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JORNAL DO CRCMG JORNAL DO CRCMG Informativo do Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais Belo Horizonte Ano XV Nº. 120 Jul./Ago. 2006 Impresso fechado, pode ser aberto pela ECT. Mala Direta Postal Domiciliária 7380887705/2005-DR/MG Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais – CRCMG / / / CORREIOS / / / DEVOLUÇÃO GARANTIDA CORREIOS Atualidade Tributação Federal – uma análise das mudanças. PÁGINA 3 Contabilista Solidário Distribuídos alimentos arrecadados na Semana do Contabilista. PÁGINA 4 Opinião Capacitação de Gestores Públicos: uma idéia sugestiva. PÁGINAS 6 E 7 Entrevista Confira entrevista especial com o jornalista Alexandre Garcia. PÁGINA 16 De 16 a 18 de agosto, Belo Horizonte será sede do I Fórum Nacional de Gestão e Contabilidade Públicas realizado pelo Conselho Regional de Con- tabilidade de Minas Gerais (CRCMG) em parceria com o Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Com o tema “Contabilidade Pública: Fator de Responsabilidade, Transparência e Ética na Gestão Pública”, o Fórum deve receber mais de 1.000 pessoas entre contabilistas e gestores públicos advindos de várias regiões do Brasil. A parceria com o CFC para a realização deste I Fórum Nacional decorreu da repercussão do Semi- nário Regional de Gestão e Contabilidade Pública, realizado a cada 2 anos, desde 2002, pelo CRCMG, e que a partir de agora fica inserido no calendário do CFC como um evento de amplitude nacional, man- tendo-se a sua periodicidade. A programação deste I Fórum é de alto nível e contempla as diversas variáveis da gestão pública a serem trazidas ao debate por destacados contabilis- tas e gestores públicos do país, além de personali- dades de grande reconhecimento e projeção nacio- nal e internacional. Minas Gerais sedia o I Fórum Nacional de Gestão e Contabilidade Públicas A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) será tema de um dos painéis. Na avaliação da Vice-Presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCMG, Con- tadora Sandra Maria de Carvalho Campos, “especi- almente após a edição da Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar nº 101/2000 –, a Conta- bilidade Pública vem ocupando lugar de destaque na gestão pública, pois o cumprimento da finalida- de da LRF, qual seja, o equilíbrio das contas, apóia- se em três pilares fundamentais: o planejamento e o controle, que têm como base a contabilidade, e a transparência, obtida principalmente por meio da divulgação dos relatórios e informes contábeis. Tra- ta-se, portanto, de uma lei que representou a valo- rização da profissão contábil”. É um evento de inquestionável relevância tanto para a classe contábil quanto para a sociedade em geral, pois, ao reunir contabilistas e gestores públi- cos num amplo debate, o CRCMG e o CFC contribu- em para reforçar a importância do contabilista e da Contabilidade Pública no desenvolvimento de uma gestão pública responsável, transparente e ética. Confira a programação completa na página 9. Contabilidade Pública: fator de responsabilidade, transparência e ética na gestão pública.

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Page 1: CORREIOS / / / JORNAL DO CRCMG€¦ · Estamos em plena safra das cam-panhas eleitorais. Neste período que antecede as eleições de 1º de outubro, os candidatos estão na rua mostrando

JORNAL DO CRCMGJORNAL DO CRCMGInformativo do Conselho Regionalde Contabilidade de Minas Gerais

Belo HorizonteAno XV Nº. 120 Jul./Ago. 2006

Impresso fechado, podeser aberto pela ECT.

Mala DiretaPostal

Domiciliária7380887705/2005-DR/MG

Conselho Regional deContabilidade de Minas

Gerais – CRCMG

/ / / CORREIOS / / /

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

CORREIOS

AtualidadeTributação Federal – uma análisedas mudanças.PÁGINA 3

Contabilista SolidárioDistribuídos alimentos arrecadadosna Semana do Contabilista.PÁGINA 4

OpiniãoCapacitação de Gestores Públicos:uma idéia sugestiva.PÁGINAS 6 E 7

EntrevistaConfira entrevista especial com ojornalista Alexandre Garcia.PÁGINA 16

De 16 a 18 de agosto, Belo Horizonte será sededo I Fórum Nacional de Gestão e ContabilidadePúblicas realizado pelo Conselho Regional de Con-tabilidade de Minas Gerais (CRCMG) em parceriacom o Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

Com o tema “Contabilidade Pública: Fator deResponsabilidade, Transparência e Ética na GestãoPública”, o Fórum deve receber mais de 1.000pessoas entre contabilistas e gestores públicosadvindos de várias regiões do Brasil.

A parceria com o CFC para a realização deste IFórum Nacional decorreu da repercussão do Semi-nário Regional de Gestão e Contabilidade Pública,realizado a cada 2 anos, desde 2002, pelo CRCMG,e que a partir de agora fica inserido no calendário doCFC como um evento de amplitude nacional, man-tendo-se a sua periodicidade.

A programação deste I Fórum é de alto nível econtempla as diversas variáveis da gestão pública aserem trazidas ao debate por destacados contabilis-tas e gestores públicos do país, além de personali-dades de grande reconhecimento e projeção nacio-nal e internacional.

Minas Gerais sedia o I Fórum Nacionalde Gestão e Contabilidade Públicas

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) será temade um dos painéis. Na avaliação da Vice-Presidentede Desenvolvimento Profissional do CRCMG, Con-tadora Sandra Maria de Carvalho Campos, “especi-almente após a edição da Lei de ResponsabilidadeFiscal – Lei Complementar nº 101/2000 –, a Conta-bilidade Pública vem ocupando lugar de destaquena gestão pública, pois o cumprimento da finalida-de da LRF, qual seja, o equilíbrio das contas, apóia-se em três pilares fundamentais: o planejamento eo controle, que têm como base a contabilidade, e atransparência, obtida principalmente por meio dadivulgação dos relatórios e informes contábeis. Tra-ta-se, portanto, de uma lei que representou a valo-rização da profissão contábil”.

É um evento de inquestionável relevância tantopara a classe contábil quanto para a sociedade emgeral, pois, ao reunir contabilistas e gestores públi-cos num amplo debate, o CRCMG e o CFC contribu-em para reforçar a importância do contabilista e daContabilidade Pública no desenvolvimento de umagestão pública responsável, transparente e ética.

Confira a programação completa na página 9.

Contabilidade Pública:fator de responsabilidade,

transparência e éticana gestão pública.

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Fala, Contabilista!

wwww.crcmg.org.br

Conselho Diretor 2006/2007

PresidentePaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos Santos

1º Vice-Presidente de Administração e PlanejamentoLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado Caldeira

Vice-Presidente de Fiscalização e de Ética e DisciplinaEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasVice-Presidente de RegistroAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da Costa

Vice-Presidente de Controle InternoEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza Rocha

Vice-Presidente de Desenvolvimento ProfissionalSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho Campos

CONSELHEIROS EFETIVOSNourival de Souza Resende FilhoNourival de Souza Resende FilhoNourival de Souza Resende FilhoNourival de Souza Resende FilhoNourival de Souza Resende Filho

José Francisco AlvesJosé Francisco AlvesJosé Francisco AlvesJosé Francisco AlvesJosé Francisco AlvesEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza Rocha

Lilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraWalter Roosevet CoutinhoWalter Roosevet CoutinhoWalter Roosevet CoutinhoWalter Roosevet CoutinhoWalter Roosevet Coutinho

Sebastião Wagner VallmSebastião Wagner VallmSebastião Wagner VallmSebastião Wagner VallmSebastião Wagner VallmMarco Aurélio Cunha de AlmeidaMarco Aurélio Cunha de AlmeidaMarco Aurélio Cunha de AlmeidaMarco Aurélio Cunha de AlmeidaMarco Aurélio Cunha de Almeida

Edivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEvandro Avelar CambraiaEvandro Avelar CambraiaEvandro Avelar CambraiaEvandro Avelar CambraiaEvandro Avelar Cambraia

Sérgio Dias BebianoSérgio Dias BebianoSérgio Dias BebianoSérgio Dias BebianoSérgio Dias BebianoMário César de Magalhães MateusMário César de Magalhães MateusMário César de Magalhães MateusMário César de Magalhães MateusMário César de Magalhães Mateus

Hilda Ramos PortoHilda Ramos PortoHilda Ramos PortoHilda Ramos PortoHilda Ramos PortoAntônio Baião de AmorimAntônio Baião de AmorimAntônio Baião de AmorimAntônio Baião de AmorimAntônio Baião de Amorim

Alencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaJosé Eustáquio GiovanniniJosé Eustáquio GiovanniniJosé Eustáquio GiovanniniJosé Eustáquio GiovanniniJosé Eustáquio Giovannini

Agnaldo Correa da SilvaAgnaldo Correa da SilvaAgnaldo Correa da SilvaAgnaldo Correa da SilvaAgnaldo Correa da SilvaPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho Campos

Geraldo Bonfim e SilvaGeraldo Bonfim e SilvaGeraldo Bonfim e SilvaGeraldo Bonfim e SilvaGeraldo Bonfim e SilvaMarco Antônio BorgesMarco Antônio BorgesMarco Antônio BorgesMarco Antônio BorgesMarco Antônio Borges

José Nascimento de AguiarJosé Nascimento de AguiarJosé Nascimento de AguiarJosé Nascimento de AguiarJosé Nascimento de Aguiar

CONSELHEIROS SUPLENTESAlexandre Bossi QueirozAlexandre Bossi QueirozAlexandre Bossi QueirozAlexandre Bossi QueirozAlexandre Bossi Queiroz

José William Rodrigues da SilvaJosé William Rodrigues da SilvaJosé William Rodrigues da SilvaJosé William Rodrigues da SilvaJosé William Rodrigues da SilvaNilson Geraldo MarquesNilson Geraldo MarquesNilson Geraldo MarquesNilson Geraldo MarquesNilson Geraldo MarquesRosa Maria Abreu BarrosRosa Maria Abreu BarrosRosa Maria Abreu BarrosRosa Maria Abreu BarrosRosa Maria Abreu Barros

Oscar Lopes da SilvaOscar Lopes da SilvaOscar Lopes da SilvaOscar Lopes da SilvaOscar Lopes da SilvaOtorino NeriOtorino NeriOtorino NeriOtorino NeriOtorino Neri

Regina Lopes de AssisRegina Lopes de AssisRegina Lopes de AssisRegina Lopes de AssisRegina Lopes de AssisCélio Nerio PavioneCélio Nerio PavioneCélio Nerio PavioneCélio Nerio PavioneCélio Nerio Pavione

Jacqueline Aparecida Batista de AndradeJacqueline Aparecida Batista de AndradeJacqueline Aparecida Batista de AndradeJacqueline Aparecida Batista de AndradeJacqueline Aparecida Batista de AndradeJason Batista Duarte FilhoJason Batista Duarte FilhoJason Batista Duarte FilhoJason Batista Duarte FilhoJason Batista Duarte Filho

Romualdo Eustáquio CardosoRomualdo Eustáquio CardosoRomualdo Eustáquio CardosoRomualdo Eustáquio CardosoRomualdo Eustáquio CardosoDaysi LorenzatoDaysi LorenzatoDaysi LorenzatoDaysi LorenzatoDaysi Lorenzato

Irene Correa da Rocha Reis Irene Correa da Rocha Reis Irene Correa da Rocha Reis Irene Correa da Rocha Reis Irene Correa da Rocha ReisCélio Silva NevesCélio Silva NevesCélio Silva NevesCélio Silva NevesCélio Silva Neves

Paulo Cezar SantanaPaulo Cezar SantanaPaulo Cezar SantanaPaulo Cezar SantanaPaulo Cezar SantanaEduardo Lara e SilvaEduardo Lara e SilvaEduardo Lara e SilvaEduardo Lara e SilvaEduardo Lara e Silva

Antonio de Padua Soares PelicarpoAntonio de Padua Soares PelicarpoAntonio de Padua Soares PelicarpoAntonio de Padua Soares PelicarpoAntonio de Padua Soares PelicarpoSilvana Maria Figueiredo SantosSilvana Maria Figueiredo SantosSilvana Maria Figueiredo SantosSilvana Maria Figueiredo SantosSilvana Maria Figueiredo Santos

Francisco Jose Trindade de SalesFrancisco Jose Trindade de SalesFrancisco Jose Trindade de SalesFrancisco Jose Trindade de SalesFrancisco Jose Trindade de SalesCristiano Francisco Fonseca NevesCristiano Francisco Fonseca NevesCristiano Francisco Fonseca NevesCristiano Francisco Fonseca NevesCristiano Francisco Fonseca Neves

Marina de Carvalho CostaMarina de Carvalho CostaMarina de Carvalho CostaMarina de Carvalho CostaMarina de Carvalho Costa

Jornal do CRCMGEdição e redação: Fernanda de Oliveira - MG 06296 JP

Redação: Vanessa Albergaria - MG 09099 JP

Digitação: Marciane Nieiro

Publicidade: Andreza Bitarães

Projeto e Edição Gráfica: Grupo de Design Gráfico

Revisão: Geraldo Magela de Faria

Fotos: arquivo CRCMG e divulgação

Fotolito e Impressão: Santa Clara Editora

Tiragem: 40 mil exemplares

CRCMG – Conselho Regional deContabilidade de Minas Gerais

Rua Cláudio Manoel, 639 – FuncionáriosCep 30140-100 – Belo Horizonte MG

Tel: (31) 3269-8400E-mail: [email protected]

Os conceitos emitidos em artigos assinadossão de inteira responsabilidade de seus

autores. As matérias deste jornal podemser reproduzidas desde que citada a fonte.

Palavra do Presidente

Paulo Cezar Consentino dos SantosPRESIDENTE DO CRCMG

Financiamento de campanha, idealismo,retorno não contabilizado, ou cupinzeiro

2 JORNAL DO CRCMG JULHO / AGOSTO 2006

Prezados colegas.Ilustríssimo Presidente Contador Paulo Cezar Consentino:Parabenizo a iniciativa do CRC/MG. Nunca tivemos dúvidaacerca de sua competência e, principalmente, acerca deseu interesse em fazer da nossa entidade, o ConselhoRegional de Contabilidade de Minas Gerais, um órgãoverdadeiramente representante da classe contábil emnosso estado. (Sua correspondência ao Governador doEstado, por isso mesmo, não nos surpreende, poisconhecemos sua capacidade e, em nome dos profissio-nais da Zona da Mata de Minas Gerais, o cumprimenta-mos e o parabenizamos). Sugiro que os Delegados eConselheiros do CRCMG encaminhem ao Governadortelegrama – cuja cópia deverá ser enviada ao CRCMG –,cobrando do representante do povo mineiro uma posiçãoacerca do assunto, lembrando ao mesmo que representa-mos no estado algo em torno de cento e cinqüenta milvotos.Cleber do Carmo AntunesDelegado do CRCMG, Juiz de Fora.

Parabenizo o nosso Presidente, o Sr. Paulo Cezar,pelo artigo sobre os critérios de indicação para o cargode conselheiro do Tribunal de Contas do Estado deMinas Gerais. Tomadas de posições como essa sefazem essenciais para o crescimento e a valorização danossa querida Classe Contábil. Célio Silva NevesConselheiro do CRCMGCampo Belo.

Excelente o artigo “E aí, Sr. Contador, preparado parao futuro?”, pp. 10, Jornal do CRCMG, Maio/Junho/2006.Que grande visão apocalíptica! Nota 10!Atenciosamente,Marilene Ferreira MarquesContabilista.

Estamos em plena safra das cam-panhas eleitorais. Neste período queantecede as eleições de 1º de outubro,os candidatos estão na rua mostrandosuas propostas – de trabalho ou deenriquecimento ilícito – através de suafala e de seu material de campanha.Santinhos, santões, diabinhos, faixas,cartazes, adesivos, muros pintados, co-mícios, carros de som e outros meiospermitidos, ou nem tanto, pela legisla-ção eleitoral, além, é claro, doindefectível horário eleitoral gratuitoque, com determinados candidatos,pode muito bem substituir, e com van-tagem, o humorístico “Casseta & Plane-ta”. Aliás, de gratuito o horário eleitoralnão tem nada, pois sua produção épaga por cada um dos candidatos oupartidos e o tempo que as emissorasde rádio e televisão despendem parasua transmissão também é cobrado,via compensação fiscal – Decretonº 5.331, de 04/01/2005.

Os candidatos devem informar, re-metendo à Justiça Eleitoral prestaçãode contas, com CNPJ e tudo, o montan-te dos gastos previstos e realizados,bem com a origem dos recursos, iden-tificando as fontes doadoras. Note-seque a contagem só começa a valerapós as convenções que oficialmenteindicam os candidatos. Antes disso, emuito antes, os pré-candidatos já co-meçam a se articular, e os gastos paratanto não são computados.

Mas vamos esquecer os anteriorese considerar somente o pra frente, otudo bonitinho, dentro da “inocência”da lei ou dos legisladores. E passemospara a parte “Brasil” de ver e fazer as

coisas, aquela parte em que algunsconfirmam em alto e bom som, certosda impunidade, que fizeram caixa doisem todas as eleições que disputaram.

A imprensa publicou, após pesqui-sa no site do TRE ou TSE, o montantedos gastos que cada um pretende fa-zer, bem como, pelos partidos, o total,no conjunto.

No mercado informal e à boca pe-quena, está na imprensa, estima-seque a eleição de um deputado – Fede-ral ou Estadual – não saia por menosde R$1.000.000,00.

No caso da eleição para presidenteda Republica, então a coisa toma aresestratosféricos. Os partidos principais– PT e PSDB – informaram que preten-dem gastar R$89.000.000,00 eR$85.000.000,00, respectivamente,com seus candidatos.

Valham-me todos os santos dascausas impossíveis – há vários – paraque se possa entender como é possívelalguém “investir” mais do que real-mente ele vai ganhar no período de seumandato, colocando que esse é o en-tendimento do exercício de um man-dato parlamentar, ou seja, ganhar di-nheiro e obter status.

Continuo pedindo ajuda aos céuspara um exercício de matemática ele-mentar, ou seja, se o mandato é de 4anos, significa que se o salário, mesmobruto – e não é – fosse de 20 mil x 48meses, o eleito ganharia 960 mil du-rante todo o período no exercício nocargo.

No caso da eleição presidencial,acho que eu nem saberia fazer as con-tas, já que não sou atuário.

Fica a pergunta, desconfiança ouentendimento de que, ao gastar maisdo que ganhará, o candidato ou é umidealista, presidente de uma ONG decaráter exclusivamente voltada para osocial, tipo programa “quem quer di-nheiro” do Silvio Santos, ou é um can-didato que sabe que está investindocom “recurso não contabilizado” visan-do também receber como “retorno nãocontabilizado”. Uma coisa é difícil sa-ber, pois nem os candidatos nem o TSEou qualquer outro órgão informa qualseja, qual é o retorno esperado para o“investimento”. Talvez a ONG social docandidato explique.

Aí começam os políticos a perder acredibilidade que já não têm para en-tregar, e o pobre mortal do eleitorcidadão começa a entender a matemá-tica dos mensaleiros, Marcos Valérios,anões do orçamento, sanguessugas,Km de 800 metros, operação tapa bu-raco e “n” etc.(s).

Voltando ao site do TRE–TSE, poisestá lá informado, ainda há mágico queconsegue, por vezes, mais que duplicaro patrimônio durante o mandato.

No país das “verbas nãocontabilizadas”, houve candidato quedeclarou que irá gastar R$ 1,00 (humreal), isso mesmo, R$ 1,00. Cupinicidaneles!

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Atualidade

Tributação Federal – uma análise das mudanças

JULHO / AGOSTO 2006 JORNAL DO CRCMG 3

Antônio Baião de Amorim*

O governo sabe aonde quer che-gar com o sistema tributário brasilei-ro? Será que interessa a ele umareforma tributária? Se o ditado popu-lar “não se mexe em time que estáganhando” valer, ele não quer e nemprecisa de nenhuma reforma tributá-ria. Isso pelo superávit fiscal constan-temente verificado e pelos “remen-dos” à legislação feitos por MedidasProvisórias, que invariavelmente vi-ram leis e se incorporam ao escopoda nossa legislação tributária. Portan-to, querer a reforma tributária é umacoisa, agora ter vontade e força políti-ca para ela acontecer é outra. Logo,para o governo, se a reforma tivessesaído em 2003 ou se sair só em 3003,vale a conveniência do mesmo. É oque nos parece vendo de fora.

O governo só esquece que essesuperávit fiscal que está ocorrendo éem função do “terrorismo fiscal”, que-bra do sigilo bancário, congelamentoforçado de tabela de retenção do IRna fonte, congelamento da tabela doSIMPLES e outros. Isso porque, mate-maticamente e historicamente, estácontrário à realidade econômica comprodução e consumo em baixa, pelasaltas taxas de juros para financiar qual-quer coisa e, principalmente, pelosconstantes aumentos de impostos econtribuições.

De onde vem, então, aumento dearrecadação? É preciso lembrar que,se não aumentar a base tributária,

incentivando a entrada de empresase pessoas na formalidade e, via im-postos e contribuições sociais maisbaratos, investimentos produtivos noPaís, gerando emprego e renda, daquia pouco acabam as possibilidades deampliação de arrecadação e entãocomeçará a faltar dinheiro para reali-zar as contas públicas. O crescimentosó de arrecadação é uma bolha quecertamente vai explodir.

Em 2003, ocorreram três grandesmudanças na tributação federal, quesão: o PIS de 0,65% para 1,65%; aCOFINS de 3% para 7,6%; a CSSL de12% para 32%, o que elevou o percen-tual incidente sobre o faturamento de1,08% para 2,88%, desde 09/2003;aumento de 154% no PIS e COFINS ede 167% na CSSL. Essas alteraçõesacertaram em cheio as empresasprestadoras de serviços e aquelas queescolhem a tributação pelo Lucro Real(pagam sobre o lucro líquido ou com-pensam prejuízos auferidos) enquan-to que, no sistema de lucro presumi-do ou no sistema SIMPLES, a tributa-ção é pelo faturamento.

Uma empresa prestadora de ser-viços, no lucro presumido em 2004,pagou PIS de 0,65%; COFINS de 3%;CSSL de 2,88% e IRPJ de 2,4% ou4,8%, se empresa de profissionaisliberais ou com faturamento acumu-lado maior que R$ 120.000/ano. Issototaliza 8,93% ou 11,33%. Caso essamesma empresa de serviço opte pelatributação pelo lucro real, ela paga,em 2004, PIS de 1,65% (desde 04/

2003); COFINS de 7,6% (desde 02/2004); a CSSL e IRPJ sobre o lucro ou,tendo prejuízo, não terá incidência noperíodo apurado.

Se imaginarmos que o lucro realda empresa é de 32% (igual ao que aReceita Federal usa na presunção),seriam 2,88% de CSSL e 4,8% de IRPJ(15% de 32%), o que daria umsomatório de 16,93% em relação aofaturamento. Ou seja, aumento de25% no lucro presumido e 49% nolucro real. Até agosto de 2003 o raci-ocínio, para optar pelo lucro presumi-do ou real, era apenas estimar se olucro real seria superior ao percentualfixo para lucratividade, pelo lucro pre-sumido.

Com os aumentos da CSSL (09/2003), do PIS (04/2003) e COFINS(02/2004) para empresas tributadaspelo lucro real, as contas precisam serfeitas e refeitas, chegando-se, emmuitos casos, à conclusão lamentávelde que um regime “presumido” émais barato que um real. Se conside-rarmos que uma empresa, pelo lucroreal, tenha lucro de 10%, o somatóriodos impostos (PIS, COFINS, IRPJ, CSSL)será de 11,65% sobre o faturamento;para um lucro real de 20%, será de14,05%. Podemos concluir então que,no lucro presumido com um lucro de32%, a empresa pagará 11,33%, oque já é mais em conta se comparadoaos 11,65% de impostos e contribui-ções no lucro real. Em ambas as apu-rações o lucro líquido, que é isentopara distribuição aos sócios, é maior

na apuração do lucro presumido. Asempresas comerciais e industriais pre-cisam também, com muito critério,fazer suas contas, uma vez que seulucro presumido é de 8% dofaturamento e sua alíquota de IRPJ,de 15%, chegando a 1,2% dofaturamento e, diferentemente dasempresas prestadoras de serviços,diminuirá o impacto do aumento doPIS e COFINS, mantendo as alíquotascumulativas.

O SIMPLES, criado em 1996, vigo-rando desde 1997 com as mesmastabelas de R$120.000 de faturamentoanual para Microempresa (ME) e atéR$1.200.000 para Empresa de Peque-no Porte (EPP), com alíquotas origi-nais entre 3 e 8,6% do faturamentopara pagamento de 5 impostos (PIS,COFINS, IRPJ, CSSL e INSS Patronal),principalmente a partir de 2004, pas-sa a cobrar 50% a mais quando aempresa tem atividade mista em queos serviços representam a partir de30% do faturamento.

Só resta uma pergunta: a suaempresa cresceu em faturamento ouem lucratividade, como os impostos?

Esperamos que a reforma tributá-ria aconteça, que não vise apenas ocaixa do governo e ainda que seja umsistema de tributação simples e efici-ente, para que todos paguem e, as-sim, possa ser mais econômico.

* Presidente do Conselho Superior e Diretor daFACISABH/ Conselheiro do CRCMG/ Presidenteda Baião Consultoria & Contabilidade.

Contador Paulo Cezar Consentino dosSantos:Externo meus votos de felicitações e deuma gestão aprimorada. Fico muito feliz,sabendo o valor que o contabilistaestá conquistando no decorrer de cadagestão. Por motivos graves de saúde, nãoposso continuar. Li as palavras do ex-alunode Vossa Senhoria e fiquei emocionada.Um mestre sempre é exemplo e/oumodelo. O exemplo ilustra, mas o modeloé para ser seguido. E, segundo o contadorVander Freitas Júnior, Vossa Senhoria é ummodelo! Que bom! Avante, SenhorPresidente! Que o Senhor abençoe VossaSenhoria, erga-lhe sempre a cabeça e lhedê a paz que excede a todo entendimento!Amém! Jesus Cristo é o príncipe da paz!Marilene Ferreira MarquesContabilista.

Prezados colegas:Com imenso prazer vejo o CRCMGbuscando constantemente a valorização denossa classe, através de minicursos,seminários, atualizações, convênios,publicações. O profissional de contabilida-de, na atualidade, tem por obrigaçãoatualizar-se; ou se atualiza, ou fica fora domercado. Acho que não é hora de fazermoscríticas, encontrar defeitos, é hora sim deunirmos, juntar forças, conhecimento, ética,responsabilidade, qualidade, sinceridade,bom desempenho e, depois de tudo, buscaro nosso valor, perante nossa profissão. Esseé o nosso lema no dia-a-dia em nossoescritório em Elói Mendes; contamos com oCRCMG. Atenciosamente,José Wladimir da Silva EstevamContador.

Sr. Paulo Consentino:Gostaria de parabenizá-lo pela leitura do atual cenário da políticabrasileira, em seu artigo “Chafurda Política” publicado na ediçãonº 119 do jornal CRCMG. Tenho percebido, no meu círculo derelacionamento, esse mesmo sentimento de descrença nospolíticos, associado a uma incapacidade de mudar a situaçãoatual. Se quisermos mudá-la agindo individualmente, creio queserá muito difícil mesmo. Mas, se através de nossos representan-tes de classe, e das inúmeras outras formas de organização(grupos de estudos, associações, sindicatos, etc.), nos motivarmospara dar exemplos de que é possível mudar, nos tornaremosfortes e agentes de mudança. Gostaria que o CRCMG divulgasseas idéias de seu artigo, de forma mais aberta. Na imprensa etambém nas universidades. De forma a demonstrar, através deexemplos práticos e visíveis, as melhores faces da política ao“cidadão comum”. E – por que não? – a mudança começar comos Contadores, que também primam pela transparência e ética noseu dia-a-dia. Atenciosamente,Dalmi Teixeira DuarteContador.

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4 JORNAL DO CRCMG JULHO / AGOSTO 2006

Mulher Contabilista

O CRCMG distribuiu, no mês dejunho, cerca de três toneladas dealimentos não-perecíveis (arroz, lei-te, açúcar e óleo) que foram arreca-dados durante as comemoraçõesdo Dia do Contabilista (25 de abril).A Semana do Contabilista ocorreude 9 a 12 de maio e foi tambémsinônimo de solidariedade e res-ponsabilidade social.

Ao todo, foram contempladasdez entidades: Instituto de AjudaHumanitária, Obras Sociais São Jor-ge, Projeto Assistencial Novo Céu,Creche das Rosinhas, Creche Co-munitária Pequeno Príncipe, Insti-tuição Espírita Abrigo da Luz Bezer-ra de Menezes, Abrigo Frei Otto –Sociedade São Vicente de Paulo,Igreja Evangélica Assembléia deDeus (Cachoeira de Pajeú), Comu-nidade Servos da Cruz de SãoDamião (Divinópolis) e Associaçãode Promoção à Cidadania do BairroSanta Lúcia – Pão da Alma(Divinópolis).

A idealização da troca de ali-mentos por ingressos que garantis-sem a participação dos profissio-nais nos eventos da Semana doContabilista e, ao mesmo tempo,os engajasse em ações voluntárias

Contabilista Solidário

Projeto distribui trêstoneladas de alimentos

Doação dos alimentos na Creche Comunitária Pequeno Príncipe. Crianças celebram avisita dos representantes do Projeto Contabilista Solidário

de solidariedade faz parte das dire-trizes traçadas pelo Projeto Conta-bilista Solidário, coordenado peloconselheiro do CRCMG Paulo CezarSantana.

“Ficamos muito satisfeitos coma quantidade de doações. Mais umavez pudemos contar com o contabi-lista em ações desse tipo, de solida-riedade ao próximo. Os alimentosforam distribuídos a entidades séri-as, que realizam um belo trabalho.Agora vamos dar continuidade aoProjeto”, ressaltou o coordenador.Ele destacou também que as açõesdo Contabilista Solidário podem edevem ser realizadas em todo oEstado. “Os delegados seccionais eos profissionais do interior podemse mobilizar na arrecadação de ali-mentos durante os eventos e pales-tras realizados pelo CRCMG”.

Os interessados em ajudar asentidades podem fazer contato pelotelefone (31) 3269-8415 e obter osdados necessários.

Em 8 de junho, aconteceu asegunda reunião do Grupo da Mu-lher Contabilista do CRCMG, em2006. Na ocasião, foi discutido oplano de ação para o biênio 2006/2007. Entre outras providências, oplano inclui a montagem de umaagenda de atividades para o perío-do, a viabilização de um levanta-mento das profissionais lotadas nasvárias áreas de Minas Gerais, o de-senvolvimento de parcerias para arealização de minicursos e o fecha-mento de convênios para descon-tos em produtos e serviços em todoo Estado.

Além disso, as mulheres propu-seram a fundação, em Belo Hori-zonte, de uma sede da ONG BPW(Federação das Associações deMulheres de Negócios e Profissio-nais do Brasil), sendo cogitada apossibilidade de que os eventosproduzidos pelo grupo, como pa-lestras técnicas, possam vir a serpontuados no Programa de Educa-ção Profissional Continuada do CFC.

A coordenadora do Grupo Mu-lher Contabilista do CRCMG,Jacqueline Aparecida Batista deAndrade, destaca que outra meta é

Plano de ação 2006/2007ampliar a comissão e criar outrasem diversas regiões mineiras. “Co-meçaremos fazendo reuniões para-lelas nas cidades por onde os Semi-nários Regionais – CRCMG Itinerante– passarem. Essa é a forma queencontramos para conglomerar asmulheres dessas localidades”, res-salta.

A reunião contou, em sua aber-tura, com a presença do presidentedo CRCMG, Paulo Cezar Consentinodos Santos. As integrantes designa-ram, como representante do GrupoMulher Contabilista, sua vice-coor-denadora, Berenice Sucupira, emrazão de a coordenadora JacquelineAparecida residir fora da capital.Sendo assim, a representante teráautonomia na execução de ativida-des definidas pelo grupo.

A próxima reunião acontece nodia 21 de agosto às 14h, na sede doCRCMG. Para a ocasião está sendoaguardada a participação da presi-dente da ONG BPW, Sueli Batista.

As interessadas em participardo Grupo de Trabalho MulherContabilista do CRCMG devemenviar e-mail para:

[email protected].

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JULHO / AGOSTO 2006 JORNAL DO CRCMG 5

Artigo

Márcia Prímola de Faria*

As contas do Chefe do PoderExecutivo, as quais não são julgadaspelos Tribunais de Contas e, sim,pelo Congresso Nacional, Assem-bléias Legislativas ou Câmaras Mu-nicipais, englobam, por força até deprincípios do próprio federalismobrasileiro, as ações desenvolvidaspelos Poderes (Executivo, Legislati-vo e Judiciário), Ministério Público,o próprio Tribunal de Contas e todaa administração descentralizada. Oexame técnico dessa prestação decontas deve se ater aos aspectos daexecução do orçamento fiscal e aocumprimento das disposições cons-titucionais e da Lei de Responsabi-lidade Fiscal. Não é no bojo dascontas do Chefe do Poder Executivoque se apuram as responsabilida-des por atos de ordenamento dedespesa e de captação de receitas,que são atos de imediata repercus-são para o erário. Mas o Chefe doPoder Executivo é o responsávelpela implementação de controles

Prestação de contas do chefe do Poder Executivo:parecer prévio dos Tribunais de Contas

que inibam atos lesivos ao erário,pois do contrário poderá, sim, serresponsabilizado.

Pode-se dizer que as contas doChefe do Poder Executivo (Presi-dente da República, Governadoresou Prefeitos) estão sujeitas a pare-cer prévio do Tribunal de Contas(Tribunal de Contas da União, Tribu-nais de Contas Estaduais ou Tribu-nais de Contas Municipais), pois,sendo agente político, deve ser jul-gado perante o Parlamento (Con-gresso Nacional, AssembléiaLegislativa ou Câmara Municipal).

É interessante ressaltar dois as-pectos. O primeiro é que, se o Chefedo Executivo “desce do pedestal” epratica meros atos de gestão, ele seigualará aos demais administrado-res de recursos públicos, sendoquanto a esses atos julgado pelaCorte de Contas. O outro é que ofato de as contas do Executivo te-rem sido aprovadas pelo Legislativonão elide qualquer responsabilida-de civil ou criminal dos ordenadoresde despesa ou captadores de recei-

tas, mesmo porque ambos são jul-gados, autonomamente, das Con-tas do Executivo, são individualiza-dos e, eventualmente, um julga-mento desfavorável a eles não al-cança as contas do Chefe do PoderExecutivo.

Segundo Di Pietro (1995), ospareceres têm natureza jurídica deatos administrativos de conhecimen-to, juízo ou valor, constituem opini-ões sobre assuntos técnicos ou jurí-dicos de competência dos órgãosconsultivos da Administração. Po-dem ser facultativos, se for discrici-onária sua solicitação, obrigatórios,se a lei o exigir como pressupostode ato final, ou vinculantes, se aAdministração é obrigada a solicitá-los e aceitar sua conclusão. ParaFerraz (1999), o parecer prévio, acargo do Tribunal de Contas, possuinatureza jurídica obrigatória evinculante, porque a Constituiçãoexige expressamente sua emissão,condicionada a prazo (art. 71, I, CR/88 e art. 57, caput e § 1º, LRF) eporque só deixará de prevalecer se

existir manifestação contrária doPoder Legislativo, que, no âmbitofederal, corresponde à maioria sim-ples (art. 47, I, CR/88); no âmbitoestadual, dependerá dos textosconstitucionais de cada Estado; e,no âmbito municipal, correspondeao voto de dois terços dos vereado-res (art. 31, § 2°, CR/88).

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constitui-ção da República Federativa do Brasil.Brasília: Senado, 1988.

BRASIL. Lei de Responsabilidade Fiscal –Lei Complementar n° 101, de 04 demaio de 2000. Belo Horizonte: EditoraDel Rey, jun. 2000.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. DireitoAdministrativo. 5. ed. São Paulo: Atlas,1995.

FERRAZ, Luciano de Araújo. Controle daadministração pública: elementos paraa compreensão dos Tribunais de Contas.Belo Horizonte: Mandamentos, 1999.

* Contadora; advogada; membro da AcademiaMineira de Ciências Contábeis; professora deOrçamento e Contabilidade Pública da PUC-MG; técnica do Tribunal de Contas de MinasGerais; e Mestranda em Ciências Sociais pelaPUC-MG.

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Opinião

Professor Manoel Paulo de Oliveira*

A partir de observações empíricasconstatadas e localizadas em certasregiões do Estado de Minas Gerais (ede outros estados também), verifica-se que o conjunto de normas vigentes– constitucionais e infraconstitucionais– não vem alcançando a eficiência e aeficácia propugnadas pelo legisladorpátrio. Seria falta ou insuficiência defiscalização cogente? Por outro lado,respeitando-se, evidentemente, asexceções, não seria um certo nível dedesconhecimento das normas ouincapacitação dos gestores públicoslocais? Certas empresas deconsultorias, assessorias e de presta-ção de serviços, particularmente noâmbito municipal, são ou estão real-mente capacitadas para o efetivo exer-cício de tais atribuições, ou seriamapenas meras agenciadoras ou sublo-cadoras de serviços? Não estaria nahora de exigir de tais empresas umatestado de idoneidade técnico-pro-fissional quando das préviaslicitatórias, exarado por um órgão isen-to de injunções políticas como o Tri-bunal de Contas do Estado, à seme-lhança do que se faz nos serviços demercado de capitais, sob orientaçãoda Comissão de Valores Mobiliários(CVM)?

Na gestão das cidades, particular-mente no caso do Estado de MinasGerais (mas que não é privilégio sóseu), com as exceções de praxe, hárealmente uma certa deficiência nabase de assessoramento e consultoriatécnico-administrativos, quanto à boae regular aplicação dos dinheiros pú-blicos, mormente em decorrência doque dispõe a CF e as normasinfraconstitucionais vigentes v. g.: Leinº 4.320/64; Lei nº 8.429/92; Lei nº8.666/93; LC nº 101/00; Lei nº10.028/00; Lei nº 10.257/01; e oRegimento Interno do Tribunal deContas.

Coincidentemente, com a entra-da em vigência da LRF, os prefeitos evereadores eleitos tomaram posse em01 de janeiro de 2001 (muitos foramreeleitos, já conhecendo, portanto, osprocedimentos e processos existen-tes), havendo, em decorrência, cincolongos anos para que adaptações eimplantações de medidas adminis-trativas e operacionais fossem efeti-vadas. A começar pela ação de plane-jamento, que é subsidiária e fator

Capacitação de gestores públicos: uma idéia sugestivaimportante para implementação e exe-cução das demais ações da adminis-tração municipal, inclusive para a ela-boração, execução e controle orça-mentário. As normas e rotinas admi-nistrativas então vigentes, por exigên-cia da LRF, tornaram-se carentes deatualizações e readequações.

Por conseguinte, para alcançar osresultados exigidos nessa nova or-dem legal e administrativa, os entesmunicipais, Executivo e Legislativo,passados esses cinco anos, já deveri-am contar com servidores, agorareciclados e com o espírito e o interes-se compenetrados para o cumprimen-to dos novos misteres, até porque é aprópria LRF, no art. 64, que preconizaa possibilidade de a União prestarassistência técnica e cooperação: a) aassistência técnica compreende o trei-namento de recursos humanos, atransferência de tecnologia eapoiamento para a divulgação eletrô-nica dos planos, orçamentos,balancetes e balanços, prestações decontas e relatórios requeridos pelapresente Lei; b) e a cooperação finan-ceira entender-se-á como o acenolegal pela doação de bens e valores,financiamento através de instituiçõesfederais, bem como por repasse derecursos oriundos de operações ex-ternas. Mesmo dispondo de tais faci-lidades, pelo que se sabe, apenas umnúmero bastante reduzido de municí-pios habilitou-se para instrumen-talizar-se e assim poder cumprir osrigores das normas trazidas pela LRF.

Toda dinâmica da vida humanaestá centrada na busca de sua convi-vência em sociedade. Sua relação deveser transparente, seja entre territóri-os, política, economia e cultura, pelosurgimento da idéia de comunidade,formando um conjunto indissociável.Com esse conjunto, eis que surge oque se passou a denominar técnicas.Mas as técnicas sempre existiram,porque toda relação do homem coma natureza é sua produtora e, com opassar dos tempos, foram se enrique-cendo, diversificando e avolumando.Com tal complexidade, a criatividadedo homem faz-se presente com adivisão do trabalho. Essa divisão, emsua evolução, coloca-nos diante demoderníssimas técnicas: a informática,revolucionando não apenas os traba-lhos burocráticos e repetitivos, comotambém outros mais delicados e difí-ceis de serem executados.

A formação de mão-de-obra, emgeral, no Brasil, perpassa pelosprimórdios do nosso processo educa-cional com os jesuítas, a partir dodescobrimento. Anos mais tarde, in-terrompido por decisão do Marquêsde Pombal. Passamos, então, parauma educação elitista escravocrata ede salão mundano, de origem euro-péia, não voltada para a formação dequadros profissionais, sobretudo paraa Administração Pública, mormenteapós a vinda da Família Real. É aConstituição Monárquica de 1824 que,relesmente, menciona que a “instru-ção primária é gratuita”, não obstanteuma lei de 1827 estender a outrosníveis de educação e instrução. Com aProclamação da República tentaram-se várias reformas que pudessem daruma nova guinada, mas, se observar-mos bem, a educação brasileira nãosofreu um processo de evolução quepudesse ser considerado marcanteou significativo em termos de mode-lo. Até os dias de hoje muito se temmexido no planejamento da educa-ção, que é a antecâmara da instruçãocomo fator formador de mão-de-obra,continuando, entretanto, a ter a mes-ma característica imposta em todosos países do mundo (agora aindamais com a dinâmica da globalização),que é a de manter o status quo paraaqueles poucos privilegiados que fre-qüentam os bancos escolares, candi-datos a lugar-tenente da massa ignara.

Nos dias atuais, importa dizer ade-mais que, mesmo procurandominimizar a extensão da carência demão-de-obra relativamente capacita-da para preencher as lacunas existen-tes, é de todo conveniente que seconsidere a dimensão territorial doBrasil, que conta com quase 5.600municípios, dentre os quais algunssão grandes, médios e muitos de pe-quenos portes – esses, por força dedispositivos constitucionais, recebe-ram novos encargos sociais sem ascorrespondentes contrapartidas finan-ceiras e infra-estruturais – aliada aomodesto ou simplório conhecimentoque seus gestores têm sobre oPatrimônio Público. Conte-se, ainda,a relativa facilidade com que sãoinstitucionalizadas as criações de no-vos municípios, como se quisessemassim distribuir a miséria. Junte-se aisso tudo o problema da(in)capacitação dos gestores auxilia-res dos dirigentes públicos locais, com

as exceções de praxe, já que as cida-des têm funções sociais que se iden-tificam com aquelas essenciais dehabitação, trabalho, gozo de boa saú-de, educação, circulação e lazer, bemcomo aquelas outras não menos es-senciais de consumo, de produção,de serviços (culturais, econômicos efinanceiros).

A mídia veicula um conjunto dereformas (previdenciária, tributária,trabalhista, política etc). Essa última(não necessariamente a menos im-portante), no que tange às regrasaplicáveis aos partidos políticos, su-gere a exigência, para o postulante acandidato a qualquer cargo eletivo,do Curso Básico de Administraçãopara Gestores Públicos, em nível es-colar de segundo grau. Até porque, ébom lembrar, se o concurso é umadas modalidades de eleição licitatória(Lei nº 8.666/93, art. 22, IV), a escolhaeletiva não deixa de ser também umamodalidade de concurso público paracujo ingresso, naturalmente, é exigi-do modular nível de escolaridade. Eisporque entendemos de plena valida-de, à presente propositura, a exigên-cia de que o postulante a candidato aqualquer cargo eletivo possua, inde-pendentemente de outros cursos quepossa ostentar, o CURSO BÁSICO DEADMINISTRAÇÃO PARA GESTORESPÚBLICOS. Porque, ainda, ganhar-se-ia, além do cumprimento aos princípi-os básicos da administração pública,de que trata o art. 37 da ConstituiçãoFederal, substancial economia quepoderia ser redirecionada para outrosprojetos de cunho social.

Buscando alcançar com essa des-pretensiosa idéia os colimados obje-tivos, despertando assim a possibili-dade de formar quadros de GestoresPúblicos, em nível básico, constituí-dos de cidadãos impregnados dospropósitos de bem servir à sua cida-de, possuidores de qualificações mí-nimas para o mister. Ou, até mesmo,de contribuir com assessoramento aseus concidadãos, despertando-lhesa consciência de cidadania. Porque,coincidentemente, se vive, nos diasatuais, oportuno revigoramento da au-tonomia dos Municípios, não só pelaLei nº 10.257/01 (Estatuto da Cida-de), mas, sobretudo, pela legislaçãojá vigente, v. g., Lei nº 9.785/99 (quealtera o Decreto-Lei nº 3.365/41 –desapropriação por utilidade pública)e as Leis nºs. 6.015/73 (registros pú-

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Dando continuidade ao Projeto CRCMG em umDia, o Conselho recebeu, em junho, coordenadorese alunos de duas faculdades: Asa de Brumadinho eFacisa–BH. Visando proporcionar-lhes a possibilida-de de participar de reuniões plenárias e das câmaras,colocando-os a par dos principais assuntos debati-dos nessas ocasiões, o projeto dá aos visitantes a realnoção do funcionamento e atribuições do CRCMG,além de aproximar as duas entidades.

No dia 23 de junho, representando o coordena-dor do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Asade Brumadinho, compareceu o professor Cleber Ara-újo dos Santos acompanhado pelos alunos GeisianeSiqueira da Silva e Leonardo Silva Ferreira.

Geisiane Silva aprovou a visita, dizendo que ainiciativa ampliou suas expectativas em relação àprofissão. “Tirei muitas dúvidas quanto a normas, leise condutas a serem seguidas. Deu pra perceber quea entidade está bem engajada no que diz respeito aoreconhecimento e valorização da profissão”, consta-tou. Já o aluno Leonardo Ferreira afirmou que, comofuturo profissional, foi relevante conhecer o principalórgão responsável pela classe. “Foi ótimo saber, vere conhecer a entidade que nos dá amparo. Muitosalunos se formam sem conhecer o CRCMG, o que éuma infelicidade”, declarou.

Completando o pensamento dos alunos, o pro-fessor Cleber lembrou que esse intercâmbio servepara mostrar-lhes que o CRCMG não é um mistério,que a entidade está aberta a quem quiser participare que nela existem pessoas que atuam na mesmaárea que eles. “Notei essa surpresa por parte dosalunos. Eles puderam ver aqui a seriedade do traba-lho que é realizado”.

A coordenadora da Facisa–BH, Paula Andréa deOliveira, visitou o CRCMG acompanhada dos alunosRamon Eustáquio Seixas e Edinaldo Batista. Ela afir-mou que o projeto ajuda os alunos a irem fomentan-do, de antemão, o amor pela profissão. “Eles pude-ram visualizar e constatar a seriedade do trabalhoque se faz aqui e que aquilo que dizemos em sala deaula não passa da mais pura realidade”, explica. Oaluno Ramon Seixas aprovou a visita. “Pude perceberque uma coisa muito importante para a entidade é aparticipação dos profissionais. Já antecipei a minha,dando uma sugestão para que o CRCMG invistatambém na capacitação dos professores de CiênciasContábeis”, declarou.

JulhoJá no dia 7 de julho, o Projeto contou com a

participação da PUC/Minas representada pelo coor-denador do curso de Ciências Contábeis das unida-des Coração Eucarístico e Barreiro, professor Amaroda Silva Júnior, e pelo aluno do último período FelipeMendonça de Azevedo. Esse destacou: “A oportuni-dade foi muito interessante. Credito sua importância

CRCMG em um Dia

Projeto recebeu a visita de mais três faculdades

ao fato de dar respaldo à profissão. Conheci aqui otrabalho que o Conselho faz. Para mim, foi muitoimportante”.

O professor ressaltou que o CRCMG em um diacolabora com a proposta de valorização da formaçãoacadêmica, uma vez que o mercado de trabalho tem oConselho como órgão de fiscalização e apoio aosprofissionais, tantos os que já estão na área como osque nela ingressarão. Na oportunidade, comentamoscom o presidente Paulo Consentino sobre a viabilida-de da criação de um projeto que envolva o estagiárioda contabilidade, tendo em vista a obrigatoriedade jáeditada pelo MEC, através do Conselho Nacional deEducação. “A idéia é criar uma identidade para essesalunos, por meio de um acordo entre o CRCMG e asfaculdades”, explicou.

blicos); 6.766/79 (parcelamento dosolo urbano); e 11.079/04 (Lei dasPPPs).

Em parceria com os órgãosmicrorregionais municipais, de pre-feitos e vereadores, os partidos políti-cos com sedes locais e de cidades-pólo, bem como com a AssembléiaLegislativa, o Tribunal de Contas doEstado e outros tantos órgãos e asso-ciações de classe e de instrução eaprimoramento como, no caso doEstado de Minas Gerais, a FundaçãoJoão Pinheiro, com toda a sua estrutu-ra, com cursos itinerantes, far-se-ia olevantamento das carências, atuais epotenciais, dos entes pesquisados,com posterior análise dos dados, in-formações e seu nível qualitativo.Realizar-se-iam cursos de capacitação,dentre outros, de gestores de cidadesdirigidos àqueles pretendentes acandidatarem-se a cargos eletivos,bem como aos que já exercem omunus publico, fazendo com que, te-oricamente, venham a tomar conhe-cimento sobre: a) Constituição Fede-ral; b) Constituição Estadual; c) LeiOrgânica do Município; d) RegimentoInterno de sua Câmara Municipal; e)as leis extravagantes ouinfraconstitucionais aplicáveis ao entemunicipal; f) o processo legislativomunicipal; g) o planejamento comopremissa do processo orçamentário eo orçamento participativo; h) o efeti-vo cumprimento das normas vigen-tes, particularmente a atual Lei Com-plementar nº 101/00 – LRF –, nosartigos 4º, inciso I, alínea e, e 50,inciso VI, § 3º; i) as audiências públi-cas; j) os Tribunais de Contas (daUnião, do Estado, do Município ouConselho de Contas e seus Regimen-tos Internos); k) a gestão municipalda cidade e do município; l) os crimespraticados pelos gestores públicos esuas cominações.

Em conclusão, todo esse comple-xo normativo-institucional seria usa-do como metodologia para propiciaraos alunos/gestores públicos munici-pais a efetiva ativação de sua autono-mia profissional, em plena conformi-dade integrativa, conforme previstono Estatuto da Cidade, ensejando amontagem desse CURSO BÁSICO DEGESTORES PÚBLICOS.

* Contador; economista; advogado e ex-professor da PUC/DF, PUC/MG e AEUDF/DF.

A partir da esq.: Leonardo Silva, Paulo Consentino, GeisianeSilva e Cleber Araújo, da Faculdade Asa de Brumadinho

A partir da esq.: Paula Andréa, Paulo Consentino, RamonSeixas e Antônio Baião, da Facisa

JULHO / AGOSTO 2006 JORNAL DO CRCMG 7

Amaro da Silva Júnior e Felipe Mendonça, da Puc-Minas,acompanharam as explicações durante a reunião da Câmarade Registro

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8 JORNAL DO CRCMG JULHO / AGOSTO 2006

Espaço de debates e conhecimento

Pontuação para Educação ProfissionalContinuada mudou

A Resolução CFC nº 1.074/06, que entrou em vigor no dia 29 de junho desteano, estabelece novos critérios de pontuação para a Educação ProfissionalContinuada. Agora, auditores independentes e demais contadores devemcumprir 96 pontos a cada três anos, sendo obrigatório um mínimo de 20 pontospor ano. Para informações mais detalhadas, acesse o site do CRCMG –www.crcmg.org.br – ou procure a Gerência de Desenvolvimento Profissional.

Desenvolvimento Profissional CRCMG Itinerante:conhecimento, capacitação e debate

O CRCMG dá continuidade ao Projeto Seminários Regionais – CRCMGItinerante. O evento tem se firmado com o objetivo de fortalecer a presençado Conselho no interior do Estado e levar, aos profissionais, oportunidadesde aperfeiçoamento técnico-profissional dentro da perspectiva da Educa-ção Continuada. Confira abaixo as datas e as cidades que irão receber,ainda este ano, os Seminários Regionais do CRCMG. Outras informaçõesnas delegacias seccionais ou na gerência de Desenvolvimento Profissional:

REGIÃO CIDADE DATASUL DE MINAS LAVRAS 9 E 10/AGOSTO

CENTRO-OESTE BOM DESPACHO 31/AGO. E 1/SET.NORTE DE MINAS MONTES CLAROS 13 E 14/SETEMBRO

TRIÂNGULO/ALTO PARANAÍBA UBERLÂNDIA 28 E 29/SETEMBRO

ZONA DA MATA E VERTENTES JUIZ DE FORA 5 E 6/OUTUBRO

CENTRAL SETE LAGOAS 9 E 10/NOVEMBRO

C U R S O SO CRCMG continua realizando os cursos de aperfeiçoamento profissional nacapital e no interior do Estado. Nos meses de agosto e setembro serãooferecidos os cursos de Atualização Tributária Federal e Escrituração Fiscale Contábil e de Retenção do INSS. Os cursos são gratuitos para os contabi-listas em dia com o Conselho. Confira, no site do CRCMG, as cidades onde oseventos ocorrerão. Outras informações podem ser obtidas nas delegaciasseccionais do CRCMG da sua cidade ou região. Ou na Gerência de Desenvol-vimento Profissional, pelos telefones: (31) 3269-8454 / 8422 / 8424 / 8421.

O Projeto Café com oContabilista continua tra-zendo, ao CRCMG, pa-lestras sobre temas deinteresse da classe.

No dia 9 de junho, aCaixa Econômica Federal prestou umahomenagem aos profissionais em ra-zão do dia 25 de abril – Dia do Conta-bilista. Além disso, economiários esti-veram no Conselho ministrando pa-lestras sobre temas distintos: SEFIP8.2, Conectividade Social, Linhas deCrédito e Convênios entre CRCMG eCEF.

Eugênia Regina de Melo, gerentede Mercado de Relacionamento Es-sencial e Atendimento do Escritóriode Negócios BH/Sul, discorreu sobreas linhas de crédito oferecidas pelaCaixa. Em seguida, Leonardo Lacerda,gerente da Área de Arrecadação doFGTS da Gerência da Filial do Fundode Garantia, falou sobre os erros co-muns cometidos pelos contabilistasem relação à SEFIP, exemplificando asformas corretas de realizar o procedi-mento.

Substituição Tributária

O tema Substituição Tributária naÁrea de Transportes foi explanado nodia 23 de junho por Anderson SouzaDiniz, orientador tributário e gestorfazendário da Secretaria Estadual da

Fazenda. Ele fez umaabordagem prática sobreo assunto, discorrendo,entre outros tópicos, so-bre as obrigações acessó-rias responsáveis pelo

cálculo do ICMS e também sobre aretenção e recolhimento do imposto.Falou, ainda, sobre algumas dúvidascomuns aos contabilistas no que tan-ge à apuração do ICMS pelo substitu-to, prazos de recolhimento e aprovei-tamento de crédito. Ao final da expla-nação, ele sanou as dúvidas dos pre-sentes.

Já no dia 7 de julho, o Superinten-dente de Apoio Técnico Operacionalda Junta Comercial do Estado de Mi-nas Gerais – Jucemg –, Alex FranciscoBarbosa, falou sobre Sistema deCertificação Digital de Livros Eletrôni-cos em mais uma edição do Café. Eleexplicou a utilidade e vantagens reaisdo sistema e exemplificou os proces-sos e procedimentos que envolvemsua sistemática. Ao final, os presentestiraram suas dúvidas quanto ao pro-cesso de certificação digital dos livrosmercantis eletrônicos da Jucemg.

O Café com o Contabilista é reali-zado quinzenalmente. Trata-se de umevento destinado ao debate e discus-são de assuntos que fazem parte dodia-a-dia dos contabilistas. Acesse osite e fique por dentro dos temasabordados e datas dos encontros.

Profissionais comparecem em grande número às palestras do projeto

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JULHO / AGOSTO 2006 JORNAL DO CRCMG 9

O CRCMG e o CFC promovem, de 16 a 18 deagosto, o I Fórum Nacional de Gestão e Contabi-lidade Públicas cujo tema é “Contabilidade Públi-ca: Fator de Responsabilidade, Transparência eÉtica na Gestão Pública”.

O evento reunirá, em Belo Horizonte, gestorespúblicos federais, estaduais e municipais paradiscutir os novos cenários que se apresentampara as instituições públicas, reunindo especialis-tas e palestrantes de renome que darão, ao acon-tecimento, abrangência nacional.

O seminário acontece no momento em que opaís busca instrumentos eficazes para consolidara Lei de Responsabilidade Fiscal, o equilíbrio das

PROGRAMAÇÃO

16 de agosto 2006 / quarta-feira

19h30min AberturaPresidente do CRCMGContador Paulo Cezar Consentino dos SantosPresidente do CFCContadora Maria Clara Cavalcante Bugarim

20h30min RESPONSABILIDADE, TRANSPARÊNCIA E ÉTICA NAGESTÃO PÚBLICA

21h30min Coquetel

17 de agosto 2006 / quinta-feira

9h Painel: LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – Avaliação daefetividade da LRF após seis anos de vigênciaPainelista: Contador Domingos Poubel de Castro (DF)Ex-Secretário Federal de Controle Interno, Gerente Nacionalde Orçamento do SEBRAEOS MUNICÍPIOS E O EQUILÍBRIO FISCAL: ASPECTOSPOLÊMICOSPainelista: Celso Cota Neto (MG)Prefeito Municipal de Mariana e Presidente da AssociaçãoMineira de Municípios – AMMCONTROLE SOCIAL DAS FINANÇAS PÚBLICASPainelista: Wieland Silberschneider (MG)Mestre, professor da PUC Minas, consultor da Fundação AbrinqRESPONSABILIZAÇÃOPainelista: Dr. Augusto Sherman Cavalcanti (DF)Ministro-Substituto do Tribunal de Contas da União

12h30min Almoço livre

14h30min Palestra: ASPECTOS RELEVANTES DA REFORMA DA LEI4.320/64 – ENTRAVES À SUA CONCRETIZAÇÃOPalestrante: Contador Inaldo da Paixão dos Santos Araújo(BA), Auditor do Tribunal de Contas do Estado da Bahia

15h30min Palestra: AUDITORIA DA RECEITA PÚBLICAPalestrante: Contador Lino Martins da Silva (RJ)Controlador Geral do Município do Rio de Janeiro

EVENTO

16h30min Palestra: RESPONSABILIDADE TÉCNICA NA CONTABILIDADEPÚBLICAPalestrante: Contador João Eudes Bezerra Filho (PE)Auditor das Contas Públicas do Tribunal de Contas do Estado

18 de agosto 2006 / sexta-feira

9h Palestra: CONTABILIDADE PÚBLICA GERENCIAL:EVIDENCIANDO O VALOR DO SERVIÇO PÚBLICO Palestrante: Valmor Slomski (SP) Professor e doutor em Controladoria e Contabilidade (USP)

10h Palestra: AUDITORIA GOVERNAMENTALPalestrante: Jaime Hernandez (Colômbia)Ex-Presidente da Assoc. Interamericana de Contabilidade – AIC

11h Palestra: PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS (PPPs) E OSSERVIÇOS PÚBLICOS – UMA REFLEXÃO À LUZ DA LEIN° 11.079/04Palestrante: Dr. Manoel Paulo de Oliveira (MG)Contador, economista e advogado

12h Almoço livre

14h Painel: AUDITORIA DAS PPPs –PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADASPainelistas: Paulo Dal Fabbro (SP), Engenheiro Civil,Administrador de empresas, Diretor da Pricewaterhouse CoopersMaurício Endo (SP), Auditor da KPMGAdalberto Santos de Vasconcelos (DF)Diretor técnico da Secretaria de Fiscalização deDesestatização do TCU

17h Palestra: O CONTEXTO SOCIAL, ECONÔMICO E POLÍTICOBRASILEIROPalestrante: Jornalista Alexandre Garcia (DF), Repórter especial,comentarista e apresentador de telejornais da Rede Globo

18h30min Indicação do estado-sede do II Fórum Nacional de Gestão eContabilidade Públicas, a realizar-se em 2008, e palavra doPresidente do respectivo CRC

19h Encerramento

Fórum Nacional de Gestão e Contabilidade PúblicasContexto Social, Econômico e Político Brasileiro”são temas das palestras e painéis a serem apre-sentados.

Entre os palestrantes estão o jornalista Ale-xandre Garcia, os contadores Valmor Slomski eLino Martins da Silva e também o prefeito deMariana, Celso Cota Neto, presidente da Associa-ção Mineira de Municípios – AMM.• Data: 16 a 18 de agosto de 2006• Local: Gandarrell Minas Hotel – Rua Espírito

Santo, 901 - Centro - Belo Horizonte - MG• Inscrições: www.crcmg.org.br / (31)3269-8400• Pontuação para Educação Profissional

Continuada: 10 créditos

contas públicas e a ampliação das políticas eprogramas sociais. Nesse contexto, a Contabilida-de Pública se destaca como uma ferramenta atuale essencial para a consolidação de um modelo degestão focado na ética e na transparência, os doispilares para o fortalecimento das instituições.

“Responsabilidade, Transparência e Ética naGestão Pública”, “Lei de Responsabilidade Fiscal”,“Aspectos Relevantes da Reforma da Lei 4.320/64– Entraves à sua Concretização”, “Responsabilida-de Técnica na Contabilidade Pública”, “Contabili-dade Pública Gerencial: Evidenciando o Valor doServiço Público”, “Parcerias Público-Privadas”,“Auditorias das Parcerias Público-Privadas” e “O

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R$ATIVO 2005 2004ATIVO FINANCEIRO 1.817.159 1.089.441Disponibilidades 137.897 119.341Aplicações Financeiras 1.231.153 541.206Conta Vinculada 448.109 428.894

REALIZÁVEL 72.520 37.271Diversos Responsáveis 256 308Cheques em Cobrança - -Adiantamento a Empregados 56.566 31.130Conta Corrente Cota-Parte - -Convênios 15.698 5.833

RESULTADO PENDENTE 516.600 508.839Depósitos/Processos Judiciais 478.947 480.147Despesas Antecipadas 36.253 27.292Outros Valores 1.400 1.400

PERMANENTE 16.390.325 16.121.037Bens Móveis 1.894.996 1.654.950Bens Imóveis 3.541.681 3.534.301Créditos a Receber 10.881.744 10.881.743Almoxarifado 64.327 42.466Ações de Telecomunicações e outros 7.577 7.577

ATIVO COMPENSADO 5.186.346 4.994.419Seguros Contratados 5.186.346 4.994.419

TOTAL DO ATIVO 23.982.950 22.751.007

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DOPATRIMÔNIO SOCIAL DOS EXERCÍCIOSFINDOS EM 31 DE DEZEMBRODE 2005 E DE 2004

R$Superávit (Déficit)

acumulado Total

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO 2003 5.472.673 5.472.673Superávit do Exercício 11.523.047 11.523.047

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO 2004 16.995.720 16.995.720Superávit do Exercício 950.867 950.867

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO 2005 17.946.587 17.946.587

Relatório do Conselho Diretor: Em cumprimento às disposições legais contidas no § 3º do art. 6ºda Resolução CFC nº 960/03 e no parágrafo único do art. 47 do Regimento Interno do CRCMG,submetemos à apreciação de Vossas Senhorias o Balanço Patrimonial e demais demonstraçõesfinanceiras encerradas em 31 de dezembro de 2005, gestão do Conselheiro Nourival de SouzaResende Filho. Belo Horizonte, 23 de junho de 2006. Paulo César Consentino dos Santos –Presidente, Lilian Prado Caldeira – 1ª. Vice-presidente de Administração e Planejamento,Edivaldo Duarte de Freitas – Vice-presidente de Fiscalização e de Ética e Disciplina, Alencar Pereirada Costa – Vice-presidente de Registro, Edson de Souza Rocha – Vice-presidente de ControleInterno e Sandra Maria de Carvalho Campos – Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional.

BALANÇO PATRIMONIAL DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DEZEMBRO 2005 E 2004

PASSIVO 2005 2004PASSIVO FINANCEIRO 850.017 477.290

DÍVIDA FLUTUANTE 113.011 66.761Restos a Pagar 52.670 33.373Consignações 187 383Credores da Entidade 32.068 -Entidades Públicas Credoras 28.086 31.633Créditos de Terceiros - 1.372

RESULTADO PENDENTE 737.006 694.106Despesas c/Conselheiros a Pagar 5.318 -Depósitos/Processos Judiciais 731.688 694.106

PATRIMÔNIO (ATIVO REAL LÍQUIDO) 17.946.587 16.995.720

PASSIVO COMPENSADO 5.186.346 4.994.419Seguros Contratados 5.186.346 4.994.419

TOTAL DO PASSIVO 23.982.950 22.751.007

NOTAS EXPLICATIVAS ÀSDEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 20041. CONTEXTO OPERACIONAL

O Conselho Regional de Contabilidade de Minas Geraisfoi criado através do Decreto-Lei nº 9.295/46, tendo porobjetivo orientar, disciplinar e fiscalizar, legal, técnica eeticamente, o exercício da profissão contábil. É constituídode pessoa jurídica de direito público que, sob forma fede-rativa, tem estrutura, organização e funcionamento nosmesmos moldes do Conselho Federal de Contabilidade.Possui autonomia no que se refere à administração de seusserviços, gestão de seus recursos, regime de trabalho erelações empregatícias.

A principal fonte de recursos do Conselho é a arrecada-ção de anuidades dos contabilistas e organizações contábeissendo que, do produto de arrecadação das anuidades, 20%é creditado ao CFC. Complementarmente à origem dasreceitas, o CRCMG obtém recursos decorrentes de vendasde assinaturas de revistas, anúncios veiculados em seujornal e outros.

A Resolução CFC nº 960/03 aprovou o Regulamen-to Geral dos Conselhos de Contabilidade, no qualestão contidas as diretrizes básicas ao cumprimentoda lei, dentre elas a reestruturação contábil e orça-mentária. Adicionalmente, o CRCMG goza de imuni-dade tributária total em relação aos seus bens, rendase serviços, nos termos do art. 150 da CF.

2. DIRETRIZES CONTÁBEIS(a) Apresentação das demonstrações contábeis

As demonstrações contábeis foram elaboradas eestão sendo apresentadas em conformidade com osditames da Lei nº 4.320/64, Resolução CFC nº 967/03,que institui normas orçamentárias e contábeis para osConselhos de Contabilidade e respectivas normas téc-nicas emanadas do Conselho Federal de Contabilidade.

Na elaboração dessas demonstrações contábeisforam utilizados regime de caixa para as receitas ecompetência para as despesas. Observando o princí-pio do conservadorismo, demonstramos no balançopatrimonial – ativo/passivo compensados os direitosa serem realizados, entre outros.

(b) Apuração do resultadoO resultado é apurado pelo regime contábil de

competência de exercícios.

(c) Ativos Financeiro, Realizável e Resultado Pendente• Ativo Financeiro – Aplicações financeiras - São

representadas por saldo de caixa, bancos conta movi-mento e caderneta de poupança. Essa última, de-monstrada ao custo acrescido dos rendimentosauferidos até a data do encerramento de cada exercí-cio, em base pro rata temporis, em linha com osvalores de realização.

• Ativo Realizável – É apresentado ao custo ou pelovalor de realização, que, por serem de curto prazo, nãocabem atualizações monetárias.

• Resultado Pendente – É demonstrado por depósi-tos judiciais recursais e bens sub-judici, originados dereclamações trabalhistas de ex-funcionários do CRCMG.Essas contingências em 31 de dezembro de 2005montam em R$ 478.947. Despesas Antecipadas (prê-mios de seguros e assinaturas periódicas) montam umtotal de R$ 36.252 em 2005 e R$ 27.292 em 2004.

(d) PermanenteO imobilizado do CRCMG está demonstrado ao

custo de construção ou de aquisição, acrescido decorreção monetária até 31 de dezembro de 1995.Contudo, é importante mencionar que grande partedos bens móveis do Órgão existentes hoje foramadquiridos a partir de 1996 e até o exercício de 2000não era prática da entidade efetuar o cálculo e oregistro contábil da depreciação dos seus bens. Como advento do artigo 58 da Lei nº 9.649/98 e ResoluçãoCFC nº 841/99, o Regional procedeu no ano de 2001à depreciação de seu imobilizado. Com a suspensãodo respectivo artigo 58 e obedecendo às determina-ções em Ofício do TCU, a partir do exercício de 2002,o CRCMG deixou de registrar a depreciação de seusbens, por considerar que são bens sem objetivos derevenda e sua reposição se dá em função do estadoem que se encontram e não no tempo de vida útil.

Em dezembro de 2003, o CRCMG, com base na Lei8.666/93 e Decreto 99.658/90, procedeu à aberturado PI CRCMG nº 077/03 para doação e baixa de bensmóveis do CRC Minas Gerais, considerados obsoletos,inservíveis, irrecuperáveis e antieconômicos, o qual foiaprovado pela Deliberação CRCMG nº 1939/03. Ototal de bens móveis em 31 de dezembro de 2005 éde 1.894.996 tendo um acréscimo no valor de 240.046em relação ao ano anterior.

3. MODIFICAÇÕES NAS PRÁTICAS CONTÁBEIS:As demonstrações contábeis relativas ao exercício

findo em 31 de dezembro de 2005 estão sendoapresentadas comparativamente àquelas relativas aoexercício de 2004. Essas demonstrações foram elabo-radas utilizando-se os mesmos critérios contábeisdurante os dois exercícios, exceto quanto às informa-ções referidas a seguir:

· Por decisão da Diretoria do Conselho, não estásendo feita a cobrança (execução fiscal) dos valores areceber dos contabilistas, escritórios individuais eorganizações contábeis, relativos às anuidades ematraso, até que se tenha por parte do Conselho Federalde Contabilidade uma regulamentação quanto aoassunto. Em 29 de março de 2004 os créditos devidosao Regional foram registrados em contas patrimoniaise os créditos relativos a anuidades em atraso foraminscritos em dívida ativa, montando em 31 de dezem-bro de 2005 a R$ 10.881 millhões.

4. CAIXA, BANCOS E APLICAÇÕES FINANCEIRASAo final de cada exercício social, os saldos dessas

contas eram os seguintes:

CONSELHO REGIONAL DECONTABILIDADE DE MINAS GERAIS

10 JORNAL DO CRCMG JULHO / AGOSTO 2006

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CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE – CÂMARA DE CONTROLE INTERNO DELIBERAÇÃO Nº. 167/2006PROCESSO CFC/CCI Nº.: 2006/001011INTERESSADO: CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DE MINAS GERAIS ASSUNTO: PRESTAÇÃO DE CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2005DELIBERADELIBERADELIBERADELIBERADELIBERA: Aprovar a Prestação de Contas do Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais, concluindo pela regularidade dagestão do exercício de 2005. Relator: TC Doracy Cunha Ramos. ATA CCI Nº. 149.Brasília – DF, 27 de abril de 2006.Contador Adeildo Osório de Oliveira – Vice-presidente de Controle InternoHOMOLOGAÇÃO: Decisão aprovada pelo Egrégio Plenário do CFC. ATA Nº. 886.Brasília – DF, 28 de abril de 2006.Contadora Maria Clara Cavalcante Bugarim – Presidente

R$2005 2004

Caixa 7.052 100Bancos conta movimento/arrecadação 59.212,68 118.441Aplicações financeiras 1.679.262,86 970.100

1.745.527,54 1.088.641

5. IMOBILIZADO R$ 2005 2004

Custo corrigido e reavaliadoEdifício 2.893.601 2.893.601Obras em andamento 169.852 162.472Imóveis destinados à venda 257.606 257.606Edificações e benfeitorias 220.622 220.622Máquinas e Equipamentos 801.796 615.843Veículos 363.034. 344.336Móveis e utensílios 265.115 230.205Instalações 250.080 250.080Softwares 188.929 188.929Outros 26.042 25.556Total 5.436.677 5.189.250

O CRCMG possui um pavimento (15º andar) de umedifício situado na Avenida Afonso Pena, nº 726, emBelo Horizonte, onde se localizava a antiga sede doConselho. Este imóvel está disponível para venda,cujo valor contábil de realização, segundo laudo deavaliação elaborado no exercício de 2003 por Institui-ção Oficial, está estimado em R$ 257.606 mil.

O estoque do almoxarifado encerrou o exercício de2005, com um saldo de R$ 64.327 (em 2004 -R$ 42.466), conforme relatório da Comissão de Levan-tamento de Almoxarifado.

Em 30 de dezembro de 2005, a Comissão designa-da para realizar o levantamento dos bens patrimoniaisdo CRCMG apresentou seu relatório, o qual conferecom os registros contábeis.

O CRCMG possui direitos representados por açõesda Telemig, Telebrás e concessão de direito de uso,montando um saldo de R$ 7.577,43.

6. PATRIMÔNIO SOCIALO patrimônio social do CRCMG é formado pelo

superávit apurado em cada exercício e direitos areceber, não sendo dividido em quotas ou qualqueroutra forma de participação.

7. TRANSAÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADASOs saldos e transações mantidos com o CONSELHO FEDE-

RAL DE CONTABILIDADE podem ser resumidos como segue:R$

Contas a pagar Créditos Créditos/compensar Devidos Repassados

CFCSaldos em 2005Cota-Parte 11.389 1.694.716 1.683.327

· FIDES 2.534 58.357 55.823Saldos em 2004· Cota-Parte 3.759 1.440.388 1.436.629

· FIDES 727 47.396 46.669

As operações entre o CRCMG e o CFC foram reali-zadas em conformidade com as disposições do art. 19,parágrafos 1º, 2º, 3º e 4º da Resolução CFC nº 960/03– Regulamento Geral dos Conselhos de Contabilidade.

8. CONTINGÊNCIAS ATIVAS E PASSIVASAssumindo o aspecto do conservadorismo e da

prudência no sentido de reconhecer prováveis perdas,está registrado em conta do ativo e passivo compen-sado, com base em informação da Assessoria Jurídicado Regional, bens que se encontram sub-judici, perfa-zendo um montante de R$ 283.578 mil.

9. COBERTURA DE SEGUROSEm 31 de dezembro de 2005 o CRCMG mantém

cobertura de seguro contra incêndios para os seusbens, em especial do ativo imobilizado, em valoresconsiderados pela administração como suficientespara cobrir eventuais perdas dos ativos registradoscontabilmente como segue:

R$Edificações e bens móveis 4.942.764Frota de veículos 242.583

De acordo com as demonstrações contábeis, notasexplicativas e tendo em vista as justificativas apresen-tadas e de posse de todos os elementos possíveis paraavaliar a movimentação patrimonial realizada no pe-ríodo de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2005, aDiretoria do Conselho Regional de Contabilidade deMinas Gerais entende que o Balanço Patrimonial,Financeiro e demais Demonstrações Contábeisespelham com exatidão e transparência todas astransações realizadas no período.

Belo Horizonte, 31 de dezembro de 2005.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOSEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRODE 2005 E 2004

R$2.005 2.004

RECEITA OPERACIONAL BRUTARECEITA OPERACIONAL BRUTARECEITA OPERACIONAL BRUTARECEITA OPERACIONAL BRUTARECEITA OPERACIONAL BRUTA Contribuições e Taxas de Serviços 7.324.576 6.447.683 Deduções de Contribuições e Taxas de Serviços •Contribuição CFC e Fides (1.753.073) (1.487.785)Receita operacional l íquidaReceita operacional l íquidaReceita operacional l íquidaReceita operacional l íquidaReceita operacional l íquidaSUPERÁVIT BRUTOSUPERÁVIT BRUTOSUPERÁVIT BRUTOSUPERÁVIT BRUTOSUPERÁVIT BRUTO 5.571.503 5.571.503 5.571.503 5.571.503 5.571.503 4 .959 .8984 .959 .8984 .959 .8984 .959 .8984 .959 .898

DESPESAS (RECEITAS) OPERACIONAISDESPESAS (RECEITAS) OPERACIONAISDESPESAS (RECEITAS) OPERACIONAISDESPESAS (RECEITAS) OPERACIONAISDESPESAS (RECEITAS) OPERACIONAIS Gerais e Administrativas •Salários e Encargos Sociais 2.787.513 2.535.549 •Material de Consumo 275.622 200.162 •Despesas Gerais, principalmente Divulgação, Impressão 2.384.330 1.648.967 •Congressos, Seminários, Eventos e Cursos 742.854 904.296 Receita de Valores Mobiliários •Receitas (191.952) (145.622) Outras Receitas Operacionais •Multas, Juros e Atualização Monetária (1.223.336) (801.865) •Outras (143.243) (102.247)

4.631.788 4.239.240SUPERÁVIT/DÉFICIT OPERACIONALSUPERÁVIT/DÉFICIT OPERACIONALSUPERÁVIT/DÉFICIT OPERACIONALSUPERÁVIT/DÉFICIT OPERACIONALSUPERÁVIT/DÉFICIT OPERACIONAL 939.715 939.715 939.715 939.715 939.715 720 .658720 .658720 .658720 .658720 .658 Resultado não-Operacional •Receita na Alienação de Bens 25.000 101.310 •Contribuições e/ou Auxílios-CFC/CRCs - 13.875

25.000 115.185SUPERÁVIT/DÉFICIT DO EXERCÍCIOSUPERÁVIT/DÉFICIT DO EXERCÍCIOSUPERÁVIT/DÉFICIT DO EXERCÍCIOSUPERÁVIT/DÉFICIT DO EXERCÍCIOSUPERÁVIT/DÉFICIT DO EXERCÍCIO 964.715 964.715 964.715 964.715 964.715 835 .843835 .843835 .843835 .843835 .843

BALANÇO FINANCEIRO DOS EXERCÍCIOSFINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E2004

R$2005 2004

R E C E I T AORÇAMENTÁRIA 8.908.107 8.908.107 8.908.107 8.908.107 8.908.107 7.612.602 7.612.602 7.612.602 7.612.602 7.612.602Receitas Correntes 8.883.107 7.497.417Receitas de Capital 25.000 115.185EXTRA-ORÇAMENTÁRIA 3.827.815 3.081.002Saldo do Ano Anterior 1.089.441 1.113.741TOTAL 13.825.363 11.807.345

D E S P E S AORÇAMENTÁRIA 8.231.769 8.231.769 8.231.769 8.231.769 8.231.769 7 .522 .8907 .522 .8907 .522 .8907 .522 .8907 .522 .890Despesas Correntes 7.943.392 6.776.759Despesas de Capital 288.377 746.131EXTRA-ORÇAMENTÁRIA 3.776.434 3.195.014Saldo para o Ano Seguinte 1.817.160 1.089.441TOTAL 13.825.363 11.807.345

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS DOSEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DEDEZEMBRO DE 2005 E 2004

R$2005 2004

VARIAÇÕES ATIVASVARIAÇÕES ATIVASVARIAÇÕES ATIVASVARIAÇÕES ATIVASVARIAÇÕES ATIVASRESULTANTES DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

RECEITA ORÇAMENTÁRIA 8.908.107 7.612.602 •Receitas Correntes 8.883.107 7.497.417 •Receitas de Capital 25.000 115.185MUTAÇÕES PATRIMONIAIS 443.763 14.393.229

DEPENDENTES DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA •Aquisição de Bens Móveis 280.848 583.659 •Construção e Aquisição de Bens Imóveis 7.380 162.472 •Almoxarifado 150.293 100.430 •Outros Valores - 850.648

INDEPENDENTE DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA •Inscrição da Dívida Ativa - 12.681.072 •Cancelamento de Obrigações 5.242 854 •Outros Valores - 14.094

TOTAL DAS VARIAÇÕES ATIVAS 9.351.870 22.005.831DÉFICIT - -TOTAL GERAL 9.351.870 22.005.831

VARIAÇÕES PASSIVASVARIAÇÕES PASSIVASVARIAÇÕES PASSIVASVARIAÇÕES PASSIVASVARIAÇÕES PASSIVASRESULTANTES DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

DESPESA ORÇAMENTÁRIA 8.231.769 7.522.891 •Despesas Correntes 7.943.392 6.776.759 •Desepsas de Capital 288.377 746.132

MUTAÇÕES PATRIMONIAIS 169.234 2.959.893DEPENDENTES DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA •Alienação de Bens Móveis 25.000 101.310 •Cobrança da Dívida Ativa - 2.649.976 •Almoxarifado 85.967 57.964

INDEPENDENTE DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA •Alienação de Bens Móveis 15.801 94.975 •Desincorporação de Bens Móveis - 927 •Almoxarifado 42.466 40.866 •Outros Valores - 13.875

TOTAL DAS VARIAÇÕES PASSIVAS 8.401.003 10.482.784

SUPERÁVIT 950.867 11.523.047TOTAL GERAL 9.351.870 22.005.831

As notas explicativas anexas são parte integrante dasdemonstrações financeiras.

JULHO / AGOSTO 2006 JORNAL DO CRCMG 11

Contador NOURIVAL DE SOUZA RESENDE FILHO – PresidenteContador EDSON DE SOUZA ROCHA – Vice-Presidente de Controle InternoMAURO BENEDITO PRIMEIRO – Gerente FinanceiroContador CRCMG 54453 – CPF 682100946-53

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12 JORNAL DO CRCMG JULHO / AGOSTO 2006

ATIVO 2006 AV 2005 AV AHF inance i roF inance i roF inance i roF inance i roF inance i ro 4 .186.139 4.186.139 4.186.139 4.186.139 4.186.139 14 ,0%14 ,0%14 ,0%14 ,0%14 ,0% 3 .344.804 3 .344.804 3 .344.804 3 .344.804 3 .344.804 11 ,7%11 ,7%11 ,7%11 ,7%11 ,7% 25 ,2%25 ,2%25 ,2%25 ,2%25 ,2%Disponível 445.149 1,5% 236.388 0,8% 88,3%Bancos Conta Vinculada 463.180 1,5% 425.225 1,5% 8,9%Bancos Conta Aplicação 3.277.810 10,9% 2.683.191 9,4% 22,2%Real i záve lRea l i záve lRea l i záve lRea l i záve lRea l i záve l 218.617 218.617 218.617 218.617 218.617 0 , 7%0 ,7%0 ,7%0 ,7%0 ,7% 24.925 24.925 24.925 24.925 24.925 0 , 1%0 ,1%0 ,1%0 ,1%0 ,1% 777 ,1%777 ,1%777 ,1%777 ,1%777 ,1%Diversos Responsáveis 292 0,0% 10.150 0,0% -97,1%Cheques em Cobrança - 0,0% - 0,0% -100,0%Adiantamentos a Empregados 41.452 0,1% 8.942 0,0% 363,6%Conta corrente - Cota-parte - 0,0% - 0,0% 0,0%Eventos 161.174 0,5% - 0,0% 0,0%Outros Créditos - 0,0% - 0,0% 0,0%Convênios 15.699 0,1% 5.833 0,0% 169,1%Resultado PendenteResultado PendenteResultado PendenteResultado PendenteResultado Pendente 509.869 509.869 509.869 509.869 509.869 1 , 7%1 ,7%1 ,7%1 ,7%1 ,7% 511.389 511.389 511.389 511.389 511.389 1 , 8%1 ,8%1 ,8%1 ,8%1 ,8% -0 ,3%-0 ,3%-0 ,3%-0 ,3%-0 ,3%Depósitos/Processos Judiciais 478.947 1,6% 480.147 1,7% -0,2%Outros Valores 1.400 0,0% 1.400 0,0% 0,0%Despesas Antecipadas 29.522 0,1% 29.842 0,1% -1,1%PermanentePermanentePermanentePermanentePermanente 16.428.662 16.428.662 16.428.662 16.428.662 16.428.662 54 ,8%54 ,8%54 ,8%54 ,8%54 ,8% 16.226.044 16.226.044 16.226.044 16.226.044 16.226.044 56 ,7%56 ,7%56 ,7%56 ,7%56 ,7% 1 ,2%1 ,2%1 ,2%1 ,2%1 ,2%Bens Móveis 1.907.745 6,4% 1.761.461 6,2% 8,3%Bens Imóveis 3.541.682 11,8% 3.534.301 12,4% 0,2%Parcelamentos 761.896 2,5% 761.896 2,7% 100,0%Créditos em Dívida Ativa 10.119.847 33,7% 10.119.847 35,4% 100,0%Almoxarifado 89.915 0,3% 40.962 0,1% 119,5%Outros 7.577 0,0% 7.577 0,0% 0,0%Ativo Transi tór ioAt ivo Transi tór ioAt ivo Transi tór ioAt ivo Transi tór ioAt ivo Transi tór io 3 .473.442 3.473.442 3.473.442 3.473.442 3.473.442 11 ,6%11 ,6%11 ,6%11 ,6%11 ,6% 3 .447.279 3 .447.279 3 .447.279 3 .447.279 3 .447.279 12 ,0%12 ,0%12 ,0%12 ,0%12 ,0% 0 ,8%0 ,8%0 ,8%0 ,8%0 ,8%Exec. Orçamentária-Despesa 3.473.442 11,6% 3.447.279 12,0% 0,8%Contas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de Interferência - - - - - 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% - - - - - 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% 0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%Transferências Patrimoniais Ativas - 0,0% - 0,0% 0,0%Reflexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonial - - - - - 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% 46.559 46.559 46.559 46.559 46.559 0 , 2%0 ,2%0 ,2%0 ,2%0 ,2% -100 ,0%-100 ,0%-100 ,0%-100 ,0%-100 ,0%Dependente da Exec. Orçamentária - 0,0% 27.349 0,1% 0,0%Independente da Exec. Orçamentária - 0,0% 19.210 0,1% -100,0%Ativo CompensadoAt ivo CompensadoAt ivo CompensadoAt ivo CompensadoAt ivo Compensado 5.186.346 5.186.346 5.186.346 5.186.346 5.186.346 17 ,3%17 ,3%17 ,3%17 ,3%17 ,3% 5 .014.419 5 .014.419 5 .014.419 5 .014.419 5 .014.419 17 ,5%17 ,5%17 ,5%17 ,5%17 ,5% 3 ,4%3 ,4%3 ,4%3 ,4%3 ,4%Valores de Terceiros 5.186.346 17,3% 5.014.419 17,5% 3,4%Créditos - 0,0% - 0,0% 0,0%TOTALTOTALTOTALTOTALTOTAL 30.003.074 30.003.074 30.003.074 30.003.074 30.003.074 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 28.615.41928.615.41928.615.41928.615.41928.615.419 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 4 ,8%4 ,8%4 ,8%4 ,8%4 ,8%

PASSIVO 2006 AV 2005 AV AHF inance i roF inance i roF inance i roF inance i roF inance i ro 186.030 186.030 186.030 186.030 186.030 0 , 6%0 ,6%0 ,6%0 ,6%0 ,6% 120.798 120.798 120.798 120.798 120.798 0 , 4%0 ,4%0 ,4%0 ,4%0 ,4% 54 ,0%54 ,0%54 ,0%54 ,0%54 ,0%Restos a Pagar - 0,0% 5.223 0,0% -100,0%Depósitos de Divs. Origens - 0,0% - 0,0% 0,0%Consignações 30.574 0,1% 22.206 0,1% 37,7%Credores da Entidade 89.421 0,3% 2 0,0% 100,0%Entidades Públicas Credoras 66.035 0,2% 93.367 0,3% -29,3%Créditos de Terceiros - 0,0% - 0,0% 0,0%Resultado PendenteResultado PendenteResultado PendenteResultado PendenteResultado Pendente 870.589 870.589 870.589 870.589 870.589 2 , 9%2 ,9%2 ,9%2 ,9%2 ,9% 807.757 807.757 807.757 807.757 807.757 2 , 8%2 ,8%2 ,8%2 ,8%2 ,8% 7 ,8%7 ,8%7 ,8%7 ,8%7 ,8%Despesas de Pessoal a Pagar 123.831 0,4% 98.954 0,3% 25,1%Depósitos/Processos Judiciais 746.758 2,5% 708.803 2,5% 5,4%Despesas c/Conselheiros a Pagar - 0,0% - 0,0% 0,0%Passivo Transi tór ioPassivo Transi tór ioPassivo Transi tór ioPassivo Transi tór ioPassivo Transi tór io 5 .775.186 5.775.186 5.775.186 5.775.186 5.775.186 19 ,2%19 ,2%19 ,2%19 ,2%19 ,2% 5 .525.158 5 .525.158 5 .525.158 5 .525.158 5 .525.158 19 ,3%19 ,3%19 ,3%19 ,3%19 ,3% 4 ,5%4 ,5%4 ,5%4 ,5%4 ,5%Execução Orçamentária da Receita 5.775.186 19,2% 5.525.158 19,3% 4,5%Reflexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonial 38.336 38.336 38.336 38.336 38.336 0 , 1%0 ,1%0 ,1%0 ,1%0 ,1% 151.567 151.567 151.567 151.567 151.567 0 , 5%0 ,5%0 ,5%0 ,5%0 ,5% -74 ,7%-74 ,7%-74 ,7%-74 ,7%-74 ,7%Dependente da Exec. Orçamentária 38.187 0,1% 151.567 0,5% -74,8%Independente da Exec. Orçamentária 149 0,0% - 0,0% 0,0%Saldo Patr imonialSaldo Patr imonialSaldo Patr imonialSaldo Patr imonialSaldo Patr imonial 17.946.587 17.946.587 17.946.587 17.946.587 17.946.587 59 ,8%59 ,8%59 ,8%59 ,8%59 ,8% 16.995.720 16.995.720 16.995.720 16.995.720 16.995.720 59 ,4%59 ,4%59 ,4%59 ,4%59 ,4% 5 ,6%5 ,6%5 ,6%5 ,6%5 ,6%Patrimônio(Ativo Real Líquido) 17.946.587 59,8% 16.995.720 59,4% 5,6%Passivo CompensadoPassivo CompensadoPassivo CompensadoPassivo CompensadoPassivo Compensado 5.186.346 5.186.346 5.186.346 5.186.346 5.186.346 17 ,3%17 ,3%17 ,3%17 ,3%17 ,3% 5 .014.419 5 .014.419 5 .014.419 5 .014.419 5 .014.419 17 ,5%17 ,5%17 ,5%17 ,5%17 ,5% 3 ,4%3 ,4%3 ,4%3 ,4%3 ,4%Valores de Terceiros 5.186.346 17,3% 5.014.419 17,5% 3,4%Receitas a Realizar - 0,0% - 0,0% 0,0%TOTALTOTALTOTALTOTALTOTAL 30.003.074 30.003.074 30.003.074 30.003.074 30.003.074 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 28.615.419 28.615.419 28.615.419 28.615.419 28.615.419 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 4 ,8%4 ,8%4 ,8%4 ,8%4 ,8%

Demonstrativo de Resultado - Maio/2006 e Maio/20052006 AV 2005 AV AH

Recei tas BrutasRecei tas BrutasRecei tas BrutasRecei tas BrutasRecei tas Brutas 5 .681.528 5.681.528 5.681.528 5.681.528 5.681.528 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 5 .455.462 5 .455.462 5 .455.462 5 .455.462 5 .455.462 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 4 ,1%4 ,1%4 ,1%4 ,1%4 ,1%Receitas de Contribuições 5.224.949 92,0% 4.643.367 85,1% 12,5%Receitas de Serviços 90.470 1,6% 240.574 4,4% -62,4%Transferências Correntes - 0,0% - 0,0% 0,0%Outras Receitas Correntes 366.109 6,4% 571.521 10,5% -35,9%Receita OperacionalRecei ta OperacionalRecei ta OperacionalRecei ta OperacionalRecei ta Operacional 5 .681.528 5.681.528 5.681.528 5.681.528 5.681.528 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 5 .455.462 5 .455.462 5 .455.462 5 .455.462 5 .455.462 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 4 ,1%4 ,1%4 ,1%4 ,1%4 ,1%(-) Deduções da Receita 1.166.898 20,5% 1.117.412 20,5% 4,4%Cota-Parte 1.124.538 19,8% 1.078.670 19,8% 4,3%Fides 42.360 0,7% 38.742 0,7% 9,3%Receita Operacional L íquidaReceita Operacional L íquidaReceita Operacional L íquidaReceita Operacional L íquidaReceita Operacional L íquida 4 .514.630 4.514.630 4.514.630 4.514.630 4.514.630 79 ,5%79 ,5%79 ,5%79 ,5%79 ,5% 4 .338.050 4 .338.050 4 .338.050 4 .338.050 4 .338.050 79 ,5%79 ,5%79 ,5%79 ,5%79 ,5% 4 ,1%4 ,1%4 ,1%4 ,1%4 ,1%(-) Despesas Administrativas 2.293.944 40,4% 2.223.355 40,8% 3,2%Despesas com Pessoal 1.191.429 21,0% 1.043.122 19,1% 14,2%Material de Consumo 57.624 1,0% 94.343 1,7% -38,9%Serviços de Terceiros e Encargos 1.044.890 18,4% 1.085.890 19,9% -3,8%Diversas Despesas de Custeio - 0,0% - 0,0% 0,0%(+/-) Receitas/Despesas Financeiras 89.657 1,6% 69.696 1,3% 28,6%Receitas de Valores Mobiliários 89.657 1,6% 69.297 1,3% 29,4%Dividendos recebidos - 40,7% 399 0,0% 0,0%Resultado OperacionalResultado OperacionalResultado OperacionalResultado OperacionalResultado Operacional 2 .310.344 2.310.344 2.310.344 2.310.344 2.310.344 40 ,7%40 ,7%40 ,7%40 ,7%40 ,7% 2 .184.391 2 .184.391 2 .184.391 2 .184.391 2 .184.391 40 ,0%40 ,0%40 ,0%40 ,0%40 ,0% 5 ,8%5 ,8%5 ,8%5 ,8%5 ,8%Superávi t do Per íodoSuperávi t do Per íodoSuperávi t do Per íodoSuperávi t do Per íodoSuperávi t do Per íodo 2.310.344 2.310.344 2.310.344 2.310.344 2.310.344 40 ,7%40 ,7%40 ,7%40 ,7%40 ,7% 2 .184.391 2 .184.391 2 .184.391 2 .184.391 2 .184.391 40 ,0%40 ,0%40 ,0%40 ,0%40 ,0% 5 ,8%5 ,8%5 ,8%5 ,8%5 ,8%Obs.: Na DR não estão incluídas as receitas e despesas de capital.

Balancete Financeiro - Maio/2006 e Maio/2005R E C E I T A 2006 AV 2005 AV AHORÇAMENTÁRIAORÇAMENTÁRIAORÇAMENTÁRIAORÇAMENTÁRIAORÇAMENTÁRIA 647.177 647.177 647.177 647.177 647.177 12 ,3%12 ,3%12 ,3%12 ,3%12 ,3% 627.604 627.604 627.604 627.604 627.604 14 ,1%14 ,1%14 ,1%14 ,1%14 ,1% 3 ,1%3 ,1%3 ,1%3 ,1%3 ,1%Receitas Correntes 647.177 12,3% 627.604 14,4% 3,1%Receitas de Capital - 0,0% - 0,0% 0,0%EXTRA-ORÇAMENTÁRIA 315.354 6,0% 274.062 6,2% 15,1%Saldo do Mês Anter iorSaldo do Mês Anter iorSaldo do Mês Anter iorSaldo do Mês Anter iorSaldo do Mês Anter ior 4 .286.933 4.286.933 4.286.933 4.286.933 4.286.933 81 ,7%81 ,7%81 ,7%81 ,7%81 ,7% 3 .546.820 3 .546.820 3 .546.820 3 .546.820 3 .546.820 79 ,7%79 ,7%79 ,7%79 ,7%79 ,7% 20 ,9%20 ,9%20 ,9%20 ,9%20 ,9%TOTALTOTALTOTALTOTALTOTAL 5.249.463 5.249.463 5.249.463 5.249.463 5.249.463 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 4 .448.486 4 .448.486 4 .448.486 4 .448.486 4 .448.486 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 18 ,0%18 ,0%18 ,0%18 ,0%18 ,0%D E S P E S A 2006 AV 2005 AV AHORÇAMENTÁRIAORÇAMENTÁRIAORÇAMENTÁRIAORÇAMENTÁRIAORÇAMENTÁRIA 661.046 661.046 661.046 661.046 661.046 12 ,6%12 ,6%12 ,6%12 ,6%12 ,6% 841.042 841.042 841.042 841.042 841.042 18 ,9%18 ,9%18 ,9%18 ,9%18 ,9% -21 ,4%-21 ,4%-21 ,4%-21 ,4%-21 ,4%Despesas Correntes 652.994 12,4% 759.263 17,1% -14,0%Despesas de Capital 8.052 0,2% 81.779 1,8% -90,2%EXTRA-ORÇAMENTÁRIA 402.278 7,7% 262.639 5,9% 53,2%Saldo para o Mês SeguinteSaldo para o Mês SeguinteSaldo para o Mês SeguinteSaldo para o Mês SeguinteSaldo para o Mês Seguinte 4 .186.139 4.186.139 4.186.139 4.186.139 4.186.139 79 ,7%79 ,7%79 ,7%79 ,7%79 ,7% 3 .344.805 3 .344.805 3 .344.805 3 .344.805 3 .344.805 75 ,2%75 ,2%75 ,2%75 ,2%75 ,2% 25 ,2%25 ,2%25 ,2%25 ,2%25 ,2%TOTALTOTALTOTALTOTALTOTAL 5.249.463 5.249.463 5.249.463 5.249.463 5.249.463 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 4 .448.486 4 .448.486 4 .448.486 4 .448.486 4 .448.486 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 18 ,0%18 ,0%18 ,0%18 ,0%18 ,0%

Superávit/Déficit Orçamentário - Maio/2006 e Maio/2005DESCRIÇÃO 2006 AV 2005 AV AHReceitas Correntes 647.177 100,0% 627.604 100,0% 3,1%Receitas de Capital - 0,0% - 0,0% 0,0%Subtota lSubtota lSubtota lSubtota lSubtota l 647.177 647.177 647.177 647.177 647.177 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 627.604 627.604 627.604 627.604 627.604 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 3 ,1%3 ,1%3 ,1%3 ,1%3 ,1%Despesas Correntes 652.994 98,8% 759.263 90,3% -14,0%Despesas de Capital 8.052 1,2% 81.779 9,7% -90,2%Subtota lSubtota lSubtota lSubtota lSubtota l 661.046 661.046 661.046 661.046 661.046 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 841.042 841.042 841.042 841.042 841.042 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% -21 ,4%-21 ,4%-21 ,4%-21 ,4%-21 ,4%Superávi t apuradoSuperávi t apuradoSuperávi t apuradoSuperávi t apuradoSuperávi t apurado (13.870) (13.870) (13.870) (13.870) (13.870) ----- (213.438) (213.438) (213.438) (213.438) (213.438) ----- -93 ,5%-93 ,5%-93 ,5%-93 ,5%-93 ,5%

Balancete para verificação – Maio/2006 e Maio/2005

Contador PAULO CEZAR CONSENTINO DOS SANTOS – Presidente do CRCMGContador ÉDSON DE SOUZA ROCHA – Vice-presidente de Controle InternoContador MAURO BENEDITO PRIMEIRO – Gerente Financeiro – CRCMG 54.453 – CPF 682.100.946-53Câmara de Controle Interno: Marco Aurélio Cunha de Almeida, Agnaldo Corrêa da Silva e Mário Césarde Magalhães Mateus

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JULHO / AGOSTO 2006 JORNAL DO CRCMG 13

Afinal, para que serve a CRP –Certidão de Regularidade Profis-sional? Geralmente, os profissio-nais têm um conceito ou umadefinição limitada do documen-to e não visualizam sua real im-portância.

A CRP, tanto da organizaçãocontábil quanto do contabilista,está fundamentada na Resolu-ção CFC nº 899/01 e comprova,a princípio, a regularidade da si-tuação do escritório e do profis-sional no Conselho de Contabili-dade em que estão inscritos.

Analisando-se mais, pode-sedizer que a Certidão atesta a re-gularidade e informa aosolicitante que quem a emitiu –escritório ou profissional – cum-pre todas as exigências legais eformais para exercer suas ativi-dades, estando legalmente aptoa prestar os serviços contratados.

A CRP garante a credibilidade,eficiência e eficácia dos traba-lhos apresentados pelo fornece-dor dos serviços, dando ao clien-te uma maior segurança. Alémdisso, o documento se caracteri-za como uma importante ferra-menta de marketing empresari-al, apesar de não ser muito utili-zada e tampouco divulgada demaneira adequada.

Atualmente, a Certidão tem

Lançamento de livroO CRCMG, por intermédio

de seu projeto de capacitaçãotécnico-cultural Café com oContabilista, fará no dia 22 desetembro, às 8h30, o lançamen-to do livro Laudo Contábil ePerícia Judicial, de autoria domestre em contabilidade Mar-co Antônio Amaral Pires. Apoi-ado pelo CRCMG, o livro tam-bém é fruto da ação direta deseu Grupo de Trabalho de Perí-cia que vem promovendo ebuscando meios para acapacitação dos contadores doEstado de Minas Gerais. A oca-sião, além da presença do au-tor que estará autografando aobra, contará com palestra detema pertinente, dentro dasatividades do Café com o Con-tabilista. Para participar, bastaconfirmar presença pelos tele-fones: (31) 3269-8421 / 8422/ 8424 / 8443 / 8455.

Controle Interno

sido muito exigida em editais deconcursos públicos, licitações econcorrências. Vem sendo utiliza-da também por escritórios e pro-fissionais que querem ou preci-sam comprovar, a terceiros e àsociedade, informações sobrea regularidade de suasituação perante sua entidade declasse.

Sendo assim, a CRP é um ins-trumento importante nasensibilização das empresas, en-tidades privadas e governamen-tais e para qualquer interessadoque necessite de certa segurançae garantia nos serviços profissio-nais, ou para atestar o cumpri-mento regular de uma obrigação.

O uso dos equipamentos tec-nológicos propicia grande como-didade, agilidade e um menorcusto na emissão de certidões ecertificados, uma vez que o aces-so pela Internet está ao alcancede toda a população.

Sempre que possível, o conta-bilista deverá utilizar-se da Certi-dão de Regularidade Profissionalcomo forma de demonstração dosserviços oferecidos e dos prová-veis resultados esperados pelocliente. Esse é um hábito que de-vemos cultivar e uma obrigaçãopara com o cliente.

Gerência Financeira do CRCMG.

EM DIACertidão de RegularidadeProfissional – para que serve?

ISO 9001 : 2000 – Meta éa ampliação do escopo

Objetivando a manutenção do Siste-ma de Gestão da Qualidade, o CRCMG,através de seus funcionários e gerentes,continua seu trabalho na busca da exce-lência na prestação de serviços aos pro-fissionais da contabilidade. A meta ago-ra é aumentar o escopo da certificação.Com esse intuito, as gerências financeirae de desenvolvimento profissional, as-sim como a assessoria de comunicaçãodo CRCMG, estão procedimentando suasatividades para que, até o final do ano,esses setores sejam também certifica-dos. É o CRCMG se preocupando com oatendimento de qualidade e a excelên-cia dos serviços que presta à classe.

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14 JORNAL DO CRCMG JULHO / AGOSTO 2006

Delegacias e Escritórios Regionais

Autoridades governamentais deGovernador Valadares e Minas Ge-rais fizeram questão de convidaros contabilistas da cidade para umcoquetel na Sociedade RecreativaFiladélfia. Na ocasião, foi demons-trada a importância da classe para odesenvolvimento econômico e so-cial.

Foi ministrada palestra relativaaos assuntos e servido coquetel, oque contribuiu para o entrosamentoe confraternização dos contabilis-tas, profissionais de extrema impor-tância para todos os setores econô-micos.

Contadores de GovernadorValadares em alta

Salinas“Fazendo analogia comparativa,

uma empresa pode ser comparadaa uma árvore, onde seus troncos,galhos e folhas, que são as partesvisíveis, representam os ativos fi-nanceiros.”

Esse é o pensamento do delega-do seccional do CRCMG em Salinas,Orlando Coelho, que há 17 anosconstituiu a Contabilijan, que vemservindo como bússola aos empre-sários de tão progressista cidade.

Novos delegadosComunicamos que as delegacias dePoços de Caldas, Ponte Nova e Lavrastêm à frente, respectivamente, os pro-fissionais Cláudio José Ferreira,Markirlston Fialho de Oliveira eLuciano Diniz Alvarenga. Fique atentoaos endereços:

DELEGACIA DE POÇOS DE CALDASRua Divisa Nova, 39 - Santa Maria -Cep 37701-299Tels: (35) 3722-2785 / [email protected]

DELEGACIA DE PONTE NOVAAv. Dr. Otávio Soares, 41 / Sala 300 -Palmeiras - Cep 35430-229Tels: (31) 3817-4293 / 3817-5485Fax: [email protected]

DELEGACIA DE LAVRASAv. Padre Dehon, 117 - Centro- Cep 37200-000Tel: (35) 3821-4944Fax: (35) [email protected]

PrenúnciosJosé Marçal de Souza Ramos*

Paira no ar um clima de Esperança...De se ver o fim da corrupção generalizadaDe se poder viver com dignidade.De se poder ir e vir sem ser reprimido

nas manifestações de um idealse poder constituir família, sem medo,

sem fome e viver com o mínimode condições de educação, saúde,

habitação e respeito humano.Esperança de não ser apenas Massa,

mas parte do todo que pode construir,produzir...Esperança, de não se ver aplicadas

medidas repressivas ou de extermíniomas sim ver-se a busca incansável de

meios e recursos na construção doHomem.Esperança, de não se ver mais nos

poderosos o desejo de continuarmentindo,

espoliando, com pretextos apenas desatisfação pessoal.

Esperança, de não se ver mais nospolíticos a imagem do desonesto, domentiroso, do protetor que pregasoluções sem contudo realizá-las.

Esperança, de, sejam quantos forem ospartidos, que haja um só pensamento

de progresso, de amor, de fé e deconstrução de um Brasil melhor...

Esperança, de se ver novamente aprática do civismo, de se ouvir todos

cantando o Hino Nacional, com respeito,com amor e emoção.

Esperança, de se educar, educando... dese plantar, plantando...

Esperança de se ver o Homem pelo queele é, e não pelo que ele tem,respeitadas suas individualidades econceitos, suas capacidades, suasrazões próprias do Ser...

Esperança, de se cantar, cantando...Esperança de que, enquanto tudo isso

não se realize, continue a esperançade que vai acontecer.

Esperança, enfim, de se ter e dar a vida.

* Contabilista.

Delegado do CRCMG em Gov. Valadares (segundo à direita) participa de coquetel

NotaComunicamos, com muito pe-sar, o falecimento do ex-delega-do seccional em Ponte Nova,Francisco Caríssimo Júnior, umprofissional que durante anosenalteceu a classe contábil emerece toda a nossa gratidãopelos relevantes serviços presta-dos à sociedade.

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JULHO / AGOSTO 2006 JORNAL DO CRCMG 15

Como é do conhecimento de todoprofissional da contabilidade, a escri-turação contábil é obrigatória, sendoque o novo Código Civil impingiumaior responsabilidade aos contabi-listas, desde que entrou em vigor noano de 2001. Além de responsáveispelos atos culposos perante os em-presários, os profissionais tambémpassaram a responder solidariamen-te pelos atos dolosos perante tercei-ros.

Escriturar os livros garante umasérie de vantagens que resguardamos profissionais de possíveis doresde cabeça. Entre outros benefícios,pode-se destacar que a escrituraçãocontábil: propicia maior controle fi-nanceiro e econômico à entidade;demonstra, de forma simples e emjuízo, provas que podem ser atesta-das por meio de perícia; evidencia asreais falências sujeitando os sóciosou titulares às penalidades da lei; efacilita o acesso a linhas de crédito.

O presidente da Câmara de Fisca-lização e de Ética e Disciplina doCRCMG, Edivaldo Duarte de Freitas,alerta para algumas polêmicas quesurgiram em relação à desobri-

Fiscalização

Importância da Escrituração Contábilgatoriedade da escrituração em em-presas optantes pelo Simples e nasinseridas em lucro presumido. “Todaempresa é obrigada, por lei, a seguirum sistema de contabilidade, a levan-tar anualmente o balanço patrimoniale seu resultado econômico. Sem aescrituração do livro diário, fica im-possível requerer uma recuperaçãojudicial se, porventura, houver neces-sidade. Portanto, é de extrema impor-tância que ela seja feita, mesmo noscasos de empresas enquadradas noSimples e Lucro Presumido”, alerta.

Ele ressalta, ainda, que é no livrodiário que ficam registrados os bens,os direitos e as obrigações. Sem talregistro, é impossível a constatação.“A escrituração contábil é importantetambém nos casos de dissolução desociedade e naqueles em que se ne-cessita de uma auditoria ou períciacontábil”, acrescenta.

Edivaldo de Freitas salienta que aescrituração contábil é a única manei-ra certa e segura que o contabilistatem para se resguardar de possíveisprocessos judiciais, não devendo, emhipótese alguma, deixar a prática delado.

Embasamento legal:

· Art. 1.179 da Lei 10.406/02 – Novo Código Civil

· Art. 177 da Lei 6.404/76

· Decreto–Lei 486/69, § 1º

· NBC T.2.1 aprovada pela Resolução CFC 563/83

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Entrevista: Alexandre Garcia

16 JORNAL DO CRCMG JULHO / AGOSTO 2006

Alexandre Eggers Garcia é jornalista classifica-do em primeiro lugar em todo o curso, na PUC/RS, onde foi presidente de centro acadêmico edepois lecionou. Foi correspondente no exte-rior pelo Jornal do Brasil e depois subsecretá-rio de imprensa da Presidência da Repúblicapor 18 meses. Cobriu três guerras e recebeu daRainha Elisabeth II a Ordem do Império Britâ-nico. Agraciado com 14 condecorações nacio-nais. Recebeu o Prêmio Volvo de Segurança deTrânsito. Em 1997, o Poder Legislativo outor-gou-lhe o título de Cidadão de Brasília. Foitambém diretor da TV Manchete e diretor dejornalismo da TV Globo em Brasília.É repórter especial, comentarista e apresenta-dor do Jornal Nacional, Bom Dia Brasil e GloboRepórter e possui programa semanal na GloboNews. Apresenta e coordena o noticiário domeio-dia da TV Globo Brasília. Escreve paraduas revistas mensais e mantém coluna sema-nal em 43 jornais. Além disso, tem comentári-os diários em 103 emissoras de rádio. Autor deJoão Presidente e Nos Bastidores da Notícia,que vendeu mais de 50 mil exemplares e estána 11ª edição.Em entrevista ao Jornal do CRCMG, AlexandreGarcia aborda a conjuntura nacional, as mu-danças necessárias e perspectivas e faz umacrítica à falta de controle das contas públicas,à corrupção e às altas cargas tributárias.

Jornal do CRCMG – Estamos em um ano eleito-ral. Você nota alguma mudança de postura doseleitores? Como vê as próximas eleições?Alexandre Garcia – Os eleitores estão mudandonesses últimos 18 anos – desde as eleiçõesmunicipais de 1988 – pela maior quantidade deinformação recebida e também por causa da urnaeletrônica, que lhes dá mais independência esigilo no voto. Mas ainda falta muito. Afinal, essebando de sanguessugas e mensaleiros recebeuprocuração e poder dos eleitores.

Qual a sua opinião sobre as questões do caixadois nas campanhas eleitorais. Como isso po-deria ser evitado e como vê o papel do conta-dor nesse contexto?O fim da hiperinflação valorizou o papel docontador. Com a estabilidade da moeda, há tem-po para tratar das contas e não pensar apenas emsobreviver à inflação. Se fôssemos sérios real-mente, os orçamentos de campanha fornecidos àJustiça eleitoral seriam cumpridos e contadoresadministrariam as receitas e despesas das cam-panhas. Mas isso está ainda longe de acontecer,porque daria ao processo uma transparência quenão interessa aos que precisam de recursos semolhar meios e origem.

“Membros de tribunais de contas nomeados por governosnão têm isenção para julgar as contas de seus ‘padrinhos’ ”

O Brasil teve, no passado, o cargo federal daContadoria Pública, extinto no governo CaféFilho. Isso eliminou um importante meio decontrole de contas públicas. Por que a conta-bilidade encontra tão pouco espaço na cober-tura da mídia e questões como a participaçãomais efetiva do contador público no controledas contas públicas não são abordadas?Talvez porque ainda seja um assunto restrito ehermético. O jornalista não sabe sequer o que é“contabilizar” – tanto que usa o termo comosinônimo de “soma”. Como se ouve e lê a frase“foram contabilizados 24 mortos” ou “houve umsaldo de 17 mortos” – e outras bobagens. Talvezfalte conquistar a mídia para a idéia de que ocontador público é agente de transparência ehonestidade nas contas com o dinheiro dopúblico.

Por que, na sua opinião, questões importantespara o país, como a aprovação do projeto de leique cria a Lei Geral da Micro e Pequena Empre-sa, ficam em segundo plano na mídia?Não concordo. O assunto tem sido uma constan-te nas coberturas e discussões dessa questão.

Os Tribunais de Contas dos Estados continuamsendo formados através de indicações políti-cas dos governadores e AssembléiasLegislativas. Isso prejudica o controle das con-tas públicas de estados e municípios, porqueelimina o rigor técnico nas avaliações das

prestações de contas. Qual a sua opinião so-bre o assunto? (O CRCMG lançou uma campa-nha pela indicação de contabilistas para ocargo de conselheiros dos tribunais de contasde todo o país).Totalmente de acordo com a proposta do CRCMG.Membros de tribunais de contas nomeados porgovernos não têm isenção para julgar as contasde seus “padrinhos”.

Quais instrumentos de controle público o Es-tado deveria ter para ficar imune à corrupção?Em princípio, é preciso reconhecer a falência dasinstituições. Elas precisam ser reformadas, todas.Em todos os níveis e poderes. Uma controladoriageral deveria ter poderes amplos com garantia depunição e independência de ação, sempre queenvolvesse dinheiro do povo.

A carga tributária brasileira tem se apresenta-do como um dos entraves para o desenvolvi-mento do país. Qual o impacto desses eleva-dos índices na economia?O Brasil não pode nem se abrir para o mundo,porque os outros países têm menor carga tribu-tária e não agüentaríamos a concorrência. Assim,já começa um círculo vicioso, gerado pelo exces-so de carga tributária, por sua vez conseqüênciado excesso de gastos correntes do estado. O ônusfiscal e burocrático achata o Brasil, que cresce aduras penas, mas não consegue se desenvolver,porque há uma massa de milhões, carente deassistência. O mundo em desenvolvimento, maisleve, cresce e se desenvolve, enquanto o Brasilfica para trás. Houve tempo em que éramosinfinitamente mais fortes economicamente que aCoréia do Sul e a Alemanha, há apenas 55 anos.Hoje, somos um país de corruptos, traficantes,exportadores de prostitutas, pouco civilizado, comleis que oprimem a economia e aliviam os crimi-nosos.

Qual mudança é mais urgente para que o paíscaminhe para o primeiro mundo?Uma revolução na Educação.

Você participará do I Fórum Nacional de Ges-tão e Contabilidade Públicas. O que os partici-pantes podem esperar de sua palestra e qualsua reflexão sobre o tema?A idéia é analisarmos a situação do nosso país;quais as influências dos últimos anos e por quemudanças passamos depois que acabou ahiperinflação. E estimular o pensamento sobre onosso futuro. Vou abordar a situação dos partici-pantes desse jogo: o consumidor, o eleitor, ocontribuinte, o empresário, o político, o povo emgeral.