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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SERGIPE

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SERGIPE

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GOVERNO DE SERGIPE

SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

DIRETORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS – DAT

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018

EVENTOS TEMPORÁRIOS

Sumário

1 OBJETIVO 3

2 APLICAÇÃO 3

3 REFERÊNCIAS 3

4 DEFINIÇÕES 4

5 CLASSIFICAÇÃO DOS EVENTOS TEMPORÁRIOS 5

6 PROCEDIMENTOS 6

7 RESPONSABILIDADES 9

8 REQUISITOS DE SEGURANÇA PARA GERENCIAMENTO DE PÚBLICO 10

9 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA 14

10 ESTRUTURAS PROVISÓRIAS 18

11 SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA 21

12 ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA 22

13 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 22

14 ESPETÁCULOS PIROTÉCNICOS E EFEITOS ESPECIAIS 22

15 TRIOS ELÉTRICOS E SIMILARES 22

16 PARQUES DE DIVERSÕES 23

17 BRIGADA DE INCÊNDIO 23

18 PLANO DE EMERGÊNCIA 24

19 ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR 24

20 GENERALIDADES 25

21 PRESCRIÇÕES DIVERSAS 25

ANEXO A 27

ANEXO B 29

ANEXO C - 1 30

ANEXO C -2 31

ANEXO D 32

ANEXO E 33

ANEXO F 35

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 3

1 OBJETIVO

Esta Instrução Técnica tem por objetivo estabelecer os

requisitos mínimos de segurança necessários para a

realização de eventos temporários em áreas públicas ou

privadas, edificadas ou não, visando à proteção da vida

humana e do patrimônio quanto ao risco de incêndio e

pânico.

2 APLICAÇÃO

A presente Instrução Técnica aplica-se a todos os recintos

situados em edificações permanentes ou construções

provisórias, fechados, cobertos ou ao ar livre, onde sejam

realizados eventos temporários.

2.1. Esta instrução técnica não se aplica:

a. aos eventos com previsão de público de até 400

pessoas;

b. aos eventos em edificações permanentes que sejam

atividades secundárias, sem modificações que

alterem a eficiência das medidas de segurança contra

incêndio e pânico;

c. a feiras e assemelhados, ao ar livre sem barreiras

físicas (tapume ou assemelhados);

d. a passeatas e manifestações.

2.2. Não serão consideradas como eventos temporários

as atividades destinadas a confraternizações, festas

religiosas, comemorações de datas festivas, festas juninas,

competições esportivas, apresentações artístico-culturais,

artes cênicas, lutas de exibição, artes plásticas,

apresentação de música, poesia, literatura e assemelhados,

realizadas em edificações permanentes com previsão de

público restrito aos seus ocupantes e convidados, em que

não há especial interesse público.

2.3. Para os eventos constantes nos itens 2.1 e 2.2 não

será exigida a comunicação ao CBMSE, entretanto, quando

houver necessidade de declaração de dispensa, para

realização do evento temporário, esta será emitida

eletronicamente através do Portal de Atendimento do

Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Sergipe

(http://dat.cbm.se.gov.br/).

3 REFERÊNCIAS

Lei nº 8151, de 21 de novembro de 2016 – Estabelece e

define critérios acerca de sistemas de segurança contra

incêndio e pânico para edificações no Estado de Sergipe.

Lei nº 8415 de 22 de maio de 2018 – Dispõe sobre a

presença de Bombeiros Civis nas edificações, áreas de risco

ou eventos de grande concentração pública, e sobre a

regularização de empresas e entidades prestadoras de

serviços de prevenção e combate a incêndio no âmbito do

Estado de Sergipe, e dá outras providências correlatas.

Lei nº 2778 de 28 de dezembro de 1989 do estado de

Sergipe – Institui taxas estaduais e dá outras providências.

Lei nº 4184 de 22 de dezembro de 1999 do estado de

Sergipe - Dispõe sobre a taxa de Aprovação de Projetos e a

taxa anual de segurança contra Incêndio e Pânico e dá

outras providências.

Instrução Técnica nº 12 – Centros Esportivos e de Exibição:

Requisitos de Segurança Contra Incêndio e Pânico.

Instrução Técnica nº 16 CBPMESP – Plano de Emergência

Contra Incêndio.

Instrução Técnica nº 17 CBPMESP – Brigada de Incêndio.

Instrução Técnica nº 33/2013 CBMMG – Eventos

Temporários

NBR 9050 – Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços

e Equipamentos Urbanos.

NBR 10898 – Sistema de Iluminação de Emergência.

NBR 13570 – Instalações elétricas em locais de afluência de

público – Requisitos específicos.

NBR 14608 – Bombeiro profissional civil.

NBR 15.926 – Equipamentos de Parques de Diversão.

R-105 – Exército Brasileiro – Regulamento para a

Fiscalização de Produtos Controlados.

REG/T02 – Exército Brasileiro – Fogos de Artifício,

Pirotécnicos, Artifícios Pirotécnicos e Artifícios Similares.

REG/T 03 – Exército Brasileiro – Espetáculos Pirotécnicos.

Portaria nº 2.048, de 05 de novembro de 2002 – Ministério

da Saúde – Aprova o Regulamento Técnico dos Sistemas

Estaduais de Urgência e Emergência.

Resolução nº 1.671/2003 – Conselho Federal de Medicina –

CFM – Dispõe sobre a regulamentação do atendimento pré-

hospitalar e dá outras providências.

Resolução nº 1.980/2011 – Conselho Federal de Medicina –

CFM – Fixa regras para cadastro, registro, responsabilidade

técnica e cancelamento para as pessoas jurídicas.

Decisão normativa nº 52, de 25 de agosto de 1994 –

Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – Dispõe

sobre a obrigatoriedade de Responsável técnico pelas

instalações das empresas que exploram parques de

diversões.

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 4

Nota Técnica de Referência em Prevenção Contra Incêndio

e Pânico em Estádios e Áreas Afins – Secretaria Nacional de

Segurança Pública – 2010.

4 DEFINIÇÕES

Para entendimento desta Instrução Técnica, aplicam-se as

definições abaixo, além daquelas contidas nas referências

normativas e na Instrução Técnica de Terminologia de

proteção contra incêndio e pânico vigente no CBMSE:

4.1. Acesso: caminho a ser percorrido pelos usuários do

pavimento ou do setor, constituindo a rota de saída para se

alcançar uma escada, uma rampa, ou descarga para saída do

recinto para um local de segurança ou de relativa segurança.

Os acessos podem ser constituídos por corredores,

passagens, vestíbulos, balcões, varandas, terraços e

similares.

4.2. Acesso lateral: é um corredor de circulação

paralelo às filas (fileiras) de assentos ou arquibancadas,

geralmente possui piso plano ou levemente inclinado

(rampa).

4.3. Acesso radial: é um corredor de circulação que dá

acesso direto na área de acomodação dos espectadores

(patamares das arquibancadas), podendo ser inclinado

(rampa) ou com degraus. Deve ter largura mínima de 1,20

m.

4.4. Assento rebatível: mobiliário que apresenta duas

peças principais, encosto e assento. A peça do assento

possui características retráteis, seja através de contrapeso

ou mola, permanecendo na posição recolhida quando

desocupada.

4.5. Arquibancada: série de assentos em filas

sucessivas, cada uma em plano mais elevado que a outra,

em forma de degraus, e que se destina a dar melhor

visibilidade aos espectadores, em estádios, anfiteatros,

circos, auditórios, etc. Podem ser providas de assentos

(cadeiras ou poltronas) ou não.

4.6. Auto de Conformidade de Evento Temporário

(ACET): documento emitido eletronicamente pelo CBMSE

para eventos temporários de risco mínimo e baixo,

mediante respostas auferidas no questionário disponível no

portal de atendimento do CBMSE.

4.7. Auto de Liberação de eventos (ALE): documento

emitido pelo CBMSE para eventos temporários de riscos

médio, alto e especial.

4.8. Barreiras: estruturas físicas destinadas a impedir

ou dificultar a livre circulação de pessoas.

4.9. Barreiras antiesmagamento: barreiras ou

barricadas destinadas a evitar esmagamentos dos

espectadores, devido à pressão da multidão aglomerada nas

áreas de acomodação de público em pé.

4.10. Bloco: agrupamento de assentos

preferencialmente localizados entre dois acessos radiais ou

entre um acesso radial e uma barreira.

4.11. Bombeiro civil: Bombeiro que presta serviço em

uma planta ou evento.

4.12. Brigadista: integrante de grupo organizado de

pessoas, treinado e capacitado para atuar,

preliminarmente, na prevenção de incidentes e pânico,

abandono dos ocupantes, combate a princípio de incêndio

e prestar primeiros socorros às vítimas.

4.13. Descarga: parte da saída de emergência que fica

entre a escada ou a rampa e a via pública ou área externa

em comunicação com a via pública. Pode ser constituída por

corredores ou átrios cobertos ou a céu aberto.

4.14. Evento temporário: acontecimento de especial

interesse público, ocorrendo em período limitado,

conglomeração de pessoas em determinado espaço físico

construído ou preparado, com finalidade artística, religiosa,

esportiva, festiva, de carnaval, de espetáculos musicais, de

feiras e exposições, de entretenimento, diversão e lazer,

classificados como ocupação de acordo com as normas

vigentes no CBMSE podendo ser momentâneo, quando

realizado em horas, e continuado, quando realizado em

dias.

4.15. Local de relativa segurança: local dentro de uma

edificação ou estrutura onde, por um período limitado de

tempo, as pessoas têm alguma proteção contra os efeitos

do fogo e da fumaça. Este local deve possuir resistência ao

fogo e elementos construtivos, de acabamento e de

revestimento incombustíveis, proporcionando às pessoas

continuarem sua saída para um local de segurança.

Exemplos: escadas de segurança, escadas abertas externas,

corredores de circulação (saída) ventilados (mínimo de 1/3

da lateral com ventilação permanente), áreas abertas e

extensas ao ar livre em comunicação com a via pública.

4.16. Local de segurança: local fora da edificação ou fora

do perímetro do evento, no qual as pessoas estão sem

perigo imediato dos efeitos do fogo e fumaça.

4.17. Plano de emergência: conjunto de normas e ações

visando à remoção rápida, segura, de forma ordenada e

eficiente de toda a população fixa e flutuante da edificação

em caso de uma situação de sinistro.

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 5

4.18. Processo de Evento Temporário de Segurança

Contra Incêndio e Pânico (PETSCIP): Procedimento utilizado

para regularização de eventos temporários.

4.19. Responsável técnico pelo evento temporário:

profissional legalmente habilitado perante o órgão de

fiscalização profissional, responsável pela segurança contra

incêndio e pânico no evento, devendo emitir o documento

de responsabilidade técnica (ART OU RRT) de

gerenciamento das medidas preventivas de Segurança

Contra Incêndio e Pânico durante o evento.

4.20. Responsável técnico pela elaboração do projeto

de segurança contra incêndio e pânico: profissional

legalmente habilitado perante o órgão de fiscalização

profissional, responsável pela elaboração do projeto de

segurança contra incêndio e pânico no evento, devendo

emitir a ART.

4.21. Responsável pelo evento: pessoa física ou jurídica

responsável pela organização e realização do evento,

respondendo diretamente perante os órgãos públicos,

podendo ser denominado organizador de evento.

4.22. Risco: exposição ao perigo e à probabilidade da

ocorrência de um sinistro.

4.23. Saída de emergência: caminho contínuo,

devidamente protegido e sinalizado, proporcionado por

portas, corredores, halls, passagens externas, balcões,

vestíbulos, escadas, rampas ou outros dispositivos de saída

ou combinações destes, a ser percorrido pelos usuários em

caso de um incêndio e pânico, que os conduzam de qualquer

ponto da edificação e área de risco até atingir a via pública

ou espaço aberto, protegido do incêndio ou pânico (local de

segurança), em comunicação com o logradouro.

4.24. Setor: espaço delimitado para acomodação dos

espectadores, permitindo a ocupação ordenada do recinto.

4.25. Taxa de fluxo (F): número de pessoas que passam

por minuto, por determinada largura de saída

(pessoas/minuto).

4.26. Tempo de saída: é o tempo no qual todos os

espectadores, em condições normais, conseguem deixar a

respectiva área de acomodação (setor) e adentrarem em um

local seguro ou de relativa segurança.

5 CLASSIFICAÇÃO DOS EVENTOS TEMPORÁRIOS

Os eventos são classificados em níveis de risco aos

espectadores, considerando o público estimado e as

características específicas do evento, além da capacidade de

resposta e atendimento às vítimas em eventual sinistro.

5.1. Eventos de risco mínimo

5.1.1. Eventos com público entre 401 e 1.000 pessoas,

que atendam a todos os seguintes requisitos:

a. Local do evento seja ao ar livre, sem delimitação por

barreiras que impeçam o trânsito livre de pessoas;

b. Caso haja utilização de trios elétricos e/ou similares

o responsável deverá providenciar medidas que

garantam o isolamento do público quando o veículo

estiver em movimento;

c. Não haja previsão de público sobre estruturas

provisórias como arquibancadas, camarotes e

similares, sendo admitida a montagem de estruturas

temporárias como palco e similares para uso

específico da coordenação do evento e

apresentações artísticas e culturais, devendo neste

caso apresentar as anotações de responsabilidades

técnicas das estruturas montadas e das instalações

elétricas;

d. Não haja espetáculo pirotécnico ou utilização de

brinquedos mecânicos;

e. Não haja público sob tendas com área total superior

a 150 m²;

f. Não haja prática de esportes radicais que impliquem

em risco para os espectadores, tais como rodeio,

competição/exibição automobilística, motociclística,

de aeronaves ou similares;

g. A atração artística ou motivo de reunião de pessoas

seja compatível ao público estimado.

5.2. Eventos de risco baixo

5.2.1. Eventos que não se enquadram como de risco

mínimo e eventos com público entre 1.001 e 3.000 pessoas.

Devem atender a todos os seguintes requisitos:

a. Local do evento seja ao ar livre ou em área externa à

edificação, sendo admitida delimitação por barreiras;

b. Caso haja utilização de trios elétricos e/ou similares

o responsável deverá providenciar medidas que

garantam o isolamento do público quando o veículo

estiver em movimento;

c. Não haja previsão de público sobre estruturas

provisórias como arquibancadas, camarotes e

similares, sendo admitida a montagem de estruturas

temporárias como palco e similares, para uso

específico da coordenação do evento e

apresentações artísticas e culturais, devendo neste

caso apresentar as anotações de responsabilidades

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 6

técnicas das estruturas montadas e das instalações

elétricas;

d. Não haja espetáculo pirotécnico ou utilização de

brinquedos mecânicos;

e. Não haja prática de esportes radicais que impliquem

em risco para os espectadores, tais como rodeio,

competição/exibição automobilística, motociclística,

de aeronaves ou similares.

5.3. Eventos de risco médio

5.3.1. Eventos que não se enquadram como risco baixo e

eventos com público entre 3.001 e 10.000 pessoas.

5.4. Eventos de risco alto

5.4.1. Eventos com público entre 10.001 e 40.000

pessoas.

5.5. Eventos de risco especial

5.5.1. Eventos com público acima de 40.000 pessoas.

6 PROCEDIMENTOS

6.1. Eventos temporários de risco mínimo e baixo

Os eventos enquadrados neste item possuem

procedimentos simplificados para regularização, visando à

celeridade no processo, podendo ser feito diretamente no

Portal de Atendimento do Corpo de Bombeiros Militar do

Estado de Sergipe (http://dat.cbm.se.gov.br/) ou por meio

de Sistemas Integrados de Licenciamento, quando o

município for conveniado.

Os Processos de eventos temporários de risco mínimo e

baixo terão o Auto de Conformidade de Evento Temporário

(ACET) emitido pelo CBMSE eletronicamente.

Por ocasião da informatização do serviço de segurança

contra incêndio, novas regras podem ser estabelecidas, com

a disponibilização do formulário na página do Corpo de

Bombeiros e a efetivação do protocolo por meio da rede de

alcance mundial.

6.1.1. Responsável pela abertura do Processo de evento

Temporário de risco mínimo e baixo

6.1.1.1. Informações a serem prestadas

As informações prestadas na documentação exigida no

Processo de evento Temporário de risco mínimo e baixo

deverão ser do organizador do evento.

6.1.2. Abertura de Processo de evento Temporário de

risco mínimo e baixo

A abertura do processo será online e o organizador do

evento deverá proceder da seguinte forma:

a. Iniciar o processo de regularização junto ao Corpo

de Bombeiros Militar de Sergipe através do Portal de

Atendimento do Corpo de Bombeiros Militar do Estado

de Sergipe (http://dat.cbm.se.gov.br/);

b. Responder questionário disponibilizado no Portal

Atendimento;

c. Aceitação eletrônica do Termo de

Responsabilidade disponível no Portal de Atendimento

do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Sergipe

(http://dat.cbm.se.gov.br/);

d. Anexar documentação conforme item 6.1.2.1;

e. Anexar laudo técnico com respectiva Anotação de

Responsabilidade Técnica (ART), conforme anexos,

para os eventos de risco baixo;

f. Pagamento da taxa referente à emissão do ACET

(02 Unidades Fiscal Padrão/SE conforme Lei Estadual

2778/89);

g. Após a constatação do pagamento da taxa, o ACET

será emitido eletronicamente e ficará disponível no

portal de atendimento do CBMSE.

6.1.2.1. Documentação necessária para eventos

Temporários de risco mínimo.

O organizador de evento deverá manter no estabelecimento

uma via física dos seguintes documentos:

a. Comprovante de CNPJ se Pessoa Jurídica ou copia

de documento de identificação oficial do organizador

do evento se pessoa física;

b. Nota Fiscal ou Comprovante de aquisição dos

equipamentos de Segurança Contra Incêndio;

c. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de

serviços especializados executados por profissional

habilitado, exigidos por esta instrução técnica e

normas técnicas oficiais, quando necessário;

6.1.2.2. Documentação necessária para eventos

Temporários de risco baixo.

O organizador de evento deverá manter no estabelecimento

uma via física dos seguintes documentos:

a. Comprovante de CNPJ se Pessoa Jurídica ou copia

de documento de identificação oficial do organizador

do evento se pessoa física;

b. Nota Fiscal ou Comprovante de aquisição dos

equipamentos de Segurança Contra Incêndio;

c. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de

serviços especializados executados por profissional

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 7

habilitado, exigidos por esta instrução técnica e

normas técnicas oficiais;

d. Atestado de brigada contra incêndio e pânico, para

eventos de risco baixo, conforme anexos;

e. Laudo Técnico de Segurança Contra Incêndio e

Pânico preenchido conforme Anexo A com respectiva

ART.

6.1.3. Todas as documentações referentes ao Processo de

evento Temporário de risco mínimo e baixo poderão ser

requisitadas pelo CBMSE a qualquer tempo.

6.1.4. Quando requisitada, uma via física da

documentação do estabelecimento deverá ser entregue no

CBMSE.

6.2. Eventos temporários de risco médio, alto e

especial

Os eventos enquadrados neste tipo de processo deverão ser

agendados no Portal de Atendimento do Corpo de

Bombeiros Militar do Estado de Sergipe

(http://dat.cbm.se.gov.br/), ou por meio de Sistemas

Integrados de Licenciamento, quando o município for

conveniado, para a entrega de documentação.

6.2.1. Responsável pela abertura do Processo de evento

Temporário de risco médio, alto e especial

6.2.1.1. Informações a serem prestadas

As informações prestadas na documentação exigida no

Processo de evento Temporário de risco médio, alto e

especial deverão ser do organizador do evento e/ou do

Responsável Técnico do evento.

6.2.2. Abertura de Processo de evento Temporário de

risco médio, alto e especial

A abertura do processo será presencial e o organizador do

evento ‘e/ou Responsável Técnico deverá apresentar

projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico contendo:

a. Plantas de localização e situação;

b. Memorial descritivo;

c. Planta contendo as Medidas de Segurança Contra

Incêndio e Pânico;

d. Nota Fiscal ou Comprovante de aquisição dos

equipamentos de Segurança Contra Incêndio;

e. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do

Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico;

f. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) das

estruturas montadas;

g. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) da

instalação elétrica;

h. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de

controle de material e acabamento;

i. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de

Gerenciamento das medidas preventivas de Segurança

Contra Incêndio e Pânico;

j. Termo de responsabilidade de lotação máxima,

conforme anexo;

k. Atestado de brigada contra incêndio e pânico,

conforme Anexo;

l. Declaração que não fará show pirotécnico;

6.2.3. Nos eventos em que haverá queima de fogos de

artifício deverá ser observada a Instrução Técnica Específica

que trata da realização de espetáculos pirotécnicos.

6.2.4. Constatado pelo CBMSE que o Projeto de

Segurança de contra Incêndio e Pânico do evento atende a

legislação em vigor este será aprovado e estará apto para a

execução das medidas de Segurança Contra Incêndio e

Pânico contidas no referido processo.

6.2.5. Após a execução do Projeto de Segurança de contra

Incêndio e Pânico do evento deverá ser solicitado pelo

organizador do evento e/ou responsável técnico, junto ao

protocolo, a vistoria do local a ser realizado o evento.

6.2.6. No ato da protocolização será emitido boleto

referente a vistoria no valor de 10 Unidades Fiscal

Padrão/SE conforme Lei Estadual 2778/89);

6.2.7. Após a aprovação em vistoria será emitido o Auto

de Liberação de Eventos – ALE.

6.3. Regularização dos eventos

6.3.1. Evento de risco mínimo

6.3.1.1. Para os eventos classificados como risco mínimo

não haverá necessidade de apresentação de Projeto de

Segurança de contra Incêndio e Pânico, todavia, o

organizador do evento deverá garantir as condições de

segurança e manter as características do evento.

6.3.1.2. Quando houver montagem de palco ou estrutura

similar destinada à apresentação artístico-cultural e

sonorização, dentre outros, o organizador do evento deverá

manter no local do evento a respectiva Anotação de

Responsabilidade Técnica (ART) das estruturas montadas e

instalações elétricas.

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 8

6.3.1.3. As barracas utilizadas em eventos de risco mínimo

deverão ser protegidas por extintores com agente

adequado à classe de fogo.

6.3.1.4. Não será exigida a contratação de responsável

técnico em eventos de risco mínimo.

6.3.2. Evento de risco baixo

6.3.2.1. Para os eventos classificados como risco baixo não

haverá necessidade de apresentação de Projeto de

Segurança de contra Incêndio e Pânico, todavia, o

organizador do evento será o responsável por garantir as

condições de segurança e manter as características do

evento, devendo contratar profissional habilitado para

elaborar o laudo técnico, conforme Anexo A.

6.3.2.2. Não haverá vistoria para fins de emissão de ALE, no

entanto, o organizador do evento deve manter no local os

documentos necessários para apresentação ao CBMSE

durante fiscalização.

6.3.2.3. Quando houver montagem de palco ou estrutura

similar destinada à apresentação artístico-cultural e

sonorização, dentre outros, o organizador do evento deverá

manter no local do evento a respectiva Anotação de

Responsabilidade Técnica (ART).

6.3.3. Evento de risco médio e alto

6.3.3.1. Para os eventos classificados como risco médio e

alto deverá ser apresentado Projeto de Segurança Contra

Incêndio e Pânico do Evento, elaborado por profissional

habilitado.

6.3.3.2. Para realização do evento, após aprovação do

projeto, deve ser solicitada vistoria para avaliação das

medidas de segurança contra incêndio e pânico instaladas.

6.3.3.3. Para a realização da vistoria, o organizador do

evento deverá protocolar a documentação que atesta a

execução do Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico,

de montagens e desmontagens provisórias e demais

serviços e mantê-las no local do evento para fiscalização do

CBMSE.

6.3.3.4. O responsável técnico pelo evento deverá garantir

a segurança dos espectadores durante todo o evento,

devendo acompanhar toda a realização do evento.

6.3.3.5. A vistoria para liberação do evento deverá ser

acompanhada pelo responsável técnico pelo evento.

6.3.4. Evento de risco especial

Deverá seguir os mesmos procedimentos para os eventos

de risco médio e alto. No entanto, o evento deverá ser

precedido de planejamento conjunto entre os órgãos e

demais envolvidos na segurança do evento.

6.3.4.1. A reunião terá como objetivo antecipar eventuais

problemas durante o evento.

6.3.4.2. As deliberações sobre eventos especiais deverão

levar em conta o histórico de eventos ocorridos

anteriormente.

6.3.5. Prazos

6.3.5.1. Os Projetos Técnicos para os Eventos Temporários

de risco médio, alto e especial deverão ser protocolados no

setor responsável do CBMSE com no mínimo 30 dias de

antecedência, se a protocolização ocorrer em prazo inferior

a este o CBMSE não se responsabilizará pela não análise e

liberação.

6.3.5.2. A abertura de processo de Eventos Temporários de

risco mínimo e baixo poderá ser protocolada

eletronicamente em até 1 (uma) hora antes da realização do

evento.

6.3.5.3. Quando notificado em análise, o projeto deverá ser

apresentado com as devidas correções para nova análise em

tempo hábil.

6.3.5.4. O não atendimento da exigência de correções do

projeto em tempo hábil impede sua aprovação e

subsequente encaminhamento para vistoria, sujeitando o

evento às sanções previstas no Regulamento de Segurança

contra Incêndio e Pânico, em caso de realização irregular.

6.3.5.5. A solicitação de vistoria de liberação deverá ser

feita em tempo hábil para que sejam adotadas as medidas

necessárias para realização da vistoria.

6.3.5.6. Todas as medidas de segurança aprovadas em

projeto devem estar em condições de serem vistoriadas

com, no mínimo, 24 horas de antecedência.

6.3.5.7. A aprovação final do evento em vistoria deverá

ocorrer até no máximo 3 horas antes do início do evento.

6.3.5.7.1. Nos eventos com controle de entrada,

esse prazo será observado em relação ao horário da

abertura dos acessos.

6.3.5.7.2. Constatadas irregularidades na vistoria de

liberação, após o prazo final, o CBMSE ficará impossibilitado

de executar nova vistoria para fins de emissão de ALE,

devendo ser avaliada a aplicação da penalidade de

interdição, total ou parcial, devido à provável exposição do

público alvo a um ambiente de risco potencial.

6.3.5.7.3. Tal exigência visa possibilitar a

comunicação ao público do cancelamento ou adiamento do

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 9

evento, evitando a possibilidade de tumulto devido à

concentração de público próximo ao local do evento,

gerando situações de risco aos espectadores.

6.3.5.8. Constatando-se a intempestividade em relação aos

prazos estabelecidos nesta IT, quando do protocolo do

PETSCIP, o setor responsável emitirá ofício ao responsável

pelo evento informando da impossibilidade de tramitação

do PETSCIP para regularização.

6.3.6. Emissão de ALE

6.3.6.1. Após aprovação do Projeto de Segurança Contra

Incêndio e Pânico em vistoria, será emitido o Auto de

Liberação de Eventos (ALE), para o endereço do evento e

constando o período de duração.

6.3.6.2. Não havendo possibilidade de emissão do ALE pelo

setor responsável do DAT ou SAT, o boletim de ocorrência

poderá servir de documento comprobatório de liberação.

6.3.7. Emissão de ACET

6.3.7.1. A emissão do ACET estará condicionada a

compensação bancária.

6.3.8. Circos e parques itinerantes

6.3.8.1. Para circos e parques de diversão, será permitido o

seguinte procedimento:

6.3.8.2. Deverá protocolar o respectivo projeto no setor

responsável para análise.

6.3.8.3. Após primeira liberação em vistoria, quando não

houver mudança no projeto para evento temporário, o

responsável pelo circo ou parque poderá apresentar cópia

do Projeto de Segurança de contra Incêndio e Pânico do

evento aprovado no CBMSE na próxima localidade de

destino, sendo necessária apenas a solicitação da vistoria.

6.3.8.4. Para a solicitação de subsequentes vistorias, o

responsável pelo evento deverá protocolar o Pedido de

Vistoria e a Anotação de Responsabilidade Técnica pela

montagem das estruturas.

6.3.8.5. Não é obrigatório o acompanhamento da vistoria

de liberação por Responsável Técnico, nos locais com

público inferior a 500 pessoas, devendo o acompanhamento

ser feito pelo responsável pelo evento.

6.3.8.6. A responsabilidade de manter as características

aprovadas no projeto e garantir a segurança dos

espectadores é do organizador do evento.

6.3.8.7. Quando em vistoria de liberação for constatado

que as características do local diferem daquelas aprovadas

em Projeto de Segurança de contra Incêndio e Pânico do

evento, comprometendo a segurança dos usuários, o

organizador deverá protocolar novo PETSCIP.

7 RESPONSABILIDADES

7.1. Organizador do evento

7.1.1 Ao organizador do evento, independentemente da

sua classificação, caberá a adoção de todas as exigências

necessárias previstas nesta Instrução Técnica, devendo

contratar serviços técnicos profissionais específicos e

garantir sua efetiva atuação durante o evento, sob pena de

incorrer nas sanções administrativas previstas na legislação

estadual, além das sanções previstas na Lei Federal nº

8.078/1990 – Código de defesa do consumidor.

7.1.2 O organizador deverá planejar previamente seu

evento, com antecedência suficiente que permita sua

regularização nos órgãos responsáveis, observando os

prazos limites estabelecidos nesta Instrução Técnica.

7.1.3 Caberá ao organizador do evento garantir que o

local destinado a receber os espectadores ofereça as

condições mínimas de segurança contra incêndio e pânico,

devendo, para isso, contratar profissional habilitado para

assumir a responsabilidade técnica relativa ao evento.

7.1.4 Para eventos classificados como risco mínimo e

risco baixo, é dispensada a contratação de profissional

habilitado como responsável técnico pela segurança contra

incêndio e pânico, cabendo ao organizador do evento

atender as exigências de segurança previstas nesta

Instrução Técnica.

7.1.5 Havendo aplicação da sanção de interdição, antes

do início do evento, caberá a seu organizador providenciar

divulgação aos espectadores sobre a não realização do

evento, em tempo hábil, para evitar aglomeração de

pessoas próximas ao local do evento.

7.1.6 Sempre que houver notificação para correção de

irregularidades, caberá ao organizador do evento

providenciar as adequações necessárias, em tempo hábil,

para garantir a segurança do público.

7.1.7 Quando houver controle de público, deverá

garantir e manter controle sobre a quantidade de público no

local do evento, respeitando o limite máximo estabelecido.

7.1.8 No Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico

do evento temporário deverá constar o termo de

responsabilidade de lotação máxima conforme Anexo D, do

proprietário ou responsável pelo evento assumindo, junto

ao Corpo de Bombeiros, o compromisso de controlar o

número máximo de pessoas no evento, bem como as

demais medidas de prevenção previstas no processo.

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 10

7.1.9 Quando houver no local do evento piscina, lago ou

similares, o organizador do evento deverá garantir a

segurança do público contra afogamentos através de

barreiras físicas, ou providenciar pessoal capacitado para a

prevenção de afogamentos.

7.2 Proprietário de edificação permanente

7.2.1 O proprietário não poderá permitir a realização de

evento temporário no interior de edificação permanente

sob sua responsabilidade, sem que tenha sido emitido o

Atestado de Regularidade do Corpo de Bombeiros (ARCB)

para a edificação.

7.2.2 Quando a edificação permanente possuir Atestado

de Regularidade do Corpo de Bombeiros, porém não for

destinada à realização de eventos, o proprietário deverá

exigir do organizador a regularização prévia do evento no

Corpo de Bombeiros Militar.

7.2.3 O proprietário que permitir a realização irregular

de evento temporário no interior de edificação sob sua

responsabilidade estará sujeito a sanções administrativas e

penais previstas em lei.

7.2.4 Para eventos realizados em área externa das

edificações permanentes, sem utilização de áreas

construídas da edificação, aplicam-se as exigências desta

INSTRUÇÃO TÉCNICA para o evento temporário, sem o

condicionante do Atestado de Regularidade do Corpo de

Bombeiros para a edificação permanente.

7.2.5 Nota: Apesar de não haver a exigência do Atestado

de Regularidade do Corpo de Bombeiros para a edificação

permanente, para o caso descrito acima, o mesmo é exigido

para as atividades rotineiras da edificação, devendo ser alvo

de fiscalização pelo CBMSE.

7.2.6 Na hipótese do item 7.2.4 deverá ser providenciado

isolamento através de barreiras físicas, ou similar desde que

garanta o isolamento.

7.2.7 Não será permitido o protocolo de PETSCIP para

eventos realizados em edificações liberadas para o mesmo

fim, devendo possuir apenas o Atestado de Regularidade do

Corpo de Bombeiros.

7.2.8 Se no interior da edificação for acrescida instalação

temporária tal como: boxe, estande, entre outros; prevalece

a proteção da edificação desde que atenda aos requisitos

para a atividade temporária em questão.

7.2.9 Nos casos em que houver adaptações no interior da

edificação, essas deverão ser acompanhadas por

Responsável Técnico, sendo obrigatória a emissão de

documento de responsabilidade técnica (ART OU RRT), que

deverá ser apresentado ao CBMSE, por ocasião de vistoria

de fiscalização.

7.2.10 Nos casos em que houver adaptações na área

externa da edificação, essas deverão protocolar solicitação

para liberação do evento temporário.

7.3 Profissional responsável técnico pelo evento

7.3.1 O Responsável Técnico pelo evento é o profissional

habilitado pelo respectivo Conselho Profissional, incumbido

de garantir a eficiência das medidas de segurança

executadas para o evento, de coordenar a atuação da

brigada de incêndio, além de adotar outras providências

necessárias para a segurança do evento e prevenção de

sinistros.

7.3.2 Ao Responsável Técnico pelo evento cabe

operacionalizar o plano de intervenção (quando exigido),

atender prontamente ao Corpo de Bombeiros Militar e

adotar as medidas necessárias em caso de emergência.

7.3.3 O Responsável Técnico, quando da necessidade de

evacuação em decorrência de sinistro, será o responsável

por coordenar a orientação do público. Esta orientação deve

ser feita por sistema de som e deve permitir ao público

saber o motivo da evacuação, além de indicar as saídas de

emergência mais próximas.

7.3.4 Deverá atender às determinações do Corpo de

Bombeiros Militar em razão de notificações em vistoria,

visando adequações imediatas das medidas de segurança e

eliminação de eventuais situações de risco.

7.4 Responsável técnico pela elaboração do projeto

de segurança contra incêndio e pânico

7.4.1 O Responsável técnico pela elaboração do projeto

de segurança contra incêndio e pânico é o profissional

legalmente habilitado pelo respectivo Conselho

Profissional, devendo emitir a respectiva ART.

7.4.2 Deverá atender às determinações do Corpo de

Bombeiros Militar em razão de relatórios de pendências,

visando adequações imediatas das medidas de segurança

contra incêndio e pânico.

8 REQUISITOS DE SEGURANÇA PARA GERENCIAMENTO DE PÚBLICO

8.1. O leiaute do espaço destinado ao evento deve ser

elaborado considerando os requisitos de segurança dos

espectadores quanto à entrada e acomodação, bem como

saída e dispersão.

8.2. A capacidade máxima de público em um evento

deve ser determinada de forma a impedir a superlotação,

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 11

garantir entrada e saída seguras em condições normais, e

evacuação com segurança em caso de emergência.

8.3. Em áreas de eventos com grande concentração de

público, é importante considerar as seguintes situações, que

representam risco ou perigo ao público:

a. Esmagamento entre pessoas;

b. Esmagamento de pessoas contra estruturas fixas;

c. Pisoteamento;

d. Correria desordenada e ondas de movimentos na

área de concentração de público;

e. Deslocamento em locais íngremes;

f. Piso mal iluminado ou em condições inadequadas;

g. Movimento do público obstruído por filas ou

acúmulo de pessoas;

h. Movimento de veículos no mesmo espaço destinado

a pedestres;

i. Colapso de barreiras e estruturas provisórias;

j. Cruzamento entre fluxo de pessoas em direção a

instalações auxiliares (sanitários, bares, etc.) e

movimento da multidão;

k. Falha de equipamentos, como catracas, sistema de

iluminação, entre outros;

l. Superlotação (no evento como um todo ou em locais

específicos).

8.4. Quando o evento ocorrer em via pública ou em

locais sem delimitação por barreiras, com acesso franco, o

controle de entradas poderá ser dispensado, devendo,

entretanto, serem avaliadas as condições do local, a fim de

se evitar superlotação e garantir a evacuação do público em

caso de emergência.

8.5. Para ser dispensado do controle de acesso, deverá

haver escape em pelo menos duas direções distintas.

8.6. Nos eventos realizados em locais delimitados por

barreiras deverão ser instalados mecanismos de controle de

acesso de público, de forma a se garantir a lotação prevista

em projeto.

8.7. É vedada a realização de eventos com acesso

franco em locais delimitados por barreiras sem o devido

controle de acesso e lotação máxima.

8.8. A entrada das pessoas no evento, quando houver

delimitação do local, deve ser organizada por meio de filas,

com utilização de barreiras e emprego de pessoas

responsáveis pelo controle do público.

8.9. As filas não podem obstruir o fluxo de pessoas nem

impedir a saída do público do interior do evento em situação

de emergência.

8.10. Para evitar aglomeração excessiva de pessoas na

entrada do evento, as entradas devem ser dimensionadas

para permitir o acesso de todo o público previsto em um

tempo máximo de 1 hora, com a devida agilidade e

atendimento aos procedimentos de segurança.

8.11. Para este cálculo, deve ser considerada uma

capacidade máxima de 660 espectadores por mecanismo de

controle de acesso de público por hora.

8.12. Nos acessos à área do evento devem ser planejadas

áreas de acúmulo de público, suficientemente

dimensionadas para conter o público com segurança,

organizado em filas antes de passar pelos mecanismos de

controle de público.

8.13. Para garantir a eficiência dos acessos ao local do

evento, tanto para ingresso de espectadores como para

saída, devem existir:

a. Rotas diretas para deslocamento do público, em uma

única direção, para evitar que pessoas adotem

atalhos por áreas não autorizadas e evitar o fluxo de

pessoas em mais de uma direção;

b. Distribuição de fluxos de pessoas tanto para a

entrada no local do evento quanto para a saída,

proporcional à sua respectiva capacidade;

c. Rotas sem estreitamento e sem divisão de fluxo. Os

grupos de pessoas podem se separar e causar

congestionamento em outros pontos;

d. Rotas acessíveis a pessoas com dificuldade de

locomoção.

8.14. É recomendável a distribuição ou venda antecipada

de ingressos, para se evitar tumulto próximo às entradas.

8.15. Quando da ocorrência de tumultos na área externa

ou pressão para entrada em eventos, não deve será dotado

o procedimento de abertura dos portões sem controle de

público.

8.16. Estacionamento de veículos, área de manobras ou

carga e descarga, venda de ingressos, estruturas provisórias

e postos de informação não devem ser localizados a menos

de 5 metros das entradas e saídas do evento, a fim de se

reduzir o risco de congestionamento do público.

8.17. Os locais destinados às rotas de fuga não devem ser

usados para tráfego de veículos. As rotas de saída de

veículos de emergência devem permanecer desobstruídas.

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 12

8.18. Deve ser evitado que a rota de entrada do público

passe por pontos estratégicos do evento (como próximo ao

palco ou outro tipo de atração), fazendo com que ocorra

acúmulo de pessoas e, consequentemente, bloqueio da

entrada do público restante.

8.19. É necessário prever movimentos e

comportamentos indesejáveis de grupos no local de

concentração de público, podendo ser utilizadas barreiras

para criar desvios, permitir aos brigadistas direcionar o

deslocamento do público e acessar pessoas na multidão,

além de evitar pressão excessiva nas pessoas próximas às

áreas de maior concentração.

8.20. Em eventos com público superior a 10.000 pessoas,

é recomendável a instalação de telas de projeção que

permitam ao público visualizar a apresentação, a fim de

evitar o aumento da densidade de público próximo ao palco

e risco de tumulto e asfixia dos espectadores.

8.21. Os responsáveis pelo controle de entrada de

público devem estar, aptos a informar aos responsáveis pela

segurança do evento quanto ao número de pessoas no

interior do mesmo, além de garantir que não seja permitida

a entrada de público acima do limite estipulado para a área,

de forma a evitar alocação de público em locais ou setores

com a capacidade máxima já atingida.

8.22. As estruturas provisórias, como estandes, palco,

camarotes, torres, barracas e outras devem possuir espaço

suficiente que permita o fluxo de pessoas em sua

proximidade.

8.23. Todos os envolvidos na segurança do evento

devem estar familiarizados com os procedimentos e suas

respectivas atribuições em situação normal e em caso de

emergência. Para isso, o responsável técnico pelo evento

deve reunir os profissionais para instrução e orientações

necessárias antes do início das atividades.

8.24. Em eventos ao ar livre, com previsão de público

sentado (exceto em arquibancadas), é recomendável haver

distância suficiente entre as fileiras que permita o

movimento livre dos espectadores.

8.25. Monitoramento e controle de público

8.25.1. Um monitoramento eficiente do público pode

evitar problemas de superlotação e permitir corrigir falhas

na disposição da estrutura do evento e de seu

gerenciamento. Devem ser monitorados:

a. O número total de pessoas, de forma a não

ultrapassar o limite estabelecido;

b. Espaço disponível entre as pessoas;

c. Contagem estimada de pessoas em uma área

mensurável e ampliação em escala proporcional à

área do evento;

d. Taxa de fluxo de pessoas que entram e saem de

determinada área (ex.: número de pessoas que

passam por um ponto definido);

e. A distribuição das pessoas, para que não ocorra a

superlotação em áreas específicas;

f. Problemas potenciais relacionados ao público como

desordem, acesso a áreas não autorizadas;

g. movimentos de grupo de pessoas dentro do público,

etc.

8.25.2. Algumas áreas também devem permanecer

constantemente monitoradas:

h. Entradas e saídas;

i. Áreas com alta densidade de público;

j. Áreas com filas;

k. Áreas confinadas ou fechadas;

l. Áreas com gargalos (escadas, rampas, portas,

estreitamentos e outras).

8.25.3. O sistema de controle da entrada de público deve

ter os seguintes mecanismos:

a. Catracas/roletas reversíveis associadas ou não a

sistema de contagem automática;

b. Sistema computadorizado associado a sensores nos

pontos de entrada;

c. Distribuição de pulseiras, ingressos ou, similares para

permitir o acesso ao evento e/ou setores

específicos, aliados a sistema de contagem manual

ou aos abaixo discriminados;

d. Outros mecanismos também poderão ser utilizados,

desde que sejam aprovados por Comissão Técnica

do CBMSE.

8.25.4. As arenas destinadas às apresentações musicais,

localizadas no interior de grandes áreas de eventos, como o

caso dos parques de exposição, quando não for feito o

controle interno de migração de público, devem possuir

dimensões suficientes para comportar no mínimo 70 % de

todo o público previsto para o evento.

8.25.5. As áreas destinadas às pessoas portadoras de

necessidades especiais devem possuir acesso rápido e

desobstruído até a saída mais próxima, sendo importante a

presença de brigadistas para auxiliar na evacuação.

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 13

8.25.6. Ao término do evento, a iluminação deve ser

mantida até a saída total do público.

8.25.7. Em eventos de risco alto e especial, durante a fase

de planejamento, deve ser considerada a possibilidade de

que a quantidade de espectadores seja superior ao público

total estimado. Nestes casos, o organizador do evento deve:

a. efetuar o acesso à área do evento somente por

ingressos ou similares, mesmo que seja gratuito;

b. divulgar a informação de que a entrada ao local do

evento somente ocorrerá com ingressos ou similares;

c. planejar, em conjunto com os órgãos responsáveis

pelo trânsito, o transporte urbano para o evento;

d. manter monitoramento da quantidade de pessoas

que chega ao local do evento;

e. providenciar divulgação na mídia, nas centrais de

transporte e nas proximidades do local do evento de

que já se encontra com público máximo.

8.26. Setorização de público

8.26.1. Em eventos que envolvam apresentação ou

exibição, com concentração de pessoas na mesma direção,

com público acima de 30.000 pessoas, será necessário

setorizar o público em zonas de segurança, através de

barreiras, a fim de se evitar superlotação e movimentos

simultâneos de grande quantidade de pessoas. A

capacidade máxima de cada zona de segurança será de

30.000 pessoas.

Figura nº 01: Setorização de público

Fonte: www.eps.net

8.26.2. Quando o público estiver sentado, as fileiras

deverão possuir quantidade máxima de 60 assentos, exceto

quando houver corredor em apenas um dos lados, situação

em que a capacidade será reduzida para 30 assentos.

Deverá ser adotada a quantidade máxima de 50 fileiras por

setor, formando blocos de no máximo 3.000 pessoas.

8.26.3. Os corredores dos setores de público sentado,

entre os blocos, deverão ser proporcionais à quantidade de

pessoas que passará por eles, respeitando a largura mínima

de 1,20 m.

Figura nº 02: Setorização de público assentado.

Fonte: Institution of Structural Engineers (United Kingdom, 2007)

8.26.4. A instalação de barreiras antiesmagamento para

setorização de público em pé deve formar corredores de

segurança com largura mínima de 2,50 m, para permitir

atuação de socorristas e da brigada de incêndio, além do

Corpo de Bombeiros Militar.

Figura nº 03: Corredor de segurança entre setores de público

Fonte: http://www.wecross.nl/

8.26.5. Em eventos especiais, a setorização do público por

barreiras e a instalação de corredores de segurança deverá

ser definida durante a fase de planejamento com o

envolvimento do Corpo de Bombeiros Militar e demais

órgãos de segurança.

8.26.6. Em eventos com exibição ou apresentação

classificados como risco alto ou especial, quando houver

previsão de público próximo ao palco, deverão ser

instaladas barreiras antiesmagamento, criando corredor de

segurança junto ao palco com largura mínima de 2,50 m.

8.26.7. Quando o público total for superior a 30.000

pessoas, a separação entre os setores próximos ao palco e

os demais deve ser feita utilizando-se barreiras

antiesmagamento paralelas ou convexas (nunca côncava),

conforme figura abaixo.

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 14

Figura nº 04: Setorização com barreiras antiesmagamento dentro de

edificação

Fonte: Code of practice at indoor events (Ireland, 1998)

Figura nº 05: Setorização com barreiras antiesmagamento próximas ao

palco

Fonte: Institution of Structural Engineers (United Kingdom, 2007)

8.27. Barreiras antiesmagamento

8.27.1. Barreiras antiesmagamentos devem possuir as

seguintes características:

a. Ter alturas entre 1,05 m e 1,22 m;

b. Não possuir pontas ou bordas agudas;

c. Ter resistência mecânica e funcionalidade atestadas

por profissional habilitado;

d. Suportar carga de no mínimo 3 kN/m;

e. Possuir plataforma de apoio mais alta que o piso,

para atuação de brigadistas.

8.27.2. Para setorização de público e instalação de

corredores de segurança não devem ser utilizados

fechamentos com grades, gradis ou outra estrutura que não

suporte o esforço horizontal do público.

Figuras nº 06 e 07: Modelos de barreiras antiesmagamento com

plataformas de apoio

Fonte: http://www.productionworks.com.au

9 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

9.1. O dimensionamento das saídas de emergência em

eventos temporários ao ar livre deverá atender a esta

Instrução Técnica.

9.2. Quando o evento ocorrer em local coberto (circos,

camarotes, tendas e outros) ou no interior de edificações

(exceto arquibancadas) deverão ser atendidas as exigências

da Instrução Técnica nº 11 vigente no CBMSE.

9.3. As arquibancadas pertencentes a edificações

permanentes devem atender ao disposto na Instrução

Técnica nº 12 vigente no CBMSE, exceto para as

arquibancadas utilizadas como ocupação secundária, como

ginásios de escolas e clubes, que devem atender aos

requisitos do Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico

aprovado.

9.4. Acomodação de público

9.4.1. Em todos os recintos e setores destinados ao

público deve haver saídas suficientes, em função da

população existente.

9.4.2. Quando houver mais de um local para acesso ao

evento, os ingressos disponibilizados deverão conter as

informações necessárias para facilitar o direcionamento

correto do público.

9.5. Generalidades

9.5.1. As saídas de emergência podem ser constituídas

por:

a. Acessos;

Limite de visibilidade

Barreira secundária

Palco

Limite de visibilidade

Barreira frente ao palco

Limite de visibilidade

2,50 m 2,50 m

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b. Circulações de saídas horizontais e verticais e

respectivas portas, quando houver;

c. Descarga;

d. Espaços livres no exterior.

9.5.2. É importante que se forneça, nos locais de grande

aglomeração de pessoas, circulações de saída capazes de

comportar, de forma segura, a passagem das pessoas

dentro de um período de tempo aceitável, e evitar o

congestionamento das saídas.

9.5.3. Os responsáveis pela edificação e pela organização

do evento devem garantir a permanência de equipes

habilitadas para assegurar que as vias de saída permitam

aos espectadores uma circulação livre e desimpedida até

que se consiga atingir a área externa da edificação.

9.5.4. Para o dimensionamento das saídas de

emergência, deve-se assegurar que:

a. Haja número suficiente de saídas em posições

adequadas (distribuídas uniformemente);

b. Todas as áreas de circulações de saída tenham

larguras adequadas à respectiva população;

c. As pessoas não tenham que percorrer distâncias

excessivas para sair do local de acomodação,

devendo ser adotadas as rotas mais diretas

possíveis;

d. Haja dispositivos que direcionem o fluxo de

pessoas que irão adentrar em uma rota de fuga,

conforme dimensionamento da capacidade das

saídas e caminhamentos máximos;

e. Todas as saídas tenham sinalização e identificação

adequadas, tanto em condições normais como em

emergência.

9.5.5. As circulações não podem sofrer estreitamento em

suas larguras, no sentido da saída do recinto, devendo, no

mínimo, ser mantida a mesma largura ou, no caso de

aumento de fluxo na circulação, deve-se dimensionar para

o novo número de pessoas.

9.5.5.1. Quando em um evento houver previsão de

utilização simultânea de áreas internas cobertas e área

externa ao ar livre, deve ser garantido que as descargas

destinadas às áreas internas não sejam obstruídas pelo

público localizado na área externa.

9.5.5.1.1. Neste caso, o dimensionamento das saídas

da área externa (quando delimitada por barreira) para o

logradouro deverá considerar o público total do evento

(áreas fechadas e ao ar livre), observando o tempo de

evacuação e a taxa de fluxo previstos nesta Instrução

Técnica.

9.5.6. Nenhuma saída deve ser fechada de modo que não

possa ser fácil e imediatamente aberta em caso de

emergência.

9.5.7. As saídas finais devem ser monitoradas

pessoalmente pela segurança ou brigada de incêndio,

enquanto o recinto for utilizado pelo público.

9.5.8. Toda rota de fuga deve estar livre de obstáculos e

permitir o acesso rápido e seguro do público às saídas

verticais e/ou áreas de descarga.

9.5.9. Elevadores, elevadores de emergência e escadas

rolantes não podem ser considerados como saídas de

emergência.

9.5.10. Deve ser previsto acesso adequado aos espaços

destinados a pessoas com deficiência, atendendo aos

critérios descritos nas normas técnicas pertinentes.

9.5.11. As rotas de fuga não poderão ser utilizadas como

depósito de qualquer natureza.

9.5.12. As descargas devem ser distribuídas de maneira a

atender o fluxo a elas destinado e ao caminhamento

máximo.

9.5.13. O fluxo de pessoas, entre áreas cobertas e

descobertas, só será permitido quando houver o controle da

capacidade máxima de cada área.

9.6. Requisitos das saídas

9.6.1. As saídas de emergência devem ser dimensionadas

para o abandono seguro da população.

9.6.2. Os desníveis existentes nas saídas horizontais,

quando não for possível o dimensionamento de escada com

no mínimo 3 degraus, devem ser vencidos por rampas.

9.6.3. As rampas devem possuir inclinação não superior a

10%, com patamar horizontal a cada 15 m lineares, sendo

obrigatória a adoção nas saídas dos setores com

acomodação de pessoas portadoras de necessidades

especiais.

9.6.4. As portas e os portões de saída do público devem

abrir sempre no sentido de fuga das pessoas.

9.6.5. As portas e portões de saída final devem ser

mantidos na posição totalmente aberta, antes do fim do

evento. Ao abrir, não devem obstruir qualquer tipo de

circulação (corredores, escadas, descarga etc.).

9.6.6. O responsável pela segurança deve verificar ou ser

informado quando todas as portas e portões das saídas

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 16

finais estiverem seguramente na posição aberta, com prazo

suficiente para garantir a saída segura do público.

9.6.7. As catracas de acesso não poderão ser computadas

no cálculo das saídas de emergência.

9.6.8. Ao lado das entradas devem ser previstas portas ou

portões destinados à saída dos espectadores,

dimensionados de acordo com o estabelecido nesta

Instrução Técnica, com as respectivas sinalizações, não

podendo ser obstruídos pela movimentação de entrada do

público ao recinto, devendo permanecer sempre livres e

prontos para utilização. Estas saídas devem ser monitoradas

pessoalmente pelo serviço de segurança ou pela brigada de

incêndio.

9.6.9. As portas e passagens nas circulações devem ter

altura mínima de 2,10 m.

9.6.10. As escadas e rampas (exceto aquelas com acesso

restrito à organização do evento e ao palco) utilizadas como

saídas de emergência deverão possuir:

a. Largura mínima de 1,20 m;

b. Piso antiderrapante;

c. Corrimãos contínuos em ambos os lados, com altura

entre 0,80 m e 0,92 m;

d. Guarda-corpos com altura mínima de 1,05 m;

e. Corrimãos intermediários no máximo a cada 1,80 m

e no mínimo a cada 1,20 m, para escadas e rampas

com largura igual ou superior a 2,40 m;

f. Lanço mínimo de 3 degraus para escadas, devendo

ser adotada rampa quando da impossibilidade de

atender a esse limite mínimo.

9.6.11. Os degraus das escadas (exceto dos acessos radiais

de arquibancadas) devem atender aos seguintes requisitos:

a. Altura dos espelhos (h) entre 15 cm e 19 cm;

b. Variação máxima de 0,5 com entre espelhos de uma

mesma escada;

c. Largura mínima da base (b): 27 cm.;

d. Balanceamento dos degraus observando a seguinte

fórmula: 62 ≤ (2h + b) ≤ 65 (cm).

9.6.12. As descargas devem estar afastadas de no mínimo

5 m de locais que possam gerar aglomeração de pessoas

como bares, sanitários, lojas, pista de dança, similares.

9.6.13. No dimensionamento da área de descarga, devem

ser consideradas todas as saídas horizontais e verticais que

para ela convergirem.

9.6.14. Quando nas rotas de saída houver desnível com

altura superior a 30 cm, deverá haver proteção por guarda-

corpo.

9.6.15. A altura dos guarda-corpos, internamente, deve

ser, no mínimo, de 1,05 m, com resistência mecânica

variando de acordo com a função e o posicionamento.

9.6.16. O fechamento dos guarda-corpos deve ser,

preferencialmente, por meio de balaústres (barras

verticais), com vão máximo de 0,15 m.

9.6.16.1. Nos locais de acomodação de público,

somente poderão ser utilizadas longarinas (barras

horizontais) quando for inviável a utilização de balaústres.

9.6.17. Os corrimãos deverão ser instalados em ambos os

lados das escadas e rampas, devendo estar situados entre

0,80 m e 0,92 m acima do nível do piso, prolongando-se no

mínimo 0,20 m nas extremidades, as quais deverão ser

voltadas para a parede ou outra solução alternativa, não

possuindo quinas vivas ou aberturas, reentrâncias e

saliências que permitam agarramento de roupas.

9.7. Dimensionamento das saídas

9.7.1. Cálculo de população

9.7.1.1. A quantidade máxima de pessoas em um evento

deverá ser determinada pelo organizador do evento, não

podendo ser superior à capacidade útil de acomodação do

local (observando os limites de densidade) nem à

capacidade de evacuação das saídas.

9.7.1.2. Nos locais cobertos é admitida a redução do

público em função das saídas existentes, desde que haja

controle efetivo do público.

9.7.1.3. Para os setores de público com cadeiras ou

poltronas (rebatíveis ou não), deverá ser considerado o

número total de assentos demarcados.

9.7.1.4. Arquibancadas sem cadeiras ou poltronas: na

proporção de 0,5 m linear de arquibancada por pessoa. Para

cálculo da capacidade de público do setor, nessas condições,

deverá ser adotada a fórmula: P = (2.x).n, onde “P” é a

população máxima, “x” é a extensão da arquibancada em

metros e “n” o número de degraus da arquibancada.

9.7.1.5. Os setores ao ar livre (ou áreas) de público em pé

devem possuir densidade (D) máxima de 2,5pessoas/m².

9.7.1.6. A organização dos setores, com as respectivas

lotações, deve ser devidamente comprovada pelo

responsável técnico, por meio de memória de cálculo, sendo

tais informações essenciais para o dimensionamento das

rotas de fuga.

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 17

9.7.2. Tempo limite de evacuação

9.7.2.1. O tempo máximo de saída é usado, em conjunto

com a taxa de fluxo (F), para determinar a capacidade do

sistema de saída da área de acomodação do público para um

local de segurança ou de relativa segurança.

9.7.2.2. Nas áreas de eventos temporários em local aberto

(ao ar livre), o tempo máximo de evacuação deverá ser de 6

minutos.

9.7.2.3. Nas áreas internas destinadas a usos diversos, deve

ser atendido o item 9.2.

9.7.2.4. Quando houver risco específico no evento, devido

ao comportamento do público, histórico de eventos

anteriores, localização ou outros riscos, a critério dos órgãos

de segurança ou do próprio responsável técnico, é

aconselhável a aplicação de tempo menor que o estipulado

no item 9.7.2.2, para garantir a segurança dos espectadores.

9.7.2.5. Para diminuir o tempo de saída, podem ser

adotadas medidas como limitar a lotação no setor ou

aumentar as saídas.

9.7.3. Taxa de fluxo

9.7.3.1. Para dimensionar o abandono de uma edificação,

deve ser utilizada a taxa de fluxo (F), que é o indicativo do

número de pessoas que passam por minuto por

determinada largura de saída (pessoas/minuto).

9.7.3.2. Siglas adotadas para o dimensionamento das

saídas:

P = população (pessoas)

E = capacidade de escoamento (pessoas/m)

D = densidade (pessoas/m²)

F = taxa de fluxo (pessoas/min/m)

T = tempo (min)

L = largura (m)

9.7.3.3. O dimensionamento das saídas será em função da

taxa de fluxo (F) referente à abertura considerada. Para fins

de aplicação desta Instrução Técnica, as taxas de fluxo

máximas a serem consideradas são as seguintes:

a. Nas escadas e circulações com degraus: 66

pessoas/min/m (ou 79 pessoas por minuto, para uma

largura de 1,20 m);

b. Nas saídas horizontais (portas, corredores) e rampas:

83 pessoas/min/m (ou 100 pessoas por minuto, para

uma largura de 1,20 m).

9.7.4. Cálculo de largura das saídas

9.7.4.1. Para dimensionar a largura mínima das saídas é

necessário definir a capacidade de escoamento,

considerando o tempo de 6 minutos para evacuação e a taxa

de fluxo de acordo com o tipo de saída.

9.7.4.2. Caso o cálculo resulte em valor fracionado, adota-

se o número múltiplo de 0,60 m imediatamente superior ou

inferior em cada saída, considerando sempre o

arredondamento em função da segurança, aumentando a

largura das saídas ou reduzindo o público.

9.7.4.3. Exemplo nº 1: Definição da largura em função da

população.

a. 1º passo: (Ex.: considerando descarga, E =

83 pessoas/min/m x 6 min = 498 pessoas/m);

b. 2º passo: (Ex.: considerando um público de

8.300 pessoas, L = 8300/ 498 = 16,67 metros;

c. Adotando o arredondamento: L = 16,80 metros; ou L

= 16,20 metro e P = 8067 pessoas.

9.7.4.4. Exemplo nº 2: Definição da população em função

das saídas.

a. 1º passo: 3 portões com largura de 2,0 m. Largura

considerada: L = 3 x 1,8 m = 5,40 m;

b. 2º passo (Ex.: considerando descarga, E =

83 pessoas/min/m x 6 min = 498 pessoas/m);

c. 3º passo: >>> P = L x E = 5,40 x 498 >>> P =

2.689,2 (deve ser sempre arredondado para o

número inteiro inferior) >>> P = 2.689 pessoas.

9.7.5. Distância máxima a percorrer

9.7.5.1. Os critérios para se determinar as distâncias

máximas de percurso para o espectador, partindo de seu

assento ou posição, tendo em vista o tempo máximo de

saída e o risco à vida humana decorrente da emergência, são

os seguintes:

a. Em arquibancadas a distância máxima de percurso

para se alcançar um local de segurança ou de relativa

segurança não pode ser superior a 60 metros

(incluindo a distância percorrida na fila de assentos e

nos acessos – radiais e laterais);

b. A distância máxima a ser percorrida pelo espectador

em setores de arquibancadas para alcançar um

acesso radial (corredor) não pode ser superior a 7

metros, nas arquibancadas de estrutura provisória, e

a 10 metros nas demais;

c. Em eventos temporários ao ar livre, a distância

máxima a ser percorrida por um espectador até

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atingir uma saída do local de acomodação de público

não poderá ser superior a 120 metros.

9.7.5.2. Em construções provisórias fechadas lateralmente

(tendas, barracas, circos, etc.) a distância máxima a ser

percorrida até a saída para o exterior não poderá ser

superior a 35 m.

9.7.5.3. Para eventos no interior de edificações

permanentes, a distância máxima a ser percorrida será

aquela aprovada no Projeto de Segurança Contra Incêndio e

Pânico da edificação.

9.7.6. Número de saídas

9.7.6.1. As saídas devem estar separadas entre si e

dispostas de forma a minimizar a possibilidade de seu

bloqueio em situação de emergência.

9.7.6.2. Deve haver, no mínimo, duas opções (alternativas)

de fuga, incluindo área de concentração e setorização de

público do evento.

9.7.6.3. As saídas devem ser localizadas em lados distintos

ou formando ângulo mínimo de 45º entre si, considerando

qualquer ponto da área do evento, de forma que o fluxo de

pessoas não obstrua as opções de fuga.

Figura nº 08: distância entre aberturas de saídas de emergência

Fonte: Open air events and venues (United Kingdom, 2007)

10 ESTRUTURAS PROVISÓRIAS

10.1. Generalidades

10.1.1. Os espaços vazios abaixo das estruturas

temporárias destinadas ao público, tais como

arquibancadas, camarotes e instalações similares deverão

atender às seguintes prescrições:

a. Deverão ser mantidos limpos, livres de material

combustível, sendo proibida qualquer forma de

cocção naquele espaço;

b. Não poderão ser utilizados como áreas úteis,

depósitos de materiais combustíveis e não

combustíveis, comércio, instalações sanitárias e

outros, devendo permanecer com isolamento e ser

acessado somente por pessoas autorizadas;

c. Os vãos (espelhos) entre os assentos das

arquibancadas que possuam alturas superiores a

0,15 m deverão ser fechados com materiais de

resistência mecânica compatível, de forma que

impeçam a passagem de pessoas.

d. Não poderão ser utilizados como rota de fuga do

público do evento.

10.1.2. Nas estruturas provisórias (desmontáveis) poderá

ser aceito piso em madeira, desde que possua resistência

mecânica compatível, característica antiderrapante, seja

fixado de forma que não permita sua remoção sem o auxílio

de ferramentas ou que permitam desprendimento das

partes, bem como mantenham a superfície plana, sem

ressaltos ou aberturas. Se montados por intermédio de

placas, estas devem ser afixadas de forma a permanecerem

alinhadas em um mesmo plano.

10.1.3. Nas barreiras ou alambrados que separam a arena

de outros locais acessíveis ao público deverão ser previstos

acessos e/ou passagens que permitam aos espectadores sua

utilização em caso de emergência, mediante sistema de

abertura acionado pelos componentes do serviço de

segurança ou da brigada de incêndio.

10.1.4. Os elementos estruturais deverão apresentar

resistência mecânica compatível com as ações e solicitações

a que estão sujeitos, levando-se em consideração a

resistência e comportamento do solo que receberá as

cargas, prevendo-se inclusive as ações das intempéries,

especialmente do vento. Atenção especial deve ser dada às

estruturas provisórias que possuam fechamento lateral,

devido ao acréscimo na carga horizontal gerado pelo vento.

10.1.5. Os elementos de suporte estrutural das tendas ou

outras coberturas flexíveis deverão possuir características

de resistência ao fogo, de forma a garantir a necessária

eficiência na evacuação do público.

10.1.6. Os elementos estruturais devem apresentar

resistência mecânica compatível com as ações e solicitações

a que são sujeitos (conforme normas da ABNT),

considerando inclusive cargas dinâmicas.

10.1.7. No registro do documento de responsabilidade

técnica (ART OU RRT) de montagem/desmontagem, o

profissional deverá acrescentar no campo da descrição a

informação: “a estrutura apresenta resistência mecânica

compatível com as ações e solicitações a que estará sujeita

no referido evento, levando-se em consideração a

resistência e comportamento do solo que receberá as

cargas, bem como das ações das intempéries”.

10.1.8. O documento de responsabilidade técnica (ART OU

RRT) de montagem/desmontagem de estruturas, devem vir

com algumas informações mínimas como: empresa

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 19

contratada, data de início e fim da

montagem/desmontagem, data(s) do(s) eventos(s),

proprietário do evento, contratante, nome do(s) evento(s),

capacidade de pessoas que a estrutura suporta, objeto do

serviço contratado.

10.1.9. A montagem das arquibancadas e demais

estruturas provisórias deverão ser acompanhadas pelo

responsável técnico da execução, devendo ser emitida a

Anotação de Responsabilidade Técnica.

10.1.10. O material utilizado na cobertura, paredes,

carpetes e materiais decorativos utilizados internamente

deverão possuir característica retardante de propagação de

chamas, comprovadas através de emissão documento de

responsabilidade técnica (ART OU RRT) de profissional

qualificado.

10.2. Arquibancadas provisórias

10.2.1. As arquibancadas provisórias (desmontáveis)

utilizadas em eventos temporários deverão atender aos

requisitos desta Instrução Técnica.

10.2.2. O comprimento máximo da fileira de assentos deve

ser de 14 m, quando houver acessos nas duas extremidades

da fila, e de 7 m, quando houver apenas um corredor de

acesso.

10.2.3. As arquibancadas utilizadas em eventos

temporários devem possuir estrutura para comportar o

público sentado, não sendo admitida a utilização de

arquibancadas provisórias para público em pé.

10.2.4. Os patamares (degraus) das arquibancadas devem

possuir as seguintes dimensões:

a. Largura mínima 0,60 m;

b. Altura máxima de 0,55 m;

Figura nº 9: Arquibancada provisória

Fonte: Nota Técnica de referência (SENASP, 2010)

10.2.5. A altura máxima de espelho, em degraus de

acessos radiais, deverá ser de 0,19 m, sendo a largura

mínima da base de 0,25 m.

10.2.6. É admitido o uso dos patamares da arquibancada

como degraus, desde que atendam aos requisitos do item

10.2.2.

10.2.7. Os degraus dos acessos radiais, nas arquibancadas,

devem ser balanceados em função da inclinação da

arquibancada e das dimensões dos patamares.

10.2.8. Quando houver cadeiras individuais, deve haver

espaçamento mínimo de 0,30 m para circulação nas filas,

entre a projeção dianteira de um assento de uma fila e as

costas do assento em frente.

10.2.9. À frente das primeiras fileiras de assentos, a

distância mínima deve ser de 0,45 m, para circulação.

10.2.10. A altura mínima do guarda-corpo frontal da

arquibancada deverá ser de 1,10 m.

10.2.11. Caso o desnível entre a primeira fileira e o piso à

frente seja inferior a 0,55 m, não será exigido guarda corpo.

10.2.12. As arquibancadas devem possuir fechamento

lateral e dos encostos (guarda-costas) do último nível

superior de assentos, de forma idêntica aos guarda-corpos.

Quando a altura da última fileira em relação ao nível do

terreno for superior a 2,10 m, o guarda-costas deverá

possuir altura mínima de 1,80 m.

10.2.13. A inclinação máxima da arquibancada provisória

deve ser de 37 graus.

10.2.14. Quando houver barreiras ou alambrados que

separam a área do evento (arena, campo, quadra, pista

dentre outros) dos locais acessíveis ao público devem ser

previstas passagens que permitam aos espectadores sua

utilização em caso de emergência, mediante sistema de

abertura nos dois sentidos, acionado pelos componentes do

serviço de segurança ou da brigada de incêndio. Estas

passagens devem ser instaladas ao final de todos os acessos

radiais.

10.2.15. Recomenda-se que os acessos radiais sejam

instalados em cor amarela ou sinalizados com faixas

amarelas nas extremidades laterais, contrastantes com a cor

do piso.

10.2.16. As saídas verticais (não inclui acessos radiais)

devem ainda satisfazer as exigências descritas a seguir:

10.2.17. Serem contínuas desde o piso ou nível que

atendem até o piso de descarga ou nível de saída do recinto

ou setor.

7 m 14 m

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 20

10.2.18. O lanço máximo entre dois patamares consecutivos

não deve ultrapassar 3,20 m de altura (rampas e escadas).

10.2.19. Devem ser construídas em lances retos e sua

mudança de direção deve ocorrer em patamar

intermediário e plano.

10.2.20. Os patamares devem ter largura igual à da escada

ou da rampa e comprimento conforme regras descritas

abaixo:

a. Quando houver mudança de direção na escada ou na

rampa, o comprimento mínimo dos patamares deve

ser igual à largura da respectiva escada ou rampa;

b. Caso não haja mudança de direção, o comprimento

mínimo deve ser igual a 1,20m (exemplo: patamar

entre dois lanços na mesma direção).

10.2.21. As inclinações das rampas não deverão exceder a

10% (1:10).

10.2.22. Não é permitida a colocação de portas em rampas

e escadas, devendo estar situadas sempre em patamares

planos, com comprimento não inferior ao da folha da porta

de cada lado do vão.

10.2.23. As rampas devem ser dotadas de guarda-corpos e

corrimãos de forma análoga às escadas, sendo obrigatórias

para acessibilidade aos locais destinados a pessoas com

necessidades especiais, conforme normas pertinentes.

10.2.24. As rotas de fuga dos setores de público de

arquibancadas provisórias não devem passar sob a estrutura

destinada a receber o público. Os acessos radiais e laterais

devem conduzir o público para fora da projeção da

arquibancada.

Figura nº 10: Resistência mecânica das barreiras da arquibancada

Fonte: Nota Técnica de referência (SENASP, 2010)

10.2.25. Nos acessos radiais das arquibancadas, quando

houver acomodações ou assentos em ambos os lados, os

corrimãos podem ser laterais (individuais por fila) ou

centrais, com altura entre 0,80 m e 0,92 m e resistência

mínima de 1 kN/m e força de 900 N aplicada verticalmente

de cima para baixo e horizontalmente em ambos os

sentidos.

10.2.26. Quando os corrimãos forem centrais, estes deverão

ter descontinuidades (intervalos) no mínimo a cada 2 fileiras

e no máximo a cada 4 fileiras de assentos, visando facilitar o

acesso aos mesmos e permitir a passagem de um lado para

o outro.

10.2.27. Estes intervalos (aberturas) devem possuir uma

largura livre correspondente à largura do patamar.

10.2.28. Figura nº 11: Corrimãos e acessos radiais em

arquibancadas provisórias

Fonte: Nota Técnica de referência (SENASP, 2010)

10.2.29. As arquibancadas provisórias deverão ser

dimensionadas para suportar a carga produzida pelos

esforços estáticos e dinâmicos decorrentes da presença do

público espectador e ação do vento.

10.2.30. As arquibancadas devem suportar, no mínimo, as

seguintes cargas verticais, considerando os esforços

uniformemente distribuídos:

a. 4 kN/m², quando houver disposição de assentos

fixos;

b. 5 kN/m², não houver disposição assentos fixos.

10.2.31. A carga horizontal a ser considerada no

dimensionamento da resistência mecânica da arquibancada

deve ser de no mínimo 10 % da carga vertical prevista, para

fins de segurança.

10.3. Tendas

10.3.1. As tendas e demais estruturas tensionadas

destinadas ao público do evento, com área total superior a

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150 m², devem atender aos requisitos desta Instrução

Técnica.

10.3.2. Devem ser instaladas sob supervisão de

profissional habilitado, com o devido dimensionamento de

estabilidade, devendo ser considerados os seguintes

requisitos para a garantia da segurança das pessoas:

a. Ancoragem.

b. Ação do vento.

c. Característica retardante dos materiais.

d. Inspeção da estrutura no local.

10.3.3. É vedada a utilização e armazenamento de

produtos inflamáveis e fogos de artifício no interior de

tendas.

10.3.4. Nenhuma estrutura deve ser suspensa sobre ou

através de tendas sem a aprovação do responsável técnico

por sua instalação.

10.3.5. As áreas externas próximas à área destinada à

descarga do público devem ser mantidas desobstruídas.

Quando possuir portas, as mesmas devem abrir no sentido

de fluxo de saída e permanecerem destrancadas e

desobstruídas.

10.3.6. Quando a tenda não possuir portas, aberturas na

própria tenda devem ser demarcadas para fácil identificação

visual, devendo ser abertas por componentes da brigada de

incêndio ou responsável pela segurança.

10.3.7. Em caso de emergência, deve ser mantido nível de

iluminância suficiente para evacuação segura (3 a 5 lux,

conforme o caso), através de iluminação de emergência.

10.3.8. As rotas de fuga devem possuir condições mínimas

de luminosidade permanente, de forma a garantir o

deslocamento seguro das pessoas, sendo necessária a

adoção de sinalização de emergência, conforme IT 15

vigente no CBMSE.

Figura nº 12: Tenda

Fonte: Institution of Structural Engineers (United Kingdom, 2007)

11 SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA

11.1. Para as construções provisórias cobertas, como

camarotes, circos e tendas, com área superior a 100 m²,

deve ser observado na íntegra a Instrução Técnica vigente

no CBMSE.

11.2. A sinalização eficiente garante rápida orientação

aos espectadores em situação de emergência, auxiliando no

direcionamento do fluxo do público durante a evacuação,

sendo necessária em todos os eventos.

As sinalizações devem estar claramente visíveis e facilmente

compreendidas, mantendo padronização em sua forma,

devendo ser adotada a Instrução Técnica de Sinalização de

emergência vigente no CBMSE.

11.3. Para os eventos realizados ao ar livre poderá ser

utilizada a sinalização de saída através de faixas, que

deverão atender as seguintes exigências:

a. Atender as dimensões mínimas conforme Instrução

Técnica vigente no CBMSE;

b. Em eventos que ocorram em período noturno,

possuir iluminação garantida em caso de

emergência;

c. Serem instaladas em alturas que garantam

visibilidade aos espectadores e fixadas de forma a

não ter sua visualização prejudicada em função de

intempéries (chuva e vento);

11.4. Em eventos de risco alto e especial, a demarcação

e identificação de pontos estratégicos e de setores de

público são necessárias para o gerenciamento da segurança

e para rápida resposta dos brigadistas e demais envolvidos

na segurança, em situação de emergência.

Figura nº 14: Placa de sinalização de emergência

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 22

11.5. Em palcos com apresentação artística, recomenda-

se que haja sinalização indicativa no piso, com largura

mínima de 2,5 cm, ou outro dispositivo, de forma a evitar

queda durante apresentação.

12 ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

12.1. Todo evento realizado em recintos fechados no

interior de edificações permanentes e provisórias cobertas,

com área superior a 50 m², deve possuir sistema de

iluminação de emergência que garanta nível de mínimo de

iluminância suficiente para evacuação segura do público,

observando a Instrução Técnica vigente no CBMSE.

12.2. No caso de eventos realizados ao ar livre, a

exigência de iluminação de emergência será feita somente

quando sua duração abranger, mesmo que parcialmente, o

período noturno. Ficam isentos dessa exigência os eventos

de risco mínimo.

12.3. O sistema de iluminação deve abranger todo

evento e garantir a visibilidade em locais importantes para

segurança como:

a. Rotas de fuga, inclusive portas e portões;

b. Postos médicos;

c. Qualquer local que ofereça risco durante a

evacuação, como desníveis, obstáculos, geradores,

etc.;

d. Placas de sinalização;

e. Recintos fechados, como camarotes, camarins, etc.

12.3.1. Nos eventos realizados ao ar livre em vias públicas,

a iluminação de emergência será obrigatória apenas para as

estruturas provisórias e locais de acesso, devendo ser

avaliada a instalação em pontos sensíveis.

12.4. A iluminação do ambiente dos eventos deverá ser

mantida acesa até a saída total do público, devendo seu

desligamento ser efetuado apenas após consulta aos

responsáveis pela segurança do evento.

12.5. O nível de iluminância em eventos deverá atender

aos requisitos da Instrução Técnica vigente no CBMSE.

13 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

13.1. As instalações elétricas devem atender aos

requisitos previstos na NBR 5410. Deverá ser observada em

locais de eventos temporários a NBR 13570 (Instalações

elétricas em locais de afluência de público - Requisitos

específicos).

13.2. Quando houver sistema de proteção contra

descargas atmosféricas, deve ser atendida a NBR 5419.

13.3. Os disjuntores não podem ser afixados sobre

materiais combustíveis, devendo ser instalados em local

adequado e fora do alcance do público.

13.4. Nos locais destinados aos espectadores e rotas de

fuga todas as fiações e os circuitos elétricos deverão estar

devidamente isolados e protegidos do público, conforme

normas pertinentes.

13.5. As instalações elétricas não podem constituir

obstáculos nas rotas de fuga.

13.6. Para eventos com público superior ou igual a 3.000

pessoas, é obrigatória a instalação de um grupo moto

gerador de energia para a manutenção de todos os sistemas

elétricos do evento, inclusive iluminação de emergência.

14 ESPETÁCULOS PIROTÉCNICOS E EFEITOS ESPECIAIS

14.1. Nos eventos em que forem realizados espetáculos

pirotécnicos, com utilização de fogos de artifício e/ou

artefatos similares, deverão ser observadas as exigências

previstas na Instrução Técnica nº 30 vigente no CBMSE,

Fogos de Artifício e Pirotecnia, no que for pertinente.

14.2. Os espetáculos pirotécnicos em eventos

temporários devem sempre ser acompanhados e

supervisionados por profissional capacitado (blaster).

14.3. Quando o espetáculo ocorrer próximo ao público

ou no interior de edificações, deve ser utilizado material que

não produza chama ou calor, ou seja, fogos da categoria

indoor, observando a Técnica nº 30 vigente no CBMSE.

14.4. A utilização de chamas como efeitos especiais deve

observar distância mínima de 3,0 m de materiais

combustíveis (exceto piso de madeira) em qualquer direção,

sendo proibido o uso em ambientes fechados.

15 TRIOS ELÉTRICOS E SIMILARES

15.1. No caso de utilização de “Trio Elétrico”, “Veículo de

Apoio”, “Carro Alegórico para Sonorização” ou veículos

similares, em via pública, o organizador do evento deverá

providenciar previamente autorização junto ao órgão de

trânsito, não sendo a autorização/documentação alvo de

análise e inspeção pelo Corpo de Bombeiros.

15.2. Será admitida a utilização de veículo estacionado

utilizado para sonorização ou como palco, desde que o

veículo permaneça estacionado em local plano. Neste caso

não será exigida a autorização do órgão de trânsito.

15.3. O proprietário do veículo deverá providenciar a

regularização do mesmo junto aos órgãos competentes,

cabendo a esses, a respectiva fiscalização.

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 23

16 PARQUES DE DIVERSÕES

16.1. Os parques de diversão devem ser projetados de

forma a garantir a saída segura dos espectadores, conforme

subseção 9.6 desta IT, devendo atender às exigências

técnicas da NBR 15926.

16.2. Os parques de diversões deverão possuir Laudo

Técnico circunstanciado, com a respectiva ART, emitido por

profissional habilitado, acerca das condições de

operacionalidade e de qualidade técnica de montagem e

instalação.

16.3. Nos parques de diversões onde houver subestação

de energia elétrica, deverá haver um Responsável Técnico

por sua manutenção, sendo este serviço objeto de Anotação

de Responsabilidade Técnica – ART, firmada por profissional

habilitado e registrado no conselho profissional.

16.4. Após qualquer reparo que tenha intervenção nas

juntas (parafusadas e/ou soldadas) e no corpo dos

equipamentos, devem ser elaborados laudos utilizando-se

de técnicas de ensaios não destrutivos, ou outras técnicas

certificadas, das estruturas que sofrem carregamento

contínuo ou que forneçam algum risco, quando em

funcionamento. Para garantir maior integridade do

equipamento é satisfatória a realização periódica deste

ensaio nas estruturas de alto carregamento, em que a

periodicidade será definida por profissional legalmente

habilitado ou conforme manual do fabricante do

equipamento.

17 BRIGADA DE INCÊNDIO

17.1. A atuação da brigada de incêndio, durante o

evento, será coordenada pelo responsável técnico pelo

evento.

17.2. Durante atuação decorrente de atividades

preventivas ou em operações, a brigada de incêndio e o

responsável técnico pelo evento terão suas ações

coordenadas pelo CBMSE.

17.3. O dimensionamento e aplicação de bombeiros civis

se dará conforme quadro abaixo:

Área da planta Número de bombeiros civis por

turno

Acima de 5.000 m2 até 50.000 m2

1

Acima de 50.000 m2

Deve ser acrescido mais um bombeiro civil para cada 50.000 m2

17.4. Todos os eventos classificados a partir de risco

baixo deverão contar com equipe de brigadistas, devendo

ser observada a proporção de 01 (um) brigadista para cada

500 (quinhentas) pessoas, com composição mínima de 04

brigadistas. Bombeiros civis poderão ser utilizados em

substituição aos brigadistas na proporção de 1:2, mantendo

- se a composição mínima de 04 (quatro) profissionais.

17.5. Os brigadistas empregados em eventos

temporários deverão possuir qualificação de nível

intermediário, em observância à Instrução Técnica de

brigada vigente no CBMSE e NBR 14.276.

17.6. Os brigadistas deverão ser distribuídos no mínimo

em duplas, em locais onde há risco para os espectadores,

incluindo:

a. Corredores de segurança;

b. Próximo ao palco;

c. Corredores de saída e portas de saída final da área do

evento;

d. Entrada do evento;

e. Camarotes;

f. Tendas;

g. Acessos radiais.

17.7. As equipes de brigada distribuídas deverão estar

guarnecidas de recursos suficientes para atuação nos locais

distantes dos postos médicos e ambulâncias.

17.8. Os integrantes da brigada de incêndio devem

possuir uniforme de fácil identificação no local do evento e

que não seja semelhante ao uniforme do CBMSE.

17.9. Os brigadistas em eventos temporários devem ter

as seguintes atribuições e responsabilidades:

a. Conhecer o leiaute do local e estarem aptos para

atender e orientar o público.

b. Estarem cientes da localização das entradas, saídas e

postos médicos.

c. Garantir que não haja superlotação em qualquer

parte do evento através de intervenções e

direcionamento do público, sobretudo nas entradas

e saídas do evento ou do recinto.

d. Manter os acessos radiais e corredores de segurança

livres durante todo o evento.

e. Manter as rotas de fuga desobstruídas.

f. Manter comunicação com o chefe da brigada.

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 24

g. Ter conhecimento do plano de intervenção.

h. Ter condições de atuar em princípios de incêndios,

conhecendo a localização de equipamentos no setor

onde estiver atuando.

i. Monitorar o comportamento do público, de forma a

evitar reações inadequadas.

j. Em caso de necessidade de evacuação, orientar o

público, observando o disposto no plano de

abandono.

k. Ter condições de dar suporte básico de vida a vítimas

no local do evento.

l. Desencorajar comportamentos perigosos de

integrantes do público.

17.10. Nos casos em que a prevenção de eventos com

público de até 30.000 pessoas, que tenha a participação do

CBMSE, o número de bombeiros civis e brigadistas poderá

ser redimensionado à critério do CBMSE.

17.11. Para os eventos com público a partir de 30.000

pessoas será obrigatória a presença de equipe de bombeiros

do CBMSE, além do previsto para brigada de incêndio.

17.12. Devem constar no Projeto de Segurança Contra

Incêndio e Pânico o Atestado dos brigadistas e/ou

bombeiros civis, conforme Anexo C – 1 e Anexo C – 2.

18 PLANO DE EMERGÊNCIA

18.1. Para os eventos classificados a partir de risco

médio, deverá ser apresentado no projeto o plano de

emergência conforme instrução técnica em vigor no CBMSE,

constando:

a. O plano de abandono, detalhando as rotas de fuga e

as condições de saída do local do evento à área

externa, detalhando a forma de atuação da brigada.

b. Materiais empregados nas rotas de fuga e em

construções provisórias, como camarotes, camarins

e outras.

c. Localização e forma de utilização de produtos

inflamáveis ou que ofereçam qualquer tipo de risco à

integridade física dos ocupantes.

d. Características construtivas (estrutural e

acabamento) da edificação onde se realizará o

evento.

e. Recursos humanos e logísticos (materiais,

equipamentos, veículos e outros) disponíveis para

apoio em situação de emergência e sua localização.

f. Localização de outros riscos.

g. Hospital de referência para atendimento a possíveis

vítimas e tempo de deslocamento.

h. Fração do CBMSE mais próxima.

18.2. Para elaboração do plano de emergência deverão

ser utilizadas como base a Instrução Técnica específica

vigente no CBMSE.

18.3. O plano de emergência deve garantir a rápida

atuação dos envolvidos na segurança do evento em uma

situação de emergência, permitindo o abandono seguro do

público em tempo hábil.

18.4. Em situação de emergência deve ser utilizado

sistema de som para alertar o público. É importante que as

mensagens de alerta aos espectadores sejam precisas,

claras e objetivas, devendo constar no plano de intervenção

o procedimento para seu acionamento e o contato do

responsável.

18.5. Para padronizar a informação e permitir a rápida

assimilação da emergência, recomenda-se que a mensagem

de alerta ao público siga os seguintes dizeres:

Senhoras e senhores, por motivo de segurança, este local

precisa ser evacuado. Por favor, saiam pela saída mais

próxima. Os brigadistas irão auxiliá-los.

18.6. Após realização do evento, deve ser elaborado pelo

responsável técnico pelo evento, e encaminhado ao CBMSE

quando solicitado, relatório contendo informações sobre a

execução do planejamento durante o evento, constando,

dentre outros aspectos importantes:

a. Número de atendimentos nos postos médicos e

causas prováveis;

b. Número de atendimentos por ambulâncias e causas

prováveis;

c. Atuações e intervenção da brigada de incêndio;

d. Situações de risco avaliadas e corrigidas;

e. Emprego de recursos não previstos no plano de

intervenção;

f. Público total durante o evento;

g. Destino das vítimas atendidas e transportadas.

18.6.1. Em eventos classificados a partir de risco alto, o

relatório deve ser encaminhado ao CBMSE pelo

Responsável Técnico do Evento, no prazo de 5 dias

úteis.

19 ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 25

19.1. Os serviços de atendimento pré-hospitalar através

de posto médico, ambulâncias e profissionais, deverão

atender às exigências de legislação específica.

20 GENERALIDADES

20.1. Quando da realização de eventos realizados no

interior de edificações permanentes, essas deverão atender

a todas as exigências do Regulamento de Segurança Contra

Incêndio e Pânico, incluindo Atestado de Regularidade do

Corpo de Bombeiros, além das exigências para as atividades

temporárias que se pretendam desenvolver em seu interior.

20.2. Para eventos realizados em área externa das

edificações permanentes, sem utilização de áreas

construídas da edificação, aplicam-se as exigências desta

instrução técnica para o evento temporário, sem o

condicionante do Atestado de Regularidade do Corpo de

Bombeiros para a edificação permanente.

20.3. Apesar de não haver a exigência Atestado de

Regularidade do Corpo de Bombeiros para a edificação

permanente, para o caso descrito acima, o mesmo é exigido

para as atividades rotineiras da edificação, podendo ser alvo

de fiscalização pelo CBMSE a qualquer momento.

20.4. Caso haja alteração da relação nominal de

brigadistas a serem disponibilizados para o evento

temporário, poderá ser apresentada, até o momento da

realização da vistoria, uma nova relação nominal dos

brigadistas, com demais documentos exigidos.

20.5. Serão considerados intempestivos os projetos em

que não sejam observados os prazos previstos nesta

Instrução Técnica, acarretando ao responsável pela

realização do evento as consequências subsequentes.

20.6. Com o intuito de garantir a segurança do público,

os comandantes de Unidades/Frações poderão requerer a

realização de reuniões de planejamento com os

organizadores de evento e responsável técnico pelo evento,

para esclarecimentos e formalização de exigências e

condições de segurança.

20.7. Não será permitido o protocolo de PETSCIP para

eventos realizados em edificações liberadas para o mesmo

fim, devendo possuir apenas o Atestado de Regularidade do

Corpo de Bombeiros. Nos casos em que houver adaptações

no interior da edificação, essas devem ser acompanhadas

por Responsável Técnico, sendo obrigatória a emissão de

documento de responsabilidade técnica (ART OU RRT), que

deverá ser apresentado ao CBMSE, por ocasião de vistoria

de fiscalização.

20.8. O responsável técnico deve atentar para que as

adaptações não interfiram na eficiência das medidas de

segurança contra incêndio e pânico, devendo avaliar a

necessidade de alocação de equipamentos

complementares.

20.9. A aprovação do evento temporário em vistoria pelo

CBMSE não exime o organizador do evento da regularização

junto a outros órgãos.

20.10. Quando forem observadas irregularidades ou

informações relevantes durante realização do evento, estas

devem ser inseridas no Projeto de Segurança Contra

Incêndio e Pânico, visando enriquecer o histórico do evento

e subsidiar análises pelo CBMSE.

20.11. Para os eventos a partir de risco médio deverá ser

instalado posto de atendimento pré-hospitalar, em local de

fácil acesso, atendendo às normas pertinentes.

20.12. O projeto de segurança contra incêndio e pânico

terá validade de sua aprovação por 01 (um) ano podendo

sua utilização ser para eventos diversos desde que não haja

quaisquer modificações no documento aprovado, e possua

título ou nomenclatura genérica, inclusive tal validade

deverá ser mencionada em projeto, observando ainda que

os documentos de responsabilidade técnica (ART ou RRT) e

declarações deverão ser atualizados.

20.13. Nas situações que no período previsto no item

anterior, as estruturas venham a ser montadas e

desmontadas, será necessária nova vistoria e a emissão do

respectivo ALE para cada evento.

21 PRESCRIÇÕES DIVERSAS

21.1. O organizador de evento com público superior a

3.000 pessoas deverá, por meio de recursos audiovisuais,

apresentar à plateia informações sobre as condições de

segurança contra incêndio e pânico do evento, inclusive

saídas de emergências e procedimentos para evacuação da

área do evento.

21.1.1. As informações acima deverão ser apresentadas ao

público antes do início do evento, e no mínimo a cada 3

horas. A demonstração de tais informações deverá ser feita

ao CBMSE no momento da vistoria, da mesma maneira que

será feita ao público.

21.1.2. A duração do vídeo deverá ser de no mínimo 30

segundos.

21.1.3. Quando não houver possibilidade de utilização de

sistema de vídeo, poderá ser utilizado apenas sistema de

som.

21.2. O serviço de atendimento pré-hospitalar

caracteriza-se como serviço médico e está sujeito a

fiscalização do Conselho Regional de Medicina, conforme

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 26

Lei nº 6.839/1980 e Resolução nº 1.980/2011 – CFM, motivo

pelo qual o serviço de ambulância e posto médico deverá

ser prestado por empresa devidamente registrada no

competente conselho.

21.3. O não atendimento de qualquer das exigências

desta IT para os eventos temporários, que resultar em risco

para os espectadores/participantes, sujeitará o organizador

do evento às sanções previstas na Lei Estadual nº 8151/2016

e Lei Federal nº 8.078/1990.

21.4. O atendimento às exigências contidas nesta IT não

exime o responsável pela edificação ou evento da

responsabilidade do atendimento a outras normas,

legislações e medidas de segurança específicas, como a

instalação de locais adequados para o atendimento médico

de urgência e o emprego de pessoal qualificado para tal,

dentre outras.

21.5. É proibida a realização de eventos em locais que

não possuam saídas proporcionais ao público presente,

ainda que em espaço aberto ou em vias públicas.

21.6. Os organizadores de evento que disponibilizarem

esportes radicais e de aventura aos espectadores durante a

duração do evento deverão garantir profissional qualificado

responsável pela segurança do público, observando normas

técnicas da ABNT, não sendo alvo de fiscalização pelo

CBMSE.

21.7. Para a escolha de locais de eventos temporários

devem ser observados os distanciamentos mínimos,

previstos em legislação, para locais que ofereçam risco de

incêndio/ explosões.

21.8. Para os eventos que disponibilizarem “Food Truck”

o responsável técnico ou promotor do evento deverá

garantir uma distância mínima de 15 metros para os acessos

e saídas, bem como garantir que os veículos possuam

autorização junto ao órgão de trânsito, não sendo a

autorização/documentação alvo de análise e inspeção pelo

Corpo de Bombeiros.

21.8.1. A utilização de GLP para cocção de alimentos deve

ser feita fora das áreas de acomodação e circulação do

público.

21.8.1.1. Para os locais destinados a cocção de

alimentos será permitido no máximo 2 (dois) botijões de

GLP do tipo P13, desde que possuam ventilação

permanente.

21.8.1.2. Os locais destinados a cocção de alimentos

deverão manter uma distância mínima de 5 m das rotas de

fuga.

21.9. Os casos omissos, excepcionais ou que apresentem

qualquer divergência serão definidos pelo comandante

geral do CBMSE.

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 27

ANEXO A

(Timbre usual da empresa promotora do evento)

LAUDO TÉCNICO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO – EVENTO DE RISCO BAIXO

1. IDENTIFICAÇÃO DO EVENTO

Nome do evento:

Descrição do evento:

Início: ___/___/____ Horário: ____/____ Encerramento: ___/____/______ Horário: ____:____h

Área do evento: Público:

End.: (Rua, Av.): Nº Referência:

Bairro: Cidade:

Organizador: CPF: Fone:

Resp. pela edificação: CPF: Fone:

2. SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO DO EVENTO

REQUISITO Sim Não

Local do evento é ao ar livre ou em área externa à edificação?

Há previsão de público sobre estruturas provisórias como arquibancadas, camarotes e similares?

Há espetáculo pirotécnico?

Há prática de esportes radicais que implique em risco para os espectadores, tais como rodeio,

competição/exibição automobilística, motociclística, de aeronaves ou similares.

Há utilização de trio elétrico?

Há utilização de brinquedos mecânicos?

Saídas de emergência possuem dimensões suficientes para evacuação do público esperado?

Há mecanismo de controle de público? Especificar nas observações.

As rotas de fuga estão sinalizadas e desimpedidas?

Há extintores distribuídos no local do evento em áreas com material combustível?

Há instalação de palco e similares, para uso específico da coordenação do evento e apresentações

artísticas e culturais?

Os riscos específicos do evento foram avaliados?

A utilização de GLP atende os requisitos de segurança das normas técnicas?

Qual a quantidade mínima de brigadistas e/ou bombeiros civis exigidos e contratados pelo evento?

3. OBSERVAÇÕES

4. ANEXOS (DOCUMENTOS COMO: ART, RRT Atestados de brigadas e/ou Bombeiros Civis)

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 28

RESPONSÁVEL PELO LAUDO TÉCNICO ART/RRT:

Nome: Nº CREA/CAU:

Endereço (Rua, Av.) Nº Compl.

Bairro: Cidade:

E-mail: Fone(s)

Assinatura:

ORGANIZADOR DO EVENTO CPF:

Assinatura:

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 29

ANEXO B

(Timbre usual da empresa promotora do evento)

MODELO DE DECLARAÇÃO QUE NÃO FARÁ SHOW PIROTÉCNICO

Declaro que não haverá show pirotécnico para atender o evento, _________________________________________ (nome

do evento), a ser realizado no_________________________________________, (Local do evento) no dia___/___/_____,

organizado por, _____________________________________________________, CNPJ/CPF:_____________________,

tendo como responsável, _______________________________________, CPF:

_________________________________________

_________________________, _____ de _________________ de _________.

__________________________________________

(nome completo)

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 30

ANEXO C - 1

(Timbre usual da empresa promotora do evento)

MODELO DE ATESTADO DE BRIGADA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

Atesto, para os devidos fins, que as pessoas abaixo relacionadas possuem formação de “Bombeiro Civil”, estando aptas a

trabalhar na prevenção no evento temporário _________________________________ (nome do evento) a ser realizado

no dia_____/_____/_______.

Bombeiros Civis

Nome CPF N. CRC Data Validade

CRC

_________________________, _____ de _________________ de _________.

__________________________________________ __________________________________________

(nome completo responsável técnico) (nome completo Organizador do evento)

(CPF) (CPF)

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 31

ANEXO C -2

(Timbre usual da empresa promotora do evento)

MODELO DE ATESTADO DE BRIGADA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

Atesto, para os devidos fins, que as pessoas abaixo relacionadas participaram do treinamento de “Brigada Contra Incêndio

e Pânico”, estando aptas a trabalhar na prevenção no evento temporário _________________________________ (nome

do evento) a ser realizado no dia_____/_____/_______.

Brigadistas

Nome CPF Nível de

Treinamento CRC da Escola

Formadora Data de Conclusão

do Curso

_________________________, _____ de _________________ de _________.

__________________________________________ __________________________________________

(nome completo responsável técnico) (nome completo Organizador do evento)

(CPF) (CPF)

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 32

ANEXO D

(Timbre usual da empresa promotora do evento)

MODELO DE TERMO DE RESPONSABILIDADE DE LOTAÇÃO MÁXIMA

Eu,_________________________________________________________ (Nome do responsável) CPF/CNPJ nº

................................................., responsável pela realização do Evento .................................(nome do evento), com data de

realização do dia ___/___/___ ao dia ___/___/___, visando a concessão do Auto de Liberação de Eventos (ALE) do Corpo

de Bombeiros Militar do Estado de Sergipe, atesto que o evento realizado na

,...................................................................................(Endereço do evento), Município de ..................................., terá

controle de lotação máxima por recinto e/ou setor conforme especificado no Processo de Evento Temporário de Segurança

Contra Incêndio e Pânico (PETSCIP) aprovado nessa Corporação.

Dessa maneira, assumo toda a responsabilidade civil e criminal sobre a responsabilidade assumida neste termo

............................, ..........de............................................de................

__________________________________________ __________________________________________

(nome completo responsável técnico) (nome completo Organizador do evento)

(CPF) (CPF)

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 33

ANEXO E

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SERGIPE

DIRETORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

ORIENTAÇÃO PARA PLANEJAMENTO DO EVENTO

A realização de qualquer evento temporário exige de seu organizador planejamento prévio, com antecedência suficiente

para garantir o cumprimento das exigências de segurança contra incêndio e pânico. Para grandes eventos, com público

superior a 10.000 pessoas, é recomendado que o planejamento seja iniciado com pelo menos 09 meses de antecedência.

Quanto maior o evento, maior será a importância de seu planejamento. Para orientar e facilitar o trabalho dos

organizadores e profissionais quanto à elaboração e execução do planejamento, pode-se considerar o evento dividido nas

seguintes fases:

a. Pré-evento: fase de escolha do local e de empresas, profissionais e projetos a serem contratados, além de definição

dos recursos, estruturas e licenças necessárias.

b. Montagem: fase de instalação de equipamentos e construções provisórias, como palco, arquibancadas, sistemas de

som, execução das medidas de segurança, etc.

c. Evento (propriamente dito): fase que se inicia com abertura dos portões ou início das atividades e entrada de público

espectador no local. Nesta fase as medidas previstas para o evento devem estar efetivamente implementadas,

sendo indispensável o controle e monitoramento das condições de segurança do local.

d. Encerramento: Nesta fase ocorre o término do evento e a saída do público, além de remoção e desmontagem das

estruturas do evento.

e. Pós-evento: nesta fase é feita a compilação das informações e relatórios das ocorrências e intervenções no evento

e avaliação com profissionais responsáveis técnicos para ´´aperfeiçoamento de próximos eventos.

O planejamento do evento temporário deve ser efetivo e voltado, sobretudo, para a prevenção de sinistros, através de

identificação, controle e eliminação dos riscos existentes. Para isso, visando evitar a ocorrência de incidentes e sinistros,

organizadores e profissionais envolvidos devem observar os seguintes passos no planejamento e em todas as fases do

evento:

a. 1º passo – Identificar os perigos associados às atividades ou características do evento.

b. 2º passo – Identificar as pessoas que podem ser afetadas e como seriam afetadas.

c. 3º passo – Identificar se há regras e precauções estabelecidas relativas àquela situação de perigo, como plano de

intervenção, projeto técnico aprovado, procedimento operacional padrão, etc.

d. 4º passo – Avaliar os riscos–mensurar a probabilidade de ocorrência do dano resultante do perigo identificado após

a adoção das exigências previstas.

e. 5º passo – Decidir quais as ações serão necessárias para eliminar o risco, como adequação do leiaute, retirada de

fontes de ignição, remoção de material combustível, mudança de construção provisória, distância de segurança, etc.

As características do evento também devem ser avaliadas no planejamento, pois podem interferir, deforma específica, em

cada fase e ainda determinar tanto a classe de risco como as medidas de segurança exigidas, além dos procedimentos

necessários para sua regularização. Desta forma, é importante que o organizador do evento e responsável técnico

contratado avaliem, previamente, aspectos importantes do evento, tais como:

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 34

a. Finalidade – Show musical, feira, rodeio, competição esportiva, circo, etc.

b. Público – Número estimativo de espectadores e sua concentração (densidade).

c. Perfil de público – Faixa etária predominante, pessoas com deficiência, rivalidade, etc.

d. Tipo de local – Ao ar livre, dentro de edificação, no interior de construção provisória.

e. Capacidade de atendimento do município – Existência de hospitais, equipes de urgência e emergência, Corpo de

Bombeiros Militar no município.

f. Impacto no município – Relação entre o público do evento e a população local.

g. Estruturas provisórias – Arquibancadas, palcos, camarotes, tendas.

h. Riscos especiais – Espetáculo pirotécnico, gás liquefeito de petróleo (GLP), efeitos especiais.

i. Período – Diurno e/ou noturno.

j. Tempo de duração – Em horas, dias, semanas, meses.

k. Acomodação de público – Sentado, em pé, misto.

l. Consumo de bebida alcoólica.

m. Circunvizinhança – Espaço para dispersão de público, tráfego de veículos, etc.

n. Condições climáticas.

A contratação de profissional habilitado para os eventos é uma das principais providências a ser adotada pelo organizador

para viabilizar o planejamento do evento e atender, em tempo hábil, aos requisitos de segurança contra incêndio e pânico.

Dependendo do evento, será necessário que o organizador contrate profissional habilitado para elaborar o planejamento

e para assumir as demais responsabilidades previstas nesta Instrução Técnica. Não há obrigatoriedade de que este

profissional seja o mesmo profissional responsável técnico pela elaboração do Projeto de Segurança Contra Incêndio e

Pânico do Evento Temporário.

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 35

ANEXO F

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SERGIPE

DIRETORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

ORIENTAÇÃO PARA GERENCIAMENTO DE PÚBLICO

Nas últimas décadas, dezenas de tragédias envolvendo grandes concentrações de público em eventos resultaram em

milhares de mortes em diversos países.

Para se evitar tragédias, é importante implementar gerenciamento e controle de público eficientes, que permitem

minimizar o risco de superlotação do local do evento e de deflagração de rápido movimento de grupo de pessoas dentro

do público.

Gerenciamento de público pode ser compreendido como o conjunto de ações envolvendo planejamento e supervisão

sistemática, visando garantir o movimento e a reunião do público de maneira ordenada.

O controle de público é a restrição ou limitação do público e de seu comportamento, podendo fazer parte do gerenciamento

ou ocorrer sem planejamento, como resposta a um problema.

O dimensionamento correto das saídas de emergência tem importância fundamental no gerenciamento de público durante

a ocorrência de sinistro.

O gerenciamento de público deve, sempre que possível, considerar o histórico e experiências em eventos anteriores.

Comportamento do público

Para que o gerenciamento de público seja eficiente é necessário considerar o comportamento do público, principalmente

quando se espera grande concentração ou elevada densidade de pessoas.

O comportamento individual das pessoas em uma multidão pode ser influenciado por ações não autorizadas de um

pequeno grupo, podendo resultar em riscos para a segurança. Como exemplo, cita-se o acesso de indivíduos através de

passagens bloqueadas, gerando um comportamento coletivo, que pode acarretar em superlotação de determinadas áreas,

dentre outros riscos.

Nos momentos iniciais de uma emergência, o comportamento do público pode ser influenciado por pessoas que aparentam

ser especialistas em segurança ou ter conhecimento da situação, o que justifica a presença de brigadistas para orientar a

evacuação.

A ausência de informações claras dificulta as decisões das pessoas e influência sua reação em situação de emergência,

permitindo que assumam decisões próprias e individuais, aumentando a sensação de insegurança e a possibilidade de

incidentes. Portanto, é de vital importância que o público receba informações visuais e de áudio (sistema de som,

sinalização, telões, profissionais bem uniformizados, etc.) em eventual situação de emergência, de forma a permitir a

orientação e o movimento ordenado do público.

O estado emocional e psicológico do público (rivalidade, histeria, agressividade, excitação, insatisfação) pode afetar seu

comportamento, gerando movimentos e concentração (densidade) de público indesejáveis.

As pessoas tendem a frequentar eventos em grupos de amigos ou familiares e, normalmente, se deslocam juntos no interior

do evento, o que pode favorecer o acúmulo de pessoas em locais como sanitários, bares, postos de informação, etc. Em

situação de emergência também é esperado que o tempo de reação destas pessoas seja maior, devido ao tempo gasto para

localização das pessoas de seu próprio grupo.

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 36

Pessoas que não estão familiarizadas com o local do evento, geralmente necessitam de maior assistência e direção para se

deslocar. Por este motivo, tendem seguir a multidão, usar as rotas de fuga principais e procurar as mesmas áreas de

acomodação de público.

A visibilidade é um fator importante para o controle do público dentro do evento, uma vez que as pessoas tendem a migrar

para pontos que oferecem visão adequada da apresentação (palco). Este comportamento pode resultar em aumento da

densidade do público em determinadas áreas e pressão excessiva nos espectadores.

A pressão exercida por um grupo de pessoas aglomeradas, combinada com os efeitos da “onda de choque”, que se

transmite em densidades críticas de público, produz forças impossíveis de serem resistidas por indivíduos, ainda que em

pequenos grupos, o que reforça a necessidade de monitoramento constante do público e adoção de medidas que previnam

esse fenômeno.

Quando a densidade de público equivale à área ocupada pelo corpo, o controle individual é perdido e as pessoas passam a

se comportar como parte da massa, movimentando-se de forma involuntária.

Em densidades de 7 pessoas por m², a multidão passa a se comportar quase como um fluido, podendo acarretar em ondas

de choque, levantando pessoas e deslocando-as por distâncias superiores a 3 m.

As condições do piso/terreno podem influenciar na evacuação do público, reduzindo a velocidade das pessoas e

ocasionando quedas, gerando o risco de pisoteamento e asfixia por compressão toráxica, dependendo da concentração do

público.

Em locais com alta concentração de pessoas, como próximo a palcos, local de passagem de artistas e outros, a densidade

do público naturalmente é mais elevada. A partir de uma certa densidade, cerca de 8 pessoas por m², existe o risco de

asfixia por compressão toráxica, fenômeno que pode resultar em mortes.

A velocidade de deslocamento do público reduz à medida que sua densidade se eleva.

A mudança de comportamento do público deve ser monitorada, sendo alguns indicadores úteis para a identificação de

problemas que necessitam de intervenção por equipes de segurança, tais como:

a. Sinais de sofrimento.

b. Movimentos indesejados, como empurrões e afluência.

c. Gritos ou indicadores similares de mau humor ou excitação.

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INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS 37

COMISSÃO DE ELABORAÇÃO DA INSTRUÇÃO TÉCNICA 45/2018 – EVENTOS TEMPORÁRIOS

Israel Wesley dos S. Araújo - Ten Cel QOBM Diretor de Atividades Técnicas

Douglas Farias de Morais - Ten Cel QOBM

Diretor Adjunto da DAT

Márcio José dos Santos - Maj QOBM Comandante do 1º SGIBM

Silvio Guimarães Azevedo - Maj QOBM Chefe do Dep. de Análise de Projetos

Marcelo dos Santos Damasceno

Analista de Sistemas - ASTINF

Versão Data

Final 03 de dezembro de 2018