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Santa Casa de Belo Horizonte
PROJETO DE PESQUISA
“ICU DISCHARGE”:IMPACTO DA PADRONIZAÇÃO DA ALTA DA UTI EM PÓS-OPERATÓRIO
DE CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA
Dr. Paulo César Correia(Médico Intensivista)
Dr. Gilmar Reis(Médico Intensivista - Doutor Cardiologia FMUSP)
Dr. Joseph Fabiano G. Santos(Médico Intensivista - Doutor Epidemiologia FMUSP)
Prof. Luiz Marcelo S Malbouisson(Professor Pós-graduação em Anestesiologia FMUSP)
Belo Horizonte2016
SUMÁRIO
1 RESUMO..................................................................................................3
2 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA...........................................................4
3 OBJETIVOS..............................................................................................6
4 MÉTODOS................................................................................................7
4.1 DELINEAMENTO................................................................................74.2 ELEGIBILIDADE.................................................................................7
4.2.1 Critérios de inclusão..................................................................74.2.2 Critérios de exclusão.................................................................7
4.3 INTERVENÇÃO DO ESTUDO............................................................74.4 DESFECHOS DE INTERESSE...........................................................9
4.4.1 Desfecho primário......................................................................94.4.2 Desfechos secundários.............................................................9
4.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA....................................................................9
5 ASPECTOS ÉTICOS E DE BOAS PRÁTICAS CLÍNICAS....................11
5.1 CONFIDENCIALIDADE DOS DADOS..............................................115.2 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE).11
6 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO..........................................................12
7 FONTE DE FINANCIAMENTO...............................................................13
8 REFERÊNCIAS.......................................................................................14
ANEXO A - QUESTIONÁRIO SOBRE VERIFICAÇÃO DA ACURÁCIA DAS INFORMAÇÕES TRANSMITIDAS NA ALTA DA UTI EM PACIENTES PÓS-OPERATÓRIO DE CRVM................................................16
ANEXO B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA MÉDICOS...........................................................................................20
ANEXO C - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA MÉDICOS...........................................................................................22
ANEXO D - FORMULÁRIO DE ALTA DA UTI CARDIOVASCULAR - SANTA CASA BH..........................................................................................24
3
1 RESUMO
Os pacientes hospitalizados em unidade de terapia intensiva (UTI) usualmente
recebem alta para enfermaria com necessidade de ajustes de medicamentos e de
continuidade de cuidados. A liberação do paciente da UTI é um processo complexo
influenciado por fatores individuais e organizacionais. Estratégias de otimização do
processo de alta da UTI, como a implementação de medidas para otimização de
transferência de cuidado e informações, têm sido sugeridas. Dentre os erros de
comunicação, 43% ocorrem durante transferência de informações e cuidado. Apesar
da importância da transferência de informações e cuidado ter sido ressaltada pela
maioria das organizações de saúde internacionais as estratégias de handoff entre
UTI e enfermaria não estão estabelecidas em nosso meio. Há escassez de
investigações sobre o tema e a implementação destas rotinas podem configurar um
desafio. Assim, foi elaborado um estudo prospectivo tipo pré-pós com objetivo de
avaliar o impacto da padronização da estratégia de alta em pacientes em pós-
operatório de cirurgia de revascularização miocárdica. São elegíveis a participar do
estudo todos os pacientes maiores de 18 anos hospitalizados em UTI cardiovascular
em pós-operatório de cirurgia de revascularização miocárdica que receberem alta
para enfermaria de cardiologia. Será analisado como desfecho primário a redução
do tempo de internação após alta da UTI. Será necessária uma amostra de 162
pacientes (81 indivíduos em cada grupo) a modo de detectar uma redução de 20%
do tempo de internação hospitalar pós alta da UTI, a favor do grupo intervenção,
adotando-se um poder do estudo de 80%, e um nível de significância de 5%, em
análise com intenção de tratar, bicaudal. Nenhum dado de identificação do paciente
será divulgado, sendo assegurados total confidencialidade e segurança na
obtenção, análise e divulgação dos resultados. Por se tratar de estudo voltado para
assistência e cuidado aos pacientes sem intervenção farmacológica ou mudança
clínica efetiva na condução do caso solicitaremos ao Comitê de Ética a dispensa do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para os pacientes em
formulário padrão. Será solicitado consentimento por escrito aos médicos da UTI e
dos médicos residentes de cardiologia. O presente estudo não prevê nenhuma fonte
de financiamento.
4
2 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
Os pacientes hospitalizados em UTI usualmente recebem alta para enfermaria
com necessidade de ajustes de medicamentos e de continuidade de cuidados (1). A
liberação do paciente da UTI é um processo complexo influenciado por fatores
individuais e organizacionais (1). Estratégias de otimização do processo de alta da
UTI têm sido sugeridas como: padronização de diretrizes (2), planejamento de alta
(3), monitorização de pacientes na enfermaria pela equipe da UTI (4), reconciliação
de medicamentos (5), criação das chamadas enfermeiras de ligação (3) e
implementação de medidas para otimização de transferência de cuidado e
informações (6).
As falhas de comunicação são responsáveis por 32% dos erros em UTI (7), e
está associado a ocorrência de até 60% de eventos adversos preveníveis (8). Dentre
os erros de comunicação 43% ocorrem durante transferência de informações e
cuidado (9). Neste momento refere-se que 20-30% das informações não são
documentadas em registros médicos (10). Questões relacionadas a transferência de
cuidado e informações (em língua inglesa emprega-se de forma não universal o
termo handoff) tem sido cada vez mais estudada na literatura (11). Investigações
relacionadas ao tema entre médicos residentes tem merecido atenção especial.
Estudo sobre handoff entre residentes de medicina interna evidenciou 69% de
omissão de medicamentos, 22% de omissão de lista de problemas, 5.7% de erros
em códigos de status e 2.8% de erros referentes a alergia (12). Foco referente ao
tema ocorreu em 2003, quando o Accreditation Council for Graduate Medical
Education restringiu o tempo de trabalho dos residentes. Este fato resultou em maior
número de handoffs com consequente maior risco de erros (13,14). Posteriormente,
em 2006, a Joint Commission requereu que instituições de acreditação
implementassem um modelo padrão de handoff, enfatizando o processo de
comunicação recíproca (15). Em 2007 a Organização Mundial de Saúde e a Joint
Commission destacou a importâncias dos protocolos para reduzir erros relacionados
a handoff (16). Finalmente, em 2008 o Institute of Medicine recomendou foco no
processo de handoff para melhorar a segurança do paciente (17).
Apesar da importância da transferência de informações e cuidado ter sido
ressaltada pela maioria das organizações de saúde internacionais as estratégias de
5
handoff entre UTI e enfermaria não estão estabelecidas em nosso meio. Há
escassez de investigações sobre o tema e a implementação destas rotinas podem
configurar um desafio (18). Assim, foi elaborado um estudo prospectivo tipo pré-pós
com objetivo de avaliar o impacto da padronização da estratégia de alta em
pacientes em pós-operatório de cirurgia de revascularização miocárdica.
6
3 OBJETIVOS
Verificar se a padronização da alta da UTI em pacientes em pós-operatório de
cirurgia de revascularização miocárdica focada na segurança e bem-estar do
paciente pode reduzir tempo de internação após alta da UTI e reduzir desfechos
clínicos desfavoráveis.
7
4 MÉTODOS
4.1 DELINEAMENTO
Trata-se de estudo clínico prospectivo tipo pré-pós cuja intervenção relaciona-
se a cuidado de saúde e gerenciamento de rotinas. O estudo será dividido em três
fases (fase pré-intervenção, fase de treinamento e fase pós-intervenção). Os dados
serão coletados na fase inicial (pré-intervenção) por 11 meses (maio de 2015 a abril
de 2016) e também na última fase, após a consolidação do treinamento, também por
um período de 11 meses (maio 2016 a abril de 2017). Durante período de um mês
acontecerá programa de treinamento formal. Desta forma haverá equivalência do
mesmo período de formação dos médicos residentes (R2) nas fases de coleta de
dados. O estudo acontecerá em UTI cardiovascular e enfermaria de cardiologia de
hospital filantrópico não informatizado de 1.000 leitos destinado ao atendimento
exclusivo do SUS. O procedimento vigente de alta da UTI caracteriza-se por relatório
médico impresso em formulário padrão criado em 2008, não estruturado com núcleo
de segurança e qualidade. Não há transmissão sistematizada tipo face a face (oral)
ou por via eletrônica de forma rotineira. No referido hospital não há sistema de
informatização de prontuários, exames ou registros médicos.
4.2 ELEGIBILIDADE
4.2.1 Critérios de inclusão
São considerados elegíveis a participar do estudo todos os pacientes maiores
de 18 anos hospitalizados em UTI cardiovascular em pós-operatório de cirurgia de
revascularização miocárdica que receberem alta para enfermaria de cardiologia.
4.2.2 Critérios de exclusão
Critérios de exclusão: nenhum.
4.3 INTERVENÇÃO DO ESTUDO
As intervenções serão multifacetadas e focadas no bem estar e segurança do
paciente envolvendo o núcleo de qualidade e segurança, staff médico da UTI
cardiovascular e médicos residentes da cardiologia. O processo de transferência de
8
informações será baseado nas melhores evidencias atuais da literatura e será
composto de:
1 - Treinamento destinado à equipe da UTI e aos residentes da enfermaria de
cardiologia. Treinamento formal expositivo sobre segurança e riscos durante o
processo de transferência de cuidado (módulo de uma hora - pelo núcleo de
qualidade e segurança do hospital) e treinamento formal expositivo sobre
proposta I PASS (Illness Severity, Patient Summary, Action Items, Situation
Monitoring, Synthesis by Receiving Physician) (módulo de uma hora - pelos
pesquisadores do projeto) durante este período de um mês os pesquisadores
envolvidos e o núcleo de segurança e qualidade farão supervisão e orientações
sobre as novas rotinas de alta.
2 - Novas padronizações relacionadas à forma de transferência de informação na
alta da UTI: formulário escrito padrão I PASS (Illness Severity, Patient
Summary, Action Items, Situation Monitoring, Synthesis by Receiving
Physician) que também será encaminhado por via eletrônica e passagem das
informações também por via oral (tipo face a face pelo staff da UTI ao residente
de cardiologia). Transferência objetiva e sistematizada de informações críticas
pré-determinadas em formulário padrão como: presença de alergia, profilaxia
de TVP/anticoagulação plena, delirium, perfil glicêmico, dor e analgesia,
insuficiência renal aguda, uso de antimicrobianos (vide anexo).
3 - Processo contínuo de mudança da cultura frente à alta do paciente da UTI o
qual incluirá um logo, pôster e outros materiais para assegurar manutenção das
medidas (vide anexo).
4 - Padronização de transferências de cópias de documentos críticos (exame pré-
operatórios ecodopplercardiograma e cineangiocoronariografia, avaliação
cardiológica pré-cirúrgica, avaliação pré-anestésica, relatório da descrição
cirúrgica).
Os seguintes dados serão coletados: sexo, número de enxertos, tempo de
circulação extra-corpórea (CEC), escore de gravidade a admissão na UTI, fração de
ejeção, doenças crônicas, tempo de permanência na UTI, infecções na UTI,
9
insuficiência renal aguda, necessidade de dialise, necessidade de transfusão de
hemácias, tempo de ventilação mecânica na UTI, acurácia das informações
transmitidas na alta, eventos adversos infecciosos e não infecciosos na enfermaria,
tempo de internação hospitalar pós alta da UTI, readmissão na UTI, mortalidade pós
alta da UTI e mortalidade 90 dias pós alta hospitalar
4.4 DESFECHOS DE INTERESSE
4.4.1 Desfecho primário
Verificar se a padronização da alta da UTI em pacientes em pós-operatório de
cirurgia de revascularização miocárdica, focada na segurança e bem-estar do
paciente, reduz o tempo de internação após alta da UTI.
4.4.2 Desfechos secundários
Verificar o efeito da intervenção multifacetada nos seguintes desfechos: 1)
acurácia das informações transmitidas durante a alta da UTI. 2) redução dos eventos
adversos e das infecções pós alta da UTI 3) redução das taxas de readmissão na
UTI 3) mortalidade pós-alta da UTI e mortalidade pós alta hospitalar. A análise da
acurácia das informações transmitidas será avaliada através de questionário padrão
contendo 13 itens, enviados aos médicos residentes da enfermaria de cardiologia
que farão preenchimento voluntário (vide anexo). A análise dos eventos adversos
não infecciosos se dará por meio do sistema de dados do núcleo de segurança. Os
eventos adversos infecciosos serão catalogados pela equipe de pesquisa.
4.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Considerando-se as características do desfecho primário, o cálculo do tamanho
amostral foi realizado de modo a detectar uma redução de 20% do tempo de
internação hospitalar, a favor do grupo intervenção, adotando-se um poder do
estudo de 80%, e um nível de significância de 5%, em análise com intenção de
tratar, bicaudal. Deste modo encontrou-se um n de 81 indivíduos para cada grupo.
Utilizando-se um fator de delineamento de 1,5, prevendo-se perda de dados e/ou
transgressões do protocolo de pesquisa, chegou-se em um n de 122 indivíduos para
cada grupo (grupo 1: grupo controle - antes da intervenção; grupo 2: grupo
intervenção - após início da intervenção), sendo portanto um total de 244 indivíduos.
10
Em função dos números de cirurgias habituais do serviço estimamos que este
número será alcançado com o período de delineamento proposto (1 e 3 fases).
Os dados serão apresentados como a média ± DP ou a mediana com intervalo
IQ. As variáveis categóricas serão apresentadas como porcentagens. Na
comparação entre os grupos será utilizado, para as variáveis categóricas o teste de
qui-quadrado ou o teste exato de Fisher, dependendo da situação. Para as variáveis
contínuas, utilizaremos o teste t-student para as paramétricas, e o U-Mann-Whitney
para as não paramétricas. Será realizada regressão logística múltipla, após análise
univariada, na avaliação de variáveis que se associam independentemente aos
desfechos estudados. Na comparação entre os grupos, um p menor do que 0,05
será considerado estatisticamente significativo, com um intervalo de confiança de
95%.
Os dados colhidos serão digitados em uma planilha eletrônica e serão
analisados utilizando-se o programa estatístico SPSS - Versão 19.0 (Statistical
Package for the Social Sciences Inc, 2010).
11
5 ASPECTOS ÉTICOS E DE BOAS PRÁTICAS CLÍNICAS
O estudo ICU DISCHARGE será conduzido em conformidade com as
resoluções nacionais e internacionais como descritas nos seguintes documentos:
ICH Harmonized Tripartite Guidelines for Good Clinical Practice – 1996;
Resolução CNS196/96 e complementares do CS/MS;
Declaração de Helsinque.
5.1 CONFIDENCIALIDADE DOS DADOS
Nenhum dado de identificação do paciente será divulgado, sendo assegurados
total confidencialidade e segurança na obtenção, análise e divulgação dos
resultados. O formulário de coleta de dados identificará o paciente pelo número
correspondente. Os dados obtidos do prontuário médico deverão ser mantidos em
caráter confidencial pelos investigadores, e a garantia de anonimato de todos os
dados em relatórios provisórios e definitivos será assegurada.
5.2 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Por se tratar de estudo voltado para assistência e cuidado aos pacientes sem
intervenção farmacológica ou mudança clinica efetiva na condução do caso
solicitaremos ao comitê de ética a dispensa do O TCLE para os pacientes em
formulário padrão. Será apresentado aos residentes de cardiologia e aos médicos da
UTI cardiovascular o termo de consentimento livre esclarecido sobre a pesquisa e
aplicação de questionários (vide anexo).
12
6 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
Baseado na realização de estudo semelhante consideramos cronograma de
execução na qual os dados serão coletados na mesma fase de formação dos
médicos residentes.
Mês/Fase de desenvolvimento
Out. - dez. 2014
Fev. - mar. 2015
Maio 2015 - abr. 2017
Maio - jun. 2017
Jul. - ago. 2017
Elaboração do Projeto
Avaliação e Aprovação do Comitê de ética SCBH
Coleta de dados
Data estimada para a análise final dos dados
Data estimada para divulgação dos resultados
13
7 FONTE DE FINANCIAMENTO
O presente estudo não prevê nenhuma fonte de financiamento. Os custos do
projeto relacionados a material de impressão e fotocópias foi estimado em 500 reais
e será dividido entre os pesquisadores.
14
8 REFERÊNCIAS
1. Lin F, Chaboyer W, Wallis M. A literature review of organisational, individual and
teamwork factors contributing to the ICU discharge process. Aust Crit Care.
2009;22(1):29-43
2. Task Force of the American College of Critical Care Medicine, Society of Critical
Care Medicine. Society of Critical Care Medicine. Guidelines for intensive care
unit admission, discharge, and triage. Crit Care Med. 1999;27(3):633-8.
3. Chaboyer W, Foster M, Kendall E, James H. The impact of a liaison nurse on
ICU nurses' perceptions of discharge planning. Aust Crit Care. 2004;17(1):25-32.
4. Ball C, Kirkby M, Williams S. Effect of the critical care outreach team on patient
survival to discharge from hospital and readmission to critical care: non-
randomised population based study. BMJ. 2003;327(7422):1014.
5. Pronovost P, Weast B, Schwarz M, Wyskiel RM, Prow D, Milanovich SN, et al.
Medication reconciliation: a practical tool to reduce the risk of medication errors.
J Crit Care. 2003;18(4):201-5.
6. Starmer AJ, Spector ND, Srivastava R, West DC, Rosenbluth G, Allen AD, et al.
Changes in medical errors after implementation of a handoff program. N Engl J
Med. 2014;371(19):1803-12.
7. Pronovost PJ, Thompson DA, Holzmueller CG, Lubomski LH, Dorman T,
Dickman F. et al. Toward learning from patient safety reporting systems. J Crit
Care. 2006;21(4):305-15.
8. Philibert, I. Use of strategies from high-reliability organisations to the patient
hand-off by resident physicians: practical implications. Qual Saf Health Care.
2009;18(4):261-6.
9. Ong MS, Coiera E. A systematic review of failures in handoff communication
during intrahospital transfers. Jt Comm J Qual Patient Saf. 2011;37(6):274-84.
10. Evans SM, Murray A, Patrick I, Fitzgerald M, Smith S, Andrianopoulos N, et al.
Assessing clinical handover between paramedics and the trauma team. Injury.
2010;41(5):460-4.
15
11. Cohen MD, Hilligoss B, Kajdacsy-Balla Amaral AC. A handoff is not a telegram:
an understanding of the patient is co-constructed. Crit Care. 2012;16(1):303.
12. Aylward MJ, Rogers T, Duane PG. Inaccuracy in patient handoffs: discrepancies
between resident-generated reports and the medical record. Minn Med.
2011;94(12):38-41.
13. Bernstein JA, Imler DL, Sharek P, Longhurst CA. Improved physician work flow
after integrating sign-out notes into the electronic medical record. Jt Comm J
Qual Patient Saf. 2010;36(2):72-8.
14. Brennan TA, Zinner MJ. Residents’ work hours: a wake up call? Int J Qual Health
Care. 2003 Apr;15(2):107-8.
15. Arora V, Johnson J. A model for building a standardized hand-off protocol. Jt
Comm J Qual Patient Saf. 2006 Nov;32(11):646-55.
16. World Health Organization Collaborating Centre for Patient Safety.
Communication during patient hand-overs. Patient Safety Solutions. 2007;1(3):1-
4.
17. Institute of Medicine (US) Committee on Optimizing Graduate Medical Trainee
(Resident) Hours and Work Schedule to Improve Patient Safety; Ulmer C, Miller
Wolman D, Johns MME, editors. Resident Duty Hours: Enhancing Sleep,
Supervision, and Safety. Washington, DC: National Academies Press, 2009.
18. van Sluisveld N, Zegers M, Westert G, van der Hoeven JG, Wollersheim H. A
strategy to enhance the safety and efficiency of handovers of ICU patients: study
protocol of the pICUp study. Implement Sci. 2013;8:67.
16
ANEXO A - QUESTIONÁRIO SOBRE VERIFICAÇÃO DA ACURÁCIA DAS INFORMAÇÕES TRANSMITIDAS NA ALTA DA UTI EM PACIENTES PÓS-
OPERATÓRIO DE CRVM
CÒDIGO DO PACIENTE:
INICIAIS DO PACIENTE: __________________________________________
DATA DA ALTA DA UTI: __________________________________________
□ 2 f □ 3f □ 4f □ 5f □ 6f □ SAB □ DOM
DATA DA REALIZAÇÃO DO QUESTIONÁRIO: _______________________
□ 2 f □ 3f □ 4f □ 5f □ 6f □ SAB □ DOM
As doenças prévias e possíveis alergias que este paciente apresenta foram explicitadas?
1-Totalmente e de forma plena □2-Parcialmente □3-De forma inadequada ou insuficiente □4-Não □5-Não sei responder a pergunta □6- O questionamento não se aplica ao caso □
Você compreendeu a estratégia cirúrgica realizada frente à condição clínica do paciente? (por exemplo: opções de enxertos em função dos achados angiográficos e cirúrgicos )
1-Totalmente e de forma plena □2-Parcialmente □3-De forma inadequada ou insuficiente □4-Não □5-Não sei responder a pergunta □6- O questionamento não se aplica ao caso □
17
O curso e a evolução clínica na UTI foram caracterizados?
1-Totalmente e de forma plena □2-Parcialmente □3-De forma inadequada ou insuficiente □4-Não □5-Não sei responder a pergunta □6- O questionamento não se aplica ao caso □
A alimentação, tipo de dieta e tolerância aos alimentos foi determinada?
1-Totalmente e de forma plena □2-Parcialmente □3-De forma inadequada ou insuficiente □4-Não □5-Não sei responder a pergunta □6- O questionamento não se aplica ao caso □
Estratégias de profilaxia de TVP ou anticoagulação plena foram compreendidas?
1-Totalmente e de forma plena □2-Parcialmente □3-De forma inadequada ou insuficiente □4-Não □5-Não sei responder a pergunta □6- O questionamento não se aplica ao caso □
A presença/ausência de dor e a proposta de analgesia para o paciente pós alta da UTI foi descrita?
1-Totalmente e de forma plena □2-Parcialmente □3-De forma inadequada ou insuficiente □4-Não □5-Não sei responder a pergunta □6- O questionamento não se aplica ao caso □
18
O perfil glicêmico e as estratégias de correção de glicemias foram sugeridas?
1-Totalmente e de forma plena □2-Parcialmente □3-De forma inadequada ou insuficiente □4-Não □5-Não sei responder a pergunta □6- O questionamento não se aplica ao caso □
Em caso do uso terapêutico de antimicrobianos: o tempo de tratamento proposto e amostras de culturas solicitadas foram descritos (se na sua opinião este paciente não estiver em uso de antimicrobiano no momento da alta da UTI marque número 6)
1-Totalmente e de forma plena □2-Parcialmente □3-De forma inadequada ou insuficiente □4-Não □5-Não sei responder a pergunta □6- O questionamento não se aplica ao caso □
Em caso de insuficiência renal aguda: o grau ou estágio da IRA e estratégias preventivas e terapêuticas propostas foram descritas: (se na sua opinião este paciente não tiver qualquer grau de IRA no momento da alta da UTI marque número 6)
1-Totalmente e de forma plena □2-Parcialmente □3-De forma inadequada ou insuficiente □4-Não □5-Não sei responder a pergunta □6- O questionamento não se aplica ao caso □
Em caso de delirium: descrição clínica dos sintomas apresentados, as medidas preventivas e terapêuticas instituídas foram explicitadas: (se na sua opinião este paciente não tiver qualquer grau de delirium no momento da alta da UTI marque número 6)
1-Totalmente e de forma plena □2-Parcialmente □3-De forma inadequada ou insuficiente □4-Não □5-Não sei responder a pergunta ou o questionamento não se aplica ao caso □6- O questionamento não se aplica ao caso □
19
Está claro para você se este paciente está em uso de medicamentos potencialmente perigosos?
1-Totalmente e de forma plena □2-Parcialmente □3-De forma inadequada ou insuficiente □4-Não □5-Não sei responder a pergunta □6- O questionamento não se aplica ao caso □
Você compreendeu a proposta de plano sequencial de cuidados sugeridos pela equipe da UTI?
1-Totalmente e de forma plena □2-Parcialmente □3-De forma inadequada ou insuficiente □4-Não □5-Não sei responder a pergunta □6- O questionamento não se aplica ao caso □
As informações transferidas durante a alta da UTI foram suficientes e compreendidas?
1-Totalmente e de forma plena □2-Parcialmente □3-De forma inadequada ou insuficiente □4-Não □5-Não sei responder a pergunta □6- O questionamento não se aplica ao caso □
20
ANEXO B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA MÉDICOS
Caro Dr(a). ____________________________________________________,
médico da unidade de terapia intensiva da Santa Casa de Belo Horizonte, estamos
solicitando sua autorização para participação no PROJETO DE PESQUISA “ICU DISCHARGE” – : Impacto da padronização da alta da UTI em pós-operatório de cirurgia de revascularização miocárdica. Este estudo tem como objetivo analisar
o impacto da padronização da estratégia de alta em pacientes em pós-operatório de
cirurgia de revascularização miocárdica além de caracterizar o perfil epidemiológico
destes pacientes. Este estudo será caracterizado por três fases. Na 1 fase (sem
intervenção) será analisado dados epidemiológicos e dados referentes a
transferência de informações durante a alta rotineira da UTI. Na 2 fase será
realizado treinamento especifico sobre transferência de informações para toda
equipe. Na 3 fase (com intervenção) a alta da UTI se dará através de protocolo
especifico com ênfase em segurança e bem estar do paciente. As informações
relacionadas a transferência de informações durante alta da UTI serão analisadas
através de questionário padrão aplicadas aos médicos residentes pela equipe de
pesquisa. Desfechos como tempo de internação hospitalar, readmissão na UTI e
mortalidade hospitalar serão analisados. Não haverá nenhuma análise de desempenho pessoal no procedimento de alta da UTI. Não haverá nenhuma atitude de diferenciação relacionada aqueles que se negarem a participar do estudo. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Santa Casa
de Belo Horizonte parecer n. 1.257.008. Caso tenha qualquer dúvida em relação aos
direitos dos participantes de pesquisa clínica ou em relação aos aspectos éticos
envolvidos, fique à vontade para entrar em contato com o Comitê de Ética em
Pesquisa da Santa Casa de Belo Horizonte. Sua participação nesse estudo é
totalmente voluntária e sem obrigatoriedade. Caso aceite participar, o consentimento
poderá ser retirado em qualquer momento por qualquer motivo, sem que esta
decisão lhe cause qualquer prejuízo. A equipe do estudo está à disposição para
prestar quaisquer esclarecimentos antes, durante e após o estudo nos seguintes
telefones: pesquisador responsável PAULO CÉSAR CORREIA, CRM 36360,
telefone(s) para contato: 31-3238 8735 - 31-99104 6153.
21
Consentimento: Li e compreendi os objetivos do estudo, todos os instrumentos
que serão utilizados e, em caso de qualquer dúvida, poderei entrar em contato com
a equipe do estudo. Tenho ciência que receberei uma cópia deste documento,
rubricada em todas as páginas e assinada por mim e pesquisador responsável.
Autorizo os pesquisadores a utilizarem os resultados de forma agregada desta
pesquisa para a divulgação em trabalhos no meio acadêmico e em publicações
científicas, onde nenhum dado de identificação será enviado a minha instituição.
Nome do participante de pesquisa ___________________________________
Assinatura do participante de pesquisa
__________________________________________
Assinatura do pesquisador responsável
___________________________________________
22
ANEXO C - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA MÉDICOS
Caro Dr(a). ____________________________________________________,
médico residente de cardiologia da Santa Casa de Belo Horizonte, estamos
solicitando sua autorização para participação no PROJETO DE PESQUISA “ICU DISCHARGE” – : Impacto da padronização da alta da UTI em pós-operatório de cirurgia de revascularização miocárdica. Este estudo tem como objetivo analisar
o impacto da padronização da estratégia de alta em pacientes em pós-operatório de
cirurgia de revascularização miocárdica além de caracterizar o perfil epidemiológico
destes pacientes. Este estudo será caracterizado por três fases. Na 1 fase (sem
intervenção) será analisado dados epidemiológicos e dados referentes a
transferência de informações durante a alta rotineira da UTI. Na 2 fase será
realizado treinamento especifico sobre transferência de informações para toda
equipe. Na 3 fase (com intervenção) a alta da UTI se dará através de protocolo
especifico com ênfase em segurança e bem estar do paciente. As informações
relacionadas a transferência de informações durante alta da UTI serão analisadas
através de questionário padrão aplicadas aos médicos residentes pela equipe de
pesquisa. Desfechos como tempo de internação hospitalar, readmissão na uti e
mortalidade hospitalar serão analisados. Não haverá nenhuma análise de
desempenho pessoal na avaliação da acurácia de transferência de informações
durante o procedimento de alta da UTI. Não haverá nenhuma atitude de
diferenciação relacionada aqueles que se negarem a participar do estudo. Este
estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Santa Casa de Belo
Horizonte, parecer n. 1.257.008. Caso tenha qualquer dúvida em relação aos direitos
dos participantes de pesquisa clínica ou em relação aos aspectos éticos envolvidos,
fique à vontade para entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da
Santa Casa de Belo Horizonte. Sua participação nesse estudo é totalmente
voluntária e sem obrigatoriedade. Caso aceite participar, o consentimento poderá ser
retirado em qualquer momento por qualquer motivo, sem que esta decisão lhe cause
qualquer prejuízo. A equipe do estudo está à disposição para prestar quaisquer
esclarecimentos antes, durante e após o estudo nos seguintes telefones:
23
pesquisador responsável PAULO CÉSAR CORREIA, CRM 36360, telefone(s) para
contato: 31-3238 8735 - 31-99104 6153.
Consentimento: Li e compreendi os objetivos do estudo, todos os instrumentos
que serão utilizados e, em caso de qualquer dúvida, poderei entrar em contato com
a equipe do estudo. Tenho ciência que receberei uma cópia deste documento,
rubricada em todas as páginas e assinada por mim e pesquisador responsável.
Autorizo os pesquisadores a utilizarem os resultados de forma agregada desta
pesquisa para a divulgação em trabalhos no meio acadêmico e em publicações
científicas, onde nenhum dado de identificação será enviado a minha instituição.
Nome do participante de pesquisa ___________________________________
Assinatura do participante de pesquisa
__________________________________________
Assinatura do pesquisador responsável
___________________________________________
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ANEXO D - FORMULÁRIO DE ALTA DA UTI CARDIOVASCULAR - SANTA CASA BH
Identificação:
Nome Reg Idade Sexo Motivo de admissão na UTI
Data de admissão na UTI
Data da alta da UTI
I Illness Severity (Gravidade da doença)
(escrever: estável, atenção especial ou instável)
P Patient Summary (Resumo do caso)
Quadro clínico que motivou intervenção cirúrgica:
Estratégia cirúrgica realizada frente à condição clínica do paciente: (sobre a pontes realizadas etc.)
Sobre evolução per-operatória - condições à admissão na UTI: (hemodinâmica, necessidade de hemocomponentes CEC e condições clínicas à admissão na UTI)
Evolução na UTI (evolução esperada ou não, necessidade de hemocomponentes, arritmias, infecções)
Estado clínico no momento da alta da UTI:
A Action Items (Lista de ações)Por exemplo: checar e cobrar resultados de exames, reavaliações objetivas
S Situation Monitoring/ Contingency planning (Acompanhamento de situações e plano de contingência)
Acompanhamento de situações de piora clínica e sugestões para plano de contingência
S Synthesis by Receiving Physician
Alergias:( ) sem relatos alergia( ) _________________
Profilaxia de TVP:( ) Enoxaparina 40 mg/dia; ( ) Heparina 5000 unid SC TID; ( ) Sem profilaxia; ( ) Outros( ) Em anticoagulaçao plena: (favor detalhar) ___________________________________________
Dor no momento da alta da UTI:( ) NÃO( ) SIM (favor detalhar, local da dor, intensidade proposta de analgesia para enfermaria)
Glicêmia e as estratégias de correção:
Uso terapêutico de antimicrobianos: favor descrever o tempo de tratamento proposto e amostras de culturas em andamento
IRA na UTI ( ) Não ( ) Akin 1 ( ) Akin 2 ( ) Akin 3Favor descrever se há riscos adicionais para desenvolvimento de insuficiência renal aguda na enfermaria
Delirium na UTI (descrição dos sintomas apresentados, as medidas preventivas e terapêuticas instituídas)
Nutrição, ingesta e tolerância alimentar
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Lista de medicamentos (destacar os potencialmente perigosos)