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DIBKTOUES Dr. João Ribas Ramos, Almiro Lastosa Teixeira de Freitas CORREiO LAG EANO SEMANARIO Sabado MAIO DE 1942 ANO— III 134 Sta. Catarina Redação e oficinas: rua Quintino Bocaiuva, n. 14 Lag*es Integra da mensagem do presidente Getuíío Vargas aos trabalha- dores brasileiros, lida pelo sr. Marcondes Filho no Campo do Vasco RIO 2, (Meridional) — Em consequência do ligeiro aciden- te que sofreu no carro oficial era que viajava de Petropolis para o Palácio Guanabara, pri- vando-o assim de comparecer pessoalmente á grande concen- tração civico-esportiva do esta-1 dio do Vasco da Oama, o pre-1 sidente Getulio Vargas autori- zou o ministro Marcondes Fi- lho a dizer o seu discurso, cu- ja integra é a seguinte: «Antes de falar-vos sôbre as coisas publicas e transmitir-vos a palavra do governo, quero agradecer as expressões de ca- rinho, solidariedade e simpatia que me chegaram de todos os pontos do país, partidas das mais variadas camadas da pc< pulação no dia 19 de abril. AGRADECIMENTO Afastado do meu posto habi- tual de trabalho, num recanto tranquilo da terra brasileira ou vi comovido o eco das mani- festações. Tocaram-me particu- larmente as demonstrações da juventude e os donativos feitos para obras sociais, como as da Cruz Vermelha Brasileira, recebi os e interpretei-os como conforto, e estimulo e aprova- ção á política que vimos se guindo nos assuntos internos e externos em que a prudência não exclue a segurança, nem a serenidade afasta a energia. Confessando-vos a minha grati - dão, brasileiros e amigos do Brasil, reasseguro-vos que em quaisquer circunstancias, como chefe ou como soldado estarei sempre convosco na defesa das grandes causas nacionais, na primeira linha dos combatentes, pronto a tudo' dar pela pátria, sem limite de esforço e de de- dicação no dever de servir. Trabalhadores do Brasil: Este Primeiro de Maio, em que celebramos mais uma vez em perfeita comunhão os esfor- ços realizados pelo engrandeci- mento da pátria tem, para nós, significado especial cheio de grandiosidade e de esperanças. Escolhi precisamente o «Dia do Trabalho» — o Dia do Operá- rio — para fixar a nossa exata posição em face dos aconteci- mentos mundiais e indicar o rumo a seguir no interesse da defesa e do progresso nacional. As acusações ao Brasil Jornais e rádios europeus >cusam-nos de fazer guerra pri - vada aos países do «eixo», con- fiscando-lhes bens de Estado e particulares, submetendo-lhes os •ubditos a restrições de liberda- ?*!.e rematam tais alegações feitas evidentemente de má com alusões e ameaças a um futuro ajuste de contas. As acusações ninguém no país ou fora dele o ignora, ba- seiam-se em deformações de fa - tos e adulterações de intenções, pois, a verdade, é bem outra. A nossa declaração de soli- dariedade ao povo norte-ameri - cano, a quem nos liga secular amizade, e a consequente rup- tura de relações diplomáticas com os paises que o arrasta- ram á guerra, era um imperati- vo de obrigação solenemente assumida em tratados e convê- nios e da aplicação de princí- pios de unidade política conti- nental sempre afirmados ei ntran- sigentemente defendidos pelo Brasil. Ao definirmos porém es- sa atitude, timbramos em expri- mir o decidido propósito de continuar em paz com todo o nundo, ressalvada a hipótese de sermos agredidos. Ataques á navegação Apesar de tão leal e compre- ensível procedimento, ao nave- garem em rotas livres e distan- tes das zonas de bloqueio fo- ram postos a pique vapores nacionais, com o desconheci- mento das normas de direito internacional e sacrifícios de bens e de preciosas vidas bra- sileiras. Aos ataques no mar, sucederam-se fronteiras a den- tro, tentativas de articulação com intenções subversivas e po- sitivaram-se as atividade de es- pionagem, exercida por indiví- duos a soldo das nações que nos acusam. A violência e á felonia res- pondemos por forma bem di- versa da usada alhures. Não houve confiscos, não houve fu- zilamentos, apenas reservamos parte reduzida dos haveres des- ses Estados e dos seus nacio- nais em nosso território, para garantir indenizações devidas e fizemos recolher a uma ilha flo- rida a baia da Ouanabara os agentes secretos que ameaça- vam a nossa e a segurança dos paises americanos. Equivocam-se portanto os que nos imputam atos de guerra. Não são atos de guerra repelir ofensas, acautelar-se de prejuízos e privar espiões da faculdade de nos serem nocivos. Não nos preocupam, pois, as ameaças. Nada devemos e Deus sabe com quem terão de ajustar contas os homens e as nações pelas faltas ou crimes que praticarem. A nossa campanha desde muito encetada é outra e aqui estou para concitar vos a am-i pliá-la, aumentar-lhe o ritmo e| a extensão. A conflagração avassala to- das as terras, todos os mares e todos os céus e exige dos po- vos — beligerantes ou não — resoluções prontas e energicas. Ninguém a ela se pode furtar por completo. Por isso mesmo cada um deve aceitar o seu se- tor na luta de acordo com as suas circunstancias e as pró- prias possibilidades. O nosso é o da produção. O exército, sois vós, obreiros do Brasil. E o objetivo a alcançar e a liberta- ção completa do país dos rt- tardamentos, fraquezas e depen- dências do passado. Nos anos últimos, com tena- cidade digna de admiração pele- jamos e vencemos batalhas me- moráveis. O que existia igno- rado mas suscetível de explo- ração no solo e no sub-solo está conhecido, estudado e pre- parado para a mobilização in- dustrial. Derrotamos os t, pessi- mistas do carvão, os negadores de petroleo, os descrentes f do ferro, arrancamos grandes áreas agrícolas do jugo da monocul- tura, valorizamos o homem, o seu labor produtivo e retoma - mos em nivel superior de té- cnica agraria o trato das indus- trias extrativas. A tarefa atual No momento, a nossa tarefa nas lavouras, nas manufaturas, nas minas e nos estaleiros é, preencher os claros da impor- tação e fabricar em quantidades exportáveis o que apenas bas- tava ao consumo interno. A pa- lavra de ordem a que devemos obedecer é produzir, produzir sem desfalecimento, produzir cada vez mais. O máximo que se obtiver da terra e das maquinas, não será excessivo. Nem os brasileiros nem as nações amigas e vizi- nhas devem sofrer restrições resultantes da guerra e da ca- rência de transportes. Os transportes constituem aliás o ponto fundamental da nossa campanha. Si foi nas ro- tas marítimas que primeiro se fizeram sentir as hostilidades contra nós aí devemos atuar com maior vigor. Descendentes de navegantes, possuindo um extenso e rico litoral que nos afez ás lides do mar, não nos entibiam dificuldades momentâ- neas. O heroísmo e o denodo dos nossos marinheiros garan- tem a normalidade da vida bra- sileira através dos caminhos oceânicos. E’ nosso dever levar a toda a América o auxilio necessário mia-se se aproveitassem os tra- e trazer para os portos do Bra-J balhadores o dia que lhes é sil quanto reclama a marcha re- consagrado, para reivindicar di- gular das industrias e o aperlei-1 reitos. O Estado Nacional aten- çoamento dos meios de defesa, i deu-lhes as justas aspirações. A data passou então a ser CertOS da vitoria comemorada com júbilo e a fraternidade que emprestam es- Congregados os recursos, o plendor a esta festa, na qual trabalho, a produção e o trans-'os soldados das forças arma- porte, estaremos certos da v itó -! das, cuja sagrada missão é man - ha e, passado o temporal, en- ter a ordem e defender a inte- contrar-nos-á a paz mais vigo- gridade do solo pátrio, reunem- rosa de que nunca. | se aos operários, soldados das Não nos enganemos. O mun- forças construtivas do nosso do já não reconhece o direito progresso, de viver aos fracos, aos iner-; Soldados, afinal, somos todes mes, aos desamparados, princi— a serviço do Brasil e é nosso palmente se possuem riquezas ! dever enfrentar a gravidade da fáceis de mobilizar e matérias I hora presente para merecermos primas indispensáveis á paz e 1que as gerações vindouras lem- guerra. E’ preciso, pois, para j brem-se de nós com orgulho, preservar a América da cobi-j ça dos conquistadores, torna-la autonoma, cercando-a de inex- pugnável muralha de resistên- cia economico e que só o tra- balho conjugado dos seus po- vos o conseguirá. Cumpre-nos assim, executar com fé e cora- gem a parte que nos toca nesse programa gigantesco. A política trabalhista do meu porque trabalhamos cheios de fé, sem duvidar um só momen- to do destino imortal da Pátria Brasileira.» Companhia Iracema de Alencar Manoel Pera Conforme estava anuncia- governo tem sido invariável nojdo, realisou-se no dia 5 do sentido de estabelecer a harmo- nia eníre os fatores da produ- ção, base do equilíbrio social e fundamento do progresso hu- mano. A nossa organização pe- correme o primeiro espetá- culo da grande Companhia Iracema de Alencar-Manoel Pera. Anciosamente espera- instituiram o trabalho escravo. A funçãc do Estado O Estado, entre nós, exerce a função de juiz nas relações entre empregados e empregado- res, porque corrige excessos, evita os choques e distribue equitativamente as vantagens. Assiste-lhes, por Isso mesmo, o direito de solicitar o concurso das vossas energias, a dedica- ção completa dos vossos es- forços. Nesta emergencia, deve cada homem conservar o seu posto sem pensar em si pro- prio, sem pensar na família, sem pensar nos bens. Em mo- mentos supremos, os riscos não se contam porque é preferivel perder a vida a perder as ra- zões de-viver. Trabalhadores: Antes do atual regime, a a- proximação do Primeiro de Maio era motivo de apreensões e sobressaltos, reforçavam-se as patrulhas de policia, recolhiam- se as tropas aos quartéis, na culiar afasta-se igualmente do da a estréa deste consagra erro dos regimes do liberalismo do conjunto de artistas do individualista, que legalizam a Teatro Nacional, como era Sre.ve < ".omo eíemenio solucio- j prever 0bteve pleno exi- nador de conflitos e dos esta- , K > r tutos de natureza totalitaria que í eníre n<^5> contirmando, assim, o justo renome obti- do nos grandes centros do paiz. A peça da estréa foi a comedia de Viriato Correia — «Carneiro de Batalhão», seguindo-se, no dia õ, a al- ta-comedia de Paulo Maga- lhães — «Feia», e nos dias imediatos, quinta e sexta- feira, «O Trunfo é Paus» e «Querra dos Deuses». Por absoluta falta de es- paço, reservamos para o pró- ximo numero um comentá- rio mais detalhado sobre a brilhante temporada teatral que nos está sendo propor- cionada pela Companhia Ira- cema ile Alencar-Manoel Pera e pela esforçada empresa do nosso Teatro. Para hojr, está anunciada a come- dia em 8 atos — O Divorcio doAua cleto. Amanhã, domingo, haverá duos sessOes teatrais: ás 3,80 horas. Vespe- ral popular, com uma comedia em 8 atos. A’s 8 Horas, em récita extraor- dinária, será apresentada a belíssima, alta-comedia de Eurloo Silva — • A expectativa de desordens. Te- 1Felioidade Pode Esperar». ACERVO: BIBLIOTECA PÚBLICA DE SANTA CATARINA Digitalizado pelo Instituto José Paschoal Baggio - Contrato FCC nº0151/2016

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Page 1: CORREiO - Santa Catarinahemeroteca.ciasc.sc.gov.br/correiolageano/1942/ED... · tração civico-esportiva do esta-1 dio do Vasco da Oama, o pre-1. pois, a verdade, é bem outra. sidente

DIBKTOUES

Dr. João Ribas Ramos,Almiro Lastosa Teixeira de FreitasCORREiO LAG EANO SEMANARIO

SabadoMAIO DE 1942

ANO— III N° 134

Sta. Catarina Redação e oficinas: rua Quintino Bocaiuva, n. 14 Lag*esIntegra da mensagem do presidente Getuíío Vargas aos trabalha­dores brasileiros, lida pelo sr. Marcondes Filho no Campo do Vasco

R IO 2 , (M e r id io n a l) — E m consequência do lig e iro a c id e n ­te que so freu no carro ofic ia l era que v ia java de P e tropo lis para o P a lác io G u a n a b a ra , p r i­van d o -o assim de com p arecer pessoalm ente á g ran d e co n c en ­tração c iv ico -esp o rtiva d o e s ta -1 d io do V a sco da O a m a , o p r e - 1 sidente G e tu lio V a rg a s a u to ri­zou o m in is tro M arc o n d e s F i­lho a d ize r o seu d iscurso, cu ­ja in tegra é a seguinte:

«Antes de fa la r-v o s sôbre as coisas pub licas e tra n sm itir-vo s a palavra d o g o ve rn o , qu ero agradecer as expressões de ca ­rinho, s o lid aried ad e e sim patia que me c h eg aram de to d o s os pontos d o país, partidas das mais variadas cam adas da pc< pulação no d ia 19 de a b r il.

A G R A D E C IM E N T O

A fastado do m eu posto h a b i­tual de tra b a lh o , n u m recanto tranqu ilo da terra b ras ile ira ou vi co m o v id o o eco das m a n i­festações. T o c a ra m -m e p a r t ic u ­larm ente as dem onstrações da ju ven tu d e e os d o n ativo s feitos para o b ras sociais, c o m o as da C ru z V e rm e lh a Brasileira, recebi os e in terpre te i-os co m o c o n fo rto , e es tim u lo e a p ro va ­ção á p o lítica qu e v im os se g u in d o nos assuntos in ternos e externos em que a prudência não exclue a segurança, nem a serenidade afasta a energ ia . C onfessan do-vos a m in h a g ra ti­dão, b ras ile iro s e am ig o s do Brasil, reasseguro-vos que em quaisquer c ircunstanc ias , co m o chefe ou c o m o s o ld a d o estarei sem pre co n vo sco na defesa das grandes causas n acio nais , na prim eira lin h a dos com batentes, pronto a tudo ' d a r pela pátria , sem lim ite de esforço e de d e ­dicação no d ever de serv ir.

T rab a lh ad o res do Brasil:Este P r im e iro de M a io , em

que ce lebram os m ais um a vez em perfe ita c o m u n h ã o os esfor­ços rea lizados p e lo e n g ra n d ec i- m ento da pátria tem , p ara nós, sign ificado especial c h e io de grand iosid ade e de esperanças. Escolhi precisam ente o «D ia do T rab a lh o » — o D ia do O p e rá ­rio — para fix a r a nossa exata posição em face dos acon tec i­m entos m u n d ia is e in d ic ar o rum o a segu ir no interesse da defesa e d o progresso n acio nal.

As acusações ao BrasilJornais e rád ios europeus

>cusam -nos de fazer g u erra p r i­vada aos países d o «e ixo» , c o n ­fiscando-lhes bens d e Estado e particulares, s u b m e te n d o -lh e s os •ubditos a restrições d e lib e rd a -

? * ! .e re m atam tais alegações feitas ev iden tem ente de m á fé com alusões e am eaças a um fu tu ro ajuste de contas.

As acusações n in g u ém no país ou fora dele o ig n o ra , ba- seiam -se em defo rm açõ es de fa ­tos e adulterações de intenções, pois, a verdade, é bem outra.

A nossa declaração de so li­d aried ad e ao p o v o no rte -am eri­cano , a quem nos lig a secular am izade , e a consequente ru p ­tura de relações d ip lom áticas com os paises que o a rra s ta ­ram á gu erra , era um im p e ra ti­vo de o b rig ação solenem ente assum ida em tratados e co n v ê­nios e da ap licação de p r in c í­pios de un idade p o lítica conti­nental sem pre a firm ad o s ei n tran - sigen tem ente defen d idos pelo Brasil. A o defin irm os porém es­sa a titu de , tim b ram o s em e x p r i­m ir o d e c id id o propósito de co n tin u ar em paz com to d o o n u n d o , ressalvada a hipótese

de serm os agred idos.

Ataques á navegaçãoA pesar de tão leal e co m p re ­

ensível p ro ced im en to , ao nave­garem em rotas livres e d is ta n ­tes das zonas de b lo q u e io fo ­ram postos a p iqu e vapores nacionais, com o desconheci­m ento das norm as de d ire ito in ternac ion a l e sacrifíc ios de bens e de preciosas v id as b ra ­sileiras. Aos ataques no m ar, sucederam -se fronteiras a d e n ­tro , tentativas de articu lação com intenções subversivas e p o ­sitivaram -se as a tiv id ade de es­p io n ag em , exerc ida p o r in d iv í­duos a so ldo das nações que nos acusam .

A v io lên c ia e á fe lon ia res­p on dem os p o r fo rm a bem d i­versa da usada alhures. N ã o h ou ve confiscos, não h o u ve fu ­z ilam en to s , apenas reservam os parte red uzida dos haveres des­ses Estados e dos seus n acio ­nais em nosso te rritó rio , para g aran tir inden izações devidas e fizem os reco lher a um a ilha flo ­rid a a ba ia da O u an ab ara os agentes secretos que am eaça­vam a nossa e a segu rança dos paises am ericanos.

E q u ivo cam -se portan to os que nos im pu tam atos de guerra . N ã o são atos de guerra rep e lir ofensas, acautelar-se de p re ju ízo s e p riv a r espiões da facu ldade de nos serem nocivos.

N ã o nos preo cu p am , pois, as am eaças. N a d a devem os e só D eu s sabe com quem terão de ajustar contas os hom ens e as nações pelas faltas ou crim es que praticarem .

A nossa cam p anha desde m u ito encetada é outra e aqui

estou para conc itar vos a a m -i p liá -la , aum entar-lhe o ritm o e| a extensão.

A conflagração avassala to ­das as terras, todos os mares e todos os céus e exige dos po ­vos — belig eran tes ou não — resoluções prontas e energicas. N in g u é m a ela se pode furtar por com pleto . P o r isso m esm o cada um deve aceitar o seu se­tor na luta de acordo com as suas circunstancias e as p ró ­prias possib ilidades. O nosso é o da p rodução . O exérc ito , sois vós, obre iros do Brasil. E o o b je tivo a alcançar e a lib e rta ­ção com p leta do país dos r t - tardam entos, fraquezas e d ep e n ­dências do passado.

N os anos ú ltim os, com tena­c idad e d ign a de adm iração pele­jam os e vencem os batalhas m e­m oráveis. O que existia ig n o ­rad o mas suscetível de e x p lo ­ração no solo e no s u b -so lo está co n h ec id o , estudado e p re­parad o para a m o b ilização in ­dustria l. D erro tam o s os t, pessi­mistas do carvão , os negadores de petro leo , os descrentes f do ferro , arrancam os grandes áreas agrícolas do ju g o da m o n o cu l­tura, va lo rizam os o hom em , o seu labor p ro d u tiv o e retom a ­mos em n ive l superior de té­cnica agraria o trato das indu s­trias extrativas.

A tarefa atualN o m om ento , a nossa tarefa

nas lavou ras, nas m anufaturas, nas m inas e nos estaleiros é, preencher os claros da im p o r­tação e fabricar em quantidades exportáveis o que apenas bas­tava ao consum o in terno . A pa­lavra de o rdem a que devem os obedecer é p ro d u zir, p ro d u z ir sem desfa lecim ento , p ro d u zir cada vez m ais.

O m áxim o que se ob tiver da terra e das m aqu inas, não será excessivo. N e m os brasile iros nem as nações am igas e v iz i­nhas devem sofrer restrições resultantes da guerra e da ca­rência de transportes.

O s transportes constituem aliás o pon to fund am enta l da nossa cam p anha. Si fo i nas ro ­tas m arítim as que p rim e iro se fizeram sentir as hostilidades contra nós aí devem os atuar com m aio r v ig o r. Descendentes de navegantes, possuindo um extenso e rico lito ra l que nos afez ás lides do m ar, não nos entib iam d ificu ldades m o m en tâ ­neas. O hero ísm o e o deno do dos nossos m arinheiros g a ra n ­tem a n o rm alid ad e da v ida b ra ­sileira através dos cam inhos oceânicos.

E ’ nosso dever levar a toda

a A m érica o au x ilio necessário m ia-se se aproveitassem os tra- e trazer para os portos do Bra-J balhadores o d ia que lhes é sil quan to rec lam a a m archa re- consagrado , para re iv in d icar d i- g u lar das industrias e o aperle i-1 reitos. O Estado N a c io n a l aten- çoam ento dos meios de defesa, i deu-lhes as justas aspirações.

A data passou então a ser CertOS da vitoria com em orada com jú b ilo e afra tern id ade que em prestam es-

C o n g re g ad o s os recursos, o p lend or a esta festa, na qual trab a lh o , a p rodução e o t r a n s - 'o s soldados das forças a rm a - porte, estaremos certos da v i t ó - ! das, cuja sagrada missão é m a n ­ha e, passado o tem pora l, en - ter a ordem e defender a in te - c o n tra r-n o s -á a paz m ais v ig o - g ridade do solo pátrio , reu nem - rosa de que nunca. | se aos operários, soldados das

N ã o nos enganem os. O m un- forças construtivas do nosso do já não reconhece o d ire ito progresso, de v iver aos fracos, aos in e r - ; So ldados, a fina l, som os todesm es, aos desam parados, princ i— a serviço do Brasil e é nossopalm ente se possuem riquezas ! dever enfrentar a g rav idade da fáceis de m o b iliza r e m atérias I hora presente para m erecerm os prim as indispensáveis á paz e 1 que as gerações vindo uras lem - guerra . E ’ preciso, pois, para j brem -se de nós com org u lh o ,preservar a A m érica da c o b i- j ça dos conquistadores, torna-la auto nom a, cercando-a de in e x ­p ug nável m uralha de resistên­cia econom ico e que só o tra ­balho co n ju g ad o dos seus p o ­vos o conseguirá . C um pre -nos assim , executar com fé e co ra ­gem a parte que nos toca nesse program a gigantesco.

A po lítica trabalhista do meu

porque trabalham os cheios de fé, sem d u v id ar um só m om en­to do destino im ortal da Pátria Brasileira.»

Companhia Iracema de Alencar Manoel Pera

Conforme estava anuncia- governo tem sido invariável nojdo, realisou-se no dia 5 dosentido de estabelecer a h a rm o ­nia en íre os fatores da p ro d u ­ção, base do eq u ilíb rio social e fun d am en to do progresso hu ­m ano. A nossa organ ização p e -

correme o primeiro espetá­culo da grande Companhia Iracema de Alencar-Manoel Pera. Anciosamente espera-

institu iram o trabalho escravo.

A funçãc do EstadoO Estado, entre nós, exerce

a função de ju iz nas relações entre em pregados e e m p re g a d o ­res, porque co rrig e excessos, evita os choques e distribue equ ita tivam en te as vantagens. Assiste-lhes, por Isso m esm o, o direito de solicitar o concurso das vossas energias, a dedica­ção com pleta dos vossos es­forços. Nesta em ergencia , deve cada hom em conservar o seu posto sem pensar em si pro- prio , sem pensar na fam ília , sem pensar nos bens. Em m o ­mentos suprem os, os riscos não se contam porque é preferivel perder a vida a perder as ra ­zões d e -v iv e r.

Trabalhado res:A ntes do atual reg im e, a a-

pro x im ação do P rim e iro de M a io era m o tivo de apreensões e sobressaltos, re forçavam -se as patrulhas de po lic ia , reco lh iam - se as tropas aos quartéis, na

cu liar afasta-se igualm ente do da a estréa deste consagra erro dos reg im es do libera lism o do conjunto de artistas do in d iv id u a lis ta , que legalizam a Teatro Nacional, como eraSre.ve <".omo eíemenio solucio- j prever 0bteve pleno exi-nado r de conflitos e dos esta- , K > rtutos de natureza tota litaria que í eníre n<̂5> contirmando,assim, o justo renome obti­

do nos grandes centros do paiz.A peça da estréa foi a comedia de Viriato Correia — «Carneiro de Batalhão», seguindo-se, no dia õ, a al- ta-comedia de Paulo Maga­lhães — «Feia», e nos dias imediatos, quinta e sexta- feira, «O Trunfo é Paus» e «Querra dos Deuses».Por absoluta falta de es­paço, reservamos para o pró­ximo numero um comentá­rio mais detalhado sobre a brilhante temporada teatral que nos está sendo propor­cionada pela Companhia Ira­cema ile Alencar-Manoel Pera e pela esforçada em presa do nosso Teatro. Para hojr, está anunciada a come­dia em 8 atos — O Divorcio doA ua cleto. Amanhã, domingo, haverá duos sessOes teatrais: ás 3,80 horas. Vespe- ral popular, com um a comedia em 8 atos. A ’s 8 Horas, em récita extraor­dinária, será apresentada a belíssima, alta-com edia de Eurloo Silva — • A

expectativa de desordens. T e - 1 Felioidade Pode Esperar».

ACERVO: BIBLIOTECA PÚBLICA DE SANTA CATARINA Digitalizado pelo Instituto José Paschoal Baggio - Contrato FCC nº0151/2016

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2 CORREIO LAGEANO

Prefeitura Municipal de Lajes

Estado de Santa CatarinaR E S O L U Ç Ã O N . 42 de 4 de m aio de 1942.

O Sr. V id a l Ramos Junior, P refe ito M u n ic ip a l de Lajes, no uso das suas atribuições,

R E S O L V E :Rem over, por conveniência do ensino, o professor «uão

titulado» Orestes Ram os A taíde, da escola m ixta M u n ic ip a l de Faxinai, d istrito da C id ad e , para a congênere de Ponte A ltas, no distrito de índios.

C om uniqu e-se .

Prefeitura M u n ic ip a l de Lajes, em 4 de m aio de 1942.

Assimido: ]'idal Ramos Ju n ior Prefeito Municipal

Asdrubal Guedes de Souza Pinto Secretário.

R E S O L U Ç Ã O N . 41 de 30 de abril de 1942.

O Sr. V id a l Ramos J u n io r, P refe ito M u n ic ip a l de Lajes, no uso das suas atribuições,

R E S O L V E :Exonerar, a pedido do cargo de A lm o x a rife -A rq u iv is ta desta

Prefeitura o Sr. C láu d io C lo d o is R ibeiro N eves.C om uniqu e se.

“Correio La-( f p n n q i l TEM corrcs- , pendentes e agonteB eomerciaes, em to­dos os distritos deste mu­nicípio, em todos os municí­pios de Santa Catarina bem como, em Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, São Paulo e Rio.

! Assine e annuncie no “Correio La- geario'’ orgão de g*rande tiragem e vasta circulação.Engraxataria Polar

— de —Jorge PereiraR U A M A R E C H A L D EO D O RO , 13

E ncontra-se diariam ente os jo rnais: «Correio do Povo» e «Diário de Noticias», varias revistas, inclusive a «R evista do Crlobo». M ensageiros para en tregar encomendas.

Racionamento de gazolina

O rac io n am en to de gazo lina já é um fa to no Brasil. N o Rio de Janeiro desde 2 do c o rre n ­te que os autom óveis p a r -ic u la - res estão recebendo apenas, diariam ente , 5 litros.

O s autos de praça, ô n ib u s e cam in fiões 15 litros.

A S S IN E e A N U N C IE no « C o r­re io L ag e an o » , p erio d ico de gran d e tiragem e vasta c ircu la ­ção.

mÉmIs

Oswaldo PrunerP I N T O R

Rua Q u in tin o B o ca iu va , 16

Executa, com perfeição, pinturas de casas modestas co­mo de luxo. Pinta placas e abre letreiros.

ESPECIALISTA EM PINTURA DE MOVEIS | f

Prefeitura M u n ic ip a l de Lajes, em 30 de abril de 1942.

Assinado: Vidal Ram os Ju n io r Prefeito Municipal

Asdrubal Guedes de Souza P into Secretário.

REQUERIMENTOS DESPACHADOSD ia 29 de abril de 1942.

N . 57 — V ito rin o S ilv in o B itencourt — A foram ento de um ter­reno dc M u n ic íp io — 3° despacho: C o n ced o a área de 1 .000 m 2. de acordo com a legislação em v ig ô r.

N . 77 — S ilverio dos Santos C a lix to — A foram ento de um ter­ren o do M n n ic ip io — 3o despacho: C o n ced o a área de 877,40 m 2, de acordo com a legislação em vigôr.

.N. 87 — Juven al R ibeiro de L iz — A fo ram en to de um terreno do M u n ic íp io — 3 o despacho: C oncedo a área de 457 ,50 m 2, de acordo com a legislação em v ig o r.

N . 119 — Elesbão Antunes d# G o d o i — A fo ram en to de um te r­reno do M u n ic íp io — 3 o despacho: C o n ced o a área de 166,56 m 2, de acordo com a legislação em v ig ô r.

N . 137 — José M aria de M oraes — A fo ram en to de um terreno do M u n ic íp io — 3o despacho: C oncedo a área de 943,80 m 2, de acordo com a legislação em vigôr.

N . 138 — V ito r A ntunes de O liv e ira — A foram ento de um ter­reno do M u n ic íp io - - 3 o despacho: C o ncedo a área de 292,78 m 2, de acordo com a legis lação em v ig ô r.

N . 143 — João C â n d id o da S ilva — A provação de p lan ta , li­cença para construir, levantar anda im e, etc .— In d eferid o .

N . 275 — Jo aq u in a Batista O o d in h o — Licença para re te lhar um a casa — Sim .

N . 276 — E van d el X a v ie r Soares — T ran sferencia de lan çam en ­to de carreta particu lar — F aça se a transferência.

N . 277 — A p rig io Leal N unes — Licença para re te lhar um a c a ­sa — Sim .

D ia 30 de abril de 1942 ‘N . 374 — Serafim Rodrigues Felic io e sua m ulh er — licença

para transferir um terreno — 2° despacho: F aça-se a transferência de acordo com a in fo rm ação .

N . 165 — João A nton io Pereira do A m aral rep. por seu pai O s ­car Pereira do A m aral — A foram ento de um terreno do M u n ic íp io — 3 o despacho: C o n ced o a área de 451,77 m 2, de acordo com a legislação em vigôr.

N . 174 — M en o ti Becari — A fo ram en to de um terreno do M u ­nic íp io — 3 o despacho: C o n ced o a área 1.600 m 2, de acordo com a legislação em v ig ô r.

N . 196 — A nton io Rodrigues da Silva — A fo ram en to de um terreno do M u n ic íp io — 3o despacho: C o n ced o a área de 1.250 m2, de acordo com a legislação em v ig ô r.

N . 228 — N elson V ie ira do A m ara l — A foram ento de um ter­reno do M u n ic íp io — 3o despacho: C o n ced o a área de 234 m 2, de acôrdo com a legislação em vigôr.

N . 273 — Joáo G u alb erto da Silva F ilho e sua m ulher Auta B a­tista de Casrto Silva — Licença para transferir um terreno — 2 o despacho: Faça-se a transferência de acôrdo com a in form ação .

N . 2 78 — N o rb erto Schw inden — Licença para abrir um a filia l de sua casa com ercial — Sim .

N . 27 9 — Sebastião V ie ira L em o s — A foram ento de um terre­no do M u n ic ip io — I o despacho: Ao fiscal geral p a ­ra in fo rm ar.

N . 280 — M a u rilio M an o e l da S ilva — A foram ento de um ter­ren o do M u n ic ip io — I o despacho: Ao fiscal geral para in fo rm ar.

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0 primeiro Congresso Pan- AmericanoO precursor da conferência Pan-Americanf reafea- ca em janeiro ultimo no Rio de Janeiro, foi o Oongres- ?o de Caracas de 1826, quando todas as colonias espa-

nh°las acabavam de se emancipar. Sucessivamente des­de 1810, sob a influencia da independencia norte-ame­ricana, o México e a Colombia em 1810 a Vene­zuela em 1812, depois a Argentina, o Perú, o Chile, o Paraguai, libertaram-se. Que seria feito dos Novos Es- tauos hbertados? Unir-se-ia para formar uma vasta con­federação como os Estados Unidos da America do Nor­te? Ficariam isolados? Bolivar o grande libertador ten­tou realizar a primeira formula. O alto Perú, tomara em sua honra, o nome de Bolivia; alem disso o caudilho mantinha ditadura sobre o Perú e a Colombia. Convi­dou todos os Estados do Sul, de idioma espanhól a se fazerem representar em um Congresso, que se reuniría em Caracas. Esse Congresso foi aberto a 22 de Junho de 1826. Bolivar que sonhara com a formação de uma grande republica, da qual seria o chefe, viu-se, natural­mente acusado de ambicionar um império. O presidente do Congresso, Vidame, enfrentou-o e, separaram-se sem nada haver resolvido. Em, 1S27, um outro Congresso, em Lima, retirou-lhe a presidência perpetua. Em 1829, uma revolução em Caracas provocou a separação da Vene­zuela e da Colombia. Bolivar desanimado, retirou-se da vida publica em abril de 1930. Morria alguns mezes mais tarde, murmurando essas palavra: «União! União!»

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Os inglezes não cg- nhecem o blopeio

alemãoC. E. C.

Em belo artigo publicado na renomada. revista ame- cicana «Military Digest», o grande técnico pe guerra norueguês Ropert Najansen, escreve a respeito da inuti­lidade do bloqueio que os alemães querem impôr aos ingleses tanto no Oceano Atlântico, como no Alediter- raneo e no Mar do Norte. E’ evidente que os nazistas conseguem naufragar um ou outro navio inglês que na­vega no Mar do Norte em demanda da Rússia, mas é minimo o numero desses su­cessos que conseguem. A Rússia continua a receber tudo quanto deseja e tudo quanto parte dos portos alia­dos. Existe vigilância ger­mânica em todos os mares, porem, não é suficiente pa­ra fazer face aos esquadrões marítimos da Inglaterra que sempre se fazem acompa­nhar de fortes destacamen­tos de destroyeres, submari­nos e contra torpedeiros O snr. Najansen, compara a força e a técnica da mari­nha britanica as da Alema­nha e Italia e com eviden­cia conclúe pela superiori­dade indiscutível dos ingle­ses cuja técnica naval é ex­traordinária. Os métodos ma­rítimos dos ingleses, diz o sr. Najansen, são admiráveis e sempre se modificam oom vasta sabedoria para con­fundir o inimigo. Os ale­mães até hoje nunca foram obstáculo para o livre mo­vimento da esquadra brita­nica, apezar desta, como é natural, visto que possue ele­vado numero de unidades, ter perdido grande numero de navios. O fato, a verda­de é que a ligação da In­glaterra aos paises aliados nunca foi ameaçada e até agora, praticamente, o blo­queio tentado pelos nazistas, ó ignorado, visto que a sua ineficiência ó notoria deante da potoncialldade naval in­glesa.RUA CORREIA PINTO, 11

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CORREIO LAGEANO

25° ano da sagração epis­copal de Pio XII

Ncrêu CorrêaO dia 13 do corrente assinala uma efeméride di­

gna de ser festejada em todo o mundo católico: o ju ­bileu episcopal de Pio XII. É difícil, na verdade, pre­cisar o quanto significam, para a Igreja católica ro­mana, os serviços que êsse incançavel representante de Deus tem feito, no campo civil e religioso, durante ésses gloriósos 25 anos de altas atividades sacerdotais.

A sua obra é tanto mais cara para os católicos quanto se sabe que ele foi um dos únicos papas que, antes de serem elevados à Cadeira de Pedro, percorre­ram quasi todos os paises do mundo, entrando em contato com diferentes povos e diferentes culturas. E em cada uma dessas pregrinações por terras desconhe­cidas ele deixava, sempre, por onde passava, a lem­brança inesquecível da sua figura de asceta e de ver­dadeiro apóstcdo do Cristo. Prova isso a apoteóse de que se revestiu a sua coroação de chefe supremo da Igre­ja na terra, cerimônia a que não faltaram represen­tantes de- todas as nações do globo, mesmo das nâo ca­tólicas.Conta Frei Mansueto, na sua esplendida biografia de Eugênio Pacélli, que êste contava apenas 25 anosjde idade quando entrou como colaborador na Congregação dos Negócios Eclesiásticos Extraordinários, ministério êsse cuja finalidade era solucionar todas as questões de earater eclesiastico-polític<> entre a Santa Sé e os demais Estados do mundo. È aí que, segundo Frei Mansueto, o jóvem presbítero entra em coutato com juristas e diplomatas, seguindo as pègadas das gran­des celebridades que dali saíram, como Rampolla, delia Chiesa, Merry dei Vai e Pietro Gasparri. A sua capa­cidade de trabalho, no Ministério, é insuperável. Estu­da e elabora os cânones do Código Eclesiástico, apre senta relatórios, debate questões jurídicas, dá aulas de diplomacia e faz preleções na Faculdade de Direito Eclesiástico. Começa, então, rápida, a sua ascenção: secretário do Ministério, núncio apostólico, cardial, le gado papal, secretário de Pio XI. eis a escala de pro­moções por que passou Eugênio Pacelli até sentar-se no trono pontificai.

Êle foi, sempre, um dos diplomatas mais hábeis e inteligentes que a Igreja teve, até hoje, a seu serviço. Em todas as missões de que era investido saía-se ma­gistralmente, graças à sua cultura poliédrica, ao seu profundo conhecimento dos homens e, sobretudo, às suas peregrinas virtudes de ascéta.

Tomando assento na Cadeira de Pedro num mo­mento em que o estopim da guerra já tinha sido atea­do no coração do velho-mundo, procurou, lógo de iní­cio, empregar-se a fundo com todo o seu gênio diplo- mátieo a-fim-de ver se ainda conseguia preservar a paz entre os homens. Mas, era tarde. A onda alucina- dora já havia solapado os diques mais altos do espíri­to cristão. Foi então que escreveu a sua primeira en- cíolica «Suinmi Pontificatum Annum», cujo final é uma exi rtaçâo a todos os fiéis para que não despre­zem Deus Deste momento de angústia universal.

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tos devidos á União. A por­centagem desses depositos obedeoe á seguinte base: mais de 2:000$, 10°/„, atè20:000$, 20°/0, para o que exceder de 20:000$, até 100:000$; 300/o para o que exceder de 100:000$.As instruções acentuam que os estrangeiros — ale­mães, italianos e japone­ses — não poderão receber legados ou recusar doações, salvo dasos devidamente autorizados.

Novas disposições regulam entares

sobre os bens dos súditos do “Eixo” residentes no Bra­

silSão Paulo (A. N.) — A

portaria 5.408, expedida on­tem, determina que os sú­ditos do eixo, ou quem pos­suir bens a eles perten­centes, comuniquem á re­partição competente a na­tureza, qualidade e valor provável desses bens.

Segundo essa portaria, as transferencias das por­centagens que recaírem so­bre os bens dos alemães, italianos e japoneses serão feitas para o Banco do Brasil, e ende não houver agencia desse Banco, para, as repartições encarregadas' das arredações dos impos-

Grêmio. (Ramalhete Roreo»

O baile de aniversário do Grêmio «Ramalhete Ro- seo», realizado terca-feira passada, trancorreu em am­biente de muita distinção, prolongando-se animado até altas horas. Cadenciou

as danças o Jazz América.

Erich Sell e Senhoraparticipam aos seus pa­

rentes e amigos o nasci­mento de sua filha Rute.

Lages, 3-5-42.

TELEGRAMArecebido pelo «Correio

Lageano».RIO 6, (A. N.) — O Dip distribuiu á imprensa uma

nota da secretaria da Pre­sidência da Republica co­municando que no aciden­te de automovel de que foi vitima o Presidente da Re­publica este sofreu luxação, e fratura eoxofomur direita e fratura ramo ascendente esquerdo do maxilar infe­rior, conforme veriticaram os médicos assistentes nos últimos exames procedidos. O estado geral de sua ex- celencia é, entretanto, óti­mo. As lesões não ofere­cem gravidade, mas im­põem repouso no leito. Den­tro de alguns dias voltará o senhor Presidente as ati­

vidades administrativas, despachando no P a l a c i o Guanabara, logo que as condições de saude lhe per­mitam locomover-se normal­mente.

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Festa de Santa CruzConforme se esperava, a tradicio­

nal festa de Sta. C ruz, nesta cidade, teve um a animação incom um .

As kermosses e os leilões de pren­das na Casa Santo A ntonio foram concorridissim os, atingindo a renda to ta l, pelo que nos inform aram , a m ais de ‘20:000;?.

Estão, pois, de .parabéns, os ilus­tres festeiros drs. M ario Teixeira C arrilho, Celso Ramos Branco e sr. João BrascUer.

P A D A R IA L A G E A N Ada Vva. Francisco Sassi

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