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A informação pertinho de você Camboriú, novembro de 2014 Nº 1 - ano 1 1ª edição CAMBORIÚ PERDE E ADIA ACESSO PARA 2015 PERFIL A Derrota para o inter de Lages acabou com a esperança do acesso Leonel mostra uma Camboriú que ficou no passado Pág. 10 Pág. 07 Surge um novo Jornal E já começa no topo Nossa equipe subiu ao ponto mais alto de Camboriú em uma aventura emocionante. Correio Camboriuense

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Page 1: Correio camboriuense 01

A informação pertinho de você

Camboriú, novembro de 2014 Nº 1 - ano 1 1ª edição

CAMBORIÚ PERDE E ADIA ACESSO PARA 2015 PERFILA Derrota para o inter de Lages acabou com a esperança do acesso Leonel mostra uma Camboriú que ficou no passado

Pág. 10 Pág. 07

Surge um novo JornalE já começa no topo

Nossa equipe subiu ao ponto mais alto de Camboriúem uma aventura emocionante.

Correio Camboriuense

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Pág. 02 Correio Camboriuensenovembro 2014

Superar metas, atingir alvos, transformar sonhos em realidade. Para alcançar esses objetivos, a motivação é fundamental. Nós acreditamos e demos o primeiro passo: nosso jornal, o Correio Camboriuense está circulando na cidade. Nossa jornada está só no começo. Pois não basta montar um jornal. Queremos que a comunidade se interesse pela nossa proposta. Fazer com que as pessoas tenham prazer na leitura. Instigar, provocar, promover o debate e a reflexão. Hoje é um dia muito especial para mim e para a equipe deste jornal, que a principio teria outro nome, mas por algumas razões que não cabem aqui decidimos mudar. E a mudança começou por você leitor que antes mesmo de ter lido nosso jornal já opinou através das redes sociais e cravou o Correio Camboriuense em nossa cidade.

A missão é grande, árdua. É fazer a ponte entre o resgate histórico e a modernidade. Indagar, denunciar, apontar erros, mostrar os acertos. Informar sobre o que acontece hoje e resgatar a memória de uma Camboriú que vai se transformando numa veloc idade assustadora. O progresso é importante, mas o passado não pode ser derrubado por uma retroescavadeira. É preciso mostrar para as novas gerações como era a cidade, quais as pessoas que fizeram a história de Camboriú, mas isso sem deixar de olhar e acompanhar o futuro.

E o futuro passa diretamente por duas casas: a de pedra e a do povo. No nosso entendimento, a imparcialidade é palavra chave no compromisso da imprensa com a informação. Sim, seremos opinativos, críticos, ácidos onde for necessário. Porém, todo fato relevante será relatado, doa a quem doer. Acompanharemos de perto o que acontece na Câmara de Vereadores e nas ruas da cidade. O melhor termômetro de uma administração pública é a cidade. A voz das ruas é a ressonância de um trabalho bom ou ruim.

O Correio Camboriuense circulará quinzenalmente e também falará de moda, comportamento, esportes, cultura, eventos e outros assuntos. Apesar das dificuldades do início, a motivação dessa equipe foi um dos fatores que nos deu força para transformar um projeto em realidade.

Isso é apenas um começo. Esperamos que vocês gostem e que estejam conosco de agora em diante. Afinal, esse é o nosso jornal. Feito com carinho, pra você.

Editorial

Correio Camboriuense

A Equipe

Editor Geral: Luiz Antonio da Silva (Tecau)

Editor de Esportes e Diagramação: Galvão Loureiro Filho

Redação/Comercial:

Rua Jaime Cesário Pereira, 140

Areias- Camboriú – SC

fone:(47) 3365-3084

WhatsApp: (47) 9678.4983

Os textos assinados pelos colunistas não são de responsabilidade do Correio Camboriuense e não refletem

necessariamente a opinião do jornal.

Luiz Antonio Tecau, editor geral. Luiz Antonio nasceu em São Paulo e se tornou Tecau em Camboriú. Publicou três livros, escreve o quarto e concorda com Shakeaspeare quanto a “existem mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia”.

Galvao Loureiro Filho, editor de esportes. Galvão Loureiro filho é gaúcho de Porto Alegre e reside atualmente em Camboriú. É desenhista aerografista, design gráfico, colunista esportivo e reporter fotográfico.

Sílvia Mendes, coluna Estante da Sílvia. Sílvia Mendes é jornalista e tem mestrado em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina. Leitora voraz, apaixonou-se pelos livros ainda na infância e nunca mais os largou.

Barbara Reinert, coluna In foco. Barbara Tamara Bastos e Silva Reinert é farmacêutica – bioquímica formada pela UFSC e atuou na área durante 15 anos. Há 2 anos é Consultora de Imagem e Visagista.

Adriano Gervásio, coluna Espaço Motor. Adriano Gervásio nasceu em Balneário Camboriu-SC e reside em Camboriú-SC. Bacharel em Direito, Conciliador e mediador familiar formado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Participou da criação do Motódromo Lua Cheia, hoje é integrante do Moto Clube Camboriú e participa de encontros em diversas cidades de Santa Catarina. Frase : " Cuidado com o Medo, ele costuma roubar seus sonhos"

Camila Machado, coluna In the world. Camila Machado, nasceu em Itajaí, tem 24 anos, mora em Camboriú e atualmente estuda no México. Atriz, formada em São Paulo no Teatro Escola Célia Helena, cursou interpretação para TV e Cinema na Casa das Artes de Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Uma frase:"A experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca. Não o que se passa, não o que acontece, ou o que toca. A cada dia se passam muitas coisas porém, ao mesmo tempo, quase nada nos acontece."(Jorge Larrosa Bondia)

Matheus Obeidi, coluna É Caixa! Matheus Obeidi, nascido em Santos-SP e desde 2004 mora em Brusque-SC. Formado em Comunicação Social com bacharelado em Publicidade e Propaganda. Gosta de cozinhar e acompanhar futebol de qualquer país ou divisão. Acredita que aquele que nunca sentou em uma arquibancada jamais entenderá o espirito do futebol.

Lucas Andrade, coluna Seu direito. Lucas Henrique Martini de Andrade, nascido em Francisco Beltrão – PR, reside atualmente em Itapema – SC. Formado em Direito, exerce a advocacia na cidade de Itapema, Itajaí e Blumenau, com foco no Direito empresarial, Direito imobiliário e consumidor. Gosta de uma boa conversa, tem como hábito a escrita e se pudesse viajaria sempre. Seus Hobbies são a tecnologia, filmes e esportes.

Maísa Cristina, coluna Em casa. Maisa Cristina Peixe, nascida em Tijucas - SC, e residente na cidade de Itapema - SC. Graduada em Design de Interiores, e cursando Pós Graduação em Design de Interiores para o Mercado de Luxo.

Trabalha como designer, desenvolvendo projetos de interiores residenciais e comerciais. Em sua lista

de paixões estão as viagens, os livros e as maquiagens.

Marcelinho, coluna Papo Afinado. Marcelo Adriano Pereira, nascido em de Itajaí e criado em Camboriú, desde sua infância teve contato com a música. Posteriormente se profissionalizou e passou trabalhar com o gênero e se destacou no cenário musical como músico profissional ao acompanhar como backing vocal artistas como Padre Fábio de Melo, Martin Valverde (artista mexicano ) e vários outros Marcelinho também é produtor musical, arranjador vocal e multi-instrumentista.

Paulo Glória, coluna Eixo Global. Paulo César da Glória, nasceu em Blumenau - SC, residente em Balneário Camboriú, formação superior: Licenciatura em Geografia. Atualmente professor de Geografia na Prefeitura Municipal de Balneário Camboriú. “A educação é a mais poderosa arma pela qual se pode mudar o mundo.” ( Nelson Mandela). Acreditarei sempre que uma nação precisa essencialmente de instrução.

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Pág. 03Correio Camboriuensenovembro 2014

Quanto mais o povo estiver bem informado mais qualidade de vida há de se apresentar em sua cidade. Como já dizia Chacrinha, o Velho Guerreiro: “Quem não se comunica se trumbica”José João Mathias, empresário

A criação de mais um meio de comunicação para Camboriú reflete o momento em que estamos vivendo, a era da informação, das redes sociais, da participação popular.Que tenhamos uma ferramenta democrática, imparcial e transparente, levando a nossa comunidade os fatos que descrevem a nossa história e se torne um importante instrumento de informação na nossa cidade.Sucesso nesta caminhada !Valmor Dalago , conselheiro tutelar

A chegada do Correio Camboriuense para a comunidade da nossa cidade e região irá trazer uma nova vertente de informação.É a notícia com credibilidade. E irá surpreender muita gente.Tarcísio Oliveira, diretor da Pro Out Produtora

Ter conhecimento dos fatos ocorridos e saber as possibilidades de realizações em nossa sociedade é estar realmente informado. Agora estar informado através da LEITURA, por um informativo feito por gente da gente, é algo maior, além do conhecimento teremos o sentimento de orgulho e um momento de terapia com a leitura. Parabéns Camboriú, parabéns CORREIO CAMBORIUENSE. Jorge Luiz Pereira, sargento da Polícia Militar

Entre as boas noticias desta semana, fiquei sabendo de que teremos um novo meio de comunicação, em Camboriú. Sempre ficamos felizes quando empreendedores vêm para nossa cidade, ou quando empreendimentos surgem por aqui. Desejamos que nesta nova empreitada, o Correio Camboriuense obtenha o devido sucesso. Altamir Montibeller, presidente da Fundação Municipal de Esportes

Quero abraçar carinhosamente toda equipe do Jornal Correio Camboriuense, desejar sucesso a todos. Que este veículo de informação venha cumprir o nobre papel da arte de informar ainda mais o nosso povo. Um abraço a todos.Zé Pedro Costa, vereador

M a i s u m J o r n a l p a r a r e g i s t r a r a n o s s a H i s t ó r i a !Quem registra é um iluminado, informa, registra para a posteridade os assuntos da atualidade. É um meteoro que com sua luz traz o rompimento da venda. Há que proporcionar mais interesse na leitura, no conhecimento para romper a ignorância. Fertilizar as decisões, abranger a ética e conhecer o direito do cidadão, dos deveres e das obrigações. Ter clareza donde começa o seu direito e quando inicia o do outro.Reforça a educação e os princípios de conviver em sociedade.Falando com um Italiano, me perguntou do que o brasileiro se orgulha. Eu disse: futebol, carnaval, festas tradicionais e religião. Ok, respondeu-me - isto já lhe pertence! Tem que se orgulhar do que faz, constrói, produz e das obrigações com a pátria e com o próximo. Minha sensibilidade subiu e me perguntei o quanto estamos longe para alcançar este nível..É no conhecimento, na leitura e na comunicação que vamos entender os deveres de cidadão!"Morte em vida é quando as pessoas perdem a capacidade de se encantar"(Horácio Braun)Cito para alertar o encanto que devemos a pátria, a família e a soociedade.Desejo todo sucesso ao Jornal Correio CamboriuenseAndrônico Pereira Filho, ex-prefeito muncipal

É inegável o papel que a imprensa tem na nossa sociedade. É através dela que a população pode ter acesso às múltiplas versões de um mesmo fato, pode se informar sobre o que acontece em sua cidade. Por isso, a abertura de um novo jornal em Camboriú certamente vai colaborar para que os camboriuenses tenham mais uma opção de acesso a informações relevantes. Defendo o acesso à informação porque todos sabemos que é essencial para o desenvolvimento da opinião e, consequentemente, para a formação de cidadãos conscientes de seus direitos e mais preparados para lutar por eles. Desejo uma bela trajetória para o Correio Camboriuense. Jane Stefenn, vereadora

Com a palavra, o leitor

" Quem faz um jornal não são os redatores; são seus leitores." (Émile de Girardin)O município de Camboriú tem a grata satisfação de estar sendo" presenteado" com o lançamento do jornal Correio Camboriuense, periódico quinzenal , de conteúdo elevado e apresentação gráfica superior.

Este veículo de comunicação que pretende ser informativo, cultural, de resgate histórico e certamente livre de quaisquer doutrinas ou preconceitos, objetiva enriquecer seus leitores e colaboradores.

Esperamos que este espaço atenda uma grande parte da sociedade local em seus anseios por boas notícias e histórias.

Há muito que se espera por um jornal que tenha a preocupação de resgatar as histórias passadas e atuais de nosso município, além de outras matérias de interesse geral.

Este espaço se propõe a cumprir este papel informativo de modo agradável e democrático.

Interessante é que sendo escrito, deixará sua marca na história do município, ao mesmo tempo que pretende resgatá-la.

Aquilo que é escrito é eternizado e então em qualquer tempo pode ser consultado, estudado, lido e relido, assim o rigor da clareza, da verdade e da ética se impõe.

Quando se faz notícia por rádio, televisão ou qualquer outo meio midiático, muitas vezes num instante mínimo de tempo as notícias já se perdem . Com a escrita tem-se maior compromisso, pois menos erros são permitidos e mais duradouras são as informações.

Esperamos que este jornal tenha vida longa e muito agrade a todos que forem seus leitores e ou colaboradores. Angelo Gilberto Silva, professor e escritor.

Estou curioso para ver o Jornal Correio Camboriuense em ação. É o jornal do

nosso muncípio de Camboriú e feito por gente nossa. Anacleto Olegário, empresário

Camboriú ganha mais um veículo de comunicação e só tenho boas expectativas em relação ao Correio Camboriuense. Informações de qualidade e com responsabilidade são sempre bem-vindas. Que a população seja beneficiada com este mais novo jornal, que tenha prosperidade e alcance seus objetivos! Parabéns pela iniciativa, estaremos sempre acompanhando.Luana Lázzaris, vereadora

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Dia desses, folheando uns papéis, achei uma frase da Martha Medeiros que rabisquei de forma despreocupada no canto de uma página:“Li em algum lugar que há uma regra de decoração que merece ser obedecida: para onde quer que se olhe, deve haver algo que nos faça feliz.”

Sim, me identifiquei na hora! Não lembrava da frase, nem de quando a escrevi, mas fiquei imensamente feliz de esbarrar novamente com ela.Minha teoria é de que a nossa casa deve transbordar personalidade... o jeito, os costumes, as lembranças, os gostos de quem mora nela.

Deve ser muito mais que uma casa, deve ser um lar. Um lugar de refúgio, onde você se sinta acolhido, à vontade... pra andar descalço, pra esparramar no sofá, pra viver e reviver as lembranças, pra construir histórias, pra viver o amor.

Se pararmos para pensar, a decoração influencia (e muito!) o nosso comportamento... Os elementos que caracterizam os ambientes determinam nossa maneira de agir de forma imperceptível, pela iluminação, pelas cores, texturas, objetos.

Nossa casa diz muito sobre nós, para nós mesmos e para quem nos visita. Por isso, separei algumas dicas para deixar o seu lar muito mais seu:· Faça uma lista de tudo que você gosta, ou reúna imagens de inspiração. Separe cores, estilos, móveis, decorações, filmes, músicas... É um exercício de autoconhecimento, e tudo que você listar, de alguma forma irá te ajudar! Ah, peça a todos que moram na casa para fazer o mesmo, afinal, todo mundo precisa se sentir bem, né?· Decida o que você quer expor e garanta a presença de itens importantes! Fotos da família,

lembranças de viagens e pessoas, coisas que você adora colecionar, objetos que ganhou de presente... Os detalhes tornam tudo mais pessoal, mais belo e exclusivo!

· Nada como chegar em casa e ter um tapete macio pra pisar com os pés descalços, um sofá que te abraça ou uma cama gostosa pra deitar. Investir em conforto é prioridade, afinal, é o seu lar.

Em casaMaisa Cristina

Pág. 04novembro 2014 Correio Camboriuense

· Procure aproximar atividades e pessoas... Com as rotinas cada vez mais corridas, vale a pena promover a união sempre que possível. Abuse de disposições de móveis e ambientes que permitam a convivência e as atividades em família. Cozinhar e poder conversar com alguém que está na sala não é o máximo?· Como seres inquietos e mutantes, é sempre bom estar mudando a decoração de acordo com as fases, os sentimentos, o tempo... Mudança faz bem, traz novos estímulos!

O mais importante de tudo é estar bem consigo mesmo, e se sentir feliz todos os dias por estar em casa. Expressar nossos sentimentos na decoração é uma troca que permite uma conexão saudável com nosso lar, e causa um impacto muito mais positivo em nossas vidas.

E por fim, desejo que você realmente absorva essas dicas e decida colocar em prática uma decoração que te faça bem... Porque, como diz Arnaldo Antunes: “muitas vezes na nossa casa só falta mais de nós e dos nossos”.

Em casa

Camila Machado

In the world Moda, beleza e viagem!

Olá pessoal, para dar inicio a nossa coluna sobre o mundo fashion, lógico que falando sobre beleza e viagens também, afinal tudo está interligado... Nada melhor que anunciar o que está por vir, novidades diretas do hemisfério norte!!

A palavra chave é "CORES"! Vamos entrar em uma chuva de cores neste verão, que se estende pelo outono também!

Aposte e arrase! Dicas para você arrasar... Floral, formas geométricas, estampas... Se liberte do básico!

Viagem - Estou passando uma temporada no México e para você que quer conhecer um lugar mágico , indico: Playa del Carmen, a uma hora de Cancun, é a praia mais preservada e com um nascer de sol magnífico!

Gastronomia: impressionante, atende a todos os gosto, se não estás acostumado a comer muita pimenta, peça "sin chili"! A 20 minutinhos de carro está Akumal, praia Caribenha, banhada pelo Oceano Atlântico.

Atrações: Um mergulho fantástico com tartarugas enormes, arraias e muitos corais!

Até a próxima edição!

Brinco Bendita Benedita R$ 49,90www.bentidabenedita.com.br Rua Haddock Lobo, 1497 - Cerqueira César, São Paulo.

Beleza - Para você que quer deixar as pontas do cabelo mais hidratadas num estilo praieiro, indico: Kérastase Chroma Cristal R$ 134,00

Vestido Puramania R$ 339,00 Loja: Pietras Surf ShopAv. Hermogenes de Assis Feijó 86, Barra – Rio de Janeiro

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Papo AfinadoMarcelinho

CADÊ A MÚSICA NAS ESCOLAS?

Por se tratar de Música pensei em estrear essa Coluna falando sobre o The Voice Brasil que é um assunto que está em pauta na mídia nacional, pois o reality está na sua 3ª edição porém com os mesmos problemas da primeira vez que foi ao ar aqui no país: os jurados. Mas resolvi deixar esse tema para a próxima tiragem desse que será em breve um dos maiores jornais da cidade de Camboriú e região. Pois bem, quero falar do ensino musical no Brasil, mais propriamente do ensino musical nas escolas públicas, o que era pra ser uma realidade em plena atividade desde o ano de 2012 visto que a Lei Federal nº11.769 foi decretada em caráter obrigatório em 18 de Agosto de 2008 pelo Ex-Presidente da República Luíz Inácio Lula da Silva, visando o ensino musical nas escolas públicas ou particulares com carência de 3 anos letivos para se adaptarem as exigências estabelecidas pelo MEC. É triste dizer que muito pouco ou quase nada se fez desde então, afinal já se passaram 2 anos além do prazo estabelecido para a instalação do que deveria “conteúdo obrigatório do componente curricular da educação básica”. É notório que não temos uma tradição de ensino musical nos moldes europeus ou norte-americanos, onde a Educação Musical vem desde berço. Não só de forma hereditária mas de berço escolar em que as crianças já começam a ouvir cantigas de ninar até música clássica nas creches e escolinhas infantis e seguem subindo o nível de escolaridade gradativamente com o ensino musical inserido na grade curricular. Mas apesar de não termos tal modelo o Brasil também não era um país sem musicalidade em sua história desde que Cabral veio “xeretar” aqui. Éramos um país com uma herança de qualidade clássica e erudita musicalmente falando, trabalho que no tempo da colonização foi executado pelos jesuítas que ensinavam a tocar instrumentos de corda e sopro com o intuito não somente musical mas como auxílio às crianças e jovens no aprimoramento da leitura e da matemática, pois a música é sem dúvidas uma ciência exata. O descaso com a Lei sancionada pelo governo federal em 2008 não traz prejuízos imensos somente as nossas crianças e jovens que deixam de ter uma matéria essencial para a formação intelectual, mas a uma quantidade expressiva de profissionais que lutam para sobreviver da música no Brasil de hoje. Profissionais esses que, até mesmo graduados em universidades federais, Conservatórios renomados como o de Tatuí no estado de São Paulo ou em escolas particulares também de renome como o Souza Lima em São Paulo, que é a única no Brasil a oferecer Bolsa para Berklee College of Music em Boston,nos EUA, considerada uma das melhores e maiores do mundo, acabam por tocar em barzinhos e pubs para poder se estabelecer na profissão que escolheram para suas vidas, isso sem as garantias de um trabalho com regime CLT que lhes trariam o direito férias remuneradas, 13º salário e aposentadoria. Como no Brasil as coisas boas andam a passos de tartaruga, muitos municípios poderiam mudar essa realidade tomando a iniciativa para que o ensino musical se estabeleça o quanto antes e não fique a mercê do governo federal ou estadual esperando que um dos dois dê o primeiro passo. Por outro lado cabe a nós cidadãos, pais, membros ativos da sociedade e principalmente os profissionais da música exigirem do governo local, prefeitos e vereadores a implantação daquilo que um dia foi rico no Brasil, a música de qualidade e didaticamente correta.

Paulo Glória

Eixo Global

África PerdidaO vírus do ebola assusta o mundo.Estarrece muitos países.Dados de mortandade assustadores.Ainda sem cura. Vacinas e medicamentos em teste.Originou-se no continente Africano, precisamente no lado ocidental, Serra Leoa. A culpa é dos africanos! Como também a fome, miséria e guerras civis !Se você pensa talvez assim, quem sabe mude de ideia...Quando os europeus resolveram expandir suas colonizações e poderio econômico, decidiram na Conferência de Berlim, em 1884-1885, a exploração da África, porque seria um “bom negócio” para França, Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Itália, Espanha e Portugal. Então, dividiram a África por interesse econômico sem os critérios de etnias, uniram tribos inimigas em um mesmo territórios.Bem simples, não é? No solo africano, permutaram objetos, ocuparam terras, exploraram as riquezas naturais e escravizaram seus habitantes para sua mão de obra serviçal.No século XVIII a Inglaterra iniciou a

Revolução Industrial, para que os escravos, sem mão de obra qualificada, fossem substituídos por máquinas.Assim, o s e u r o p e u s a b a n d o n a r a m e descolonizaram a África, que ficou ao Deus dará!Economia, educação, saúde abandonadas sem apoio, etnias em conflitos, mortes, fatos que sabemos aconteceram nos tempos primórdios e permanecem até os dias de hoje na maioria desses países.O contágio do ebola em seres humanos , segundo informações médicas e científicas se originou pela prática do consumo da carne de morcegos. Mas faltou a essa população, faltou sim, prevenções em todos os aspectos pelos líderes do primeiro mundo, que foram os responsáveis em sequestrar, usar e depois jogar os africanos em suas próprias nações, desamparados e consumidos pela ganância europeia!Será que os países da Europa e os Estados Unidos , quando acharem a cura desse mal, esquecerão novamente os africanos, e assistirão a população ser dizimada? Que tenham atitudes mais humanas e não interesseiras, unam-se com forças tarefas especiais para salvar a África.

Pág. 05Correio Camboriuensenovembro 2014

Anuncie no Correio Camboriuense

47 3365.3084 - 47 9624.9486

Page 6: Correio camboriuense 01

Pág. 06Correio Camboriuensenovembro 2014

Lucas Andrade

Seu direito

Perdi minha comanda, e agora? Nossa região litorânea é muito bem servida de bares, baladas e restaurantes, opções de fato não faltam, além de juntas serem um dos grandes atrativos para os turistas na alta temporada.

Geralmente estes estabelecimentos utilizam uma comanda para fazer a cobrança do que os clientes consomem no decorrer da noite. Em alguns casos, a comanda é entregue ao cliente e vem a seguinte observação: “Em caso de perda dessa comanda, você estará sujeito ao pagamento de uma multa no valor x”.

Mas será que esse tipo de sanção para perda da comanda é legal?

A resposta é não. Qualquer tipo de cobrança nestes termos é indevida e abusiva.

O Código de Defesa do Consumidor é claro ao tratar sobre tal tipo de cobrança. Assim discorre:

“Art.39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:

(...)

V- Exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva”

A desvantagem que o consumidor sofre, fica clara, uma vez que os valores que costumam ser cobrados são exorbitantes ficando muito superior da realidade do que foi fornecido pelo estabelecimento.

Essa relação de desvantagem também se encontra no Código de Defesa do Consumidor, mais precisamente no art. 51. Vejamos:

“Art.51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:

(...)

IV – estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade”.

Temos que levar em consideração que tais serviços prestados por este tipo de estabelecimentos seriam um contrato, mesmo que tácito. Qualquer aviso na comanda assinalando que a perda da mesma resultará em multa deve ser desconsiderado.

É dever da “casa” ter controle sobre aquilo que é consumido por seus clientes, não podendo usar de seu descuido como uma artimanha para ferir o direito daquele que frequenta seu estabelecimento.

Inconcebível seria imaginar que a pessoa sai de sua casa com o intuito de se distrair, ter um momento de lazer, e acaba tendo que virar contador de estoque, fazendo o serviço que deveria ser prestado pelo estabelecimento.

Então você se pergunta: o que fazer quando passar por uma situação como essa?

Simples, negue-se a pagar a multa, exponha o que de fato foi consumido por você e se disponha a pagar somente o que consumiu. Uma situação como essa, claramente traz constrangimentos para o consumidor. O artigo 61 do Código do Consumidor deixa claro a existência de penalizações que podem ser cumulativas com a do código penal e outras leis especiais.

No artigo 71, temos qual pena pode sofrer quem constrange seus clientes. Analisemos:

“Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico ou moral, afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer:

Pena Detenção de três meses a um ano e multa.” (grifo nosso)

Caso esse constrangimento se dê por um gerente, ou administrador da empresa, o mesmo também será responsabilizado conforme descrito no art. 75, do CDC.

Caso o proprietário do estabelecimento insista que você pague o valor da multa e tente impedir que você saia do local, disque imediatamente 190.

Uma situação como essa, de privação de liberdade, é entendida como sequestro e cárcere privado, onde tem sua previsão no Código Penal, no art. 148, podendo a pena chegar a 1 (um) ano até 3 (três) anos, a pena pode ter um aumento de 2 (dois) até 5 (cinco) anos, caso se enquadre em algum inciso do parágrafo primeiro, ou de 2 (dois) até 8 (oito) anos, se preencher o requisito do parágrafo segundo do mesmo artigo.

E caso essa multa seja claramente desproporcional ao que foi consumido, estará praticando o crime de extorsão, tipificado no art. 158 do Código Penal, pena de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, mais multa, podendo ainda ser agravada para 6 (seis) a 12 (doze) anos, além de multa, caso preencha os requisitos do parágrafo terceiro do mesmo artigo.

Faça seu direito valer, não deixe que os estabelecimentos que pratiquem tais multas passem impunes, denuncie, somente assim ocorrerá à penalização destes estabelecimentos e extinguirá essa prática abusiva.

Apesar de atender mais homens, o salão é unissex e atende também crianças, atraídas pela decoração, que inclui alguns brinquedos, como miniaturas de carrinhos e motos. O Salão do Didi nasceu há12 anos como um salão convencional. O conceito retrô começou em 2012, quando Didi ganhou de presente da esposa uma cadeira antiga. “Sempre gostei de carros, quadros antigos. O que tem dentro do salão é que eu gosto, que eu curto todo dia”, nos contou o dono da franquia, enquanto cortava o cabelo de Ronaldo Medeiros, seu cliente de longa data. Ronaldo fez questão de expressar o quanto gosta do clima do salão. Como um dos primeiros clientes, recordou o começo da coisa: “Quando vimos a vontade do Didi de criar um salão retrô, cada cliente trouxe uma lembrança pra decorar. E a gente fica muito feliz com o carinho que ele guarda o presente que cada cliente oferece”. Sobre a expansão da marca, Didi é cauteloso:”já recebemos algumas propostas, mas a nossa característica não é só montar franquias. A pessoa interessada tem que ter o espírito do Salão do Didi. Isso significa ter o espírito da amizade, de trabalho, de gostar do que faz e trabalhar com amor. È preciso disso pra manter o padrão”, concluiu.

Um salão diferente, que entre uma decoração caprichada, boa música e um atendimento todo especial, ainda oferece cortes de cabelo e barbearia. É o Salão do Didi, que tem sua base em Balneário Camboriú e agora abre sua pr imeira lo ja f ranqueada , em Camboriú. As cadeiras onde os clientes são atendidos são todas bem antigas, daquelas cadeiras de barbeiro com encosto de cabeça removível. Nas paredes, posters de ícones da cultura pop como James Dean, Bob Marley e Michael Jackson ajudam a compor a identidade do local. Há um disco de vinil, um triciclo infantil, vários cartazes retrô e até uma bicicleta dando um charme especial na decoração estilo vintage. Roberta Freitag, uma das proprietárias do salão, que foi inaugurado em setembro, conta que a novidade foi muito bem recebida pela comunidade. A divulgação foi feita atráves de mídias sociais e também por indicações de frequentadores satisfeitos com o atendimento, o famoso boca a boca: “se o cliente está voltando e indicando é porque gostou da nossa proposta”, afirmou Roberta.

Barba, cabelo e rock'n'rollpor Tecau

Page 7: Correio camboriuense 01

E complementa: “O próprio povo é o pecador, por endeusar um semelhante. Ninguém é melhor que ninguém. O político é apenas mais um. Mas aí endeusam, colocam num pedestal, a pessoa não tem estrutura e pensa que é o rei. E não é. Pra ser rei tem que ter sangue azul.”, filosofa.

Sobre seu dia a dia, ele revela como vive: “o negócio é viver assim, ganhar pouco, gastar bastante. Minha rotina é meu rancho, meu cavalo, minha caminhonete, minha família, vários amigos. Ter o prazer de conhecer Camboriú como a palma da mão.” Se orgulha de andar por aí e ser bem recebido, não ter nenhuma inimizade.

‘Aproveitei bem as chances que a vida me deu. Meu anjo protetor

trabalha muito, tá até sem pena.”

No verão de 1952 as paradas de sucesso tocavam Lata D'água, cantado por Marlene, e Mulher Rendeira, interpretado pelos Demônios da Garoa, entre vários outros sucessos que os rádios valvulados despejavam em alto e bom som. Naquela época, um dos pontos de encontro de uma Camboriú que não existe mais era o hotel do seu Manoel Anastácio Pereira, mais conhecido como Bento Gordo. Sua esposa, dona Julita, esperava o quarto filho. No dia 6 de janeiro daquele ano viria ao mundo Leonel Marcílio Pereira. Mas a alegria pela vinda do quarto Pereira quase acaba em tragédia. Complicações no parto colocaram as duas vidas em risco, a da mãe e do filho. Numa decisão difícil, a preferência foi salvar a vida do bebê. Salvar os dois seria um milagre, conforme relatos da época. Mas um milagre aconteceu, nos conta Leonel, emocionado. E mãe e filho sobreviveram.

O menino Leonel teve uma infância feliz. Entre brincadeiras de carrinho e c a v a l i n h o d e b a m b u c o m o s amiguinhos, ajudava a família no balcão do bar, onde vendia picolés e já dava mostras de seu bom coração:“de vez em quando dando uns picolezinhos pros amigos”, lembra, com um sorriso no rosto e um cigarro entre os dedos. Leonel se diverte enquanto relembra passagens da sua infância, como as pequenas travessuras: “Brincava no seu Ernesto, roubava cana do Mário Garcia. Naquele tempo se roubava laranja, cana...era uma coisa inocente, mas tinha bronca. Se o dono descobrisse contava para o pai e o pau pegava, surrava bonito.” Também gostava de andar com a gurizada mais velha, mas a turminha tinha gente de todas as idades. Depois da brincadeira, levava os colegas pra tomar um café em sua casa, preparado com carinho por dona Julita. “Todos faziam uma boquinha, era bem bacana”, recorda.

Assim como todos os jovens da época, começou os estudos no então Colégio Professor José Arantes. Depois, por ser muito contestador, passou por outros colégios. “Eu retrucava muito e os professores não gostavam da minha atitude”.

Leonel sempre teve espírito de aventura. Entre as coisas que ele aprecia estão os cavalos. E esse amor brotou cedo: Aos 8 anos morava ao lado dos correios e gostava de ver as revistas que chegavam lá, especialmente as voltadas à agropecuária. “Devorava as revistas, principalmente se falava sobre cavalo manga larga. Com 10 anos tive meu primeiro cavalo, escondidinho do pai, mas tive. Pagava o Juca da Méri para tratar, escondidinho no mato, até o dia que o pai descobriu, aí não teve jeito. No começo, reclamou, mas depois acabou deixando.”

Foi lidando com os cavalos que descobriu uma outra paixão: a tradição gaúcha. Que cultiva desde pequeno, quando brincava de cavalinhos de bambu no “Rodeio Coringa”, um rodeio imaginário feito pelo menino Leonel e seus amigos num descampado da Camboriú dos anos 50. “Hoje em dia o rodeio virou dinheirista, as pessoas vão pra ganhar dinheiro, na nossa época gente brincava por um troféu. Sou catarinense, barriga verde, mas me considero um gaucho por tradição”.

Quando completou 18 anos, resolveu conhecer novos horizontes: foi para São Paulo comprar “calça Lee” para revender. “Uma tristeza, viagem longa de Catarinense, estrada ruim”. Depois de mais de 12 horas sacudindo no ônibus, chegou em Sampa e comprou as calças na Galeria Pajé . Mas a polícia tomou sua mercadoria “e eu fiquei ao Deus dará. Entrei num golpe não entendi direito o que aconteceu, mas levaram tudo e eu fiquei duro, sem dinheiro pra voltar”.

Sem ter pra onde ir, passou algumas noites dormindo sob o Viaduto do Chá. Durante o dia, lavava alguns pratos para conseguir o que comer. Depois de um tempo, com ajuda de pessoas de Camboriú que estavam também na capital paulista, conseguiu abrigo e resolveu ficar por lá por mais algum tempo antes de voltar pra casa.

A política entrou em sua vida cedo, assim que completou 18. Tinha que fazer documentos para viajar. Entre os documentos, o título de eleitor. Quando souberam disso, José Ernesto e Renato Garcia fizeram um convite: “Leonel, tá surgindo um partido novo, é o Manda Brasa. (MDB) Topa se filiar?” perguntaram. “Tô junto”, ele respondeu, de imediato. “Eu fui o 15º filiado do Manda Brasa. Assinei os papéis, fui trabalhar e ao meio dia fomos almoçar. Aí o pai disse assim pra mãe; “Julita fizesse uma comidinha diferente?” a mãe respondeu: “Não Bento, por que, vais receber visita?' Ele se virou pra ela e disse: “Não! É que temos um estranho na mesa” recorda Leonel, entre gargalhadas. É que seu Bento Gordo era da Arena. Naquela época, não se admitia que um filho fosse de um partido contrário do pai. Era questão de honra.

Anos mais tarde, pelo mesmo Manda Brasa, já denominado como PMDB, Leonel tentou uma vaga na Câmara Municipal na eleição de 1982. Obteve 225, faltando apenas 25 votos para conseguir uma cadeira. “Foi muito bom, a expeirência valeu pois deu pra sentir onde ia me meter. Não ia fechar com a minha índole.” A vaga na Câmara não veio, mas o esforço serviu para ajudar a eleger Andrônico Pereira Filho como prefeito, depois de anos de governo do PDS de Amadio Dalago. Atualmente, não quer mais saber de política. Não troca o tempo que pode passar com amigos tendo uma boa conversa por reuniões onde a inveja e o jogo e interesses é maior que qualquer outra coisa.

Quanto a planos, resume numa frase: “O futuro a Deus pertence. Não dá mais pra fazer planos, e o mundo tá legal de viver. Sou uma pessoa realizada, sigo meu estilo de vida e tenho um lema: fazer o bem. Espero sempre que quando a pessoa venha pedir, eu possa dar, seja lá o que for. Aproveitei bem as chances que a vida me deu. Meu anjo protetor trabalha muito, tá até sem pena.”, diz, entre risos. “Meu anjo protetor é muito bom, graças a Deus.”

A tarde vai caindo quando vamos terminando a entrevista. No rancho onde gravamos, várias fotos, lembranças de um passado distante. Entre os momentos registrados, Leonel e a irmã Iza na Primeira Comunhão, o pai Bento Gordo elegantemente trajado de paletó e chapéu, conforme ditava os padrões da época, o santinho da campanha de 1982 e várias outras fotos de vários outros amigos que fizeram e fazem parte da trajetória desse personagem tão marcante na história de nossa cidade. Durante quase uma hora de entrevista, a emoção era visivel ao vê-lo falar da família, dos 4 irmãos, 3 filhos e 3 netos. E o orgulho do netinho Pedro, ao cavalgar com o avô,admirado pelas pessoas que acenavam um “oi Leonel, oi Leonel” pelo caminho:

“Todo mundo conhece o vovô”

PERFIL

Leonel Marcílio Pereira

Pág. 07Correio Camboriuensenovembro 2014

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Pág. 08Correio Camboriuensenovembro 2014

Luiz Antonio Tecau

Papo Reto

Olá! Nesse espaço, eu pretendo falar sobre diversos assuntos de interesse da comunidade de Camboriú. Conversa franca, direta, sem rodeios. Papo reto. Aliás, algumas pessoas, quando souberam da criação do Correio,vieram dar apoio à iniciativa. Uma das frases de incentivo foi o “Tacale pau, Tecau”. Até entendi o que a pessoa quis dizer com isso. Mas a minha função não será apenas reclamar das coisas erradas. É preciso ser justo. O que for merecedor de elogios, independente de sigla partidária ou ideologia (se é que isso ainda existe), será. elogiado. Da mesma maneira, o que for merecedor de críticas, também será criticado. Pra começar, quero parabenizar o trio Zé Pedro (PSDB), Zeca Simas(DEM) e Luana Lazzaris(PSDB) pela criação do projeto de lei que estabelece o concurso anual de leitura, soletração e declamação entre alunos da rede muncipal pública e particular de ensino fundamental de Camboriú. Como escritor e leitor voraz, fiquei imensamente feliz com a iniciativa. O projeto foi aprovado por unanimidade. De vez em quando, o bom senso prevalece na casa do povo. Porém, tudo pode ser melhorado. O projeto foi criado e aprovado, mas a execução ficará a cargo da Fundação Municipal de Cultura. A premiação sugerida no projeto é material didático, livros e um diploma de participação. Eu acho pouco. Na minha opinião, o craque da letra merece uma bolsa de estudos numa instituição particular. Se o craque da bola recebe bolsa para desenvolver o seu melhor, o craque da letra também merece ter o talento lapidado numa instituição que possa lhe oferecer melhores recursos. Há uma campanha, veiculada em jornais e também em outdoors espalhados pela cidade, convidando a comunidade a participar das sessões na Câmara de Vereadores. Pois bem: quem é que pode acompanhar as sessões as 17 horas? A grande maioria está trabalhando, ou se deslocando do trabalho para casa, após um dia cansativo de trabalho. Que a comunidade quer participar, não há dúvida. Mas a maioria o faz através da internet. Cinco da tarde, como diz o Biriba, “é bucha”. Pra encerrar: em dezembro acontece a eleição pra presidência da Câmara. Tem muito vereador de olho na cadeira do presidente Márcio Kido(PSC). A campanha já começou. E promete ser acirrada. Por hoje, é isso.

Uma hora e meia depois, finalmente, chegamos ao nosso objetivo. Uma caminhada de cerca de três quilômetros, coroada pelo visual impressionante de um sol recém-nascido sobre um oceano maravilhoso, emoldurado pelo verde da Mata Atlântica com as cidades ao fundo: de um lado, Itapema, Porto Belo, até parte de Floripa se pode ver de lá. Do outro lado, Balneário Camboriú, Itajaí e a nossa Camboriú em primeiro plano, zona urbana e rural. Uma cidade que cresce de maneira rápida e desordenada, e isso pode ser observado de lá. A verticalização, por incrível que pareça, está chegando por aqui. Ironia é constatar isso de lá de cima, num santuário ecológicco, em meio a tanto verde, que as pessoas estão sendo engavetadas em apartamentos na cidade, ali pertinho.

A professora Tereza Santos da Silva nos contou que no ano 2000, quando o Brasil completou 500 anos de descobrimento, ela e um grupo de ativistas estiveram no pico e lá plantaram dez palmeiras e uma muda de pau brasil. Infelizmente essa informação nos chegou após a escalada e não pudemos conferir se as mudas cresceram ou não. Mas fica o registro da bela atitude. Replantar é para poucos. Mas a pedra que há anos está no topo do morro é alvo de pichações. Toda marcada, manchada de tintas com o nome de pessoas que estiveram lá e não se contentaram em fotografar ou simplesmente contemplar a paisagem.

Depois de algum tempo, a descida é uma aventura a parte. É preciso estar atento, pois a probabilidade de escorregar é muito maior morro abaixo. Na volta encontramos um simpático cachorro que passeava por lá, subindo e descendo com habilidade invejável. E mais abaixo, já perto da pedreira, encontramos uma cobra coral ao sol, se aquecendo. Lá ela ficou, em seu habitat natural. Fotografamos e fomos embora, satisfeitos com nosso passeio. Muito mais que uma escalada ou prova de superação, a subida ao Pico da Pedra é o momento de integração do homem com a mãe natureza.

Passo a passo, até o topopor Tecau

Fotos: Galvão Loureiro Apoio: Alexandre Gardini

Camboriú ainda dormia quando nossa equipe se preparava para escalar o ponto mais alto da Cidade de Camboriú: o Pico da Pedra, 678 metros acima do nível do mar. Também conhecido por Pedra da Gurita ou Bico da Pedra, o local é visitado por inúmeras pessoas, que se encantam com o visual que o lugar proporciona.

Saímos da Praça das Figueiras as 5:00 da manhã. Começamos a caminhada pela trilha de Macacos, estacionando o carro perto do campo do Juventude. Na escuridão da madrugada começamos a subida, em torno das 5 horas e 25 minutos. Uma lanterna para iluminar o caminho, muito fôlego e disposição para percorrer a longa caminhada morro acima.

O caminho é composto de alguns trechos de subida íngreme. Depois de retomar o fôlego podemos ouvir o barulho da água delizando morro abaixo, entre outros barulhos da natureza, como o canto da grande variedade de pássaros. A trilha até a pedreira é larga, mas alguns trechos estão bem prejudicados por ação da erosão. É preciso cuidado para não escorregar nos cascalhos e pedregulhos , tanto na subida quando na descida. Com a escuridão, o nível da dificuldade aumenta um pouco

Após a pedreira a aventura começa, de fato. Entramos na mata fechada através de uma trilha estreita onde passa apenas uma pessoa por vez. O trecho, até o pico, é repleto de dificuldades, como as escorregadias folhas, o solo argiloso e as raízes, sem contar as pedras repletas de limo. Ou seja: não escorregar é quase impossível. Mas é possível evitar maiores problemas subindo sem pressa e se apoiando na vegetação.

Alguns trechos estão bem complicados. Há uma árvore que desabou sobre a trilha, arrancada pela raiz após alguma enxurrada. Ao longo do caminho vamos encontrando alguns outros troncos, também espalhados pela trilha. O dia vai aos poucos amanhecendo e clareando entre as árvores. O canto dos pássaros é muito mais intenso na mata fechada. A sensação é de paz e harmonia com a natureza.

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In focoBarbara Reinert

In focoPág. 09novembro 2014 Correio Camboriuense

A faixa de rainha da Exporural 2015 ficou para a bela Daniela Balbinot, Primeira Princesa para Dhay Aimone, Segunda Princesa para Milena Beatriz e

Miss Simpatia para a sorridente Anna Paula da Villa.A escolha aconteceu no último dia 31/10 no Maria's Shows e Eventos, em Camboriú.

Quem cedeu um pouco do seu tempo para praticar o bem foi meu amigo Leandro Calil,excelente

maquiador que fez um ótimo trabalho para um catálogo com pacientes com câncer.Parabéns pelo sucesso !Leo!

Karina pousando para foto com o querido Eduardo Costa que veio diretamente de Blumenau para a

bancada de jurados da escolha da Rainha da Exporural 2015.

Minha amiga Vanessa foi muito bem na sua primeira corrida de 5km ficando em quatro lugar na sua categoria.Parabéns,não pare de correr!

Quem completou mais um ano de vida no último dia 23/10 foi o Elias, ele sempre de bem com

vida!Parabéns Elias!

No último dia 15/10 foi comemorado o Dia do Professor. Quero desejar parabéns para essa classe que merece todo

nosso respeito e carinho.Sem vocês nada seríamos! Um beijo especial para meu pai Professor Angelo Gilberto Silva e para

minha amiga querida de infância e também professora Patricia Todesco.

Quem comemorou mais um ano de vida no último dia 01/11 foi Kako Garcia.Parabéns Kako,muitas

felicidades!

A Família Bastos vai ganhar mais um herdeiro!O casal Neto e Carol serão pais de um menino!

Que as bençãos de Deus estejam sobre vocês!

Quem completou mais um ano de vida no último dia 21/10 foi a nossa amiga Luciana,uma querida que está sempre com seu sorriso lindo

estampado no rosto. Parabéns Lu,muitas felicidades!

Quem comemora mais um ano de vida no dia 09/11 é nossa artista plástica Sra. Ady Silva Reinert, parabéns e muitas

felicidades sempre!

Registrando também o aniversário de nossa colega aqui do Correio, a jornalista Sílvia Mendes., que completou

mais um ano no dia 25/10. Felicidades, Sílvia!

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EsportesGalvão Loureiro [email protected]

Não foi desta vez

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Nesta coluna vamos abordar assuntos relacionados a todo tipo de esporte motorizado e temas ligados a motos e motores, além das principais notícias e calendários de eventos na região.

Velocross

Para você que gosta, porém não esta por dentro das ultimas notícias deste esporte, saiba que Camboriú revelou nos últimos tempos diversos pilotos de destaque no âmbito estadual, conquistando títulos catarinenses em varias categorias.

Vejam como estão os Camboriuenses na disputa do Campeonato Catarinense de Velocross:

Ednilson Batista (Dito) : 1º Lugar Categoria 230 4t, 3º colocado Categoria Vx1

Marcio Roberto Rover (Marcinho) : 7º Lugar Categoria 230 4t.

Jeferson Gardini : 1º Lugar Categoria 150 4t.

Ralf Schaeffer : 8º Lugar Categoria 150 4t.

Mayckon Correa : 9º Lugar Categoria 150 4t

Diego Heinig da Silva: 2º Lugar Categoria Junior

Anthonny José Gervásio 2º Lugar Categoria 65 cc

Carlos Augusto Gervasi 4º Lugar Categoria 65 cc

Bruno Amandio Vicente 5º Lugar Categoria 65 cc

Isto é só pra você ter uma idéia do nosso potencial nesta modalidade, Camboriú já conquistou diversas vezes os títulos catarinenses em varias categorias. Temos na cidade vários pilotos, que são obrigados a arcar com todas as despesas ou implorar ajuda a empresários, por não ter nenhum tipo de incentivo ao esporte. E pra piorar a situação o único local para treinos e provas o Motódromo Lua Cheia esta com os dias contados.

Trilheiros

Outra modalidade que iniciou com o enduro, e hoje tornou-se uma febre nacional é a prática de trilhas com motos, encontro de trilheiros ou passeio de trilheiros como alguns conhecem.

Nossa cidade hoje tem em média 350 praticantes deste esporte, e este numero só não é maior por falta de incentivo e regulamentação por parte de alguns setores.

Os Encontros que aconteceram em Camboriu já reuniram mais de 700 inscritos em um único dia, trazendo pessoas de varias cidades e estados vizinhos, divulgando o potencial esportivo de nossa cidade, além de mostrar as belezas do interior do nosso município. Porém, a cada ano fica mais difícil a organização destes eventos por diversos fatores locais.

Eventos em Camboriú

Anote na sua agenda: dia 23 de novembro será realizado o 6º Encontro de Trilheiros do Camboriu Trail Clube. Segundo Leonardo Procópio, Presidente do grupo, o percurso aproximado é de 70 quilômetros de estradões, trilhas e obstáculos. Cerca de 850 trilheiros são esperados para o evento. A inscrição custa R$ 80,00, com direito ao café da manhã, almoço e, ao final da prova, sorteio de 01 Honda CRF 230 e de diversos brindes. Além disso, todos os inscritos receberão um kit com camiseta alusiva ao evento. Largada do Portal das Pedras – Estrada geral dos Macacos.

Valeu Galera ! Até a Próxima

EspaçoMotorAdriano Gervásio.

Diego Heinig Silva

Foto: Alexandre Macelai

No último sábado, dia 29/10, o Camboriú F. C. foi a Lages enfrentar a forte equipe do Internacional no Estádio Vidal Ramos JR. pela quarta rodada do quadrangular final da série B Catarinense 2014.O Inter entrou em campo otimista, contando com apoio em massa de sua torcida que já estava com os preparativos prontos para a festa do acesso.O Tricolor entrou em campo precisando desesperadamente da vitória e já no começo parecia que ia colocar água no chopp do Leão Baio, quando no primeiro lance Max teve grande chance de abrir o placar, mas bola parou nos pés da zaga. O Inter acordou em campo e foi para cima do Tricolor, e logo na sequência aos 19 minutos, após escanteio cobrado por Athos, Alê Menezes subiu mais que a zaga e com precisão cabeceou abrindo o placar para o alvi-rubro.O Tricolor ainda nem sequer havia se refeito do susto, quando na sequência o time serrano, numa jogada parecida achou Athos que novamente colocou a bola na área para a finalização de Alê Menezes marcando o segundo gol da partida.No segundo tempo parece que a conversa com Técnico Rony de Aguilar surtiu efeito.

Tricolor veio com muito gás transformando o goleiro Pablo no principal nome do jogo, defendendo inclusive um pênalti cobrado por Serginho Catarinense, mas ficou nisso e jogo terminou com a vitória do Colorado Serrano por 2 a 0, acabando de vez com a tão sonhada volta ao acesso do Tricolor.O árbitro do jogo foi Edson Silva, auxiliado por Helton Nunes e Johnny Barros de Oliveira e tendo como quarto Árbitro Daiane Aparecida Madeira.O Camboriú contou com: Paulo Sérgio, Paulo Ricardo (Kiko), Cleyton Meireles, Elton, Ruan; Tássio (Thiago Silva), Jessé, Serginho Paulista (Geovani), Serginho Catarinense, Max; Lauro César.

Correio Camboriuensenovembro 2014

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Pág. 11Correio Camboriuensenovembro 2014

HU MO RTá avisado

Vendeu tudo

Selfie

Agora com cartão

Claro que não

GoPro

Matheus Obeidi

É caixa

Esse papo que futebol não se discute é balela, aqui nesse

espaço discutiremos bastante. Seja muito bem vindo. Não sou

uma pessoa de fazer polêmicas, porem sou muito direto e não me

furto de dar opinião (quando a tenho) sobre o tema que for.

Mesmo que o leitor não concorde comigo, gosto de receber e-

mails e ter essa interatividade, então, por favor, fique a vontade.

Somente por não gostar de polêmicas iniciarei essa coluna

com um texto recorrente em várias mesas de bar, apesar de não

beber acredito que é por lá que as melhores análises

futebolísticas surgem, as piores também. O tema a ser discutido

é a famosa disputa entre pontos corridos x mata mata. Não dá

para fazer uma comparação fria sobre o tema e sair com o

resultado de qual é o melhor, mas acredito que é para isso que

existem as duas formas de disputa em torneios paralelos

(Brasileirão e Copa do Brasil).

Um tipo de competição não necessita excluir a outra, as duas

fórmulas são boas, mas cada qual dentro de sua proposta. De um

lado temos a justiça, o merecimento, aquele que manteve a

melhor média é recompensado no fim. É a melhor maneira de dar

saúde financeira, competitividade e de se traçar um

planejamento, além também de garantir que clubes menores

tenham calendário para atuar o ano inteiro. Pouca gente se

lembra, mas em 2002 o Santos, que acabou sendo campeão,

ficou quatro meses parado. Agora traga para os dias de hoje e

pense na Chapecoense quatro meses sem jogar e tendo de

disputar a série A, será que teria saúde financeira para isso? Mas

de outro lado o mata mata constrói heróis, jogos memoráveis,

atuações epopeicas, superação ao limite da palavra.

Os canais de TV necessitam desses jogos para que possam ter

picos de audiência e bancar os clubes, os agentes necessitam de

jogos esporádicos para vender seus atletas, faz parte da

engrenagem.

Então qual deles é o melhor? É comparar o incomparável. As

duas formas de disputa trazem emoção em todas as rodadas, no

mata mata essa emoção é clara, perdeu está fora, além de ser

campeão, ainda disputa a Copa Libertadores da América, um

clube da série C pode ser campeão nacional como já ocorreu com

o Santo André, é Davi contra Golias. Porém nos pontos corridos

também há essa emoção, existe a disputa pelo título, a disputa

pela vaga na Copa Libertadores da América e a disputa para não

ser rebaixado a série B e essas disputas duram o ano inteiro.

O mais importante não é discutir qual é a melhor forma e sim

discutir qual a melhor maneira de se ter a disputa dos dois

campeonatos de forma simultânea sem que um atrapalhe o outro.

Até porque somente pontos corridos faz com que a TV perca

audiência e em consequência verba para os clubes (cotas de TV,

patrocínios pontuais e etc), e só o mata mata iria minar a saúde

financeira das agremiações que fossem eliminadas logo no

inicio.

Então torcedor, quando te perguntarem: pontos corridos ou

mata mata? Responda ambos, agora você já sabe o porquê.

Page 12: Correio camboriuense 01

O professor do desejo – Philip RothCompanhia das Letras (2013) – 256 páginas

Recebi um convite para visitá-la na minúscula Trangholmen e permanecer na ilha o tempo que desejasse. E por que não vou? E me caso com ela? [...] E por que não imaginar Elisabeth comigo, remando ao longo da praia pedregosa e dos altos pinheiros, por toda a extensão da ilha? Por que não imaginar a família dela toda sorrisos, fazendo-nos sinais com as mãos quando voltamos no barco com o leite e a correspondência? Por que não imaginar a doce Elisabeth na soleira da nossa bonita casa vermelha, grávida do nosso primeiro filho judeu-sueco? Sim, eis o amor insondável e maravilhoso de Elisabeth, e eis também a insondável e maravilhosa audácia de Birgitta e qualquer uma que eu queira posso ter. Ah, não é isso imperscrutável! Ou a fornalha, ou a lareira! Ah, deve ser isso que denominam as possibilidades da juventude.

Publicado pela primeira vez em 1977, O professor do desejo ganhou uma nova tradução e foi relançado pela editora Companhia das Letras no ano passado. A narrativa trata dos anos de formação do jovem David Kepesh. Filho do proprietário de um hotel numa região muito popular de veraneio entre os judeus de classe média de Nova York, Kepesh tem contato ainda na infância com uma figura marcante, o cômico Herbie Bratasky, que não se privava de fazer graça dos aspectos mais grotescos da experiência humana. Influenciado por Bratasky, David cresce e se torna um intelectual brilhante, mas sempre às voltas com inúmeras tentativas de impressionar as mulheres e levá-las para sua cama. Marcada pelo humor, pela sensualidade e pela ironia, a história segue com as constantes aflições de David, que se divide entre o desejo de satisfazer os instintos mais básicos de seu corpo, e as forças da civilização e da cultura, que o compelem para uma vida regrada, ao lado de uma só mulher e de uma carreira respeitável.

Estante da SílviaSílvia Mendes

novembro 2014Correio Camboriuense

Por que ler: O crítico Luciano Trigo diagnosticou em Philip Roth um forte sentimento de absurdo do mundo e uma permanente inadequação às regras da vida. São essas as características que povoam as páginas de O professor do desejo. Trata-se de uma literatura livre, sem filtros e repressões de linguagem ou do fluxo de pensamento, na qual o desajuste à sociedade se traduz em perversão e culpa. Em uma das páginas do livro, Roth se entrega: “Para mim, um livro só tem valor — inclusive os meus — quando o escritor se acusa”.O autor: Philip Roth (1933) é considerado um dos principais autores norte-americanos contemporâneos. O escritor de origem judaica coleciona prêmios importantes da literatura, entre eles um Pulitzer na categoria ficção pelo livro Pastoral Americana. O animalesco da natureza humana e a busca pela autocompreensão são temas recorrentes em sua obra.

Outro olhar, novos conceitos.A cada nova frase, uma nova crítica,

Seja bem vindo, Correio Camboriuense!Que a imparcialidade esteja acima de tudo.

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