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natureza.espaços verdes

atividades

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PROPRIEDADE

Centro de Educação Integral, s.a.Rua Jornal “O Regional”, 372 | 3700-024 São João da Madeira

tel 256 828 816 | fax 256 824 249 | e-mail [email protected]

www.centro-edu-integral.pt

DIREÇÃO

Joaquim Augusto Valente da Silva

COORDENAÇÃO

Isabel Valente

DESIGN GRÁFICO | PAGINAÇÃO | ILUSTRAÇÃO

Carlos Soeira

[email protected] · 916966965

IMPRESSÃO

Escola Tipográfica das Missões

Vila de Cucujães · 256 899 340

DEPÓSITO LEGAL 62427|93

TIRAGEM 1000 exemplares

ficha técnica | 2

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Editorial Joaquim Valente

AtividadesRetrospetiva 2011 | 12

Cei 24 O Departamento de Matemática e TIC

IV Ginástica na Escola Daniela Sá Serra

Troca de Saberes – Continuando a Crescer Ana Lúcia Valente

Biblioteca Pe. António Moura de Aguiar Jaime Ribeiro

X Feira Medieval Augusto Pinho

Caderno das Reflexões 2011 | 12V Reflexões da Primavera Coordenadores

PerspetivasEu Tenho um Sonho Joaquim Valente

Aprender sem Fronteiras Antero Afonso | Francisco Jacinto

“Our Natural and Cultural World Heritage!” Isabel Valente

Comenius Day Maria João Coimbra

Play, Learn and Grow… Carla Monteiro

Xadrez – A Perder Também se Ganha Antero Afonso

O Xadrez no CEI Inês Cruz

A Literacia Visual na Educação de Crianças e Jovens! Ricardo Pistola

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Escola | Família – Parceiros na Educação! Educadoras do Pré-escolar

Crescer é um Desafio Professores do 1º Ciclo | Gabinete de Psicologia

Dislexia – a Dificuldade de Aprender! Francisco Valente

Psicomotricidade para Bebés Daniela Sá Serra

Um Dia no Laboratório Susana Ferreira | Isabel Dias

CriatividadesAos Nossos Pequenos – Grandes Artistas…

Andrea Carvalho | Diná Rocha

IV Concurso de Poesia Alunos

Percursos no CEICEI, por um Futuro Melhor! Helga Pissarra

CEI, Crescemos Juntos! Joana Vieira | Lídia Lima

CEI, Muito Mais do que Uma Escola Virgínia Leão Martins Adegas

CEI | Resultados do Concurso Nacional de Acesso 2012

Plano Anual de Atividades 2012 | 13

Família do CEI 2011 | 12

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editorial

procurando dar resposta às exigências do quotidiano da sociedade atual, o Centro de Educação Integral assume-se como instituição que orienta a sua ação

educativa em torno do tema “Aprender sem Fronteiras”, na medida em que se abreà integração num mundo globalizado, sem fronteiras, formando alunos para uma vi-vência plena e partilhada de experiências cada vez mais ricas e multiculturais.

Acreditamos que não basta promover a curiosidade, o trabalho, a iniciativa ou o es-pírito crítico dos nossos alunos, mas também a aceitação, a cooperação e partilhacom o Outro, a resiliência e a investigação em prol da mudança e da inovação, tendosempre em vista a formação de verdadeiros cidadãos do mundo cujas vivências irãocertamente transpor quaisquer barreiras territoriais, nacionais ou culturais. Defen-demos a formação integral dos nossos alunos para um futuro verdadeiramente glo-balizado, colocando à vossa disposição a qualidade do ensino que ministramos, bemcomo a excelência da nossa equipa docente e não docente, sem a qual não podería-mos ir avante com um projeto tão audacioso.

Acreditamos nas famílias, bem como na relação personalizada que com elas estabe-lecemos para que seja possível educar e formar mais e melhor de acordo com as me-tas e objetivos a que se propõem, respeitando sempre a especificidade única de cadacriança e jovem que temos o privilégio de acompanhar.

Este é o ponto de partida para uma Escola para a Vida… porque decididamente valea pena “Aprender sem Fronteiras!”

Bom ano 2012.13

Joaquim Valente | Diretor do CEI

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Retrospetiva 2011 | 12

Semana com os AvósNa semana de 9 a 14 de outubro, foi a semana dos avós na cre-che! Os avós vieram visitar e conhecer ambiente e amigos comos quais os seus netinhos convive, e surpreenderam toda gen-te com a sua boa disposição e amabilidade.Sempre bem-dispostos e divertidos esta semana trouxe a to-dos os avós momentos muito divertidos e ternurentos e cul-minou com um grande lanche partilhado na sexta-feira, dia 14de outubro.Educadoras | Creche

O Dia dos Avós com o Pré-EscolarO papel dos avós na família vai muito além dos mimos dadosaos netos, e muitas vezes eles são o suporte afetivo e financeirode pais e filhos. Por isso, se diz que os avós são pais duas vezes.As avós são também chamadas de “segunda mãe”, e os avôs,de “segundo pai”, e muitas vezes estão ao lado e mesmo à fren-te da educação de seus netos, com sua sabedoria, experiência.Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a experiência de vida,reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos li-vros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas e coma própria natureza.Na sexta-feira, dia 4 de outubro, fizemos uma festa aos nossosavós. Com muito carinho, preparamos uma bela surpresa e fei-tas pelas mãos das nossas crianças de 3, 4, 5 anos os nossosavós tinham à sua espera belas flores. Para além disso os nos-sos meninos, presentearam os seus avós com uma bela canção,ensaiada durante a semana. Os avós vieram à nossa festa, e fi-caram depois para um pequeno lanche partilhado, com chá, su-mos, bolinhos e salgadinhos entre outras iguarias. Com muito

carinho e docinhos foi uma tarde bem passada em que o amore ligação entre netos e avós esteve sempre presente.Educadoras | Pré-escolar

Encontro com a Escritora Luísa Ducla SoaresNo dia 14 de outubro, os alunos do 3º e 4º anos, foram à Bi-blioteca Municipal de S. João da Madeira, para participaremnum encontro com a escritora Luísa Ducla Soares.Depois de terem trabalhado algumas das suas obras na salade aula, os alunos tiveram oportunidade de conhecer pessoal-mente a escritora. Fizeram-lhe uma entrevista, ficando a co-nhecê-la melhor.No final, os alunos mostraram à escritora alguns dos trabalhosque tinham realizado, na sala de aula, sobre as suas obras. Pu-deram também comprar alguns dos seus livros, tendo o privi-légio de receber um autógrafo da autora.Alunos | I Ciclo

Semana da AlimentaçãoDurante esta semana a creche trabalhou sobre o assunto: Ali-mentação Saudável. Os nossos meninos tocaram, sentiram, chei-raram, provaram os alimentos, na sua maioria frutas e legumes.Para encerrar fizemos biscoitos para complementar o lanche eos nossos pequeninos não recusaram, muito pelo contrário,meteram mãos à obra e fizeram deliciosos biscoitos. Encerra-mos o dia pedindo aos pais que em colaboração com os seusmeninos nos construíssem tabuleiros com demonstrações decomida saudável, feitos com material reciclável.Os resultados foram… deliciosos!Educadoras | Creche

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Halloween…The Halloween day, a day to remember.The preparation of the Halloween for the primary-schoolpupils was made by us. Our group was in charge of the orga-nization for the 1st and 2nd grade classes and the other groupsorganized the activities for the 3rd and 4th grade students.In the English classes, we began to distribute some tasks andeverybody was able to accomplish them.• Gonçalo had to bring 3 apples and 3 bags of gums.• Francisca had to bring 4 webs, 20 spiders, some candies and

some plastic bags.• Rita had to bring 3 apples, some plastic bags, a packet of

flour, a cauldron, some candies and balloons.• Belisa had to bring the computer and the camera.On the day before Halloween we made some candy bags forall the students.Finally, the big day came…We arrived to school and there were some “butterflies flyingaround in our tummy without direction”. We were very nervous.At 12:45 p.m. we went to the classrooms to prepare everything.When we finished, we looked around and it was beautiful… af-ter that, we had lunch. And very quickly we decorated the class-room of the 1st grade. At 2 p.m. the 1st grade pupils went to theirclassroom, and we had some problems with the computer, soBelisa went with the primary teacher to the other classroomand fixed the problem. In the mean time Rita, Francisca andGonçalo asked the students their names. The time was pass-ing by in a blink of an eye…Rita and Gonçalo made the games with the 1st grade pupilsand Belisa and Francisca were on the 2nd grade classroom.

All of us went outside to make some games. Unfortunatelythe 1st grade couldn’t be there because they had to go to thegym class.We started by doing the “bobbing for apples” game. It wasvery funny and the kids loved it. There was flour all over theplace, it was really a mess, but a cute mess!Then we made a magic potion. And it was really interesting tosee that they knew all the vocabulary, all the words related toHalloween.At the end of the day there was a “flour war” between Fran-cisca, Edgar, Belisa, Sérgio, Rita and Gonçalo. We knew weshouldn’t do it, but after this tiring day we all needed somefun too.Written by: Ana Rita, Belisa, Francisca, Gonçalo Toscano | Students from the 8th Grade

Revised by: Carla Monteiro | English Teacher

S. MartinhoNo passado dia 5 de novembro, festejámos o S. Martinho naCreche.As crianças tiveram a oportunidade de ouvir uma história ever um pequeno filme sobre o S. Martinho, onde aprenderamque o espírito de partilha, de solidariedade e cooperação é mui-to importante.Mais tarde, as crianças foram presenteadas com castanhas as-sadas, o que para alguns dos mais pequeninos foi uma pri-meira apetitosa experiência.A alegria reinou… Principalmente quando a nós se juntaram ospapás para um apetitoso lanche. As crianças, divertiram-se acomer e descascar castanhas e bebeu-se muito suminho.Educadoras | Creche

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Feira do LivroNa última semana de aulas do 1º período, os alunos e profes-sores do 1º Ciclo organizaram e levaram a cabo uma Feira do Li-vro, no âmbito do Projeto Curricular de Escola.Ao longo desta semana foram dinamizadas várias atividadesque pretenderam desenvolver o gosto pela leitura nos alunos.Dia 12 de dezembroOs nossos alunos tiveram a oportunidade de conversar coma escritora Leonor Mexia, autora do livro “A Caixa da Avó Ma-ria” e puderam esclarecer toda a sua curiosidade sobre a au-tora e o seu livro. No fim, a autora disponibilizou-se para au-tografar os exemplares do livro comprados pelos alunos.Dia 13 de dezembroOs alunos assistiram a um recital de poesia, do Clube da Poe-sia da Divisão de Ação Social e Qualidade de Vida da CâmaraMunicipal de Santa Maria da Feira, em que foram declamadose dramatizados textos que retratavam profissões.Dia 14 de dezembroA escritora Alice Cardoso, autora das coleções Melinda, Alanae Bruxinha Luna, entre outros títulos, esteve na biblioteca danossa escola onde explicou, aos alunos do pré-escolar e 1º Ci-clo, como se faz um livro e como escolhe os temas para as suasobras. No final, autografou os seus livros que tinham sido com-prados pelos alunos.Durante toda a semana os alunos, pais e professores do Cen-tro de Educação Integral puderam escolher e comprar livros naFeira do livro a preços muito especiais.Alunos | I Ciclo

Festa de NatalA nossa creche comemorou também a quadra festiva do Natal.Durante a semana de 13 a 17 de dezembro todos nós, pequeni-nos e graúdos, estívemos muito ocupados preparando as ati-vidades para o Natal. Decoramos a nossa creche com muitobrio, empenho e gosto com várias decorações que os própriosmeninos fizeram ou colaboraram na construção. Ficou real-mente bonita.Os mais crescidos foram até ao Shopping cumprimentar oPai Natal.É claro que não poderíamos esquecer a preparação para a pe-quena festa de Natal, os pais que foram convidados para um pe-queno lanche partilhado, e na qual não faltou sequer o Pai Na-tal, que distribuiu pequenas prendinhas por todos os meninos.Educadoras | Creche

O Natal na PréDe 12 a 16 de dezembro as crianças do Pré-escolar, como já vemsendo hábito de uns anos a esta parte, viveram uma semanadedicada ao natal.As Educadoras procuraram organizar um programa em que ascrianças tivessem experiências diferentes todos os dias. Apro-veitando diversos espaços públicos, existentes na comunidadeenvolvente e algumas das atividades por eles promovidas, pre-tendia-se acima de tudo que as crianças se divertissem e vi-vessem o natal de forma diferente.Começou-se por ir à Biblioteca assistir à história do “PatinhoFeio” no flanelógrafo, tendo os meninos participado ativamen-te durante o conto. No final, cada criança decorou um cisne que

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levou para casa. Na nossa escola e no espaço da Biblioteca In-fantil os meninos ouviram a história “Nas Asas do Arco-íris” pe-la voz da própria autora do livro que também explicou aos me-ninos todos os passos para a conceção de um livro. No final ascrianças colocaram questões à autora que de forma muito sim-pática e eloquente as esclareceu. Alguns meninos adquiriram olivro que a autora carinhosamente autografou. Esta iniciativa es-tava integrada na Feira do Livro organizada pelo 1º Ciclo.Para que o Pai Natal não se esquecesse das prendas que cadamenino queria no sapatinho, escreveram-se as cartas e lá fo-mos de boleia com o Sr. António a caminho dos correios, paraque o senhor de barbas branquinhas tivesse tempo para ar-ranjar todos os brinquedos pedidos.O Museu da Chapelaria, outro dos sítios visitados durante es-ta semana, revelou ser uma experiência enriquecedora para ascrianças. A visita guiada elucidou as crianças acerca de comose faziam os chapéus e também proporcionou a oportunidadede experimentarem diferentes modelos de chapéus. No finalas monitoras prepararam uma oficina em que as crianças ti-nham de construir uma ovelha com molas de roupa e fios.A ida ao cinema foi sem dúvida o ponto alto da semana, eleitapelas crianças a atividade que mais gostaram. Para alguns dosnossos meninos esta foi a primeira vez que foram ao cinema,daí que estivessem ainda mais ansiosos por este dia. O filme“Artur Salva o Natal” transportou as crianças para o mundoda fantasia e fê-las perceber o quão importante é todas ascrianças serem brindadas com a visita do Pai Natal na noite denatal. O filme foi acompanhado por pipocas que por sinal es-tavam bem docinhas.

E assim se viveu mais uma semana dedicada ao Natal pelascrianças do Pré-Escolar.Educadoras | Pré-escolar

As JaneirasOs nossos meninos cantam as janeiras. Equipados a rigor comcoroas que eles próprios fizeram e mantos, assim como algunsoutros instrumentos e adereços, os nossos meninos da creche,deslocaram-se pelas salas cantando as janeiras aos alunos epessoal docente do CEI.Os nossos pequenos artistas maravilharam todos, com as suasvozes e os seus fantásticos instrumentos e adereços.E de tal modo cativaram e encantaram que até foram presen-teados com as janeiras, neste caso chocolates e outras peque-nas lambarices que fizeram as delícias dos nossos pequenos.Educadoras | Creche

Cantar os ReisCantar as Janeiras ou “Cantar os Reis” é uma tradição em Por-tugal que consiste no cantar de músicas pelas ruas por gruposde pessoas anunciando o nascimento de Jesus, desejando umfeliz ano novo. Esses grupos vão de porta em porta, pedindoaos residentes as sobras das Festas Natalícias. Hoje em dia, es-sas “sobras” traduzem-se muitas vezes em dinheiro.Durante o mês de Janeiro, os meninos da Pré do Centro de Edu-cação Integral vivenciaram a tradição cultural existente nonosso país – “Cantar as Janeiras”, contribuindo de uma formadidática para a preservação de uma tradição ancestral que cor-re o risco de desaparecer, como muitas outras. Houve pesqui-

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sas e diálogos sobre o tema e depois colocamos mãos à obra.Escolhemos uma canção e começaram os ensaios.A par dos ensaios, nas salas foram feitas coroas. Acompanha-das das Educadoras, as crianças de 3, 4 e 5 anos, ostentando asfamosas coroas dos Reis Magos e capas, saíram à rua para can-tar as Janeiras, dando a conhecer o motivo da sua presença ede tanta animação.Em vésperas de Dia de Reis e numa manhã em que até o solquis colaborar, as crianças percorreram as ruas de S. João daMadeira e entoaram cânticos tradicionais de boas festas. Emostraram que tinham ensaiado bem as letras das quadras,pois não foi preciso papel, fazendo-se ouvir em alto e bom som.Depois de cantarem, lá vinha a oferta, variável em função decada estabelecimento comercial ou de serviços, dividindo-seas ofertas entre dinheiro, chocolates e rebuçados.Esta iniciativa foi bem recebida por todos aqueles que assisti-ram, contribuindo com as suas ofertas.A população acolheu com muito agrado e carinho esta inicia-tiva escolar, tratando-se de uma tradição antiga e popular(re)vivida por crianças.Educadoras | Pré-escolar

O CarnavalPorque somos tão pequeninos, os nosso Carnaval, foi come-morado de forma diferente.Confecionados os nossos fatos, feitos com materiais reciclá-veis e baseados na temática dos peixes e aquários, perspetiva-mos já o nosso futuro passeio de final de ano ao SeaLife.Desfilamos pelo CEI, a todos encantando e deslumbrando como nosso riso e formusura.

Depois brincamos disfarçados, correndo, dançando e rindo.No final muito aprumados, belas fotografias tiramos paramais tarde recordar.Educadoras | Creche

Carnaval das EscolasNo dia 11 de fevereiro, os alunos do 1º Ciclo, participaram no játradicional Carnaval das Escolas de São João da Madeira.Subordinado ao tema “Contos e Lendas”, o dia do desfile foi oculminar de algumas semanas em que se pesquisaram e secompreenderam melhor algumas lendas e contos tradicionais.Foi escolhido o conto “A Princesa e o Sapo”, a partir do qual fo-ram pensadas as fantasias para o corso. Os alunos do 1º Cicloforam fantasiados de Feiticeiros e Feiticeiras | Bruxas.Esta atividade teve a organização da Câmara Municipal deSão João da Madeira e contou com a participação das esco-las do concelho que se sentiram cativadas pelo projeto.Foi uma oportunidade de interagir com o meio envolventeda nossa escola, contactando com alunos de outros Ciclos ede outras escolas, fomentando a diversão paralelamente àaprendizagem.Alunos | I Ciclo

Uma Aventura com UlissesNo dia 14 de março, os alunos do 6º ano tiveram uma manhãdiferente – deram uma folga aos livros e cadernos e foram as-sistir à peça “A Aventura de Ulisses”, no Teatro Rivoli.As aventuras e desventuras de um herói por todos conhecidofizeram as delícias dos alunos nas aulas de Português, no en-

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tanto, assistir ao vivo à representação da obra de Maria Alber-ta Menéres foi algo extraordinário pela diferença, pela origi-nalidade, criatividade e diversão que a versão do grupo Cultu-ral Kids apresenta – a história desenrola-se como sendo umjogo de PlayStation em que os jogadores são vários Deuses doOlimpo cuja ação influencia as aventuras vividas por Ulisses eos seus companheiros. Atores dinâmicos e divertidos deramcorpo às personagens do livro e encantaram uma sala cheia deolhinhos atentos e curiosos.A ida ao teatro foi uma experiência diferente que proporcionouaos alunos a oportunidade de assistir à transfiguração das per-sonagens e das ações narradas na obra para a magia do palco.Ficou a vontade de voltar!Alunos | 6º Ano

Dia do PaiNeste dia especial fizemos uma pequena surpresa aos nossospapás.Em colaboração com as mamãs pedimos que trouxessem umacamisa e gravata dos papás e vestidos a rigor, tiramos uma fo-to que ilustrava o quanto estamos ansiosos por crescer e seriguais aos nossos papás.E como eles ficaram babados quando nos viram. Tal pai, tal fi-lho, não é?!…

Dia da ÁrvoreNo passado dia 21 de março comemoramos o dia da árvore.A árvore ganhou um dia especial em virtude da sua importân-cia para a vida humana e também com a chegada da prima-

vera, onde ganham nova vida e abrem lindas flores que dão ori-gem a novas árvores.Com a chegada da primavera o mundo alegra-se, pois enche-se de flores e cores.Por isso é que comemoramos este dia também na creche e pa-ra tal fizemos pequenos trabalhos artísticos para decorarmosos nossos quartos.

Visita de Estudo ao Museu do Carro ElétricoNo dia 21 de março de 2012, os alunos da turma do 6º ano ti-veram oportunidade de visitar o Museu do Carro Elétrico, na ci-dade do Porto. Quando chegaram, foram bem recebidos pelosfuncionários, que eram muito simpáticos e atenciosos. En-quanto visitaram o museu, uma guia ensinou e contou histó-rias antigas sobre os transportes públicos da época, das mu-danças, do carro americano (puxado por mulas) para os carroselétricos sobre carris, dos carros elétricos sobre carris para oscarros atrelados com rodas, e assim progressivamente. Aindativeram a oportunidade de assistir a pequenas dramatizações,por sinal muito engraçadas, com duas personagens, em queuma delas não se adaptava às novas invenções. Posteriormen-te, o guarda-freio do carro elétrico nº 18 levou-os a dar um pas-seio pela bonita cidade do Porto.Foi uma visita de estudo muito motivante para os alunos, queserviu para clarificar e assimilar alguns conhecimentos já tra-balhados em contexto de sala de aula, na disciplina de Histó-ria e Geografia de Portugal.Augusto Pinho

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Dia da MãeNós, os meninos da Creche, vivemos emoções muito fortes nosúltimos dias: fizemos uma prenda para dar à mãe e prepara-mos-lhe uma surpresa!Para isso procuramos uma mensagem especial que traduzisseo que sentimos e depois de muito procurar finalmente encon-tramos a mensagem ideal: Adoro-te Mamã!Com a nossa mensagem e foto, juntamos uma pequena men-sagem. E as nossas mamãs adoraram pousar para as fotoscom os seus pequenos rebentos.Foi um dia especial, cheio de carinho e ternura.Educadoras | Creche

Espetáculo “Jorindo e Jorinda”No dia 19 de maio, os alunos do 1º Ciclo participaram no espetá-culo “Jorindo e Jorinda”, realizado no anfiteatro da nossa escola.Este espetáculo foi organizado pelo corpo docente do Curso Bá-sico de Dança, da escola de dança “Ginasiano”, que há algunsanos tem uma parceria com o Centro de Educação Integral.Esta atividade teve, para além dos alunos do 1º Ciclo, a partici-pação dos alunos da Pré, do 1º e 2º ano do Vocacional (2º Ciclodo Ensino Básico).

Mais uma vez pudemos constatar o resultado do trabalhorealizado ao longo do ano. Os nossos artistas demonstraramtodas as suas capacidades e graciosidade, encantando todaa assembleia.Alunos | I Ciclo

Mexe-te pela tua SaúdeA atividade física e os desportos saudáveis são essenciais paraa nossa saúde e bem-estar. Constituem um dos pilares para umestilo de vida saudável, a par de alimentação saudável, vidasem tabaco e sem outras substâncias perigosas para a saúde.A prática regular de actividade física e de desporto beneficiam,física, social e mentalmente, toda a população, homens ou mu-lheres de todas as idades, incluindo pessoas com incapacidades.Na Lei de Bases do Sistema Educativo (ponto 5 do artigo 48º daLei n.º 46/1986 de 14 de outubro, e do artigo 51º da Lei n.º49/2005 de 31 de agosto), destaca-se o Desporto Escolar comoum factor nuclear da organização escolar: “O desporto escolarvisa especificamente a promoção da saúde e condição física, aaquisição de hábitos e condutas motoras e o entendimento dodesporto como factor de cultura, estimulando sentimentos desolidariedade, cooperação, autonomia e criatividade, devendoser fomentada a sua gestão pelos estudantes praticantes, salva-guardando-se a orientação por profissionais qualificados”.

No Centro de Educação Integral acreditamos que ao desenvol-ver o Desporto Escolar: investe-se na promoção da Saúde, poupa-se nas despesas de doença e melhora-se a Educação nas Escolas.Assim sendo, no dia 31 de maio de 2012 realizou-se na nossaEscola o “Mexe-te pela tua Saúde”, atividade organizada pe-los alunos do secundário (do ensino Regular). Foi um diacheio de atividades desportivas onde toda a escola foi conta-giada por uma energia e alegria que nem todos os dias a con-seguimos vivenciar.

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Destacamos o concurso de dança onde todas as turmas bri-lharam com as suas coreografias e originalidade, todos estãode parabéns. Entre muitas actividades destacaram-se as se-guintes: Judo, Hip-hop, Ténis, Ginástica acrobática, bad-mington, Ténis de Mesa… entre muitas outras.Neste ano no “Mexe-te pela tua Saúde” as turmas em algumasactividades competiam entre si para ver quem obtinha me-lhores resultados, no final as turmas com melhores resultadosforam: 1º – cpr2 • 2º – hot4 • 3º – cps7.Num tempo em que se fala tanto de crise… pode-se afirmarque no “Mexe-te pela tua Saúde” – a saúde e o desporto nãoestiveram em crise!Tiago Ferreira

Dia da CriançaNeste dia especial andamos muito atarefados. O Zacarias veiovisitar-nos, e connosco cantou canções e a muitos jogos brincou.Para os insufláveis a fila era enorme e todos queríamos sal-tar e pular.Como a brincadeira foi tanta não houve muita disponibilidadepara registar os momentos com a máquina fotográfica, no en-tanto, aqui ficam algumas fotos…E no final os pais convidamos para um pequeno lanchinho par-tilhado. E que delicia! Convivemos e lambuzamo-nos.Balões, pipocas, pinturas faciais, palhaços e insufláveis e lam-barices… Foi um dia em cheio!Educadoras | Creche

Passeio Escolar à KidzaniaNo dia 8 de junho, os alunos do 1º Ciclo, foram a Lisboa visitara Kidzania.Esta atividade decorreu no âmbito do Projeto Curricular de Es-cola – “Empreendendo para um Futuro Global”.Durante a visita, os alunos tiveram oportunidade de experi-mentar várias profissões, numa cidade à sua escala, divertindo-se enquanto aprendiam.Assim, puderam brincar aos adultos no supermercado, no hos-pital, no quartel dos bombeiros, nos correios,… e aprender a ge-rir o dinheiro, constatando que é necessário trabalhar para ga-nhar dinheiro e saber quando e onde o gastar.

1º Ciclo no LaboratórioAproveitando o laboratório da escola e a disponibilidade daprof.ª Susana Ferreira, de Física e Química, os alunos do 1º Ciclopuderam realizar algumas experiências, constante do seu Pro-grama Curricular.Esta atividade aconteceu no dia 15 de junho e teve a ajuda do10º ano, que prepararam e orientaram as experiências.Assim, puderam constatar que o ar tem peso, que há solos per-meáveis e impermeáveis, que há materiais que se dissolvem eoutros não, o magnetismo dos ímanes, etc.Foram momentos de aprendizagem e de interação entre dife-rentes idades.Obrigado a todos os professores e alunos que se disponibili-zaram para a realização desta atividade.Alunos | I Ciclo

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Marchas PopularesA 21 de junho de 2012, o CEI participou com 110 elementos nasMarchas Populares de S. João da Madeira.Os nossos alunos dançaram, marcharam e cantaram ao longoda Avenida da Liberdade e actuaram no “marchódromo” comentusiasmo, alegria e dedicação.Sendo o seu lema “Empreendendo para um Futuro Global”,os alunos do CEI demonstraram porque acreditam que umaparticipação activa na comunidade lhes proporciona umamaior abertura e preparação para uma vivência plena e res-ponsável da sua cidadania, seja enquanto crianças ou jovens.Desta forma, o trabalho, o rigor e a excelência não estiveramisolados da diversão, motivação e de todo o alvoroço resul-tante de mais uma participação apaixonada neste projectoda nossa cidade.

texto introdutório das Marchas Populares

Este ano, S. João

Escolheu um tema diferente.

Um tema original

Que agradou a toda a gente!

Este tema é tão lindo,

Sei que vão gostar.

Vamos falar d’arte,

Uma arte d’encantar!

Se és artista a valer

E a escultura é o teu forte,

Faz a estátua do povo

Do nobre povo do Norte.

Por favor pinta um retrato

Do Portugal inteirinho,

Vermelho, verde e amarelo

Com todo o amor e carinho!

Ó meu rico S. João,

Despeço-me a cantar,

Espera o CEI p’ró ano,

Pois sei que vai voltar!

Marília Costa | 5º Ano

Campo de FériasO nosso campo de férias teve início no dia 25 de junho e ter-minou a 31 de julho. Foram muitas as atividades realizadas:praia, piscina, karaoke, judo, ténis, visitas ao exterior, ativi-dades de expressão plástica, atividades científicas | labora-toriais, petanque, informática, culinária, dança…Todas as atividades foram planeadas e desenvolvidas por pro-fessores de diferentes níveis de ensino da nossa instituição,com vista a proporcionar aos nossos alunos uma ocupaçãocriativa, formativa, que visou o seu enriquecimento cultural, cí-vico, desportivo e artístico.O balanço não poderia ser melhor!!! Os alunos participaramcom entusiasmo nas atividades propostas, tendo mostradoenergia, companheirismo, espirito de equipa e comportamen-tos saudáveis, caraterísticos das nossas crianças.Depois de 5 semanas intensas de atividades, as crianças foramde férias, cheias de alegria, boa disposição e vontade de voltarpara o ano.Tiago Ferreira

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Cei 24V torneio inter-colégios

no dia 01 de março, decorreu a V edição do CEI24 – Tor-neio Inter-colégios, com a participação de 48 alunos, num to-tal de 6 Colégios. Todos se entregaram de forma entusiasta aodesafio de se superarem a si próprios e aos outros, ao nível docálculo mental. Claro, que também foi necessário dominaraquela ansiedade própria destes grandes momentos.

Porque nada melhor do que serem os próprios alunos a falardo que foi para eles este torneio, aqui ficam as suas palavras.

Foi uma honra ter participado no CEI24. Adorava poder partici-par de novo, no próximo ano. Foi inesquecível. (Saskia – 6º ano)

O CEI24 foi uma experiência única que me fez rir, chorar e, porincrível que pareça, fez-me crescer, não ao nível do cálculo men-tal, mas acima de tudo, ensinou-me que, aconteça o que acon-tecer, perdendo ou ganhando, nós temos muito valor e nuncapodemos desanimar ou ter medo que os outros sejam melhordo que nós. Quem sabe, um dia, até podemos vir a ser melhores.Mas nunca nos devemos gabar por isso.O CEI24 foi uma experiência ótima que me vai marcar para sem-pre. (Ana Francisca – 6º ano)

O CEI24 foi uma experiência ótima que adorava repetir até ao úl-timo ano de escola, pois é um jogo divertido e que eu jogo muitobem. Eu gostei muito de participar e este ano foi ainda mais fixe!Gostava muito que continuassem a organizar o CEI24 no próxi-mo ano. (Filipa – 6º ano)

Foi uma experiência que nunca mais vou esquecer! Não ganhei,mas representar a escola foi uma sensação incrível. Foi superdi-vertido. Nunca me vou esquecer deste dia extraordinário.Saber que fui ao CEI24 por merecer, foi fantástico. Espero ir ou-tra vez no próximo ano.Obrigada por esta Escola fantástica. (Marília – 5º ano)

Foi uma sensação boa representar a escola num torneio destagrandeza. Foi algo memorável e uma experiência inesquecível.Foi bom conhecermos amigos de outras escolas.Foi difícil a caminhada, mas cheguei até aqui confiante. Estarno torneio foi impressionante. Espero ir outra vez no próximoano, pois valeu mesmo a pena. (Cláudio – 5º ano)

Foi muito educativo, desenvolveu mais o meu cálculo mental,foi muito divertido, foi uma EXPERIÊNCIA ESPETACULAR! Obri-

Alunos representantes do CEI no Torneio

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gada por me terem proporcionado uma experiência tão BOA! (Rita – 5º ano)

Ao António, do 7º ano e à Rita, à Belisa e ao Francisco, do 8º ano,agradecemos também a preciosa ajuda como júris de mesa.

Para a turma do 7º ano, uma palavra muito especial de grati-dão. Graças a estes alunos, o CEI24 foi possível.

No âmbito do Trabalho de Projeto de Matemática e TIC, desen-volveram um trabalho árduo e eficaz na organização do Torneio.Sem dúvida, tiveram um papel fundamental para que tudo ti-vesse decorrido tão bem. Foram, de facto, grandes empreende-dores. Parabéns!

Registamos também, com muito agrado, as suas palavras so-bre esta experiência.

Competição • Espetacular • Incrível24 Apenas uma palavra para vencer! (Eduarda – 7º ano)

Para mim, organizar o CEI24 foi uma nova e boa experiência emque aprendi a ser mais responsável e ver que há muito trabalhopor detrás de um evento destes. Estar na organização fez-me cres-cer, ganhar responsabilidade, ajudar a receber e acolher os outros.Gostei muito desta experiência única! (Ana – 7º ano)

O CEI24, só pelo nome já dá vontade de investigar e querer sa-ber de que se trata. Foi uma experiência inesquecível porque mesenti orgulhoso de ter ajudado a realizar este evento, fez-me sen-tir útil. Espero ter outras experiências como esta. (Diogo – 7º ano)

Depois do CEI24Fui para o meu quarto.Estava cansadoMas senti-me realizado. (António – 7º ano)

O CEI24 foi muito bom, bom, bom, bom.Devemos voltar a repetir já, já, já, já.No CEI24Jogaram a toda a horaFoi só ganhar muito, muitos pontosAlguém me arranje um prémio bom, bom, bom, bom, já, já, já, já.(Duarte – 7º ano)

Com o CEI24 fomos muito mais além e aprendemos muito. (Micaela – 7º ano)

Um dia espetacularNós passámosQue já há muito tempoEra esperado.

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Há quem digaQue foi um bom ato,Mas eu digoQue foi o melhor CEI24. (Henrique – 7º ano)

Organizar o CEI24 foi incrível, inesquecível e divertido. Por mim,fazia-se todos os anos. (João – 7º ano)

Para mim, o CEI24 foi uma boa experiência. O que mais gosteifoi de fazer parte da organização. Adorei e que se repita por mui-tos anos. (Gustavo – 7º ano)

A grande surpresa foi a presença ao vivo do Redfoo, dos LMFAO.

CEI 24, o Evento de uma VidaHoje olhamos para trás e pensamos “O que é que aconteceu nodia 1 de Março de 2012?”. A resposta é óbvia, foi nesse dia queocorreu um evento que nos marcou, o CEI 24.Continuamos a fazer um balanço e podemos suspirar de alívio,mas sobretudo, de prazer.

E agora revemos o início, o início de tudo.Tudo começou no primeiro dia de aulas do ano letivo, mais pre-cisamente na primeira aula de matemática. A prof.ª Esmeralda

informou-nos que como outros sétimos anos, em anos ante-riores, iriamos nós também organizar o CEI 24. Ficámos todosfelizes, apesar de que aquela notícia para nós não era surpresa.Nas primeiras etapas do trabalho de organização, trabalhá-mos exclusivamente nas aulas de TIC. No 2º período, começa-mos a pensar e a magicar em como seria o dia do torneio, ago-ra nas aulas de matemática…Chegara o dia, borboletas invadiram as nossas barrigas, umburburinho nas nossas mentes, estávamos extremamente ner-vosos, mas nada que não se soubesse.O Torneio correu lindamente. A colaboração de todos os alu-nos do 7º ano foi vital para um torneio em grande. No final, to-do o esforço e empenho valeu a pena.Agradecemos a colaboração do professor José Rocha, de TIC,pois sem ele não havia música, som nos microfones e muitasoutras coisas ao nível da elaboração e melhoramento de tan-tos materiais necessários ao torneio.Por fim, agradecemos aos professores que se empenharamcom tanta dedicação.Gonçalo Pé d’Arca, Renato Pinto | 7º ano

Estamos certos de que todos saíram vencedores. Parabéns a todos!O Departamento de Matemática e TIC

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IV Ginástica na Escola

dando continuidade ao evento realizado no passado ano letivo, o Centro de Edu-cação Integral, propôs-se organizar, com o apoio da Associação de Estabelecimentosde Ensino Privado e Cooperativo, da Câmara Municipal de S. João da Madeira e a co-laboração da Federação de Ginástica de Portugal, o “IV Ginástica na Escola”, no dia2 de junho de 2012, em São João da Madeira.

O objetivo do “Ginástica na Escola” é contribuir para o desenvolvimento das activi-dades gímnicas nas escolas particulares e cooperativas e valorizar a importância daGinástica como instrumento educativo e formativo dos jovens.

O evento foi aberto a grupos e classes de Ginástica de diversas escolas e teve lugar,pela primeira vez, no Centro de Educação Integral, em parceria com a Câmara Muni-cipal de São João da Madeira que cedeu o Pavilhão Municipal das Travessas para arealização do Sarau de Gala.

Do programa do “IV Ginástica na Escola”, fizeram parte o desfile, a apresentaçãode rua, o treino específico dos grupos e o Sarau de Gala no Pavilhão Municipal dasTravessas.

À semelhança das edições anteriores a participação no desfile|apresentação de ruateve um caráter obrigatório. O Sarau de Gala, que teve um caráter facultativo, foi com-posto pelas apresentações de excelência das escolas participantes.

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Durante o dia os jovens puderam almoçar e jantar nas instalações do Centro de Edu-cação Integral que também disponibilizou um serviço de bar permanente. A organi-zação disponibilizou também alojamento na escola, devidamente preparado para oefeito, a preços simbólicos, para os grupos de escolas mais distantes.

As escolas e grupos que participaram com mais de 300 atletas, e assim deram vidaa esta edição do evento, foram os seguintes: Ancorensis, Cooperativa de Ensino (Vi-la Praia de Âncora), Associação Desportiva Sanjoanense (S. João da Madeira), Cen-tro de Educação Integral (S. João da Madeira), Centro Social Padres Redentoris-tas (Castelo Branco), Colégio Didálvi (Barcelos), Colégio Internato dos Carvalhos(Carvalhos), Colégio de Nossa Senhora de Lourdes (Porto), Colégio da Rainha San-ta Isabel (Coimbra), Didáxis, Cooperativa de Ensino (Riba de Ave), Escola EB 2,3 S.João da Madeira (S. João da Madeira), Externato de Penafirme (Torres Vedras), Gi-nástica de Grupo IPSB (Oliveira do Bairro).

O CEI participou com cerca de 60 alunos, que abrilhantaram este evento com a res-ponsabilidade, o empenho e o entusiasmo que tanto os caracterizam.

A quarta edição do “Ginástica na Escola” foi um grande sucesso desportivo e educa-tivo, tendo sido bastante participado e uma enriquecedora partilha de experiências.Daniela Sá Serra

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Troca de Saberescontinuando a crescer

a Troca de Saberes – Continuando a Crescer, é uma va-lência do Centro de Educação Integral que procura promovermomentos de troca de saberes entre diferentes gerações deforma regular. Com efeito através deste projecto, os seniorestêm a oportunidade de transmitirem a sua sabedoria e expe-riência de vida ao mesmo tempo que aprendem e desenvol-vem novas competências em busca de um novo crescimento edesenvolvimento pessoal que lhes permita sentirem-se maisúteis e integrados na sociedade em que vivem. Este intercâm-bio permite aos seniores explorarem alternativas aos seus há-bitos de vida e ocupação estabelecendo relações positivas deproximidade com outros seniores e crianças.

Assim, ao longo deste ano letivo 2011|2012, os seniores tiveramoportunidade de se envolverem mais especificamente nos di-ferentes momentos de festa no CEI, nomeadamente ao nível dadecoração e dinamização das atividades de Natal, ao nível doCarnaval e Marchas de S. João, através da confeção dos fatos uti-lizados pelos alunos nestas atividades. Para além disso, tiverama oportunidade de trabalharem de forma mais artesanal fa-zendo uso das suas capacidades artísticas. Realizaram tambémvisitas e passeios à Quinta Pedagógica, acompanhando as crian-ças com o objetivo de observarem e relatarem as diferentes fa-ses de desenvolvimento das árvores de fruto e de outras cultu-ras – tal como a alface, a beterraba, o tomate, a beringela, onabo, a cenoura, o feijão ou a batata – bem como ao nível da vi-sita e tratamento diário dos animais da nossa quinta.Todavia, as oportunidades de intercâmbio e de novas aprendi-zagens não se esgotam no cenário do CEI, tendo sido promovi-

das visitas de estudo e passeio que, para além de favoreceremo convívio entre seniores, fomentaram também o enriqueci-mento da experiência e conhecimento pessoal destes. Entre es-tas destacamos a visita a Guimarães, ao Porto e a Penafiel. Opasseio a Guimarães foi extraordinário na medida em que os se-niores puderam visitar o Museu da Agricultura e o Palácio dosDuques de Bragança, que é a residência oficial do Presidente daRepública no Norte. Já no Porto, foi bastante interessante visi-tar o Sea Life e ao Instituto dos Vinhos. Em Penafiel tiveramoportunidade de conhecer a Quinta da Aveleda. Todos os pas-seios foram pautados por alegria e convívio de todos os partici-pantes. No passado dia 15 de junho, os seniores tiveram ummagnífico convívio com os seniores do Lar de Escapães promo-vido e organizado pelos alunos do Curso Profissional Técnico Au-xiliar de Saúde, onde não faltou comida, música, jogos didáticos,no final os nossos seniores só diziam quando é o próximo.

Assim sendo, e jamais esquecendo o caráter interventivo doCEI enquanto escola que se encontra aberta à comunidade naqual se encontra inserido, continuamos a dinamizar e a pro-mover a integração de aqueles que, sendo mais velhos, têmainda um forte e sério contributo a dar aos mais novos e à so-ciedade em geral que, face aos problemas e crises atuais, ne-cessita cada vez mais de investir no aprender a aprender aolongo da vida… com os nossos seniores!!Ana Lúcia Valente

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Biblioteca Pe. António Moura de Aguiarum espaço ao serviço da aprendizagem

no ano letivo 2011|2012, foram desenvolvidas várias atividades que procuraramdar a conhecer a personalidade e a obra de Pe. António Moura de Aguiar, patrono dabiblioteca do CEI, para além de dinamizar o espaço e os recursos disponíveis.

Importa destacar o dia 15 de novembro de 2011. Neste dia pelas 21:15h, decorreu noCentro de Educação Integral (CEI) um encontro que procurou dar a conhecer a vida eobra do patrono da biblioteca. Intervieram nesse sentido o Professor Manuel Ismae-lino, Jorge Reis e Maria Rosa, Pe. Domingos Milheiro, Pe. António Borges e Dr. Rui Cos-ta, que representou o presidente da Câmara Municipal de S. João da Madeira.

O CEI procurou desta forma assinalar a data em que o Pe. Aguiar se despediu destaparóquia, 15 de novembro de 1998, e dar a conhecer aos alunos e pais esta personali-dade, que foi e é uma referência em termos de empreendedorismo social e espirituale que marcou de forma inesquecível a população de S. João da Madeira.O Diretor do CEI, Dr. Joaquim Valente, recordou as razões que fundaram a escolha doPe. Aguiar para patrono da biblioteca e de entre elas destacou a sua força espirituale o seu dinamismo social evidentes em toda a vida deste sacerdote.

O Professor Ismaelino sublinhou o facto de o CEI, com esta iniciativa, colocar em evi-dência o seu caráter integral, “ao projetar os valores” e “apontá-los à comunidade edu-cativa”. Não deixou depois de apresentar, de forma emocionada e pesando sabiamen-te cada palavra, o seu testemunho sobre o Pe. Aguiar a quem muitas pessoasagradeceram pelas “intervenções que secaram muitas lágrimas, reconstruíram vidas de-savindas e mataram a fome, sem que a esquerda soubesse o que fazia a mão direita.”

Jorge Reis e Maria Rosa recordaram com saudade e gratidão o Pe. Aguiar pois “sem-pre nos ajudava a ultrapassar os obstáculos”, “era um homem atencioso e preocupado”,que chegava mesmo a revelar pelos paroquianos “um carinho de pai”.O Pe. Domingos Milheiro salientou o facto de o Pe. Aguiar ter sido um homem “mui-to presente” em todos os acontecimentos e atividades da cidade. Um sacerdote sem-

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pre atento e capaz de dar “respostas novas”, acompanhando as mudanças que se fo-ram operando na sociedade. Recordou nesse sentido o CPM, o Concílio Vaticano II,o 25 de Abril, a Santa Missão. O Pe. Aguiar foi também um conselheiro sábio, “um ho-mem de virtude”.Interveio de seguida o Pe. António Borges que nos trouxe um relato da sua vida naqual terá tido papel preponderante o Pe. Aguiar a quem chamou pai adotivo. Desdepequeno, o Pe. Borges conviveu com o Pe. Aguiar que o ensinou a “ajudar à missa” eo orientou no discernimento vocacional. Contou como sempre o visitou até à últi-ma fase da sua vida. “Foi um homem que viveu em pleno os seus talentos, os seus do-tes” afirmou.Depois de anunciados e premiados os vencedores do concurso “Pe. Aguiar, um Ho-mem Empreendedor”, prova de criatividade (desenho e poesia) e de conhecimento,tomou a palavra o Dr. Rui Costa que lembrou o Pe. Aguiar como “um empreendedor àsua maneira, ao levar por diante uma obra social e espiritual”. Desta forma assumiu-se como “um obreiro, um empreendedor na área do altruísmo, em obra sociais muitoúteis para a sociedade, para a nossa comunidade.”

Esta é uma data que o CEI continuará a assinalar, conforme afirmou, por fim, o Dire-tor do CEI.

O I Concurso de Teatro “CEI em Cena” Foi outro dos momentos altos, no âmbito das atividades biblioteca. Decorreu no dia27 de março no auditório do Centro de Educação Integral. Com esta atividade pre-tendeu-se promover a leitura de pequenas narrativas, sobretudo, contos tradicionais,que, através da capacidade criativa e empreendedora dos alunos do ensino básico edo secundário, foram transformados em pequenas peças teatrais.Participaram seis grupos: um do 3º ano, com a peça “Os Três Porquinhos”; dois doIII ciclo, 7º ano com a peça “Os Três Homenzinhos na Casa de Chocolate” (7º ano)e 8º ano com a peça “Cinderela” e três do ensino secundário (cursos profissio-nais): “Capuchinhos Betrock” (CPC1) “Cinderela” (CPC3) “Branca de Neve e os Se-te Anões” (CPR2).

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É de salientar a entrega, o esforço e a dedicação ao projeto de todos os alunos e pro-fessores envolvidos. Foi, assim, possível uma manhã divertida e enriquecedora quecontribuiu para valorizar o teatro e cumprir os objetivos propostos no regulamentodo concurso:• Contactar com textos/obras do Património Cultural Nacional e Universal;

• Reinterpretar os contos tradicionais;

• Desenvolver a criatividade e as capacidades de representação dos alunos;

• Explorar diversas linguagens ao serviço do espetáculo teatral;

• Revelar o caráter pedagógico e lúdico dos contos tradicionais;

• Promover o trabalho de grupo;

• Divulgar os trabalhos produzidos pelos alunos;

• Criar sensibilidade estética no público escolar.

O júri, constituído para avaliar o trabalho de cada grupo participante, estabeleceu aseguinte classificação:

Ensino Secundário1º Classificado – “Cinderela” | cpc3

Ensino Básico1º Classificado – “Cinderela” | 8º anoPrémio participação especial – “Os Três Porquinhos” | 3º ano

Como forma de premiar os grupos vencedores, foi convidada a Companhia Profis-sional de Teatro Educa que apresentou, na manhã do dia 22 de maio, no auditórioda nossa escola, a peça “Afinal a Poesia não é tão Rara como Parece”. No auditório,estiveram alunos do II e III ciclos e do ensino secundário que o preencheram com in-teresse e entusiamo.

A II edição do festival em 2012|2013 é quase uma certeza, dado interesse dos alunos,dos professores e dos pais envolvidos em todas as fases do projeto.Jaime Ribeiro

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no dia 23 de junho, a Feira Medieval, já na sua décima edição, assentou arraiaisno Centro de Educação Integral e voltou a encantar e a cativar as “mais variadas gen-tes”, numa jornada de grande alegria, vivacidade e entusiasmo que a todos contagiou.

Esta atividade foi desenvolvida pelos alunos no âmbito do trabalho de projeto na dis-ciplina de História e envolveu outras áreas disciplinares (Educação Visual e Tecnoló-gica, Oficinas de Expressão Plástica, Francês, Inglês, Língua Portuguesa, Ginástica, Tea-tro e Técnicas de Dança), conseguindo assim mobilizar toda a comunidade educativa.A Feira Medieval é um evento importante na vida do CEI que tem como principais ob-jetivos a promoção de saberes transdisciplinares, a valorização do património cultu-ral da região, e a evocação de vivências históricas da Idade Média.

Por volta das 10 horas da manhã, deu-se início ao evento com o desfilar do cortejo quese espraiou pelo “burgo” de S. João da Madeira, que contou com a presença de El-Rei D.Dinis e da Rainha Santa Isabel, sua corte e séquito, que propositadamente se desloca-ram a esta terra nortenha para presidir à cerimónia da leitura solene da Carta da Fei-ra pelo arauto, seguida da bênção pelo bispo D. Geraldo Domingues. No desfile esti-veram representados os diferentes grupos que compunham a sociedade medievalportuguesa: a corte e toda a nobreza, o clero, a burguesia e o povo. Findo o “discurso”de abertura da feira, cresceu o bulício que se imagina próprio desses tempos, com adeslocação dos feirantes até às tendas e local de trabalho em redor do pelourinho.

Na feira houve bancas, umas de mercadores e artesãos profissionais, outras dinami-zadas por alunos, professores e pais. O vasto recinto engalanou-se e foi decorado apreceito com pendões coloridos desfraldados ao vento. Cerca de uma centena de fi-gurantes, mormente alunos, incutiram a ambiência da época aos “forasteiros”, apre-sentando-se trajados a rigor, com indumentárias de tempos medievos que retrata-ram uma sociedade ruralizada e trinitária, marcada por profundas desigualdadessociais, num período em que o vestuário era um dos elementos de diferenciação edistinção social. O CEI foi povoado por autênticas personagens históricas que ani-

X Feira Medievalreviver a história!

atividades | 24

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maram e deram à feira um tom muito festivo e garrido, na evocação de um ambien-te de antanho: nobres, cavaleiros, cruzados, clérigos, mercadores, artesãos, campone-ses, taberneiros, almocreves, jograis, saltimbancos, malabaristas, bobos, dançarinas,mendigos, cuspidores de fogo e, como não podia deixar de ser, suas majestades, o reie a rainha, que passearam lado a lado.

Alguns dos “feirantes” com menos pejo, procuraram fazer negócio, apregoando assuas mercadorias, com o intuito de surpreender os clientes mais “incautos”. Desta-que para o pão caseiro, o porco no espeto, os bolos, as frutas, as compotas, os licorese alguns artigos de artesanato, entre muitos outros produtos.

Ao longo da manhã, realizou-se também o III Gimno CEI, em que participaram setegrupos com alunos da Creche, da Pré, do I e II Ciclos, e dos Cursos Profissionais. Os gi-nastas apresentaram o trabalho desenvolvido ao longo do ano com rigor e excelên-cia. Salienta-se, também, a atuação do grupo “Curinga” que trouxe à feira as sonori-dades inebriantes da gaita-de-foles, alaúde, bombo e caixa de guerra.

Durante a tarde, atuaram: o “Grupo de Percussão Ecos Urbanos”, que animou ritmi-camente os “visitantes” presentes; e o “Coro do CEI” que, uma vez mais, não desiludiu.

O evento teve uma excelente adesão por parte do público, premiando assim o esforçode todos aqueles que nele participaram. Foi como se todos os intervenientes tivessementrado numa máquina do tempo, que possibilitou a oportunidade única e indelévelde “aprender História, fazendo”, revivendo o passado nos seus encantos medievais.

Para que conste para a História se lavrou o presente relato e bem hajam todos os quese envolveram de “corpo e alma” nesta aventura lúdico-pedagógica. “Valeu a pena!”,disse o POVO.

Longa vida à Feira Medieval do Centro de Educação Integral!, digo EU.Augusto Pinho

“aprender História,fazendo”, revivendo o passado nos seusencantos medievais

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Perlim, Pim, Pim, … O Amanhã Começa Aqui

CrecheNo passado, as crianças eram criadas em ambientes que as incentivavam a pensar, acriar, a aprenderem sozinhas o que lhes interessava e até mesmo a procurar soluçõesdiante de situações inusitadas. Os média era menos agressivos, mais informativos ea música popular encantava e envolvia boa parte das pessoas. Crianças e adolescen-tes transformavam -se em adultos mais criativos, mais intuitivos e com a capacidadede sonhar sem ter medo de buscar a realização do sonho. Basta relembrarmos os ca-sos de Gandi, Jane Austen, Neil Armenstrong, Martin Luther King, Eça de Queirós, Eu-génio de Andrade, etc, todos eles sonhadores, todos eles empreendedores.Nos tempos atuais são tantas as tecnologias disponíveis, funcionando como muletasfísicas ou lógicas, que até o ato de pensar está a ficar esquecido. Internet banda larga,smartphones, notebooks, palmtops, Google, MySpace, Xbox, facebook, passaram a fazerparte do cotidiano dos jovens e adolescentes. Pensar e planejar uma carreira ou um fu-turo exigem tanta energia, que chega a ficar em segundo plano. Definir o caminhoprofissional passa a ser um momento de angústia. procurar a realização de um sonho,nesse momento de escolha, é quase uma utopia. Aliás, que sonho?Nesta realidade crianças e adolescentes vão sendo formados sem desenvolver po-tenciais relativos à construção do futuro, realização, protagonismo, criatividade, per-severança, cooperação e sensibilidade dentre outros tantos sentimentos e aspira-ções que a educação empreendedora deve procurar resgatar e despertar. Despertaro potencial criativo que existe em cada criança, incentivá-los a sonhar e, principal-mente, a procurar alternativas e possibilidades de concretização dos sonhos, além deincentivá-los a ler, escrever, a conhecerem-se cada vez melhor, um profundo auto-co-nhecimento e a procurarem conhecer de perto o que realmente lhes interessa serãoos desafios da educação voltada para o empreendedorismo.

V Reflexões da PrimaveraEmpreendedorismo é uma expressão que vem do mundo dos negócios. O termo, porém, tem tu-

do a ver com educação. Afinal, um dos objetivos da escola, desde a Educação Infantil, é formar

alunos autónomos!

Cabe aos educadores desenvolver nos alunos um conjunto de competências que os tornem capa-

zes de tomar decisões, traçar planos e organizar os recursos necessários para chegar ao sucesso.

caderno das2011.12

Nesse sentido o nosso projecto

pedágogico e planos curriculares

procuram empreender um conjunto

de estratégias e atividades que

procuram ajudar a desenvolver um

cidadão autonomo, responsável,

activo e empreendedor, tentando:

• Sensibilizar as famílias para o seu

papel privilegiado na educação

das crianças;

• Estimular um desenvolvimento

harmonioso e integral das suas

capacidades ao nível psicomotor,

afectivo, cognitivo, linguístico

e perceptivo;

• Estimular a construção do saber

através de actividades lúdicas;

• Promover a autonomia das crianças;

• Desenvolver na criança auto-estima

e confiança em si própria e nos que

a rodeiam;

• Proporcionar à criança o uso de

materiais adequados a sua idade

e que visem promover a descoberta,

a imaginação e o seu desenvolvimento

global;

• Auxiliar a criança na sua socialização;

• Favorecer o desenvolvimento de

aceitação, cumprimento e respeito

de regras simples;

• Implicação das crianças no seu projeto

de aprendizagem;

destaque

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Através de algumas atividades tais como: a semana dos avós, em que as criançastêm oportunidade de conviver e apreender com uma geração em que a educação eo trabalho tinham um peso e um sentido diferente aos dos nossos dias.O portfólio pretende ser um ponto de união e cooperação entre pais e escola, em quese partilham experiencias, conselhos e vivências.Entre muitas outras atividades que visam a tornar as nossas crianças em futuros ci-dadãos mais autónomos e ativos.

• Avaliar os seus próprios

comportamentos;

• Provocar o seu pensamento e definição

de objetivos e a criatividade;

• Promover capacidades de escolha

e controlo;

• Responsabilizar-se pelos seus

próprios erros;

• Envolvimento da Família nas

atividades da Sala | Escola.

Empreendendo para um Futuro Global Semeando o Futuro… I Ciclo

O espírito criativo e empreendedor pode assumir uma importante relevância, desdeque incentivado a partir dos primeiros anos de escolarização, no desenvolvimentodas competências de um aluno, abrindo-lhe novos horizontes no seu futuro.O 1º Ciclo tem como objetivo fundamental desenvolver comportamentos e atitudesde índole empreendedoras desde esta fase de escolarização.Pretende-se que os alunos “aprendam fazendo”, sejam capazes de tomar as suas pró-prias decisões, seguros de si, sejam líderes, desenvolvam o seu espírito crítico, saibamgerir e organizar o seu tempo, tenham espírito de equipa, tenham iniciativa, sejamprogressivamente mais autónomos, criativos, perseverantes, resilientes, etc.O desenvolvimento, nos mais jovens, de competências que no futuro lhes possamser úteis nos mais diversos contextos surge como fulcral na criação de uma culturaempreendedora das novas gerações.Ser empreendedor é, fundamentalmente, uma competência pessoal, que pode ser in-centivada se existir um ambiente propício ao seu desenvolvimento.Esse ambiente, que incluí meios, estratégias, desafios, estímulos, apoio, etc. é da res-ponsabilidade dos adultos e em particular, dos profissionais de educação.Devemos ter consciência que os jovens, por natureza, são empreendedores, já quegostam de descobrir, de mudar, de correr riscos, de fazer, porém, a cultura atual pro-cura, por todos os meios, “normalizá-los”.

1| Objetivos gerais:

• Identificar, valorizar e desenvolver as

competências-chave para a criação de

uma cultura de empreendedorismo;

• Estimular a reflexão para a ação,

o espírito crítico, a vontade de inovar

e a criatividade face aos desafios

constantes da sociedade global;

• Potenciar a integração das

aprendizagens curriculares em

contextos concretos tendo em vista

o desenvolvimento de projetos

inovadores;

• Desenvolver competências promotoras

de uma cidadania responsável.

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caderno das reflexões | 28

Mas se somos responsáveis, como pais e educadores por criar jovens não empreen-dedores, de forma inconsciente, talvez possamos, de forma consciente, ajudar a li-bertar essa energia e consolidar comportamentos empreendedores, tão importantepara a vida dos nossos jovens.Os instrumentos à disposição da escola podem ser poderosamente conjugados paraprosseguir uma estratégia de ensino e interiorização do empreendedorismo pelos jo-vens: contextos de aprendizagem formais e contextos de aprendizagem não formais,fazendo a ligação da escola à realidade onde está inserida, da aprendizagem à noçãode intervenção eficaz na sociedade, no ambiente e no mundo.

Conclusões:Em relação à Feira do Livro, os alunos gostaram de colaborar na compra e venda doslivros, da interação com as escritoras e de participar na declamação e dramatizaçãodos poemas. O lucro desta atividade foi aplicado no passeio escolar e para a comprade livros para a biblioteca da escola.

Na atividade do cultivo de ervas aromáticas, os alunos começaram por semear as se-mentes em pequenos tabuleiros, que permaneceram nas salas de aula, para pode-rem observar a sua germinação e o seu desenvolvimento. Ao mesmo tempo, foi pre-parado o terreno na horta da nossa escola, adubado com composto, que nós própriosproduzimos com restos orgânicos do refeitório e do nosso jardim. De seguida e parase obter maior quantidade de plantas, foram semeadas, nesse mesmo terreno, o res-to das sementes. Devido às condições atmosféricas houve algumas dificuldades emacompanhar o desenvolvimento das plantas da horta, assim como dispensar os cui-dados que este tipo de cultivo requer. No entanto, ainda assim, durante o 2º e o 3º pe-ríodo, os alunos foram cuidando da horta, com a ajuda dos auxiliares de educação e,quando as plantinhas já estavam crescidas, transplantaram-nas para pequenos va-sos, que venderam na nossa Feira Medieval, com muito sucesso.

Relativamente ao passeio escolar, os alunos divertiram-se durante a participação nasdiferentes atividades|profissões proporcionadas na Kidzania. De forma lúdica, apren-

4| Atividades a desenvolver:

• Compostagem;

• Reuniões de pais;

• Feira do livro;

• Cultivo e venda de ervas aromáticas;

• Passeio escolar à Kidzania;

5| Calendarização das atividades:

• Compostagem (durante o ano letivo)

• Feira do livro (12 a 16 de dezembro)

• Cultivo e venda de ervas aromáticas

(2º e 3º períodos)

• Passeio escolar à Kidzania (8 de junho)

3| Valores a trabalhar no projeto:

• Solidariedade• Proatividade• Dinamismo• Respeito pelo outro• Cooperação

2| Objetivos do 1º Ciclo:

• Incutir o valor do trabalho;

• Desenvolver a criatividade;

• Desenvolver o espírito de iniciativa;

• Descobrir talentos individuais;

• Incentivar o “pensar”.

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29 | caderno das reflexões

deram a gerir o dinheiro, constando que é necessário trabalhar e ser empenhado pa-ra ganhar dinheiro e alcançar os objetivos a que nos propomos.

Realizaram-se reuniões de pais onde foi discutida a importância de desenvolver a au-tonomia e foram partilhadas estratégias para fomentar a responsabilidade nas crian-ças, de forma a obtermos futuros empreendedores.

Todas as atividades programadas foram cumpridas. Os objetivos foram atingidos,tendo consciência de que este trabalho não termina aqui mas é um processo contí-nuo e a ser desenvolvido nos próximos anos.

CEI Ser +II Ciclo

No âmbito do Projeto Curricular de Turma do II ciclo, “CEI Ser+”, foram definidos, noinício do ano letivo, os objetivos gerais do projeto, bem como os objetivos expetáveisde serem atingidos, no final.As atividades desenvolvidas com os alunos tocaram três vertentes: o Empreendedo-rismo Social (S.O.S. Missão África), o Empreendedorismo Pessoal (Caça Talentos) eo Empreendedorismo Académico (Crescer no Saber).

SOS Missão ÁfricaEm resposta a um apelo lançado pela FASFHIC (www.fasfhic.eu), propusemo-nos a aco-lher uma das suas missões, a angariação de 500 para a construção de um abrigopara uma família (mãe e três filhos) muito pobre de Moçambique, que em breve nãoteria onde habitar.Depois de uma partilha muito profícua com os alunos, surgiram várias ideias dignasde “pequenos grandes empreendedores” para angariar os fundos necessários para ainiciativa proposta, entre elas a venda de rifas, de bolos, bijuteria, enfeites feitos pe-los alunos, com a ajuda dos pais e o abdicar de algo (um jogo, pipocas no cinema, porexemplo) para oferecer o seu valor em prol deste projeto.

1| Objetivos gerais:

• Identificar, valorizar e desenvolver as

competências-chave para a criação de

uma cultura de empreendedorismo;

• Estimular a reflexão para a ação,

o espírito crítico, a vontade de inovar

e a criatividade face aos desafios

constantes da sociedade global;

• Potenciar a integração de

aprendizagens curriculares em

contextos concretos tendo em vista

o desenvolvimento de projetos

inovadores;

• Desenvolver competências

promotoras de uma cidadania

responsável.

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caderno das reflexões | 30

Foi enorme o envolvimento e o desejo de ajudar, pelo que o valor inicialmente pre-visto (500 ) foi largamente ultrapassado, o que gerou muita alegria e união entre osalunos. Depois de um contacto feito com a responsável pelo projeto, em Moçambi-que, esta comunicou que optaram pela construção de uma casa com melhores con-dições, dado que os 500¤ dariam para algo com condições muito precárias. Assim, nototal, foi enviado o valor de 1341.48 .Depois de enviado o donativo para esta missão, recebemos uma carta de agrade-cimento da coordenadora nacional da FASFHIC, da qual transcrevemos algumaspalavras:

“Ao Excelentíssimo Senhor Dr Joaquim Valente, aos professores, encarregados de educa-ção e alunos envolvidos no Projeto SOS Missão África,É com o coração a transbordar de gratidão que venho ao vosso encontro para lhes di-zer o meu MUITO OBRIGADA! Obrigada de coração pela vossa generosidade ao reser-var no vosso coração e na vossa vida espaço para uma família pobre, em Moçambique,a quem tudo falta… (…)Apoiar uma família desfavorecida, nestes tempos difíceis de crise e de grande dificulda-de em Portugal, é um gesto que traduz a nobreza do vosso coração. Só um coração sen-sível e aberto ao outro e às suas necessidades é capaz de ser solidário com aqueles aquem a vida flagela, despindo-os dos seus direitos e dignidade. Só um coração com sen-timentos nobres é capaz de se condoer com as carências dos mais necessitados e, de al-guma forma, procurar minimizar o seu sofrimento. Obrigada! O vosso coração é nobre!”Olímpia Mairos | Coordenadora Nacional da Fasfhic

Caça-TalentosEsta atividade procurou, principalmente, revelar os talentos, muitas vezes secretos,dos nossos alunos, de forma a valorizar os diferentes tipos de competências e pro-mover a sua autoestima.Ao longo do ano as atividades foram sendo apresentadas e registamos com muitoagrado a descoberta de tantos talentos dos quais nem os próprios alunos tinhamconsciência e à vontade para revelar e apresentar.Cresceu a autoestima, a união dos alunos e o respeito pelo valor do outro.

2| Objetivos expectáveis

de serem atingidos

• Persistir nas dificuldades;

• Interiorizar que nada se consegue

sem trabalho;

• Vencer o medo de arriscar;

• Desenvolver a criatividade;

• Valorizar as diferenças,

respeitando o outro;

• Praticar a solidariedade

Conhecer outras realidades, ajudar|comprometer-se

em transformá-las e mudar própria realidade

interior de quem é solidário;

• Reconhecer o valor do grupo

e da cooperação;

• Envolver a família;

• Ter espírito de iniciativa;

Cada aluno recebeu um pequeno

dossier com reflexões e atividades

a desenvolver, em contexto escolar

e familiar, que visaram temas como:

• Importância de um ambiente de

estudo adequado;

• Importância da gestão do tempo;

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31 | caderno das reflexões

Apresentamos uma pequena

amostra deste trabalho:

Sinto que cresci em…Visão do Aluno

• Cresci em conhecimentos e em

autonomia: preparação da mochila e

realização de trabalhos sem o auxílio

da minha mãe.

• Melhorei no comportamento e tenho

maior interesse em aprender.

• Cresci em maturidade, tornei-me

mais responsável nas minhas tarefas

escolares, cresci no saber e na relação

com os meus colegas e professores.

• Tenho uma maior autoconfiança.

Melhorei também muito no saber

e aprendi a conseguir dominar-me

nos sentimentos (se fizer um jogo ou

alguma coisa parecida e perder, não

choro nem fico infeliz).

• Elaboração de um horário de estudo;

• Melhorar a sessão de estudo,

planificando-a;

• Organização da informação

(importância do caderno diário,

tirar apontamentos, …).Crescer no SaberComo preparação da reunião com os Encarregados de Educação, em Fevereiro, solici-támos aos alunos e pais que respondessem a quatro questões, como avaliação destaárea. Foi grande o envolvimento de todos e as respostas deram-nos luzes acerca dobom rumo do projeto.

Como reflexão final…Acreditamos que o homem vale sobretudo pela EDUCAÇÃO que possui. Uma educa-ção para o empreendedorismo tem de refletir sobre o mundo em que vivemos. A edu-cação para o empreendedorismo constitui uma garantia do futuro. No âmbito deuma escolaridade útil para a vida, é desejável que as crianças de hoje, adultos doamanhã disponham de uma arca de conhecimentos e de competências que lhes per-mita não só terem consciência dos valores que perfilham, dos laços que os ligam àcomunidade de pertença e dos objetivos que desejam perseguir, como também se-rem capazes de se exprimir, de participar e de agir de acordo com as suas convicçõese projeto de vida pessoal, profissional e social.Com o Caça-Talentos, tivemos como fito central que os alunos descobrissem aquiloque gostam ou não gostam de fazer, e sobretudo que exibissem os dotes mais ou me-nos artísticos “escondidos” ou “adormecidos”. O empreendedorismo começa no espí-rito empreendedor. O empreendedorismo ensina-se, mas só se aprende quando ésentido e vivido. A autoestima individual saiu amplamente reforçada.Com o Crescer no Saber procuramos incutir nos alunos as diversas qualidades quesão necessárias para se ser empreendedor na vida. As primeiras são trabalho, traba-lho, trabalho e trabalho. A assimilação de conhecimentos e a aquisição de compe-tências implica memória, persistência, disciplina, responsabilidade e trabalho. Con-cluímos que os nossos alunos estão mais autónomos, compreendem e sabemresolver diversas situações-problema e desenvolveram uma atitude mais crítica re-lativamente à realidade observável e aos conceitos e definições que compõem os con-teúdos das aprendizagens escolares. Estão mais empreendedores ao nível da cons-trução do seu próprio conhecimento.

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Por outro lado, não se é empreendedor sem se ser um bom rebelde. Quem empreen-de tem de estar disposto a iniciar uma revolução e a lutar e assumir o poder – não pe-lo poder em si, mas para fazer mais e melhor, ou pelos menos diferente, do que quemjá o possui. No entanto, deve ser um rebelde de causas e ideias. Um bom rebelde seráassim aquele que souber escolher bem as suas causas, aquele que acreditar total-mente nelas – um mercenário pode ser um bom profissional mas dificilmente seráum bom empreendedor – e que souber lutar incansavelmente por elas. Estamos con-victos que os nossos alunos estão mais consciencializados para a rebeldia positiva.Conhecimento, motivação, inovação, persistência e solidariedade, são só algumasdas principais características dos empreendedores, sob o nosso ponto de vista, queprocuramos desenvolver nos discentes. O conformismo é o resultado de sucessivascedências, abstenções, em que a opinião pessoal e capacidade de iniciativa não exis-tem, ou não se manifestam. O conformado basta-se com o que gostaria de ser, cedeo seu espaço a outros, demitindo-se dos deveres que o tornam cidadão, indiferenteà sua intervenção na História. Há exemplos de grandes homens, dignos de orgulho,não pela riqueza que acumularam, mas porque descobriram que a maior riqueza es-tá em proporcionar desenvolvimento, em dar as ferramentas para que outros, se as-sim o quiserem, possam ser “ricos” também.Os homens empreendedores, mais do que apresentar as suas ideias e fazê-las intervirna gestão da vida coletiva, sabem concretizá-las, dar-lhes forma. Por isso, podem tornar-se também um exemplo da autêntica liberdade: De que serviria a liberdade se quem atem se rendesse ao conformismo? De que serviria a liberdade se não nos permitisseatuar como homens livres, pondo em evidência os talentos e os meios ao nosso dispor?Como dizia Antoine De Saint Exupéry, como que personificando os homens visionários,os empreendedores: “Conhecer não é demonstrar nem explicar, é aceder à visão”.E foi neste espírito que os nossos alunos se entregaram de corpo e alma ao projetoSOS Missão África. O exercício responsável de cidadania é uma exigência fulcral nassociedades democráticas do nosso tempo. Os nossos alunos foram capazes de dar asua resposta, e envolveram-se numa boa causa, dando um inequívoco contributo so-lidário para a construção de um mundo mais justo e igualitário. “O mundo é um lu-gar perigoso, não por causa daqueles que praticam o mal mas por causa daqueles queobservam e nada fazem”, como bem asseverou o genial Albert Einstein.

Durante as Reflexões da Primavera, alunos e professores tiveram mais um mo-mento de diálogo, partilha e avaliação do Projeto nas suas três vertentes. Mais ta-lentos foram apresentados e os alunos realizaram trabalhos, em pequenos grupos,que exprimiram todo o seu sentir e agir nas várias atividades desenvolvidas.Terminamos com a história de um filósofo grego, quiçá um empreendedor. Conta-seque Aristipo terá sido atirado do seu barco para o mar juntamente com a sua tripu-

O meu educando já cresceu em…Visão dos Pais | Encarregados de Educação

• No interesse pelo estudo e maior

responsabilidade.

• Tem evoluído na aquisição de hábitos

de estudo e métodos de trabalho.

• No decorrer destes dois anos apreciei

o desenvolvimento da minha filha

numa escola em que ela se sente

bem e tranquila e que sempre que

necessário disponibilizou os

responsáveis para a resolução dos

problemas que surgiam.

• Conseguimos gerir o tempo de outra

forma e desvalorizar aspetos que em

tempos teriam um peso que hoje já

não têm.

caderno das reflexões | 32

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lação. Foi dar à costa da ilha de Rodes despojado de todos os seus bens e até mesmodas suas roupas. Percebeu que havia homens por perto e dirigiu-se a eles. Envolveu-se em disputas filosóficas, ensinou alguns dos seus conhecimentos de geometria ecom isso conseguiu roupas para si e para toda a sua tripulação, assim como condi-ções para regressar a casa. Quando se aproximava da hora do regresso, os seus com-panheiros perguntaram-lhe se havia alguma mensagem que desejava divulgar entreos seus. Aristipo terá pedido que dissessem o seguinte: “As crianças devem ser provi-das com aquele tipo de bens e recursos que possam flutuar com elas mesmo após onaufrágio.” Em suma: Todos os presentes que a fortuna concede, pode também tirar;mas a educação combinada com inteligência, solidariedade, trabalho, inovação e per-sistência nunca falha, permanece firmemente até ao fim da vida.

O SABER [FAZER, SER E ESTAR] não ocupa lugar…Augusto Pinho, Esmeralda Pinto | Diretores de Turma

33 | caderno das reflexões

O que fizemos?O tema central do nosso Projeto

de trabalho teve com título:

• “CEI em Cena”, no âmbito da

temática proposta pelo Projeto

Curricular de Escola “Empreendendo

para um Futuro Global”, pelo que

todas as nossas atividades, ao longo

do ano, foram escolhidas para

a realização de objetivos que

promovessem a aquisição de

comportamentos e atitudes de saber

estar com os outros e para os outros

através de uma metodologia

de empreendedorismo em que

a aprendizagem efetiva parta do

conhecimento que advém da

experimentação, do espírito critico

e da organização intelectual.

Cei em Cena!III CicloE assim chega ao fim o nosso projeto curricular deste ano letivo. Ao longo deste ar-tigo final, pretendemos refletir, de forma global, o trabalho pedagógico desenvolvidoao longo do ano, com as turmas dos 7º, 8º e 9º anos de escolaridade.Ao longo do ano em apreço, e tal como proposto nos Projetos Curriculares de turma,foi notório o envolvimento e participação de todos estes grupos numa dinâmica dearticulação pedagógica, de onde se destacam as inúmeras atividades em conjunto eem colaboração, com vista ao desenvolvimento de espaços de participação global.Nesse sentido, foi fundamental a organização de momentos escolares dinâmicos emotivadores, que permitiram perspetivar o futuro de modo a que os nossos alunos, nafamília, na escola, na rua, assumissem uma relação interveniente no meio que os en-volve e aprendam a aprender, organizando os seus saberes numa perspetiva de apren-dizagem ao longo da vida, desenvolvendo as suas capacidades de Expressão e Comu-nicação através de diferentes modelos, diferentes visões, diferentes estratégias…

O objetivo foi o de explorar e promover novas aprendizagens, bem como a pesquisa ecertificação, necessárias para a compreensão do mundo globalizado à nossa volta eda consequente necessidade de um empreendedorismo criativo e dinâmico. Por tudoisto, o que quisemos era ter a certeza de que pertencemos e somos parte responsávelnão só de uma comunidade, mas também dos seus valores. Queríamos mais especi-ficamente que os nossos alunos valorizassem e interiorizassem uma cultura de em-preendedorismo e refletissem acerca de algumas atividades e ações, para que a von-

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O que fizemos?O tema central do nosso Projeto de

trabalho teve com título:

• “CEI em Cena”, no âmbito da

temática proposta pelo Projeto

Curricular de Escola “Empreendendo

para um Futuro Global”, pelo que

todas as nossas atividades, ao longo

do ano, foram escolhidas para a

realização de objetivos que

promovessem a aquisição de

comportamentos e atitudes de saber

estar com os outros e para os outros

através de uma metodologia de

empreendedorismo em que a

aprendizagem efetiva parta do

conhecimento que advém da

experimentação, do espírito critico e

da organização intelectual.

caderno das reflexões | 34

tade de inovar e de ser criativo seja uma constante nas suas vidas presentes e futuras.No âmbito da atividade de planificação do processo ensino|aprendizagem, e tendoem conta as características das turmas anteriormente referidas foi relevante a ela-boração de projetos curriculares coerentes e consistentes com o trabalho cooperati-vo que se idealizou. Nesse sentido, a planificação proposta obedeceu a um conjuntode premissas que tiveram como objetivo principal um trabalho contínuo de partilhae colaboração em efetiva articulação inter-turmas.Os modelos e métodos pedagógicos, apesar de variados, contribuíram para o desen-volvimento dos projetos curriculares, tendo sido cumpridos os núcleos essenciaisdos conteúdos programáticos, nomeadamente os que estiveram diretamente rela-cionados com o tema central da escola.Por outro lado, as características físicas da Escola permitiram uma intensa coopera-ção com outros setores da Escola, nomeadamente no que concerne ao desenvolvi-mento de projetos de articulação e continuidade pedagógica.São ainda de destacar algumas das atividades desenvolvidas em colaboração com asfamílias, que, em alguns momentos ocuparam um espaço primordial do desenvolvi-mento do projeto curricular, bem como a interação conseguida com os encarregadosde educação e outros intervenientes da nossa comunidade educativa.Neste ponto, é de referir a dinâmica da apresentação da peça de teatro “Dom PimpãoSaramacotão e o seu Criado Pimpim” que contemplou três fases diferentes do pro-jeto: o antes, o durante e o após a apresentação da peça.A fase anterior ao projeto contemplou atividades diversas, nomeadamente: exploraro texto da peça de teatro, pesquisar sobre a época em que as cenas se passam, his-tória, vestuário, linguagem…, divulgar|publicitar desta peça de teatro, ensaiar falas ecenas, preparar cenários, escolher músicas da época adequadas à cena, confeção deroupas… O momento da apresentação da peça incluiu não só a apresentação da pe-ça em si, mas também a receção aos convidados, a caraterização das personagens, apreparação de cenários, sistema de som e música e captação de fotografias. Poste-riormente os alunos foram ainda convidados a apresentar novamente a peça à co-mitiva de professores estrangeiros no âmbito do Projeto Comenius, com apresen-tação e legendas em Inglês.

O que podemos concluir?Findo que está o ano letivo, há que referir a qualidade global do trabalho desen-volvido, de onde se destacam duas ideias chave: a existência de um espaço físico(auditório da escola) muito bem equipado e com boas condições, que contribuiu,de forma clara, para o sucesso alcançado e também a equipa pedagógica da esco-la (docentes e outros funcionários não docentes), que muito se empenhou no de-sempenho deste projeto.

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Academia de Verão na UASecundário

Todos os anos, de 8 a 13 e de 15 a 21 de Julho, a Universidade de Aveiro organiza a Aca-demia de Verão. Este ano decidi inscrever-me para o programa “Da Célula ao Ecos-sistema” no departamento de Biologia e para outro programa como segunda esco-lha. No início do 3º período enviei a candidatura e depois tive de esperar até ao finaldo mesmo período para receber o e-mail a confirmar que tinha entrado para a mi-nha primeira escolha.No dia 8 de julho, a 1ª semana da Academia de Verão começou. Ao chegar estava tudobem organizado e explicaram como tudo iria funcionar. Enfim, tudo o que precisáva-mos de saber. Fizemos uma visita ao campus até chegar a altura de nos despedirmosdos nossos pais e de conhecer os elementos do grupo. O meu grupo era o P2 e éramoso maior grupo da Academia, com 26 elementos e 3 monitores. Começámos por tentardecorar os nomes de todos e conhecermo-nos um pouco melhor, pois iríamos passara próxima semana todos juntos. Depois das apresentações, fomos às residências pou-sar as malas e arrumar algumas coisas, sendo os quartos individuais e acolhedores.Durante a semana, passámos bons momentos todos juntos. Inventámos músicas pa-ra o nosso grupo*, gritos, danças… Fizemos imensas atividades laboratoriais de dife-rentes temas. Tivemos também várias saídas de campo, sendo uma delas à mata doBuçaco onde inaugurámos o campo de voluntariado da Universidade de Aveiro para apreservação das espécies autóctones da mata, pelo projecto BRIGHT. Este foi, paramim, a melhor saída de campo que tivemos. À tarde podemos desfrutar de workshopsde vários temas, desde fotografia, culinária, arte, desporto… Já à noite os animadoresda UPAJE tratavam de nos manter acordados e animados até à hora do recolher.Foi uma semana inesquecível! Adorei tudo o que fiz, as pessoas que conheci, as ex-

35 | caderno das reflexões

• O Projeto Curricular de Escola para

o Ensino Secundário no âmbito do

“Empreendedorismo para o Mundo

Global” centrou-se no

desenvolvimento de competências

que promovessem a autonomia, o

espírito crítico e empreendedor numa

perspetiva de participação proativa

na comunidade, a integração de

conhecimentos adquiridos em

projetos concretos num ambiente

de cooperação ativa em torno de

objetivos comuns e a articulação

efetiva entre a família e a escola.

Com efeito, foram inúmeros e

bastante produtivos os projetos

interdisciplinares desenvolvidos!

Desde a preparação e receção à

comitiva de professores estrangeiros

no âmbito do Programa Comenius

até às visitas de estudo.

• Fica o nosso agradecimento pelo

testemunho da Catarina Silva que,

de facto, ousou voar um pouco

mais além!

Também merece especial relevo a participação contínua e ativa dos pais e encarre-gados de educação nas dinâmicas escolares, bem como a estreita cooperação de-senvolvida entre os alunos e professores, pois sem esta relação o sucesso deste pro-jeto seria apenas uma utopia!Carla Monteiro, Andrea Carvalho, Inês Cruz

1| A primeira noite, na Fotossíntese, com os monitores da Academia de Verão da Universidade de Aveiro, Faraz e o Ossman!

2| Na mata do Buçaco, com uma maravilhosa paisagem.

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• *Para ver a música do nosso grupo:

http://www.youtube.com/watch?v=Wqpp

9tIxkvg&feature=plcp

caderno das reflexões | 36

periências que tive. A pior parte foram as despedidas, pois numa semana consegui-mos fazer bons amigos de diferentes zonas do país (até das ilhas!).Aconselho a experimentar, pois se no início estava com receio uma vez que iria fre-quentar a Academia de Verão sozinha, logo no primeiro dia senti-me bem por ter aoportunidade e o privilégio de conhecer gente fantástica que lá estava pelas mes-mas razões. A Academia de Verão não são apenas aulas, temos tudo misturado, ondemesmo a aprender nos divertimos e fazemos coisas que nunca faríamos na escola.Foi definitivamente uma experiência fantástica que eu quero repetir para o ano.

“Não fica triste, para o ano há mais!” Faraz e OssmanIdrisse – monitores da UPAJE

Catarina Silva | 10º ano

1| Depois de um dia em cheio, só mesmo nós para termos energia para o jogo da noite, “Quem quer sernepionário?” Que por acaso até ganhamos!

2| Sempre concentrados no laboratório!

3| Prontas para a festa de despedida,na última noite da Academia de Verão da Universidade de Aveiro.

Obrigada por nos Fazerem Nascer de Novo!Cursos de Educação e Formação

Não podemos negar que o Centro de Educação Integral dá aos seus alunos todas aspossibilidades que deveria dar, que corrige cada passo que dão em falso, que os ob-riga a atos ou tarefas que lhes dispõem na alma as primeiras sementes de respeito.Se atualmente a escola em Portugal continua a ser vista como instituição que, paraalém da formação académica, presta um serviço que por vezes deixa na sombra oque é mais importante: a formação do caráter e o desenvolvimento da inteligên-cia, o CEI destaca-se pela aposta que faz nestes aspetos, não esquecendo jamais aprestação académica de cada um dos seus alunos. Sentimos pela primeira vez que,mais do que números, somos para todos no CEI pessoas com um passado nem sem-pre feliz, mas com um presente intenso e com um futuro brilhante na medida das ca-pacidades de cada um.Aqueles que saiem da escola sem amor a esta, não é em grande parte por sua falta,mas pelo facto desta nem sempre saber cativar e motivar os alunos, o que é por si sófundamental. Caso contrário ao que acontece nesta escola, que desperta a atençãode qualquer aluno. Aquele que vier aqui parar, irá iniciar um novo rumo na sua vida.É como se voltasse ao primeiro ano, para aprender a estudar, é como se nascesse denovo para aprender a confiar em si mesmo e nas suas múltiplas inteligências e tra-balhar para conseguir atingir metas outrora inimagináveis.

• Um testemunho dos alunos

do Curso de Educação e Formação

em Hotelaria

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37 | caderno das reflexões

Empreendendo… na Promoção da Saúde!Cursos Profissionais

No dia 10 de novembro de 2011, os alunos assistiram à palestra “Gestão de Tempo”orientada pela Dra. Sandra Vieira, a qual decorreu no Shopping Dolce Vita. Nessa pa-lestra, os alunos adquiriram conhecimentos preciosos acerca da melhor forma de ge-rirem o seu tempo, através do estabelecimento de objetivos e prioridades, eliminandoatitudes procrastinadoras e prejudiciais no que diz respeito à execução das tarefas es-senciais ao seu sucesso. Aprenderam também que a noção de tempo é muito relativa,pois o tempo não passa de um gasto de horas que é preciso rentabilizar em atividadese tarefas produtivas que façam a diferença no nosso quotidiano.Já a 14 de novembro os alunos visitaram a Clínica de Medicina Física e Reabilitaçãodos Irmãos Bastos em São João da Madeira com o objetivo de tomarem consciênciaacerca das rotinas a adotar enquanto técnicos de saúde de uma clínica. Foi bastanteprodutiva a experiência, uma vez que esta visita de estudo permitiu aos alunos afe-rirem princípios a adotarem em local de trabalho e, sobretudo, assumirem os doen-tes/pacientes como prioridade número um!A 17 de novembro, os alunos, acompanhados da docente de Área de Integração, visita-ram o Museu de Chapelaria de S. João da Madeira, ficando assim a conhecer melhor,não só a história da cidade de S. João da Madeira, mas também o modo de fabrico ar-tesanal dos chapéus, pelo qual a nossa cidade é bem conhecida. Para além disso, foicurioso darmos conta da história e evolução das máquinas utilizadas neste processo.

Nesta casa que é também nossa o método de educação é diferente, tem um dom es-pecial de cativar qualquer aluno. Dão-nos uma auto-confiança para alcançarmos osnossos objetivos, oferecem todas as oportunidades que qualquer escola gostaria deoferecer, ajudam-nos a superar qualquer obstáculo, não desistem, nem nos deixamsair daqui sem alcançarmos as nossas expectativas.Ao longo do tempo, muitos alunos entraram e outros saíram diretamente para o mer-cado de trabalho e até ensino superior, muitos deles com ideias inseguras, outroscom maior entusiasmo… Não importa! Todos tiveram de batalhar para aceitar o de-safio das regras e as tarefas propostas no CEI. Não há-de ser nada… sabemos que cus-ta, mas também sabemos que vale sempre a pena, basta pensar pelo lado positivo,pois temos a certeza de ter professores, funcionários, diretores de turma e diretor dis-postos a ajudar sempre que precisamos. Este espaço deixou de ser para nós uma sim-ples escola, tornou-se algo marcante nas nossas vidas, por isso devemos cuidar des-ta escola como ela cuida dos alunos… com carinho, atenção, enfim como família queé, talvez e cada vez mais, nossa!Alunos | CEF de Hotelaria em colaboração a Prof. Susana Casquinha (Diretora de Turma)

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caderno das reflexões | 38

• Durante o ano letivo 2011|2012 a turma

de Curso Profissional de Auxiliar de

Saúde, realizou várias visitas de estudo

com o objetivo de conhecer a

importância das incumbências de um

Técnico Auxiliar de Saúde.

Já durante o mês de maio, os alunos desta turma assistiram a uma palestra sobre Cui-dados Paliativos. Com efeito, esta foi uma experiência que comoveu a plateia e quefez com que todos dessem maior valor à vida e à forma como aproveitamos ou não otempo que nos é dado. Todavia, o que os alunos mais apreciaram foi ouvir que, apesarde tudo, podem ser eles mesmos a proporcionarem aos doentes a melhor qualidadede vida possível, lutando para ser sempre e cada vez mais, melhores profissionais.Ainda neste mês, no dia 9, pudemos visitar o lar de Escapães orientado pela Dra. Ma-ribel. No início toda a gente estava surpreendida, pois não é todos os dias que umgrupo de 22 alunos entra na sala onde os seniores costuram e fazem tampinhas pa-ra as compotas, outros jogam cartas e algumas pessoas estão mesmo só a colocar aconversa em dia. Pelo decorrer da tarde, fomos socializando cada vez mais, e foi sur-preendente ver os alunos tão inesperadamente entusiasmados com o sorriso queiam colocando na cara de todos os seniores presentes.No dia 12 de junho, os alunos desta turma visitaram os Bombeiros Voluntários de Joãoda Madeira, a qual foi orientada pelo bombeiro Hélder que nos ensinou e demonstroua importância dos bombeiros e dos primeiros socorros no dia-a-dia. “Pedrinho” (nomedado a um boneco insuflável onde são praticadas as manobras de formação) foi a prin-cipal atracção da nossa parte, visto que toda a gente quis experimentar. Foi uma visitamuito dinâmica e ativa que nos permitiu alargar e melhorar os nossos conhecimentos.

Recuperando a experiência do dia 9 de maio com a visita ao lar de Escapães, tomá-mos a iniciativa de, no dia 15 de junho, recebermos os seniores do lar de Escapães jun-tamente com os seniores do projeto “Troca de Saberes” para um convívio como umagradecimento por nos terem recebido tão bem. Nesse dia a nossa sala esteve re-pleta de alegria e animação. Não faltaram comida, jogos didáticos, nem música paraencher o ambiente. As senhoras tinham a parte da manicura, e os senhores podiamsempre por em prática a sua sabedoria na sueca. No fim, para que os seniores se lem-brarem de nós foram entregues lembranças. Foi bom ver as caras felizes de todoseles ao despedirem-se de nós. Esta experiência foi tão rica e diferente que gostaría-mos de dar aqui um grande OBRIGADO à professora Ana Valente pela sua dedicaçãoe empenho, pela compreensão que nos deu ao longo do ano, e principalmente pelapaciência que teve connosco!Alunos do Curso Profissional Técnico Auxiliar de Saúde | CPS7

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Hoje, sinto-me feliz!

Feliz, porque damos início a um novo ano de trabalho; feliz, por-que posso contar com uma equipa de profissionais de grandequalidade; feliz, pela certeza que o vosso empenho será sem-pre igual ou superior ao do passado; feliz, porque vamos co-memorar, juntos, os 25 anos do Centro de Educação Integral.Um quarto de século em que parte do meu sonho se cumpriu.I have a dream! Um quarto de século do meu casamento coma educação. I have a dream! Um quarto de século na busca per-manente do sucesso. I have a dream!

Vamos partilhar um sonho. Um sonho de um quarto de séculoe em que não estive sozinho. Tive o suporte da minha família eo compromisso emocional e profissional de cada um dos meuscolaboradores. O vosso sentido de empenho e a vossa entregaforam determinantes para que eu sonhasse e o meu sonho co-mandasse a minha vida.

Através de cada um de vós, aproximei o meu sonho de cada alu-no, de cada pai, de encarregado de educação, de cada família.

É nessa proximidade que gostaria de ver investida a nossa ener-gia neste ano que agora começa, nestas celebrações que agorase aproximam. Promover a educação no seu sentido mais lato,abarcando e envolvendo as famílias dos nossos alunos, na cons-trução da cidade educadora. Esse é o meu sonho mais recente.Renovar, reinvestir, reinventar. I have a dream!

Um sonho construído em torno de grandes ideais, valores quenorteiam a nossa ação, que nos conferem sentido de humani-dade: Trabalho, esforço, denodo, os três vértices do triânguloda edificação; Solidariedade, compromisso social, implicaçãocom o outro, para o triângulo da relação; Educação sem fron-teiras, cidadania e família para o triângulo do projeto. Eu, vo-cês e a comunidade educativa para o triângulo que permiteque o sonho se torne realidade, o triângulo da concretização!

Meus senhores e minhas senhoras, meus amigos, i have a dream!

Deixem-me sonhar, porque hoje eu sou um homem feliz!Joaquim Valente | Diretor do CEI

Regressar de férias, regressar à vida. Porque o trabalho nos dignifica; porque o trabalho, hoje, no atual contexto, nos distingue!

Palavras do Diretor Joaquim Valente proferidas na sessão de abertura do ano escolar no Centro de Educação Integral no dia 3 de setembro de 2012.

Eu Tenho um Sonho

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e há dois anos foi tida em especial atenção a necessidade de umaaquisição consciente e intencional do conhecimento e no ano se-guinte se focou a importância da iniciativa responsável, é de espe-rar que na continuidade do projeto educativo do colégio se eleja

agora a capacidade de adaptação a contextos diferenciados, como o elemento cen-tral da nossa ação.

O CEI – Centro de Educação Integral tem pautado a sua ação, desde sempre, por umapreocupação educativa que ultrapassa a simples transmissão de conhecimentos aosalunos. Aqui, encara-se a escola como um local central de formação de cidadãos, ín-tegros responsáveis e capazes, a quem se deve transmitir o legado do conhecimentoconstruído pelas gerações anteriores, de modo a perspetivar a ação futura. Os alunosque frequentam o CEI devem esperar interagir nas situações mais variadas e, para is-so, devem estar preparados para as aceitar, para as conhecer e para nelas atuar.Na educação das novas gerações, devemos ter presente que os contextos em que asua vida se vai desenrolar, já num futuro muito próximo, serão substancialmente di-ferentes daqueles em que atualmente vivemos. Todos temos consciência disso. Mas,quais serão as características desses novos cenários? Esta é uma pergunta de muitodifícil resposta. A aparente facilidade introduzida na nossa vida pelo desenvolvi-mento técnico, o acesso facilitado à informação provocada pelo desenvolvimento dainternet, a aproximação a outras realidades que o desenvolvimentos dos media pro-vocou, não retiraram complexidade, nem ao desenvolvimento da nossa relação comos outros, nem à construção de um futuro melhor, bem pelo contrário.A alteração substancial das situações existentes e a sua cada vez mais rápida modi-ficação criaram as condições para o aumento de imprevisibilidade.A preparação dos jovens tornou-se mais exigente, mais desafiante. As novas cir-cunstâncias, criadas pelas modificações referidas, introduziram novos problemasque, na maior parte das vezes, não são passíveis de ter respostas imediatas. Já não

Quais as razões que levaram à escolha deste tema?

Todos os anos letivos, no Centro de Educação

Integral, é definido um tema que serve de elo

comum ao desenvolvimento dos projetos dos

diferentes setores da escola, desde o jardim-de-

infância até ao secundário, englobando as tur-

mas de prosseguimento de estudos e as tur-

mas de caráter profissionalizante.

Foi assim em 2010|2011, com o tema “Crescer

no Saber”, que exprimia em três palavras-cha-

ve algumas das preocupações centrais de

aprendizagem de toda a comunidade escolar:

responsabilidade, disciplina e competência.

Em 2011|2012, o tema foi aprofundado, assu-

mindo a denominação “Empreendendo para

um Futuro Global”, com a expectativa de

juntar, às preocupações anteriormente referi-

das, as competências empreendedoras essen-

ciais para o exercício de uma cidadania res-

ponsável e autónoma (conhecimento,

respeito e decisão).

Para 2012|2013, o tema escolhido como ponto

de união dos projetos do CEI é “Aprender

sem fronteiras”.

s

Aprender sem Fronteirasprojeto curricular de escola 2012 | 2013

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chega possuir o conhecimento académico! É fundamentalcriar novas atitudes e desenvolver novas competências, mui-tas das quais até agora não se mostravam essenciais.Um interessante estudo denominado “Future Works Skills2020”, recentemente desenvolvido pela Universidade de Phoe-nix, nos Estados Unidos, refere seis centros nevrálgicos que ca-raterizam o mundo de hoje e que condicionam fortemente o fu-turo próximo. A saber: o aumento da esperança de vida; aautomação dos locais de trabalho; o desenvolvimento dos sis-temas computacionais; os novos meios de comunicação que re-querem novos tipos de literacia; as superestruturas organiza-cionais; o mundo globalmente ligado. E com base na análisedestas qualidades, o estudo aponta dez competências que setorna urgente desenvolver, para atuar com eficácia, neste qua-dro de mudança.

1| Sensatez: entendida como a capacidade de compreender clara-

mente o que, em cada momento, está em jogo;

2| Inteligência social: entendida como a capacidade de se ligar aos

outros, de forma a compreender as suas reações, interagindo e es-

timulando o desenvolvimento de novas reações;

3| Criação de novas ideias: entendida como a capacidade de gerar

novas ideias e soluções que ultrapassem o senso comum;

4| Transculturalidade: entendida como a capacidade de operar em

diferentes cenários culturais;

5| Pensamento computacional: entendido como a capacidade de

analisar dados e de os tornar úteis em novos cenários;

6| Nova literacia: entendida como a capacidade de avaliar critica-

mente e desenvolver conteúdos que utilizem novas formas de co-

municação, de maneira mais eficaz;

7| Transdisciplinaridade: entendida como a capacidade de com-

preender e interligar conhecimentos de diferentes áreas;

8| Persistência nos objetivos (“Mindset”): entendida como a capa-

cidade de identificar e desenvolver tarefas e processos de trabalho

para obter os objetivos definidos;

9| Gestão do conhecimento: entendida como a capacidade de esco-

lher, recolher e utilizar a informação necessária para o desenvolvi-

mento dos processos desejados;

10| Colaboração virtual: entendida como a capacidade de trabalhar

de forma empenhada e produtiva como membro de equipas virtuais.

Será pois com o desenvolvimento deste tipo de competênciasque a nossa escola se deve preocupar.A escolha do tema “Aprender sem Fronteiras” assentou napreocupação de criar condições que facilitem o desenvolvi-mento destas novas competências juntando-lhe, ainda, a de-fesa dos valores culturais, humanos e sociais que têm sido a ba-se do projeto educativo do CEI: rigor, solidariedade e justiça.As fronteiras a ultrapassar no “Aprender sem Fronteiras” nãose limitam àquelas que separam os diferentes países e os di-ferentes povos. Com maior importância, os jovens devem estarpreparados para saltar as fronteiras dos preconceitos culturais,sociais e do conhecimento, que a sociedade contemporâneacria e desenvolve.Os nossos projetos terão, assim, em comum alguns aspetosessenciais.Em primeiro lugar, devem ter em linha de conta o aproveita-mento e desenvolvimento da capacidade natural e inata da cu-riosidade, que todos os jovens possuem e que lhes permite ad-quirir a informação necessária para agir no que é novo edesconhecido. O ser humano, à medida que se vai desenvol-vendo, tem tendência para criar zonas de conforto que lhe per-mitem manter escondidas realidades menos agradáveis e re-sistir a mudanças que geram insegurança e ansiedade. Hoje,já não é fácil manter escondidas as situações, mesmo aquelasque nos são mais desagradáveis. Há cada vez menos “jardinssecretos”. E esta tendência, previsivelmente, acentuar-se-á no

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“ ”A realidade é tudo o que existe. Sobre a realidadeexistente construímos uma imagem que nos permiteabordá-la e tentar compreendê-la.

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futuro. A curiosidade leva ao conhecimento e o conhecimentopermite diminuir a angústia perante a diferença e criar a se-gurança para agir conscientemente perante novas situações.Ora, a curiosidade treina-se e pode ser orientada, no sentidode ser consciente. A quantidade disponível e a facilidade deacesso à informação impõem a necessidade de criar limites àcuriosidade, tendo em atenção a eficiência dos meios, a eficá-cia de gestão e a ética social (para que não se ultrapassem oslimites do outro, transformando-se em intrusão). Em segundolugar, e na sequência, temos a construção do saber, atividadeque está no centro da função da escola. O que fazer com a in-formação disponível, como a obter, como a selecionar, como aorganizar e como a tornar útil, de modo a que a imagem queconstruamos se aproxime o mais possível da realidade e, deuma forma mais eficaz, nos possibilite agir sobre ela.

A realidade é tudo o que existe. Sobre a realidade existenteconstruímos uma imagem que nos permite abordá-la e tentarcompreendê-la. Esta imagem depende da informação que jápossuímos, da que recolhemos através dos nossos sentidos, daforma como a tratamos, dos limites que lhe impomos. Quer is-to dizer, que para um conjunto de pessoas que observe a mes-ma realidade, ela pode ser percepcionada, entendida, por cadauma delas, de modo diferente. Depende dos fatores aponta-dos e ainda das experiências anteriores, do quadro de valoresde cada um, das suas expetativas, etc. A junção de diferentesimagens, construídas por pessoas e grupos diferentes, permiteuma melhor compreensão da realidade e, desde logo, enrique-cer a construção da nossa própria imagem. A consciência des-te facto transporta-nos para um terceiro domínio: a aceitaçãoda diferença. Esta aceitação corresponde ao estado de maturi-dade de quem sabe que é no respeito pelo outro que o ser hu-mano se afirma e não pela afirmação etnocêntrica de uma su-posta superioridade.A partir do conhecimento da diferença e da aceitação do outro,torna-se mais fácil agir em contextos diferenciados, contornan -do dificuldades porque as compreendemos, criando consen-

sos porque respeitamos as opiniões do outro (como pretende-mos que respeitem a nossa), partilhando objetivos e agindo so-lidariamente. Passamos, assim, da simples ação à interação, en-volvendo os outros e facilitando os caminhos para atingirobjetivos comuns.Coloca-se, finalmente, a questão de definir o melhor caminhoa seguir, para cumprir esteas propósitos. O desenvolvimentodos projetos “Aprender sem Fronteiras” far-se-á, ao longo doano letivo, em diferentes momentos da vida escolar, quer emcontexto de sala de aula, quer no desenvolvimento de ativida-des interdisciplinares e extracurriculares. Pretende-se que ne-les participem os diferentes elementos da comunidade educa-tiva do CEI, procurando-se dar especial relevo à participaçãodos pais e encarregados de educação, fundamentais no cresci-mento dos nossos alunos.

A natureza do tema apela à participação dos de dentro, maspode ser também um incentivo para a abertura de portas a ou-tras realidades, para lá da comunidade escolar. Nesse sentido,a realização de ações com a participação de outras entidadesdeve ser encorajada, seja abrindo a participação à comunida-de local e nacional, seja alargando horizontes a outros países.Refira-se, a propósito, o facto de o Centro de Educação Integralestar já envolvido no projeto europeu “Comenius”, em parceriacom escolas da Polónia, França e Hungria e que tem como fi-nalidade, facilitar o intercâmbio de conhecimentos e o desen-volvimento de projetos comuns aos diferentes países.Esperamos que, no final do ano letivo, com o contributo do“Aprender sem Fronteiras” as fronteiras estejam mais diluídase que a passagem dos nossos alunos, nas “viagens” em cadamomento iniciadas, se faça com segurança e sem sobressaltos,pois esse será o melhor indicador para avaliar a relevância danossa ação. Antero Afonso | Francisco Jacinto

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azendo jus ao mote do Projeto Curricular de Escola “Empreendendopara um Futuro Global”, o Centro de Educação Integral ganhou acandidatura para o desenvolvimento de uma parceria multilateralentre escolas do continente europeu para o biénio 2011|2013.

O Programa Comenius tem como objetivos promover a dimensão europeia da edu-cação, apoiando o desenvolvimento de actividades de cooperação entre escolas comvista à sensibilização de jovens e pessoal educativo para a diversidade e valor das cul-turas e das línguas europeias e, ajudar crianças e jovens a adquirir aptidões e com-petências básicas de vida, necessárias ao seu desenvolvimento pessoal, à sua futuravida profissional e a uma cidadania europeia activa.

Neste sentido, e à luz do tema selecionado “O Nosso Património Natural e Cultural daHumanidade!”, o CEI juntamente com a Ecole Elementaire Ivry A em Paris, França, aescola Kazinczy Ferenc Általános em Debrecen, Hungria e a Szko a Podstawowanr 29 em Sosnowiec, na Polónia desenvolveram este ano letivo atividades em es-treita colaboração, visando o intercâmbio e partilha de conhecimentos, dando assima conhecer uns aos outros a cultura, a língua e o património cultural e natural da hu-manidade de cada país.

Entre setembro e dezembro de 2011, os alunos realizaram também atividades de pes-quisa sobre os diferentes países, inquéritos sobre os países parceiros e trocando fo-tos, decorações e postais de Natal durante a quadra natalícia.

Para além disso, durante o mês de outubro os professores participaram na 1ª reu-nião de trabalho desta parceria multilateral Comenius que se realizou entre 17 e 21de outubro de 2011 na cidade de Debrecen, Hungria. Com efeito, foi visível o inte-resse, a curiosidade e o entusiasmo de todos os alunos húngaros que tão bem re-

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“Our Natural and CulturalWorld Heritage!”Parceria Multilateral – COMENIUS

fo nosso diário de bordo…

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ceberam os professores portugueses, franceses e polacos na sua cidade natal. Des-ta reunião de trabalho surgiram os objetivos, compromissos e atividades a desen-volver em conjunto ao longo de todo este ano letivo. Pudemos também contactarcom uma realidade que, apesar de distinta, evidencia também todo o trabalho con-junto e o espírito de cooperação entre professores, alunos e pais e de meios menosfavorecidos socialmente.

Após a conclusão do 1º período com um saldo francamente positivo para todos os alu-nos e professores envolvidos nos 4 países parceiros – França, Portugal, Hungria e Po-lónia, chegou a vez de Portugal preparar a visita da comitiva de professores COME-NIUS ao nosso país e à nossa escola. Desta forma, todos os alunos se empenharampara que, em conjunto com pais, alunos e professores, fosse possível mostrar como tra-balham, estudam e se formam crianças e jovens para um futuro sem fronteiras.

Com efeito, desde as crianças da Creche e Pré-Escolar aos alunos do 1º, 2º e 3º Ciclos,Ensino Secundário, Cursos de Educação e Formação e Cursos Profissionais, todos de-ram o seu contributo de forma entusiástica e criativa, fosse através músicas, jogos in-terativos, danças, teatro, projetos de escrita e leitura e visitas guiadas em Inglês. Paraalém disso, os alunos abrilhantaram também um serão artístico e cultural que colo-cou em evidência o espírito de equipa, a dinâmica e o empreendedorismo de todosquantos trabalham e frequentam o CEI. Foram momentos em que o espírito e mis-são do CEI se assumiram verdadeiramente enquanto “Empreendedores para um Fu-turo Global”, tal como podemos ver na notícia transcrita na página seguinte:

(notícia “Visita Comenius ao CEI”)

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Hungria, França, Polónia e Portugalprograma comenius… no CEI

s. João da Madeira foi palco de uma visita de delega-ções de professores estrangeiros ao abrigo do programa Co-menius – Parceria Multilateral entre escolas europeias. Sob otema “Our Natural and Cultural World Heritage”, o Centro deEducação Integral tem desenvolvido projetos e atividades quetêm proporcionado aos seus professores, alunos e famílias en-contros e partilhas interculturais, promovendo em simultâneouma cada vez maior abertura ao mundo global, em consonân-cia com o tema do seu projeto curricular de escola para esteano letivo – “Empreendendo para um Futuro Global”!

Entre os dias 13 e 17 de fevereiro, o Centro de Educação Integralrecebeu nas suas instalações delegações de professores da Hun-gria, França e Polónia no âmbito da organização do 2º encontrode troca e partilha de conhecimentos e trabalhos de acordocom o tema que dá voz a esta parceria multilateral entre esco-las europeias – “Our Natural and Cultural World Heritage”.Após um primeiro encontro na cidade de Debrecen na Hun-gria, chegou a vez de S. João da Madeira e, mais especifica-mente, o CEI, de promover este encontro, desta feita em Por-tugal. A trabalhar neste projeto desde setembro de 2011, foicom grande alegria, entusiasmo e azáfama que, quer alunos,quer professores organizaram a receção e o encontro destesprofessores no CEI.De facto, após uma calorosa e criativa receção pelos alunos do11º ano, todos as delegações tiveram o privilégio de visitaremas instalações do CEI guiados pelos alunos do 10º ano que, si-

multaneamente, deram também a conhecer os locais que fa-zem atualmente parte do Património da Humanidade em Por-tugal. Com efeito, todos os setores, desde a Creche, Pré-Escolare 1º Ciclo, ao 2º, 3º ciclos e ensino secundário, sem esquecer osCEF ou os alunos dos Cursos Profissionais, todos se fizeram re-presentar através da organização de inúmeras atividades que,apelando à participação e ao sentido de humor e diversão detodos os presentes, animaram e demonstraram o quão diver-tido é crescer e aprender no CEI.

Seguiu-se tempo de trabalho e intercâmbio de ideias e resul-tados dos trabalhos desenvolvidos ao longo dos últimos cincomeses em conjunto com as diferentes escolas parceiras. Todasas delegações tiveram ainda a oportunidade de provarem osmelhores pratos da gastronomia nacional devidamente con-fecionados pelos alunos de Restauração e Hotelaria e expe-rienciarem em primeira mão a união, o esforço, o espírito deequipa dos alunos e professores que brindaram todos os pre-sentes com um sarau artístico de qualidade inigualável.Nos dias que se seguiram todas as delegações puderam ainda vi-sitar a cidade de S. João da Madeira, admirando edifícios e mo-numentos, calcorreando as ruas da nossa cidade e admirando oespírito laborioso e empreendedor da nossa indústria local, no-meadamente pela visita às fábricas Cartonagem Trindade, Hel-sar e Museu de Chapelaria. Para além disso, puderam usufruirda proximidade da nossa cidade com a zona costeira e zona ser-rana, apreciando a beira-mar de Espinho ou a fauna e a flora da

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“I'm so happy that we could spend 5 days

in Portugal with Comenius team and

with new friends. Thank you very much

for your hospitality.”

By Ewa Wegrzynska | Poland

“I would like to thank you for our

wonderful stay you perfectly organized

and for the warm welcome from the

headmaster, all teachers and of course

your students who were very open, keen

to learn and smiling. Your school is the

very model of citizenship and your

students have really got the chance

to receive a serious and blooming

education. Wonderful experience!”

By Dominique Patard | France

“I am very happy about the chance that I

could spend some time with you and the

Comenius team in Portugal. It is not an

exaggeration to say that one of my

dreams has come true.”

By Andrea Verebi | Hungary

Sessão de partilha e intercâmbio de trabalhos de acordo com o tema do projeto Comenius “Our Natural and Cultural World Heritage!”Visita à fábrica de calçado Helsar e ao Museu da Chapelaria em S. João da MadeiraVisita à cidade de Guimarães – Capital Europeia da Cultural 2012

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Serra da Freita, jamais deixando de lado os sabores gastronómicos típicos destas re-giões – desde o peixe ou o polvo grelhado num lado e a vitela ou o cabrito assado nooutro lado.Finalmente e, porque o tema do programa Comenius é “Our Natural and CulturalWorld Heritage”, todas as delegações de professores visitaram o Centro Histórico deGuimarães, berço da nossa nacionalidade e Capital Europeia da Cultural 2012 e a Zo-na Ribeirinha do Porto, declarada Património da Humanidade pela Unesco em 2001,usufruindo também da bela vista desta a partir do teleférico de Gaia. De destacar ain-da a visita às Caves Sandeman que brindaram todos os elementos desta comitivacom a possibilidade de conhecerem um pouco melhor outro local considerado Patri-mónio da Humanidade em Portugal – a região vinhateira do Alto Douro.Assim sendo, não obstante todo o trabalho desenvolvido por alunos e professorescom a colaboração ativa de todas as famílias, importa destacar o convívio e a parti-lha de experiências, tradições e pedagogias no que diz respeito à abordagem do te-ma que se constitui como tema deste projeto – “Our Natural and Cultural World He-ritage”, tornando possível e cada vez mais concreto e real o “Empreendendo para umFuturo Global” no Centro de Educação Integral!Isabel Valente | Coordenadora do Programa Comenius no Centro de Educação Integral

Já no 3º período, os alunos foram convidados a selecionar dois locais que, pelo seu in-teresse natural, histórico e estético pudessem constituir-se como candidatos a patri-mónio natural da humanidade em território português. Com efeito, após pesquisase aturadas discussões, os alunos votaram apresentar como locais candidatos a patri-mónio natural da humanidade em território português as Grutas de Mira de Aire eo Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios em Ourém.Deste modo, os alunos do 7º e 8º anos pesquisaram, prepararam e apresentaram aoscolegas do 1º ciclo trabalhos de pesquisa sobre estes locais, o que resultou num in-

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tercâmbio curioso e divertido entre alunos mais velho e alu-nos mais novos. Assim, foi num ambiente de alegria e descon-tração que os alunos mais velhos assumiram neste dia o papelde professores, guiando e orientando os mais pequenos nadescoberta dos locais que escolheram como maravilhas natu-rais em Portugal, propondo também a realização de questio-nários e desenhos sobre os locais explorados como forma deassegurar a assimilação de informação por parte destes.Após terem concluído esta fase de pesquisa e apresentaçãodos seus resultados aos colegas de 1º ciclo, os alunos do 7º, 8ºe 10º anos prepararam testemunhos em português e inglês pa-ra defesa dos locais selecionados como candidatos a patrimó-nio natural da Humanidade pela UNESCO. De destacar que,dos mais novos aos mais velhos, todos se empenharam emdar testemunhos válidos, usando para tal dos seus conheci-mentos da língua portuguesa e inglesa para argumentarem afavor destas candidaturas, procurando sempre fortalecer a ba-se das mesmas. Após esta fase procedemos à gravação em ví-deo das mesmas e foi curioso ver a postura, o brio e dedicaçãoque todos sem exceção dedicaram a esta tarefa que confirma-ram como “de extrema importância”.

Já a visita às Grutas de Mira de Aire e Monumento Naturaldas Pegadas de Dinossáurio em Ourém realizou-se no dia 4de maio e contou com a participação das turmas de 7º, 8º e10º anos. Assim, se por um lado, o 7º e 8º anos tiveram a seucargo a preparação da visita e sensibilização das crianças de1º ciclo à importância dos sítios a visitar, o 10º ano de escola-ridade ficou encarregue de elaboração de folhetos|booklets

em formato digital e papel sobre os mesmos a enviar para osparceiros das escolas parceiras em França, Hungria e Polónia.Desta forma, os alunos visitaram durante a manhã as Grutasde Mira de Aire e o Monumento Natural das Pegadas de Di-nossáurio em Ourém, ambas na modalidade de visitas guia-das acompanhadas. Durante as mesmas, foi notório o interes-se, a curiosidade e a vontade de aprender e descobrir com osalunos a interpelar os guias para colocar questões muito sé-rias e pertinentes. Com efeito, não é em vão que Albert Eins-tein refere “Information is not knowledge. The only source ofknowledge is experience.” Daí que alunos e professores jamaisse esquecerão dos conhecimentos adquiridos através das múl-tiplas experiências que esta visita de estudo nos proporcionou,permitindo experienciar em primeira mão locais que pela suaespecificidade, importância e características merecem ser pre-servados para as próximas gerações através do estatuto de pa-trimónio da humanidade.

Posteriormente, os alunos do 10º ano dividiram-se em grupospara a realização de folhetos|booklets, quer em formato digi-tal, quer em formato de papel, utilizando fotos, comentários eopiniões recolhidos durante a visita de estudo para o efeito.Deste trabalho resultaram os trabalhos que foram apresenta-dos na 3ª reunião de trabalho do projeto “Our Natural and Cul-tural World Heritage” em Paris, França.

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Projeto Comenius em ParisAssim, entre 28 e 1 de junho, a cidade Paris em França, foi palcodo terceiro encontro do projeto Comenius, “O Nosso Patrimó-nio Natural e Cultural”, mais uma ação no sentido do com-promisso da nossa escola para com a divulgação das riquezasdo nosso planeta.

No sábado de madrugada, dia 27 de maio, rumámos para Paris,deixando para trás os dias cinzentos que decorriam em Portu-gal. Após uma viagem de duas horas, cheia de boa disposição,chegamos ao destino às 8 horas da manhã. Estava um dia lin-díssimo e uma temperatura agradável.No aeroporto, fomos calorosamente recebidos pelo nosso par-ceiro francês Dominique que nos levou ao castelo “Versailles”,uma beleza inexplicável. Percorremos os jardins, onde pude-mos apreciar a arquitetura do castelo. Às 15 horas assistimosao espetáculo das fontes. Foi um momento de grande magia.No dia seguinte, tivemos o privilégio de participar num cruzei-ro no rio Seine num dos muitos e famosos barcos caraterísti-cos desta cidade – “Bateau Mouche”. Durante a viagem, avis-tamos imensos monumentos “Musée du Louvre”, “Le PalaisRoyal” e “Tour Eiffel”. Usufruímos e aprendemos bastante so-bre os edifícios, as pessoas e o ambiente verdadeiramente mul-ticultural da capital francesa, apreciando desta forma umadas cidades com um dos patrimónios culturais mais ricos detodo o planeta.Ainda durante esta visita, após uma longa manhã de trabalhos,fomos brindados com um magnífico almoço, enquanto que, àtarde, deliciámo-nos com os alunos da escola que nos apresen-taram um sarau musical nas diferentes línguas maternas dos

parceiros envolvidos. Tivemos assim o privilégio de ouvir crian-ças de 6 anos cantarem algumas canções tradicionais portu-guesas em português. Com certeza, um momento marcantedesta visita! Ao final da tarde, visitámos o “Sacré Coeur” ummonumento grandioso no coração da cidade de Paris.

Já no quarto dia, após as sessões de trabalho diário, em visita à“Cathédrale de Notre Dame” tivemos oportunidade de invadiro lendário “O Corcunda de Notre Dame”. Durante toda a visita,desfrutámos da beleza da construção e a vista sobre a cidadede Paris do alto da “Cathédrale” que nos proporcionou umaenorme tranquilidade e sensação de paz e bem-estar. À tarde, ti-vemos uma visita guiada à UNESCO, momento em que “mer-gulhámos” sobre um ambiente de trabalho e convívio verda-deiramente multicultural. Houve também lugar a uma visitaguiada às instalações da sede desta organização e esclareci-mento de dúvidas sobre diferentes ações e projetos desenvolvi-dos no âmbito da sua alçada, sobretudo no que diz respeito àseleção dos patrimónios cultural e natural. De seguida, fomosver uma exposição de Duran no Palais Royal na companhia dosalunos da escola.

Finalmente, Paris e os seus habitantes deixaram marcas nosnossos corações e recordações nas nossas mentes, que jamaisserão apagadas. Todavia, mais de que uma grande cidade, fo-ram as crianças e professores que tão bem nos receberam queficaram para sempre guardadas nas nossas memórias.

Um bem hajam pela vossa participação neste programa!!

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no passado dia 21 de junho, realizou-se na escola o Comenius Day. Decorreramao longo da manhã diversas atividades, entre as quais pinturas faciais dinamizadapelas alunas de comércio CPC3, através das quais procuraram dar a conhecer aos alu-nos da pré as bandeiras dos países envolvidos no projeto.Os alunos de restauração CPR4 confecionaram sobremesas típicas dos quatro países,com o intuito de partilhar com a comunidade escolar, a tradição de cada país. Destaforma, os grupos apresentaram as “Natas” como sobremesa típica de Portugal, o bo-lo “Royal Mazurek” da Polónia, os “Húngaros” da Hungria e finalmente o “Croissant”da França. Como não podia faltar, os alunos do 8º ano confecionaram os “Crêpes”. To-da a escola deliciou-se com estes sabores, criando uma atmosfera de plena celebra-ção dos intercâmbios multiculturais que a participação no programa Comenius nostem proporcionado.

Foi ainda notória a azáfama e o entusiasmo de todos os alunos e professores na pre-paração da grande exposição de final de ano para que pais, encarregados de educa-ção e demais membros da nossa comunidade educativa pudessem apreciar todo otrabalho realizado ao longo do ano neste âmbito.Desta forma, convém relembrar que, esta iniciativa, que promove a imaginação e atroca de experiências entre todos os envolvidos, sobre as culturas e costumes de ca-da país participante, irá continuar durante o próximo ano letivo.Aqui fica o nosso obrigado pelos contributos de toda a comunidade escolar… serácom certeza mais um ano inesquecível!! Maria João Coimbra

Comenius Day

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ser criança é aprender a crescer. Aprender a crescer quer dizer: aprender a estudar,a conhecer os outros, a ajudar os outros, a viver com os outros. E quem aprende a vi-ver com os outros, aprende sempre a viver bem consigo próprio. “Aprender sem fron-teiras” é ser criança e não merecer um castigo, é crescer e aprender. Estar contenteconsigo é estudar e aprender. (Play, learn and grow…)

A criança, em idade pré-escolar e de 1ºciclo, tem uma capacidade extraordinária deaprender com maior facilidade; é gratificante e compensador verificar que são autên-ticas “esponjas” de conhecimentos e experiências. As crianças bem pequenas têmuma enorme facilidade em adquirir diversas competências: o aprender novas línguas;o aprender a ler, a escrever, a contar, a desenhar; o aprender a terra; o aprender o trigoe ter um amigo também é aprender.

As crianças têm por si só oportunidades privilegiadas para desenvolver a sensibili-dade para as diferenças culturais e entender as razões pelas quais a cultura e a lín-gua se transmitem de várias formas. Ao ajudar a adquirir as habilidades de descobrire interpretar outras culturas, outros valores, crenças e comportamentos, a aprendi-zagem de línguas pode ser uma contribuição substancial para o desenvolvimentodessas competências interculturais, ao lado de competências linguísticas desde ten-ra idade, sendo que o “choque cultural” não será sentido de forma tão vincada até por-que eles próprios estão ainda no início de uma caminhada cultural.

Aprendizagem Precoce da Língua Inglesa no CEIA nossa realidade, o projeto do ensino da língua Inglesa no CEI, quer no pré-escolar,quer no 1º ciclo, consiste na aprendizagem precoce de uma língua estrangeira, no-meadamente a Língua Inglesa. Os seus principais objetivos orientam-se para a sen-sibilização das crianças para o inglês e para a existência de outras línguas; para odesenvolvimento de competências interculturais, tendo em conta o contexto mul-ticultural e multilinguístico envolvente; para a facilitação da aquisição da língua in-glesa; para o conhecimento de aspetos de outras culturas, de outros países; para avivência de novas experiências significativas para a vida da criança; para o alarga-mento do seu conceito de mundo e desenvolvimento de competências comunicati-

Play, Learn and Grow…

“Ninguém é tão grandeque não possa aprender,nem tão pequeno quenão possa ensinar.”Esopo (620-560 a.C.)

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vas; para a facilitação da transição do Pré-Escolar para o 1º Ci-clo do Ensino Básico e deste ciclo para os seguintes.O grande objetivo é fazer com que a criança se sinta à vontadecom outras línguas, neste caso o inglês, que crie o gosto pelalíngua alvo e que, mais tarde, quando a estudar formalmente,não tenha tantos receios.

Nas nossas sessões de inglês, fazemos uma abordagem comu-nicativa (através da oralidade) da língua estrangeira, utilizandoatividades como jogos, canções e pequenos diálogos que con-duzam as crianças à repetição. É ideal uma abordagem oral, uti-lizando este tipo de atividades que conduzam as crianças à re-petição. Também as dramatizações, as pinturas e o desenhar, autilização de objetos e fantoches, são atividades úteis para aaprendizagem da Língua Estrangeira, prendendo a atenção dacriança e motivando-a. Através destas atividades é essencialcriar um clima onde as crianças sintam necessidade, curiosida-de e interesse em comunicar em inglês. O contexto lúdico sur-ge então como um espaço fundamental para as experiênciasde aprendizagem.

Importância da Aprendizagem Precoce de Línguas EstrangeirasAutores como Orlando Strecht Ribeiro (1998) defendem que o con-tacto precoce com outras línguas e culturas revela-se cada vezmais importante para o desenvolvimento global e integral dascrianças, nomeadamente, no que diz respeito ao despertar deatitudes positivas em relação aos outros, bem como no desen-volvimento da autonomia, do espírito crítico, da criatividade, daautoconfiança e da capacidade sociocomunicativa.As crianças são capazes de compreender o que lhes é dito ain-

da antes de compreenderem o significado das palavras. A en-toação, os gestos, as expressões faciais, as ações e as situaçõessão fatores que as ajudam a detetar o significado das palavrase expressões desconhecidas.

As crianças são visivelmente mais tolerantes com os outros po-vos e culturas e esse facto torna-se imprescindível, uma vezque o mundo é cada vez mais global e, a longo prazo, pode per-mitir a compreensão mútua entre indivíduos e nações.Strecht Ribeiro (1998) refere ainda que as crianças que falam umalíngua estrangeira tendem a revelar uma forma mais abran-gente de encarar o fenómeno cultural do que as crianças mo-nolingues, que frequentemente são da opinião de que os seushábitos e a sua cultura são os únicos importantes e mesmo osúnicos existentes.

Razões pelas quais a aprendizagem precoce de uma língua es-trangeira é fundamental no desenvolvimento da criança:• As crianças não se sentem tão inibidas frente às outras crianças,

quer para realizar as tarefas propostas, quer perante o erro;

• As crianças mais novas estão mais recetivas e desejosas para apren-

der uma nova língua;

• As crianças absorvem a língua estrangeira como uma esponja, não

a vendo como um problema;

• As crianças mais novas aceitam mais facilmente tarefas “infantis”,

como histórias e canções, na Língua Estrangeira;

• A aprendizagem de uma língua estrangeira ajuda a consolidar con-

ceitos básicos da língua materna;

• A aprendizagem de uma língua estrangeira ajuda a criança a cons-

ciencializar estruturas na nova língua e na língua materna e a in-

ferir regras;

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• A aprendizagem de uma língua estrangeira desenvolve a capaci-

dade de audição|perceção e, consequentemente, a capacidade de

concentração;

• As crianças demonstram curiosidade pela diferença;

• As crianças mostram empatia pelos estrangeiros, pela sua cultura

e tradições;

• A aprendizagem de uma língua estrangeira desenvolve a autocon-

fiança e as competências sociais e de comunicação, assim como au-

menta a autoestima das crianças;

• A aprendizagem de uma língua estrangeira constitui, para a crian-

ça, uma capacidade acrescida para a vida e uma estrutura para a fu-

tura aprendizagem de uma segunda língua.

O essencial destas sessões não é pura e simplesmente o ensinarvocabulário mas também o fazer com que a criança se sinta con-fortável com outras línguas, crie o gosto pela língua inglesa eque mais tarde não tenha tantos receios ou inseguranças.

Numa aula de língua estrangeira, as crianças aprendem o signi-ficado pelo contexto, pelos gestos, pelas expressões faciais, mí-mica e gestos (por associações do que vêm e ouvem). No en-tanto, devemos estranhar se os nossos filhos não chegam acasa a relatar o que aprenderam, pois cada criança tem o seupróprio tempo, o seu período silencioso, que serve para a crian-ça assimilar o que ouviu.

As crianças mais pequenas podem não dizer absolutamentenada mas estão atentas e demonstram curiosidade na apren-dizagem de um mundo todo novo e diferente e a prova disso éque podem nem dizer nada na sessão ou mesmo quando che-gam a casa. Contudo, com o passar do tempo, conseguem re-latar o que apreenderam ao repetir as canções, rimas, jogos,

brincadeiras. As crianças são, desta forma, capazes de repro-duzir linguagem sem a pressão de terem de se expressar oral-mente para o grupo.

O ensino da língua estrangeira e a aprendizagem desta deveráter então como objeto três núcleos fundamentais:• o individual (aprender a reagir; aprender a ser; correr riscos);

• o social (aprender a cooperar; aprender a lidar com dinâmicas

de grupo);

• o temático (aprender a usar a língua estrangeira; aprender a lidar

com novas palavras, textos, aprender a interagir com a cultura da

língua estrangeira).

Todavia, mais do que ensinar, importa sensibilizar, dar a co-nhecer e, através de diferente estratégias lúdicas abrir novoshorizontes para que as nossas crianças de hoje, jovens de ama-nhã encarem o mundo numa perspetiva global de partilha e in-tercâmbio cultural com os diferentes povos.

Este é o desafio que nos propomos com o tema do projeto cur-ricular de escolar “Aprender sem fronteiras” porque “o estudo, abusca da verdade e da beleza são domínios em que nos é con-sentido sermos crianças por toda a vida.” (Albert Einstein)Carla Monteiro | Professora de Inglês

bibliografia:• Strecht-Ribeiro, O. (1998). Línguas Estrangeiras no Primeiro Ciclo. Lisboa: Livros Horizonte.

• Strecht-Ribeiro, O. & Maia, M. (2001). Critérios de Elaboração de Materiais Pedagógico –

didácticos para a Iniciação às L.E.S no 1º ciclo. In Bárrios, A.

• Dias, A. & Mourão, S. (2005). Inglês no 1º Ciclo – Práticas Partilhadas. Porto: Edições ASA.

• Gonçalves, I. (2003). O ensino precoce de uma Língua Estrangeira no 1º Ciclo do Ensino

básico como factor de sucesso da aprendizagem da Língua Materna. Coimbra: Edições IPC.

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eu era um belíssimo jogador de Damas e um péssimo jo-gador de Xadrez. Atualmente, só raramente jogo Damas ape-sar de continuar a ser um fraco jogador de Xadrez. A mudança,contudo, não reside tanto no grau com que sinto as minhas ca-pacidades, como na atitude que assumo perante cada um des-tes jogos de salão.

A minha relação com o jogo de damas era de prazer, de estí-mulo ao meu ego, de desenvolvimento das capacidades emque já me sentia forte: – rapidez de análise, reação imediata aestímulos e muita intuição. A pouca complexidade requeridae as poucas variáveis para gerir reforçavam a minha propen-são. O jogo de xadrez exigia-me espírito analítico, reação con-trolada e condicionada, grande complexidade de análise, inú-meras variáveis para gerir e intuição em quantidades quantobaste. Basicamente, exigia concentração e disciplina, enquan-to as Damas me permitiam alguma displicência e indisciplina.O pior, contudo, é que eu ganhava quase sempre às Damas,enquanto no Xadrez perdia com extrema regularidade e omeu ego ressentia-se.

Um dia, respondendo a um desafio, decidi criar um clube de xa-drez na escola onde exercia a minha profissão de docente. Ins-crevi-me num curso de 25 horas, na Faculdade de Engenhariada Universidade do Porto, e dei comigo a «perder tempo» paraequacionar problemas, elencar uma série de hipóteses de tra-balho, tomar decisões arriscadas, num processo que reclama-

va concentração, disciplina, pensamento lógico e – novidadepara mim – respeito pelo adversário! Nas Damas, nunca tinhadado conta da importância do meu opositor, salvo para, se fos-se possível, humilhá-lo. O jogo é um desafio que não acontecesem o adversário e, por isso, este é a pessoa mais importante pa-ra que aquele aconteça.

Com os novos dados e com uma nova atitude perante o jogocomecei a elucubrar sobre a possibilidade de transferir para arelação com os alunos estas novas dimensões que o xadrezme permitia conhecer.

Dando prioridade ao grupo de alunos mais indisciplinados, oumais difíceis, numa abordagem mais eufemística, inaugura-mos o clube de xadrez!

Iniciámos as hostilidades trabalhando as atitudes e os com-portamentos. Os alunos começaram por estranhar o facto deo professor os cumprimentar de mão e desejar-lhes «boa sor-te», no início de cada jogo. A surpresa aumentava quando oprofessor lhes solicitava reciprocidade comportamental: – a ca-pacidade do nosso adversário dá dimensão à nossa vitória ou ànossa derrota. Uma vitória será tão mais estimulante quantomaiores forem as suas capacidades. Uma derrota será tão maisvalorizada quanto mais competente ele for.

Em seguida, aprendemos a importância de gerir o silêncio. O jo-go deve colocar em confronto as competências dos dois conten-

Xadreza perder também se ganha

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dores no domínio do xadrez. Vencer o adversário, recorrendo àdistração ou à irritação torna-se uma vitória de Pirro, originaum sentimento de fracasso. E, curiosamente, a capacidade deatenção desenvolve-se quando aproveitamos os tempos de re-flexão do nosso opositor para refletirmos também.

As noções de tempo e de espaço começaram a ganhar nova di-mensão: o tempo de jogo era variável, em função do ritmo decada jogador e das disposições adotadas (partida rápida, se-mirrápida ou normal); o espaço em que as táticas e as estraté-gias se desenhavam limitava-se a um quadrado de 64 casas de-finido pelo produto (8 linhas x 8 colunas) ou, para alguns, pelaadição sucessiva (8+8+8+8+8+8). As noções de geometria au-xiliavam na compreensão da movimentações das peças em ho-rizontal, vertical, diagonal… e os movimentos do cavalo convo-cavam conceitos de retângulo, diagonal, círculo, semicírculo, …

Dissecávamos as derrotas para emendar percursos e paraaprender com o erro e a perseverança começou a surgir comouma atitude determinante para o sucesso. Em caso de derrota,cumprimentávamos e felicitávamos o nosso opositor, o queera igualmente novo para a maioria dos participantes.

Discutimos os vários tipos de inteligências e compreendemosque o xadrez reclamava essencialmente a inteligência lógicomatemática, que a maioria dos alunos reconhecia como umadas menos preponderantes em si mesmos e que, concomitan-temente, era preciso trabalhar. Os progressos iam sendo me-didos, a partir da evolução verificada nas disciplinas de portu-guês e matemática. Eram os efeitos do xadrez a invadir assalas de aula.

Rapidamente nos demos conta da importância do conheci-mento para chegar mais longe. Convidamos um mestre quefez nascer luz aonde havia treva, que possibilitou abrir portascom acesso a caminhos até então desconhecidos. Dominar osprincípios do jogo, e o modo como esses princípios podiam seraplicados, em situações muito diferentes, permitiu o surgi-mento de uma outra competência até então adormecida: – aimaginação! Quanto mais se dominasse o conhecimento, tantomais era possível soltar e desenvolver a criatividade.

A partir do momento que tínhamos várias opções de jogo, exi-gia-se que tomássemos decisões. Optávamos e da nossa esco-lha decorria a nossa sorte no jogo. Se houvesse necessidade deculpar alguém pelo nosso fracasso ou congratular alguém pe-lo nosso êxito, esse alguém era o próprio!

À medida que o clube crescia, as nossas competências iam-sedesenvolvendo em novas áreas: – no planeamento das jogadas,que permitia anteciparmo-nos ao opositor; no desenvolvimen-to da memória, que permitia relembrar os percursos e as esco-lhas habituais dos nossos adversários; no autocontrolo sobreas nossas emoções, de modo a privilegiarmos a intervenção doraciocínio – analítico ou sintético, de acordo com as situações;na vontade de vencer, para nos sentirmos competentes e der-rubarmos as nossas próprias debilidades…

Eu era um belíssimo jogador de Damas…Antero Afonso

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O Tema Era o Xadrez!Sabendo, de ante mão, que o xadrez é um importante instru-mento pedagógico que pode ajudar no desenvolvimento da re-lação ensino-aprendizagem, numa 1ª fase, o objetivo era fazercom que todos os alunos do 11º ano aprendessem a jogar xadrez!A quem já sabia jogar (e fiquei impressionada pois mais de50% dos alunos já jogava xadrez muito bem), foi proposto tra-balharem com os restantes colegas, partilhando saberes tãoimportantes como, e concordando com o Professor AnteroAfonso, aprenderem a ponderar, a saber esperar, a escolher asjogadas certas nos momentos oportunos, saber perder eaprender com as derrotas, desenvolver memória, concentra-ção, capacidade de fazer silêncio, etc..Numa 2ª fase, o objetivo, era levar este jogo e todos os saberesque o rodeiam a uma turma do 3º ciclo, contagiando assim osalunos com o gosto pelo xadrez.Desta forma, a turma do 11º ano preparou uma apresentaçãocom o nome das peças (aparentemente simples mas não paraquem se inicia no xadrez), os movimentos de cada peça, algu-mas regras e as jogadas mais comuns. Depois todos foram con-vidados a experimentar e a jogar.Foi um trabalho positivo. O gosto nasceu nos alunos do 8ºano e os mais crescidos acabaram por reconhecer que é inte-ressante ensinar este jogo aos mais novos. Desenvolvemos aatenção, a concentração, o raciocínio lógico, a memória, a or-ganização de ideias, a imaginação, a antecipação, o espíritode decisão, o autocontrole, a disciplina, a perseverança, e tan-tas outras habilidades cognitivas!Acabaram por concordar que se passam bons finais de dia, pe-daços de fim-de-semana, alguns momentos de férias, a jogar

xadrez, que não tem imagens coloridas, nem níveis que se ul-trapassam mas que é tão ou mais cativante que alguns jogosde computador.

Quando começar…?Confesso que não sou grande jogadora de xadrez. Aliás, só co-mecei a jogar, quando num Natal, decidimos lá em casa oferecerum jogo de xadrez à nossa filha mais velha. Sabia o nome de al-gumas peças e pouco mais. Tudo me parecia difícil! Sempre queme falavam em xadrez dizia, por brincadeira, “quando tiver umfilho aprenderei para jogar com ele” e assim teve de ser!Não sabia bem qual a idade aconselhada para começar masdo que fui pesquisando, acabei por concluir que a maior partedas vezes os pais tiram o pó do velho tabuleiro de xadrez do só-tão tarde de mais.Segundo os entendidos, os 4/5 anos são uma ótima altura pa-ra ensinar a uma criança o nome das peças e os principais mo-vimentos. Claro que nesta fase não se espera que jogue mui-to tempo seguido, mas gradualmente a sua capacidade deconcentração e a postura perante o jogo melhora e aumenta.De qualquer modo, para qualquer pessoa que decida apren-der (criança ou adulto) a chave é a paciência!

Na nossa sociedade não basta apenas ter o conhecimento, épreciso rapidez de raciocínio para tomada de decisões. Temosnecessidade de encontrar soluções para problemas cada vezmais urgentes e complicados, por isso é muito importante sercriativo e usar a imaginação. O xadrez, está provado, é uma óti-ma ferramenta para o desenvolvimento destas competênciastão necessárias hoje em dia! Inês Cruz | Professora de Matemática

O Xadrez no CEINo decorrer deste ano letivo propôs aos alunos do 11º ano que realizassem

um trabalho de projeto, à disciplina de Matemática, diferente do habitual.

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os meios de comunicação e informação desempenham, na atualidade, um pa-pel preponderante na divulgação do conhecimento produzido, construindo imagense representações do mundo. Vivemos num tempo em que a construção identitária(individual e social) ocorre, em grande parte, através dessas representações que pre-tendem objetivar o “real”.

A Escola e a Sua Relação com a Vida QuotidianaO interesse na comunicação que ocorre através destas representações conduz-nos aquestões antropológicas e sociológicas, que nos levam a pensar sobre a Escola e asua relação com a vida quotidiana.“A vida cotidiana apresenta-se como uma realidade interpretada pelos homens e sub-jetivamente dotada de sentido para eles na medida em que forma um mundo coeren-te” (Berger e Lukmann, 1985: 35).

O currículo escolar apresenta-se conceptualmente próximo da ideia de universaliza-ção que, segundo BAUMAN, transmite “a esperança, a intenção e a determinação de seproduzir a ordem” (1998: 67). Mas qual o sentido de falarmos em universalização numaépoca em que a globalização tomou de assalto a nossa vida? A globalização “refere-seprimordialmente aos efeitos globais, notoriamente não pretendidos e imprevistos, enão às iniciativas e empreendimentos globais” (Bauman, 1998: 67). A imagem desempenhaum papel importante no entendimento da ideia de globalização, pois está presenteem todos os aspetos da nossa vida.

Literacia Visual – o que é?A imagem ocupa na sociedade contemporânea um papel de destaque, sendo in-evitável refletir sobre ela no contexto da educação. Aqui, podemos falar da necessi-dade de literacia visual.“Literacia visual constitui o conjunto de competências de visão que um ser humano podedesenvolver, incluindo simultaneamente outras experiências sensoriais. O desenvolvi-mento destas competências é fundamental na aprendizagem do ser humano. (…) elascapacitam a pessoa a discriminar e interpretar as ações visuais, objetos e/ou símbolos,naturais ou manufaturados, que encontramos no meio envolvente”. (Avgerinou, 2009: 29)

A Literacia Visualna educação de crianças e jovens!

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Estas competências são cognitivas e assentam, ao mesmotempo, na dimensão afetiva, tornando possível – através da co-municação, do pensamento e da aprendizagem visual – pensá-las como parte integrante da educação. É com base nesta ideiaque se torna possível o facto de cada sujeito ter uma expe-riência própria e pessoal num espaço comum – a escola. Atra-vés da aquisição destas competências e capacidades, a pessoatorna-se capaz de inovar, construir e transferir o conhecimen-to de contextos para contextos, criando novas formas de valor.O que se pretende é possibilitar que o/as aluno/as se tornemespectadores/as e/ou produtores/as emancipado/as.Utilizar a imagem como objeto de reflexão, no contexto educa-tivo, possibilita várias perspetivas: a individual, a inter-rela-cional, do grupo, da organização e da instituição. Estas difer-entes perspetivas podem, por vezes, ser contraditórias. Mas éatravés dessas contradições que se torna possível o debate, oconfronto e a discussão, a partir dos quais se poderão construirações/ideias, individuais e coletivas. O visual permite ques-tionar a existência concreta, o espaço e a temporalidade. A im-agem tem um caráter arqueológico, através do qual podemospensar o passado, o presente e o futuro. Esta abordagem deveter sempre presente vários referenciais teóricos que con-tribuam para uma análise abrangente, através da qual seja pos-sível compreender o mundo sensível, dominado pela subjetivi-dade e captado pelo olhar, e o inteligível, percebido pela razão.Uma vez que na reflexão sobre os fundamentos do conheci-mento na vida quotidiana somos, inevitavelmente, conduzi-dos para o domínio da intencionalidade, no qual a consciênciaopera em diferentes esferas da realidade, dependendo do “ob-jeto” com o qual nos deparamos; o entendimento da realidadequotidiana estrutura-se através do espaço e do tempo. A es-trutura espacial encontra-se presente nas interações interpes-soais, remetendo para uma dimensão social. Enquanto a es-trutura temporal assenta na dimensão da consciência,organizada pela existência do sujeito no mundo e na “reali-dade” quotidiana. Estas estruturas – espaciais e temporais –tornam o mundo compreensível, através da objetivação do “re-al” subjetivo.

Como Promover a Literacia Visual?Assim, face à riqueza e potencialidades infinitas que a ima-gem, bem como as suas infindáveis possibilidades de inter-pretação trazem aos espetador, agindo diretamente sobre assuas capacidades de questionar, co-construir realidades, criti-car e debater, importa saber como se poderá promover umaefetiva literacia visual nas crianças e jovens em idade escolar:

• Através do dialogo constante sobre as imagens que fazem parte

do nosso quotidiano.

• Visitas regulares a museus e exposições e reflexão sobre as mesmas.

• Permanente questionamento sobre a realidade apreendida atra -

vés das imagens divulgadas pelos meios de comunicação e novas

tecnologias.

• Procura de uma nova visualidade tendo em vista a formação de su-

jeitos mais capazes e autónomos, permitindo que estes se eman-

cipem.

Ricardo Pistola

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bibliografia:AVGERINOU, Maria D. (2009): Re-Viewing Visual Literacy in the “Bain d’Imagens” Era, Tech

Trends – AECT, Vol. 53, nº 2.

BAUDRILLARD, Jean (1981): Simulacros e Simulação. Trad. Maria João da Costa Pereira. Lisboa:

Relógio d’Água, 1991.

BAUMAN, Zygmunt (1998): Globalização: As Consequências Humanas. Trad. Marcus Penchel.

Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1999.

BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas (1985): A Construção Social da Realidade – tratado de

sociologia do conhecimento. Trad. Floriano de Souza Fernandes. Petrópolis: Editora Vozes, 2003.

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o ser humano atravessa uma crise de valores. Valores como a cidadania, a soli-dariedade, a ética deixaram de ser considerados importantes na formação das nos-sas crianças. A Escola e a Família assumem um papel fundamental na mudança e napromoção destes valores essenciais ao desenvolvimento saudável e harmonioso doser humano. Neste sentido a educação deverá favorecer uma participação que gereo compromisso da família com a aprendizagem e o sucesso escolar e um compro-misso da escola em estar atenta e ir ao encontro do ambiente cultural da família eda comunidade da sua criança.

Assim, a escola deve estar em perfeita sintonia com a família. Uma depende da ou-tra na tentativa de alcançar o maior objetivo, ou seja, o melhor futuro para o filho eeducando e, automaticamente para toda a sociedade.

Os pais devem estar cada vez mais atentos aos filhos, ao que eles falam, o que elesfazem, as suas atitudes e comportamentos e apesar de ser difícil, a escola tambémprecisa estar atenta. Eles comunicam connosco de várias formas: rebeldia, isolamen-to, choro, silêncio, nos gestos e atitudes. Os pais devem perceber os filhos. Muitas ve-zes, através do comportamento, querem dizer alguma coisa aos pais e estes, na cor-reria do dia-a-dia, nem prestam atenção a estes pequenos detalhes.

Aí entra a parceria família|escola. Uma conversa franca onde pais e professores par-tilham ansiedades, preocupações,… na tentativa de compreender e ajudar melhor osfilhos|alunos. A construção desta pode partir dos professores, visando, a proximida-de dos pais à escola, para que a família esteja cada vez mais preparada para ajudarno desenvolvimento e crescimento dos seus filhos.

É necessário um esforço muito grande para que todos se sintam envolvidos nesteprocesso de constantemente educar os filhos. Todos juntos somos responsáveis pelaeducação destas crianças, desta nova geração. Educadoras do Pré-escolar

Escola | Famíliaparceiros na educação!

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Crescer é um Desafio

um dos primeiros desafios a vencer na educação infantilconsiste em ajudar a criança a ser uma pessoa disciplinada eeducada, que saiba reconhecer entre que limites deve decorrer asua vida e as normas imprescindíveis para a convivência social.Amar uma criança passa por saber acolher, respeitar, mimar eajudar a crescer. Tudo isto se pode fazer com maior ou menor na-turalidade mas requer sempre uma grande proximidade, sem es-quecer que existem limites. Muitos pais e educadores têm difi-culdade em estabelecê-los porque se sentem culpados e comfalta de disponibilidade mas esquecem-se que, para as crianças,um adulto sem limites é sempre alguém muito assustador.

Embora muitos pais compreendam a necessidade de estabe-lecer limites, fazê-lo nem sempre é fácil. Por vezes, surgem dú-vidas se estaremos a anular a personalidade da criança ou aser demasiado rígidos. Se os progenitores forem demasiado rí-gidos com os filhos, impuserem as suas normas e critérios e de-rem ordens sem explicarem as razões, os filhos terão dificul-dades em formar a sua própria opinião e iniciativa, uma vezque estarão sempre dependentes da vontade dos pais.

O conceito de disciplina ainda é conotado com as palavras cas-tigo, ordem e respeito. Não tem de ser assim, ou melhor, não éassim. A disciplina não pode ser vista como uma série de cas-tigos, mas antes como um processo de ensino e educação. Damesma forma que se ensina uma criança a vestir-se ou a co-mer sozinha, a disciplina também é ou deve ser ensinada.

A criança cresce feliz se conhecer as regras do mundo que a ro-deia e souber até onde pode ir. À medida que cresce, aumen-

Ensinar Disciplina• Ser coerente – se estabelecemos regras devemos ser os

primeiros a cumpri-las, ou deixamos de ter autoridade

e credibilidade para as impor.

• Ser consistente – se as regras se vão alterando conforme as

nossas apetências, desejos, preguiça, ou alterações de humor,

não funcionam e deixam de ser regras para passarem a ser

ordens avulsas.

• As promessas devem ser viáveis e são para cumprir – se as

consequências impostas no caso de as regras não serem

cumpridas forem irreais, exageradas ou inócuas, mais vale

não existirem.

• O mais indicado, o mais fácil e o mais coerente é utilizar as

consequências naturais dos atos: se suja, limpa; se desarruma,

arruma; se chega atrasada, chega antes da hora no dia seguinte.

• É importante explicar e dizer à criança o que esperamos dela –

por que é que não pode tocar no fogão, por que é que não pode

deitar-se tarde ou interromper as conversas. Em vez de dizermos

apenas “não” ou “chiu” é mais eficaz explicar que ela pode

queimar-se, que descansar é importante para a sua saúde e

crescimento ou que tem de saber esperar pela sua vez de falar.

“Quem não sabe suportar contrariedades nunca terá acesso às coisas grandiosas.” Provérbio Chinês

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tam as suas possibilidades de estabelecer relações e, conse-quentemente, a sua perceção da organização social e dos di-versos pontos de vista do outro, passando então a questionaras regras que aceitava quase incondicionalmente. Percebe queas regras podem ser alteradas ou conservadas e começa aqui oseu caminho para a autonomia.

Neste processo de desenvolvimento da autonomia da criançao papel dos adultos é fundamental, evitando a sobreproteção,ajudando-a a pensar em como deve fazer as coisas (mas nãofazer por ela), fomentando a responsabilidade.

A disciplina, a promoção da autonomia e da responsabilidadeajudam a crescer, a estabelecer critérios, a viver com priorida-des, a lidar com a frustração e a olhar para a realidade tal co-mo ela é.

O desenvolvimento destas competências, nas crianças, surgecomo fulcral na criação de uma cultura empreendedora dasnovas gerações. Ser empreendedor é, fundamentalmente,uma competência pessoal, que pode ser incentivada se existirum ambiente propício ao seu desenvolvimento.

Ser pai é uma tarefa difícil para a qual ninguém recebe educa-ção ou formação. Não existe um modelo único de paternidadeou maternidade e, por isso, cada família educa os filhos com osseus próprios critérios, aptidões e possibilidades, tentando fa-zê-lo o melhor possível com o objetivo de os tornar pessoasmaduras, felizes e independentes. Professores do 1º Ciclo | Gabinete de Psicologia

Fomentar a Responsabilidade• Adequar a exigência à etapa evolutiva;

• Aconselhar com o exemplo (por ex.: a pontualidade,

a organização);

• Seguir sempre o mesmo critério;

• Educar participativamente, fazendo-a pensar no porquê das

coisas, das situações, dos comportamentos, mostrando-lhe

os efeitos ou consequências, os benefícios e malefícios;

• Ensinar a criança a cuidar e responder pelas suas coisas,

mas também a respeitar as coisas dos outros;

• Ensinar a cumprir as normas familiares, sociais, escolares;

• Fazer com que participe nas tarefas domésticas, tais como

fazer a cama, pôr e levantar a mesa, arrumar os seus

brinquedos, entre outros.

Incentivar uma Atitude Empreendedora• Promover os sonhos pessoais;

• Permitir que superem pequenas dificuldades sem interferência

do adulto (sem riscos);

• Mostrar que não é possível acertar sempre;

• Comemorar as pequenas conquistas com recompensas afetivas;

• Incentivar a procura da superação pessoal;

• Estimular a criança a tomar decisões e a responsabilizar-se

pelos seus atos.

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Imagem 1: http://mulheresgravidas.net/castigo-e-a-crianca/ | Imagem 2: http://mundinhobelle.blogspot.pt/2011/09/disciplinando-os-filhos.htmlImagem 3: http://deboniando.blogspot.pt/2010/10/dar-o-peixe-ou-ensinar-pescar.html | Imagem 4: http://naturlink.sapo.pt/Intervir/Artigos-Praticos/content/Como-poupar-agua-nas-tarefas-domesticas?bl=1Imagem 5: http://movimentomulher360.com.br/2011/12/cursos-estimulam-empreendedorismo-em-criancas-de-todo-o-pais/

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DislexiaDislexia

todos nós já ouvimos falar de crianças que apresentamum mau desempenho na sala de aula, que têm relutância emfazer os trabalhos de casa, necessitando de recrutar os pais co-mo leitores, e não têm prazer na leitura, evitando ler livros ousequer pequenas frases. Não raras as vezes, se constata que asua leitura é sincopada, tensa, trabalhosa dificultando-lhes ainterpretação dos problemas|perguntas, a estruturação deideias e consequentemente a sua expressão através da escrita.Posteriormente multiplicam-se as queixas, por vezes a troca deacusações entre pais e professores – Porque é que esta criançanão consegue aprender? – será porque não estuda, não faz ostrabalhos de casa, não se é exigente ou não se castigam as másações o suficiente?… Quando muito, estas são perguntas quetransbordam com uma conotação retórica, e que deviam servirpara abrir os nossos olhos, dar-nos a perceber que somo nós:pais, professores, escola e psicólogos – que não sabemos ainda,não entendemos a causa desta dificuldade em aprender.

Caro Leitor:Porque é que se nos fosse dado a ler uma passagem de um qual-quer livro em mandarim a maior parte de nós não conseguiriareconhecer um carater, produzir o som que lhe é atribuído, pro-nunciar corretamente a palavra, ler uma frase completa ou en-tender o significado da mensagem que aí está escrita por maisque nos tentassem obrigar ou castigar?O leitor já percebeu, sabe a resposta, elementar… porque aindanão aprendi! E se começasse a aprender agora provavelmentelevaria algum tempo até que o fizesse da forma mais correta.Algo similar pode estar acontecer com estas crianças!A leitura (bem como a escrita) não é um processo natural comose da linguagem se tratasse, que emerge naturalmente da in-

a dificuldade de aprender!

teração com os pais. Para aprender a ler é necessário ter cons-ciência de que a linguagem é formada por palavras, as palavraspor sílabas, as sílabas por sons (fonemas) e que os carateres doalfabeto são a representação gráfica desses sons – chama-se aisto – consciência fonológica. É também necessário saber ana-lisar a palavra, segmenta-la em sílabas, fundir os sons e encon-trar a pronúncia correta para aceder ao significado das palavras.Para realizar uma leitura fluente e compreensiva é ainda ne-cessário realizar automaticamente estas operações, isto é, sematenção consciente e sem esforço. Todas as competências têmque ser integradas através do ensino e da prática.

A dislexia é uma perturbação da aprendizagem, parcialmenteherdada, caracterizada por um défice ao nível do sistema neu-rológico central que dificulta o processamento dos sons, a cor-respondência destes com as letras e consequentemente a des-codificação das palavras. Esta incapacidade não permite aautomatização dos processos de leitura (que esta seja fluente,correta e interpretada) interferindo significativamente com orendimento escolar e atividades da vida quotidiana que reque-rem aptidões de leitura/escrita. É fácil entender que o saber leré uma chave que permite o acesso a todos os outros saberes, eque vendo-se na impossibilidade de alcançar esta competência,as crianças com dislexia experimentem sensações como a frus-tração, o desencorajamento e a estigmatização de pares, profes-sores e pais se não se suspeitar desta perturbação da aprendi-zagem. A inteligência, a capacidade de abstração, imaginação eraciocínio não está afetada nestas crianças, sendo que, muitasse distinguem em áreas artísticas. Walt Disney, que coloriu oimaginário de milhões de crianças; atores como Tom Cruise eainda escritores com Agatha Christie que puderam ultrapassar

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os seus problemas e expressar-se através das palavras (reza a his-tória que esta mulher, autora de mais de 80 contos policiais, nãoescrevia diretamente os seus livros, antes ditava as sua históriasa uma secretária ou usava um gravador). Pablo Picasso e o fa-moso Leonardo da Vinci, que escrevia de trás para a frente (emespelho) traço caraterístico dos disléxicos canhotos. O próprio Al-bert Einstein, que na escola o acusavam de raciocínio lento e ti-nha um baixo rendimento escolar tendo somente aprendido aler por volta dos 9 anos, são todos eles provas irrefutáveis do va-lor em potencial das crianças com dislexia.Só recentemente, em 2011, foi publicado o primeiro estudo so-bre a prevalência da dislexia em Portugal (Ana Paula Vale, AnaSucena e Fernanda Viana). Este estudo realizado no Minho,abrangendo 1460 crianças do ensino básico permitiu inferirque esta doença afetará 5,4 a 8,6% das crianças portuguesas,ambos os sexos de forma igual.Estes números salientam a importância de estar alerta, a dis-lexia continua a ser uma perturbação subnotificada, não per-mitindo que se abra caminho a uma intervenção precoce e es-pecífica que pode até prevenir o insucesso antes desteacontecer. Com efeito, a maioria destas crianças será diagnos-ticada após terem reprovado pelo menos um ano, estando emrisco de que isso volte a acontecer. Esse tempo não pode ser re-cuperado e a construção da auto-estima desta criança fica pro-fundamente abalada.Nas palavras das Psicóloga Educacional Paula Teles, no artigo pu-blicado por ela na Revista Portuguesa de Clínica Geral em 2004– Dislexia: Como identificar? Como intervir? – Existem alguns si-nais que podem indiciar dificuldades futuras. Se esses sinais fo-rem observados e se persistirem ao longo de vários meses ospais devem procurar uma avaliação especializada.A aquisição tardia da linguagem (frases só depois dos 2 anos),dificuldades na pronúncia de palavras (linguagem de bebéque permanece após os 5 anos) com omissões e inversões desílabas (ex.: fósforos/fosfos, pipocas/popicas), a dificuldadeem memorizar canções e lengalengas com rimas (para a qualé necessária ter uma boa consciência fonológica), ou os movi-mentos gráficos invertidos e/ou em espelho, podem ser sinaispreditores de dificuldades futuras da leitura.

O diagnóstico deste défice baseia-se na história clínica, fami-liar e educativa, pressupõe a exclusão de um atraso mental edéfice sensorial (visão ou audição diminuída). Necessita aindade uma avaliação psicopedagógica realizada com recurso auma bateria de questionários que avaliam o conhecimento doprincípio do alfabeto, a consciência fonológica, a descodifica-ção e a fluência, bem como a escrita.São diversos os estudos que comprovam a eficácia de um pro-grama de intervenção precoce apoiados em estímulos deaprendizagem diversos, que recorrem a diferentes sensaçõespara facilitar o processo de aprendizagem dos sons, letras e pa-lavras, associando o ouvir e o ver com o dizer e escrever e até odermografismo (reconhecer as letras pelo desenho de uma le-tra na nossa pele, enquanto estamos de olhos fechados). Estasintervenções baseiam-se ainda na revisão sistemática dos con-ceitos para manter e reforçar a sua memorização, permitindoa automatização da leitura e a interpretação do texto.Cabe à escola em conjunto com os pais procurar definir a ra-zão da dificuldade em aprender de uma criança. Se os sinais dealerta forem detetados em idades pré-primária, tanto melhor,podendo para isso contribuir as educadoras de infância. Ex-cluindo outras razões, nomeadamente sociais e conflitos fa-miliares, deve a escola estar preparada para suspeitar e pediruma avaliação psicopedagógica (psicólogos e técnicas de edu-cação superior e reabilitação psicomotora) a fim de determi-nar a existência de dislexia.No nosso país, o Decreto-Lei 3/2008, Educação Especial, prevêa necessidade de adaptar formas de ensino e avaliação decrianças com necessidades especiais, nomeadamente, dislexia,mas não faz menção à metodologia reeducativa a adotar. Nãocaindo no erro de ser demasiado permissivo pode ser necessá-rio, enquanto a intervenção estiver a decorrer, escolher umaforma de avaliação tipo teste oral em detrimento de um testeescrito, prolongar o tempo de realização das provas e não pu-nir os erros ortográficos. Alguns autores também defendemque repetir anos de escolaridade não ajuda a ultrapassar as di-ficuldades, pelo contrário, pode criar dificuldades acrescidas anível afetivo emocional: sentimentos de frustração, ansiedade,desvalorização do autoconceito e da autoestima. Francisco Valente

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a Psicomotricidade para Bebés é a ciência que procura entender e investigar asrelações e as influências entre o campo psicológico e o campo motor.Segundo Vayer (1980), é uma ação pedagógica e psicológica que utiliza a actividadecorporal no sentido de normalizar ou melhorar o comportamento da criança. É atra-vés da sua ação face ao mundo e da atividade realizada pessoalmente, que a crian-ça exprime e desenvolve as suas capacidades, e que constrói a sua pessoa e o seuconhecimento.

O corpo é a referência permanente e a ação corporal é o primeiro meio de comuni-cação, aquele sobre o qual se constroem as linguagens socializadas (Vayer, 1980).No nascimento, existem potencialidades que para se desenvolverem, não requeremsó a manutenção dos processos orgânicos, mas principalmente o intercâmbio comas outras pessoas. A importância da relação é geral, sendo que, na primeira infânciaa qualidade desta relação tem uma influência determinante na orientação do tem-peramento e da personalidade. É através das relações com os outros que o ser se des-cobre, e a personalidade se constrói pouco a pouco (Le Boulch, 2001).

Ainda segundo o mesmo autor, a necessidade de se expressar e de comunicar, isto é,de intercâmbios com o ambiente, manifesta-se precocemente no recém-nascido. Seo ambiente favorece a expressão desta necessidade, ele vai desenvolver-se no planoda comunicação gestual. A linguagem aparece e desenvolve-se sob o efeito de um di-namismo afetivo ligado à necessidade do intercâmbio com a outra pessoa. Este in-tercâmbio, é primeiramente corporal e progressivamente se transforma em corporale verbal, mostrando as relações estreitas entre linguagem e motricidade.

É através de uma situação real de intercâmbio que a criança fala e tem vontade defalar, confrontando-se com o desejo e a necessidade de se expressar para poder par-ticipar da vida em grupo. A criança põe assim em prática e improvisa suas própriasformas de expressão verbal, ajustando o que tem sido primeiramente experimen-tado no plano motor e que é posteriormente transportado ao plano da linguagemexpressiva (Le Boulch, 2001).

Psicomotricidade para Bebés

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Durante o mês de outubro, tiveram início as aulas de Psicomotricidade para Bebés naAssociação de Apoio à Educação com o principal objetivo de desenvolver a capacida-de de ser e de agir num contexto psicossocial, onde o corpo foi a origem das aquisi-ções cognitivas, afectivas e orgânicas. As aulas de Psicomotricidade para Bebés ocor-reram uma vez por semana da parte da manhã, altura em que os bebés estão maisatentos e disponíveis.

No início, os bebés muito inibidos não falavam, porque não tinham o hábito de se ex-primirem, mas a evolução da linguagem verificada foi muito espetacular. O compor-tamento geral evoluiu da mesma forma e as crianças na sua maioria fechadas em simesmas acabaram por se revelar muito abertas.

A Psicomotricidade para Bebés favoreceu o aperfeiçoamento sistemático dos dife-rentes comportamentos motores e psicomotores do bebé, e beneficiou a sua inte-gração escolar e social (através da consciência do próprio corpo, domínio do equilí-brio, controle da inibição voluntária e da responsabilidade, controle e eficácia dasdiversas coordenações globais e segmentarias, organização do esquema corporal,orientação espacial e espaço temporal).

O projecto desta disciplina pôs em evidência como o meio da aula favorece no bebéo desenvolvimento das capacidades de conhecer e compreender, bem como das ca-pacidades de imaginar e fazer com os outros.

A organização da disciplina facilitou o desenvolvimento das capacidades de cada um,alternando as actividades autónomas, que são uma necessidade fundamental do ser,e as aprendizagens formais, que são uma necessidade social.Estas aulas contaram com muito entusiasmo, alegria e interesse por parte dos bebés,sendo notória a sua evolução e a positiva progressão na aprendizagem. Daniela Sá Serra | Professora de Psicomotricidade

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o ensino experimental a jovens em idade escolar é fun-damental para que estes sintam prazer de fazer ciência e nãoapenas vivam a obrigação de aprender factos e leis. Conformea UNESCO (1983 Apdu s.r.) “A Ciência na escola pode ser realmente di-vertida. As crianças, em qualquer parte do mundo, ficam intri-gadas com problemas simples, sejam eles idealizados ou porelas realmente identificados no meio circundante” e salientaainda que a “Ciência e Tecnologia são atividades socialmenteúteis com as quais as crianças se devem familiarizar (…) como omundo está cada vez mais influenciado pela Ciência e Tecnolo-gia, importa que os futuros cidadãos estejam apetrechados pa-ra viverem nele…”.O ensino experimental das ciências segundo Matta, Betten-court, Lino e Paiva (2004), além de ser motivador, desenvolver as ca-pacidades manipulativas e de raciocínio e permitir um melhorconhecimento do mundo que nos rodeia, permite desenvolvercompetências noutras áreas curriculares e parece ser uma viapromissora para mais e melhores aprendizagens no futuro.De facto, este tipo de atividades promovem a leitura aquandoda pesquisa, estimulam o desenho e a escrita aquando da rea-lização de registos e desenvolvem o pensamento lógico-mate-mático quando se estabelecem relações de causa-efeito e seefetuam classificações, seriações, medições e cálculos. Estesautores salientam que é igualmente importante que o ensino

da ciência surja contextualizado numa base socioafetiva, cons-tituindo, assim um contributo para o desenvolvimento de ati-tudes, valores e comportamentos sociais, ou seja, para promo-ver uma boa educação cívica.Diversos autores têm apontado que o ensino experimental dasciências e a Educação em Ciências desde os primeiros anos de es-colaridade é um fator imprescindível para a melhoria da forma-ção científica dos alunos e para o desenvolvimento de compe-tências necessárias ao exercício de uma cidadania responsável.Partindo destes pressupostos, neste ano letivo as professoras deCiências desenvolveram experiências para os diferentes anos doprimeiro ciclo, tendo por base os conteúdos abordados na disci-plina de Estudo do Meio. No laboratório os alunos puderam nu-ma primeira fase observar e questionar sobre os temas queiriam ser objeto de estudo e numa segunda fase participaramativamente nas atividades. No final, tiveram de interpretar os re-sultados obtidos para poderem responder a questões-problemarelacionadas com cada uma das experiências. Neste dia os alu-nos puderam identificar diversos objetos e alimentos atravésdos sentidos, reconheceram em diferentes materiais determina-das propriedades físico-químicas, construíram um íman, verifi-caram as propriedades magnéticas dos metais, os estados físi-cos e as mudanças de estado da matéria.Em laboratório, foi possível potenciar situações e vivências va-riadas de observação, de descoberta, de intervenção e análiseque ajudam a que os alunos adquiram conhecimentos (SaberFazer) mas também saibam cooperar e respeitar um espaçoque não é habitual frequentarem no dia-a-dia (Saber Estar eSaber Ser). Em última análise interessa com este tipo de ati-vidades investigativas desenvolver nos alunos uma atitudecientífica onde alguns conceitos e relações começam já a serconstruídos, contribuindo para um melhor conhecimento,compreensão e domínio do mundo que os rodeia. Susana Ferreira | Isabel Dias

Um Dia no Laboratório

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“A criança não é considerada artista porque ela é vista pelos adultos como um ser queestá a aprender.O desenho ou pintura infantil, mesmo tendo características visuais semelhantes às demuitos artistas consagrados, não é entendida como arte. Ao analisarem-se os fatoresque envolvem a criação de uma obra, tanto a criança como o adulto têm condições decriar e produzir obras com qualidades estéticas.A arte deve ser compreendida a partir dos elementos que a concretizam: o criador, aobra o espetador!” Paulo Cheida Sans

Estas imagens são, de uma forma ou de outra, familiares a todos os nossos alunos.Utilizando apenas alguns materiais riscadores, estes trabalhos surgiram, fruto dasua criatividade e expressão individual. As suas composições artísticas são habitadaspor cores, formas, geometria, mancha, volume entre outros conteúdos inerentes àsdisciplinas de expressão plástica.É na troca de ideias, e inovando criativamente, que se avança para uma prática maisdirigida aos alunos, procurando ir ao encontro dos seus interesses, da sua criativida-de, e necessidades de expressão.O nosso grande objetivo é levar o aluno a sentir o seu potencial artístico, e o valor dasArtes, no fortalecimento da sua sensibilidade, autoestima e capacidade de comuni-cação, e de acordo com os estádios do seu desenvolvimento.Andrea Carvalho | Diná Rocha

Aos Nossos PequenosGRANDES artistas…

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Então meus amigos,

que me dizem em partilhar?

Esta época é mesmo assim,

é época de partilhar!

Quero estar com os meus amigos

neste dia de alegria.

O meu coração está a brilhar

de ver tanto espírito de Natal no ar.

É um grande dia.

Sabem porquê?

Porque é Natal!!!

E toda a gente sabe

que é uma época especial.

Dar presentes é fantástico,

receber é também.

Quando as pessoas se juntam

vão sempre mais além!

No dia vinte e cinco

nasceu Jesus

E por nós morreu na cruz.

Ele era um homem

muito querido

e estamos todos muito tristes

por ele ter morrido.

Estavam todos muito tristes

no dia em que Jesus morreu,

mas depois ressuscitou

e para o céu voltou.

Marília | 5º ano

Na noite de Natal

Deus menino vai nascer.

Uma estrela vai brilhar

para os reis magos chamar.

Nessa noite que se aproxima

todo o mundo está feliz

a dar e a partilhar

foi o que Jesus sempre quis.

Ouro, incenso e mirra

os reis magos vão levar.

Pelo deserto estão a ir

até a Deus menino chegar.

Filipa | 6º ano

Ir para além do que se quer,

do que se pensa,

do que se sente,

do óbvio.

Ver além das expectativas

e do seu próprio ser.

Atravessar horizontes

limitados ao satisfatório.

Mergulhar bem fundo,

penetrar até ao infinito,

percorrer tudo o que nos

passa na cabeça e aí

mover montanhas…

Ana Luísa | 9º ano

Être EntrepreneurNous pouvons rêver, désirer

Et faire des projets pour l’avenir

Mais nous savons

Nous allons atteindre notre objectif

Pour cela, nous devons réagir

Et lutter contre les problèmes

Qui se mettent devant nous.

Finalement, entreprendre pour agir!

Eduarda | 7º ano

Le CourageMon désir de Noël est aider les pauvres.

Les pauvres sont des personnes avec

beaucoup de courage.

Tous les jours Ils luttent pour survivre.

Ils vivent sans La félicité de vivre le Noël

Dans ce Noël J’espère que tous les pauvres

Réussissent suivre la lumière de la félicité.

Ana Rita | 8º ano

RêvePour réaliser nos rêves,

Nous devons travailler,

Lutter pour obtenir tout ce

Que nous voulons.

Les problèmes doivent être résolus.

Il y a un long chemin à parcourir.

Maria | 9º ano

IV Concurso de Poesiaportuguês | línguas estrangeiraspoemas vencedores – edição 2011 | 2012

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Ta VieTous doivent avoir un projet

Un rêve, une espérance

Quelque chose qui me donne sens à nos vies

Et tous nous devons avoir le courage pour

le réaliser.

Penser non, avoir la certitude

Que nous sommes capable

Que nous avons la capacité pour le réaliser.

Je crois en toi et les autres aussi!

Dinis | 8º ano

A Dream Came TrueWhen you really want something

Don’t be afraid

There are some things

That have to be done

With some love and passion

You’re going to make it through

The felling is great

And it’s just for you

Be proud of yourself

Even when you know

That is impossible

Dreams to come true

Don’t think like that

And don’t be a fool

You just need to know:

There are no rules

Francisca | 8º ano

Nobody Said...But do you really wish that? This is exactly

what you want to?

So, why give up?

Nobody said it would be easy.

Nobody said that you don’t need to fight.

Fight! Fight! With all your strength, because

you know that is exactly what you want.

You couldn’t win?

Nobody said that you’ll win the first attempt.

Nobody said that you wouldn’t suffer.

But do you really wish that? Is this exactly

what you want to?

So, why give up?

Nobody said it would be easy.

Nobody said that you don’t need to fight.

Fight! Fight! With all your strength, because

you know that is exactly what you want.

And at the end, you win.

Mariana | 9º ano

Courage and endurance,

Make your own way to dominance,

If you want a good future

Without any misadventure

You need to be strong,

To face your problems without giving up,

To face the challenges,

And achieve your goals.

There’s only one way,

To reach success,

Use your own creativity

To stir things up and to innovate!

Learn from your mistakes,

It’s like when you bake cakes!

After trying and baking them over and over,

We find them extra super-delicious.

Life is a game,

Where there’s always two or more ways,

So don’t forget, save your mistakes

to never forget

‘Cause today they are as precious as gold.

Life is beautiful but we’re never satisfied

So, change what you just dislike

And live it to the full!

Rosana | 10º ano

A life without a goal

is like the North Pole!

Cold and meaningless,

empty and aimless.

The most important to succeed

is the will to learn!

Work, work indeed

and much to earn.

That’s life!

Tomás | 10º ano

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chamo-me Helga Pissarra e frequentei o Centro de Educa-ção Integral durante o 12º ano de escolaridade, no ano letivo2002|2003. Anteriormente frequentava outro estabelecimen-to de ensino e como qualquer estudante que mudaria de am-biente, de colegas e professores, estranhei, pois tudo era bas-tante diferente. Inicialmente não conseguia ter a perceção seesta mudança teria sido para melhor ou pior, mas com o pas-sar dos dias e com a progressiva adaptação, apercebi-me quetinha feito a escolha mais acertada. O ensino era mais “perso-nalizado”, éramos poucos alunos por turma o que tornava aaprendizagem mais fácil e percetível. O relacionamento entrealunos e professores era mais próximo o que sem dúvida faci-litava a perceção por parte dos docentes das necessidades oudificuldades dos seus alunos.Recordo bons momentos que lá passei, amizades que se cria-ram e até hoje se mantêm. Não falo apenas entre nós estu-dantes, mas também com os Professores. Destes guardo asmelhores recordações, pois foram uma das minhas “rampas delançamento” para o que sou hoje como pessoa e profissional.Obviamente identificamo-nos mais com uns do que com ou-tros, mas todos (uns mais que outros) ajudaram. No períodoque lá estive teria alterado alguns pormenores, como porexemplo nas instalações, e claro, algumas regras (aluno que éaluno nunca está satisfeito com as regras incutidas que con-trariam as suas vontades), mas sei que a escola tem evoluídosempre para melhor e que atualmente encontra-se com as me-lhores condições. Hoje valorizo e interpreto essas regras de ou-tra forma, menos rígidas e com outro sentido, como forma denos educar e manter alguma ordem que é necessária em qual-quer escola. Afinal, as regras fazem parte da nossa sociedade.Posteriormente ao C.E.I. segui a área de saúde animal, ingres-sando no curso de Medicina Veterinária, desejo já há muitopretendido.

Já na minha geração as médias de candidatura eram altas eexigiam de nós esforço e dedicação. Devo salientar que tam-bém graças ao bom profissionalismo e dedicação por partedos professores no C.E.I. e à característica única de sermos pou-cos alunos por turma, a possibilidade de uma melhor médiaera uma realidade, verdade que meios para melhorarmos nãonos faltavam.É importante traçarmos metas, objetivos, nunca esquecendoas dificuldades e obstáculos que iremos sempre encontrar aolongo da vida, fazendo deles mais uma aprendizagem e guar-dando o melhor, nunca esquecendo o pior para que não co-metamos os mesmos erros.Sermos esforçados e dedicados e termos gosto naquilo que fa-zemos é muito importante para sermos bons, para evoluirmos.A realidade profissional hoje apresenta-se difícil e por issonão devemos baixar os braços, devemos sim ser otimistas e lu-tarmos por aquilo que desejamos numa perspetiva de um fu-turo melhor. Pode parecer um “cliché”, mas a verdade é esta etemos que encará-la, sendo dinâmicos, dedicados e acreditan-do que amanhã será melhor. Esta é a minha filosofia e até ago-ra tem resultado!A concorrência no mundo do trabalho é grande e as oportuni-dades escasseiam, por isso é que digo e mantenho que temosque ser otimistas e esforçarmo-nos para sermos não apenasbons mas os melhores, nunca esquecendo que o gosto peloque fazemos é fundamental!“A imaginação é mais importante que o conhecimento” (Albert Einstein),sendo que é necessário conhecimento para termos imaginação!

CEI, por um futuro melhor!

CEI, por um Futuro Melhor!

no CEI

Helga PissarraConclusão do 12º Ano no Ano Letivo 2002|2003

Esta secção retrata o testemunho daqueles alunos que, uma vez tendo concluído o seu percurso no CEI, continuaram a fazer do seu projeto de vida um exemplo inigualável de esforço, trabalho e empreendedorismonos dias de hoje… porque o CEI fez toda a diferença numa Educação para a Vida!

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1| Qual o seu percurso no CEI? (ano de entrada, ano de saída,anos de frequência)Entramos no CEI em 1994 para o primeiro ano, iniciando a eta-pa com a professora Idília, e saímos em 2oo6, quando acaba-mos o 12º ano, ou seja, frequentamos o colégio cerca de 12 anos.

2|Qual a área que escolheu para prosseguimento de estudosno ensino superior?Escolhemos a área da saúde, mais especificamente CiênciasFarmacêuticas.

3|Quais as mais-valias do CEI no seu percurso académico noensino superior? Especifique e justifique.Essencialmente o espirito de equipa, entreajuda, a capacidadede estudo e noção de responsabilidade.

4|Como decorreu a sua inserção no mercado de trabalho?Lídia – Correu da melhor maneira possível, comecei a trabalharnuma farmácia mal acabei o curso.

5|Quais as perspetivas profissionais a curto e médio prazo?Joana – Estou ainda a estagiar. Mas as perspetivas são um pou-co reservadas, visto que o pais se encontra em recessão eco-nómica e é cada vez mais difícil conseguir emprego, mas es-pero consegui-lo o mais rápido possível, seja numa farmáciaou na indústria farmacêutica.

6|Para além do sucesso académico, quais as mais-valias do CEIna sua formação enquanto jovem adulto e cidadão do mundo?O CEI prima por incutir nos seus alunos uma serie de valoresmorais que se podem considerar nos dias de hoje uma “espé-cie em extinção”. Forma pessoas responsáveis, que crescem esão educadas aprendendo a respeitar, a partilhar e a valorizar

os outros. Na nossa opinião é uma escola que prepara os seusalunos da melhor forma possível para viverem em sociedade.

7|Quais são na sua opinião os pontos fortes e pontos de me-lhoria do CEI?As melhores características do CEI centram-se no “espirito fa-miliar” que se faz sentir no dia-a-dia da escola transmitido econseguido pela equipa de docentes e restante comunidadeescolar. Um dos pontos de melhoria seriam as instalações, quepelo que sabemos já foram modicadas.

8|O que deixa mais saudades no CEI?As pessoas!

9|Se pudesse compor um slogan para o CEI, qual seria?

CEI, crescemos juntos!

“”

As melhores características do CEI centram-se no “espirito familiar” que se faz sentir no dia-a-dia da escola transmitido e conseguido pela equipa de docentes e restante comunidade escolar.

Joana Vieira | Lídia LimaConclusão do 12º Ano no Ano Letivo 2005|2006

CEI, Crescemos Juntos!

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1| Qual o seu percurso no CEI? (ano de entrada, ano de saída, anos de frequência)Entrei no CEI para o 1º ano do ensino primário, saindo apenas para ingressar na fa-culdade, completando assim 12 anos de frequência entre 1993 e 2005. No entanto,houve uma altura em que quis sair do CEI, pois considerava que estava num am-biente muito pequeno e fechado, queria algo mais. Não saí e não me arrependo dadecisão tomada!

2|Qual a área que escolheu para prosseguimento de estudos no ensino superior?Segui a área das Ciências Farmacêuticas e encontro-me de momento empregada nu-ma farmácia comunitária em Lisboa.

3|Quais as mais-valias do CEI no seu percurso académico no ensino superior?As mais-valias do CEI prendem-se com as bases que me foram transmitidas na es-cola e com a qualidade e o rigor dos métodos de estudo e trabalho que aí se desen-volveram, permitindo-me ingressar no ensino superior encarando-o de forma sériamas muito natural. Para além disso, a relação com os professores que nos acompa-nharam durante muitos anos é algo que nos marca, não só ao nível do nosso per-curso académico, mas também afetivo, e para toda a vida. O facto de as turmas se-rem pequenas permitiu que os alunos fossem acompanhados de uma forma maisatenta e personalizada.À parte das aulas, o convívio dos intervalos deixou saudades. As idas à piscina, as brin-cadeiras, assim como os projetos, as festas de natal e do final de ano são tambémlembradas com alguma nostalgia.

4|Como decorreu a sua inserção no mercado de trabalho?Dois meses após a conclusão do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas co-mecei a trabalhar numa farmácia comunitária em Lisboa, onde ainda me encontroa trabalhar.

Virgínia Leão Martins AdegasConclusão do 12º Ano no Ano Letivo 2004|2005

CEI, Muito Mais do que Uma Escola

percursos | 74

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5| Para além do sucesso académico, quais as mais-valias do CEI na sua formação en-quanto jovem adulto e cidadão do mundo?Como já referi, a relação com os professores e funcionários que nos acompanharamdurante muitos e muitos anos. Na verdade, não consigo deixar de sentir um certosaudosismo dos tempos no CEI sempre que os encontramos na rua, no quotidianocada vez mais atarefados das nossas vidas…Todavia, a grande mais-valia do CEI, a meu ver, é o ambiente familiar, o grupo de ami-gos que se formou no CEI e que ainda hoje se reúne. Algumas amizades irão ficar pa-ra toda a vida!

6|Quais são na sua opinião os pontos fortes e pontos de melhoria do CEI?Pontos fortes: acompanhamento, personalização e aposta no serviço prestado ao alu-no devido à existência de apenas uma turma por ano.Ponto de melhoria: abertura ao exterior, pois por vezes sentíamos que vivíamos nu-ma bolha, onde éramos demasiado protegidos do mundo exterior.

7|O que deixa mais saudades no CEI?A grande família do CEI, desde professores, funcionários, alunos, amigos e colegas… Asfestas da escola de Natal e de final de ano. Os intervalos, algumas aulas também. Pa-ra além disso, tenho saudades das idas à piscina e das brincadeiras da primária.

8|Se pudesse compor um slogan para o CEI, qual seria?

CEI, muito mais do que uma escola.

As escolhas que fazemos muitas vezes moldam o nosso futuro! Não sei como eu se-ria se tivesse estudado noutro lado, convivido com outras pessoas. O percurso no CEIfaz parte do meu desenvolvimento enquanto indivíduo, foi uma escolha dos meuspais e um investimento que posso garantir-vos ter-se revelado proveitoso.Obrigada pelo vosso contributo,Isabel Valente

75 | percursos

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cei | 76

totais geraisAlunos inscritos para exame 51Tencionavam candidatar-se 37 (73%)Apresentaram candidatura 13 (35%)Foram colocados na 1ª fase 12 (92%)

Opção média de colocação 2,50

colocados por opção1ª opção 4 (33%)2ª opção 2 (17%)3ª opção 2 (17%)4ª opção 4 (33%)5º opção 0 (0%)6ª opção 0 (0%)

cei | resultados da 1ª fase do concurso nacional de acesso

ministério da educação e ciência | 2012CENTRO DE EDUCAÇÃO INTEGRAL 2566

colocações por aluno

BI nome do candidato resultado estabelecimento | curso de ensino superior

14356777 ANA RITA GARCIA VIEIRA DE BASTOS Colocada em 1204 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – Escola de Ciências da Vida e do Ambiente8408 Química Medicinal

14659950 ANA RITA SÁ DIAS RIBEIRO Colocada em 1114 Universidade do Porto – Faculdade de Direito9078 Direito

14670642 DANIEL MACEDO FERREIRA Colocado em 0501 Universidade de Coimbra – Faculdade de Ciências e Tecnologia9369 Engenharia Mecânica

14684794 DIOGO ALEXANDRE DA SILVA ALMEIDA Colocado em 0400 Universidade da Beira Interior9081 Economia

14695500 FRANSCISCO MIGUEL GONÇALVES PINHO Colocado em 0300 Universidade de Aveiro9104 Engenharia e Gestão Industrial

14573175 INÊS ANDIAS FERREIRA Colocada em 7003 Escola Superior de Enfermagem do Porto9500 Enfermagem

14258290 JOÃO PEDRO PAIVA DE PINHO Colocado em 1104 Universidade do Porto – Faculdade de Economia9081 Economia

14171161 MICHAEL CLIFFORD GAY Colocado em 0400 Universidade da Beira Interior9075 Design Multimédia

13981426 MIGUEL JORGE GUIMARÃES DE OLIVEIRA Colocado em 1105 Universidade do Porto – Faculdade de Engenharia9360 Engenharia Civil

14308372 PAULO FILIPE PEREIRA MOREIRA Colocado em 3082 Universidade do Algarve – Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo de Faro9147 Gestão

14585830 RITA MARQUES PINTO DE SÁ Colocada em 1000 Universidade do Minho9023 Ciências da Comunicação

14240531 RITA SALGADO GUIMARÃES Colocada em 3061 Instituto Politécnico de Coimbra – Escola Superior Agrária de Coimbra9147 Biotecnologia

14510189 SÍLVIA RAQUEL RIBEIRO ALMEIDA Não colocada

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nota: As atividades previstas aqui enumeradas serão atempadamente divulga-das a todos os interessados. Outras atividades surgirão, entretanto, ao longo doano letivo, sob proposta de muitas instituições. O Centro de Educação Integralparticipará naquelas que julgar pertinentes e enriquecedoras.

plano anual de atividades 2012|13

GeralConferência do Projeto Curricular de Escola 25 outubro

Biblioteca – Conferência 15 novembro

Concurso de Poesia novembro e dezembro

Festa de Natal 14 dezembro

Aniversário do CEI 1 fevereiro

Carnaval das Escolas 2 fevereiro

Visita dos Parceiros Comenius 18 a 22 fevereiro

Parlamento dos Jovens 1º e 2º períodos

CEI em Cena! 2º e 3º períodos

Reflexões da Primavera 10 a 12 abril

Marchas Populares 20 junho (a confirmar)

Festa de Finalistas 12 abril (ensino regular) | 12 julho (ensino profissional)

Feira Medieval 15 junho

Laboratórios Abertos ao longo de todo o ano

CEI 24 (online) data a definir

Programa Comenius data a definir

Fim de Semana Aventura data a definir

Projeto “Ler sem Fronteiras” data a definir

Ginástica na Escola data a definir

Mexe-te pela tua Saúde data a definir

Pré- EscolarFesta dos Avós 14 outubro

S. Martinho 9 novembro

Atividades de Natal 03 a 07 dezembro

Cantar os Reis 4 janeiro

Carnaval na Escola 8 fevereiro

Dia do Pai 19 março

Dia da Mãe 3 maio

Dia Mundial da Criança 31 maio

Praia 1 a 5 julho (a confirmar)

I CicloMagusto 9 novembro

Passeio Escolar 7 junho (a confirmar)

Praia 17 a 28 junho (a confirmar)

Departamento de Matemática, Ciências Experimentais e InformáticasVisionarium 2º período

Olimpíadas da Química 2º período

Reciclagem de Rolhas de Cortiça ao longo de todo o ano letivo

Exposição “Cassefaz” 3º período

Visita ao Geoparque (Arouca) a definir

Exposição de Jogos do Mundo ao longo do ano letivo

Olimpíadas da Matemática data a definir

Teatro: Cenas da Matemática data a definir

Departamento de LínguasFeira do Livro dezembro

Cerimónia do Chá (Mandarim) data a definir

Visitas de Estudo:

“Casa Fernando Pessoa” | “Convento de Mafra” ao longo do ano letivo

Visionamento de Peças de Teatro: “Felizmente há Luar” | “Frei Luís de Sousa”

“Auto da Barca do Inferno” | “Falar Verdade a Mentir” data a definir

Concurso de Francês “Bûche de Noël” data a definir

“Passeios Literários” 2º e 3º períodos

Aulas Abertas de Inglês (pré-escolar e 1º ciclo) maio e junho

Departamento de Ciências Sociais e HumanasComemoração do Dia Mundial da Filosofia 15 novembro

Visita ao Museu da Imprensa |Nau Quinhentista de Vila do Conde data a definir

Participação no Stock Exchange – FEP data a definir

Visita ao Museu do Carro Elétrico data a definir

Visita ao Museu da Chapelaria data a definir

Visita ao Museu Militar do Porto |Museu de Serralves data a definir

Museu do Pão | Escola Superior de Hotelaria de Seia data a definir

Todas as atividades gerais ou do âmbito das diferentes disciplinas serão subordina-das ao tema do Projeto Curricular de Escola: “Aprender sem Fronteiras”

77 | plano anual de atividades

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família do cei | 78

Família do CEI 2011 | 12

III Ciclo | 9º ano Secundário | 10º ano Secundário | 11º ano Secundário | 12º ano

I Ciclo | 1º ano I Ciclo | 2º ano I Ciclo | 3º ano I Ciclo | 4º ano

II Ciclo | 5º ano II Ciclo | 6º ano III Ciclo | 7º ano III Ciclo | 8º ano

Creche | AAE Pré-escolar | 3 anos Pré-escolar | 4 anos Pré-escolar | 5 anos

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79 | família do cei

Profissionais | CPC1

Profissionais | CPC5

Profissionais | CPC3Profissionais | CPR2

Educação e Formação | PTC1 Educação e Formação | PTC2 Educação e Formação | PTC3 Educação e Formação | HOT4

Profissionais | CPR6

Docentes | Colaboradores

Profissionais | CPR4

Profissionais | CPS7

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formação

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