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Resolução: No texto, pode-se apontar como defeito a ambiguidade em “Especialistas dizem que numa tempestade a pessoa deve evitar lugares altos e abertos, como campos de futebol e ficar sob árvores, dentro de mar e piscina.” As duas leituras são: numa tempestade, a pessoa deve evitar lugares altos e abertos e deve também evitar ficar sob árvores, dentro de mar ou piscina. numa tempestade, a pessoa deve evitar lugares altos e abertos e deve ficar sob árvores, dentro do mar ou piscina. Resumindo, é o termo elíptico “evitar”, retomado ou não, que implica o duplo sentido. Alternativa A CPV O CURSINHO QUE MAIS APROVA NA GV FGV ADMINISTRAÇÃO OBJETIVA – PROVA A – 08/ DEZEMBRO/2013

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Resolução:

No texto, pode-se apontar como defeito a ambiguidade em “Especialistas dizem que numa tempestade a pessoa deve evitar lugares altos e abertos, como campos de futebol e ficar sob árvores, dentro de mar e piscina.” As duas leituras são:

— numa tempestade, a pessoa deve evitar lugares altos e abertos e deve também evitar ficar sob árvores, dentro de mar ou piscina.— numa tempestade, a pessoa deve evitar lugares altos e abertos e deve ficar sob árvores, dentro do mar ou piscina.

Resumindo, é o termo elíptico “evitar”, retomado ou não, que implica o duplo sentido.Alternativa A

CPV o Cursinho que Mais aprova na GVFGV adMinistração – Objetiva – PrOva a – 08/dezembrO/2013

Resolução:

Sobre as afirmações do texto, observe as seguintes análises:

I. Incorreta. O termo “extremas” indica duas possibilidades que anulam uma à outra ou completamente antagônicas. II. Correta. No segundo parágrafo, evidencia-se um modo de implantação de língua em novo ambiente que não

necessariamente se limita aos dois processos apresentados. Por exemplo, no segundo tipo de imposição de idiomas, é possível permanecer um resíduo da população nativa, algo que não foi contemplado pelas duas possibilidades iniciais.

III. Incorreta. Não existe apresentação de uma terceira possibilidade de implantação de línguas em novos ambientes no terceiro parágrafo. Neste, dão-se dois exemplos de imposição linguística, um de cada natureza.

IV. Correta. No quarto parágrafo, o autor defende que o Brasil se aplica ao segundo tipo de implantação. No país, tornou-se o português, inicialmente, a língua literária, falada por portugueses e assimilada por nativos brasileiros.

Alternativa C

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Resolução:

Dos comentários sobre as expressões sublinhadas em trechos extraídos do texto de J. Mattoso Câmara Jr., o único incorreto é o que atribui o significado de “em detrimento de” ao vocábulo “malgrado”: malgrado quer dizer “em desagrado ou discordância com”, ou, mais comumente, “não obstante”.

Alternativa E

Resolução:

Em “e o era em princípio”, o termo sublinhado “o” vai ser retomado e identificado após a expressão explicativa que aparece entre travessões, na frase “um prolongamento da sociedade ultramarina”, em que o núcleo do sintagma é o substantivo “prolongamento”.

Alternativa D

Resolução:

A questão refere-se à função sintática do pronome relativo “que”. Essa função é descoberta separando-se a oração principal da oração subordinada adjetiva, na qual o “que” é substituído pelo termo a que se refere na primeira oração. Assim, temos:

OP: habitada por uma população nativa (que, a qual)OSA: os invasores eliminam uma população nativa, em que “eliminar” é VTD e uma população nativa é OD.

Alternativa B

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Resolução:

A questão avalia se o candidato sabe reconhecer o presente do indicativo empregado com ideia de futuro no trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis. Na frase “Vai ficar na Corte ou volta para Barbacena?” o verbo “voltar” é usado no presente do indicativo com ideia de futuro.

Alternativa C

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Resolução:

Rubião, ao receber a herança do amigo Quincas Borba, transfere-se para o Rio de Janeiro. Aí instalado, é apresentado pelo casal Sofia e Cristiano Palha (que, aliás, conhecera na viagem de Barbacena para o Rio) à alta roda da sociedade.

Dr. Camacho, Freitas e Carlos Maria se tornarão alguns dos convivas de Rubião. Todos, como o casal, estão, na verdade, interessados apenas na fortuna do ingênuo novo rico. Vaidades antigas, e que sempre estiveram latentes, reacendem-se e Rubião mergulha, sem perceber, na fogueira de vaidades da “gente da capital”. Apaixonado (sem ser correspondido) por Sofia, fundando empresas com Cristiano, patrocionando o jornal do Dr. Camacho e grêmios religiosos, doando dinheiro para obras beneficentes, o herói é catapultado pela dinâmica da sociedade capitalista burguesa. Acabará espoliado e esquecido.

A exploração econômica, que não raro se vale da ingenuidade dos personagens, é um tema frequente na narrativa do mundo moderno, entendendo-se o moderno como o mundo posteior às revoluções liberais e burguesas. Essa temática está presente, por exemplo, em várias narrativas de Balzac. Alternativa B

Resolução:

Sobre as possíveis técnicas narrativas do texto:

I. Correto. Encontram-se os três tipos de discursos. Como exemplo, “― O senhor não é lavrador?” (direito); “Cristiano Palha maldisse o governo” (indireto); e “Que lhe importavam escravos futuros, se os não compraria?” (indireto livre).

II. Correto. O narrador evidencia ao leitor a mentalidade das personagens, que estão situadas em um contexto histórico específico: a segunda metade do século XIX, quando se discutia o fim da escravidão.

III. Correto. O narrador onisciente (como se vê em “Era plano deste [Rubião] vender os escravos que o testador lhe deixara”) indica ao leitor o caráter das personagens por meio de indícios, o que pode ser visto em “Os olhos de Palha brilharam instantaneamente.” Tal fragmento revela, por meio da ideia do brilho dos olhos, que Palha, igualmente a Rubião, deseja ir à Europa. Alternativa E

Resolução:

O temor quanto à “questão servil” refere-se às lutas abolicionistas já em curso nos anos 1860 e 1870, nos quais está situada a ação de Quincas Borba. É também uma época em que, malgrado a existência da grande propriedade e da escravidão, começa a se constituir uma classe urbana voltada para os negócios, como é ilustrado, no romance, pela empresa fundada em parceria por Rubião e Cristiano Palha.

N’O Cortiço, o desejo de João Romão libertar-se de Bertaleza é indicativo do entrave que a escravidão representava no contexto das lutas libertárias do movimento abolicionista. Alternativa A

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Resolução:

Nas alternativas desta questão, são apresentadas frases reformuladas do texto em análise. A única alternativa correta, de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, é a que apresenta mesóclise no futuro do pretérito do indicativo do verbo “pôr”

Alternativa E

Resolução:

Paulo Honório planeja meticulosamente a divisão de tarefas para compor o livro: as informações propriamente ditas, a ortografia, as citações e os conhecimentos técnicos. Essas disposições são evidenciadoras da força, dinamismo e pragmatismo que orientaram sua ascensão social. Seus gestos sempre foram pensados e objetivaram claramente um propósito.

Alternativa D

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Resolução:

Como ocorre em São Bernardo, de Graciliano Ramos, há em Quincas Borba, de Machado de Assis, e em Senhora, de José de Alencar, um raciocínio vinculado às questões de ordem econômica e de produção. O primeiro inicia-se com uma reflexão de fundo econômico: a passagem em que Rubião fita a enseada, comparando seu passado modesto com seu presente de homem abastado. Ele se tornara um capitalista e admirava as propriedades que herdara: “Cotejava o passado com o presente. Que era, há um ano? Professor. Que é agora? Capitalista. Olha para si, para as chinelas (umas chinelas de Túnis, que lhe deu recente amigo, Cristiano Palha), para a casa, para o jardim, para a enseada, para os morros e para o céu; e tudo, desde as chinelas até o céu, tudo entra na mesma sensação de propriedade”. (Capítulo I)

No segundo livro, a história de Aurélia Camargo e de Fernando Seixas é dividida em quatro partes, cujos títulos encerram marcas do processo econômico no que se refere à aquisição de produtos: “O preço”, “Quitação”, “Posse” e “Resgate”.

Alternativa B

Resolução:

Considerado tanto na sua definição quanto nas condições efetivas previstas para sua realização, o processo imaginado pelo narrador para construir o livro conjuga os registros moderno (a linguagem mais objetiva, desejo do narrador Paulo Honório) e antimoderno (nas referências às atribuições de João Nogueira quanto à sintaxe, em orações inversas, e na hipótese de citações em latim, com a colaboração do Padre Silvestre).

Alternativa D

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Resolução:

Do trecho de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, em análise, são feitas substituições de frases que avaliam regência verbal, pronome demonstrativo e colocação de pronome átono. A alternativa correta é a que apresenta o uso do verbo impessoal haver, contrapondo-o a existir (há / existem).

Alternativa C

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Resolução:

Considerando o contexto de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, no excerto em que dialogam os dois coveiros, o ponto de vista orientado pela morte revela-se o mais adequado para se apreender o conjunto da organização social a que remete o texto. Há o cemitério de Santo Amaro, destinado às pessoas ricas, de trabalho mais ameno, e o de Casa Amarela, reservado aos pobres, onde os enterros são mais frequentes.

O recurso do chiste e do humor negro, embora seja macabro o assunto, é evidente no discurso dos coveiros mais preocupados com as vantagens e as desvantagens de um ofício diretamente relacionado à morte do que com os mortos:

“Se trabalhasses no de Casa Amarela / não estarias a reclamar. / De trabalhar no de Santo Amaro / deve alegrar-se o colega / porque parece que a gente / que se enterra no de Casa Amarela / está decidida a mudar-se / toda para debaixo da terra”.

Na descrição dos cemitérios, a morte mostra-se antes como fenômeno social que natural. Isso se evidencia pela maneira como são enterradas as pessoas ricas (no cemitério de Santo Amaro) e as pessoas pobres (no cemitério da Casa Amarela).

Alternativa A

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