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O cotidiano da ABEN vem sendo permeado por discussões que sinalizam para a necessidade - quase premência - de mudanças no "modo de ser" da Entidade. Em face dessas manifestações a Assembléia Nacional de Delegados (AND), realizada na cidade de Gramado/RS em novembro/04 decidiu desenvolver um processo de análise da Entidade onde aspectos e elementos dessas discussões - e outros que seguramente emergirão do próprio processo - possam ser considerados e sistematizados crítica e coletivamente. Se há hoje, no modo de fazer a ABEN, "algo que não pode ficar como está" - como vem sendo repetido nos fóruns e reuniões promovidos pela Entidade - é preciso é preciso que explicitemos "esse algo" e, mais que isso, é preciso desejar construir algo radicalmente melhor. Para tanto o ponto de partida é identificar aqueles desafios que possam instigar a participação no processo de construção do novo que se quer para a ABEN. Questões como a hipertrofia do mercado em detrimento do Estado e de ambos em detrimento das organizações e movimentos da sociedade civil; a (re) organização (fragilização!?..) dos movimentos sociais; as (re)orientações paradigmáticas gestadas no contexto político-social que compartilhamos local e globalmente; a expansão quanti- qualitativa da comunicação e da informação; as transformações no mundo do trabalho; e, os impactos que tais questões impõem - como solução ou como problema - à toda a sociedade e à cada indivíduo definem um cenário em cujo contexto se confrontam e se alinham perplexidades, desafios e diferentes propostas de mudanças e rupturas. ISSN 1518-0948 IMPRESSO ESPECIAL CONTRATO Nº 0701/02 ECT/DR/RN ABEn - Assoc. Bras. de Enf. ACF B. GONÇALVES Pavilhão Agenda de Trabalho ABEn Ações Político-administrativas Informes Desafios da Organização 57º CBEn Carta de Vitória 9º SENADEn Memória ABEn 2 3 4 e 5 6 e 7 8 a 11 12 e 13 14 a 16 17 a 19 20 Cotidano complexo e diversidade de idéias : o desafio de repensar a ABEn [...] Se quisermos, como devemos, ser sociólogos da nossa circunstância, deveremos começar pelo contexto sócio- temporal de que emergem as nossas perplexidades [...] O exercício das nossas perplexidades é fundamental para identificar os desafios a que merece a pena responder. " Boaventura de Souza Santos Comissão de Coordenação do Processo Repensar a ABEn Como parte indissociável desse contexto o que poderá guiar a ABEN nessa empreitada de "repensar-se" é considerar, como o autor acima citado, que todas as perplexidades e desafios resumem-se em um só: "em condições de aceleração histórica como as que hoje vivemos é possível pôr a realidade no seu lugar sem correr risco de criar conceitos e teorias fora do lugar?". Não, com certeza não. Vamos começar o trabalho de repensar a ABEN sabendo que não temos como "não correr riscos", em especial aqueles que estão no cerne dos processos sociais do nosso tempo. A Comissão Coordenadora desse trabalho tem como pressuposto que a ABEN, desde o seu 'nascedouro', é uma proposta/realidade muita rica, com muitas possibilidades o que pode ser constado pela 'sua folha de serviços' prestados à enfermagem e á área de saúde, como um todo. Contudo, para além deste reconhecimento sabe-se do seu quotidiano complexo e da diversidade de idéias e propósitos que comporta. Para chegarmos à proposta de uma "nova" ABEN precisamos (re) conhecer, na sua identidade e especificidade, as mais claras e concretas alternativas para a sua organização e viabilidade assim como seu potencial de produção e articulação no plano das relações e parcerias internas e externas. Afinal, "Não é tarefa fácil nem é tarefa individual. Mas se é verdade que a paciência dos conceitos é grande, a paciência da utopia é infinita" (Boaventura de Souza Santos, em Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade, 2001, p. 346). A Italiana (detalhe) Vincent van Gogh

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Page 1: Cotidano idéias repensar - ABEn Nacionalsociedade e à cada indivíduo definem um cenário em cujo contexto se confrontam e se ... Se quisermos, como devemos, ser sociólogos da nossa

O cotidiano da ABEN vem sendo permeado por discussões que sinalizam para anecessidade - quase premência - de mudanças no "modo de ser" da Entidade. Em facedessas manifestações a Assembléia Nacional de Delegados (AND), realizada na cidadede Gramado/RS em novembro/04 decidiu desenvolver um processo de análise daEntidade onde aspectos e elementos dessas discussões - e outros que seguramenteemergirão do próprio processo - possam ser considerados e sistematizados crítica ecoletivamente. Se há hoje, no modo de fazer a ABEN, "algo que não pode ficar comoestá" - como vem sendo repetido nos fóruns e reuniões promovidos pela Entidade - épreciso é preciso que explicitemos "esse algo" e, mais que isso, é preciso desejarconstruir algo radicalmente melhor. Para tanto o ponto de partida é identificar aquelesdesafios que possam instigar a participação no processo de construção do novo que sequer para a ABEN.

Questões como a hipertrofia do mercado em detrimento do Estado e de ambosem detrimento das organizações e movimentos da sociedade civil; a (re) organização(fragilização!?..) dos movimentos sociais; as (re)orientações paradigmáticas gestadasno contexto político-social que compartilhamos local e globalmente; a expansão quanti-qualitativa da comunicação e da informação; as transformações no mundo do trabalho;e, os impactos que tais questões impõem - como solução ou como problema - à toda asociedade e à cada indivíduo definem um cenário em cujo contexto se confrontam e sealinham perplexidades, desafios e diferentes propostas de mudanças e rupturas.

ISS

N 1

518-

0948

IMPRESSO ESPECIAL

CONTRATO Nº 0701/02

ECT/DR/RN

ABEn - Assoc. Bras. de Enf.

ACF B. GONÇALVESPavilhão

Ag e nd a de Trabalho ABEnAções Político-administrativas

InformesDesafios da Organização

57º CBEnCarta de Vitória

9º SENADEnMemória ABEn

23

4 e 56 e 7

8 a 1112 e 1314 a 1617 a 19

20

Cotidano complexo ediversidade de idéias: o desafio de repensar a ABEn

[...] Se quisermos, como devemos, ser sociólogos da nossacircunstância, deveremos começar pelo contexto sócio-temporal de que emergem as nossas perplexidades [...]

O exercício das nossas perplexidades é fundamental paraidentificar os desafios a que merece a pena responder. "

Boaventura de Souza Santos

Comissão de Coordenaçãodo Processo Repensar a ABEn

Como parte indissociável desse contexto o que poderá guiar a ABEN nessaempreitada de "repensar-se" é considerar, como o autor acima citado, que todas asperplexidades e desafios resumem-se em um só: "em condições de aceleração históricacomo as que hoje vivemos é possível pôr a realidade no seu lugar sem correr risco decriar conceitos e teorias fora do lugar?".

Não, com certeza não. Vamos começar o trabalho de repensar a ABEN sabendo quenão temos como "não correr riscos", em especial aqueles que estão no cerne dosprocessos sociais do nosso tempo. A Comissão Coordenadora desse trabalho tem comopressuposto que a ABEN, desde o seu 'nascedouro', é uma proposta/realidade muitarica, com muitas possibilidades o que pode ser constado pela 'sua folha de serviços'prestados à enfermagem e á área de saúde, como um todo. Contudo, para além destereconhecimento sabe-se do seu quotidiano complexo e da diversidade de idéias epropósitos que comporta. Para chegarmos à proposta de uma "nova" ABEN precisamos(re) conhecer, na sua identidade e especificidade, as mais claras e concretas alternativaspara a sua organização e viabilidade assim como seu potencial de produção e articulaçãono plano das relações e parcerias internas e externas.

Afinal, "Não é tarefa fácil nem é tarefa individual. Mas se é verdade que a paciênciados conceitos é grande, a paciência da utopia é infinita" (Boaventura de Souza Santos,em Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade, 2001, p. 346).

A It aliana (detalhe)Vincent van Gogh

Page 2: Cotidano idéias repensar - ABEn Nacionalsociedade e à cada indivíduo definem um cenário em cujo contexto se confrontam e se ... Se quisermos, como devemos, ser sociólogos da nossa

Rosa Maria Pelegrini FonsecaPresidente da Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro

Cirurgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material eEsterilização (SOBECC)

Centro de material e esterilização:

uma realidade para o

enfermeiro Centro de Material e Esterilização (CME) éum setor do hospital que faz parte do blocooperatório e tem como finalidadedesenvolver todas as fases do processo deesterilização que compreende: a limpeza, averificação das condições dos artigos, opreparo, a identificação, a montagem da cargaa ser esterilizada, a esterilização, a guarde e a

distribuição dos artigos, que serão usados na assistênciaao cliente/paciente.

Por essa razão, o setor tem um importante papelno controle de infecção e nos próprios custos hospitalares.

Este setor exige uma metodologia de trabalhoresponsável e consciente, que tem início na limpeza ondeocorre a remoção da matéria orgânica tanto por métodomanual como automatizado. Essa etapa é primordial paraque a esterilização do artigo ocorra com eficácia eeficiência. Essa é só uma das várias rotinas desenvolvidasem um CME.

Por se tratar de área com atividade tão específicae que necessita de profissionais com conhecimento técnicoe científico tendo como área de abrangência a imunologia,microbiologia, anatomia, alguns podem se perguntaranatomia? Sim anatomia, pois é preciso saber onde osartigos serão usados para poder associar o quão importantesão as ações realizadas para que o produto final seja umartigo em condições adequadas de uso. Além doconhecimento em gerenciamento, para poder organizar,coordenar, utilizar da análise de custo relacionada aobenefício e demonstrar o quanto o setor é produtivo.

Ao longo dos anos os enfermeiros e sua equipesão os profissionais que se estão melhor preparados paraatuar nesse setor. Pois sua formação lhes dá condiçõespara entender e assumir as necessidades pertinentes queenvolvem as ações desse setor.

Salientamos que essas ações são consideradas comoassistência indireta ao paciente, pois tudo que é produzidoserá usado pelos profissionais da equipe de saúde seja, omédico, o enfermeiro, o técnico ou auxiliar deenfermagem e o fisioterapeuta, que estão envolvidos na

assistência direta aocliente/paciente.

Nos últimostempos está havendoum movimento paraalterar essacaracterística, ouseja, a colocação deprofissionais quenão são da área dasaúde paracoordenar essa área,os quais não tem opreparo técniconecessário. Essa atitudenos causa muitapreocupação, pois o CMEnão é uma simples linha demontagem como muitos assimpensam, como se fosse umaindústria. Lembramos a que industriatrabalha com artigos limpos, sem apresença de matéria orgânica e com umdeterminado tipo de produto em cada linha demontagem.

O CME não, os artigos estão impregnados com matériaorgânica, o que requer um conhecimento apropriado decomo trabalhar e reprocessar os materiais permanentescom segurança. Além disso, é preciso conhecer acompatibilidade dos invólucros com os diversos tipos demétodos de esterilização, os detalhes de preparo de cargapara esterilização, o funcionamento de cada fase do ciclode esterilização dos diferentes métodos, os controles decada método para poder garantir um ciclo seguro, em fimpoderia discorrer sobre uma infinidade de rações quecaracterizam a necessidade do enfermeiro no CME.

CME exige uma metodologia

de trabalho responsável e

consciente, que tem início na

limpeza onde ocorre a remoção

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E X P E D I E N T EDiretoria da ABEn

Presidenta: Francisca Valda da SilvaVice-presidenta: Ivete Santos BarretoSecretária Geral: Tereza Garcia BragaPrimeira Secretária: Ana Lígia Cumming e SilvaPrimeira Tesoureira: Fidélia Vasconcelos de LimaSegunda Tesoureira: Jussara Gue MartiniDiretor de Assuntos Profissionais: FranciscoRosemiro Guimarães Ximenes NetoDiretor de Publicações e Comunicação Social: Isabel

Coordenação editorial e gráfica: UNA(84) 9988-2812 - [email protected]/[email protected]

Jornalista responsável: Marize CastroDiagramação e arte-final: Alessandro Amaral

SGAN Quadra 603 Avenida L2 NorteConjunto B Asa Norte CEP 70.830-030Brasília DF - Fone (61) 225.4473 - Fax 226.0653E-mail [email protected] www.abennacional.org.br

A ABEn agradece a Alzirene Nunes de Carvalho e a Janete Lima de Castro pela assessoria na realização desta edição.

Esta edição foi financiada pelo Programa de Cooperação ABEn / DEGES-SGTE-MS.

Cristina Kowal Olm CunhaDiretora Científico e Cultural: Maria Emília de OliveiraDiretora de Educação: Carmen Elizabeth KalinowskiDiretora do Centro de Estudos e Pesquisas emEnfermagem: Alba Lúcia Botura Leite de BarrosMembros do Conselho Fiscal: Marta de Fátima Lima,José Rocha e Nilton Vieira do Amaral

ABEn - jan.fev.mar. 20052

ABEn - Jornal da Associação Brasileira de Enfermagem -Brasília/DF Ano 47 N. 1Conselho editorial: Diretoria Nacional da ABEn

P a v i l h ã o

Nesta edição, excepcionalmente, não publicamos aseção Ajustando Contas

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com a presença da ABEn Nacional e ABEn DF, FNE,Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro, SATEMRJ erepresentantes de escolas e de serviços de saúde para elaboraragenda estratégica de ação no caso das denúncias e pedidosde prisão preventiva do Ministério Público Federal,envolvendo o presidente e vice-presidente do COFEN.

10 e 11 de fevereiro - Participação da representante daABEn Nacional na reunião da CIRH no GT de Semináriodas Profissões de Saúde.- Reunião com a coordenadora da Comissão Nacional deEleição 2ª convocação, Célia Bauer, no acompanhamentodo cumprimento do calendário eleitoral pelas seções eregionais incluídas no edital da eleição ABEn 2004-2007em segunda convocação e preparação para o dia da eleição.- Reunião com a assessoria jurídica da ABEn Nacional. Napauta, as pendências do convênio ABEn SE e SMS Aracaju;eleição, segunda convocação pela ABEn Nacional;acompanhamento do processo do funcionário demitido porjusta causa; contratos de empresas prestadoras de serviçospara o 57º CBEn e 9º SENADEn.- Audiência com o ministro adjunto do Trabalho e assessoriajurídica do Ministério com quatro entidades nacionais derepresentação da enfermagem - duas de âmbito estadual euma de âmbito municipal - e parlamentares do CongressoNacional. A audiência visou apresentar propostas e discutira necessidade de providências administrativas junto aoSistema COFEN-COREN.

16 a 18 de fevereiro - Participação da professora FranciscaValda da Silva na solenidade para implantação da Cadernetade Saúde da Criança pelo MS/ Secretaria Especial dasMulheres/ Ministério da Promoção da Igualdade Racial eUnesco, no Hotel Nacional, em Brasília. A solenidadecontou com a presença de secretários estaduais e municipaisde saúde, representantes de prestadores de serviços para oSUS e organizações da sociedade civil.- Reunião executiva com a diretora interina do CEPEn,professora Isabel Cristina Kowal Olm Cunha, paraacompanhamento da agenda de trabalho da diretoria;reunião de avaliação e planejamento do setor de informáticada ABEn Nacional, com a secretaria geral, tesouraria,diretora de publicações/ CEPEn, com o presidente efuncionários da secretaria e do CEPEn e com o técnico deinformática cedido pela OPAS.

22 de fevereiro - Audiência no Ministério do Trabalhocom as entidades de enfermagem e parlamentares.Representando a ABEn, , participaram as diretoras TerezaGarcia Braga e Carmen Elizabeth Kalinowski. Na pauta, oacompanhamento da agenda e comunicação das providênciasadministrativas tomadas por esse Ministério.

23 de fevereiro - Reunião da presidenta da ABEn RNcom o deputado estadual Paulo Davim sobre a construçãode agendas de trabalho com a Assembléia Legislativa,programação da 66ª SBEn e organização de um SimpósioEstadual de Saúde na Assembléia Legislativa do Rio Grandedo Norte.

28 de fevereiro e 1º e 2 de março - Participação deFrancisca Valda da Silva, Solange Belchior e NatividadeSantana na reunião da CIRH sobre a organização daConferência Nacional de Gestão do Trabalho e Educação, aser realizada de 12 a 15 de novembro de 2005, em Brasília.Na pauta, o temário e o regimento da conferência.- Audiência com o ministro da Justiça, Márcio ThomazBastos. Participaram da audiência Francisca Valda da Silvae Solange Belchior, acompanhadas pelo deputado InácioArruda.

ABEn - jan.fev.mar. 2005 3

Fotos: Acervo ABEn Nacional

3 a 7 de março - Terceira Reunião Ordinária da Diretoria(ROD) da ABEn Nacional.- Segunda reunião da Comissão Nacional Especial deReforma do Estatuto (CENRE), com o objetivo deorganizar a agenda de trabalho que visa desencadear oprocesso de repensar a ABEn.- Quadragésima sétima reunião do CONABEn.- Quarta Reunião Ordinária da Diretoria (ROD), com oobjetivo de construir agenda operacional e dar osencaminhamentos devidos.

7 de março - Reunião com a Diretoria de Gestão eRegulação do Trabalho em Saúde do Ministério da Saúde,assessores, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz emembros da diretoria da ABEn Nacional para acordar umaparceria que viabilize a realização da Pesquisa do Perfil daEnfermagem no Brasil. Representando a ABEn estiverampresentes Francisca Valda da Silva, Isabel Cristina KowalOlm Cunha e Francisco Rosemiro Guimarães XimenesNeto. Maria Helena Machado e Pedro Miguel representaramo Ministério da Saúde.

10 a 15 de março - A presidenta da ABEn Nacional cumpriua seguinte agenda: reunião do FNEPAS no RJ paraelaboração do Planejamento de 2005; audiência coletivacom a senadora Lucia Vânia, relatora do Pl 25/ 2002 doAto Médico na EEAN/ UFRJ , contando com a presençade entidades de profissionais de saúde e cerca de 60participantes; reunião com o NUPHEBRAS da EEAN/UFRJ para discutir a proposta de parceria na proposição/execução de subprojetos do Projeto ABEn: uma trajetóriade 80 anos e os desafios contemporâneos.

15 de março - Acompanhamento pelas entidades deenfermagem e parlamentares da agenda do Ministério doTrabalho, a respeito das providências administrativas noSistema COFEN/ COREN. Representando a ABEnNacional estiveram presentes Tereza Garcia Braga e CarmenElizabeth Kalinowski.

21 a 23 de março - Participação da ABEn Nacional, atravésdas professoras Francisca Valda e Carmen ElizabethKalinowski, no seminário sobre reforma do ensino superiore elaboração de critérios para abertura de novos cursos dasaúde, promovido pelo Ministério da Saúde, Ministério daEducação e Conselho Nacional de Saúde, na Universidadede Brasília.

22 de março - Participação da ABEn Nacional, através daprofessora Francisca Valda da Silva, no Ministério da Saúde,no lançamento da Comissão Nacional de Monitoramentoe Avaliação da Implementação do Pacto Nacional pelaRedução da Mortalidade Materna e Neonatal. O eventocontou com a participação das ministras da SecretariaEspecial das Mulheres e Secretaria de Promoção daIgualdade Racial, além da OPAS, UNESCO, CONASS,CONASEMS, representações da sociedade civil. A ABEnintegra essa Comissão.

29 de março - Reunião, na sede da ABEn Nacional, daPesquisa do Perfil da Enfermagem no Brasil, com a presençada FNE, SATEMRJ, ABEn, DEGERTS/ SGETES/ MS, Fiocruz, EEAN/ UFRJ, EERP/ USP, IMS/UERJ. A ABEn Nacional esteve representada pelos seguintesdiretores: Francisca Valda da Silva, Isabel Cristina KowalOlm Cunha e Francisco Rosemiro Guimarães XimenesNeto. Rosemiro. Foi acordado o universo e a população dapesquisa, além do objeto da investigação. Foi ainda elaboradauma agenda operacional de encaminhamentos.Solenidade da implantação da Caderneta

Saúde da Criança

17 de janeiro - Reunião da ABEn Nacional com a equipetécnica do jornal ABEn em Natal (RN). ParticiparamFrancisca Valda da Silva, Marize Castro e Alzirene Nunes deCarvalho. Na pauta, a agenda operacional do jornal ABEn,ano 46 n. 4.

18 e 19 de janeiro - Agenda administrativa e despachosoperacionais da presidenta da ABEn Nacional em Natal(RN). Na pauta, o acompanhamento da organização do13º SENPE quanto ao projeto de financiamento junto aoMinistério da Saúde, através da Secretaria de Ciência eTecnologia; elaboração de pautas e propostas para o 9ºSENADEn; encaminhamentos do expediente interno juntoà secretaria executiva da ABEn, em Brasília, por e-mail,telefone e correio.

20 de janeiro - Reunião do 9º SENADEn, em Natal(RN), contando com a presença da comissão executiva doevento e da ABEn Nacional, sob a coordenação dasprofessoras Rosalba Pessoa de Souza Timóteo e FranciscaValda Silva. Na pauta, decisão sobre o local, logomarca doevento, programação, entre outras coisas.

24, 28 e 31 de janeiro - Reunião preparatória para oplanejamento da ABEn RN. Oficina de Planejamento doProjeto da Gestão e Plano Trienal para 2004-2007 da ABEnRN, com a presença da diretoria eleita e empossada emembros das comissões permanentes, sob a coordenaçãopresidenta da ABEn RN, Sheila Saint Clair da S. Teodosio.Reunião com a diretoria e sócios da ABEn RN sobre oposicionamento público da ABEn em face de denúnciasformuladas pelo Ministério Público e de 19 pedidos deprisão preventiva, busca e apreensão, envolvendo dirigentesdo COFEN; e elaboração de propostas para a reunião dasentidades nacionais convocada para a sede da ABEnNacional, em Brasília.

26 a 31 de janeiro - participação da professora JussaraGue, segunda tesoureira, como representante da ABEn-Nacional no Fórum Social Mundial(FSM) em Porto Alegre(RS); e na reunião de atualização da agenda de trabalho dasEntidades de Enfermagem para 2005, realizada noSindipetro por ocasião do FSM, contando com a presençadas seguintes organizações: SERGS, FNE, STNS e ABEnNacional e Seção ABEn RS.

1º a 3 de fevereiro - Cumprimento, em Brasília, daseguinte agenda pela presidente da ABEn Nacional: agendaadministrativa de despachos com a secretaria executiva,tesouraria, com o setor de informática, setor do acervo doCEPEn e de publicações. Reunião da CIRH para elaboraçãoda programação do Seminário das Profissões da Saúde.- Reunião ampliada das entidades nacionais de enfermagem,

A g e n d a d e T r a b a l h o A B E n

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ABEn - jan.fev.mar. 20054

1- Projeto Repensar a ABEn - Aprovado o Plano de trabalhoapresentado pela CENRE.

2-Projeto comemorativo dos 80 anos da ABEn - aprovadaa agenda de construção coletiva/planejamento:

a) Concurso da Logomarca - aprovação do regulamentoe calendário.

b) Selo Comemorativo - solicitação ao correio.c) Preservação e difusão do acervo documental da

Associação Brasileira de Enfermagem - elaboração deanteprojeto e construção de parcerias parafinanciamento.

d) Atualização do documentário da ABEn - 1976/2006 estudo de viabilidade apresentação na AND-GO.

e) Clipping sobre os 80 anos da ABEn - elaboração deprojeto.

f) Concurso Científico-Literário - elaboração deanteprojeto/regulamento/calendário.

g) Elaboração de banner e um portfólio .h) Projeto Seções na construção dos 80 Anos.i) Os eventos da ABEn no ano de 2006 serão

comemorativos dos 80 anos:67ª Semana Brasileira de Enfermagem "ABEn- umatrajetória de 80 anos e os desafios contemporâneos";8º Simpósio Nacional de Diagnóstico deEnfermagem-SINADEn, em João Pessoa (PB).1º Congresso Brasileiro Enfermagem na Saúde daFamília, em Fortaleza (CE).2º Seminário Internacional sobre o Trabalho emEnfermagem, em Curitiba (PR).10º SENADEn - aprovada a sede em Brasília, pararealização no mês de agosto, no período da data doaniversário da ABEn, com uma programação quetenha impacto no Congresso Nacional, Executivoe Judiciário. na sociedade e na mídia.

58º Congresso Brasileiro de Enfermagem emSalvador/BA, encerrando o ano comemorativo.

3- Construção coletiva da minuta de um Plano deDesenvolvimento Institucional(PDI) para apreciação naAND-GO.

4-Elaborar diretrizes para a Política e Gestão dos Eventosda ABEn.

5-Agenda Política:a) Reforma Universitária - formular posição da ABEn e

encaminhar para o MEC, MS, CNS e CNE e CongressoNacional.

b) Construir coletivamente posição sobre a proposta derefiliação da ABEn ao CIE e apresentar parecer paraapreciação e deliberação pela AND-GO.

6 - Concurso Público de Titulação de EnfermeiroEspecialista em Saúde Coletiva - aprovada suadescentralização, rever regulamento e divulgar edital nosite da ABEn.

7 - Vinculação de Escolas à ABEn - elaborar parecer sobreos processos protocolados, para submeter no próximoCONABEn.

8 - Eleição da ABEn 2004/ 2007 2ª convocação-homologado o relatório apresentado pela Comissão.

9 - Aprovada a resolução n. 02, 2005- CONABEn indicandoa diretora de publicação da ABEn Nacional para responderpelo cargo de presidente do Centro de Estudos e Pesquisasem Enfermagem, na vacância do cargo, até a AND-GO.

10 - Aprovada ar esolução n. 03, de 06 de março de 2005-CONABEn, para orientar os procedimentos administrativosjunto as regionais que não realizaram eleição.

11 - Aprovada a Resolução nº 04, de 6 de março de 2005-

CONABEn que define os procedimentos administrativos,junto as Seções AM, RO e AP que se encontram sem diretoriaeleita.

12 - Homologadas as indicações de representações da ABEnno campo técnico e político.

13 - Agenda da Diretoria Executiva:a) Estudo sobre o custo ABEn pela tesouraria, para elaborar

proposta de piso para anuidades nas seções e indicadorpara correção anual do per capita, a ser submetido nopróximo CONABEn.

b) Construir viabilidade para adqurir computadores maisadequados às necessidades atuais da ABEn, um novosistema de informática e, especialmente, para um planode capacitação dos funcionários.

c) Aprovado empréstimo para sanar as dívidas da ABEn-PE.d) Elaborar um manual com as orientações normativas

para a gestão única da ABEn.e) Organizar proposta de capacitação para os gestores das

Seções e Regionais.

14 - Aprovadas as portarias nº 1,2 3,4,5,6,7,8 e 9 de 6 demarço de 2005 que constituem as comissões permanentesdas diretorias de educação. de Assuntos Profissionais. dePublicação, do CEPEn e da Diretoria Científico-Cultural.

15 - Aprovação da sede do 14º SENPE em Florianópolis(SC).

16 - A aprovação do plano de trabalho da Gestão 2004-2007.

17 - A aprovação dos pareceres do Conselho Fiscal da ABENgestão 2004-2007sobre o Balancete do 4º trimestre de 2004 e oBalanço Patrimonial da ABEn de 1º /1/2004 a 31/12/2004.

18 - Aprovado o calendário para construção coletiva daminuta do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)para a ABEn, a ser apreciada na AND-GO.

Deliberações da 47ª reunião do CONABEn5 e 6 de março 2005

Calendário de Eventos da ABEn e Parceiros 2005Tema Central

A Bioética e os modos de ser daenfermagemA Enfermagem na construção de ummundo solidárioA qualidade da Educação: umcompromisso social da Enfermagem?

A pesquisa em enfermagem e suaexpressão na atenção à saúdeÉtica, humanização e integridade dotrabalho na estratégia saúde da família20 anos de parcerias na saúde e na educação

Saúde do trabalhador

Gestão do Trabalho e Educação em Saúde

Saúde Indígena

Data/Período12 a 20 de maio de 2005

3 a 7 de novembro de 2005

2 a 5 de agosto de 2005

14 a 17 de junho de 2005

21 a 24 de setembro 2005

2 a 5 de julho de 2005

Abr. a set./05 (etapa mun.); out./05 (etapaest.); 10, 11 e 12 de nov./05 (etapa nac.).

Abr. a set./05 (etapa mun.); out. (etapa est.);13, 14 e 15 de nov./05 (etapa nac.).Jul. a dez./05 (etapa mun. e etapa est.);out./05 (etapa est.); mar./06 (etapa nac.)

LocalEm todo território nacional

Centro de Convenções deGoiânia (G0)Complexo de Emfermagemda UFRN Natal (RN)

São Luís (MA)

Fortaleza (CE)

Campus Pampulha da UFMGBelo Horizonte (MG)Em todo território nacional

Em todo território nacional

Em todo território nacional

ResponsávelABEn - Seções e Regionais/NúcleosABEn Seção Goiás

ABEn Seção Rio Grande doNorte

ABEn Seção Maranhão

ABEn Seção Ceará

Rede Unida

Conselho Nacional de Saúde

Conselho Nacional de Saúde

Conselho Nacional de Saúde

RealizaçãoEvento

66ª SBEn - Semana Brasileira deEnfermagem57º CBEn - Congresso Brasileiro deEnfermagem9º SENADEn - Seminário Nacional deDiretrizes para a Educação emEnfermagem13º SENPE - Seminário Nacional dePesquisa em EnfermagemI Congresso Brasileiro de Enfermagemem Saúde da FamíliaVI Congresso Nacional da Rede Unida

Conferência temática deliberada pela12ª Conferência Nacional de SaúdeConferência temática deliberada pela12ª Conferência Nacional de SaúdeConferência temática deliberada pela12ª Conferência Nacional de Saúde

A ç õ e s P o l í t i c o - a d m i n i s t r a t i v a s

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ABEn - jan.fev.mar. 2005 5

Edital ABEn No 001/ 2005Estabelece Cri térios e Normasdo 4º Concurso Público para a

Ti tulação de EnfermeiroEspecial ista em Saúde Coletiva

A Diretoria da Associação Brasileira deEnfermagem- ABEn Nacional torna público atodos os interessados que as inscrições parao Concurso Público para a obtenção do Títulode Enfermeiro Especialista em Saúde Coletivaestarão abertas no período de 28/ 03/ 05 a16/ 07/ 05.1. As inscrições deverão ser encaminhadas à ComissãoEspecial de Titulação de Enfermeiro Especialista emSaúde Coletiva, no seguinte endereço: ABEn -Nacional SGA Norte, 603- Conjunto B Av. L 2 Norte-CEP: 70830-030. Tel/Fax: (0xx61) 226-0653.2. O candidato, para inscrever-se, deverá ter nomínimo 5 (cinco) anos de experiência na área daEnfermagem em Saúde Coletiva; e ser associado, noano em curso, da Associação Brasileira deEnfermagem.3. No ato da inscrição, o candidato deverá apresentara ficha de inscrição, acompanhado dos seguintesdocumentos:

I- Curriculum Vitae comprovado dos últimos 5anos de exercício na área da Enfermagem emSaúde Coletiva.

II- Comprovante original de depósito bancário àAssociação Brasileira de Enfermagem, no valorde R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais) Banco doBrasil, Agência 3475-4, conta corrente 220489-4.

III-Xerox do recibo de pagamento da anuidade daAssociação Brasileira de Enfermagem, ano deexercício 2005;

IV-2 fotos 3x4.4. Não serão aceitas inscrições com documentaçãoincompleta.5. Não serão aceitas inscrições fora do prazo.6. A taxa de inscrição não será restituída.7. Os candidatos poderão inscrever-se por via postal,utilizando correspondência via SEDEX ou cartaregistrada, com data de postagem até 16/07/05.8. O deferimento das inscrições dos candidatos aptosa participarem da prova escrita será informado pelaInternet, no site da ABEn-Nacional:www.abennacional.org. br, a partir de 15/08/2005.9. O concurso será a partir de sessenta dias após otérmino das inscrições. A prova escrita, deConhecimentos Específicos na área de Enfermagemem Saúde Coletiva, será realizada de formadescentralizada, nos Estados em que houver Seçãoda ABEn, no dia 16 de setembro de 2005, das 14:00as 17:00 horas.10. A avaliação dos candidatos dar-se-á por meio deProva Escrita (Conhecimentos Específicos na áreade Enfermagem em Saúde Coletiva) e de Prova deTítulos (análise do currículo). A nota mínima paraaprovação, em cada prova, deverá ser igual ousuperior a 7,0.11. Será aprovado na prova escrita deConhecimentos Específicos na área de Enfermagemem Saúde Coletiva (de caráter eliminatório) ocandidato que obtiver nota igual ou superior a 7,0.Aqueles aprovados nesta etapa serão submetidos àProva de Títulos.

O edital na íntegra encontra-se nosite www. abennacional.org.br

RESOLUÇÕES CONABEnNº 002/2005 - O Conselho Nacionalda Associação Brasileira deEnfermagem CONABEn, Gestão 2004-2007, reunido por ocasião da 47ª ReuniãoOrdinária realizada no dia 06 de março de2005, no uso das atribuições que lheconferem o Estatuto da ABEn - Capítulo VI

Seção II Artigo 50 Inciso IX:

Considerando:A vacância do cargo da Diretoria doCentro de Estudos e Pesquisas emEnfermagem (DCEPEn) da ABEnNacional Triênio 2004/ 2007.

Resolve:Indicar Isabel Cristina Kowal OlmCunha, Diretora de Publicações eComunicação Social da ABEn Nacional

Gestão 2004/ 2007, para Coordenaro Plano de Trabalho da Diretoriado Centro de Estudos e Pesquisasem Enfermagem (DCEPEn) daABEn Nacional Gestão 2004/2007, até a realização da 1ª AssembléiaNacional de Delegados (AND) Ordinária Gestão 2004/ 2007,quando a vacância do cargo da Diretoriado CEPEn será deliberado osencaminhamentos para o provimentodo cargo.

Brasília, 06 de março de 2005.

Francisca Valda da SilvaPresidente

Nº 003/2005 - O Conselho Nacionalda Associação Brasileira deEnfermagem CONABEn, Gestão

2004-2007, reunido por ocasião da 47ªReunião Ordinária realizada nos dias 05 e06 de março de 2005, no uso dasatribuições que lhe conferem o Estatuto daABEn - Capítulo VI Seção II Artigo 50 Inciso IX e X:

Considerando:que as regionais: FEIRA DE SANTANA(BA);JUIZ DE FORA(MG); FOZ DO IGUAÇU (PR);PETRÓPOLIS (RJ); BAURU (SP); CAMPINAS

(SP); E MARÍLIA (SP), não realizarameleição na 2ª convocação da eleição daABEn para o triênio 2004/ 2007,estando, portanto, em situaçãoirregular;

Resolve:Art. 1º - Prorrogar o mandato das atuaisdiretorias e dos conselhos fiscais destasRegionais até 05 de maio de 2005;

Art. 2º Determinar que a ABEn Seçãoconvoque e realize Assembléia Geral da Seção(AGS), em caráter extraordinária, até 15de abril de 2005, para discutir a situaçãoda(s) regional(s) e deliberar por suamanutenção ou dissolução, com base norelatório submetido à apreciação, a serapresentado pela Presidente da Seção;

Art. 3º Que na deliberação pelamanutenção da regional a AGS indique2(dois) nomes para assumirem a JuntaDiretora da ABEn Regional, que seránomeada e regulamentada através do Ato aser baixado pela Presidente da ABEnNacional;

Art. 4º Que a ABEn Seção deveráencaminhar para a ABEn Nacional até 30de abril de 2005: 1) - o RELATÓRIO da

situação da regional submetido à apreciaçãoda AGS; 2) - a ATA da AGS - registrada eautenticada em cartório; 3) - a SÚMULA dedeliberação da AGS; e 4) - OFÍCIO

apresentando os nomes indicados pela AGS,quando se tratar da manutenção da regional;

Art. 5º Que na deliberação peladissolução da regional, ficará aPresidente da ABEn Seção incumbida dedar providências aos encaminhamentosnecessários para o encerramento dasatividades de ordem administrativa,financeira e fiscal da ABEn Regional, no quese refere aos sócios, bens patrimoniais,encerramento de conta bancária,cancelamento do CNPJ;

Art. 6º - Que a Presidente da ABEn Seçãodeverá encaminhar à ABEn Nacional, até05 de maio de 2005, o relatório e adocumentação que constitui o processode dissolução da ABEn Regional,devidamente aprovado pela AGS, que serásubmetido à AND para homologação.

As deliberações da AGS a que se refereesta resolução e seus desdobramentos e/ou encaminhamentos, serão submetidos àAssembléia Nacional de Delegados (AND),que se reunirá em sua 1ª reunião ordináriada Gestão 2004/ 2007, que será realizadaem novembro de 2005, em Goiânia-GO,por ocasião do 57º CBEn, para fins dedeliberação e homologação.

Esta resolução entra em vigência a partirda data de sua assinatura.

Brasília, 06 de março de 2005.

Francisca Valda da SilvaPresidente

Processo eleitoralABEn 2004

Eleição nacional2ª convocação

Três coisas nasceram ao mesmo tempo: o homem, aliberdade e a luz. Da liberdade nasceu a

democracia e dela o direito de votar e ser votado

O processo eleitoral da ABEn para o triênio2004/ 2007 teve continuidade na 2ªconvocação, definida pela AssembléiaNacional de Delegados, realizada em 23 deoutubro de 2004, em Gramado (RS). Foramrelacionadas as seções e regionais queprecisavam participar deste processo eleitoral,uma vez que por várias particularidades nãohaviam conseguido desenvolver o processoeleitoral dentro do primeiro calendárioprevisto. São elas: ABEn Seção Amapá, ABEnSeção Amazonas, ABEn Seção Espírito Santo,ABEn Seção Piauí, ABEn Seção Rondônia,ABEn Regional Feira de Santana/ BA, ABEnRegional Juiz de Fora/ MG, ABEn RegionalFoz do Iguaçu/ PR, ABEn RegionalPetrópolis/ RJ, ABEn Regional Bauru, ABEnRegional Campinas, ABEn Regional Marília,ABEn Regional Ribeirão Preto, ABEnRegional Taubaté. Foram compostas comissões

eleitorais nas seções e regionais envolvidas.O calendário eleitoral foi aprovado pelo

CONABEn e atendeu a todos os prazosestatutários, realizando as eleições no dia15 de fevereiro de 2005.

As seções de Espírito Santo e Piauírealizaram o pleito eleitoral e AGS em suasseções encaminhando os relatórios sobre opleito atendendo a datas e determinaçõesdo Calendário e Regimento Eleitoral.

As regionais da ABEn seções São Paulo,Taubaté e Ribeirão Preto também realizaramas eleições e a seção encaminhou relatóriocom todos os requisitos necessários.

As seções Amazonas, Rondônia eAmapá não participaram do pleito eleitoral.A situação administrativa das mesmas seráregida por resolução do CONABEn até aAND-GO.

As regionais de Feira de Santana/ BA,Juiz de Fora/ MG, Foz do Iguaçu/ PR,Petrópolis/ RJ, Bauru/ SP, Campinas/ SP eMarília/ SP não realizaram eleições. Adiscussão desta situação e a aprovação deprocedimentos administrativos deverão sertomadas de acordo com o estatuto vigente,nesta 47ª reunião ordinária de CONABEn,após a apreciação e votação deste relatório.

Finalizando, a Comissão Especial deEleições reconhece o esforço de todos os

sócios que participaram direta eindiretamente deste pleito eleitoral,principalmente as seções e regionais queconcluíram seu processo eleitoral atendendoa todos os prazos e trâmites determinados;agradece a todos os sócios, funcionários daABEn Nacional e seções e membros daDiretoria da ABEn Nacional pelo apoio esuporte necessários; cumprimenta aos sóciosque fizeram parte da diretoria anterior dasseções e regionais onde houve o pleitoeleitoral, tendo concluído o seu mandatocom o êxito esperado;lamenta que algumasseções e regionais, apesar do trabalhoempreendido, não tenham conseguidoatender aos trâmites necessários, construindomais uma página de história da ABEn, queservirá de aprendizado para o futuro.

Nossos sinceros agradecimentos a todosque nos ajudaram a construir mais umparágrafo da história da ABEn. EstaAssociação que é de todos aqueles quecontinuam acreditando e lutando por ela.

Célia Aparecida Becker BauerEnfermeira, coordenadora da Comissão Especial

de Eleições Nacional - 2ª Convocação

A ç õ e s P o l í t i c o - a d m i n i s t r a t i v a s

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ABEn - jan.fev.mar. 20056

Diretora da ABEn recebeu o TroféuMulheres em Sol MaiorA diretora de Publicações e Comunicação Social daABEn Nacional e do Centro de Estudos e Pesquisasem Enfermagem, Isabel Cristina Kowal Olm Cunha,recebeu no final de março o Troféu Mulheres em SolMaior, XII Edição do Oscar da Mulher Brasileira. Esseprêmio é promovido pela Associação Mulheres em SolMaior, Associação dos Artistas Plásticos de SantoAmaro, Associação dos Administradores de Pessoal,Ordem dos Advogados do Brasil seção de SantoAmaro, Comissão da Mulher Advogada, FraternidadeFeminina Cruzeiro do Sul do Estado de São Paulo epelo Conselho de Segurança de Santo Amaro. Acerimônia foi no dia 31 de março, no Teatro PauloAutran, em Santo Amaro, São Paulo. O jornal da ABEnparabeniza Isabel por este merecido reconhecimento.

ABEn/Fiocruz/MS firmam parceria pararealização da pesquisa Perfil daEnfermagem BrasileiraConhecer a situação da enfermagem brasileira quantos somos, onde estamos, o que fazemos énecessidade da categoria que vem sendo perseguidapela Associação Brasileira de Enfermagem, no sentidode viabilizar recursos para um estudo que pudessedesvelar essas questões. Neste ano de 2005 oMinistério da Saúde através do DEGERTS sinalizoupositivamente para a solicitação da ABEn e colocou emsua agenda estratégica a execução da pesquisa Perfilda Enfermagem Brasileira. Assim, diversospesquisadores de instituições (Escola de EnfermagemAnna Nery, Escola de Enfermagem da USP São Pauloe Ribeirão Preto, Departamento de Enfermagem daUFSC, IMS/UERJ) de diferentes regiões do país,representantes da Federação Nacional dosEnfermeiros FNE, e do Sindicato dos Auxiliares eTécnicos de Enfermagem do Estado do Rio de Janeiro

SATEMRJ foram convidados a participar junto coma ABEn, sob a coordenação da equipe da FundaçãoOswaldo Cruz e de técnicos do Ministério da Saúde.

Já foram realizadas reuniões para a definição doprojeto, bem como para os termos do convênio a serassinado, devendo o estudo ser iniciado ainda nesteprimeiro semestre com duração prevista para dezoitomeses. (Isabel Cristina Kowal Olm Cunha Diretora de Publicações e Comunicação Social daABEn Nacional)

IV Conferência Nacional de Educação eCulturaA Diretoria de Educação da ABEn Nacional participouda IV Conferência Nacional de Educação e Cultura,realizada de 22 a 25 de fevereiro de 2005, em Brasília,promovida pela Comissão de Educação e Cultura daCâmara dos Deputados.

Foram dois dias de debates intensos abordandotemas questionadores e intrigantes sobre a educaçãobrasileira e com convidados que provocaram o debatee propostas para a melhoria da educação. Discutiu-se aeducação enquanto estratégia para a inclusão e

emancipação social; a participação da educação naformação do jovem na busca de um caminhodemocrático; além de abordar o Plano Nacional deEducação.

O enfoque principal foi para o ensino infantil até oensino profissional, considerando que a maioria dosparticipantes era dessas áreas. O Fundo deManutenção e Desenvolvimento da Educação Básica(FUNDEB) foi exaustivamente discutido assim como asua importância em relação ao Plano Nacional deEducação. Caso não seja revisto o financiamento para aEducação, o Plano Nacional de Educação tornar-se-áuma mera carta de intenção, pois não há orçamentopara executá-lo.

Na ocasião, foi apresentada e encaminhada aproposta de realização de Conferência Nacional deEducação pelo Ministério de Educação, a ser precedidapor conferências municipais e estaduais. (CarmenElizabeth Kalinowski Diretora de Educação daABEn Nacional)

Oficina sobre a construção de critériosmínimos para abertura de cursos na áreada saúdeA Diretoria de Educação e a presidenta da ABEnNacional participaram da oficina sobre a construção decritérios mínimos para abertura de cursos na área dasaúde, realizada dias 21 e 22 de março de 2005, emBrasília.

A promoção do Ministério da Saúde, Ministério daEducação e Conselho Nacional de Saúde contou com apresença de representantes do Fórum Nacional deEducação dos Profissionais da área da Saúde (FNEPAS),das universidades responsáveis pelo estudo paraidentificação das necessidades de profissionais eespecialistas na área da saúde, de membros doConselho Nacional de Saúde e de entidades deprofissionais da área de saúde, dentre outros.

Durante a oficina foi elaborado um documentopreliminar com critérios para abertura de cursos naárea da saúde que possam orientar os pareceres doConselho Nacional de Saúde. (Carmen ElizabethKalinowski Diretora de Educação da ABEnNacional)

3ª  Conferência Nacional de Saúde doTrabalhador: Etapas Estaduais não devemultrapassar o dia 30 de setembroDando início ao processo de realização da 3ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador (3ªCNST), Marco Antônio Gomes Pérez, coordenador daÁrea Técnica de Saúde do Trabalhador (COSAT/DAPE/ SAS/ MS), informa que foi  aprovado peloConselho Nacional de Saúde, em sua 30ª ReuniãoExtraordinária, realizada em 29 de março de 2005, oRegimento da mesma, a ser publicado após 18 de abrilde 2005. O calendário previsto é o seguinte: EtapaMunicipal de 25 de abril a 30 de setembro de 2005;Etapa Estadual e Distrital até 23 de outubro de 2005;Etapa Nacional 9 a 12 de novembro de 2005.

Considerando o curto período que a Comissão de

Relatoria terá para consolidar as propostas dasConferências Estaduais, que serão apreciadas na EtapaNacional, recomenda-se que as Etapas Estaduais nãoultrapassem o dia 30 de setembro, de forma que sepossa viabilizar um Relatório Consolidado dos Estadosde melhor qualidade, que esteja impresso e emcondições de ser entregue aos delegados quando doinício do credenciamento da Etapa Nacional no dia 9de novembro de 2005. Segundo o coordenador daÁrea Técnica de Saúde do Trabalhador, esteprocedimento facilitará o trabalho de envio das listasdas delegações estaduais e a agilização no processo deinformatização dos dados para o credenciamento.

Livro sobre a enfermagem será lançado naBienal Internacional do Livro do Rio deJaneiroO livro O que é enfermagem, editado pelaBrasiliense, de autoria de Maria José de Lima, emedição revista e ampliada, será lançado em 13 de maiode 2005, durante a Bienal Internacional do Livro 2005no Riocentro, Rio de Janeiro. A tarde de autógrafosacontecerá no stand da Editora Brasiliense.

Os interessados em ler esta obra de significativaimportância para a enfermagem, não a encontrandonas livrarias de suas cidades, poderá contatar comBrasiliense através do sitewww.editorabrasiliense.com.br, do [email protected], ou do telefax(0xx11)218-1488.

Informe de audiência coletiva sobreProjeto Lei do Ato Médico na Escola deEnfermagem Anna Nery com a senadoraLúcia VâniaAconteceu no dia 10 de março de 2005 na EEAN/UFRJ uma audiência coletiva com a senadora LúciaVânia, relatora do Projeto de Lei 025 sobre o AtoMédico.Participaram representantes do Sindicato dosEnfermeiros do Rio de Janeiro; Sindicato dosNutricionistas do Rio de Janeiro; Sindicato dosPsicólogos do Rio de Janeiro; Sindicato dosEnfermeiros de São Paulo; Sindicato dosFonoaudiólogos; Conselhos dos Psicólogos; Conselhodos Nutricionistas; a Executiva de Estudantes deEnfermagem e de Nutrição, Federação Nacional dosEnfermeiros; Federação Nacional dos Psicólogos;Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn Nacionale ABEn Seção RJ), ABENFO, ABEnFisioRepresentantes das seguintes instituições de ensino:UERJ, UNI-RIO, EEAN, INIPAC-MG, UNESA,FIOCRUZ, Faculdade de Enfermagem e EscolaTécnica Bezerra de Araújo. Representaçãoparlamentar: representantes do gabinete da deputadaGeorgete Vidor. A mesa foi constituída pela senadoraLúcia Vânia e as representantes das entidades deenfermagem Francisca Valda da Silva, presidenta daABEn Nacional; Rejane de Almeida, representantedoSERJ, Iraci , presidenta da ABEn RJ, além de umrepresentante dos estudantes.

Inicialmente foi feita uma contextualização sobre o

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Foto: Cedida pela SPM

tema. Em seguida, realizou-se um importante debatesobre a visão moderna de trabalho coletivo em saúdeque supera a visão vertical e fortemente hierarquizadaincorporada no projeto de lei que fere o direitoconquistado com o avanço da incorporação técnico-cientifica e o respeito à autonomia técnica entre asprofissões da saúde .

O Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiroentregou um documento para a senadora sugerindo aformação de uma comissão composta pelas categoriasque compõem a área da saúde para um estudoaprofundado sobre as atribuições compartilhadas e asprivativas na saúde. O SERJ finalizou solicitando asenadora que rejeite o PL 025.

Na ocasião foi lembrado que já aconteceu, numpassado recente, uma outra iniciativa deregulamentação da subordinação da atuaçãoprofissional de treze profissões de saúde ao médico oPL de Salvador Julianelli. Esse projeto leiregulamentava as profissões, ocupações e atividades dosetor saúde. A matéria foi rejeitada no CongressoNacional após ampla mobilização e debate nacional,surtindo um grande impacto entre os deputadosfederais, uma vez que foi encampada por amplossetores da sociedade civil, como o Comitê Brasileiropela Anistia, a Liga Brasileira dos Direitos Humanos,dentre outros.

Durante a audiência, a ABEn Nacional e a FNErepassaram os informes dos encaminhamentos dadospelo Ministério da Saúde e pelo Controle Social noSUS sobre o PL 25 do Ato Médico: parecer do CIRH/CNS, resoluções do CNS, deliberação da ConferênciaNacional de Saúde contra o Ato Médico e, por último,a pauta da CIRH/CNS sobre a organização/realizaçãodo Seminário das Profissões da Saúde prevista paraacontecer no Congresso Nacional no primeirosemestre de 2005, quando será discutido o assunto emtorno de um paradigma moderno de regulação/regulamentação das profissões de saúde.

A senadora Lúcia Vânia, ao se manifestar sobre oPL, informou o resultado dos trabalhos de comissõesconstituídas, em alguns países, para levantar a situaçãoda regulamentação das profissões de saúde. Aparlamentar citou a experiência dos EUA, Canadá eFrança. Informou ainda que está em elaboração um

substitutivo ao PL 25. O projeto, na opinião dasenadora é anacrônico e estigmatizado . Asseverouque considera o debate fundamental. Nesse sentido,está propondo uma agenda de discussão nasassembléias legislativas estaduais. Enfatizou quediscutirá o projeto no Conselho Nacional de Saúde efará uma audiência pública em Brasília. Concluiugarantindo que sua posição é bem clara. Ela defende oSUS e em momento nenhum garantirá reserva demercado para nenhuma profissão.

A presidenta da ABEn Nacional encerrou o debateconclamando os profissionais para continuarem na luta epropôs a senadora que a audiência publica nacional sejatransmitida por teleconferência e em rede de televisão(TV Senado, por exemplo) para todos os Estados.(Maria da Luz Barbosa Gomes professora daEscola de Enfermagem Anna Nery; Francisca Valdada Silva presidenta da ABEn Nacional)

ABEn na construção de políticas públicasde atenção à saúde: GT deAcompanhamento das Políticas de DST/Aids do CNSA Associação Brasileira de Enfermagem participacomo entidade representante do segmento dostrabalhadores da saúde no GT DST/Aids do ConselhoNacional de Saúde.

Em 2004 o GT promoveu apenas 3 (três)reuniões, devido a decisão do CNS de rever asComissões e GTs. Mesmo assim foi possível tratar dosassuntos pertinentes ao seu Plano de Trabalho,discutindo e avaliando a 12ª Conferência Nacional deSaúde, a implantação da Política de Incentivo Fundo aFundo para o financiamento em DST e Aids e asdecisões da Tripartite que versavam sobre o tema.

Foi possível também a organização e realização doII Seminário Nacional de DST e Aids e ControleSociais no SUS, nos dias 27, 28 e 29 de outubro de2004, em Brasília, com a preparação de diversosConselheiros envolvidos.

Diversas reuniões foram realizadas com a equipedo Programa Nacional de DST/Aids do Ministério daSaúde para se finalizar o modelo de Seminário,temário, participantes, etc. Foram visitados todos osEstados e o Distrito Federal, com pauta nos Conselhosde Saúde, para discutir a epidemia de Aids nas regiõese preparar o Seminário Nacional.

A última reunião do ano, em dezembro, serviupara a avaliação do Seminário. Uma das principaisconclusões que se chegou ao final do evento, é que osConselheiros que participaram tinham poucainformação sobre a epidemia de Aids e sobre aspolíticas de prevenção e assistência e que a sociedadecivil que trabalha com Aids tem pouca ação junto aosConselhos de Saúde. Foi elaborada uma proposta derecomendação do CNS para a realização de semináriosestaduais. Também nessa reunião foi levantado oproblema da falta de medicamentos e preservativos.

Uma das conclusões do Grupo de Trabalho é que omesmo deve se transformar em Comissão de DST eAids para que possa acompanhar de forma mais efetiva

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as ações da Política Nacional de DST/Aids doMinistério da Saúde, ampliando o Grupo e envolvendooutros atores na discussão.

Diante dos últimos acontecimentos sobre osproblemas com a prevenção (distribuição depreservativos), com a assistência (distribuição demedicamentos) e com os enfrentados nadescentralização das ações para estado e municípios (nãocumprimento das pactuações da Tripartite e Bipartite) econsiderando que este é um Programa prioritário doMinistério da Saúde, o GT reitera a necessidade de umacompanhamento permanente desta política, visando aqualidade da assistência, da prevenção e da manutençãode aporte de recursos necessários para tal.

Outra questão que deve ser avaliada pelo CNS é aforma como as Comissões e GTs se relacionam com oPlenário, visto que nem sempre é possível fazer relatodos assuntos discutidos nestes espaços, a não ser queseja em forma de parecer.

A ABEn tem a responsabilidade de publicizar,principalmente, para as outras entidades detrabalhadores do SUS as questões enfrentadas peloreferido GT. (Maria Goretti David Lopes integrante do O GT DST/Aids do Conselho Nacionalde Saúde, indicada pela Associação Brasileira deEnfermagem)

Jornada da Enfermagem será tema deaudiência na Câmara dos DeputadosO Projeto de Lei 2295/00, que trata da jornada detrabalho dos profissionais da Enfermagem, será temade audiência pública na Comissão de Seguridade Sociale Família da Câmara dos Deputados. Segundo aproposta, enfermeiros, técnicos, auxiliares deenfermagem e parteiras terão jornada de seis horasdiárias ou 30 horas semanais. Serão convidados paradebater o assunto representantes do ministério daSaúde, das entidades patronais e dos trabalhadores.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores naSaúde alerta as entidades sindicais de trabalhadores dasaúde para a necessidade de intensificarem o trabalhojunto aos deputados da Comissão de Seguridade paragarantir a aprovação deste projeto de lei. (Fonte:Jornal do C NTS)

Supremo acata argüição da CNTS sobrecasos de anencefaliaO Supremo Tribunal Federal acatou a admissibilidadeda Argüição de Descumprimento de PreceitoFundamental (ADPF) 54, ajuizada pela CNTS. Com aaprovação de sete ministros, inclusive do presidentedo STF, Nelson Jobim, será julgado o mérito da ação,que defende o direito da gestante optar pelaantecipação terapêutica nos casos de anencefalia, ouseja, a má formação do cérebro. Os ministrosentendem ser fundamental que o Supremo possa daruma solução definitiva para o problema, diante daexistência de várias decisões contraditórias sobre oassunto. O relator da ADPF, ministro Marco Aurélio,convocará audiências públicas, fato inédito no STF,para debater o assunto com a sociedade.

Senadora Lúcia Vânia (em pé) durante a audiência doato médico na Escola Anna Nery

Fotos: Acervo ABEn Nacional

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Em tempos de demandas por velocidade etransformação em todo o mundo, iniciamos umareflexão sobre o assunto em pauta, com o olhar narealidade instituída sem perder de vista o horizonte.Buscando identificar cenários, atores institucionaise propostas que porventura indiquempossibilidades concretas de mudança.

É importante compreender que qualqueraposta na mudança não acontece no vazio, ela épermeada pelo paradigma e pelas forças sociaisque sustentam o modelo vigente de globalizaçãodas políticas econômicas e sociais e,fundamentalmente pelo grau de adesão - destasforças sociais com protagonismo junto ao Estado,Mercado e Sociedade - ao compromisso ético coma vida no planeta a partir de uma nova relação

homem-natureza; assim como com adecisão política de

reinvenção dase s t r u t u r a s

institucionais

e dos modelos de gestão que impulsionam oinadiável processo de reconstrução do pensamentocientífico, passo fundamental para geração de novossaberes e práticas.

Compreendendo o processo social que definea necessidade de reformas no Estado, no mercadoe nas organizações civis, devemos nos organizarpara participar efetivamente dos movimentossociais e institucionais, que impulsionam opensamento e a ação da enfermagem e da Saúde naperspectiva de transformar o modo de operar aprática assistencial, a gestão, a pesquisa, o ensinoe a organização dos profissionais da área deenfermagem. Estamos dispostos a enfrentar odesafio de construir coletivamente as inadiáveismudanças nos nossos movimentos políticos,institucionais e organizativos, seja na ABEn, sejano movimento sindical na enfermagem/saúde, sejanas demais entidades de enfermagem, a partir dapauta emergencial da democratização do sistemaCOFEN-COREN que passa por umposicionamento coletivo da categoria, por medidasadministrativas junto ao Ministério do Trabalho,por decisões judiciais junto as justiças estadual efederal, através da ação do Ministério Público eAdvocacia Geral da União e pela conquista deuma nova legislação junto ao Congresso Nacionalque defina outra estrutura, organização e modelode gestão para os Conselhos em geral e para osistema COFEN-COREN.

As entidades ABEn, FNE-Sindicatos deEnfermeiros Associados, SATEMRJ, ENEEnfcom o apoio do CNTS e CNTSS, e de mais 17organizações de âmbito nacional integrantesdo CNS, encaminham para as autoridadesbrasileiras as seguintes demandas: Interdiçãono processo eleitoral em todo o País;Suspensão dos direitos ao exercício de cargono sistema COFEN-COREN para todos osdenunciados e/ ou presos; Intervenção nosistema COFEN-COREN; Mudança da sede

para Brasília e Convocação de eleição geral emtodo o Sistema.

O tema está ganhando a opinião publica esendo incorporado gradativamente como agendaprópria nas instituições integrantes do executivo,legislativo e judiciário, a partir das seguintes pautase encaminhamentos:

Audiência pública aprovada pelas comissõesde Finanças, Trabalho e Seguridade Social,aguardando agendamento de data na Câmarados Deputados.

Posicionamento oficial pela intervenção nosistema COFEN/CORENs de três senadoresda República e oito deputados federais juntoao MT, à Advocacia Geral da União (AGU/DF) e também junto ao Congresso Nacional.

O Ministério do Trabalho (MT) constituiu"Comissão de Verificação da Regularidade dosServiços Administrativos" prestado no âmbitodo COFEN, trabalho concluído comapresentação de relatório.O MT fez notificação do plenário e da diretoriado COFEN para prestarem informações acercados procedimentos que porventura tenham sidotomados no sentido de apurar as irregularidades.O MT fez representação ao Tribunal de Contasda União para que se verifique o cumprimentode suas decisões no âmbito do COFEN.Aviso ministerial encaminhado pelo MT àAdvocacia Geral da União para tomada demedidas judiciais pertinentes.O MT encaminhou oficio ao Ministério PúblicoFederal do Rio de Janeiro noticiando apublicação de entrevista em defesa do senhorGilberto Linhares no site do COFEN, ato estetido, em tese, como improbidadeadministrativa.Processos judiciais de questionamento dosprocessos eleitorais nos conselhos regionais dosEstados do PR, GO e CE em tramitação najustiça e na fase de início de ajuizamento deação no RN, propiciando um importantedebate político e jurídico sobre as regraseleitorais vigentes no Sistema.Carta para as autoridades brasileiras solicitandoa intervenção no sistema COFEN-COREN,apresentada pelas entidades de enfermagem eassinada por 17 organizações civis e religiosasde âmbito nacional, integrantes do CNS. Programação das entidades de enfermagemem todos os Estados no dia 16/ 5/ 2005 demobilização, reflexão, debate e lutas no DiaNacional de Luta Contra a Impunidade, comoparte das comemorações da 66ª SemanaBrasileira de Enfermagem.Programação em Câmaras de Vereadores etambém em Assembléias Legislativas do paíspara abrir o debate em torno da agenda pordemocratização e ética no sistema COFEN-COREN.

Agenda das Entidades de Enfermagempela democratização

do sistema COFEN/COREN

Forum Nacional de Entidades deEnfermagem (FNEEnf)

Imagem: Odilon Cavalcanti (detalhe)

D e s a f i o s d a O r g a n i z a ç ã o

Compromisso com a ét ica e t ransparência na vigilânciacont ra a corrupção nas inst it uições públicas

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s Entidades Nacionais que representam osTrabalhadores da Enfermagem, AssociaçãoBrasileira de Enfermagem - ABEn,

Federação Nacional dos Enfermeiros - FNE,Confederação Nacional dos Trabalhadores emSeguridade Social - CNTSS/ CUT, ConfederaçãoNacional dos Trabalhadores em Saúde - CNTS,vêm às autoridades brasileiras, solicitar a atençãoe providências, em face dos resultados da"Operação Predador", deflagrada pela PolíciaFederal, com base nas investigações de denúnciasemanadas do Ministério Público, a respeito deirregularidades na gestão do Sistema COFEN-COREN. Essa Operação culminou na expediçãode dezenove mandados de prisão, de busca eapreensão em sete Estados da Federação Brasileira,entre os quais inclui a prisão do Presidente dacitada Autarquia.

Diante desses acontecimentos que expressama gravidade da situação, as supracitadas EntidadesNacionais vêm requerer às autoridades brasileiras,que seja declarada a quebra da normalidade quecompromete a ordem e o respeito ao Estado deDireito e a conseqüente decretação de estado decrise institucional, no âmbito do Sistema COFEN-COREN, autarquia vinculada ao Ministério doTrabalho. Ainda, requerer que sejam tomadas asmedidas cabíveis em caráter de urgência pararealizar o processo de intervenção no SistemaCOFEN-COREN, assim como, que seja realizadaa interdição do processo eleitoral em curso nos 27(vinte e sete) conselhos regionais em todo o país;a mudança da sede do COFEN para Brasília comoprevisto na Lei 5905/ 1973 que cria o SistemaCOFEN-COREN; o afastamento dos atuaisdirigentes denunciados e/ ou presos durante acitada operação policial e que seja convocado umnovo calendário de eleições nos conselhosregionais, que possibilite amplo processo departicipação da categoria, com a garantia dasliberdades constitucionais.

Os trabalhadores da Enfermagem representamna atualidade, cerca de um milhão de cidadãosbrasileiros que escolhem seus governantes e pagamimpostos, contribuindo desse modo para odesenvolvimento do nosso País, assim como pagamo imposto para que a autarquia pública, SistemaCOFEN-COREN, por delegação do Estado,realize o trabalho de fiscalização do exercícioprofissional e da prática da área de enfermagem, àluz de princípios éticos. No entanto, hoje aEnfermagem brasileira é obrigada a sustentar econviver com dirigentes que não se fazem respeitare com um modelo de gestão do sistema COFEN/COREN que é hostil, constrangedor,antidemocrático e antiético, perseguidor das vozesdivergentes, por quase duas décadas. Aqueles quedenunciaram a falta de transparênciaadministrativa, financeira e de ética nas relações,

o corporativismo, o fisiologismo do grupo dirigentee a falta de lisura nos processos eleitorais, forampunidos com perseguições, ameaças e processosna justiça, entre as quais mais de 30 processosjudiciais impetrados contra uma só dirigente deuma das entidades de Enfermagem, originados emtodos os CORENS. Esta atuação tem asseguradoa permanência do mesmo grupo dirigindo aAutarquia, ao longo dos últimos 15 anos.

O Estado Brasileiro já conseguiu levar a caboo impeachment de um presidente da República eavançar no desenvolvimento de processos pela éticae moralização das instituições em todos os poderesda república: executivo, legislativo e judiciário,mas neste momento histórico para os profissionaisde enfermagem, continua sem achar os caminhospara afastar este grupo da direção do sistemaCOFEN-COREN.

As entidades nacionais que subscrevem e queapóiam este documento solicitam ao senhorpresidente da República, aos senhoresparlamentares, senhores presidentes do Senado eda Câmara, ao Ministério Público, à AdvocaciaGeral da União, à Controladoria Geral da União,e aos senhores ministros de Estado da Justiça, daCasa Civil, da Articulação Política, do Trabalho eEmprego, da Saúde, do Tribunal de Contas daUnião, da Secretaria Especial de DireitosHumanos, que envidem esforços no sentido deaplicar medidas que restaurem a normalidade e acredibilidade no Sistema COFEN-COREN,possibilitando assim, à enfermagem, a tranqüilidadenecessária, para continuar o seu trabalho na luta

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por uma saúde pública de qualidade para apopulação brasileira.

Apóiam esta carta as seguintes entidadesnacionais que fazem parte do Conselho Nacionalde Saúde: Confederação Nacional dos Bispos doBrasil (CNBB); Associação Brasileira de SaúdeColetiva (ABRASCO); Movimento Popular deSaúde (MOPS); Rede Feminista de Saúde; Grupode Apoio à Prevenção da AIDS-RS (GAPA);Organização Nacional dos Deficientes Físicos(ONEDEF); Federação Nacional de Apoio aosDiabéticos (FENADE); União Brasileira dos Cegos(UBC); Associação Brasileira de Alzheimer(ABRAZ); Associação Brasileira de Autismo(ABRA); Confederação dos Trabalhadores daAgricultura (CONTAG); Confederação dasAssociações de Moradores (CONAM); ConselhoFederal de Nutricionistas (CFN); Conselho Federalde Biologia (CFBIO); Conselho Federal de ServiçoSocial (CFESS ); Federação Nacional dosPsicólogos (FENAPSI); Federação Nacional dosOdontologistas (FIO).

Associação Brasileirade Enfermagem (ABEn)

Federação Nacionaldos Enfermeiros (FNE)

Confederação Nacional daSeguridade Social (CNTSS/CUT)

Confederação Nacional dosTrabalhadores na Saúde (CNTS)

D e s a f i o s d a O r g a n i z a ç ã o

Fac-similar da nota publicada no jornal Folha de São Paulo, em 2 de abril de 2005

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Associação Brasileira de Enfermagem

(ABEn) é uma sociedade civil sem finslucrativos, uma entidade de direito privado,de caráter cultural, científico e político e aela associam se individual e livremente,Enfermeiros (as), Técnicos em Enfermagem

e Auxiliares de Enfermagem como sócios efetivose Estudantes dos cursos de graduação e de educaçãoprofissional habilitação técnico de enfermagemcomo sócios especiais.

As principais finalidades da ABEn são:Promover o desenvolvimento técnico, científico,cultural e político dos profissionais deenfermagem no país, pautado em princípioséticos;Defender os interesses da profissão, articulando-se com as demais entidades/ instituições deenfermagem;Articular com organizações do setor de saúde eda sociedade em geral, na defesa e naconsolidação de políticas e programas quegarantam a equidade, a universalidade e aintegralidade da assistência à saúde da população;Representar a Enfermagem nacional einternacionalmente no que diz respeito àspolíticas de saúde, educação e trabalho,especificamente , no que se refere àEnfermagem;Adotar medidas necessárias à defesa econsolidação da profissão como prática essencialà assistência de saúde e a organização dos serviçosde saúde;Reconhecer a qualidade de especialistas aosprofissionais de enfermagem, expedindo orespectivo título de acordo com regulamentaçãoespecífica;Articular social, política e financeiramenteprogramas e projetos que promovam aassistência aos sócios;No âmbito da entidade já existem discussões que

têm permeado suas instâncias deliberativas a respeitoda necessidade de uma reestruturação organizativa daABEn frente à evolução do conhecimento científico,transformações no mundo do trabalho, a organizaçãoda sociedade civil e a modernização dos processosde gestão e comunicação, a Assembléia Nacional deDelegados ocorrida em novembro de 2004, duranteo 56º CBEn/ Gramado decidiu desencadear umareforma estatutária da Entidade.

Assim, uma proposta de refletir sobre a AssociaçãoBrasileira de Enfermagem implica em pensá-la comoum todo, a partir de seus associados; sua gestão política,administrativa e financeira; sua natureza comoentidade representativa da Enfermagem; suacomunicação interna e externa; suas articulações evinculações dentre outros aspectos.

Nessa perspectiva o eixo norteador para repensara ABEn deve contemplar a trajetória de 78 anos daentidade dentro de um processo históricodiversificado, contextualizado com o momentosócio-político e econômico do país, buscandovalorizar a construção da entidade e o enfrentamentodos desafios da contemporaneidade.

O processo de reforma estatutária da ABEn foidesencadeado com a constituição da ComissãoEspecial Nacional de Reforma do Estatuto (CENRE)e será composto de etapas que incluem: a reflexão econstrução de pensamentos sobre a ABEn pelosdiversos segmentos que compõem a Enfermagem;a mobilização e discussão disseminada entre os sóciosda entidade que deverão ser conduzidas pelas Seções,Regionais e Núcleos da ABEn; a consulta aespecialistas das áreas jurídica e administrativa; aconsulta ampla à Enfermagem Brasileira sobre osrumos da Entidade, finalizando com a elaboraçãode um relatório que contemple todos os passosdesse processo e a minuta de um novo estatuto.

Esta comissão entende que qualquer mudançade estrutura ou dos rumos da ABEn só será legítimase envolver enfermeiros, técnicos, auxiliares eestudantes de enfermagem na discussão e construçãode novas propostas.

D e s a f i o s d a O r g a n i z a ç ã o

Referências para ConsultaEsta é a lista inicial de referências que deverá ser acrescidacom sugestões de todos os participantes desse processo.

CARVALHO, Anayde Corrêa de. Associação Brasileira deEnfermagem 1926-1976 Documentário. Brasília DF,1976.PAIVA, Mirian Santos e cols. Enfermagem Brasileira:contribuição da ABEn. Brasília: ABEn Nacional, 1999.Revista Brasileira de Enfermagem [publicação da]Associação Brasileira de Enfermagem. v.53, n.1, p. 153-388, abr./ jun. 2001.SILVA, Isília Aparecida; FELLI, Vanda Elisa; CIAMPONE,Maria Helena Trench. Projeto Pró-ABEn: subsídios ereflexões para o marketing da Associação. 2001.(mimeo).VEIGA, Sandra Mayrink e DANIEL, R. Associações como constituir sociedades civis sem fins lucrativos.Rio de Janeiro: Fase, 2002.

Brasília, 12 de dezembro 2004

Comissão Especial Nacionalde Reforma do Estatuto/ABEn

As diversas etapas deste processo serãocontempladas no cronograma de trabalho abaixo,para Repensar o Modelo Organizativo da ABEn2005.

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D e s a f i o s d a O r g a n i z a ç ã o

Repensar a ABEn: Atividades e Linhas de Ação1. Informe

a Comissão de Coordenação Nacional do processode Repensar a ABEN foi aprovada pela AND emnovembro de 2004 por ocasião do 56º CBEn e foinomeada, pela Presidente da ABEN Nacional, emdezembro de 2004;a Comissão de Coordenação Nacional está constituídapor membros titulares e Suplentes e é coordenadapela Vice Presidente da ABEn Nacional;Reuniões realizadas:

I a primeira em 11 e 12 de dezembro/04 (Diretrizespara repensar a ABEn e Cronograma de trabalho);

II e a segunda em 04 e 05 de março/ 05(socialização do objeto/ objetivo/ dinâmica detrabalho e linhas de ação da Comissão,apresentação e discussão no CONABEn);

O trabalho da Comissão:I Coordenação do processo político de repensar

a ABEn;II Elaboração de estratégias para o

desencadeamento/ acompanhamento doprocesso nos Estados;

III Identificação das tarefas que deverão serdesenvolvidas pelas Seções;

Fluxo do processo a ser conduzido pela ComissãoPonto de Partida: Discussão paraconstrução do ideário político da ABEN:Qual ABEN? Com quem? Para que?Produtos desejados: desenho docenário político + proposta deorganização política para a enfermagembrasileira + modelo organizacional +novo estatuto

Ponto de chegada: Proposta denova ABEn.

Linhas de açãoI Ações relacionadas ao público interno da ABEn

(sócios, escolas de enfermagem e sociedades deespecialistas vinculadas);

II Ações relacionadas ao público externo da ABEnda área de enfermagem (organizações de AE, TEe estudantes de enfermagem);

III Ações relacionadas a outras organizações/instituições.

Atividades/ Linha de ação 1:Programar e realizar Oficinas de trabalho (a nacional previstapara julho).Objetivo: construir o cenário e o contexto políticoinstitucional do processo de repensar a ABEn.Atividade/ Linha de ação 2:Articular e programar (em âmbito nacional e estadual/Seções)grupos de trabalho/ discussão com representantes deorganizações de AE, TE e estudantes de enfermagem;Objetivo: desencadear um processo de mobilização eenvolvimento na temática.Atividade/ Linha de ação 3:Articular e programar (em âmbito nacional e estadual/Seções)grupos de trabalho/ discussão com atores considerados derelevância para o repensar a ABEn ;Objetivo: Colher elementos que contribuam para a construçãode um entendimento do modelo de organização desejado.

Brasília, 06 de março de 2005

Comissão de Coordenaçãodo Processo Repensar a ABEn

Plano Trienal e Projetos da ABEn - Gestão 2004-2007A ABEn renova seu compromisso institucional com a sociedadebrasileira, através do trigésimo mandato delegado pelas associadasà Diretoria eleita para a gestão 2004-2007. Esta gestão terá ahonra de presidir as comemorações dos 80 anos de relevantesserviços prestados por esta aguerrida Associação às políticas desaúde e de educação em enfermagem e saúde no Brasil.

O Conselho Nacional da ABEn (CONABEn), aprovou asdiretrizes políticas para o Plano Trienal de Trabalho destagestão, que orientará a agenda de desenvolvimento daAssociação com a atenção e a ação política, técnica, social eoperacional concentrada na perspectiva de repensá-la a partirdo horizonte projetado coletivamente.

Como princípios gerais, acordamos a inclusão social eo processo de emancipação política e econômica como direitoinalienável do ser humano; o respeito à diferença e à igualdade;o compromisso com o controle social no SUS e com aconstrução permanente de políticas públicas de Estado nasáreas de saúde, educação, trabalho, ciência e tecnologia; orespeito à ética, ao pluralismo e ao aprendizado do exercícioda democracia e da transparência; o fortalecimento dacooperação técnico-científica e política nos âmbitos nacionale internacional; a ampliação do conhecimento, a partir dodiálogo entre diferentes formas do saber; o compromisso como desenvolvimento de iniciativas instituintes de novos modosde operar as instituições públicas e privadas; o desenvolvimentode modelos de gestão e comunicação mais horizontais,interdisciplinares, multiprofissionais e intersetoriais; e a crençana força da cooperação e da solidariedade, na (trans)formaçãode indivíduos e coletividades.

A ABEn na visão aprovada pelo CONABEn fortalececotidianamente sua posição como uma associação comexpressão política junto ao Estado brasileiro e a sociedadecivil, sendo referência nacional e internacional na formulação

e implementação de políticas de saúde e de educação emenfermagem. Tendo como missão representar a EnfermagemBrasileira nos cenários nacional e internacional, na formulaçãoe articulação de políticas públicas nos campos da atenção àenfermagem/ saúde, do trabalho e educação em enfermagem,da regulação das profissões da saúde e nos processos deinovação de saberes e práticas em todos os níveis de atenção.

Propõe a realização de atividades em torno das seguinteslinhas de ação:

Eixo 1 - Construção Coletiva de um Projeto deDesenvolvimento Institucional para a ABEn, com o firmepropósito de construir e implementar uma agenda desustentabilidade política, financeira e operacional com oobjetivo de promover o fortalecimento da capacidade degestão e de realização da ABEn

Eixo 2 - Desenvolvimento do Projeto Político-Profissional, na perspectiva da construção social daEnfermagem Brasileira, cujo propósito é fortalecer a atuaçãoda ABEn na formulação e implementação de agenda coletivajunto aos Movimentos Sociais, o Controle Social e ao EstadoBrasileiro pela aprovação de políticas publicas em favor davida e da promoção e atenção integral à saúde , tendo comoobjetivo construir de forma critica e propositiva a co-responsabilidade da ABEn, na construção permanente doSUS como Política Publica de Estado.

Eixo 3 Desenvolvimento da participação da ABEn nasociedade civil, tendo como propósito a recontextualizaçãoda agenda estratégica da ABEn para o desenvolvimento daEnfermagem como prática social com o objetivo de ampliara participação da ABEn nos movimentos sociais, políticos einstitucionais, engajados na luta em favor da vida.

Para realizar estas diretrizes políticas a ABEn-Gestão 2004-2007, propõe um Plano de Atividades para 2005 em

torno dos seguintes Projetos e de agendas operacionaisplanejadas e executadas de forma integrada entre as diretoriasda ABEn: Repensar coletivamente a ABEn: concepção, modeloorganizacional e gestão; ABEn 80 Anos: trajetória, conquistase os desafios contemporâneos; Construção coletiva do Planode Desenvolvimento Institucional da ABEn; Incorporação deconhecimentos e tecnologias do CIPESC no Sistema SIA/ SUS;IEPE - Iniciativa de Educação Permanente em Enfermagem(cooperação ABEn/ OPAS); ABEn no projeto coletivo doFórum Nacional de Educação das Profissões da Área de Saúde-FNEPAS (Associações de ensino, DEGES-MS,INEP-MEC);ABEn-FNEPAS-MS- na construção da política pública deEducação e Desenvolvimento no SUS; Projeto coletivo daBVS Enfermagem (cooperação OPAS/BIREME - Universidades:EERP, UFMG, UFRJ, UFJF, UFSC, USP - ABEn/ CEPEn);Projeto "Estudo sobre o perfil da enfermagem no Brasil"(Cooperação ABEn/ DEGERTS-MS/ ENSP-FIOCRUZ).

Estamos, portanto, em mais um momento significativona história da ABEn, o que motiva a atual Diretoria Nacionala dirigir seu olhar para todos os atores que têm contribuídopara estes 79 anos de superação de desafios e conquistas.Esta é uma forma de registrar o reconhecimento e prestarhomenagem pelo compromisso revelado com a agenda detrabalho no cotidiano desta Associação. É também hora derenovarmos compromissos mútuos com estudantes,enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, docentes,pesquisadores, gestores dos serviços de enfermagem e saúde,especialistas na área de enfermagem, dirigentes de escolas ede Associações de Enfermagem e de outros parceiros.

Revigorados, nossas ações e idéias brotarão mais fortes.

Processo Repensar a ABEnAtividades/Ações de Trabalho

Período: de março a julho

Elaborar editorial para o jornal da ABEn Nacional edivulgar o trabalho/ processo nos noletins e/ ouquaisquer outros informativos das Seções.Organizar referências bibliográficas/ encaminhar paraas Seções,Elaborar texto norteador e encaminhá-lo às Seções.Mapear as expectativas levantadas no CONABEn,objetivando identificar subsídios/ eixos para a oficinade trabalho.Programar, realizar e coordenar discussões e debates nasSeções e Regionais tendo como referências: as "Diretrizespara repensar a ABEn"; as "Linhas de Ação" (apresentadase discutidas no CONABEn, em 05/ 03/ 05); o textonorteador e as referências bibliográficas encaminhadas.Estabelecer e manter uma rede de comunicação entre acoordenação nacional do processo "Repensar a ABEn" e asdiretorias das Seções objetivando acompanhar o processonos Estados captar e/ ou reorientar/ atender demandas dacoordenação nacional para as seções e vice-versa;Promover e programar discussões e debates emeventos, inclusive na 66a. SBEn;Realizar Oficina de Trabalho em âmbito nacional (1 -programação específica a ser encaminhada; 2 - as Seçõespoderão organizar atividades similares preparatórias;3 - cada Seção deve viabilizar a participação de um (oudois) representantes nesta Oficina de Trabalho, previstapara a segunda quinzena de julho em Brasília).

CONABEn - Gestão 2004-2007

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s Congressos Brasileiros de Enfermagemfazem parte da história da ABEn e historiamos caminhos percorridos por esta entidade em

sua busca para potencializar os valores humanos, acidadania, os saberes/conhecimentos em torno deideais e práticas para a construção de uma sociedademais justa e solidária.

Trata-se de espaço aberto anualmente, visandosocialização do conhecimento, troca de experiências,discussão, tomada de decisões, posicionamento edeliberação sobre temas candentes do campo dasaúde e da enfermagem no Brasil.

Este evento constitui-se em uma oportunidadepara a Associação Brasileira de Enfermagem mobilizartoda a categoria, fortalecendo o desenvolvimentocientífico, técnico, ético, artístico, cultural e políticoda enfermagem brasileira, envolvendo seus diversossegmentos que se encontram inseridos nos várioscontextos do Sistema de Saúde, nas Instituições deEnsino e de Pesquisa, bem como nos diversosespaços de organização da sociedade civil.

Considerando a influência do processo deglobalização sobre o desenvolvimento das nações,a existência das enormes desigualdades sociais noBrasil, o papel dos indicadores sociais sobre avulnerabilidade da população às doenças, e arelevância da atuação da Enfermagem em todos osníveis de atendimento à saúde, o tema A enfemagemna construção de um mundo solidário será a basedas discussões durante o 57º CBEn.

Com este tema, a Comissão Organizadora buscapromover a discussão de questões mundiais e locaisque ressoam como grandes desafios para ahumanidade e repercutem no campo da saúde,afetando diretamente a enfermagem e sua capacidadede respostas e construção de mudanças. Deste temacentral se desdobra o temário em três eixos,apresentados a seguir.

O Eixo I, Solidariedade, Globalização eSaúde organiza-se em torno de questões políticasmais gerais e seus desdobramentos na área da saúdee na enfermagem. São abordados temas relativos àconstrução de alternativas ao imperialismo, formasde enfrentamento da globalização perversa, o

terceiro setor e a construção de um mundo solidário.Trazendo a discussão para o campo da enfermagem,busca-se contextualizar a sua ação como necessidadee direito da população, o impacto do seu trabalho natransformação da situação de saúde da população e acontribuição da Bioética para a construção dasolidariedade. Este eixo desdobra-se nos seguintes

subtemas:1 - Os rumos da globalização e a construção

de um mundo solidário , que discute astransformações no embate entre capital e trabalho,ética, valores e relações humanas.

2. O SUS e o processo social emancipatório,tratando de elementos fundamentais para a inclusãosocial, tais como a integralidade da assistência à saúde,a intersetorialidade, a multiprofissionalidade, aeqüidade e o controle social;

3 - Ciência e tecnologia em saúde:compromisso com a solidariedade? Essa perguntanor teia a abordagem crítica em relação aocompromisso que orienta a produção científico-tecnológica em saúde perante as carências daspopulações. Aborda as políticas de financiamentode pesquisa e suas prioridades, o processo deprodução das inovações tecnológicas e o controlede qualidade das tecnologias, a influência dosdiferentes paradigmas de conhecimento e naprodução do conhecimento em saúde e em

A enfermagemna construção de

um mundo solidárioIm

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5 7 ° C B E n

57º Congresso Brasileiro de Enfermagem,3 a 7 de novembro/2005, Goiânia (GO)

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ABEn - jan.fev.mar. 2005 13

CongressoBrasileiro de

Enfermagem

enfermagem e a consideração de outros tipos desaber.

No Eixo II, Enfermagem e práticasemancipatórias, o foco recai sobre as práticasemancipatórias que visualizamos e as experiênciasque se destacam como formas de enfrentamento depráticas hegemônicas conservadoras. Paracontemplar este foco, foram definidos os subtemas:

1 - Poder, solidariedade e democratização nasrelações humanas na enfermagem. Aqui serãoabordadas as relações de poder na enfermagem,incluindo as relações interprofissionais na equipe,as relações com os usuários do sistema de saúde, asrelações com os alunos e outros profissionais desaúde. Contempla também a análise da divisãotécnica do trabalho em saúde e em enfermagem e asrelações de poder que a partir dessa divisãopermanecem, assim como as possibilidades dedemocratização das relações de trabalho.

2 - Saberes deenfermagem e a cons-trução de um cuidarsolidário . O subtemaprocura formular respostasao questionamento de quaissão os saberes e atitudesnecessários para fortalecero cuidar solidário, para acidadania, para a eman-cipação humana. Trata aindade aspectos conceituais e deexperiências bem suce-didas na construção deparcerias, do cuidar solidá-rio na perspectiva deempoderamento dos su-jeitos para o cuidado à suasaúde, do diálogo entre a ciência e outros saberes naEnfermagem.

3 - Regulação das profissões de saúde. Osubtema traz para o debate as transformações nomundo do trabalho e as novas profissões na área desaúde, o exercício das profissões no contexto daspolíticas públicas de saúde e a precarização dotrabalho, a atuação dos profissionais no contexto doSUS de um modo geral, particularmente nosProgramas de Saúde e na Estratégia Saúde da Família,além da gestão de recursos humanos em saúde,incluindo a Educação Permanente. Abordar o AtoMédico torna-se então indispensável nesse contexto.

4 - A enfermagem nos movimentos sociais.Ao discutir a inserção da enfermagem nosmovimentos sociais, procura-se destacar algunsdesses movimentos em que ela se faz mais presente,como o Movimentos Popular de Saúde, osmovimentos de mulheres, a Educação Popular emSaúde, entre outros. O objetivo é visualizar quecontribuições a enfermagem vem oferecendo aos

movimentos sociais.O Eixo III, A Enfermagem na transformação

do modelo de atenção à saúde no Brasil, propõe-se a discutir as contribuições da enfermagem para amudança do modelo de saúde e os impasses aindanão superados. Apresenta os subtemas:

1 - Os novos desafios para as políticas desaúde. Este subtema fornece para reflexão e debatequais as tendências e possibilidades do modelo deatenção à saúde para responder eficazmente àtransição demográfica e epidemiológica, àconsideração da diversidade e das diferenças (degênero, cultura, etnias e outras). Nessa perspectivatambém trata de qual o tipo de gestão é necessáriopara garantir a eqüidade e a solidariedade na atençãoà saúde. Colocam em pauta as conquistas e desafiosà operacionalização dos pressupostos do Programasde Saúde, seus impactos no perfil de saúde dapopulação e a avaliação da qualidade da atenção à

saúde. Procura oferecer aanálise crítica da parti-cipação da enfermagem nadefinição, implementaçãoe avaliação de políticaspúblicas na atenção básica,de média e altacomplexidade. Traz aindauma análise dos desafiosque se impõem aocontrole social paragarantir o acesso, aequidade, a qualidade e ahumanização da atenção àsaúde. Necessário se fazainda tratar das relaçõesentre a Enfermagem, osgestores de saúde, os

trabalhadores e usuários do serviço de saúde nocontexto do Projeto Político Profissional daEnfermagem e ainda a atuação da enfermagem nocontrole social.

2 - A melhoria dos indicadores de saúde: quala participação da enfermagem? A pergunta visadar o norte da discussão acerca da atuação daenfermagem na formulação e implementação depolíticas públicas para a saúde. Trata dos indicadoresde saúde em uma abordagem teórica eepistemológica mais geral, dos indicadores de saúdeque estão ligados à classificação das práticas deenfermagem e à metodologia da assistência deenfermagem. Procura também colocar em evidênciaos novos elementos para avaliação do impacto deações de saúde.

3 - Limites e possibilidades dos movimentosemancipatórios da enfermagem. Por meio destesubtema serão desenvolvidas análises críticas domodelo de organização adotado na enfermagem,suas instâncias, suas contribuições ao

Comissão Organizadora do 57º CBEn

CBEn trata-se de um espaço

aberto anualmente, visando

socialização do conhecimento,

troca de experiências, discussão,

tomada de decisões,

posicionamento e deliberação

sobre temas candentes do

campo da saúde e da

enfermagem no Brasil

5 7 ° C B E n

desenvolvimento da enfermagem, seus avanços eseus dilemas, procurando incluir na discussão osvários segmentos organizativos. Muito peculiar a estetema é a questão da regulação das profissões de saúdee as mudanças em curso.

O formato do evento permite desenvolver oconteúdo dos eixos por meio de conferências,miniconferências, mesas coordenadas, minicursos,além de um grande seminário. O 57º CongressoBrasileiro de Enfermagem também abrigará asreuniões de sociedades científicas e sindicais. Nopavilhão de exposições ocorrerão a Feira Técnico-científica e a Feira de Arte e Cultura. Deste modo, oCentro de Cultura e Convenções de Goiânia terátodo o seu espaço ocupado pela enfermagembrasileira, que será recebida pela enfermagem goianacom muito carinho, que está organizando um espaçoagradável e confortável para que possamos debaterquestões importantes, compartilhar experiências,socializar informações, configurando-se como umgrande encontro da enfermagem, em que se possamvisualizar as diferentes formas de expressão, decriatividade, de sabedoria, práxis e de ciência, decompromisso e de busca, na construção de ummundo solidário.

Será mais um acontecimento marcante na históriada enfermagem goiana e da ABEn GO. Mostraremosaos colegas a calorosa receptividade de nosso povoe nossa capacidade organizativa, além de propiciaraos congressistas a oportunidade de conhecer oCerrado e sua rica fauna, flora, a cultura regional, agastronomia variada e suas cidades históricas.

A ABEn GO encontra-se profundamentecomprometida em realizar um evento que, aexemplo do que ocorreu em 1995, tenha elevadograu de organização, de qualidade científica e cultural.Por isso, em nome dos membros da diretoria daABEn GO e de seus associados, convidamos aenfermagem brasileira a incluir em sua agenda de2005 este importante evento, que será, sem dúvida,marcante para todos nós.

Através do site http:/ /www.winproducoes.com.br/ enfermagem, estãodisponíveis mais informações, inclusive as inscriçõeson-line.

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A Associação Brasileira de Enfermagem juntocom a Seção Espírito Santo realizou noperíodo de 31 de agosto a 03 de setembro de2004, em Vitória, Espírito Santo, o 8º SeminárioNacional de Diretrizes para a Educação emEnfermagem (SENADEn). Segundo apresidenta da ABEn Nacional, Francisca Valdada Silva, o tema central do 8° SENADEnEducação em Enfermagem: discutindo as

mudanças, pesquisando o novo e superando os desafios,"sintetiza o contexto que estamos vivendo de materializaçãodas mudanças nas políticas de saúde e educação,representando também o processo de acumulação reflexivae propositiva da enfermagem brasileira".

Nesse contexto e com a participação de diversos atores(enfermeiros, docentes, técnicos, estudantes, gestores deensino e de serviços de saúde, outros profissionais de saúde,convidados dos Ministérios da Saúde e Educação, daOrganização Pan-americana de Saúde, de Cursos deEnfermagem e Educação), o 8º SENADEn se desenvolveutendo como objetivos:

I - Discutir, refletir, formular políticas, compartilhar idéias,propostas e estratégias pedagógicas que possamcontribuir para a formação de profissionais deenfermagem em todos os seus níveis de ensino;

II- Discutir e refletir criticamente sobre a articulação entreensino, trabalho e pesquisa, como um dos fatoresdeterminantes de qualidade na formação profissional.O tema central foi desenvolvido em três grandes eixos

temáticos. O primeiro foi relativo à Educação em Enfermageme seu compromisso com as Políticas de Educação e Saúde,realizado em diferentes atividades: a conferência sobre Aformação profissional em saúde: modelos em disputa eprocesso de inclusão; o painel sobre Desafios na construçãode novos processos pedagógicos; a mesa-redonda sobreEducação profissional e mudanças que desafiam: política deeducação para o SUS, educação a distância e a formação emsaúde; as oficinas sobre a Implementação e avanços deexperiências de currículo integrado, por competência, eExperienciando mudanças na formação: o olhar dasinstituições privadas vivenciando o Sistema Único de Saúde.

Na conferência sobre A formação profissional em saúde,modelos em disputa e processos de inclusão foram abordadasas mudanças que vêm acontecendo na política nacional, nocampo da saúde e da educação, desde o Relatório Flexner,trazendo um modelo científico de educação médica e deprofissionais de saúde até a construção da política deeducação para o SUS - o Educar SUS. Essa política temestratégias específicas direcionadas aos docentes e gestoresdas instituições de ensino, voltadas para a sensibilizaçãodos mesmos à inclusão nos currículos de atividades deformação que privilegiem a compreensão do SUS, o AprenderSUS e o Ver SUS, estágio vivenciado pelos alunos da área dasaúde em experiências práticas desenvolvidas em diferentesestruturas dos sistemas locais e municipais de saúde, com afinalidade de conhecer "in loco" como o SUS vem sendoconstruído. Para concretizar esta política, foi enfatizadoque as construções de propostas de educação permanenteem saúde, sejam locais e/ou regionais, devem acontecerem uma roda de negociação em que todos os atoressensibilizados e participantes na construção do SUSparticipem do Pólo de Educação Permanente.

O painel sobre A construção de novos processos

pedagógicos em saúde/enfermagem brasileira, enfocou apremência em romper com as práticas pedagógicastradicionais. Entre elas, a relação de poder fortementepresente no processo de formação em saúde/enfermagem ea estruturação dos currículos, ainda organizados pordisciplinas, em série, fragmentadas, terminais em si mesmas,poucas articuladas com as outras. Apontou a urgência emincorporar novos referenciais e paradigmas quefundamentem e provoquem processo da mudança emeducação e saúde, proporcionando aos atores envolvidosefetuar as ações de mudança com sustentabilidade,ancorando essas ações em políticas que alimentam umprocesso de aprendizagem que fortaleça competências, comênfase ao raciocínio clínico integrando em práticas deenfermagem/ saúde voltadas para a construção deprofissionais compromissados com práticas inovadoras eefetivas sobre a sua ação profissional. Colocou a importânciapara um processo de aprendizagem fundamentado em novoparadigma que incorpore um processo de mudança queobjetive também a integralidade e integração entre asinstituições de ensino em todos os níveis, e destas com asinstituições de saúde.

"Educar os educadores para o processo de mudança"apresenta-se como um grande desafio que requer provocarprocessos de mudança que levem a transcender as exigênciasdo mercado de trabalho para o enfoque norteado àsdemandas sociais; desconstruir modelos que possam estarengessando os processos de ensino aprendizagem e possamincorporar processos focados na integralidade; na práticade aprender a ser, de aprender a fazer, de vivenciar junto ecom o outro, valorizando não só a questão da competênciatécnica, mas também a competência humana, a sensibilidadesocial; procurar e efetivamente fazer a diversificação doscenários das práticas de aprendizagem, construindo novaspráticas sociais de enfermagem. Mas, entende-se que paraestas ações acontecerem há premência de ser colocado nocentro da reflexão o re-encantamento no mundo daeducação e da saúde, como uma mola impulsionadora deum novo fazer pedagógico.

No debate da mesa-redonda sobre EducaçãoProfissional: mudanças que desafiam, o MEC abordou aeducação profissional como um dos quatro desafiosprioritários na proposta do Anteprojeto de Lei sobre aReforma do Ensino Superior, junto com a criação do Fundoda Educação Básica (FUNDEB) e a inclusão educacional.

A educação profissional é colocada como prioridadepara a melhoria das práticas sociais dos profissionais. Éimportante que ela aconteça no exercício do trabalho, sendoque para o Governo atual é necessário que a sociedade civilorganizada participe da construção das políticas públicas.O Fórum Nacional de Educação Profissional e Tecnológica,com a participação da ABEn, é uma das estratégias que temcontribuído para a formação destas políticas e com aelaboração da Lei Orgânica da Educação Profissional doPaís.

O MS (Ministério da Saúde) e o MEC reconhecem arelevância do assunto e a necessidade de construçãoarticulada e intersetorial das Políticas de EducaçãoProfissional para o SUS. Assim, propõem um trabalho emconjunto através de uma Comissão Intersetorial, comenfoque em estratégias que priorizem a formação profissionalpara o SUS, como a residência multiprofissional eespecializações voltadas para a qualificação das práticas

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profissionais, como a integração entre os diferentes níveisde formação educacional.

No campo da enfermagem, o Profae (Profissionalizaçãodos Auxiliares de Enfermagem) referendou a necessidadede uma Política de Educação Profissional para o SUS, e oMS propõe ampliar esta estratégia para outras categoriasprofissionais na saúde, ampliando a formação técnica emoutras categorias profissionais na área da saúde. O Profaetem na sua estrutura a formação para a docência profissionaldos enfermeiros de serviço, a partir de itinerários formativosvoltados para o processo de trabalho em saúde eenfermagem, com ênfase nas práticas de atenção básicanecessárias para a qualificação do SUS, e a formação técnicade auxiliares e técnicos de enfermagem no seu ambiente detrabalho.

A formação pedagógica do Profae consolidou um novomodo de formação que precisa ser valorizado e utilizado,com recursos sistemáticos e inclusos no orçamento dosMinistérios envolvidos com a construção das Políticas deEducação Profissional, ampliados a outras categoriasprofissionais na saúde.

A Educação Permanente em Enfermagem, enquantoestratégia para a qualificação dos profissionais emenfermagem foi enfocada nesta mesa-redonda através daIepe (Iniciativa de Educação Permanente em Enfermagem)como espaço virtual para novas tecnologias de ensinoinformatizadas, mas também como espaço de articulaçãoentre as instituições interessadas na ampliação e divulgaçãodestas tecnologias. Propondo:

Incluir no 9º SENADEn espaço para discutir a formaçãodo profissional do ensino fundamental.Manutenção dos espaços já definidos de discussão no56ºCBEn e outros eventos da ABEn para a Rede Iepe;Implementar discussão sobre a possibilidade da BVS(Biblioteca Virtual em Saúde) associar sua finalidade àsdemandas da Educação Permanente em Enfermagem;Divulgar o debate acontecido neste colóquio nas escolas,visando identificar novos parceiros para odesenvolvimento das atividades da Rede Iepe;Estudar a possibilidade de criar novas unidadesdinamizadoras da Rede Iepe em escolas de graduaçãonas diversas regiões do país;Nos próximos eventos da ABEn, que a Rede Iepe adoteestratégias de promover e estimular a educaçãopermanente, priorizando desenvolvimento de atividadesde capacitação e mobilização para a construção de novosnúcleos da Rede.

Em relação à oficina Experienciando a abordagem porcompetências, foram exaustivamente discutidas e apontadasquestões presentes na construção do Projeto PolíticoPedagógico. Por exemplo: conhecimento das legislaçõessobre o ensino; conceitos, pontos facilitadores edificultadores, implicações sobre a abordagem porcompetência; construção do perfil profissional desejado eembasado nas Diretrizes Curriculares da Enfermagem;coerência na elaboração do Projeto Político Pedagógico;enfrentamento da dificuldade em desenvolver ainterdisciplinaridade; avaliação contínua a partir dascompetências desejadas e valorizar e buscar a construçãodo processo formativo na abordagem por competência, aintegração entre a teoria e a prática; a integração e relaçãoentre os docentes.

A discussão sobre educação a distância recomendou a

avaliação sistemática das experiências existentes e apontoua necessidade e o interesse em conhecer aspectosestruturantes da "capacidade formativa" da EAD, comênfase no rendimento, na efetividade e nas atividadesavaliativas em uma perspectiva da aprendizagem ética ecom compromisso social. A EAD é uma modalidade deensino complementar à formação presencial.

Nas oficinas Experiências integradas de formação,foram apontadas as seguintes questões:

Necessidade contínua de formação pedagógica para osprofessores;Necessidade de revisão da forma contratual deprofessores, promover a efetividade e continuidade dosdocentes nas instituições, diminuindo significativamenteos contratos temporários;Articular as Políticas Institucionais. As divergênciasentre as instâncias de serviço e ensino devem estar emconstantes negociações que visem superá-las eestabelecer novas modalidades no processo de ensino;Como efetivar experiências transformadoras do processode ensino em políticas institucionais, inserindo nasinstituições formadoras processos de mudança quevislumbrem a integração?Os estudantes reforçam a necessidade de mudanças noprocesso de ensino, apontam contradições no ensinode conteúdos e no relacionamento-professor/profissional.

Na oficina sobre Experienciando as mudanças naformação: o olhar das instituições privadas de ensino foiconsiderado que o momento atual aponta para a necessidadede pensar o ensino de enfermagem, e particularmente aformação do enfermeiro na sua totalidade, é importanteromper com a dicotomia público/privado, compreender aespecificidade de cada setor, buscando superar toda equalquer forma de preconceito, é imprescindível entenderque na sociedade contemporânea a produção doconhecimento, a inovação e a transferência tecnológica sãofundamentais para a soberania das nações.

A realidade é que já existe um grande movimento demudanças dos Cursos no sentido de transformar as DiretrizesCurriculares Nacionais em Projeto Político Pedagógico(PPP), mas há situações que merecem atenção doseducadores, dos gestores das instituições de ensino superiore das entidades de ensino, como:

Discutir e ampliar os conceitos de estágio, ensino teóricoprático e ações de supervisão dessas atividades;discutir e trocar experiências em processos de ensinocom propostas ativas e mobilizadoras, proporcionandomomentos de formação permanente aos docentes;compreender a relevância do PPP como um movimentoem constantes mudanças, sempre provisório, que geravários produtos, preocupado em questionar que tipode enfermeiro quer formar, não como um documento aser construído e entregue para um processo de avaliaçãodas instituições de ensino;Valorizar os SENADEns concebidos como espaços deaprendizados para as escolas;Compreender o ensino noturno como um espaço quereflete a especificidade do trabalho em enfermagem enão somente como um espaço de acomodar "interessesmercadológicos", estabelecer de diretrizes para cursosnoturnos e articular com as legislações trabalhistas sobre

a docência.Sobre a avaliação dos Cursos de Graduação em

Enfermagem há necessidade que os órgãosresponsáveis - INEP e SESU - pelos processos deautorização, reconhecimento e credenciamentodos cursos, utilizem os momentos de avaliaçãocomo um espaço de acompanhamento dosPPP, de criação e de implementaçãode políticas comprometidas com amelhoria da qualidade do ensinosuperior no País.

Propor ao INEP a formaçãopermanente de avaliadores tendo como base asDiretrizes Curriculares Nacionais.

Os participantes apontaram que a organização e aparticipação política da enfermagem devem serconstantemente trabalhadas, há necessidade deconhecer as dificuldades para formar os fóruns deescolas, incentivar a criação de fóruns em todas osEstados, fortalecer os que estão em atividade, estimulara presença das escolas de enfermagem nos pólos deeducação permanente, ressaltando a importância deuma coordenação ativa que possa estar instigando emotivando as escolas para participação nesse espaço.As instituições de ensino superior privada são participesda educação em enfermagem. Há necessidade de garantirrecursos para pesquisa e extensão; os cursos devem serparceiros dos campos de prática e, assim estabeleceremresponsabilidade social, desenvolvendo extensão epesquisa. Portanto, as políticas de Educação devem serpensadas na totalidade.

E, por último, a extensão universitária - comovínculo político da IES com a comunidade,responsabilidade social com o respaldo institucional.Não se tratam de iniciativas isoladas de docentes ougestores.

Com base nesses questionamentos, foi identificadaa necessidade de encaminhar para a Iepe a sugestão decriação de espaço virtual de discussão das questõeslevantadas pela oficina.

A estratégia Versus foi apresentada e reconhecidacomo potencializadora das relações entre o pólo deeducação permanente e as escolas, tendo como focoprovocar e formular proposta de consolidação e mudançana formação dos estudantes da área da saúde. Este éum momento político-histórico importante para omovimento estudantil, que deve ser um parceiro paraestimular e provocar mudanças na formação e nainterlocução ensino/ serviço.

O segundo eixo temático,Educação em Enfermagem e oprocesso de produção dotrabalho em saúde, foiabordado por meio dediferentes estratégiascomo o talk showProcesso de trabalho em saúde:dimensões interdisciplinares na formaçãoprofissional; as oficinas: Humanizaçãocomo elemento fortalecedor da relaçãotrabalho - formação em saúde;Educação em Enfermagem e asTecnologias de Informação em

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Comunicação; Informática na formação dosprofissionais de Enfermagem; Pólos dinamizadoresde Educação Permanente em Enfermagem

mediatizadas pela Internet; Política de formação deespecialista: questão estratégica para o SUS;Qualificação do enfermeiro para a pesquisa - com a

participação CAPES e CNPq.Este 8° SENADEn inovou com um

momento único, o talk show, que abordouum tema complexo e profundo com

leveza e criatividade, acrescentando aosdebates não só a riqueza das idéias, mas a

participação efetiva dos participantes da plenária. Atemática o Trabalho como Eixo Fundamental para asTransformações nosProcessos de Formação e nasPráticas em Saúde foimediado por duas questões.A primeira, de que trabalhoestá falando? E a segunda, porque a formação é tãoimpermeável ao controlesocial? As questões centraisapontadas neste encontroforam de que o trabalho tema possibilidade de recriar avida mesmo em condiçõesadversas, sendo consideradocomo eixo estruturante, " amanifestação de vida". Hápremência de provocar acomunidade acadêmica arefletir e introduzir atemática no cotidiano doprocesso de ensino, visandoa formação de cidadãoscomprometidos com aconstrução de uma sociedademais justa, compreendendoque o trabalho é um dospontos nesta construção.

Deve-se trabalhar com os gestores para ampliarem avisão sobre as potencialidades dos diferentes processosde trabalho em saúde e a necessidade de entender otrabalho sobre a perspectiva do "trabalho visível" (daspráticas) e do "trabalho invisível" (relação subjetiva queenvolve emoções, sentimentos, o cuidado), trazendo areflexão sobre que a integralidade perpassa os princípiosdo SUS, e que deve ser incorporada às práticas sociais emsaúde. É preciso avaliar criticamente a forma como a

discussão da integralidade vem sendoconduzida, para que não se

repitam os equívocos deexperiências históricas naárea da saúde como adiscussão da integraçãodocência/assistencial.

As dificuldades desermos "integrais" passam por diversosâmbitos, desde a formação fragmentada dosprofissionais, até a compreensão de que nãose trata de um conceito abstrato, mas quese diz da dimensão humana, e, portantonão se pode tratar o outro de forma

integral se o próprio indivíduo não se sente integral. Paratanto, se apontou à necessidade de valorização das condiçõese processos de trabalho que permitam aos profissionaistratarem do outro em um momento de vulnerabilidade,que é o adoecimento, e de se pensar a saúde no territóriocomo espaço privilegiado de planejamento e ação.

No que se refere à informática na formação dosprofissionais de enfermagem, foram pactuados os seguintesencaminhamentos:

que sejam contemplados nos Projetos PolíticosPedagógicos dos Cursos de Graduação em Enfermagema temática da Informática em Enfermagem articuladacom as necessidades da prática e integrada as áreas deensino, pesquisa, assistência e gerência. Que esta

temática seja articulada eintegrada aos diversos níveiseducacionais desde o ensinomédio à pós- graduação;

que sejam viabilizadasparcerias entre as diversasiniciativas de desenvolvimentoda Informática emEnfermagem com a Rede Iepepossibilitando espaços virtuaispara a acessibilidade e adivulgação da produçãocientífica e tecnológica daInformática em Enfermagem;

que sejam desenvolvidosprojetos que objetivem acapacitação docente no campode conhecimento daInformática em Enfermagem;

que se articule umaparticipação efetiva daEnfermagem na ConferênciaNacional de Comunicação,Informação e EducaçãoPopular em Saúde em 2005;

que se assegurem espaçospermanentes sobre a temática

de Informática em Enfermagem na agenda de eventosda ABEn Nacional, visando a sensibilização e amobilização dos profissionais.Também foi debatido o tema a Humanização como

elemento fortalecedor da relação trabalho-formação emsaúde e a importância da formação do trabalhador em saúde,como eixo norteador para a mudança cultural necessáriapara a implantação da humanização.

E para que seja realizada esta formação há necessidadenão somente de capacitar, mas também, de transformar oambiente do trabalho em saúde, compreendendo que ainformática é um instrumento para dar espaço à realizaçãode um trabalho mais humanizado.

Na discussão sobre os Pólos de Educação Permanentesurgiram várias reflexões sobre necessidades e desafios, dentreelas: as questões políticas e as relações de poder; necessidadede estreitamento da relação entre gestores municipais eestaduais; ampliar a participação para além das universidades,para as entidades de classe, alunos e serviços; a coerência entrepressupostos e ação concreta; produção de conhecimentospara a consolidação do projeto em nível nacional.

O terceiro eixo temático, Educação em Enfermagem e aformação do educador: Quem educa o educador em

Enfermagem? Sendo trabalhado pelo painel Política e estratégiaspara superação dos desafios na formação do educador em saúde/enfermagem: desafios contemporâneo que abordou questõessobre a graduação, licenciatura e a pós-graduação. Este painelfoi seguido pela plenária das escolas/cursos de Enfermagemsobre o Sistema de Avaliação da Educação Superior.

No painel que abordou políticas e estratégias para aformação do formador, foram consideradas que as questõeseducacionais hoje nas pautas de discussões, nelas incluindoa formação do formador em enfermagem, precisam ser vistassob as dimensões global e local, compreendendo-a comouma política pública que envolve os diversos segmentos e asociedade civil, de modo que os projetos elaboradosultrapassem a visão burocratizada da educação, da produçãodo conhecimento e do pensar/fazer, fragmentados.

A formação de formadores não pode ser entendidaapenas pela designação de a quem compete formar oformador, pois para isso já existem os dispositivos legaisque regulamentam essa formação. A Enfermagem precisa,neste sentido, estar preparada organicamente para oquestionamento, a problematização e a proposição daspolíticas e estratégias voltadas pra o setor educacional,visando o compromisso social.

O trabalho resultante das experiências da UFRGS diferedas demais universidades, pois o curso se estrutura comoespecífico para a licenciatura e exige a formação doenfermeiro. Está distribuída em 4 semestres com disciplinaspedagógicas, disciplina integrada entre a pedagogia e aenfermagem, estágios supervisionados e trabalho deconclusão de curso. A proposta tenta minimizar o problemada evasão, decorrente da situação dos estudantes, os quaisjá são enfermeiros inseridos no mercado de trabalho.

Em relação à possibilidade de formação de formadores,tomou-se como referência á experiência da ENSP (EscolaNacional de Saúde Pública) e Fundação Oswaldo Cruz, namodalidade de ensino a distância para a formação deformadores, e particularmente, que atuassem na formaçãoprofissional. Uma formação pedagógica e uma naturezapedagógica que imprimissem não só as competênciasnecessárias ao trabalho do professor, mas que estimulassemo exercício da crítica na formação do formador.

Considerada a lacuna existente nos programas de mestradoe doutorado, por não prepararem o docente para as atividadespedagógicas e, como proposta, o encaminhamento para a abem,a partir do SENADEn, que se coloca como o fórumprivilegiado para emanar demandas e proposição aos espaçosde formação profissional nos diversos níveis.

A recomendação do SENADEn/ABEn seria para queos programas de pós-graduação insiram em seuscomponentes curriculares, disciplina e módulos voltados àformação do educador enfermeiro para a Educação Superior.

O 8º SENADEn constituiu também espaço de formulaçãode agenda de cooperação técnica ABEn/OPAS/UFMG, paraimplantação das unidades dinamizadoras da Iepe como políticade otimização de programas de Educação Permanente,estratégia a ser utilizada objetivando a politização e otimizaçãode recursos humanos na enfermagem, e visando a melhoriada qualidade da assistência prestada a comunidade.

A participação dos estudantes da Executiva Nacionalde Enfermagem, cumpriu um papel questionadorimportante, participando das discussões, sobretudo, falandode sua formação profissional que continua se dando combase em propostas curriculares fragmentadas e de práticaspedagógicas domestificadoras.

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8º SENADEn constituiu

também espaço de formulação

de agenda de cooperação

técnica ABEn/OPAS/UFMG, para

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programas de Educação

Permanente, estratégia a ser

utilizada objetivando a

politização e otimização de

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A Comissão Organizadora do 9º SENADEn preparou este documentobase com a finalidade de apresentar aos palestrantes convidados oeixo temático que orienta a concepção deste evento.

Muito nos honra contar com a valiosa colaboração de cada umdos participantes do SENADEn, e em particular, com aqueles que sedispuseram a partilhar conosco suas idéias, crenças e propósitossobre a educação, saúde e enfermagem, com o fito de contribuir coma construção permanente das diretrizes que viabilizam o projetopolítico educacional da enfermagem brasileira.

Antecipadamente agradecemos aos palestrantes que prontamenteaceitaram o nosso convite, bem como a todos que aqui estarão,durante quatro dias, discutindo os rumos da educação em enfermagemno país.

Sejam bem-vindos a Natal! Que o sol, a maior estrela do nossosistema, aqueça as nossas discussões e ilumine as decisões políticastomadas no 9º SENADEn.

O porquê do tema A qualidade daEducação: um compromisso social daEnfermagem?A escolha do tema partiu de uma decisão tomadacoletivamente por ocasião do 8º SENADEn realizado emVitória (ES), em setembro de 2004. Naquela ocasião, cercade 600 participantes, entre profissionais da saúde e daenfermagem, gestores dos serviços de saúde e dos órgãosformadores, docentes dos três níveis de ensino daenfermagem e estudantes, se reuniram em torno do temaEducação em enfermagem: discutindo as mudanças,pesquisando o novo e superando os desafios, que buscousintetizar o dinamismo do contexto de mudanças queestamos vivenciando no cotidiano das nossas práticas, bemcomo representou mais um passo na acumulação reflexivae propositiva da enfermagem brasileira.

Naquele evento, várias propostas foram apontadas naperspectiva de que a curto e a médio prazos fossemcontempladas pela categoria. Nosso desafio é buscar atendera algumas dessas demandas, que estão aqui representadas notema central do 9º SENADEn: A qualidade da Educação:um compromisso social da Enfermagem, e nas diversasatividades que compõem o seu programa temático,desenvolvidos através das mesas-redondas, roda de conversa,colóquios, tribunas temáticas e grupos de trabalhos.

Compreendemos a qualidade da educação como umaprioridade na agenda da enfermagem brasileira, a qual devesuscitar a reflexão, o debate e a definição de diretrizes,assumidos coletivamente, por todos que fazem a históriada educação em saúde/ enfermagem. Para tanto, éimprescindível a participação dos diversos atoresinstitucionais ou não Ministério da Educação, Ministérioda Saúde, universidades, escolas e cursos de enfermagem,serviços de saúde, entidades profissionais, organizações não-governamentais, parlamentares, entre outros na discussãosobre o compromisso social com a transformação das atuaiscondições de ensino em saúde, visando a construir

estratégias conjuntas que transponham as fronteiras dasetorialidade rumo à integralidade, universalidade e eqüidadedas práticas de saúde, nos diversos cenários da formaçãoprofissional.

Deste modo, pensar a qualidade da educação comocompromisso social na enfermagem requer um movimentopsicodinâmico capaz de potencializar os esforços conjugadosdos atores inscritos na formação dos profissionais deenfermagem, garantindo aos mesmos a consciência de suaco-participação, independente do contexto, quer nocontrole social, quer no processo de geração de novosconhecimentos legitimando sua capacidade crítica e criativamediada pelas habilidades e competências requeridas parao exercício profissional.

A qualidade da educação como um compromisso socialda enfermagem, configura-se, portanto, a partir daarticulação educação-trabalho; da docência como espaçode consolidação do Projeto Político Pedagógico e daavaliação como dimensão que promove essa qualidadesocial, visando à consolidação de um projeto de educaçãopara o século XXI, voltado para a plenitude e qualidade devida e saúde do ser humano.

O objetivo do 9º SENADEnÉ objetivo do 9º SENADEn refletir sobre a qualidade daeducação da enfermagem brasileira e estabelecer diretrizeseducacionais que venham a contribuir com a formaçãoprofissional na perspectiva do seu compromisso social.

ProgramaçãoConferência A Educação no século XXISerá ministrada por Brasília Carlos Ferreira (professora daUFRN, participa como assessora parlamentar daComissão de Educação da Câmara Federal dos Deputados).Esta conferência tem por objetivo promover a reflexão sobreas perspectivas, desafios e avanços que se apresentam para aeducação no século XXI, considerando as mudanças ocorridasnas últimas décadas decorrentes da política econômica deajuste neoliberal e dos princípios da Declaração Mundialsobre a educação para este século, bem como, a conjunturapós-constitucional brasileira, ameaçada pela fragilidade naconstrução da cidadania e pelos resquícios de instabilidadeno exercício da democracia. O projeto educacional que hojese apresenta vem sofrendo inúmeras críticas por parte dossetores organizados da sociedade, visto que não atende asexpectativas e demandas sociais, impondo a necessidade dese refletir acerca do sistema educacional numa conjunturamundial e nacional. Deste modo, convém interrogar: Qual opapel da educação numa sociedade marcada pela desigualdadee pelo aprofundamento da dívida social? Qual qualidade daeducação nos referimos? Que profissionais deverão serformados em atendimento à demanda de uma educação paraa qualidade social? Que caminhos seguir rumo à construçãode uma sociedade mais equânime e democrática? Discutirsobre estas questões torna-se imprescindível para osenfermeiros do Brasil, pois entendemos que o processo deformação profissional não deve se limitar a preparar indivíduospara o exercício técnico da própria enfermagem e das práticasde saúde, mas na perspectiva de incorporar uma visãoampliada da sociedade e dos sujeitos que nela convivem.

Mesa-redonda A Articulação Educação/ trabalho:caminho para a qualidade social?Pressupõe o encontro entre o mundo da formação e o mundodo trabalho, onde o processo de aprendizagem se promove eproduz sentidos à medida que se incorpora ao cotidiano dasorganizações e ao trabalho, o que sugere a transformação daspráticas pedagógicas, profissionais e da própria organização eação da rede de serviços. Desse modo, não pode apenas serconsiderada como uma questão de simples adequação, jáque implica em mudanças nas relações, nos processos, nopensamento, nas ações, e particularmente, nas pessoas.Considerada uma questão de natureza técnica, política eética, esta requer mudanças no âmbito da gestão e organizaçãodo trabalho e da formação nos três níveis de ensino técnico,graduação e pós-graduação em interação com as redes degestão dos serviços e do controle social.

Composta por quatro palestrantes, sendo destinado a cadaum o tempo de 25 minutos para proferir as suas considerações,esta mesa-redonda visa a promover a reflexão dos participantese incentivar a proposição de ações, nos grupos de trabalho (GTs)que irão ocorrer no horário da tarde. O produto desses GTssubsidirá a elaboração de um documento síntese do SENADEn.

9 º S E N A D E n

A qu alid ad e d a Ed u cação :um compromisso social da Enfermagem?

9º SENADEN - 2 a 5 de agosto/2005, Natal (RN)

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As falas deverão conduzir o debate para a articulaçãoentre instituições formadoras e serviços/ sistema de saúdede modo a:

ampliar as possibilidades de mudanças nas práticas doensino;promover novos compromissos de cooperação entre asinstituições de ensino e serviço e seus compromissoscom o SUS;reforçar a importância de novas propostas na formação,principalmente na pós-graduação, hoje com propostade residência integrada e mestrado profissionalizante;refletir sobre a aprendizagem significativa que deve sedar no trabalho, onde aprender e ensinar se inter-relacionam no dia-a-dia das organizações e do trabalho;refletir sobre o aprender a partir das necessidades dapopulação e das práticas de saúde com vistas a analisara qualidade do processo de trabalho do enfermeiro/docente/superior/preceptor;analisar a qualificação pedagógica dos enfermeiros noexercício educacional para a mudança e o compromissoinstitucional (público ou privado) com a indissociabilidadeeducação/pesquisa/trabalho, em relação aos três níveisde ensino na Enfermagem.Compreendendo que essa discussão encontra-se permeada

pelo princípio da integralidade e intersetorialidade comoeixos motivadores para processos de mudança na formação enas práticas profissionais em saúde e pela adoção de políticasministeriais, hoje em evidente em expansão, pensamos noconvite a atores imprescindíveis a esse processo, tais como:professora Laura Feuerwerker (representante do Ministérioda Saúde) fazendo uma análise da construção social eimplantação de políticas públicas para a formação edesenvolvimento de recursos humanos no SUS, suaspossibilidades, impasses e os desafios a serem enfrentados,buscando introduzir algumas questões e expectativasprovocativas para os demais participantes damesa);professora Kenia Schmidt Reibnitz (UFSC) direcionará a sua fala ao ensino profissional);professora SôniaAcioli (UERJ e membro do grupo Lappis) apresentará asperspectivas do ensino, particularmente, a graduação, apartir da integralidade);acadêmica de enfermagem OlíviaLuciana Santos (UFRN) falando sobre a experiência deaprender a partir da articulação educação-trabalho,VER-SUS.

Painel A Reforma Universitária: a universidadeque temos e a que queremosA proposta de discutir a universidade que queremos foiencaminhada pela Executiva Nacional de Estudantes deEnfermagem, como um momento de apropriação pelomovimento estudantil das questões principais colocadasno anteprojeto da reforma universitária, proporcionandoao movimento elaborar propostas que serão encaminhadasà Mesa A Reforma universitária como expressão daqualidade social da educação.

Propõe-se que o FNEPAS (Fórum Nacional deEducação das Profissões em Saúde) seja o moderador dopainel, tendo os membros da executiva abordando asquestões marcantes para o movimento estudantil, atravésde seu representante Bernardo Amaral Vaz, coordenador deEducação em Enfermagem da Executiva Nacional deEstudantes de Enfermagem e acadêmico da Escola deEnfermagem da UFMG.

Compreende-se que aproximar o recém-formado, nestadiscussão, traz o olhar do recém egresso do órgão formadorcontribuindo em melhorar o processo de ensino e de avaliaçãoque devem constar na reforma da universidade brasileira,cabendo a enfermeira Hossana Passos apontar as principaisquestões norteadoras que possam colaborar nesste painel.

Como é um momento de construir propostas, cabe acada palestrante o tempo de 25 minutos para expor as suasconsiderações, destinando uma boa parte do tempo para afase de discussão e elaboração de propostas.

Mesa-redonda A avaliação como dimensão quepromove a qualidade socialA aprendizagem compreendida como critério de inclusãosocial tem na avaliação a dimensão necessária ao processode crescimento intelectual do ser humano que faz parte dapermanente reflexão sobre a sua ação cotidiana. Écompreender que é a partir dessa reflexão contínua da suavida progressos, retrocessos, erros e acertos que o homemestabelece novos rumos para a sua existência e redirecionaas suas práticas, conhecimentos, atitudes e pensamentos.

A avaliação assim compreendida torna-se um processointencional que se aplica a qualquer prática, ou natureza, sejano âmbito macroinstitucional

orientada por critériosconstituintes de uma política pública; seja no âmbito local como forma de acompanhar projetos internos à escola-curso;seja no microespaço onde se realiza o processo de aprendizagem.

Todavia, o que se observa é a persistência de princípioscada vez mais inflexíveis, estreitos e padronizados que antevêemum controle de qualidade e exige confiabilidade e excelêncianos dados obtidos e nosinstrumentos usados, comoforma de criar situações decontrole e intervenção a fim degarantir exclusivamente umaqualidade instrumental. Essemodo de ver a avaliação, negandoa multidimensionalidade e aheterogeneidade que caracterizaa subjetividade humana, impedea percepção do processo e dosujeito em seus desen-volvimentos, restringindo-os aocumprimento de padrões deexcelência rigidamente pré-estabelecidos. Como superar essemodelo? Como estabelecermaneiras e formas de gerar einterpretar conhecimentos, desenvolver habilidades parasolucionar problemas e promover entusiasmo para continuaraprendendo, uma vez que o campo da saúde é, especialmente,assimétrico e marcado pelo dinamismo, tanto na configuraçãodos problemas, quanto na organização dos sistemas e serviçose na incorporação permanente de novos conhecimentos etecnologias? Como resgatar a sensibilidade ao processo deavaliação, respeitando-se as diferenças e as potencialidades dosprocessos e sujeitos sem perder a qualidade? Como mobilizargestores e educadores na perspectiva da avaliação comodimensão que promove a qualidade social?

A Mesa composta por quatro palestrantes, sendodestinado a cada um o tempo de 25 minutos para proferiras suas considerações visa a estimular reflexões e incentivaros participantes a propor ações sobre o tema, que irão

compor o documento final do SENADEn. Desse modoforam convidadas:professora Denise Leite (UFRGS) faráuma exposição geral contextualizando: o modeloinstitucional de avaliação hegemônico no País, as basesparadigmáticas de uma nova cultura de avaliação, asdiretrizes políticas e os desafios para implantação de umnovo processo avaliativo; mediará também o debateinstituído pelos demais membros da mesa;professora Iarade Moraes Xavier (representante do INEP-MEC) discorrerá sobre o SINAES enquanto política de avaliaçãonacional e as propostas de avaliação dos cursos deenfermagem em construção. Pensando avaliação a partir doseu compromisso político e social, como instrumento quepode avançar na promoção e regulação da qualidade doensino e assim possibilitando a superação da lógica dasimples verificação e rankiamento;professora RosalinaAparecida Partezani Rodrigues (docente da EERP erepresentante da área da Enfermagem na Capes) abordaráa política de avaliação da Capes e o processo de avaliaçãodos programas de pós-graduação em Enfermagem, para alémda lógica produtivista de base quantitativa, buscando incluire desenvolver metodologias de avaliação qualitativa queapreenda os processos de articulação entre o espaço daprodução do conhecimento, da formação, da profissão e daatuação dos trabalhadores/profissionais de enfermagem nosserviços de saúde; na perspectiva da interlocuçãopermanente, do compromisso técnico-científico, ético-político e cidadão com a promoção da qualidade social daprática da Enfermagem; professora Marta Lenise Prado(representante da Escola de Enfermagem da UFSC) coube

provocar como a Enfermagemtem trabalhado nos PPPs osmodelos de avaliação,entendendo que a avaliação éum instrumento de plane-jamento na gestão dos PPPs,dos planos de ensino eespecialmente é um momentoimportante do processo deaprendizagem, e deve sergerador de conhecimento edesenvolver habilidades parasolucionar problemas epromover o entusiasmo emcontinuar aprendendo.

Cochicho na concha(Roda de conversa) A

docência como espaço de consolidação do ProjetoPolítico PedagógicoValorizando uma iniciativa do 8º SENADEn emproporcionar um espaço de maior interação com a plenária,o 9º SENADEn, propõe promover um "bate-papo" entreos debatedores do tema e os demais presentes, por acreditarque uma roda de conversa propiciará a reflexão e aparticipação dos presentes.

Os convidados de forma provocativa abordarão o tema,estimulados pela mediadora da roda e também algumas vezespela plenária, proporcionando não só a participação, mas areflexão de todos. A idéia é criar a identidade do cochicho, ouseja, pensa-se em algo que fingindo um cochicho, de vez emquando, ao longo do papo, se coloque na discussão uma questão"mais apimentada" de modo a provocar os convidados e o

9 º S E N A D E n

om a comunidade da

enfermagem queremos

debater uma universidade

comprometida com uma

educação com qualidade e

que promova uma

sociedade cada vez mais

justa e igualitária

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ABEn - jan.fev.mar. 2005 19

auditório. Espera-se, assim, ampliar o debate sobre as diferentesexperiências dos cursos de enfermagem na consolidação doPPP, com vistas a identificar: Como está ocorrendo aimplementação dos PPPs nas escolas? O que modificou nocotidiano do processo deaprendizagem e do processo decuidar e gerenciar as práticas deenfermagem? Quem são os atoresnos atuais processos ensinar eaprender? Qual a relação dossujeitos envolvidos no processoaprendizagem? Que resultados sãoobtidos e quais as perspectivas dosPPPs? Quais as lições aprendidas?Ainda temos desafios? Comestamos enfrentando?

Para conversar sobre o temaforam convidadas:professoraMaria Auxiliadora CórdovaChristófaro (UFMG) fará a suaintervenção a partir da visãodocente e do lugar de umapensadora social, o que favoreceum posicionamento macro edesmistificador da realidade, com a liberdade de quem nãoestá especificamente vinculada a nenhuma delas. A acumulaçãoe a diversidade de inserções constituem o diferencial para a suaampla compreensão e discussão do tema; professora AlzireneNunes de Carvalho (SESAP/ RN) contribuirá no debatetrazendo uma análise da "participação protagonista" dosprofissionais, usuários e gestores dos serviços de saúde econselhos de saúde; frente às mudanças e desafios que esseprocesso tem gerado. De modo crítico e elucidativo faráreflexões acerca da articulação educação-trabalho e suasimplicações no cotidiano da formação em saúde;professoraMilta Neide Freire Barron Torrez (ENSP) coordenará asdiscussões e intervenções dos convidados e da platéia, aomesmo tempo em que, participando como mais umaexpositora provocará com argumentos e questionamentosalto nível do debate na roda;professora Henriqueta LuceKruse (UFRGS) representante docente que falará a partir davisão do professor acerca dos processos pedagógicos demudança, possibilidades, impasses e desafios vivenciados naformação.

Mesa-redonda - A Reforma Universitária comoexpressão da qualidade social da educaçãoA ABEn tem construído, historicamente e coletivamente, apolítica de educação e formação dos profissionais daenfermagem, sempre na perspectiva de conhecer, reconhecer evalorizar os processos que visem elevar a qualidade do ensino eda produção técnico-científica, política e ética da enfermagembrasileira, compatíveis com a perspectiva da saúde como direitode todos a uma qualidade de vida digna de cidadãos.

Nesse processo, a ABEn tem desempenhado o papel dearticuladora da participação dos atores, na construção egestão de políticas e diretrizes educacionais para a categoria.

Neste SENADEn, propomos participar, discutir e elaborarpropostas sobre o projeto de reforma universitária que está emdebate aberto a toda comunidade interessada, mas com acomunidade da enfermagem queremos debater umauniversidade comprometida com uma educação com qualidadee que promova uma sociedade cada vez mais justa e igualitária.

Composta por três palestrantes, sendo destinado a cadaum o tempo de 20 minutos para proferir as suas consideraçõesque possam provocar reflexões e incentivar os participantes apropor ações que irão compor o documento final do

SENADEn, foram convi-dados:professor Ricardo BurgCeccin (Ministério da Saúde)

como integrante daComissão Interministerial daReforma Universitária, paradestacar os caminhosengendrados pela saúde(governo, sociedade civil/movimentos sociais e controlesocial) para participarenquanto ator social naconstrução da reformauniversitária;representante doMinistério da Educação (nomea confirmar) tambémintegrante da Comissão, paraapresentar as demandas pormudança (o por quê de umareforma universitária?); indicar

os pontos estruturantes do anteprojeto; as controvérsias/pontos polêmicos; aprofundar a discussão da necessidade deuma reforma universitária e como está o processo de debatecom os atores sociais e a comunidade acadêmica;professoraMilca Severino (UFG) apresentará as principais questõesque poderiam estar colaborando para a construção de umanova universidade mais articulada com a sociedade,promovendo uma educação com qualidade e voltada para asuperação das situações presentes no cotidiano dasociedade;professora Carmen Kalinowski (diretora deEducação da ABEn Nacional, Gestão 2004-2007 ) participará na condição de mediadora dos debates e traráaposição da ABEn frente ao tema.

Colóquios um espaço proporcionado aos participantesde estarem mais próximos de atores significativos naconstrução de propostas na formação dos profissionais dasaúde. Foram apontados quatro temas mais presentes nosdebates das instituições formadoras:

Residência integrada em saúde participação da professora LauraFeuerwerker (Ministério da Saúde) e contando com acolaboração da professora Marta Nolasco Chaves,(coordenadora da Residência Multiprofissional em Saúde daFamília da UFPR), objetiva promover um encontro que possacolaborar e esclarecer as dúvidas, conhecer novas propostas,trocar experiências na implantação e desenvolvimento daresidência, bem como subsidiar a elaboração de propostas paraa comunidade da enfermagem. Debater sobre o processo deformulação e articulação interministerial de uma Política deResidência Integrada em saúde e o processo de negociaçãojunto às esferas do executivo e do legislativo federal incluindoa interlocução com a Comissão Nacional de Residência Médica.

Educação permanente: desafios e oportunidades conta com aparticipação da professora Cenira Fortuna (SecretariaMunicipal de Saúde de Ribeirão Preto) e da professora ElianeMarina Palhares Guimarães (UFMG) e visa discutir comosuperar o desafio de fortalecer a articulação das instituiçõesformadoras em Enfermagem e as de serviço, ampliando

9 º S E N A D E n

ABEn incluiu na sua

agenda política a discussão

da necessidade da

construção coletiva de uma

nova concepção que

possibilite a formulação de

uma nova agenda política

para a enfermagem

brasileira

processos de mudança da graduação de modo a formarprofissionais com o perfil adequado às necessidades de saúdeda população e do Sistema Único de Saúde. Como evitar asarmadilhas do senso comum, superando os vícios daburocracia de Estado e fortalecendo uma ação política decompromisso ético com a população entre: governo esociedade civil/movimentos sociais na construção social deuma política pública de formação e desenvolvimento no SUS;que avance a participação do SUS na regulação dos processosde formação de recursos humanos de saúde junto ao MEC.

Abertura de novos cursos na área da saúde contará com aparticipação do representante do Ministério da Saúde, professorRicardo Burg Ceccin, para debater o tema e apontar os avançose dificuldades neste processo articulado junto ao Ministério daEducação; e da representante do Ministério da Educação, aprofessora Ana Estela Hadadd, para colocar a visão do órgãoresponsável na condução das políticas educacionais no país. Otema, preocupação constante das diversas instâncias quecompõe a gestão da formação e da saúde, deverá ser apresentadode modo a suscitar o debate sobre quem participa da regulaçãoda abertura de novos cursos; o debate sobre a construção decritérios sociais e o questionamento da opção pelos critériosdo mercado; os critérios que são considerados para a aberturade novos cursos; como está sendo o acompanhamento doscursos novos e o papel dos diferentes segmentos representativosda sociedade, nesse processo. A participação do ConselhoNacional de Saúde(CNS) e a criação de critérios pelo CNS.Onde estamos? Onde queremos chegar?

O comitê de ética na pesquisa contando com a presença da professoraRaimunda Germano, docente da Escola de Enfermagem daUFRN, o 9º Senaden propõe discutir as relações hoje, encontradascom o Comitê de Ética e Pesquisa nas instituições formadas e deserviço, qual a relação com os diferentes momentos da formaçãodos profissionais e as atividades que necessitam desenvolver eque envolvam os comitês.

Tribuna temática - Repensar a organização políticae entidades na enfermagemA ABEn, compreendendo o imperativo social das mudanças quesão demandadas para o Estado e para a sociedade civil na presenteconjuntura, assumiu o desafio proposto, incluindo no seu Planode Trabalho (Gestão 2004-2007) a necessidade da construçãocoletiva de uma nova concepção que possibilite a formulação deuma agenda política para a enfermagem brasileira e novo modeloorganizacional para o conjunto das associações de enfermagem,junto ao Fórum Nacional de Entidades de Enfermagem. Destaforma, pautou como prioridade no seu plano de atividades doano de 2005, o desenvolvimento do projeto "Repensar a ABEn",a partir da reflexão junto aos seus associados "qual a ABEnqueremos? Com quem? Para que? Para assim, encaminharcoletivamente a construção dos caminhos que poderão indicaro futuro, no atual momento histórico.

O debate será coordenado pela vice-presidenta da ABEnNacional, professora Ivete Santos Barreto.EssaTribuna teráduas horas de trabalho 20 minutos de exposição e o temporestante para discussão e elaboração de propostas.

Comissão Organizadora do 9º SENADEn

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M e m ó r i a A B E n

ABEn - jan.fev.mar. 200520

Marize CastroJornalista Responsável do jornal ABEn

esta edição, a seção Memória ABEn terá comoprotagonista o veículo de comunicação daAssociação Brasileira de Enfermagem, ou seja,este periódico que trimestralmente chega atévocê, leitor. Inúmeras transformaçõesaconteceram desde o seu nascimento, inclusive,mudanças no próprio nome. Denominou-se nasdécadas de 1950 e 1960 de BoletimInformativo da ABEn, a partir de 1973 foi

nomeado de Informativo ABEn e, finalmente, em 2003,após vários avanços editoriais, a exemplo de artigosanalíticos, científicos e reflexivos, intitulou-se,criteriosamente, ABEn, Jornal da Associação Brasileira deEnfermagem.

A possibilidade da criação de um órgão de comunicaçãoda instituição começou a ser discutida nas reuniões dadiretoria de março e abril de 1957. Em março do anoseguinte, 1958, a enfermeira Marina de Andrade Resende,editora da revista REBEn (escrita à época RBEn) informou àdiretoria ter saído o primeiro Boletim Informativo da ABEn,Segundo ela, a impressão, em multilite processo deimpressão análogo ao offset, usado sobretudo para imprimirfolhas de formato pequeno , foi patrocinada pelo SESP, eo papel, doado pelo Ministério da Saúde. Na ocasião, oboletim foi distribuído às dezessete seções estaduaisexistentes à época, cinco distritos e às escolas deEnfermagem e de Auxiliar de Enfermagem. Conservando,a partir de então, uma expedição mensal, constante eregular , como narra Anayde Corrêa de Carvalho na página363 do seu livro Associação Brasileira de Enfermagem 1926-1976, Documentário. A Seção de Enfermagem da Divisão deOrganização Sanitária do MS, a Escola de EnfermagemAlfredo Pinto e o Serviço de Enfermagem do Hospital doServidor do Estado auxiliavam na remessa dos boletins àsescolas e seções. Essas expedições foram depois aumentadas,incluindo os membros da diretoria e presidente decomissões.

Jornal daABEn

Edição do Informativo da década de 1980

uma história deconquistas na

comunicação entrea ABEn Nacional,

sócios e parceirosCorroborando com o

pensamento de que a históriadesta publicação é uma históriade permanentes lutas econquistas, conforme a narrativade Anayde Corrêa de Carvalho,já no ano de 1961 houve anecessidade de suspender aremessa para as escolas, umaestratégia para diminuir asdespesas que estavam além das possibilidades da ABEn. Aautora conta ainda que a doação de trinta mil cruzeirosdos laboratórios Johnson e Johnson, destinados à bolsaLaís Netto dos Reys , foi empregada, por decisão da

diretoria e assentimento da patrocinadora, na compra depapel para o boletim informativo .

Mesmo com os obstáculos enfrentados, no ano de 1962foram enviados 1.590 exemplares às sucursais, 275 paraavulsos, 72 para permuta e três foram enviados ao estrangeiro.

Ainda em 1962, Marina de Andrade Resende, entãopresidenta da ABEn e editora da RBEn, revelou no relatóriode atividades da instituição que o boletim estava, de fato,sob a responsabilidade da revista, pois era considerada umaatividade de publicação, ao contrário do que constava noregime interno que atribuía a produção do BI para asecretaria executiva da ABEn.

Em 1963, a diretoria reviu essa situação, atribuindo aconfecção e expedição do BI para editoria da RBEn. Aindanesse ano, o boletim voltou a ser distribuído às escolas.Porém as dificuldades e mudanças que atingiam a revistarefletiam-se na elaboração do boletim, quaseimpossibilitando a existência dessa publicação. Portanto,algumas medidas foram novamente tomadas: De janeiro ajulho de 1964 o BI foi publicado em São Paulo, com acolaboração da então segunda secretária da ABEn, EnirSouza Lima. Em agosto de 1964, o boletim voltou a sereditado pela editoria da RBEn, no entanto, retornou à

diretoria em maio de 1965. Responsabilizavam-se por suaprodução e expedição a presidenta e a secretária executivada ABEn, segundo Anayde Corrêa de Carvalho, por seremas pessoas a quem são dirigidas as notícias e que têm asinformações em primeira mão. O atual jornal ABEn, nesteainda início do século XXI, mantém essa mesma práticacomo uma forma de agilizar e viabilizar a confecção destapublicação na qual vários profissionais despenderam todasas suas forças, trabalhando com aferro durante várias décadaspara atingir um objetivo maior, ou seja, a continuidadedesta publicação que se encontra, bravamente, comperiodicidade semestral e tiragem de 10 mil exemplares,na sua edição ano 47 - n. 1.

Constantemente realizando alterações em suaidentidade visual, este veículo de comunicação estevedurante sua história em permanente metamorfose, semprecom a finalidade de torná-lo mais atraente e despertar aatenção de maior número de associados para sua leitura ,afirma Anayde Corrêa ainda no seu livro sobre a ABEn.Finalmente,após discussões, embates, acertos e ajustes, comuma tiragem inicial de 100 exemplares,este jornaltransformou-se no mais amplo arauto da AssociaçãoBrasileira de Enfermagem.