira Camerino, Joaquim Braz de oliveira e Creche José Bezerra Lima, com as respectivas entrevistas; Oficio 380/2010 da Secretária Municipal de Educação de Cratéus, datado de 10/08/2010. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, datado de 20/09/2010, gestor apresentou a seguinte justificativa: "Informamos a esta Controladoria que, ao nos depararmos com o ponto em questão, determinamos à Secretaria de Educação e à Coordenação Municipal do Programa De Alimentação Escolar - PNAE a imediata realização do Teste de Aceitabilidade dos produtos que compõem o cardápio da merenda escolar, servidos à clientela estudantil. Conforme decisão da Secretária de Educação, em cooperação com a profissional Nutricionista, os referidos Testes já estão sendo aplicados nas Unidades Educacionais da Sede do Município, e, posteriormente, serão também aplicados nas Escolas Rurais. Os resultados dos primeiros testes já aplicados foram altamente satisfatórios, demonstrando o elevado grau de acerto na gama de produtos que é servida na alimentação escolar. ( Anexo 19 - Teste de Aceitabilidade)". ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Mantém-se a constatação pois: Os documentos apresentados pelo Gestor no referido anexo 19, informado na manifestação, diz respeito àqueles já apresentados à equipe de fiscalização durante os trabalhos de campo e que não representam a realidade quanto à aplicação do teste de aceitabilidade do cardápio da merenda escolar nas escolas do município. Além disso, o gestor não apresentou os respectivos testes realizados, tendo apenas enviado, na manifestação, modelo em branco. 1.1.18 CONSTATAÇÃO: Merenda escolar composta por alimento proibido pela legislação do PNAE. FATO: Durante visita à Escola de Cidadania João Afonso Almeida Vale, foi encontrado suco artificial sendo fornecido na merenda escolar. O produto encontra-se em estoque para ser fornecido aos alunos. Questionada sobre os motivos do produto estar compondo a merenda escolar, a merendeira da escola informou à equipe de fiscalização que quando há falta de polpas de fruta, a escola recebe da respectiva Escola Polo, Escola de Cidadania do Realejo, os sucos artificiais em substituição. Os normativos do PNAE estabelecem que é proibido a aquisição de refrescos artificiais com recursos do FNDE.

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EVIDÊNCIA: Visita à Escola de Cidadania João Afonso Almeida Vale;

Refresco Artifical armazenado na Escola de Cidadania João

Afonso Almeida Vale, sendo fornecido na merenda escolar. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, datado de 20/09/2010, gestor apresentou a seguinte justificativa: "O ponto em epígrafe realmente procede. Por desconhecimento, e sobretudo, para que não falte o suco na composição da merenda, já que é muito aceito e solicitado pela clientela escolar, a Secretaria providenciou a compra de um pequeno lote de sucos artificiais, para sanar, momentaneamente, a falta do suco em polpa. Cientes da impropriedade cometida, determinamos a imediata suspensão da preparação deste tipo de suco. Ressaltamos que, determinamos a verificação da existência de algum estoque deste produto, para que seja imediatamente coletado e transportado para o almoxarifado central da secretaria de educação, para providências". ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Mantém-se a constatação, tendo ainda por base a própria afirmação do gestor quanto à situação apontada pela equipe de fiscalização. 1.1.19 CONSTATAÇÃO: Cardápio não está sendo seguido pelas escolas. FATO: Comparando o cardápio fornecido pela Secretaria de Educação com aqueles constantes nas cinco escolas visitadas, foi constatado que três delas não estão seguindo o cardápio. Nas escolas Videlina Maria da Conceição e Joaquim Braz de Oliveira foi encontrado outro cardápio afixado sendo usado pelas merendeiras, e na escola João Afonso de Almeida Vale, apesar de estar afixado o mesmo cardápio, foi encontrado produto diferente no estoque da escola e sendo ofertado aos alunos. Nos cardápios encontrados nas escolas não constam porções de fruta e legumes, bem como outros itens constantes no cardápio elaborado pela nutricionista. Quando indagadas pelos motivos de utilizarem cardápios diferentes, as merendeiras das escolas informaram que existem alimentos não aceitáveis pelos alunos e que usam o cardápio de acordo com os

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alimentos que constam no estoque da escola. EVIDÊNCIA: Visita às cinco escolas Videlina Maria da Conceição, Joaquim Braz de Oliveira e João Afonso Almeida Vale; Cardápios fornecidos pela Secretaria Municipal de Educação;

Cardápio afixado na Escola Videlina Maria da Conceição a qual é usado pela merendeira.

Cardápio afixado na escola Joaquim Braz de Oliveira a qual é usado pela merendeira.

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alimento encontrado na escola João Afonso Almeida Vale não

constante do cardápio escolar e sendo fornecido na merenda. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, datado de 20/09/2010, gestor apresentou a seguinte justificativa: "Informamos que diante da constatação contida no Relatório, que determinamos a abertura de Sindicância Administrativa com vistas a apurar as irregularidades apontadas no Relatório. (Anexo 22 - Documento relativo ao ponto)". ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Mantém-se a constatação. O Gestor apenas informou que realizou procedimento para apurar os fatos apontados na constatação. 1.1.20 CONSTATAÇÃO: Falta de controle de qualidade dos alimentos adquiridos para a merenda escolar. FATO: A Prefeitura de Crateús não forneceu à equipe de fiscalização os laudos técnicos dos gêneros alimentícios adquiridos para o Programa de Alimentação Escolar, conforme solicitado por meio da Solicitação de Fiscalização nº 04, de 04/08/2010. Nas visitas realizadas nas cinco escolas da amostra, foi constatado que as mesmas não possuem laudos dos produtos nos depósitos, comprovando a especificação e qualidade dos alimentos. Já na fase de licitação, na modalidade convite, os Editais 01/2009 e 02/2010, realizados pelas escolas para a aquisição dos gêneros alimentícios, não especificam a exigência de apresentação dos respectivos laudos por parte dos licitantes, bem como entrega de amostra para posterior análise, como estabelece a Resolução FNDE nº 38, de 16/07/2009. Ressaltamos que foi constatado nas escolas José Bezerra Lima e Videlina Maria da Conceição a existência dos mesmos produtos com marcas diferentes, bem como feijão não embalado indicando as especificações técnicas e alimentos sem indicação de vencimento, demonstrando falta do controle de qualidade dos alimentos quando da aquisição dos mesmos.

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EVIDÊNCIA: Visita às cinco escolas Videlina Maria da Conceição, João Afonso Almeida Vale, José de Oliveira Camerino, Joaquim Braz de Oliveira e Creche José Bezerra Lima; Editais de Licitação na modalidade convite nº 01/2009 e 01/2010 da Escola de Cidadania Joaquim Braz de Oliveira.

Mesmos alimentos com diferentes marcas encontrados na escola

José Bezerra Lima Creche, sem comprovação de qualidade.

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Feijão em embalagem imoprópria não contendo especificações técnicas e de qualidade, nem data de vencimento, encontrado na Escola

Videlina Maria da Conceição.

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Açucar encontrado na escola Videlina Maria da Conceição

indicando data de vencimento após 24 meses da fabricação, mas não especifica a data desta.

MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, datado de 20/09/2010, gestor apresentou a seguinte justificativa: "Quanto ao ponto alocado, informamos que já estamos adotando as devidas providências para o seu saneamento, no sentido de garantir merenda de qualidade para toda a clientela escolar do nosso Município, já que as escolas dispõem de recursos suficientes e recebem produtos em quantidade adequada para o preparo dos alimentos. (Anexo 23 Ã Documento referente à Constatação)". ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Entende-se que a situação apontada na constatação foi afirmada pelo Gestor na manifestação. Embora o mesmo tenha informado que adotou providências iniciais, conforme documento anexo - 23, referente ao Ofício enviado aos fornecedores, os alimentos adquiridos encontram-se sem comprovação de qualidade, visto que não foi enviado à equipe de fiscalização documentos comprovatórios. Neste sentido, mantém-se a constatação. 1.1.21 CONSTATAÇÃO: Desempenho insatisfatório do nutricionista na execução técnica do PNAE. FATO: Por meio do Ofício 380, de 10/08/2010, da Secretaria Municipal de Educação, a Prefeitura Municipal de Crateús apresentou documentos indicando o profissional de nutrição responsável técnico pelo PNAE no município. Foi constatado nos trabalhos de campo, que a nutricionista desempenha as atribuições constantes na Resolução FNDE nº 38, de 16/07/2009 e Resolução nº 358, de 18.5.2005, do Conselho Federal de Nutricionistas, de forma insatisfatória, visto que: - Foi encontrado alimento proibido pela legislação do PNAE sendo ofertado na alimentação escolar, na Escola João Afonso Almeida Vale; - Das cinco escolas visitadas, foi constatado que em três delas o

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cardápio elaborado pela nutricionista não está sendo seguido; -Não existe laudo que comprove a qualidade dos alimentos adquiridos, sendo encontrado alimentos sem data de validade e não embalados nas escolas Joaquim Braz de Oliveira e Videlina Maria da Conceição; -As escolas, bem como a Prefeitura, não realizou teste de aceitabilidade do cardápio elaborado pela nutricionista, sendo informado pelas merendeiras das cinco escolas que existem alimentos não aceitáveis pelos alunos, inclusive naquelas em que o cardápio é seguido. EVIDÊNCIA: Visita às cinco escolas Videlina Maria da Conceição, João Afonso Almeida Vale, José de Oliveira Camerino, Joaquim Braz de Oliveira e Creche José Bezerra Lima; Ofício 380 de 10/08/2010 da Secretaria Municipal de Educação com os respectivos documentos da nutricionista do PNAE. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: O Gestor Municipal apresentou manifestação quanto ao ponto, por meio do Ofício nº , datado de , nos termos abaixo transcritos: "Com relação a este ponto, informamos que já tivemos uma prolongada reunião com a Nutricionista, acompanhada da Coordenação da merenda escolar e de muitas Diretoras de Escolas, quando determinamos o cumprimento integral de todas as determinações contidas na legislação. Acreditamos que, após este entendimento, sejam sanadas todas as dúvidas porventura existentes. ( Anexo 24 - Ofício Circular)". ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Todas as situações apontadas no relatório, constatadas durante a fiscalização em campo, remetem para um desempenho insatisfatório do Profissional de Nutrição. Entende-se que a realização de reuniões não sanam as situações apontadas. Para a correta gestão do PNAE no município, é necessário um acompanhamento sistemático por parte do Responsável Técnico do programa, de acordo com as atribuições do mesmo, inseridas na Resolução FNDE nº 38, de 16/07/2009, e na Resolução nº 358, de 18/5/2005, do Conselho Federal de Nutricionistas. Mantém-se a constatação. 2 - 36000 MINISTERIO DA SAUDE 2.1 - PROGRAMA 0122 SERVIÇOS URBANOS DE ÁGUA E ESGOTO AÇÃO : 7652 IMPLANTACAO DE MELHORIAS SANITARIAS DOMICILIARES PARA PREVENCAO E CONTROLE DE AGRAVOS - NACIONAL OBJETIVO DA AÇÃO : Implantação de Melhorias Sanitárias Domiciliares para Prevenção e Controle de Agravos. ORDEM DE SERVIÇO : 251949 OBJETO FISCALIZAÇÃO: Construção de módulos sanitários, banheiro, privada, tanque séptico, sumidouro (poço absorvente), instalações de reservatório domiciliar de água, tanque de lavar roupa, lavatório, pia de cozinha, ligação à rede pública de água, ligação à rede pública de esgoto, dentre outras. AGENTE EXECUTOR :

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CRATEUS ADMINISTRACAO DIRETA MUNICIPAL QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.: CONVÊNIO SIAFI 620179 MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 100.000,00 2.1.1 CONSTATAÇÃO: Indícios de montagem de processo licitatório FATO: Trata-se de fiscalização realizada na execução do convênio n° Original 014/07-FUNASA, firmado entre a Prefeitura de Crateús e a Fundação retro mencionada. O objeto do convênio é a transferência de recursos para a construção de 49 unidades sanitárias em diversas localidades do Município. Para viabilizar a contratação dos serviços de construção civil dos 49 (quarenta e nove) módulos sanitários, o Município realizou a Licitação n° 09/01/FMS/CC/O na modalidade carta-convite. A documentação relativa ao processo licitatório acima referido foi disponibilizada pela Prefeitura de Crateús durante o período de campo dos trabalhos do 33° Sorteio dos municípios, que ocorreram entre os dias 09 e 13 de agosto de 2010. Da análise realizada na documentação disponibilizada, constatou-se a existência de irregularidades na formalização do processo, as quais são a seguir apresentadas: Verificou-se que encontra-se ausente do processo documentação de habilitação das licitantes, uma vez que o processo se encontra numerado da fl.1 à fl. 60, tendo como seu último ato administrativo formal o termo de homologação da carta-convite ora em análise e a adjudicação de seu objeto à empresa declarada vencedora do certame, folha 55 do processo. Na seqüência da numeração processual, apresentam-se o contrato firmado entre a Prefeitura e a vencedora do certame e a ordem de serviço para início da execução do objeto licitado. Justaposto ao processo licitatório, ao final dele, ou seja, após a folha de numeração 60, foi disponibilizada documentação não numerada que verifica-se ser de documentação relativa às três licitantes que participaram da Carta-convite. Essa documentação não numerada, apesar de serem documentos que poderiam ser utilizados para habilitação em certame licitatório, não podem ser consideradas como tal na licitação em questão, uma vez que estão sem numeração e inseridos no processo ao seu final, fora da seqüência cronológica normal dos atos administrativos de uma licitação. Ademais, da análise dessa documentação não numerada, há documentos que foram emitidos em data posterior à ocorrência da sessão de divulgação de uma suposta habilitação, a qual não há evidências no processo de que realmente tenha ocorrido, e de entrega das propostas comerciais, ocorrida em 13 de abril de 2009. Os documentos não numerados e que foram emitidos após a data de ocorrência da sessão de habilitação e entrega das propostas comerciais foram os seguintes: 1.Comprovante de inscrição e de situação cadastral do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica da empresa Construtora Danilo e Daniel, emitida em 04/06/2009; 2.Certificado de Regularidade do FGTS-CFR em nome da licitante Eletrovil Projetos Construções e Serviços LTDA., emitida em 08/05/2009. Verificou-se, também, a ausência de aposição de rubrica dos

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representes das licitantes na documentação referente às propostas comerciais, embora a ata da licitação de 13/04/2009 declare que todos os representantes das licitantes estavam presentes, contrariando o §2º do art. 43 da Lei 8.666/93. Interessante registrar que, mesmo que fôssemos considerar que os documentos não numerados foram utilizados como objeto de julgamento de habilitação, não houve nenhum recurso apresentado pelas licitantes presentes contra a validade dos documentos apresentados das suas concorrentes, o que no âmbito de um certame onde há realmente competição, tal comportamento tem pouquíssima chance de acontecer. Em face de todo o exposto, verificamos haver fortes indícios que a licitação em questão foi montada. EVIDÊNCIA: Processo Licitatório 09/01/FMS/CC/O. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/9/2010, a Prefeitura Municipal apresentou a seguinte justificativa: " O ponto em epígrafe é muito complexo e de difícil apuração, necessitando de uma ampla investigação, para que possamos, efetivamente, inferir a possibilidade da ocorrência de conluio. Para que tenhamos segurança quanto às devidas ações que deverão ser implementadas, determinamos, de imediato, o envio deste Ponto à Procuradoria Jurídica do Município, para que se posicione quanto ao fato concreto e apresente as possíveis medidas para a apuração das responsabilidades pela prática delituosa que se infere. Quando das tomada de decisão e apuração dos possíveis delitos, encaminharemos as constatações a esta Controladoria, para conhecimento." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Conforme a manifestação da Prefeitura de Crateús sobre a presente constatação, esta necessita de mais tempo para apurar os fatos indicados, não refutando a constatação. Dessa forma, mantém-se a constatação na sua forma original. 2.2 - PROGRAMA 1214 ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE AÇÃO : 0587 ATENDIMENTO ASSISTENCIAL BaSICO NOS MUNICiPIOS BRASILEIROS OBJETIVO DA AÇÃO : Ampliar o acesso da população rural e urbana à atenção básica, por meio da transferência de recursos federais, com base em um valor per capita, para a prestação da assistência básica, de caráter individual ou coletivo, para a prevenção de agravos, tratamento e reabilitação, levando em consideração as disparidades regionais. ORDEM DE SERVIÇO : 251474 OBJETO FISCALIZAÇÃO: Os municípios e o Distrito Federal, como gestores dos sistemas locais de saúde, são responsáveis pelo cumprimento dos princípios da Atenção Básica, pela organização e execução das ações em seu território, compe tindo-lhes, entre outros: I-organizar,executar e gerenciar os serviços e ações de Atenção Básica dentro do seu território; II-Incluir a proposta de organização da Atenção Básica e da forma de utilização dos recursos do PAB Fixo e Variável, nos Planos de Saúde;

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33º Sorteio de Unidades Municipais – Crateús - CE

III-Inserir preferencialmente a estratégia de Saúde da Família em sua rede de serviços, visando à organização sistêmica da atenção à saúde; IV-Organizar o fluxo de usuários; V-Garantir infra-estrutura necessária ao funcionamento das Unidades Bá sicas de Saúde (recursos materiais, equipamentos e insumos); VI-Selecionar, contratar e remunerar os profissionais de saúde. (As demais competências dos municípios constam da Portaria 648/2006). AGENTE EXECUTOR : FUNDO MUNICIPAL DE SAUDE DE CRATEUS CE ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.: FUNDO A FUNDO OU CONCESSãO MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 1.984.956,00 2.2.1 CONSTATAÇÃO: Inexistência dos documentos de despesas realizadas com Recursos do PAB Fixo no mês de maio/2009. FATO: Com o intuito de verificar a legalidade dos gastos efetuados com recursos transferidos pela União para a conta específica do Programa Assistencial Básica - PAB, foram solicitados, por meio da Solicitação de Fiscalização n° 05/2010, datada de 04/08/2010, dentre outros itens, os processos de despesas/pagamento referentes ao exercício de 2009, e de janeiro a julho/2010, bem como os extratos bancários concernentes a este mesmo período. No entanto, até o final dos exames a documentação das despesas realizadas no mês de Maio/2009 não foram localizados na Prefeitura fiscalizada, apesar de ter sido reiterada a solicitação de tais documentos por meio da SF n° 01/2010 - Min. Saúde, em 12/08/2010. Vale ressaltar ainda, que no referido mês, são verificados saques da Conta Corrente n° 58.042-2, Agência 0237-2, Banco do Brasil, aberta pela Prefeitura para movimentação dos recursos do programa, num importe de R$ 547.993,57, desta forma, não existe suporte documental que certifique a regular utilização de tais recursos. EVIDÊNCIA: Movimentação bancária da Conta Corrente n° 58.042-2, Agência 0237-2, Banco do Brasil. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: A Secretaria de Saúde de Crateús encaminhou justificativa por meio do Documento s/n, datado de 20/09/2010, no qual consta o Memorando n° 004/2010, de 10/09/2010, que trata da "Ata de Instalação da Comissão de Processo Administrativo Disciplinar - PAD e de Início dos Trabalhos", bem como, apresenta ainda neste documento as seguintes argumentações: "Informamos que, com relação a este ponto, envidamos os melhores esforços no sentido de localizar a documentação comprobatória destas despesas. Infelizmente, esta documentação não foi encontrada. Não nos restou outra alternativa a não ser a imediata instauração de uma Comissão de Sindicância, via Portaria, para a apuração das responsabilizadas pelo extravio da documentação e a aplicação das penalidades cabíveis ao caso concreto. Ressaltamos que já determinamos aos Setores Financeiro e de Contabilidade que envidem esforços no sentido de reconstituírem a documentação porventura extraviada, para posterior apresentação a esta Controladoria. Quanto aos resultados da

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Sindicância, informaremos, no tempo oportuno, quando da sua conclusão. (Anexo 24 : Cópia da Portaria de Instauração da Comissão de Sindicância)." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Tendo em vista que a documentação referente ao mês de maio/2009 ainda não foi localizada, e considerando os esforços da Secretaria Municipal de Saúde neste sentido, ficamos no aguardo do resultado dos trabalhos da Comissão designada, para que os documentos sejam encontrados e a irregularidade seja devidamente sanada. 2.2.2 CONSTATAÇÃO: Saques de recursos depositados pela União na Conta específica do Piso de Atenção Básica sem a correspondente comprovação de despesa. FATO: Procedemos em nossos exames a conciliação bancária dos recursos depositados na conta corrente específica do PAB Fixo durante o exercício de 2009, e nos meses de janeiro a julho de 2010, em relação aos documentos financeiros que dão suporte às despesas realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde visando as ações de atenção básica em saúde. Vale ressaltar que durante o período analisado a conta específica dos recursos repassados pela União sofreu duas alterações, uma vez que durante o exercício de 2009, e nos meses de janeiro e fevereiro/2010, os recursos foram movimentados na Conta Corrente n° 58.042-2 do Banco do Brasil. Nos meses de março e abril de 2010, tais recursos foram movimentados na conta corrente n° 29153-6(Agencia 237-2, Banco do Brasil), sendo que a partir de maio/2010 até o final do período analisado foi utilizada a Conta Corrente n° 624003-9(Agência nº 747 da Caixa Econômica Federal). No comparativo, foram verificadas divergências expressivas entre os valores debitados nas contas correntes retrocitadas e os documentos comprobatórios das despesas realizadas, que, acumuladas até o final do exercício de 2009, contabilizaram o importe de R$ 891.940,83, e durante o período de janeiro a julho de 2010 totalizaram R$ 790.749,69, conforme segue nos quadros demonstrativos:

Valores(R$) / Mês Histórico Jan/2009 Fev/2009 Mar/2009 Abr/2009 Mai/2009 Jun/2009

Transferências do FNS

358.671,25 0 106.114,00 676.301,8 377.286 568.548,00

Despesas pagas

2.924,98 226.242,98 199.110,09 107.081,55 (*) 199.604,89

Débitos efetuados na Cta Corrente

2.924,98 231.880,99 199,367,08 138.262,77 547.993,57 447.937,66

Diferença/mês

0 5.638,01 256,99 31.181,22 (**) 248.332,77

Valores(R$) / Mês Histórico

Jul/2009 Ago/2009 Set/2009 Out/2009 Nov/2009 Dez/2009 Transferências do FNS

477.213,19 362.247,56 395.743,94 437.446,66 624.455,6 497.496,00

Despesas pagas

566.316,67 536.635,89 573.127,27 305.573,15 302.766,84 179.613,95

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Valores(R$) / Mês Histórico Jul/2009 Ago/2009 Set/2009 Out/2009 Nov/2009 Dez/2009

Débitos efetuados na Cta Corrente

624.187,76 543.331,00 340.456,78 737.413,07 621.305,79 203.871,21

Diferença/mês

57.871,09 6.695,11 -232.670,49 431.839,92 318.538,95 24.257,26

Valores(R$)/mês Históri

co Jan/2010 Fev/2010 Mar/2010 Abr/2010 Mai/2010 jun/2010 jul/2010 Ingressos de recursos(*)

449.610,34 0 710.951,00 48.600,00 375.328,00 370.826,00 526.822,65

Despesas pagas

580.603,45 21.866,41 349.532,78 49.471,82 170.059,57 375.952,28 383.238,16

Débitos efetuados na Cta Corrente

729.426,45 20.932,53 822.484,7 46.872,3 175.766,72 413.616,38 512.375,08

Diferença/mês

148.823,00 -933,88 472.951,92 -2.599,52 5.707,15 37.664,1 129.136,92

Vale salientar ainda que, no comparativo apresentado, que resultou nas diferenças de valores retrocitadas, não foi incluído o mês de Maio/2009, uma vez que, conforme mencionado no item anterior, não foi localizada a documentação das despesas realizadas. Portanto as divergências por ventura ocorridas nesse mês não foram consideradas na análise. No demonstrativo a seguir estão consolidados os valores ingressados e sacados da conta especifica dos recursos destinados à atenção básica, bem como das divergências nos débitos verificados em relação aos valores constantes dos processos de pagamento, correspondentes ao exercício de 2009 e do período de janeiro a julho/2010:

Valores(R$)/exercício Histórico 2009 2010

Totais

Ingressos de recursos(*) 4.881.524,00 2.482.137,99

7.363.661,99

Despesas pagas c/ comprovação documental

3.198.998,26

1.930.724,47 5.129.722,73

Débitos efetuados na Cta Corrente4.638.932,66 2.721.474,16 7.360.406,82Diferença/período 891.940,83 790.749,69 1.682.690,52 Em face do exposto, mesmo sem considerar o mês de maio/2009, os valores debitados da conta corrente específica para os recursos do PAB Fixo, no exercício de 2009 e nos meses de janeiro à julho de 2010, que não possuem documentação de despesa e pagamento correspondente, totalizaram em R$ 1.682.690,52. EVIDÊNCIA: Processos de pagamento de despesas realizadas com recursos do Piso de Atenção Básica no exercício de 2009 e no período de janeiro a julho 2010, e extratos bancários da conta específica do PAB no período mencionado. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Em face às distorções constatadas e apontadas pela fiscalização a

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Prefeitura apresentou as seguintes justificativas por meio do Documento s/n, datado de 20/09/2010: "Com relação ao ponto em apreço, qual seja, a existência de lançamentos a débito de recursos depositados pela União na Conta específica do Piso de Atenção Básica, sem a correspondente comprovação de despesa, apresentamos, nossas justificativas e explicações mês a mês, com toda a documentação em anexo, comprobatória destas despesas realizadas com estes recursos, relativos ao Exercício de 2009 e dos meses janeiro a julho de 2010, conforme solicitação. Mês de Fev./2009 A diferença na monta de R$ 271,61 resulta de ter sido considerado o estorno de rendimento (EST RAT) do rateio de rendimento (RAT REND) processado pelo Banco do Brasil como despesa. Conforme extrato bancário em anexo, o valor de R$ 271,61 refere-se ao estorno de rendimento (EST RAT), considerado indevidamente pelo técnico da CGU como despesa. Deixou-se também de considerar o documento de despesa 11020024, no valor de R$ 5.366,40, nos cálculos apresentados. Mês de Mar./2009 A diferença na monta de R$ 102,61 resulta de ter sido considerado o estorno de rendimento (EST RAT) do rateio de rendimento (RAT REND) processado pelo Banco do Brasil como despesa. Conforme extrato bancário em anexo, o valor de R$ 102,61 refere-se ao estorno de rendimento (EST RAT), considerado indevidamente pelo técnico da CGU como despesa. Os pagamentos correspondentes as folhas de servidores do PSF contratados, docs. de caixa 05030047, 05030048, 05030049, 05030112 e 05030093 (R$ 80.326,61), teve o valor de R$ 423,15 pago com recurso proveniente da conta 58043-0 (MAC) ao invés da conta PAB. O restante da diferença resulta no valor correspondente ao cheque 16646 (valor R$ 577,53), compensado duas vezes (registros com data de 26/03/2009). Mês de Abril A diferença na monta de R$ 39,88 resulta de ter sido considerado o estorno de rendimento (EST RAT) do rateio de rendimento (RAT REND) processado pelo Banco do Brasil como despesa. Conforme extrato bancário em anexo, o valor de R$ 39,88 refere-se ao estorno de rendimento (EST RAT), considerado indevidamente pelo técnico da CGU como despesa. Deixou-se também de considerar o documento de despesa 07040021, 22040006 e 23030060, no total de R$ 30.650,64, nos cálculos apresentados. O restante da diferença resulta no valor correspondente ao cheque 003214 (valor R$ 332,64), compensado duas vezes (registros com data de 17/04/2009). Mês de Junho 2009 Diante da disparidade e da falta de identificação dos valores (detalhamento das despesas) que foram consideradas na apuração do cálculo, torna-se impossível esclarecer a origem da diferença. Mesmo assim, por dedução, apresentamos os seguintes esclarecimentos: O valor na monta de R$ 99,24 resulta de ter sido considerado o estorno de rendimento (EST RAT) do rateio de rendimento (RAT REND) processado pelo Banco do Brasil como despesa. Conforme extrato bancário em anexo, o valor de R$ 99,24 refere-se ao estorno de rendimento (EST RAT), considerado indevidamente pelo técnico da CGU como despesa. Deixou-se também de observar que o valor correspondente ao cheque 003267 (valor R$ 15.000,00), compensado duas vezes (registros com data

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de 09/06/2009). Observamos ainda o valor de R$ 100.000,00 debitado em 30/06/2009, que foi estornado, creditado, em 08/09/2010. Segue em anexo cópia da movimentação bancária (extrato) acompanhado de cada processo de despesa respectivo aos débitos evidenciados na conta. Totalizando a despesa no mês em R$ 332.838,42. Mês de Julho de 2009 Diante da disparidade e da falta de identificação dos valores (detalhamento das despesas) que foram consideradas na apuração do cálculo, torna-se impossível esclarecer a origem da diferença. Mesmo assim, por dedução, apresentamos os seguintes esclarecimentos: O valor na monta de R$ 1.475,39 resulta de ter sido considerado o estorno de rendimento (EST RAT) do rateio de rendimento (RAT REND) processado pelo Banco do Brasil como despesa. Conforme extrato bancário em anexo, o valor de R$ 1.475,39 refere-se ao estorno de rendimento (EST RAT), considerado indevidamente pelo técnico da CGU como despesa. Observamos ainda o valor de R$ 150.000,00 debitado em 30/07/2009, que foi estornado, creditado, em 08/09/2010. Segue em anexo cópia da movimentação bancária (extrato) acompanhado de cada processo de despesa respectivo aos débitos evidenciados na conta. Totalizando a despesa no mês em R$ 472.712,37. Mês de agosto de 2009 Diante da disparidade e da falta de identificação dos valores (detalhamento das despesas) que foram consideradas na apuração do cálculo, torna-se impossível esclarecer a origem da diferença. Mesmo assim, por dedução, apresentamos os seguintes esclarecimentos: O valor na monta de R$ 1.294,64 resulta de ter sido considerado o estorno de rendimento (EST RAT) do rateio de rendimento (RAT REND) processado pelo Banco do Brasil como despesa. Conforme extrato bancário em anexo, o valor de R$ 1.294,64 refere-se ao estorno de rendimento (EST RAT), considerado indevidamente pelo técnico da CGU como despesa. Segue em anexo cópia da movimentação bancária (extrato) acompanhado de cada processo de despesa respectivo aos débitos evidenciados na conta. Totalizando a despesa no mês em R$ 542.036,36. Mês de setembro de 2009 Diante da disparidade e da falta de identificação dos valores (detalhamento das despesas) que foram consideradas na apuração do cálculo, torna-se impossível esclarecer a origem da diferença. Mesmo assim, por dedução, apresentamos os seguintes esclarecimentos: O valor na monta de R$ 118,45 resulta de ter sido considerado o estorno de rendimento (EST RAT) do rateio de rendimento (RAT REND) processado pelo Banco do Brasil como despesa. Conforme extrato bancário em anexo, o valor de R$ 118,45 refere-se ao estorno de rendimento (EST RAT), considerado indevidamente pelo técnico da CGU como despesa. Observamos ainda os valores de R$ 2.298,60 debitado em 15/09/2009 e R $ 23.220,14 debitado em 16/09/2009, que foram estornados, creditados, em 08/09/2010. Segue em anexo cópia da movimentação bancária (extrato) acompanhado de cada processo de despesa respectivo aos débitos evidenciados na conta. Totalizando a despesa no mês em R$ 314.819,59. Mês de outubro de 2009 Diante da disparidade e da falta de identificação dos valores (detalhamento das despesas) que foram consideradas na apuração do cálculo, torna-se impossível esclarecer a origem da diferença. Mesmo assim, por dedução, apresentamos os seguintes esclarecimentos:

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O valor na monta de R$ 243,19 resulta de ter sido considerado o estorno de rendimento (EST RAT) do rateio de rendimento (RAT REND) processado pelo Banco do Brasil como despesa. Conforme extrato bancário em anexo, o valor de R$ 243,19 refere-se ao estorno de rendimento (EST RAT), considerado indevidamente pelo técnico da CGU como despesa. Observamos ainda os valores de R$ 11.089,04 (debitado em 07/10/2009), R$ 35.000,00 (debitado em 15/10/2009), R$ 7.674,85 (debitado em 28/10/2009), R$ 100.000,00 (debitado em 28/10/2009), que foram estornados, creditados, em 08/09/2010. Segue em anexo cópia da movimentação bancária (extrato) acompanhado de cada processo de despesa respectivo aos débitos evidenciados na conta. Totalizando a despesa no mês em R$ 583.408,99. Mês de novembro de 2009 Diante da disparidade e da falta de identificação dos valores (detalhamento das despesas) que foram consideradas na apuração do cálculo, torna-se impossível esclarecer a origem da diferença. Mesmo assim, por dedução, apresentamos os seguintes esclarecimentos: O valor na monta de R$ 376,09 resulta de ter sido considerado o estorno de rendimento (EST RAT) do rateio de rendimento (RAT REND) processado pelo Banco do Brasil como despesa. Conforme extrato bancário em anexo, o valor de R$ 376,09 refere-se ao estorno de rendimento (EST RAT), considerado indevidamente pelo técnico da CGU como despesa. Observamos ainda os valores de R$ 1.000,00 (debitado em 09/11/2009), R $ 68.468,09 (debitado em 18/11/2009) e R$ 2.500,00 (debitado em 27/11/2009, que foram estornados, creditados, em 08/09/2010. Na data de 03/11/2009 a conta foi creditada em R$ 219.292,60 e, diante da impropriedade do credito, foi o valor estornado na mesma data, através do cheque 003179. Segue em anexo cópia da movimentação bancária (extrato) acompanhado de cada processo de despesa respectivo aos débitos evidenciados na conta. Totalizando a despesa no mês em R$ 329.668,16. Mês de dezembro de 2009 Diante da disparidade e da falta de identificação dos valores (detalhamento das despesas) que foram consideradas na apuração do cálculo, torna-se impossível esclarecer a origem da diferença. Mesmo assim, por dedução, apresentamos os seguintes esclarecimentos: Observamos ainda o valor de R$ 30.000,00 debitado em 18/12/2009, que foi estornado, creditado, em 08/09/2010. Segue em anexo cópia da movimentação bancária (extrato) acompanhado de cada processo de despesa respectivo aos débitos evidenciados na conta. Totalizando a despesa no mês em R$ 179.613,95. Mês de Janeiro de 2010 A diferença na monta de R$ 270,92 resulta de ter sido considerado o estorno de rendimento (EST RAT) do rateio de rendimento (RAT REND) processado pelo Banco do Brasil como despesa. Conforme extrato bancário em anexo, o valor de R$ 270,92 refere-se ao estorno de rendimento (EST RAT), considerado indevidamente pelo técnico da CGU como despesa. Observamos ainda os valores de R$ 20.000,00 (debitado em 04/01/2010), R$ 35.000,00 (debitado em 07/01/2010), R$ 30.000,00 (debitado em 18/01/2010), R$ 5.000,00 (debitado em 20/01/2010) e R$ 69.997,34 (debitado em 28/01/2010), que foram estornados, creditado. Segue em anexo cópia da movimentação bancária (extrato) acompanhado de cada processo de despesa respectivo aos débitos evidenciados na conta. Totalizando a despesa no mês em R$ 569.158,19. Mês de fevereiro de 2010

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Segue em anexo cópia da movimentação bancária (extrato) acompanhado de cada processo de despesa respectivo aos débitos evidenciados na conta. Totalizando a despesa no mês em R$ 20.858,41. Mês de Março de 2010 Observamos o valor de R$ 127.944,61 debitado em 15/03/2010, que foi estornado, creditado. Segue em anexo cópia da movimentação bancária (extrato) acompanhado de cada processo de despesa respectivo aos débitos evidenciados na conta. Totalizando a despesa no mês em R$ 694.539,99. Mês de abril de 2010 Observamos os valores R$ 10.000,00 (debitado em 02/04/2010) e R$ 6.400,00 (debitado em 20/04/2010), que foram estornados, creditados. Segue em anexo cópia da movimentação bancária (extrato) acompanhado de cada processo de despesa respectivo aos débitos evidenciados na conta. Totalizando a despesa no mês em R$ 28.792,70. Mês de maio de 2010 Observamos os valores R$ 60.986,50 (debitado em 13/05/2010) e R$ 79.000,00 (debitado em 20/05/2010), que foram estornados, creditados. Segue em anexo cópia da movimentação bancária (extrato) acompanhado de cada processo de despesa respectivo aos débitos evidenciados na conta. Totalizando a despesa no mês em R$ 35.780,22. Mês de junho de 2010 Observamos o valor R$ 20.000,00 (debitado em 15/06/2010), que foi estornado, creditado. Diante do valor apresentado como ingresso de recurso, deduzimos que foi considerado, indevidamente, o crédito no valor de R$ 80.000,00 (creditado em 04/06/2010), quando esse foi estornado em 20/07/2010. Mero erro de transferência de recursos entre contas correntes. Segue em anexo cópia da movimentação bancária (extrato) acompanhado de cada processo de despesa respectivo aos débitos evidenciados na conta. Totalizando a despesa no mês em R$ 393.263,38. Mês de julho 2010 Observamos os valores R$ 45.000,00 (debitado em 13/07/2010) e R$ 80.000,00 (debitado em 20/07/2010), sendo esse último valor resultado do estorno do crédito indevido (transferência entre contas) ocorrido em 04/06/2010. Segue em anexo cópia da movimentação bancária (extrato) acompanhado de cada processo de despesa respectivo aos débitos evidenciados na conta. Totalizando a despesa no mês em R$ 387.375,08. Ainda relativo ao tópico, rogamos a atenção para o fato das despesas serem consideradas pelo regime de caixa, ou seja, a Secretaria de Saúde, ao emitir o cheque, já considera a despesa com paga no momento de sua emissão e não apenas no momento em que o cheque é compensado. Possivelmente o levantamento tenha sido processado, considerado pelo técnico, pela data da compensação do cheque, causando incongruência nos dados. Outro aspecto que merece ser ressaltado é a dificuldade de compreensão dos valores considerados, diante da falta de identificação, detalhamento, de quais as despesas que foram examinadas. Diante desse aspecto, buscando a comprovação dos valores, estamos apresentando todos os gastos, para reexame do setor técnico.( Anexo 25 : Documentação Comprobatória das Despesas : Piso de Atenção Básica)." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Da análise procedida nas justificativas e documentação ora apresentadas pela Prefeitura de Crateús, concluímos o que segue:

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1) Mês de fevereiro e março de 2009 Justificativa acatada. 2) Mês de abril de 2009 Não foi localizado o documento de despesa 23030060, somente o de n° 2204006 no valor de R$ 640,00 e o de nº 07040021 no valor de R$ 244,14, portanto a diferença de R$ 29.766,50 continua sem comprovação. 3) Mês de maio de 2009: Documentação não localizada 4)Mês de junho de 2009 O valor da documentação das despesas ora apresentada totalizou R$ 315.913,90, enquanto os saques da conta importam em R$ 432.838,42, considerando que o cheque n° 3267, no valor de R$ 15.000,00, sacado em duplicidade e depois estornado pelo banco, havia sido considerado no somatório anterior. Desta forma, resta uma diferença no mês de R$ 116.924,52, para o qual não consta comprovação de despesas. O depósito no valor de R$ 100.000,00 que consta da documentação como estorno carece de maiores esclarecimentos, uma vez que o saque ocorreu em 30/06/2009, enquanto o estorno somente foi efetuado em 08/09/2010, ou seja, mais de 1 ano depois, não tendo sido justificada a finalidade de tal desembolso. 5)Mês de julho de 2009 Em relação ao somatório da documentação ora apresentada, obtivemos um total de R$ 437.744,92, e no tocante aos saques no mês, totalizaram R$ 623.349,63, sem considerar os débitos decorrentes de tarifas bancárias, taxas e estorno de rendimento. Desta forma o valor da diferença saque x despesas comprovadas atingiu o valor de R$ 185.604,71. No que concerne ao depósito efetuado no valor de R$ 150.000,00, com data de 08/09/2010, sob a alegação de estorno, carece de maiores esclarecimentos, uma vez que o débito da conta do PAB ocorreu em 30/07/09, e com mais de 1 ano depois foi efetuada a devolução do recurso, o que não traz explicações quanto à utilização dos recursos. 6) Mês de Agosto de 2009 O somatório da documentação ora apresentada totalizou, em nossa análise, R$ 535.826,33, e o total de débitos efetuados na conta R$ 542.205,44, restando uma diferença de R$ 6.379,11, sem a comprovação correspondente. 7) Mês de setembro de 2009 Na reanálise da documentação das despesas ora apresentada, obtivemos um total de R$ 302.411,53, enquanto no novo somatório dos saques foi verificado um importe de R$ 340.338,33, resultando em uma diferença no importe de R$ 37.926,80. No tocante aos depósitos apresentados, sendo um de R$ 2.298,60, efetuado em 08/09/2010, e outro de R$ 23.220,14, datado de 08/09/2010, tais valores carecem de maiores esclarecimentos, uma vez que os saques foram efetuados em 15/09/2009 e 16/09/2009, e os estornos realizados somente em 08/09/2010, não sendo justificado a razão para tais desembolsos. 8) Mês de outubro de 2009

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Em relação aos saques da conta, na reanálise totalizam o valor de R$ 737.169,88, tendo sido considerado no somatório somente despesas pagas com cheques e outros tipos de transferência. No que concerne a despesas ora apresentadas pela Prefeitura fiscalizada, em seu montante atingiu, conforme mencionado na justificativa, o valor de R$ 583.408,99, resta uma diferença no valor de R$ 153.760,89. Em relação aos estornos mencionados na justificativa em análise, no total de R$ 153.760,89, tais valores carecem de maiores esclarecimentos, uma vez que os saques ocorreram em outubro de 2009, e os chamados estornos somente em setembro de 2010, ou seja, mais de 1 ano depois, não tendo sido justificado o motivo para tais desembolsos. 9)Mês de novembro de 2009 Na reanálise considerando a documentação ora apresentada, foi verificado um total de saques no valor de R$ 620.929,70, e um total de despesas comprovadas no importe de R$ 327.559,95, restando portanto uma diferença de R$ 293.369,75, sem comprovação. Quanto aos valores estornados, conforme consta das justificativas em análise, ou seja, um depósito de R$ 1.000,00, debitado em 09/11/2010, R$ 68.468,09, debitado em 18/11/2010 e R$ 2.500,00, debitado em 27/11/2010, e que foram estornados em R$ 08/09/2010, ressaltamos que carecem de maiores esclarecimentos, considerando ainda que o estorno foi realizado mais de 01 ano depois, não sendo apresentadas justificativas para tais desembolsos. Em relação ao valor de R$ 219.292,60, que foi transferido para a conta no dia 03/11/2009, e sacado por meio do cheque n° 3179, no mesmo dia, também carece de maiores esclarecimentos em relação ao histórico deste valor e sua finalidade na conta do Piso de Atenção Básica. 10)Mês de Dezembro de 2009 De acordo com o levantamento efetuados nos saques decorrentes de compensação de cheques e outros instrumentos de transferência, o valor debitado da conta foi no total de R$ 203.871,21. Quanto ao valor de R$ 30.000,00 debitado da conta em 18/12/2009, e, conforme consta da justificativa em análise, estornado/creditado em 08/09/2010, carece de maiores esclarecimentos quanto à utilização deste valor, uma vez que o mesmo não tramitou pela conta corrente do Fundo Único de Saúde do Município. 11) Mês de Janeiro de 2010 De acordo com o extrato bancário, considerando somente os débitos decorrentes de compensação de cheque e outras transferências autorizadas, foram movimentadas saídas da conta do PAB no mês de janeiro no importe de R$ 729.139,53, apresentando uma pequena diferença de R$ 286,92, registrado na 1ª análise relativo às taxas e tarifas bancária, não considerados na reanálise. No que concerne à documentação das despesas pagas com recursos da fonte PAB no mês em referência, e encaminhada para análise, totalizou o valor de R$ 559.634,03. Portanto a diferença de saques x documentação de despesas foi de R$ 169.505,55. Consta da documentação encaminhada um depósito de R$ 159.997,34, datado de R$ 16/09/2010, que conforme consta da justificativa trata de um estorno/credito, no entanto, o mesmo carece de maiores

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esclarecimentos, uma vez que o saque sem comprovação foi realizado em janeiro de 2010, e somente na data mencionada, após a interveniência desta fiscalização, retornaram à conta do Piso de Atenção Básica, não tendo sido justificado o motivo para o desembolso. 12) Mês de fevereiro de 2010 Justificativa acatada 13) Mês de março 2010 De acordo com a reanálise feita na documentação apresentada, o total de débitos da conta no mês por meio de cheques compensados e outros instrumentos de transferências de recursos, foi de R$ 822.476,60, enquanto a documentação de despesas no mês em referência foi de R$ 692.655,46. Consta da documentação em apreço depósito no total de R$ 144.344,61, que de acordo com as justificativas encaminhadas, deste total, o valor de R$ 127.944,61 trata de um estorno/crédito decorrente do saque realizado da conta do PAB em 15/03/2010. Tal fato não elucida a impropriedade, uma vez que um valor subtraído da conta do PAB em março/2010, é estornado seis meses depois, ou seja, em setembro de 2010, sem que fosse devidamente justificado a finalidade de tal débito. 14) Mês de abril de 2010 Conforme reanálise realizada na documentação ora encaminhada, as despesas totalizam R$ 28.792,70, e o total de saques no mês de R$ 45.372,70. Consta ainda um depósito no importe de R$ 144.344,61, já mencionado, que de acordo com as justificativas encaminhadas, deste total R$ 10.000,00 refere-se ao débito efetuado em 02/04/2010 e R$ 6.400,00 ao débito efetuado em 20/04/2010, que teriam sido estornados/creditados. Para esse fato vale a análise anterior, que tal providência não esclarece a situação apontada, uma vez que um valor subtraído da conta do PAB em abril/2010, foi estornado somente em setembro/2010, sem que fosse devidamente justificado a finalidade de tais débitos. 15) Mês de Maio de 2010 Em relação à documentação ora apresentada relativa às despesas não foram verificadas distorções relevantes no valor citado na justificativa em análise, no entanto, no tocante aos débitos ocorridos em 13/05/2010 no importe de R$ 60.986,50 e em 20/05/2010 de R$ 79.000,00, no qual consta depósito realizado em 16/09/2010, na conta do Fundo Municipal de Saúde de Crateús, no total de R$ 204.986,50, em que 139.986,50 trata-se de estorno/crédito dos valores citados. Em relação ao estorno citado na justificativa, vale o mesmo entendimento das análises anteriores, em não fica bem esclarecido um estorno realizado em setembro/2010 referente a débitos realizados em maio/2010, após a interveniência da fiscalização, sem que fosse devidamente justificada a finalidade de tais recursos que foram sacados da conta do Piso de Atenção Básica à Saúde. 16) Mês de Junho de 2010

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Em relação à documentação ora apresentada relativa às despesas não foram verificadas distorções relevantes no valor citado na justificativa em análise. No entanto, no tocante ao débito ocorrido em 20/06/2010 no importe de R$ 20.000,00, no qual consta depósito realizado em 16/09/2010, na conta do Fundo Municipal de Saúde de Crateús, no total de R$ 204.986,50, em que R$ 20.000,00 trata-se de estorno/crédito dos valores citados, tal providência não esclarece o fato, em razão do que já foi exposto nas análises anteriores, pois não foi justificada a finalidade deste desembolso nas ações de atenção básica à saúde. 17) Mês de Julho de 2010 Em relação à documentação ora apresentada relativa às despesas não foram verificadas distorções relevantes no valor citado na justificativa em análise. No entanto, no tocante ao débito ocorrido em 13/07/2010 no importe de R$ 45.000,00, no qual consta depósito realizado em 16/09/2010, na conta do Fundo Municipal de Saúde de Crateús, no total de R$ 204.986,50, em que R$ 45.000,00 trata-se de estorno/crédito dos valores citados, tal providência não esclarece o fato, em razão do que já foi exposto nas análises anteriores, pois não foi justificada a finalidade deste desembolso nas ações de atenção básica à saúde. Diante de todo o exposto, temos ainda a considerar que: a) em relação à utilização do regime contábil ser de caixa ou competência, concordamos que a utilização de um sistema em substituição ao outro gera divergências, no entanto, o que se buscou na análise foi uma confrontação dos valores debitados x comprovados durante o exercício de 2009 e nos meses de janeiro a julho de 2010, ou seja, uma despesa que é competência de um mês e foi pago em outro pode ocorrer, no entanto, no final exercício e/ou período deveria apresentar uma certa compatibilidade entre os valores, o que não ocorreu. b) no tocante aos depósitos efetuados após a interveniência da fiscalização, que totalizam R$ 1.040.576,18, apesar de considerarmos o esforço da Secretaria Municipal de Saúde no sentido de regularizar a situação da conta financeira do Piso de Atenção Básica, tal situação ainda não ficou elucidada, haja vista que não foi informado o motivo e/ou finalidade deste expressivo importe de recursos que deveriam serem voltados para as ações de atenção básica à saúde. Em complementação, informamos que não foram apresentados os extratos bancários atualizados da conta especifica do PAB Fixo, para a qual foi efetuado o depósito/devolução dos recursos, respectivamente conta n° 58042-2(Ag 0237-2 BB), conta nº 29153-6(Ag. 0237-2 BB) e conta nº 624003-9(Ag. 0747-1 CEF). 2.2.3 CONSTATAÇÃO: Pagamento de despesa a título de recolhimento de Imposto de Renda da folha de pagamento incompatível com os valores a serem retidos dos profissionais da Atenção Básica. FATO: Foi verificada uma movimentação a débito da conta corrente n° 58.042- 2, do Banco do Brasil, específica para a movimentação dos recursos do Piso de Atenção Básica, no importe de R$ 433.752,36, no dia 17/08/2009.

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Deste total, conforme consta dos documentos comprobatórios, o valor de R$ 416.793,12 foi destinado ao recolhimento de IRRF retido pelo FMS no período de 01/01/2009 a 06/05/2009, para a Prefeitura Municipal de Saúde, referente a dedução dos valores das folhas de pagamento dos servidores da Atenção Básica a Saúde. Ocorre que, totalizando os recolhimentos no período referenciado na documentação de despesas dos servidores de toda a Secretaria Municipal de Saúde, conforme informações obtidas com base no Resumo Geral da Folha de Pagamento dos meses de janeiro a maio/2009, o valor a ser recolhido a titulo de IRRF importou em R$ 494.248,88. Neste contexto, fica muito pouco provável que o valor referenciado anteriormente, ou seja, R$ 416.793,12, possa ser destinado ao recolhimento deste tributo somente dos servidores lotados na atenção básica, uma vez que o mesmo corresponde a quase 90% do total de todos os servidores da Secretaria Municipal de Saúde do Município. Desta forma, os documentos de despesa carecem de maiores esclarecimentos, uma vez que os valores não são coerentes, conforme exposto, valendo ressaltar que os valores dessa conta deveriam custear apenas os servidores com atividades voltadas para as ações básicas de saúde, e não para toda a Secretaria de Saúde do Município, conforme sugerem os documentos apresentados. EVIDÊNCIA: Processos de pagamento de despesas com recursos do PAB em 2009 e 2010, extratos bancários da conta específica destes recursos e registros obtidos no Setor de Recursos Humanos da Secretaria Municipal de Saúde. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do Documento s/n, datado de 20/09/2010, a Prefeitura apresentou a seguinte justificativa ("in verbis"): "Com relação a esta Constatação, informamos que determinamos ao Setor Financeiro que realize uma ampla investigação de toda a documentação, para que seja verificada alguma incongruência nos valores apresentados, haja vista que a Folha de Pagamento da Atenção Básica é ampla e diversificada. Neste ato, estamos apresentando, em anexo, os Extratos da Conta, assumindo a responsabilidade e o compromisso de apresentar, oportunamente, toda a documentação que embasou os descontos relativos ao Imposto de Renda Pessoa Física, quando da apuração detalhada já determinada. (Anexo 26 Extratos da Conta)." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Em face das justificativas apresentadas, mantemos a constatação, haja vista que a impropriedade permanece. 2.2.4 CONSTATAÇÃO: Pagamento inelegível com desapropriação de terreno. FATO: Foi verificado um pagamento no importe de R$ 15.000,00, por meio do cheque n° 3267, debitado da conta corrente n° 58042-2 em 09/06/2009 do Banco do Brasil, específica dos recursos do Piso de Atenção Básica, em favor de Francisca dos Santos Vieira, objetivando a desapropriação de um terreno para construção de um posto de saúde pelo Governo do Estado do Ceará. Cabe ressaltar que os recursos do PAB deverão ser utilizados para as ações básicas de saúde, e que de acordo com a Portaria n° 204/GM, de 29/01/2007, os recursos destinam-se à melhoria de imóveis já existentes, portanto, construções novas são vedadas.

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Neste diapasão, a desapropriação dos terrenos que precede a construção do posto deve ser de responsabilidade da Prefeitura, ou seja, tais condições deveriam ser pré-existentes à utilização dos recursos do Piso de Atenção Básica, haja vista que a destinação destes recursos visa a manutenção e o funcionamento destas Unidades Básicas de Saúde, partindo da premissa de que a estrutura destes Postos de Saúde já tenham sido implantadas. EVIDÊNCIA: Processos de pagamento formalizados em 2009 e 2010, custeados com recursos do Piso de Atenção Básica. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do Documento s/n, datado de 20/09/2010, a Prefeitura justificativou que o ponto em epígrafe já foi solucionado, com a devolução à Conta Corrente 58.042-2, em 10/09/2010, do valor de R$ 15.000,00 conforme consignado na Constatação, o que comprovamos através de documento anexo. ( Anexo 27 - Comprovante de Transferência de Recursos). ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Consta da documentação encaminhada para análise comprovante de transferência da conta n° 10.055-2, agência 0237-2, na data de 10/09/2010 para a conta n° 58.042-2, no valor de R$ 15.000,00. Vale ressaltar, no entanto, a necessidade de apresentação do extrato com o saldo atualizado da conta recebedora, que, inclusive, não vem sendo mais utilizada para movimentação dos recursos do PAB Fixo, bem como, que seja comprovada a fonte dos recursos que foram ressarcidos, uma vez que a conta do Fundo Único de Saúde - FUS movimenta recursos de diversas fontes. Portanto, a regularização da pendência fica condicionada a apresentação do documento e informação mencionados. 2.2.5 CONSTATAÇÃO: Pagamento indevido de tarifa referente à consumo d'água do Centro de Especialidades Médicas. FATO: Dentre a documentação das despesas realizadas no mês de setembro/2009, realizada com recursos do Piso de Atenção Básica - PAB, existentes na conta corrente 58.042-2, Agência 237-2 do Banco do Brasil, foi constatado um pagamento em favor da Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará - CAGECE, no valor total de R$ 11.696,21, que se refere ao consumo de água potável no mês de setembro de várias Unidades de Saúde do Município. Ocorre que, somente o Centro de Especialidades Gentil Barreiras, localizado na Rua Dr. Gomes Coutinho, Bairro Centro, teve um consumo correspondente ao valor de R$ 5.082,41, que representa mais de 40% do valor da despesa, sendo importante ressaltar que os recursos da conta mencionada, devem ser destinados ao pagamento de despesas das unidades relacionadas à atenção básica em saúde e, neste caso, o Centro de Especialidades Médicas, não se enquadra nessa classificação, devendo contar com outra fonte de custeio de suas despesas correntes, que inclui às tarifas de água e energia elétrica. EVIDÊNCIA: Processos de pagamento das despesas realizadas com recursos do Piso de Atenção Básica em 2009 e 2010.

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MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do Documento s/n, datado de 20/09/2010, a Prefeitura apresentou a seguinte justificativa ("in verbis"): "A Constatação retro foi prontamente sanada, via devolução à Conta Corrente 58.042-2, em 10/09/2010, do valor de R$ 5.082,41 conforme consignado no Ponto, o que comprovamos através de documento anexo. (Anexo 28 : Comprovante de Transferência de Recursos)." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Consta da documentação encaminhada para análise, comprovante de transferência da conta n° 10.055-2(Fundo Único de Saúde-FUS), agência 0237-2, na data de 10/09/2010 para a conta n° 58.042-2, no valor de R $ 5.082,41. Vale ressaltar, no entanto, a necessidade de apresentação do extrato com o saldo atualizado da conta recebedora, que inclusive não vem sendo mais utilizada para movimentação dos recursos do PAB Fixo, bem como, que seja comprovada a fonte dos recursos que foram ressarcidos, uma vez que a conta do Fundo Único de Saúde - FUS movimenta recursos de diversas fontes. Desta forma, a regularização da constatação fica condicionada a apresentação do documento e comprovação mencionados. 2.2.6 CONSTATAÇÃO: Pagamento indevido referente ao consumo d'água do Prédio do Corpo de Bombeiros. FATO: Verificamos, na documentação das despesas realizadas com recursos do PAB, pagamento em favor da Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará - CAGECE, nos meses de setembro e outubro de 2009, destinado ao pagamento do consumo d'água do Corpo de Bombeiros, localizado na Rua Dr. Moreira da Rocha 2150, conforme a seguir demonstrado: mês: setembro/2009 valor: R$ 433,76 mês: outubro/2009 valor: R$ 154,86 Total.................... R$ 588,62 Vale salientar que tais despesas não devem ser custeadas com recursos destinados à atenção básica à saúde, uma vez que o Corpo de Bombeiros trata-se de uma instituição com verba própria para pagamento de seus custos fixos. EVIDÊNCIA: Documentação de despesas referente aos meses de setembro e outubro/2009. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do Documento s/n, datado de 20/09/2010, a Prefeitura justificou que, com relação ao pagamento referente ao consumo de água, já foi prontamente solucionado, com a devolução à Conta Corrente 58.042-2, em 10/09/2010, do valor de R$ 588,62, conforme consignado na Constatação, o que comprovamos através de documento anexo. (Anexo 29 : Comprovante de Transferência de Recursos). ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Consta da documentação encaminhada para análise comprovante detransferência da conta n° 10.055-2, agência 0237-2, na data de 10/09/2010 para a conta n° 58.042-2, no valor de R$ 588,62. Vale ressaltar, no entanto, a necessidade de apresentação do extrato com o saldo atualizado da conta recebedora, que inclusive, não vem

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sendo mais utilizada para movimentação dos recursos do PAB Fixo, bem como, que seja comprovada a fonte dos recursos que foram ressarcidos, uma vez que a conta do Fundo Único de Saúde - FUS movimenta recursos de diversas fontes. Valendo ressaltar que doravante, despesas desta natureza, não devem ser custeados com recursos do Piso de Atenção Básica da Saúde - PAB. 2.2.7 CONSTATAÇÃO: Pagamento indevido de despesas com manutenção do hospital de referência e laboratório clínico. FATO: Foi constatado pagamento no importe de R$ 2.380,00, por meio do cheque nº 0034, sacado da conta corrente n° 58.042-2, Agência 237-2, Banco do Brasil em 11/08/2009, relativo a serviços de manutenção nos setores laboratório clínico do Hospital de Referência São Lucas e mamografia. Vale ressaltar que tal despesa não é elegível para aplicação dos recursos do Piso de Atenção Básica, haja vista que estes devem ser destinados à realização de despesas com ações básicas de saúde no Município. Neste contexto, vale ressaltar, ainda, que os Hospitais de Referência devem ser dotados de verba própria com vistas ao custeio de sua manutenção e funcionamento. EVIDÊNCIA: Processos de pagamento das despesas realizadas com recursos do Piso de Atenção Básica no exercício de 2009 e no período de janeiro a julho/2010, e extratos bancários da conta específica do PAB neste período. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do Documento s/n, datado de 20/09/2010, a Prefeitura apresentou a seguinte justificativa ("in verbis": "O ponto em epígrafe, qual seja, o pagamento de despesas com a manutenção de hospital, já foi prontamente solucionado, com a devolução à Conta Corrente 58.042-2, em 10/09/2010, do valor de R$ 2.380,00, conforme consignado na Constatação, o que comprovamos através de documento anexo. (Anexo 30 : Comprovante de Transferência de Recursos)." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Consta da documentação encaminhada para análise comprovante de transferência da conta n° 10.055-2, agência 0237-2, na data de 10/09/2010 para a conta n° 58.042-2, no valor de R$ 2.380,00. Vale ressaltar, no entanto, a necessidade de apresentação do extrato com o saldo atualizado da conta recebedora, que inclusive não vem sendo mais utilizada para movimentação dos recursos do PAB Fixo, e ainda, que seja comprovada a fonte dos recursos que foram ressarcidos, uma vez que a conta do Fundo Único de Saúde - FUS movimenta recursos de diversas fontes. Informa-se, ainda, que despesas com manutenção de hospitais de referência e laboratórios não devem ser custeados com recursos do PAB Fixo, portanto, mantemos a constatação até a apresentação dos comprovantes mencionados. 2.2.8 CONSTATAÇÃO: Utilização dos recursos do PAB para pagamento de servidores não lotados nas unidades relacionadas às ações de Atenção Básica de Saúde.

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FATO: Com base em pesquisa realizada na folha de pagamento referente ao mês de maio/2010, paga com recursos do Piso de Atenção Básica, foi constatado que os servidores a seguir relacionados não constam do elenco de profissionais que atuam nas ações de saúde básica do Município, bem como estão lotados em unidades de saúde cujas atividades não coincidem com esse tipo de ação. Matrícula

Iniciais do nome

Cargo Proventos

Lotação

1208 M.B.N Agente Administrativo

537,24 Sindicado dos Servidores Pref Municipal

301 A M V A Atendente de Consult Dentário

650,38 Centro de Especialidades Odontológicas

828 A G B C Auxiliar de Serviços

612,00 Centro de Especialidades Odontológicas

1215 B J S M Atendente de Consult Dentário

631,19 Centro de Especialidades Odontológicas

178 F M L S Auxiliar de Serviços

775,92 Centro de Especialidades Odontológicas

208 M L O Auxiliar de Serviços

612,00 Centro de Especialidades Odontológicas

48 M J C L Atendente de Consult Dentário

612,00 Centro de Especialidades Odontológicas

857 M F V C S

Recepcionista 510,00 Hosp de Referencia São Lucas

2319 W S C Dentista 2.280,00 Centro de Especialidades Odontológicas

2579 A T S S Terapeuta Ocupacional

2.280,00 Centro de Especialid Médicas Gentil Barreira

2583 C N S Fisioterapeuta 2.280,00 Centro de Especialid Médicas Gentil Barreira

2581 P D D B Psicóloga 2.280,00 Centro de Especialid Médicas Gentil Barreira

2566 R M A A G

Assistente Social

2.280,00 Centro de Especialid Médicas Gentil Barreira

Total no mês 16.340,73 Isto posto, cabe ressaltar que tais servidores não deveriam constar da folha de pagamento custeada com recursos do Piso de Atenção Básica - PAB. EVIDÊNCIA: Folha de pagamento referente ao mês de Maio/2010, relação de servidores lotados na atenção básica, e relação de servidores com lotação disponibilizada pelo Setor de Recursos Humanos. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do Documento s/n, datado de 20/09/2010, a Prefeitura apresentou a seguinte justificativa ("in verbis"): "Quando ao ponto em epígrafe, qual seja, a utilização dos recursos do PAB para pagamento de servidores não lotados nas unidades relacionadas às ações de Atenção Básica de Saúde, temos a informar: Os profissionais Terapeuta ocupacional (matrícula: 2579, iniciais: ATSS), Fisioterapeuta ( matrícula: 2583, iniciais: CNS), Psicóloga (matrícula: 2581, iniciais: PDDB) e assistente social (matrícula: 2566, iniciais: RMAAG) pertencem ao quadro do Núcleo de Apoio à Saúde da Família : NASF, cujo programa faz parte do Bloco da Atenção Básica.

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O Município de Crateús possui 01(um) NASF tipo I que tem seu ponto de apoio localizado no Centro de Especialidades Gentil Barreiras e desempenha suas atividades em 08 Equipes de Saúde da Família do Município conforme a Portaria GM nº154 de 24 de janeiro de 2008 que regulamenta o funcionamento do NASF. Ocorre que por conta do ponto de apoio do NASF estar localizado no Centro de Especialidades Médicas se incorreu ao erro de vincular os profissionais não ao programa que executam, mas sim ao local de trabalho(espaço físico). Isto nos leva a concluir que em momento algum a Secretaria Municipal de Saúde praticou atecnia ou irregularidades ao pagar estes profissionais com recursos do PAB, já que os mesmos realizam suas atividades enquanto profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Seguem, em anexo, o Relatório do Cadastro Nacional de Estabelecimentos à CNES, referente ao Mês de Maio de 2010, o Mapa Diário de Produção de cada profissional e fotos dos serviços prestados no NASF de Crateús. Os profissionais Atendente de Consultório Dentário, (Matrícula: 301, iniciais: AMVA) e Atendente de Consultório Dentário,(Matrícula: 1215, iniciais: BJSM), desempenham suas atividades no PSF de CAIC e PSF São José respectivamente, conforme relatório do CNES. A Dentista(WSC, matrícula: 2319) é efetiva da atenção básica está dentro da Folha de Pagamento do PAB, não havendo qualquer vinculação com o CEO. Os profissionais Auxiliar de Serviços, (Matrícula:828,iniciais: AGBC), Auxiliar de Serviços, (Matrícula:178, iniciais: FMLS), Auxiliar de Serviços,(matrícula:208,iniciais: MLO) e Atendente de Consultório Dentário, (Matrícula:48,iniciais: MJCL), exerciam suas funções no CEO e então, por esta razão, estamos devolvendo o recurso correspondente para a conta do PAB e retiramos estes profissionais para a folha de pagamento da Média Complexidade, atendendo a portaria 204/2007 do Ministério da Saúde. Os profissionais Agente Administrativo,(Matrícula:1208,iniciais: MBN), lotado no Sindicato dos Servidores Municipais, a Recepcionista, (Matrícula:857,iniciais: MFVCS ),lotada no HRSL, configuram, realmente, um caso de pagamento indevido, tendo Secretaria restituiu o valor referente ao pagamento à conta específica do PAB e providenciou a retirada dos profissionais da folha de pagamento do PAB. (Anexo 31 : Comprovante da Devolução à Conta 624.003-9, CEF, Agência de Crateus, no valor de R$ 3.659,16)." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Apesar de considerarmos as providências adotadas, e os valores recolhidos à conta do PAB Fixo, o ponto permanece, pois não foi apresentada a folha atualizada referente à Atenção Básica afim de comprovar a exclusão dos servidores indevidos. AÇÃO : 20AD PISO DE ATENCAO BASICA VARIAVEL - SAUDE DA FAMILIA - NACIONAL OBJETIVO DA AÇÃO : Verificar a atuação das equipes do PSF, a participação do gestor muni cipal na implementação e desenvolvimento do programa e o controle realizado pelo gestor federal quanto à observância de critérios e requisitos. ORDEM DE SERVIÇO : 252030 OBJETO FISCALIZAÇÃO: Propostas de implantação de equipes do PSF inseridas no Plano Municipal de Saúde, propostas analisadas pelos conselhos municipais de saúde, unidades básicas de saúde adequadamente estruturadas,

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materiais e equipamentos disponibilizados aos profissionais, profissionais selecionados e contratados conforme a legislação, contrapartida municipal efetivada, dados inseridos corretamente no SIAB, equipes capacitadas, prestação de contas analisada pelo conselho municipal de saúde, atendimento prestado adequadamente às famílias, carga horária semanal cumprida pelos profissionais do PSF/PACS. AGENTE EXECUTOR : MUNICIPIO DE CRATEUS/PREFEITURA MUNICIPAL ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.: FUNDO A FUNDO OU CONCESSãO MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 4.759.675,00 2.2.9 CONSTATAÇÃO: Postos de Saúde com apenas 01 banheiro para os profissionais e usuários. FATO: Foi verificado nos Postos de Saúde de Poty e Curral Velho a existência de somente um banheiro destinado tanto aos profissionais como aos usuários, contrariando o previsto na Resolução RDC nº 50/2002, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos de assistenciais de saúde. Além disso, foi possível verificar na visita realizada, que o banheiro da UBASF de Curral Velho encontra-se em precárias condições para uso, com evidentes sinais de infiltrações. EVIDÊNCIA: Visita aos postos de saúde de Poty e Curral Velho com fotos e entrevistas com as chefes dos Postos de Saúde de Poty e Curral Velho e registro fotográfico.

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POTY

POTY

CURRAL VELHO

CURRAL VELHO

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CURRAL VELHO

CURRAL VELHO MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do Documento s/n, datado de 20/09/2010, a Prefeitura apresentou a seguinte justificativa ("in verbis"): "Ressaltamos, por oportuno, que o Município de Crateús tem buscado adequar a estrutura física de suas Unidades Básicas conforme preconiza a Resolução 51, da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Para isto, buscamos emendas parlamentares, projetos de construção e reforma de UBS junto ao Ministério da Saúde e Governo do Estado do Ceará. Com isto, conseguimos recursos necessários para a construção da UBS da localidade de Curral Velho, junto ao Governo do Estado, a construção da nova Unidade, aguarda a conclusão do processo licitatório e tão logo aconteça será dada ordem de serviço já que o Município tem prazo determinado para construção e posterior prestamento de contas ao Estado, conforme o Plano de Trabalho. Com relação à Unidade de Poty, também visitada, estamos analisando a possibilidade da elaboração de projeto para a construção de mais banheiro, e sua viabilidade financeira e operacional, visto que este posto está numa localidade que será desabitada, para a construção do Lago do Reservatório Fronteiras, a ser construído pelo Governo Federal. Com isso, seria mais oportuno aguardamos o remanejamento das famílias para outra área e aí, então, adequaremos a UBS nesta nova localidade." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Em que pese a justificativa, mantemos a constatação, uma vez que a exigência de sanitários não é um assunto novo, haja vista previsão no Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde, do Ministério da Saúde, ser de 2006; e Portaria nº 648, de 28 de março de 2006. Desta forma a regularização da pendência fica condicionada ao atendimento do referido normativo no tocante à estrutura mínima a ser implementada pelo Município nas Unidades Básicas de Saúde.

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2.2.10 CONSTATAÇÃO: Unidades Básicas de Saúde sem água potável adequada para utilização dos profissionais. FATO: Conforme entrevista realizada com a responsável pela UBASF de Irapuá, essa Unidade não possui água potável, a água que chega ao posto de saúde é proveniente de carro pipa. No tocante à UBASF da Localidade de Lagoa das Pedras, foi verificado mediante visita, que a mesma não possui sistema de abastecimento de água proveniente do sistema público, sendo suprida por meio de uma cacimba, sendo uma água sem procedência e qualidade, e portanto não adequada para utilização em um posto de saúde. Já a UBASF da Localidade de Poty, apesar de receber a água potável por Serviço de Água, não possui reservatório d'água, desta forma, para o abastecimento, que ocorre às 06:00h da manhã, se faz necessário que um funcionário acumule em recipientes, a água que será utilizada durante o dia nas atividades dos profissionais, o que evidencia a precariedade no abastecimento e disponibilidade d'água da UBASF. EVIDÊNCIA: Visita "in loco" e entrevistas com responsáveis das UBASF. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do Documento s/n, datado de 20/09/2010, a Prefeitura apresentou a seguinte justificativa ("in verbis"): "Informamos que estamos cientes destas deficiências detectadas, nos dois Postos de Saúde visitados, e o nosso compromisso é buscar, no curto prazo, alternativas viáveis para a solução destes problemas. Determinamos ao Secretário de Saúde que providenciasse vistoria imediata nestes locais, apresentando, prazo de 15 dias, alternativas possíveis para a contemplação de uma solução. Ressaltamos que todos os esforços serão envidados para a solução destas pendências, ou, pelo menos, a minimização de suas conseqüências." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: A regularização da pendência fica condicionada à adoção efetiva das ações necessárias para a adequação da UBASF, afim de que tenha consições adequadas para atendimento das famílias. 2.2.11 CONSTATAÇÃO: Incompatibilidade entre as informações constantes do Mapa Diário de Atendimento em relação às folhas de frequência. FATO: Nos exames foi procedida a apuração das frequências dos profissionais de saúde médicos, enfermeiros e odontólogos através do cotejamento das informações registradas no "Mapa Diário de Atendimento" comparando com as frequências constantes das folhas de ponto disponibilizada pela Secretaria Municipal de Saúde referentes aos meses de abril a junho de 2010. Deste comparativo, foi possível constatar que, conforme os registros existentes no "Mapa Diário de Atendimento", os profissionais não apresentaram 100% de frequência nos meses analisados, conforme a seguir demonstrado. No entanto, de acordo com as folhas de ponto consta 100% de assiduidade.

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Centro de Saúde de Crateús

PROFISSIONAL DE SAÚDE

MÊS DE REFERÊNCIA

DIA ÚTIL MENSAL

FREQUÊNCIA (DIA ÚTIL)

FREQUÊNCIA(%)MENSAL

Abril 20 16 80

Maio 21 17 81 Médico

Junho 21 17 81

Abril 20 18 90

Maio 21 19 90

Poty

Enfermeiro

Junho 21 15 71

Médico Abril 20 17 85

Abril 20 14 70

Maio 21 15 71

Lagoa da Pedras

Enfermeiro

Junho 21 16 76

Abril 20 17 85

Maio 21 20 95 Venâncios

Médico

Junho 21 17 81

A divergência apontada põe em dúvida a consistência das informações registradas nas folhas de frequência dos profissionais de saúde. EVIDÊNCIA: Mapa Diário de Produção, Folhas de ponto e entrevista com famílias. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do Documento s/n, datado de 20/09/2010, a Prefeitura apresentou a seguinte justificativa ("in verbis"): Com relação a este ponto de Fiscalização, o Relatório aponta divergência entre a freqüência dos profissionais e o Mapa Diário de atendimento. Informamos que estes mapas vem para o Setor de Recursos Humanos da Secretaria no início de cada mês, sendo alimentado na própria Equipe de saúde. Reconhecemos que é inviável manter um padrão de 100% de freqüência por motivos diversos -(doença, cursos, congressos,etc)-, entretanto existe um mecanismo paralelo executado pela Coordenação da Atenção Básica para acompanhar a freqüência dos profissionais, especialmente os da Zona Rural, que consiste em ligações para pessoas da comunidade e visitas da Coordenação, com representantes do Conselho Municipal de Saúde; como prova disso, é que, no final de cada mês, a Coordenação repassa para o Setor de Recursos Humanos a Planilha, constando as faltas dos profissionais. Posteriormente se dá o encaminhamento para a Secretaria de Administração, onde são feitos os descontos referentes às faltas. Anexamos cópias das Planilhas geradas pela Coordenação e utilizadas com fins de garantir os descontos necessários, os acompanhamentos de faltas e cumprimento de carga horária dos profissionais. Fazemos anexar, também, Folhas geradas pela Administração, onde ficam comprovados os descontos referentes às faltas dos profissionais destas equipes, nos meses de abril a junho de 2010. Ressaltamos que estamos procurando viabilizar a implantação de ponto eletrônico nas sedes das 18 equipes de saúde da família do Município, conforme consta na Programação Anual de Saúde e implantá-los até dezembro de 2010 (Anexo 34 : Documentos referentes ao Ponto de

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Constatação). ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Em que pese a justificativa e os documentos apresentados, mantemos a constatação, tendo em vista a necessidade de um maior controle e cobrança na carga horária dos profissionais contratados no programa de Saúde da Família, que até o momento ainda não foi implementado. AÇÃO : 8581 ESTRUTURACAO DA REDE DE SERVICOS DE ATENCAO BASICA DE SAUDE - NACIONAL OBJETIVO DA AÇÃO : Financiamento para a adequação e ampliação da rede de serviços de a- tenção básica de saúde; apoio técnico e financiamento para melhoria a- dequação da rede de serviços caracterizada como de primeira referência para a atenção básica. ORDEM DE SERVIÇO : 251558 OBJETO FISCALIZAÇÃO: Aquisição de Equipamentos Médico-Hospitalares. AGENTE EXECUTOR : CRATEUS ADMINISTRACAO DIRETA MUNICIPAL QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.: CONVÊNIO SIAFI 630884 MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 250.000,00 2.2.12 CONSTATAÇÃO: Equipamentos adquiridos com especificações em desacordo com o PLano de Trabalho. FATO: Da inspeção física realizada nos equipamentos previstos no Plano de Trabalho do Convênio nº original 629/2008, celebrado entre a Prefeitura de Crateús e a União Federal, verificou-se que alguns equipamentos foram adquiridos em desacordo com as especificações técnicas previstas no Plano de Trabalho do Convênio em questão, a seguir discriminados: a)O freezer horizontal adquirido tem capacidade para 337 litros, todavia o previsto era de 519 litros. b)O bebedouro adquirido é de plástico de uso doméstico marca britânia, todavia o exigido era de aço carbono galvanizado, tipo gabinete. c)A estufa tem capacidade para 40 litros, todavia o exigido foi de 50 litros. d)O autoclave adquirido é horizontal, enquanto o exigido é vertical. e)A lavadora de alta pressão é de 400lbf/pol2 , enquanto o exigido era de 1500 lbf/pol2. f)A caixa necropsia possui apenas um gancho para encropsia, enquanto o exigido eram 2 (dois); não possui tesoura smith de 23 cm nem bisturi de esmarch e a caixa inoxidável não é perfurada, em desacordo com o Plano de trabalho; g)Estava previsto no plano de trabalho a aquisição de 1 (uma) impressora multifuncionais laser COLOR, todavia foram adquiridas 2 (duas) impressoras jato de tinta multifuncionais, de acordo com as notas-fiscais apresentadas na prestação de contas do convênio.

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EVIDÊNCIA: Plano de Trabalho e Prestações de contas do convênio e inspeção física. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/9/2010, a Prefeitura Municipal apresentou a seguinte justificativa: "Com relação a esta Constatação, ressaltamos que o Convênio 629/2008, em epígrafe, passou por uma auditoria, em Maio deste ano, e de acordo com as constatações, a Secretaria vem solucionando os problemas encontrados na sua execução. Dentre eles, está a aquisição, fora das especificações do Plano de Trabalho, de um freezer horizontal, um bebedouro, uma estufa, uma lavadora de alta pressão, instrumentas da caixa de necropsia e 02 impressoras jato de tinta enquanto deveriam ser 01 a laser. Desde o recebimento do Relatório da Auditoria, realizada em Maio, pela Divisão de Convênios do Ceará/Ministério da Saúde, o Município se comprometeu de regularizar esta situação, num prazo de até 120 dias. A assessoria jurídica da Secretaria de Saúde está negociando a devolução às Empresas vencedoras do certame e garantindo o recebimento dos novos equipamentos, em conformidade com o PTA. Ressaltamos que são problemas que serão brevemente solucionados, para que possamos garantir, com rigor, o compromisso firmado conforme o Plano de Trabalho, junto ao Ministério da Saúde. Ressaltamos, outrossim, que o autoclave adquirido é horizontal, pois hoje em dia é o exigido nos serviços de saúde e não mais o vertical." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: A manifestação da Prefeitura confirma a existência das irregularidades identificadas e declara que as providências para corrigi-las estão sendo tomadas. Em que pese a declaração da Prefeitura, as medidas para correção das irregularidades ainda não foram concluídas, dessa forma, permanece a constatação. 2.3 - PROGRAMA 1287 SANEAMENTO RURAL AÇÃO : 3921 IMPLANTACAO DE MELHORIAS HABITACIONAIS PARA CONTROLE DA DOENCA DE CHAGAS - NACIONAL OBJETIVO DA AÇÃO : Implantação de Melhorias Habitacionais para Controle da Doença de Chagas. ORDEM DE SERVIÇO : 251965 OBJETO FISCALIZAÇÃO: Melhorar as condições físicas e sanitárias das habitações por meio de restauração (reforma) ou reconstrução. A restauração compreende os seguintes serviços: reboco das paredes internas e externas e pintura das mesmas; calçada de proteção em torno da casa; cobertura com materiais adequados; piso cimentado ou de madeira; recuperação de abrigo de animais e depósitos; substituição de cercas e implantação e/ou recuperação de instalações sanitárias. Nos casos em que as habitações não suportarem reformas, serão demolidas e reconstruídas. AGENTE EXECUTOR : CRATEUS ADMINISTRACAO DIRETA MUNICIPAL QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:

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CONVÊNIO SIAFI 426388 MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 540.000,00 2.3.1 CONSTATAÇÃO: Moradias construídas parcialmente ou fora das especificações técnicas. FATO: Trata-se de fiscalização realizada na execução do convênio n° Original 356/01 - FUNASA, firmado entre a prefeitura de Crateús e a Fundação retromencionada. O objeto do convênio é a transferência de recursos para a referida municipalidade para construção de 92 casas para combate à doença de chagas em diversas localidades do Município. O referido convênio foi assinado em 17 de dezembro de 2001 e sua vigência expirou em 15 de agosto de 2010. Da análise do processo de acompanhamento disponibilizado pela FUNASA, verifica-se que a última visita técnica realizada pelos técnicos da FUNASA foi em 06 de novembro de 2002. Os montantes de recursos transferidos para a Prefeitura foram de R$ 360.000,00. As ordens bancárias têm datas de 27 dezembro de 2001 e 05 de fevereiro de 2002. A Equipe de fiscalização realizou inspeção física em uma amostra de 19 (dezenove) residências em 3 (três) localidades diferentes, tendo sido observadas as seguintes irregularidades em todas as casas visitadas: - Fossa séptica construída com capacidade de aproximadamente 1 m3, enquanto o projeto prevê mínimo de 2m3; - O traço da argamassa utilizado no reboco das paredes está abaixo da qualidade exigida nas especificações técnicas; - As cintas superiores não foram construídas e as inferiores foram construída com tijolo furado, enquanto as especificações técnicas prevêem concreto armado; - Portas e janelas de péssima qualidade; - Os dois pilares da área de serviço da casa foram construídos com tijolo furado, enquanto as especificações técnicas prevêem a utilização de concreto armado; - As paredes não receberam chapisco; e - Não foi construído o fogão à lenha. A seguir são descritas as irregularidades específicas de cada residência inspecionada: Localidade: Olinda 1)Residência do morador R. L. A.: - As portas da residência não foram instaladas, o morador declarou que as portas existentes foram compradas e instaladas por ele próprio; - Não foi instalada a pia da área de serviço. 2)Residência do morador A. I. L.: - As portas da residência não foram instaladas, o morador declarou que as portas existentes foram compradas e instaladas por ele próprio; - Não foi instalada a pia da área de serviço; e - A casa de taipa não foi demolida. 3)Residência do morador F. V. L.: - Não foram instaladas as pias da cozinha e da lavanderia. 4)Residência do morador A. A. S.: - Não foi instalada a pia da área de serviço. Localidade de Betânia: 5)Residência do morador A. F. S.: - Não foi instalada a pia da área de serviço. 6)Residência do morador A. C.: - Não foi instalada a pia da área de serviço; e

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- A casa de taipa não foi demolida. 7)Residência do morador A. E.: - Não foi instalada a pia da área de serviço; e - A casa de taipa não foi demolida. 8)Residência do morador J. M. H.: - Não foi instalada a pia da área de serviço. 9)Residência do morador L. S.: - Não foi instalada a pia da área de serviço; e - Não foi instalado o reservatório de água de 150 litros. 10)Residência do morador E. S.: - Não foi instalada a pia da área de serviço; e - Não foi instalado o reservatório de água de 150 litros. Localidade de Lameirão: 11)Residência do morador J. L. F.: - Não foi instalada a pia da área de serviço; e - Não foi instalado o reservatório de água de 150 litros. 12)Residência do morador R. F. S. V.: - Não foi instalada a pia da área de serviço; - Não foi instalado o reservatório de água de 150 litros; e - Não foi instalado vaso sanitário. 13)Residência do morador J. E. S.: - Não foram executados os serviços referentes a contrapiso, piso cimentado liso, chapisco, reboco, instalações de todas as portas, caiação, pintura de esquadrias, instalações sanitárias, vaso sanitário, tanque de lavar roupa, pia de cozinha, reservatório de água, sumidouro, armadores, calçada de contorno e demolição da casa de taipa. 14)Residência do morador L. C. V. E: - Não foram executados os serviços referentes a contrapiso, piso cimentado liso, chapisco, reboco, instalações de todas as portas, caiação, pintura de esquadrias, instalações sanitárias, vaso sanitário, tanque de lavar roupa, pia de cozinha, reservatório de água, sumidouro, armadores, calçada de contorno e demolição da casa de taipa. 15)Residência do morador A. N. V.: - Não foram executados os serviços referentes a contrapiso, piso cimentado liso, chapisco, reboco, instalações de todas as portas, caiação, pintura de esquadrias, instalações sanitárias, vaso sanitário, tanque de lavar roupa, pia de cozinha, reservatório de água, sumidouro, armadores, calçada de contorno e demolição da casa de taipa. 16)Residência do morador F.C.V.M.: - A inspeção física dessa residência demonstrou que a mesma está finalizada e possui ampliações, todavia, segundo o morador, a empresa contratada para realizar a obra deixou a construção com apenas 1,5 metro de alvenaria levantada. 17)Residência do morador A. M. S.: - Não foi instalada a pia da área de serviço; - Não foi instalado o reservatório de água de 150 litros; e - Segundo o morador diversos serviços nesta residência foram executados por meio de mutirão, uma vez que a empresa contratada não finalizou a maioria dos serviços. Ele não soube especificar quais os serviços deixaram de ser realizados. 18)Residência do morador J. A. S.: - Não foi instalada a pia da área de serviço; - Não foi instalado o reservatório de água de 150 litros; e - Segundo o morador diversos serviços nesta residência foram executados por meio de mutirão, uma vez que a empresa contratada não

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finalizou a maioria dos serviços. Ele não soube especificar quais os serviços deixaram de ser realizados. 19)Residência do morador A. F. V.: - Não foi instalada a pia da área de serviço; - Não foi instalado o reservatório de água de 150 litros; - Não foi construído o sumidouro; e - Segundo o morador diversos serviços nesta residência foram executados por meio de mutirão, uma vez que a empresa contratada não finalizou a maioria dos serviços. Ele não soube especificar quais os serviços deixaram de ser realizados. Assim, verificamos que pelo menos 3 (três) residências tiveram os seus serviços de construção apenas iniciados, com o investimento realizado se deteriorando sem que as famílias possam entrar. Registre-se que, de acordo com entrevista com a comunidade, as obras estão paralisadas desde 2003. As demais residências apresentam diversos serviços executados com baixa qualidade e outros que nem sequer foram executados. EVIDÊNCIA: Verificação física em 19 unidades habitacionais nas localidades de Olinda, Betânia e Lameirão. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/9/2010, a Prefeitura Municipal apresentou a seguinte justificativa: "Quanto a este ponto consignado, no caso, irregularidades na execução do Convênio número 356/01, assinado em 17 de dezembro de 2001, com vigência expirada em 15 de agosto de 2010. Ressaltamos que neste período temporal aconteceram duas mudanças de gestão no Governo Municipal, sendo a última iniciada em janeiro de 2009. Sendo assim, ficamos impossibilitados de apresentar uma solução a contento, ou tecer maiores informações ou comentários que venham a justificar quaisquer inconformidades sobre este convênio. Mesmo assim, e em não querendo fugir à responsabilidade de Gestor, estamos enviando toda a documentação relativa e este Convênio para a Procuradoria Jurídica deste Município, para que, junto com a FUNASA, venham a analisar os problemas detectados e possam apresentar decisões a serem tomadas por este Gestor, no sentido da apuração e identificação de responsabilidades pelos prejuízos causados, para posterior devolução, na forma administrativa ou judicial, conforme for o caso. Posteriormente, daremos conhecimento à CGU da situação levanta e das medidas adotadas ao caso concreto." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Em que pese a Prefeitura informar que está tomando ações no intuito de apurar os fatos apontados a fim de identificar responsáveis, não houve apresentação de justificativas suficientes para elidir a constatação, permanecendo o registro das irregularidades na sua totalidade. 2.3.2 CONSTATAÇÃO: Ausência de fornecimento de documentos relativos ao Convênio nº 356/01 - FUNASA, prejudicando os trabalhos de fiscalização. FATO: A Prefeitura de Crateús não forneceu processo licitatório do Convênio nº 356/01, realizado entre a FUNASA e a Prefeitura de Crateús, cujo objeto é a construção de 92 (noventa e duas) casas para combate à Doença de Chagas, no valor total de R$ 540.000,00.

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Dessa forma, o Município descumpriu o art. 26 da Lei nº 10.180/2001, o qual determina que "Nenhum processo, documento ou informação poderá ser sonegado aos servidores dos Sistemas de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal, no exercício das atribuições inerentes às atividades de registros contábeis, de auditoria, fiscalização e avaliação de gestão.". EVIDÊNCIA: Solicitação de Fiscalização n° 03, de 04/08/2010. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/9/2010, a Prefeitura Municipal apresentou a seguinte justificativa: "Com relação a este ponto consignado, informamos que, apesar da atual administração ter empreendido os esforços necessários para repassar as informações à Equipe de Auditoria da CGU, não conseguimos atender a solicitação, pois este convênio foi executado por outra gestão do Município, que não a atual. O que existe na verdade é escassez de informações acerca da execução do referido objeto e todas as informações disponíveis nos arquivos foi repassada para que a equipe pudesse trabalhar. Mas temos a responsabilidade de garantir que as poucas informações disponíveis sobre este convênio estejam sendo arquivadas em local salubre, com vistas a mantê-las disponíveis a quaisquer meios de fiscalização. Com relação ao fato do extravio de parte da documentação, ressaltamos que já solicitamos ao Setor Jurídico, as possíveis medidas cabíveis, para que sejam adotadas." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Em sua manifestação, a Prefeitura justifica que o convênio ora em análise fora firmado em Administração anterior e que a documentação relacionada foi extraviada, restando, apenas, apurar as responsabilidade de quem deu causa. Consideramos que a causa apresentada não elide a constatação, uma vez que é de responsabilidade da Administração atual verificar a regularidade documental de todos os convênios vigentes durante a mudança de governo e, caso, verificada irregularidade, tomar as providências cabíveis tempestivamente. 2.4 - PROGRAMA 1293 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E INSUMOS ESTRATÉGICOS AÇÃO : 20AE PROMOCAO DA ASSISTENCIA FARMACEUTICA E INSUMOS ESTRATEGICOS NA ATENCAO BASICA EM SAUDE - NO ESTADO DO CEARA OBJETIVO DA AÇÃO : Visa garantir o acesso dos pacientes aos medicamentos básicos por in- termedio da racionalização e otimização da programação, armazenamento controle de estoques e distribuição em todos os níveis de gestão. ORDEM DE SERVIÇO : 251436 OBJETO FISCALIZAÇÃO: Medicamentos pactuados no Plano Estadual de Assistência Farmacêutica- PEAF para atendimento à Farmácia básica. AGENTE EXECUTOR : MUNICIPIO DE CRATEUS/PREFEITURA MUNICIPAL ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.: FUNDO A FUNDO OU CONCESSãO

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MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 513.940,60 2.4.1 CONSTATAÇÃO: Divergências nos quantitativos de medicamentos distribuídos pela Secretaria de Saúde do Estado em relação aos recebidos pela Central de de Abastecimento Farmacêuticos do Município. FATO: Da análise comparativa entre os quantitativos de medicamentos básicos enviados pela Secretaria Estadual de Saúde, referentes aos exercício de 2009 até o 1º trimestre/2010, em relação aos quantitativos efetivamente recebidos na Secretaria Municipal de Saúde correspondentes ao mesmo período, numa amostra obtida de 10(dez) medicamentos básicos, foram verificadas as seguintes divergências: O R D

MEDICAMENTO

APRESENTA-

ÇÃO.

QUANT. ENVIAD0 P/SES CE

(1)

QUANT. RECEBIDO P/CAF (2)

DIFEREN- ÇA ENTRE (1) E (2)

1 Albendazol 400 mg comp Cx c/100 CP 149 139 10 2 Benzilpenicilina benzatina

600.00o UI F/A c/ diluente Cx c/50 AMP 59 56 3

3 Carbonato de Cálcio 500mg + Colicalciferol 200 UI

Cx c/600 CP 600 794 -194

4 Captopril 25 mg comp sulcado

Cx c/600 CP 6131 6831 -700

5 Dexametasona 0.1% creme bisnaga c/10g

Cx c/50 CREME

276 216 60

6 Ibuprofeno 20 mg/ml susp oral FR 100 ml

Cx c/1 FCO 3850 2800 1050

7 Metronidazol 4% susp fr Cx c/50 FCO 60 36 24 8 Paracetamol 500mg comp Cx c/500 CP 459 479 -20 9 Sulfato ferroso 40mg Fe

(II) comp. Cx c/500 CP 750 840 -90

EVIDÊNCIA: Relatórios de distribuição obtidos na Secretaria Estadual de Saúde relativos ao exercício de 2009 e 1º trimestre de 2010 e informações disponibilizadas pela Central de Abastecimentos Farmacêuticos CAF da SMS no mesmo período. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do Documento s/n, datado de 20/09/2010, a Prefeitura apresentou a seguinte justificativa ("in verbis"): "Quanto à Constatação em epígrafe, informamos que os motivos das divergências entre o quantitativo de alguns poucos medicamentos distribuídos pela Secretaria de Saúde do Estado e o recebido pela Central de Abastecimento Farmacêutico do Município é devido, algumas vezes, à Nota de Fornecimento da COASF ser emitida no final de um mês, mas só chega ao Município no começo do mês seguinte, sendo dada entrada no mês de recebimento. Se ocorresse uma divergência grande e por um período de tempo grande, teríamos problema no abastecimento das Unidades Básicas de Saúde, fato não observado, pois nosso sistema é informatizado e só libera medicamentos para as unidades, após ser dado entrada nos mesmo, onde temos que informar, entre outros dados, as quantidades, data, procedência e número da nota fiscal. Ressaltamos que, desenvolveremos os melhores esforços no sentido de buscar evitar que erros desta natureza possam a vir a prejudicar a gestão da saúde

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Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 83 Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

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da comunidade." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: A regularização da falha fica condicionada as efetivas ações a serem adotadas junto à Central de Abastecimento Farmacêutico no sentido de eliminar tais divergências, portanto, a constatação fica mantida. 2.4.2 CONSTATAÇÃO: Divergências nos quantitativos de medicamentos distribuídos pela Central de Abastecimento Farmacêutico - CAF em relação aos recebidos pelas Unidades Básicas de Saúde do Município. FATO: Verificamos que os quantitativos de medicamentos recebidos pelas Unidades de Saúde divergem dos quantitativos entregues pela Central de Abastecimento Farmacêutico - CAF do Município de Cratéus. Este fato foi evidenciado mediante cotejamento realizado nas cinco unidades de saúde do município, relativo ao período de janeiro a junho de 2010, conforme demonstramos a seguir:

UBS MEDICAMENTOS UNID DISTRIB CAF(A)

RECEB P/UBS(B)

DIF (A)-(B)

Lagoa das

Pedras

Carbonato de Cálcio 500mg + Colicalcifeol 200UI

CX C/600 -COMP

3720 2880 840

Albendazol 400 mg comp CX C/100 -COMP

- 100 -100

Benzilpenicilina benzatina 600.000 UI F/A c/ diluente

CX C/50 - AMP

5 - 5

Carbonato de Cálcio 500mg + Colicalciferol 200 UI

CX C/600 -COMP

4440 3360 1080

Captopril 25 mg comp sulcado

CX C/600 -COMP

13800 10200 3600

Dexametasona 0.1% creme bisnaga c/10g

CX C/50 - CREME

100 150 -50

Ibuprofeno 20 mg/ml susp oral FR 100 ml

CX C/01 - FRS

15 10 5

Irapuá

Paracetamol 500mg comp CX C/500 -COMP

1800 1600 200

Albendazol 400 mg comp CX C/100 -COMP

400 700 -300

Benzilpenisilina benzatina 600.00 UI F /A c/diluente

CX C/50 -

AMPOLAS

23 13 10

Poty

Carbonato de Cálcio 599 mg + Colicalciferol 200UI

CX C/600 -COMP

2760 3060 -300

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UBS MEDICAMENTOS UNID DISTRIB CAF(A)

RECEB P/UBS(B)

DIF (A)-(B)

Captopril 25 mg CX C/600 -COMP

32400 34800 2400

Dexametasona 0.1% creme bisnaga c/10g

CX C/50 - CREME

190 140 50

Eritromicina estereato -125mg/5ml susp. Oral Frasco

CX C/50 - FRS

10 - 10

Paracetamol 500mg com CX C/500 -COMP

1000 1500 -500

Ibuprofeno 20 mg/ml susp.oral

CX C/1 - FRS

61 96 -35

Carbonato de Cálcio 500mg + Colicalciferol 200 UI

CX C/600 - COMP

7500 8100 -600

Captopril 25 mg comp sulcado

CX C/600 -COMP

42600 42000 600

Ibuprofeno 20 mg/ml susp oral FR 100 ml

CX C/01 - FRS

100 78 22

Metronidazol 4% susp fr CX C/50 - FRS

100 58 42

Paracetamol 500mg comp CX C/500 -COMP

5250 4750 500

Curral Velho

Sulfato ferroso 40mg Fe (II) comp.

CX C/500 -COMP

5000 2500 2500

Carbonato de Cálcio 500mg + Colicalciferol 200 UI

CX C/600 - COMP

5400 5160 240

Dexametasona 0.1% creme bisnaga c/10g

CX C/50 - CREME

370 350 20

Ibuprofeno 20 mg/ml susp oral FR 100 ml

CX C/01 - FRS

117 112 5

Metronidazol 4% susp fr CX C/50 - FRS

370 310 60

Venâncios I

Paracetamol 500mg comp CX C/500 -COMP

5500 4500 1000

EVIDÊNCIA: Movimentação de Material por Aplicação, bem como entrevistas e dados coletados nas farmácias das unidade de saúde (Lagoa das Pedras, Irapuá, Poty, Curral Velho e Venâncos I). MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do Documento s/n, datado de 20/09/2010, a Prefeitura

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Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 85 Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

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apresentou a seguinte justificativa ("in verbis"): "Com relação a esta Constatação, consignada no Relatório de Fiscalização, os motivos das divergências nos quantitativos de medicamentos distribuídos pela Secretaria Municipal de Saúde e algumas Unidades Básicas de Saúde é porque alguns itens que são enviados às Unidades Básicas no final do mês, às vezes a CAF considera o medicamento referente ao mês seguinte, enquanto a Unidade Básica de Saúde ainda a considera no mesmo mês, fato que pode ser facilmente constado pela quantidade pequena da diferença entre o registrado de envio da CAF e o recebimento da Unidade Básica de Saúde, outra fato que pode ser verificado para comprovar tal ocorrência é pegar os envios dos meses subseqüentes que verá que a diferença é corrigida. O fato de ter sido encontrado medicamento vencido em apenas uma Unidade Básica de Saúde mostra que houve uma pequena falha, mas que isso não se observa na grande maioria das Unidades Básicas de Saúde, tendo em vista que trabalhamos com aproximadamente 150 tipos diferentes de medicamentos e com 17 Unidades Básicas de Saúde e em apenas uma Unidade Básica de Saúde e somente um medicamento foi observado tal fato. Ressaltamos que já determinamos ao Secretário de Saúde que efetue cobranças veementes aos responsáveis pelo Setor, sob pena de responsabilização e aplicação de punibilidade, já tendo sido tomadas as medicadas cabíveis para evitar que fato desta natureza venha a ocorrer novamente." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: A regularização da pendência fica condicionada a efetiva adoção das providências necesárias para eliminação das divergências mencionadas. 2.4.3 CONSTATAÇÃO: Existência no estoque das UBASF de medicamentos vencidos ou com validade próxima do vencimento. FATO: Durante a inspeção in loco nos Postos de Saúde de Atenção Básica foram constatados medicamentos com prazo de validade vencidos e outros próximos a vencer, conforme descrito: 1) No Posto de Saúde do Distrito de Irapuá foram encontrados medicamentos "Neoceflex" com data de vencimento de 07/2010, conforme mostra o registro fotográfico, bem como o produto "Sulfato ferroso" a vencer já em 08/2010; 2) Nos postos de saúde dos Distrito de Poty, Curral Velho e Venâncios também o produto "Sulfato ferroso" a vencer já em 08/2010. EVIDÊNCIA: Visitas "in loco" e registro fotográfico.

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MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do Documento s/n, datado de 20/09/2010, a Prefeitura apresentou a seguinte justificativa ("in verbis": "Com relação a este fato consignado, informamos que, quando do recebimento do Relatório, determinamos, imediatamente, ao Secretário de Saúde que realize visita pessoal aos Postos de Saúde nominados e busque uma solução rápida e viável para que seja evitado o vencimento de tais medicamentos, efetivando, caso necessário, o remanejamento para outro Posto de saúde onde este medicamento possa ser deficitário ou realizar a devolução destes remédios à Central de Medicamentos, para remanejamento com outro Município, a seu critério, evitando-se, assim, prejuízos ao erário. Recomendamos, também, na qualidade de Gestor Médico, que se faça, mensalmente, uma triagem para o conhecimento e o controle da validade dos medicamentos, por parte do Almoxarifado Central, com vistas a enviar primeiro, aos Postos de Saúde, aqueles medicamentos que tiverem datas de validade mais próximas." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Em que pese a justificativa apresentada e a disposição manifestada no sentido de corrigir a falha, a constatação fica mantida, tendo em vista a falta de controle por parte dos responsáveis pelas farmácias em cada Posto de Saúde. 3 - 38000 MINISTERIO DO TRABALHO E EMPREGO 3.1 - PROGRAMA 0104 RECURSOS PESQUEIROS SUSTENTÁVEIS AÇÃO : 0585 PAGAMENTO DO SEGURO-DESEMPREGO AO PESCADOR ARTESANAL OBJETIVO DA AÇÃO : Promover o uso sustentável dos recursos pesqueiros, conciliando os in- teresses da exploração comercial com a necessidade de sua conservação. ORDEM DE SERVIÇO : 252547 OBJETO FISCALIZAÇÃO: Efetividade do seguro-desemprego, modalidade pescador artesanal.

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AGENTE EXECUTOR : SPPE/MTE ADMINISTRACAO DIRETA MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: Não se aplica 3.1.1 CONSTATAÇÃO: Ausência de fiscalização por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente - IBAMA. FATO: Das diligências realizadas junto aos beneficiários do seguro- desemprego na Colônia de Pescadores Z-39, bem como das entrevistas realizadas com 18 pescadores, verificamos que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente - IBAMA jamais realizou qualquer fiscalização junto àquela comunidade, visando coibir o desrespeito ao período do defeso. Todos os entrevistados relataram que há muitos pescadores que desenvolvem suas atividades de pescaria de forma clandestina, sem qualquer responsabilidade para com a comunidade, bem como desrespeitam o período do defeso constantemente, sendo imprescindível a fiscalização por parte do poder público a fim de que não ocorram as irregularidades no período de proibição da pesca. EVIDÊNCIA: Diligências realizadas na Z-39 e entrevistas realizadas com os pescadores constantes da amostra disponibilizada. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: . ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: . 4 - 49000 MINISTERIO DO DESENVOLVIMENTO AGRARIO 4.1 - PROGRAMA 0351 AGRICULTURA FAMILIAR - PRONAF AÇÃO : 1086 ASSISTENCIA FINANCEIRA A PROJETOS DE INFRA-ESTRUTURA E SERVICOS MUNICIPAIS OBJETIVO DA AÇÃO : Viabilizar investimentos pelos municípios na implantação, na ampliação e na modernização da infra-estrutura e dos serviços necessários à dina mização do setor produtivo agrícola e à melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares. ORDEM DE SERVIÇO : 252953 OBJETO FISCALIZAÇÃO: PRONAF - Infra-estrutura e serviços. AGENTE EXECUTOR : MUNICIPIO DE CRATEUS/PREFEITURA MUNICIPAL ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.: CONTRATO DE REPASSE MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 93.000,00

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Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 88 Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

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4.1.1 CONSTATAÇÃO: Morosidade excessiva na execução do objeto do Contrato de Repasse, pondo em risco o investimento já realizado. FATO: Trata-se de fiscalização na execução do Contrato de Repasse n° 0157377-52/2003, celebrado entre a União, por intermédio do Ministério do Desenvolvimento Agrário, representado pela Caixa Econômica Federal, e o município de Crateús, cujo objeto é a transferência de recursos para a execução dos serviços de construção de Centro Apícola (Administração e Capacitação e Beneficiamento e Comercialização), aquisição de equipamentos para o Centro Apícola e Capacitação em criação de abelhas para a população, no valor máximo de 92.070,00. A título de contrapartida o município se comprometeu a alocar o valor de R$ 930,00. Dessa forma, o Plano de Trabalho do Contrato de Repasse em questão prevê duas metas, a seguir discriminadas: Meta 01: Serviços de construção civil e aquisição de equipamentos; Meta 02: Capacitação em criação de abelhas. Para viabilizar a contratação dos serviços referentes à execução dos serviços de construção civil do centro apícola, o município de Crateús realizou a Licitação n° 06/01R/CC/O na modalidade carta-convite. Nenhuma outra licitação foi disponibilizada à equipe de fiscalização referente ao contrato de repasse em questão. Complementarmente, foi realizada inspeção física no centro apícola, tendo demonstrado que as edificações foram concluídas, todavia as mesmas não estão equipadas com os equipamentos previstos no plano de trabalho. Dessa forma, verifica-se que a meta 01 está incompleta, pois não foram instalados os equipamentos necessários para deixar o centro apícola em condição de funcionamento, embora as instalações do centro apícola tenha sido finalizada em data anterior a 6 de julho de 2007, data em que a CAIXA realizou sua última medição. Portanto, passados aproximadamente 37 meses após a construção dos 2 (prédios) que compõem o Centro Apícola, e, decorridos aproximadamente 7 (sete) anos desde a assinatura do Contrato de Repasse, os equipamentos ainda não foram sequer adquiridos, denotando excessiva morosidade das diversas administrações municipais que geriram a execução desse contrato de repasse ao longo desses 7 anos. Agrava-se o fato de que a inspeção física realizada também demonstrou que, antes mesmo de ser utilizado pela 1ª vez, o centro apícola está se deteriorando rapidamente, pois apresenta-se com o forro de gesso com umidade e parcialmente destruído, luminárias desalinhadas, bancadas sujas, pintura externa descascada, pavimento ao redor do centro cedendo, muro de contorno rachado, denotando total abandono do empreendimento: Quanto à META 02, verifica-se que a capacitação foi realizada, como demonstra as cópias de certificados de participação em curso anexas ao processo da CAIXA - Volume Principal. Verifica-se portanto acentuada morosidade das administrações municipais que estiveram à frente da Prefeitura Municipal de Crateús desde a assinatura do Contrato de Repasse em 2003, o que penaliza desnecessariamente a população carente daquela municipalidade, ávida por oportunidades de gerar renda para o seu sustento, bem como põe em risco o investimento já realizado. EVIDÊNCIA: Processo licitatório 06/01/R/CC/O, Relatório de Acompanhamento de Execução emitido pela CAIXA e Relatório Fotográfico:

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33º Sorteio de Unidades Municipais – Crateús - CE

Existênica de umidade na alvenaria

Pavimento cedendo ao redor do prédio e paredes rachando

HUmidade no forro de gesso

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Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 90 Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

33º Sorteio de Unidades Municipais – Crateús - CE

Banheiro bandonado e sujo

Forro danificado e luminária desalinhada

Bancadas acumulando poeira, de notando abandono

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Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 91 Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

33º Sorteio de Unidades Municipais – Crateús - CE

PLacas de gesso danificadas MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/9/2010, a Prefeitura Municipal apresentou a seguinte justificativa: "O ponto consignado, qual seja, a morosidade na execução do objeto do Contrato de Repasse, tem os seguinte dados e justificativa Dados: Discriminação: Plano de Trabalho 0157377-52 ATIVA Descrição do objeto CONSTRUÇÃO DE CENTRO APÍCOLA E CAPACITAÇÃO

EM CRIAÇÃO DE ABELHAS E COMERCIUALIZAÇÃO CONTRATAÇÃO-VIGÊNCIA 21/12/20013-30/01/2010 1º FASE Escolha de local inadequado para o

funcionamento deste Centro, próximo ao Centro de Zoonose, na Administração do Dr. Paulo Nazareno, sendo a obra inicialmente interditada.

2º Fase Mudança de local para próximo ao Açude público Municipal, na Gestão do Dr. José Almir, onde iniciou e concluíram-se as obras de Construção Civil. Faltando à aquisição dos equipamentos e a aplicação de curso de capacitação em criação de abelhas para apicultores do Município.

3º Fase A atual Gestão tem buscado solucionar as pendências burocráticas junto à Caixa Econômica Federal, e, dessa forma, finalizar a conclusão deste Plano de Trabalho, concluindo o objeto, que, com certeza trará grandes benefícios para os apicultores da Região. Ressaltamos que é compromisso de nossa Gestão entregar, o mais rápido possível, o Centro de Apicultura em perfeito funcionamento, para corrigir, assim, o ponto consignado.

ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: A manifestação da Prefeitura se resume a apresentar o histórico do empreendimento até o momento, não apresentando qualquer motivo que justificasse a não aquisição dos equipamentos até o momento. Ademais,

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Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 92 Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

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não justificou o fato de que o empreendimento apresenta diversos danos físicos e se encontra abandonado. Em face do exposto, mantém-se a constatação como originalmente registrada. 4.1.2 CONSTATAÇÃO: Não disponibilização de processos de pagamentos do Convênio FATO: Por meio da Solicitação de Fiscalização nº 03, de 04 de agosto de 2010, foi solicitado, dentre outros documentos, os processos de pagamentos relativos ao Contrato de Repasse nº 0157377-52/2003. A documentação apresentada pela Prefeitura como sendo os pagamentos referentes à execução do referido Contrato de Repasse corresponde, na verdade, à contratação dos serviços de construção de muro de arrimo do centro apícola, os quais não fazem parte do objeto do contrato de repasse ora analisado. A conta do Contrato de Repasse n° 0157377-52/2003 possui a conta- corrente específica n° 331-0, da agência CAIXA n° 747. Ao cotejar os lançamentos existentes no extrato bancário fornecido pela GIDUR/CAIXA, verificamos total incompatibilidade entre os documentos disponibilizados e os lançamentos bancários. Em face de todo o exposto, não foi devidamente comprovada a legalidade da formalização dos pagamentos realizados no âmbito do Contrato de Repasse. EVIDÊNCIA: Extrato bancário da conta-corrente específica n° 331-0 da agência CAIXA n° 747 e SF nº xxx. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/9/2010, a Prefeitura Municipal apresentou a seguinte justificativa: "Quanto a este ponto de Fiscalização, informamos que empreendemos os esforços necessários para repassar as informações à Equipe de Auditoria da CGU. Se levarmos em consideração que este Convênio foi executado por outra Gestão do Município, que não a atual, não haveria porque dificultarmos o trabalho da Auditoria. O que existe, na verdade, é escassez ou extravio de informações e documentos, acerca da execução do referido objeto.Ressaltamos que todas as informações disponíveis nos nossos arquivos foi repassada para que a Equipe pudesse trabalhar. Mas temos a responsabilidade de garantir que as poucas informações disponíveis sobre este Convênio estejam sendo arquivadas em local salubre, com vistas a mantê-las disponíveis a quaisquer meios de fiscalização, bem como, encaminhar o presente fato para a Consultoria Jurídica do Município, para que possa se posicionar, quanto às medidas que devem ser adotadas, para a responsabilização pelo extravio de tais documentos, se for o caso. Ficamos no aguardo da manifestação da Procuradoria, para que venhamos a adotar as medidas cabíveis, no caso, Sindicância, quando daremos conhecimento à Controladoria." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Em sua manifestação, a Prefeitura justifica que o convênio ora em análise fora firmado em Administração anterior e que a documentação relacionada foi extraviada, restando, apenas, apurar as responsabilidade de quem deu causa.

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Consideramos que a causa apresentada não elide a constatação, vez que é de responsabilidade da Administração atual verificar a regularidade documental de todos os convênios vigentes durante a mudança de governo e, caso, verificada irregularidade, tomar as providências cabíveis tempestivamente. 5 - 54000 MINISTERIO DO TURISMO 5.1 - PROGRAMA 1166 TURISMO SOCIAL NO BRASIL: UMA VIAGEM DE INCLUSÃO AÇÃO : 10V0 APOIO A PROJETOS DE INFRA-ESTRUTURA TURISTICA - NACIONAL OBJETIVO DA AÇÃO : Desenvolver o turismo nos Municípios brasileiros, principalmente por meio de adequação da infraestrutura de forma que permita a expansão das atividades turísticas e a melhoria da qualidade do produto para o turista, por meio da identificação das necessidades de infraestrutura básica dos destinos turísticos; apoio à execução de projetos de interesse e de relevância para a melhoria do destino turístico. ORDEM DE SERVIÇO : 252013 OBJETO FISCALIZAÇÃO: Pavimentação em pedra tosca AGENTE EXECUTOR : MUNICIPIO DE CRATEUS/PREFEITURA MUNICIPAL ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.: CONTRATO DE REPASSE MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 146.250,00 5.1.1 CONSTATAÇÃO: Habilitação indevida do licitante vencedor do certame licitatório. FATO: Trata-se de fiscalização na execução do Contrato de Repasse n° 280324- 11/2009, celebrado entre a União, por intermédio do Ministério do Turismo, representado pela Caixa Econômica Federal, e o município de Crateús, cujo objeto é a transferência de recursos para a execução de pavimentação em pedra tosca nas ruas do distrito sede,no valor de de R$ 146.250,00. A título de contrapartida o município se comprometeu a alocar o valor de R$ 7.697,37. Para viabilizar a contratação dos serviços referentes à execução da pavimentação, o município de Crateús realizou a Licitação n° 09/12/TP na modalidade Tomada de Preços cujo objeto foi dividido em 3 (três) lotes a seguir descritos: Lote I: Construção de uma creche para 50 crianças com lactário, berçário, material e sala de atividades na Rua Gal. Gentil Falcão, Bairro dos Patriarcas na sede do município de Crateús, tendo como valor estimado o montante de R$ 159.106,36. Lote II - Pavimentação em pedra tosca sem rejuntamento (agregado adquirido) em diversas ruas da Sede do Município de Crateús - CE, tendo com valor estimado o montante de R$ 763.300,01. Lote III - Pavimentação em pedra tosca sem rejuntamento (agregado adquirido) no bairro Cidade 2000 na sede do Município de Crateús, tendo com valor estimado o montante de R$ 153.947,37. O Lote III se refere ao objeto do convênio ora analisado.

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De acordo com informações registradas pela Comissão de Licitação no processo licitatório, 10 empresas retiraram o Edital de licitação, tendo enviado documentação para análise 6 (seis) dessas empresas. A ata de julgamento de habilitação da TP n° 09/12/TP, datada de 22 de julho de 2009, registra que das 6 (seis) empresas que enviaram documentação, 5 (cinco) delas foram inabilitadas por vícios na documentação apresentada ou não apresentação de documentação exigida. A única licitante habilitada foi a empresa individual de CNPJ n° 10.661.119/0001-69, a qual veio a ser a vencedora dos três lotes do certame. Da análise da documentação fornecida pela licitante vencedora do certame, verificou-se que a mesma não apresentou documentação exigida pelo Edital para qualificação técnica operacional, alínea b) do item 5.2.1.4 do Edital, o que ensejaria a inabilitação da empresa declarada vencedora do certame. Registre-se que a Comissão de Licitação inabilitou as outras licitantes por não apresentar qualificação técnico-operacional. A documentação de habilitação da licitante vencedora do certame está acostada ao processo licitatório da fl. 274 a 307. Todas as certidões de acervo técnico apensadas ao processo dizem respeito ao responsável técnico da empresa individual, atestando sua capacidade técnico- profissional, o que não se confunde com a capacidade técnico- operacional da empresa, mesmo sendo essa individual. Vale ressaltar que a empresa vencedora do certame foi criada em 30.01.2009, conforme informação no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas e a licitação ocorreu em 22.07.2009, ou seja, menos de seis meses depois de sua criação. Tal fato, por um lado, explica a não apresentação de atestados em nome da empresa, por outro, reforça a necessidade de a administração pública se cercar de todas os instrumentos legais para aferir se a empresa recentemente criada reúne todas as condições necessárias para a execução do objeto contratado de forma satisfatória. Em face de todo o exposto, verificamos a existência de falha grave no processo licitatório que atenta contra o princípio da impessoalidade que deve reger todo o processo licitatório. EVIDÊNCIA: Processo Licitatório nº 09/12/TP. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/9/2010, a Prefeitura Municipal apresentou a seguinte justificativa: "Como bem ressalta o relatório da equipe técnica a empresa individual "JOÃO TORRES FILHO", CNPJ 10.661.119/001-69, foi habilitada e consagrou-se vendedora do certame. A habilitação dessa empresa, notadamente quanto a sua capacidade técnica estabelecida no subitem 5.2.1.4 do Edital, decorreu da apresentação das Certidões de Acervo Técnico - ART n°s 1945/2007, 1947/2007, 327658 e 1153/2007, fls. 289/304 do processo licitatório, em nome do engenheiro e empresário JOÃO TORRES FILHO. A Comissão de Licitação quando do Edital de Julgamento da Habilitação se deparou com esse fato e levantou dúvidas sobre o acatamento desses documentos, diante da participação da empresa individual e não da pessoa física, estando os documentos de acervo técnico em nome da pessoa física do empresário. Na ocasião, em consulta a assessoria jurídica da Comissão de Licitação essa esclareceu que o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Ceará - CREA-CE não emite ART em nome de empresa, só o

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fazendo em nome do profissional, em cumprimento a Resolução n° 317/86 do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA. RESOLUÇÃO Nº 317, DE 31 OUT 1986. Dispõe sobre Registro de Acervo Técnico dos Profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia e expedição de certidão. O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, no uso das atribuições que lhe confere o Art. 27, alínea "f", da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966, (..) Art. 4º - O Acervo Técnico de uma pessoa jurídica é representado pelos Acervos Técnicos dos profissionais do seu quadro técnico e de seus consultores técnicos devidamente contratados. Outro aspecto que merece ser ressaltado é o que a Lei 8.666/93 busca, procura, almeja na qualificação técnica ser a capacitação técnico- profissional (o inciso I do § 1º do art. 30 da Lei de Licitações) que diz respeito ao profissional de nível superior registrado no órgão competente, empregado da licitante, que irá gerenciar e se responsabilizar tecnicamente pelo empreendimento, comprovando experiência técnica anterior na execução de objetos similares e a capacidade técnico-operacional que diz respeito à comprovação de que o empresário tem capacidade para reunir de forma organizada os elementos necessários para prestação dos serviços a serem executados pela organização através de demonstração de suas experiências anteriores que comprovem a qualidade dos serviços ou obras já realizadas. Ao presente caso, trata-se de uma empresa individual tendo como empresário e responsável engenheiro que comprova sua capacitação técnica profissional e operacional ao desempenho do objeto licitado, notadamente diante de sua natureza, no caso em espécie, pavimentação em pedra tosca sem rejuntamento. A empresa "JOÃO TORRES FILHO" foi constituída em janeiro de 2009, tendo sido realizada a licitação em julho de 2009, não podendo por esse fato ser descredenciada. Diante desse entendimento, foi a empresa habilitada. No tocante a desabilitação das empresas Arquétipo Construções Ltda, C & N Projetos e Serviços de Construções Ltda ME, Construtora Danilo e Daniel Ltda. ME, Eletrovil Projetos Construções e Serviços Ltda. e JPR Construções e Empreendimentos Ltda. essas não foram desabilitadas exclusivamente por não apresentarem a qualificação técnico- operacional, consoante se pode observar no Termo de Edital de Julgamento da Habilitação da TP n° 09/12/TP. Arquétipo Construções Ltda., deixou de apresentar a garantia e a qualificação técnica. C & N Projetos e Serviços de Construções Ltda. ME, apresentou a Certidão Negativa de Débito com o Município vencida, Balanço Patrimonial sem registro na Junta Comercial, falta de comprovação da garantia, falta de comprovação de capacidade técnico- operacional e falta de comprovação do vínculo empregatício do responsável técnico com a empresa. Construtora Danilo e Daniel Ltda. ME, Certidão Negativa de Falência e Concordata vencida, falta de comprovação da garantia, falta de comprovação de capacidade técnico- operacional e falta de comprovação do vínculo empregatício do responsável técnico com a empresa. Eletrovil Projetos Construções e Serviços Ltda., falta de comprovação da garantia, falta de comprovação de capacitação técnico-profissional e falta de comprovação do vínculo empregatício do responsável técnico com a empresa. JPR Construções e Empreendimentos Ltda., Certidão Negativa de Falência e Concordata vencida, falta de comprovação da garantia, falta de comprovação de capacidade técnico-operacional, falta de comprovação de capacidade técnico-profissional e falta de comprovação do vínculo empregatício do

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responsável técnico com a empresa." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: No que diz respeito ao fato de que o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Ceará - CREA-CE não emitir ART em nome de Empresa, informamos que a forma prevista pela Lei 8.666/93, no seu parágrafo 1º do Art. 30, é a de fornecimento de atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente registrados nas entidades profissionais competentes, demonstrando que a Empresa, entendida essa como o conjunto de fatores de produção (máquinas, equipamentos, instalações, capital, pessoas etc.), já realizou obra ou serviço pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação. Portanto, o fato apresentado não justifica a falta de atestado de capacidade técnico- operacional da licitante declarada vencedora da licitação. Insistimos que os atestados técnicos apresentados dizem respeito à atividade intelectual desenvolvida pelo Engenheiro João Torres Filho no quadro de profissionais de diversas empresas, não dizendo respeito a Empresa Individual João Torres Filho. Melhor esclarecendo, a Empresa (atividade organizada de produção) pode ser dirigida ou exercida tanto pela sociedade empresária (pluralidade de sócios) como pelo empresário individual (unicidade). Nesse contexto, os atestados técnicos profissionais dizem respeito à atividade intelectual que o Engenheiro Joao Torres Filho desempenhou nos quadros de diversas empresas, não a seu desempenho como empresário individual. Em face de todo o exposto, não se pode afirmar que a pessoa física e o empresário individual se confundam para efeitos de comprovação de capacidade técnica para efeitos de licitação. É de causar estranheza o fato de que empresas experientes em participar de procedimentos licitatórios tenham sido desabilitadas por não fornecerem documentação ou garantias, exigências frequentemente existentes em licitações dessa natureza. Portanto, da análise de todos os argumentos apresentados pela Prefeitura, verificamos que não são capazes de elidir a constatação. 5.1.2 CONSTATAÇÃO: Edital conténdo exigências que frustram o caráter competitivo do certame. FATO: O Edital da Tomada de Preço n° 09/12/TP faz exigência indevida quanto à comprovação da capacidade técnico-profissional das empresas licitantes quando exige, na alínea c) do item 5.2.1.4, que o licitante deva possuir em seu quadro permanente profissional de nível superior devidamente registrado no CREA, com qualificação necessária para o objeto ora licitado, comprovada esse vínculo empregatício por meio de carteira profissional de trabalho. Quanto a esse assunto, a jurisprudência do Tribunal de Contas é pacífica e contrária à exigência de que os responsáveis técnicos pertençam ao quadro permanente da empresa. Em diversas oportunidades, a Egrégia Corte de Contas da União manifestou o entendimento de que essa previsão editalícia frustra o caráter competitivo, conforme se observa no Acórdão n.º 727/2009, por exemplo: Acórdão 727/2009 - Plenário Voto do Relator (...) Este Tribunal, em reiteradas decisões (Acórdãos nº 2.170/2008, 800/2008, 141/2008 e 1.100/2007, todos do Plenário), manifestou o

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entendimento de que a compreensão mais adequada de quadro permanente, mencionado no art. 30, § 1º, inciso I, da Lei nº 8.666/93, deve ser a do conjunto de profissionais disponíveis para prestar os serviços de modo permanente, durante a execução do objeto licitado. Não é necessário o vínculo empregatício ou societário, bastando a existência de um contrato de prestação de serviços, sem vínculo trabalhista e regido pela legislação civil comum. A exigência editalícia impõe um ônus desnecessário às empresas, na medida em que seriam obrigadas a manter entre seus empregados um número muito maior de profissionais ociosos. (...) ACÓRDÃO VISTOS, relatados e discutidos estes autos de representações formuladas pelas empresas EMIBM Engenharia e Comércio Ltda. e Walmetra Projetos e Construção Ltda. (TC 001.165/2009-9, apenso), com fundamento no art. 113, § 1º, da Lei nº 8.666/93, apontando possíveis irregularidades no Edital da Concorrência nº 003/2008, promovido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC. ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão Plenária, diante das razões expostas pelo Relator, em: 9.1. conhecer das presentes representações, com fundamento no art. 237, inciso III, do Regimento Interno do TCU, c/c o art. 113, § 1º, da Lei 8.666/93, para, no mérito, considerá-las procedentes; 9.2. determinar ao Secretário-Executivo do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior - MDIC que: (...) 9.2.2.3. abstenha-se de exigir do licitante a comprovação de possuir no quadro permanente, na data prevista para entrega da proposta, profissional habilitado detentor de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de características semelhantes ao do objeto a ser licitado, admitindo a possibilidade de comprovação do vínculo do responsável técnico também por meio de contrato de prestação de serviços, sem vínculo trabalhista e regido pela legislação civil comum;" Dessa forma, verifica-se irregularidade no Edital de licitação ao fazer exigências que frustram o caráter competitivo do certame. EVIDÊNCIA: Processo de licitação n° 09/12/TP. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/9/2010, a Prefeitura Municipal apresentou a seguinte justificativa: "O regramento do edital acerca da comprovação do vínculo dos responsáveis técnicos aos quadros da empresa decorre de expediente recebido, originário do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Ceará - CREA-CE, orientando, dentre outros, para a exigência da comprovação do vínculo do responsável técnico com a pessoa jurídica, através de documentação hábil, quando não fizerem parte do contrato social, nos editais promovidos. Inobstante o entendimento dado a matéria, a exigência em nada frustra a competitividade, diante do disciplinamento do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA, Resolução n° 336/89, que regulamenta que a pessoa jurídica ao realizar seu registro perante os Conselhos Regionais deverá, dentre outros, indicar o responsável técnico comprovando seu vínculo com a empresa, quando não fizeram parte do contrato social. RESOLUÇÃO Nº 336, DE 27 OUT 1989.

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Dispõe sobre o registro de pessoas jurídicas nos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, no uso da atribuição que lhe confere a letra "f" do artigo 27, combinado com o estabelecido no § 3º do artigo 59 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966, (...) Art. 6º - A pessoa jurídica, para efeito da presente Resolução, que requer registro ou visto em qualquer Conselho Regional, deve apresentar responsável técnico que mantenha residência em local que, a critério do CREA, torne praticável a sua participação efetiva nas atividades que a pessoa jurídica pretenda exercer na jurisdição do respectivo órgão regional. Art. 7º - Os Conselhos Regionais, atendendo às peculiaridades de cada região, e de acordo com as condições das atividades neles desenvolvidas pelas pessoas jurídicas, poderão, através de atos próprios, fixar casos de dispensa de registro. Art. 8º - O requerimento de registro deve ser instruído com os seguintes elementos: I - Instrumento de constituição da pessoa jurídica, devidamente arquivado, registrado em órgão competente, bem como suas modificações subseqüentes até a data da solicitação do Registro no CREA. II - Indicação do ou dos responsáveis técnicos pelas diversas atividades profissionais, bem como dos demais profissionais integrantes do quadro técnico da pessoa jurídica. III - Prova do vínculo dos profissionais referidos no item anterior com a pessoa jurídica, através de documentação hábil, quando não fizerem parte do contrato social. (...) Publicada no D.O.U., de 16 NOV 1989 - Seção I - Págs. 20.800 e 20.801. Diante desse aspecto, observa-se que a normatização do próprio Conselho Federal de Engenharia - CONFEA, dispõe da obrigatoriedade de empresas (pessoa jurídica) ao realizarem seu cadastro perante o(s) CREA(s), comprovarem o vínculo profissional do responsável técnico com a mesma." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Da análise da manifestação da Prefeitura, depreende-se que não se interpretou a constatação adequadamente, vez que, em síntese, há defesa da obrigatoriedade de as empresas demonstrarem o vínculo profissional de seus responsáveis técnicos, enquanto a constatação não apresenta nenhum argumento contra o que é defendido pela municipalidade. O que se reputou como exigência que frustra o caráter competitivo do certame foi o fato de o Edital da Tomada de Preço n° 09/12/TP trazer apenas uma forma de comprovar o vínculo empregatício do responsável técnico com a licitante, qual seja, o registro em carteira profissional. Dessa, não tendo apresentado argumentos refutando a constatação, mantém-se como originalmente registrado. 6 - 55000 MINISTERIO DO DESENV. SOCIAL E COMBATE A FOME 6.1 - PROGRAMA 0068 ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL AÇÃO : 2060 ACOES SOCIOEDUCATIVAS E DE CONVIVENCIA PARA CRIANCAS E

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ADOLESCENTES EM SITUACAO DE TRABALHO OBJETIVO DA AÇÃO : Ação referente ao Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI, destinada ao oferecimento de atividades socioeducativas com o fim de garantir o direito ao não trabalho às crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos e que se encontram em situação de traba-/ lho conforme identificado pelo Cadastro Único do Governo Federal. ORDEM DE SERVIÇO : 252641 OBJETO FISCALIZAÇÃO: Atuação do gestor municipal no planejamento, execução e acompanhamento das atividades socioeducativas, principalmente quanto ao oferecimento de infra-estrutura adequada para realização do serviço socioeducativo e quanto à qualidade dos gastos realizados para custeio do serviço, -- assim como a gestão e o controle das frequências dos beneficiários./// AGENTE EXECUTOR : MUNICIPIO DE CRATEUS/PREFEITURA MUNICIPAL ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.: FUNDO A FUNDO OU CONCESSãO MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 133.500,00 6.1.1 CONSTATAÇÃO: Deficiências na infra-estrutura dos núcleos de atividades socio- educativas do PETI. FATO: Conforme consulta realizada em 06/08/2010, no Sistema SUAS-WEB, o município de CRATEUS conta com 21(vinte e um) núcleos de atendimento do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI em funcionamento. Do total de núcleos, 7 (sete) estão localizados na sede do município e os demais sediados em 14 (catorze) comunidades rurais. Em inspeção física em 5 (cinco) endereços, em cujos locais funcionam núcleos de atendimentos do PETI, foi a verificada a infra-estrutura existente. A seguir estão listadas as principais irregularidades identificadas nos núcleos inspecionados: a) madeiras armazendas na única sala de aula (linhas, caibros, ripas, etc) comprometendo a segurança das crianças (PETI Assoc Comunitária Fatima II); b) ausência de água para limpeza e asseio, de torneiras e de lâmpadas elétricas (PETI Assoc Comunit Fatima II); c) banheiro com aparelho sanitário sem descarga ( PETI Assoc Comunit Fatima II); d) inexistência de área específica para recreação das crianças ( PETI Assoc Comunit Fatima II); e) paredes da sala de aula apresentando sinais de infiltrações ( PETI Assoc Comunit Fatima II); f) sala destinada à guarda dos alimentos e dos utensílios de cozinha sem reboco e sem a porta de acesso (PETI Escola Manoel Mano); g) banheiro sem reboco e dividindo espaço com outros objetos tais como sacos, tábuas e papelões ( PETI Escola Manoel Mano); h) cozinha improvisada sem torneira e pia para lavagem dos utensílios (PETI Pov Santana); i) fachada do prédio contendo fissuras e aprestando sinais de infiltração (PETI Pov Santana); Por fim, convém informar que a maioria dos núcleos visitados apresentou espaço físico insuficiente, haja vista que os brinquedos

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ficam amontoados na sala onde são realizadas as atividades de reforço escolar, prejudicando as atividades recreativas. EVIDÊNCIA: - Inspeção da CGU nas sede dos PETI's Fatima II, Esc Manoel Mano, Cidade Nova, Santana e Umburana: - Registro fotográfico realizado em 5 unidades do PETI:

Madeira armazenada na sala de aula do PETI Fatima II.

Banheiro do PETI Fatima II.

Banheiro do PETI Esc Manoel Mano.

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Fachada do PETI Pov Santana. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/09/2010, a Prefeitura Municipal apresentou a seguinte justificativa: "Quanto as constatações contidas neste ponto de Fiscalização, temos a informar: A Secretaria de Assistência Social viabilizou locação de um novo espaço físico, adequado ao atendimento das crianças e adolescentes, beneficiados com o serviço sócio-educativo do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI. Vale ressaltar que a Escola Estadual Lions Club disponibilizou espaço para as atividades recreativas com as crianças e adolescentes atendidas pelo PETI, conforme farta documentação comprobatória, em anexo. (Anexo 37 - Documentação Comprobatória)." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Em que pese o empenho do gestor em corrigir as deficiências nas unidades mencionadas, a constatação será mantida, haja vista que o município conta com mais de 20 unidades do PETI e somente ficou comprovado correções naquelas identificadas pela CGU. 6.1.2 CONSTATAÇÃO: Divergências entre a frequência informada no SISPETI e a constante na lista de presença do Serviço Socioeducativo. FATO: De acordo com o manual do sistema, o SISPETI tem como objetivo controlar e acompanhar a frequência mensal mínima de 85%, exigida como condicionalidade para permanência no PETI, e o desenvolvimento do Serviço Socioeducativo destinado ao atendimento de crianças e adolescentes oriundas de situações de trabalho. Contatou-se, a partir da análise das listas de presença dos núcleos sócio-educativos CRAS II, Umburana, Santana, Cidade Nova e Fátima II, relativas a junho de 2010, divergências entre os dados dessas e aqueles informados no SISPETI. As inconsistências detectadas refere-se a existência de crianças cadastradas no SISPETI, com frequência informada igual ou superior a 85%, as quais não constavam nas listas de frequência dos núcleos Santana, CRAS II e CSU, conforme abaixo: a) PETI Santana: NIS Nº 1612079375-6; 1621442499-1; 1615838428-6; 1626992443-0; 1656426175-7; e 1658191390-2; b) PETI Cras II: NIS Nº 1626711386-9 e 1647273796-8;

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c) PETI Escola Maria Jose Bezerra Melo (Atual CSU): NIS Nº 1623601729-9; 1642505348-9 e 1660096594-1. Além disso, constatou-se, também, que as frequências das crianças dos núcleos socioeducativos Cidade Nova (Ilha) e Umburana, referentes a junho de 2010, não foram lançadas no SISPETI. EVIDÊNCIA: - listas de presença de junho dos núcleos CRAS II, Umburana, Santana, Cidade Nova e Fátima II; - consultas ao SISPETI das frequências de junho de 2010 dos núcleos CRAS II, Umburana, Santana, Cidade Nova e Fátima II. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/09/2010, a Prefeitura Municipal apresentou a seguinte justificativa: "Informamos, com relação a este ponto, que a divergência apontada ocorre devido à demora da migração do nome das crianças e adolescentes informadas no campo 270 do CADUNICO que se encontram na situação de alteração, rejeitado e ativo. Nesse sentido, observa-se que muitas crianças e adolescentes encontram-se indisponíveis no campo de marcação do SISPETI o que impossibilita a informação da freqüência virtual. Tendo em vista essa dificuldade operacional do sistema, optamos em não prejudicar a oferta de serviços a crianças e adolescentes. Garantindo o atendimento prioritário as crianças e adolescentes. Acrescentamos que disponibilizamos no município as freqüências em meio físico. (Anexo 38 - Documentação relativa ao Ponto)" ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: As informações do código 270, do CADÚNICO, referem-se aos novos beneficiários do bolsa família, cujas informações cadastrais, ao não migraram para o SISPETI, impedem o cadastramento naquele sistema das crianças recém-ingressadas no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil-PETI. A constatação, entretanto, refere-se às crianças já cadastradas no SISPETI, cujas frequências devem ser mensalmente informadas nesse sistema. Por essa razão, mantêm-se a constatação, haja vista que as justificativas apresentadas não a elide. 6.2 - PROGRAMA 1049 ACESSO À ALIMENTAÇÃO AÇÃO : 11V1 CONSTRUCAO DE CISTERNAS PARA ARMAZENAMENTO DE AGUA - NACIONAL OBJETIVO DA AÇÃO : A Ação " Construção de Cisternas Para Armazenamento de Água " tem como finalidade ampliar as condições de acesso adequado à água potável por populações rurais de baixa renda do semi-árido a partir do armazenamen to de água em cisternas. Descrição: Construção de cisternas de placas de cimento para possibili tar a captação da água de chuva que escorre do telhado da casa, aliada à capacitação de beneficiários para a adequada_utilização e manutenção da cisterna. Construção de reservatório cilíndrico, ao lado da residên cia, coberto e semi-enterrado, com capacidade de 16.000 litros de água com utilização de placas de cimento produzidas no próprio local de im- plantação. A água da chuva que cai no telhado, cuja área mínima de cap tação deve ter 40m2, é captada por calhas e transportada por canos de

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PVC até o reservatório, onde permanece armazenada sem o risco de con- taminação ou evaporação. A capacitação de beneficiários compreende a transmissão dos cuidados básicos para o adequado aproveitamento da cis tais como a lavagem anual do reservatório, evitar armazenar a água das primeiras chuvas e a utilizar o hipoclorito para o tratamento da água. ORDEM DE SERVIÇO : 252560 OBJETO FISCALIZAÇÃO: Execução do objeto da ação de acordo com o previsto no convênio. AGENTE EXECUTOR : MUNICIPIO DE CRATEUS/PREFEITURA MUNICIPAL ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.: CONVÊNIO SIAFI 706564 MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 1.196.932,00 6.2.1 CONSTATAÇÃO: Informação incompleta das famílias selecionadas no Sistema Sig- Cisternas. FATO: O aplicativo Sistema de Informações Gerenciais do Programa de Cisternas-SIG CISTERNAS, disponibilizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome-MDS, foi desenvolvido com a finalidade de permitir o acompanhamento dos convênios celebrados pelo Ministério com os municípios. Nele os municípios obrigam-se a alimentá-lo com informações relativas às famílias selecionadas, capacitações realizadas e registro das cisternas construídas. Conforme reza o Manual do Sig Cisternas, após a seleção das famílias beneficiárias, estas deverão ser imediatamente cadastradas no referido sistema. A Prefeitura de Crateús, contudo, não alimentou o sistema com as informações dos beneficiários do Convênio nº 140/2009, contrariando dessa forma as orientações emanadas do MDS. EVIDÊNCIA: Consultas ao sistema Sig-Cisternas; MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/09/2010, a Prefeitura Municipal apresentou a seguinte justificativa: " O ponto consignado nesta Constatação já está sendo objeto de acerto, uma vez que já estamos conseguindo alimentar o Sistema SIGCISTERNA, conforme formulários físicos apresentados à equipe de fiscalização." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: O gestor apresentou justificativa, contudo não anexou documentação de suporte comprovando que a impropriedade foi sanada. Em razão disso, mantêm-se a constatação. AÇÃO : 11V1 CONSTRUCAO DE CISTERNAS PARA ARMAZENAMENTO DE AGUA - NACIONAL OBJETIVO DA AÇÃO : Suprir a falta de água nos períodos de estiagem no Semi-Árido, por meio do armazenamento de água em Cisternas. ORDEM DE SERVIÇO : 252939 OBJETO FISCALIZAÇÃO: Verificar se as cisternas foram construídas conforme Plano de

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Trabalho, possibilitando a captação da água de chuva que escorre do teto da casa. AGENTE EXECUTOR : MUNICIPIO DE CRATEUS/PREFEITURA MUNICIPAL ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.: TERMO DE PARCERIA MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 665.085,00 6.2.2 CONSTATAÇÃO: Família beneficiária do Programa "Um milhão de Cisterna" que não atende as condicionalidades. FATO: Das visitas às cisternas constantes da amostra, com o objetivo de verificar o cumprimento das condicionalidades dos beneficiários do Programa Um Milhão de Cisternas, verificou-se que o beneficiário A.V.P.C, da cisterna nº 310.488, não se enquadra no perfil do Programa. A equipe de fiscalização indentificou sinais exteriores de situação econômica incompatível com as condicionalidades exigidas pelo programa, quais sejam: padrão da residência sinaliza para uma faixa de renda superior à do programa e exixtência de veículo na residência. EVIDÊNCIA: Visita "in loco"; Entrevista com beneficiário do Programa um milhão de cisterna da amostra disponibilizada por Brasília;

Identificação da Cisterna encontrada na casa.

Casa da família beneficiada com a Cisterna.

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MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/09/2010, a Prefeitura Municipal apresentou a seguinte justificativa: "Para a correção desta impropriedade detectada, no ponto retro, determinamos, imediatamente à Secretária de Ação Social do Município que realize, pessoalmente, visita ao endereço desta beneficiária identificada, para levantar as suas condições sócio-econômicas, com vistas a inferir se a mesma está posicionada na faixa econômica que lhe garanta o benefício, posicionando-se, sobre eventual concessão de benefício fraudulento, caso a beneficiária não pertença àquela faixa de renda, apurando responsabilidade de quem autorizou ou incluiu o nome da beneficiária, para receber a cisterna. Quando da realização desta determinação, daremos conhecimento a esta Controladoria, bem como das providências possíveis de serem adotadas." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: A providência adotada não elide o fato detectado por ocasião da fiscalização, portanto permanece a constatação. 6.3 - PROGRAMA 1335 TRANSFERÊNCIA DE RENDA COM CONDICIONALIDADES - BOLSA FAMÍLIA AÇÃO : 8442 TRANSFERENCIA DE RENDA DIRETAMENTE AS FAMILIAS EM CONDICAO DE POBREZA E EXTREMA POBREZA (LEI Nº 10.836, DE 2004) - NA REGIAO NORDESTE OBJETIVO DA AÇÃO : Melhorar as condições socioeconômicas das famílias pobres e extrema- mente pobres por meio de transferência direta de renda. ORDEM DE SERVIÇO : 252871 OBJETO FISCALIZAÇÃO: Dados cadastrais dos beneficiários atualizados; renda per capita das famílias em conformidade com a estabelecida na legislação do Programa; cumprimento das condicionalidades das áreas da educação e saúde; e Pro gramas/Ações municipais complementares ao Bolsa Família. AGENTE EXECUTOR : MUNICIPIO DE CRATEUS/PREFEITURA MUNICIPAL ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.: FUNDO A FUNDO OU CONCESSãO MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 17.037.512,00 6.3.1 CONSTATAÇÃO: Alunos não localizados nas escolas constantes da amostra. FATO: Das visitas às escolas constantes da amostra, com o objetivo de verificar o cumprimento da condicionalidade " Frequência escolar", dos alunos das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, através do Diário de Classe, verificamos que os alunos não estavam matriculados nas escolas, relacionados abaixo: ESCOLA: DE CIDADANIA SANTA ROSA JARDIM - INEP. 23086050 aluno de NIS 20.450.654.235: conforme declaração da Diretora da escola, o mesmo foi transferido no final do ano letivo de 2009 para outra localidade, não pertence a essa escola, mas consta no projeto presença; ESCOLA: DE CIDADANIA JOÃO AFONSO DE ALMEIDA VALE -INEP.23086122

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alunos de NIS 21.229.966.392 e 16.101.362.842: conforme declaração da Diretora da escola, os mesmos foram transferidos no final do ano letivo de 2009 para outra localidade. ESCOLA: UNIVERSIDADE DA CRIANÇA - INEP.23270659 alunos de NIS 16.270.035.229 e 16.683.162.736, conforme declaração da diretora da escola, os mesmos foram transferidos no final do ano letivo de 2009 para outra localidade. ESCOLA: JOSÉ DE OLIVEIRA CAMERINO - INEP.23086530 alunos de NIS 16.445.855.556; 21.026.534.455; 16.214.319.136; 16.325.891.849; 16.142.145.879; 21.218.942.802; 16.273.948.632 e 16.234.661.980, não constam na lista de matrícula de 2010 nesta unidade escolar, porém os mesmos fazem parte do Projeto Presença. EVIDÊNCIA: Visita "in-loco" e análise dos diários de classe das escolas da amostra, bem como entrevista com as diretoras das escolas. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/09/2010, a Prefeitura Municipal apresentou a seguinte justificativa: "Quanto a este ponto consignado, temos a informar: ESCOLA DE CIDADANIA SANTA ROSA JARDIM - INEP - 23086050 NIS: 20450654235 Cadastro atualizado em 2008, onde consta a escola que o aluno do NIS referido acima, freqüentava. O beneficio foi bloqueado para que a família compareça e regularize a situação. ESCOLA DE CIDADANIA JOAO AFONSO DE ALMEIDA VALE - INEP 23086122. Alunos de NIS: 21229966392 e 16101362842 Ambos foram cadastrados em 2009, as famílias ainda não compareceram para atualizar o cadastro. O NIS primeiro foi bloqueado o benefício para que a família procure regularizar. Quanto ao segundo, não podemos bloquear o benefício, pois não é um beneficiário do Bolsa Família. ESCOLA UNIVERSIDADE DA CRIANÇA - INEP 23270659 Alunos de NIS: 16270035229 e 16683162736 O primeiro tem o cadastro atualizado em 2009, e não é mais beneficiário do Bolsa Família. Já o segundo não foi encontrado em nossa base, o mesmo também, não é mais beneficiário do Bolsa família, não restando mais nada a fazer. ESCOLA JOSE DE OLIVEIRA CAMERINO - INEP 23086530 Alunos de NIS: 16445855556 e 21026534455 foram atualizados em 2009, no entanto já estão em outra escola e a família não veio informar no Cadastro Único. Os Benefícios foram bloqueados, para que as famílias regularizem a situação. Já os alunos de NIS: 16214319136 e 16325891849, o primeiro já atualizou o cadastro em fev/2010, onde tem informado a Escola Maria Jose Bezerra de Melo - INEP 23225629, e segundo em ago/2010, que informou a Escola Espaço do Saber LTDA - INEP 23199687, no entanto apesar dos Cadastros estarem Processado Ativo - a informação do Cadastro de Escola ainda não migrou para o Projeto Presença. O NIS 16142145879 é invalido para o SIBEC e não localizado no Cadastro Único; Os alunos de NIS 21218942802; 16273948632 e 16234661980 estão atualizados dentro do prazo legal, como as escolas não conferem, foram todos bloqueados para que regularizem a situação do cadastro. (Anexo 41 - Cópias de Cadastros de Alunos - NIS)."

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ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Acatam-se, parcialmente, as justificativas do gestor em relação aos NIS nº 16101362842, 16683162736 e 16.142.145.879. Em relação às constatações afetas aos demais NIS serão mantidas, uma vez que o simples bloqueio pelo gestor não elimina o conjunto de inconsistências cadastrais detectadas. 6.3.2 CONSTATAÇÃO: Imposição de abertura de conta corrente na Caixa Econômica Federal para retirada do benefício do Programa Bolsa Família. FATO: Constatamos, por meio de entrevista, que os beneficiários de NIS 16.040.957.337; 16.355.466.488; 21.207.619.479 e 16.180.255.106 foram coagidos pela casa lotérica, onde recebem seus benefícios, a abrirem contas em uma agência da Caixa Econômica Federal em Cratéus agência 0747. EVIDÊNCIA: Verificação "in-loco" e entrevista com os beneficiários. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/09/2010, a Prefeitura Municipal apresentou a seguinte justificativa: "Com relação a este ponto, qual seja, imposição de abertura de conta corrente na Caixa Econômica Federal, para retirada do benefício do Programa Bolsa Família, informamos que, surgem denúncias desta natureza, enviando, imediatamente, ofícios à Caixa Econômica Federal - Agencia de Crateús, pedindo explicações no sentido que se apure as denuncias e que deixe os usuários do Bolsa Família à vontade para receberem os benefícios com os cartões padrões ou se quiserem, optar por uma Conta Corrente. Estamos, também, enviando oficio ao Conselho Municipal de Assistência Social, para que apure as denuncias e, se for o caso, procurar o Ministério Público para a tomada das providencias cabíveis. (Anexo 43 - Ofícios referentes ao Caso)." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Em que pese a ação proativa do Gestor Municipal, ao notificar a agência local da Caixa Econômica Federal e o Conselho Municipal de Assistência Social, mantém-se a constatação por entendermos que o fato denunciado apresenta sinais de "venda casada", prática condenável adotada por algumas instituições financeiras. 6.3.3 CONSTATAÇÃO: Atuação deficiente da Instância de Controle Social no município de Crateús. FATO: Mediante reunião realizada com os membros titulares e membros suplentes da Instância de Controle Social, realizada no dia 18/08/2010 na Secretária Municipal de Assistência Social, constatamos que o referido conselho não vem realizando visitas regulares às famílias e às escolas beneficiadas pelo Programa. O fato foi confirmado através de visitas às escolas, onde foi constatado divergências nos diários de classe e Projeto Presença visitas às famílias em diversas localidades, tendo encontrado famílias com endereços diferentes do CADUNICO e ainda aquelas não

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localizadas pela equipe de fiscalização. Isto sinaliza que o Conselho não vem cumprindo plenamente as suas funções especificadas na Instrução Normativa MDS nº 01, de 20/05/2005, uma vez que não acompanha o cumprimento das condicionalidades, os procedimentos de cadastramento das famílias no cadastro único, os procedimentos de Gestão dos benefícios do PBF, assim como não acompanha a oferta de Programa e Ações Complementares ao Programa. Vale ressaltar que cabe à Prefeitura disponibilizar aos membros da Instancia de Controle Social do Bolsa Família, que são os mesmo membros que compõem o CMAS, os meios necessários ao exercício de suas atribuições de acompanhamento do programa. EVIDÊNCIA: Reunião realizada com o Conselho de Assistencia Social; Visita às famílias da amostra para entrevista; Visita às escolas da amostra. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/09/2010, a Prefeitura Municipal apresentou a seguinte justificativa: "O Conselho Municipal de Assistência Social foi instituído como instancia de controle social do Programa Bolsa Família, por meio da Portaria 173/2005 de 27 de julho de 2005. A partir desta data, conforme documentação em anexo, foram realizadas conferências e discussões sobre a Política de Assistência Social e Controle Social, entretanto o Sistema Único de Assistência Social - SUAS é uma construção que ainda se delineia com mudanças significativas em relação a participação social, haja vista, o projeto de lei de criação do SUAS ainda encontra-se em tramitação no Congresso Nacional, enquanto a norma operacional básica - NOB passa por consulta pública para reformulação. Mesmo nessa conjuntura, o Município de Crateús não foge a sua responsabilidade no que está instituído; realizando conferencias e debates com a sociedade sobre o PBF. Ressaltamos que a última Conferencia, realizada em 2009, teve como tema: Participação e Controle Social no SUAS, onde contamos com a presença da sociedade civil, conselheiros, representantes das secretarias de saúde, educação e assistência social. Entretanto conforme estabelecido em lei 8742/93 o mandato do conselheiro é de 02 (dois) anos e Crateús teve sua última eleição em 08/04/2010 passando por processo de mudança na sua composição. Diante da notificação da CGU e considerando que esta é uma ação orientadora e educativa, estamos solicitando espaço no planejamento mensal da secretaria de educação e saúde para conselheiros da Instancia de Controle Social do Programa Bolsa Família e para o Gestor do PBF possam está em constante interlocução com os setores que integram as condicionalidades do PBF e nos comprometemos a realizar ainda capacitações sobre instrução normativa 01, de 20 de maio 2010. Segue, em anexo, vasta documentação que sugere, de forma inequívoca, que o Órgão de Ação Social do Município de Crateús tem procurado cumprir com as suas atribuições, embora tenhamos grandes desafios. ( Anexo 44 - Documentos Comprobatórios das Ações Sociais)." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: A documentação apresentada pelo Gestor junto com as alegações não servem para justificar a atuação deficiente da instancia de controle social durante o período examinado. Dessa forma, mantém-se o registro da constatação.

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AÇÃO : 8446 SERVICO DE APOIO A GESTAO DESCENTRALIZADA DO PROGRAMA BOLSA FAMILIA - NACIONAL OBJETIVO DA AÇÃO : Transferir recursos financeiros aos estados e municípios com o propó- sito de assegurar os recursos para a melhoria do desempenho da gestão descentralizada do Programa Bolsa Família (PBF). ORDEM DE SERVIÇO : 252790 OBJETO FISCALIZAÇÃO: Recursos do Índice de Gestão Descentralizada (IGD) incluídos no orça- mento municipal e aplicados na melhoria da gestão do Programa Bolsa Família (nas áreas da saúde, educação e assistência social) e do Cadas tro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). AGENTE EXECUTOR : MUNICIPIO DE CRATEUS/PREFEITURA MUNICIPAL ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.: FUNDO A FUNDO OU CONCESSãO MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 371.557,23 6.3.4 CONSTATAÇÃO: Movimentação irregular dos recursos do IGD. FATO: Conforme informações do Gestor municipal, os recursos do Índice de Gestão Descentralizada-IGD são movimentados na conta-corrente nº 22.625-4, agência nº 0237-2, do Banco do Brasil. Do exame das movimentações financeiras realizada no ano de 2009, verificaram-se transferências consideradas irregulares, já que as saídas não se destinavam a pagamentos. O quadro abaixo lista os casos detectados: ORIGEM: Ag. 0237-2 C.c 22.625-4 Data Valor Conta Favorecida 7/1/2009 50.000,00 5.452-6 PMC

Diversos 6/3/2009 67.000,00 8.197-3 PMC Cultura Em que pesem os valores retornarem a conta original no mesmo mês, tal procedimento revela-se irregular, uma vez que somente se justifica a saída dos recursos da conta corrente para fazer face a pagamento de fornecedores de produtos ou de prestadores de serviços. EVIDÊNCIA: Relatório Diário do Movimento Bancário da conta 22.625-4 (BB) ref. a janeiro e fevereiro de 2009. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por meio do documento s/n, de 20/09/2010, a Prefeitura Municipal apresentou a seguinte justificativa: "Com relação a este ponto, temos a informar: Acerca dos valores debitados da Conta do IGD - R$ 50.000,00 e R$ 67.000,00 - consoante destaca o Relatório da CGU, os valores já retornaram à Conta Corrente, dentro do mesmo mês, afastando qualquer prejuízo a aplicação dos recursos. O que de fato aconteceu foi um erro na utilização desse recurso, erro na movimentação dos recursos entre contas, sendo os valores utilizados, tão logo percebido o equivoco,

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devidamente devolvidos a Conta Corrente do IGD. (Anexo 46 - Documento de Devolução)." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: De fato, já havia sido detectada a devolução dos recursos à conta de origem. Entretanto o Gestor não apresentou fatos novos que justificassem a saída dos recursos da conta do IGD. Por essa razão, mantém-se a constatação. CONCLUSÃO Concluídos os trabalhos, dentre as constatações registradas, destacamos as seguintes: 26000 MINISTERIO DA EDUCACAO ITENS: 1.1.1 1.1.2 1.1.3 1.1.4 1.1.5 1.1.6 1.1.7 1.1.8 1.1.9 1.1.10 1.1.11 1.1.12 1.1.13 1.1.14 1.1.15 1.1.16 1.1.17 1.1.18 1.1.19 1.1.20 1.1.21 36000 MINISTERIO DA SAUDE ITENS: 2.1.1 2.2.1 2.2.2 2.2.3 2.2.4 2.2.5 2.2.6 2.2.7 2.2.8 2.2.9 2.2.10 2.2.11 2.2.12 2.3.1 2.3.2 2.4.1 2.4.2 2.4.3 38000 MINISTERIO DO TRABALHO E EMPREGO ITENS: 3.1.1 49000 MINISTERIO DO DESENVOLVIMENTO AGRARIO ITENS: 4.1.1 4.1.2 54000 MINISTERIO DO TURISMO ITENS: 5.1.1 5.1.2 55000 MINISTERIO DO DESENV. SOCIAL E COMBATE A FOME ITENS: 6.1.1 6.1.2 6.2.1 6.2.2 6.3.1 6.3.2 6.3.3 6.3.4