cori - uepb · 2013. 11. 1. · relaes internacionais 4 o programa ciência sem fronteiras lidamos...

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MOBILIDADE INTERNACIONAL EM CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO CoRI Coordenadoria de Relações Internacionais Um programa especial de mobilidade internacional em ciência, tecnologia e inovação

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  • UM PROGRAMA ESPECIAL DE MOBILIDADE INTERNACIONAL EM

    CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

    CoRICoordenadoria de Relações Internacionais

    Um programa especial de mobilidade internacional em ciência, tecnologia e inovação

  • Universidade Estadual da Paraíba

    Prof. Antônio Guedes Rangel Júnior | ReitorProf. José Ethan de Lucena Barbosa | Vice-Reitor

    Prof. José Benjamim Pereira Filho Chefe de GabineteProf. Carlos Enrique Ruiz FerreiraCoordenador de Relações Internacionais

    Cidoval Morais de Sousa | DiretorArão de Azevêdo Souza | Editor Assistente de projetos visuaisAntonio Roberto F. da Costa | Editor Assistente de Conteúdo

    Organizadores da PublicaçãoProf. Dr. Carlos Enrique Ruiz FerreiraCoordenador Institucional do Programa Ciência sem Fronteiras/UEPB

    Christiano Cordeiro SoaresAssessor Administrativo

    Equipe TécnicaChristiano Cordeiro SoaresAssessor Administrativo

    Síria Bandeira BulcãoAssessora Administrativa

    Jéfferson Ricardo Lima Araujo NunesProjeto Gráfico e Editoração

    ColaboradoresProfa. Carmen África Herrero MartinezProfa. Haíssa de Farias Vitoriano Pereira Prof. Dra. Joseilda de Sousa Diniz Prof. Dr. Júlio Cesar Cabrera MedinaValter Ângelo da Silva Júnior

  • 3

    O Programa Ciência Sem Fronteiras e a Universidade Estadual da Paraíba

    O que está acontecendo no âmbito do ensino superior no mundo em termos de mobilidade internacional? Segundo a

    UNESCO e o Institute of International

    Education (IIE) a mobilidade internacional

    cresce de forma significativa e constante

    ao longo dos últimos anos. Conforme se

    observa no quadro abaixo, o IIE traz os

    seguintes dados que cumpre ressaltar:

    em 2000 tínhamos 2,1 milhões de

    estudantes em mobilidade; em 2005,

    o número passou para 3 milhões; em

    2010 alcançou os 4,1 milhões.

    Prof. Carlos Enrique Ruiz FerreiraCoordenador de Relações Internacionais - Reitoria

    Estudantes internacionais no Mundo - anos selecionados

    1.1 M

    1.1 M

    1.3 M

    2.1 M

    3.0 M

    4.1 M

    1.7 M

    1980

    1985

    1990

    1995

    2000

    2005

    2010

    Fonte: OECD, Education at a Glance, 2012. Elaboração Institution of International Education, Project Atlas

    1975 0.8 M

    A mobilidade internacional nos dias de hoje

  • CoRICoordenadoria de Relações Internacionais

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    O Programa Ciência Sem Fronteiras

    Lidamos com números que são constantes e que seguirão esta tendência; previsíveis, portanto. Não poderia ser muito diferente pois tratamos de Universidades, instituições, que, via de regra, são extremamente sólidas desde uma perspectiva social, política e financeira. As mais importantes Universidades possuem uma estrutura administrativa de porte para os Assuntos Internacionais, participam de Programas de mobilidade, possuem planos e metas, etc. De sorte que, repito: a tendência constante de crescimento não deverá mudar.

    Neste cenário, alguns países podem se sobressair e entender o

    “jogo” da mobilidade internacional para promoverem seu crescimento. O governo federal, da administração Dilma Rousseff, deu claros sinais de que pretende ser um player neste campo.

    Não é preciso aqui reiterar que a promoção da educação, intelectualidade, ciência e tecnologia, está pari passu com o desenvolvimento econômico de uma região, nação, bloco econômico, etc. O Programa Ciência Sem Fronteiras (PCsF) foi estabelecido a partir deste discernimento: teve em conta o desenvolvimento econômico e social nacional e a inserção internacional do Brasil no que se refere ao cenário da educação superior.

    O Programa Ciência Sem Fronteiras foi lançado no dia 26 de julho de 2011 (mas seu Decreto-Lei, de número 7.642, é datado de 13 de dezembro de 2011) e prevê a concessão de 101.000 bolsas de estudos, para estudantes brasileiros, realizarem seus cursos ou parte deles em universidades de renome no exte-

    rior, até o final de 2015.Dentre essas 101.000 bolsas, 75.000

    serão honradas por recursos orçamen-tários da União e 26.000 por empresas públicas ou privadas.1

    O Programa tem como finalidade promover a competitividade brasileira em prol do desenvolvimento econômi-

    1 Num primeiro momento as parceiras eram: Febraban, CNI, ABDIB, Petrobras, Eletrobrás e VALE.

  • 5

    Situação Ano Grad SanduícheDout

    Sanduíche Pós-DocDout Pleno

    Desenv Tecnológico e Inovação

    Atração de Jovem Talento

    Pesq Visitante Especial

    Total AnoTotal Acum Ano

    Realizado 2011 2.593 1.242 564 155 - - - 4.554 4.554Realizado 2012 12.493 1.899 1.376 499 - 300 447 16.864 21.418Previsto 2013 14.914 3.559 1.500 946 2.000 400 510 23.582 45.000Previsto 2014 16.000 3.800 1.500 1.300 2.500 600 513 26.000 71.000Previsto 2015 18.000 4.500 1.500 1.600 2.560 700 530 30.000 101.000

    Total 64.000* 15.000 6.440 4.500 7.060 2.000 2.000 101.000

    Fonte: Programa Ciência Sem Fronteiras, 25/04/2013.

    O PCsF e a Universidade Estadual da ParaíbaO Programa Ciência Sem Fronteiras (PCsF) é um Programa estratégico no que tange a educação superior do Brasil.

    O Programa pode ser caracter-izado como estratégico pois um de seus objetivos maio-res é internacionalizar as Instituições de Ensino Superior Brasileiras. Trata-se de um objetivo grandioso e que, se feito de forma séria, planejada e dentro

    dos melhores padrões de excelência acadêmica, pode transformar o ensino superior no curto período de uma ou duas décadas. E transformá-lo significa, dentre outros: a) promover a tecnologia e a inovação – em particular em muitas universidades ainda carentes em pes-

    2 Disponível em: http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/views/-/journal_content/56_INSTANCE_VF2v/214072/3815983

    co nacional. De viés econômico-políti-co, o Programa já possui diversas par-cerias com empresas de grande relevo e trabalha com áreas prioritárias e estratégicas para o Brasil. Destas, es-tão incluídas áreas definidas como das ciências duras, tais como: as engen-harias, produção de fármacos, criação de softwares, biologia, nanotecnolo-gia, energias renováveis ou não, tec-

    nologia aeroespacial, ciências do Mar, entre outras.

    Segundo os dados divulgados em abril de 2013, em apresentação do Min-istro Aloísio Mercadante, referentes a 2011-2015, foram concedidas mais de 21.418 bolsas nos anos de 2011 e 2012.2 No ano em exercício a previsão de ex-ecução é de 23.582 bolsas, como se ob-serva no quadro a seguir.

  • CoRICoordenadoria de Relações Internacionais

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    quisa; b) fomentar as redes de pesquisa internacionais, o que leva ao enriqueci-mento intelectual e produção de novos conhecimentos; c) criar novas formas de ensino, com metodologias diferen-ciadas, a partir das experiências em Uni-versidades estrangeiras3 ; d) incentivar o conhecimento de línguas estrangei-ras, tornando as universidades, alunos e professores, mais competitivos e com mais interlocutores em termos globais - além de ampliar as estruturas cogniti-vas dos partícipes.

    A dimensão estratégica do Pro-grama pode ser também elucidada por este haver sido pensado no âmbito da Presidência da República. Foi neste ló-cus, não restam dúvidas, que apare-ceu a compreensão de que “intercâm-bios educacionais em ciências são uma grande ideia, talvez uma das iniciati-vas diplomáticas mais importantes das políticas do continente.”, como susten-tou o Embaixador estadunidense Thom-as Shannon.4 Ao que se sabe, a Presi-denta lançou o Programa após uma conversa com o Presidente Obama, que anunciara um Programa de envio de es-tudantes estadunidenses (100 mil) para países asiáticos.

    Destarte, o Programa Ciência Sem Fronteiras deve ser compreendido na totalidade de sua dimensão. Ainda: deve ser aplaudido. O PCsF mudará o panorama da mobilidade internacional no ensino superior, colocando o país como um dos players globais também neste cenário.

    E nossa Universidade? Como se in-sere neste processo?

    A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), através da Coordenadoria de Relações Internacionais (CoRI), acom-panha desde o início as discussões so-bre o Programa e entrou como Univer-sidade parceira do Programa desde seu princípio.

    Desde então o Programa vem cum-prindo um de seus papéis precípuos com a UEPB: estamos fortalecendo a nossa internacionalização.

    Com os primeiros editais, por exem-plo, a UEPB diagnosticou um problema de certa envergadura: poucos de nos-sos alunos e alunas falam a língua ingle-sa. Depois, na linha deste desconforto, e nas discussões com a CAPES e o CNPq, com os coordenadores institucionais das Universidades , percebemos que se tratava de um problema em escala

    3 Em muitos países da União Europeia, por exemplo, a estrutura de ensino, pós Plano Bolonha, modificou-se radicalmente. 4 http://portuguese.brazil.usembassy.gov/pt/events2/avano-estratgico-do-brasil.html

  • 7

    nacional. Foi apenas a partir da clareza do trovão e depois da trovoada, que iniciamos discussões internas para su-prir essa lacuna acadêmica – na esteira dos trabalhos de tantas outras universi-dades do país.

    Por outro lado, os números da mobi-lidade internacional da UEPB, que ainda são baixos (em comparação com outras universidades e com o que merece nos-sa comunidade), tiveram um crescimen-

    to exponencial, quando comparamos com o que tínhamos anteriormente. Boa parte deste crescimento deve-se ao PCsF. Nos primeiros editais, conse-guimos enviar 18 alunos para universi-dades estrangeiras; hoje temos 26 pré selecionados.

    Mas este êxito, que pode ser com-provado pela série de depoimentos que compilamos a seguir (sobre a primeira turma da UEPB a ser congraçada com

    20090 20132010 2011 2012

    4

    11

    26 26

    3

    ALUNOS DA UEPB NO EXTERIOR

    OUTGOING (2009-2013)

    PCsF30

    25

    20

    15

    10

    5

    5 Efetivamos uma parceria com o British Council, por exemplo. Esta nos permite ser um centro aplicador dos exames de pro-ficiência em língua inglesa, facilitando o acesso à prova aos alunos paraibanos. Já efetuamos uma prova em Campina Grande e atualmente discutimos a realização de outra.

  • CoRICoordenadoria de Relações Internacionais

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    bolsas), deveu-se também à nossa co-munidade acadêmica. Desde a divul-gação institucional, as caravanas de divulgação, a sensibilidade de alunos, professores e funcionários... Todos en-tramos em campo.

    Podemos ressaltar, ainda, os trabal-hos que a UEPB realizou e realiza com seus alunos antes de irem ao exterior. A CoRI procura discutir e orientar seus alunos e alunas para que a viagem seja ao mesmo tempo uma experiência cul-tural, individual, mas também parte de um trabalho coletivo, de pesquisa e acadêmico. Antes de viajarem, os alu-nos e alunas da UEPB reúnem-se dire-tamente com seus professores e com as coordenações de curso, de maneira a aproveitar o máximo os diferenciais das universidades estrangeiras e, outros-sim, programar as convalidações de crédito. Ainda, a CoRI orienta aos alu-nos a fortalecerem os laços de pesqui-sa, tentando formar redes com os pro-fessores da UEPB e das Universidades de destino.

    Como todos sabemos, a pesquisa e o processo de conhecimento leva certo tempo de maturação, mas já podemos observar a mudança que este programa de mobilidade nos traz. Outrossim, procuramos deixar claro que os alu-nos selecionados são representantes da UEPB, da Paraíba, mas também da Nação. Trata-se de um Programa nacio-nal, com objetivos que visam contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país. É, portanto, uma grande responsabilidade.

    Destarte, o Programa Ciência Sem Fronteiras trará, ou melhor, já está tra-zendo à Paraíba e ao Brasil, um cresci-mento e desenvolvimento econômico e sustentável. A formação de quadros de nível superior, com qualidade e in-terlocução internacional, constitui-se num patrimônio de excelência da vida nacional. A Universidade Estadual da Paraíba vê-se como parte integrante do Programa e de seus objetivos e seguirá fortalecendo sua internacionalização de forma consciente e proativa.

  • 9

    DADOS BÁSICOS DOPROGRAMA

    ObjetivO dO PrOgrama• Oferecer 101 mil bolsas de estudo

    no exterior para que os estudantes brasileiros mais talentosos de graduação, pós-graduação e pesquisadores possam realizar estágios nas melhores universidades do mundo, em um ambiente educacional e profissional de referência em inovação, empreendedorismo e competitividade;

    • Promover o avanço da ciência, tecnologia, inovação e competitividade industrial através da expansão da mobilidade internacional;

    • Aumentar a presença de estudantes e pesquisadores brasileiros em instituições de excelência no exterior;

    • Fortalecer a internacionalização das universidades brasileiras;

    • Promover a proficiência em idiomas estrangeiros;

    • Aumentar o conhecimento inovador das indústrias brasileiras;

    • Atrair jovens talentos e pesquisadores altamente qualificados para trabalhar no Brasil.

    DADOS BÁSICOS DOPROGRAMA

    • Engenharias e demais áreas tecnológicas;

    • Ciências Exatas e da Terra: Física, Química, Geociências;

    • Biologia, Ciências Biomédicas e da Saúde;

    • Computação e tecnologias da informação;

    • Tecnologia Aeroespacial;• Fármacos;• Produção Agrícola Sustentável;• Petróleo, Gás e Carvão Mineral;• Energias Renováveis;• Tecnologia Mineral;• Tecnologia Nuclear;• Biotecnologia;• Nanotecnologia e Novos materiais;• Tecnologias de Prevenção e Mitigação

    de Desastres Naturais;• Tecnologias de transição para a

    economia verde;• Biodiversidade e Bioprospecção;• Ciências do Mar;• Indústria criativa;• Novas Tecnologias de Engenharia

    Construtiva;• Formação de Tecnólogos.

    Áreas PriOritÁrias

  • CoRICoordenadoria de Relações Internacionais

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    Na UEPB a inscrição acontece de forma dúplice. O aluno de graduação interessado em participar do programa, deverá se inscrev-er tanto no Portal do Programa Ciência sem Fronteiras quanto na Chamada Interna da UEPB, sob organização da Coordenadoria de Relações Internacionais (CoRI), órgão da reito-ria.

    No Portal do PCsF – O estudante deverá at-entar para o lançamento das Chamadas Públi-cas do Programa e se cadastrar dentro dos prazos estabelecidos nos editais nacionais, em conformidade com o País escolhido.

    Com relação à Chamada Interna UEPB/CoRI – Esta é amplamente divulgada pela CoRI através do site institucional da UEPB, assim como são enviados e-mails a todos os dire-tores de centro. O estudante da UEPB deverá passar por uma avaliação prévia da Coorde-nadoria de Relações Internacionais, e cumprir, além dos requisitos básicos estabelecidos pelo programa, os requisitos estabelecidos pela UEPB.

    Para atender plenamente aos critérios da direção nacional do programa e aos da nossa instituição, o candidato deverá obrigatoria-mente preencher os seguintes requisitos:

    a) Ter nacionalidade brasileira;b) Estar matriculado em curso de nível supe-rior da UEPB em uma das áreas e temas pri-oritários definidos pelo PCsF;c) Ter integralizado no mínimo 20% e no máx-imo 90% do currículo previsto para seu curso, no momento do início previsto da viagem de estudos;d) Ter Coeficiente de Rendimento Escolar (CRE) igual ou superior a 7,0;e) Apresentar, caso exigido, certificado de proficiência em língua estrangeira ou ainda comprovante de pagamento no teste de pro-ficiência em concordância com os requisitos apresentados na Chamada Pública do PCsF escolhida.f) Declarar o compromisso de permanecer no Brasil pelo número de meses em relação àquele com o qual foi contemplado para real-ização da graduação-sanduíche. Essa exigên-cia poderá ser relativizada nos casos em que o aluno, durante esse período de permanência obrigatória, após o seu regresso, tenha even-tualmente entrado em programas de pós-graduação e, nessa condição, venha a ser con-templado com uma bolsa no exterior.

    PCsF na UePb

    IMPORTANTE: Estudantes que estejam cursando qualquer curso de graduação podem se inscrever no PCsF, desde que desejem aprofundar seus conhecimentos em uma das áreas supracitadas.

  • 11

    Meu nome é Aline Pacheco Albuquerque, graduanda na Faculdade de Ciências da Uni-versidade de Lisboa, no curso de Química Tecnológica. Ma-triculei-me nas seguintes disci-plinas: Amostragem e Análise Vestigial, Química dos Produ-tos Naturais e Nutracêuticos e Tecnologia Química I.

    Realizei várias visitas de estudo a diferentes estabe-lecimentos, onde pude cor-relacionar o que está sendo visto em aulas teóricas, como os processos químicos, de maneira prática. Através des-sas visitas pude também ter uma maior percepção de al-guns assuntos que já foram estudados na universidade de origem (Universidade Estadual da Paraíba).

    As indústrias visitadas foram as de polímeros, como, por exemplo, a FISIPE; vis-itei também o Monte da Rav-asqueira, produtor de vinhos de qualidade distintiva, que também desenvolve outras atividades ligadas à cortiça,

    azeite, mel e criação de gado bovino e de cavalos lusitanos de qualidade. Pude acom-panhar desde como é desen-volvido o solo para a produção das uvas, sua colheita, todo o processo de produção do vin-ho, análises efetuadas, até o processo de engarrafamento, seguido de uma pequena aula de como se deve degustar um vinho.

    No componente curricular Química dos Produtos Nat-urais e Nutracêuticos, tive a oportunidade de visitar uma indústria que produz natas e manteiga – a Natas Coimbra Milagaia e filhos. Relaciona-ndo as aulas práticas da disci-plina, desenvolvi um minipro-jeto com o acompanhamento de um professor, cujo tema trabalhado em laboratório permite dispor do conteúdo visto anteriormente em aulas teóricas. Tendo em vista que esta disciplina está intimam-ente ligada aos trabalhos que já desenvolvi junto ao Núcleo de Pesquisa e Extensão em Alimentos da Universidade Estadual da Paraíba, posso aumentar o aprendizado em relação a novas técnicas de análises, como as instru-mentais, por exemplo. Essas análises estão sendo vistas de maneira mais detalhada na disciplina de Amostragem e Análise Vestigial.

    Em termos pessoais, a vivência em um novo país con-

    tribuiu de uma forma grandio-sa na construção de diversos conhecimentos. São lugares maravilhosos, a cada dia se conhece novas pessoas de vários lugares do mundo, tem-se contato direto com outros idiomas, aprende-se sobre diferentes culturas. E, acima de tudo, fica a convicção de uma nova visão com relação a seu país, tanto em termos positivos, como negativos, in-felizmente.

    Em termos acadêmicos, senti-me muito preparada, não tive grandes dificuldades de aprendizado, pelo con-trário, fiquei surpreendida porque percebi que temos um ensino superior de boa quali-dade na UEPB.

    Depoimentos dos alunos e alunas da UEPB - Alguns exemplos de sucesso

    Aline Pacheco AlbuquerqueQuímica Industrial

  • CoRICoordenadoria de Relações Internacionais

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    Olá! Meu nome é Gabriela Batista Cavalcanti Cordeiro e há uma semana, um dos meus sonhos começou a se realizar. Faz alguns anos eu estive pen-sando em estudar fora, mas eu não tinha conhecimento de como conseguir alguma bolsa para tal. Foi aí que apa-receu o programa Ciência sem Fronteiras! Uma oportuni-dade ímpar para adquirirmos conhecimento no exterior e trazer algum retorno para o nosso país. O fato de estudar fora não é fácil; deixar a famí-lia, amigos e costumes para ir pra um lugar onde não se conhece ninguém, onde tudo é diferente: costumes, regras, tradições, ensino, enfim, tudo diferente. Mas eu decidi cor-rer atrás do meu sonho, e aqui estou eu, Holanda!

    Na verdade, Holanda é apenas uma parte do Reino dos Países Baixos, que é for-mado por 12 províncias. Duas delas, Holanda do Norte e do Sul, formam juntas a Holanda. Essas duas províncias tiveram um grande poder marítimo e econômico reconhecido in-ternacionalmente a partir do século 17, e, assim, os “Países

    Baixos” ficaram conhecidos por “Holanda”.

    São chamados “Países Baixos” pelo fato de cerca de ¼ de suas terras estarem situa-das abaixo do nível do mar. Então podemos perceber a grandeza do trabalho Holan-dês na drenagem de águas e torná-las bem tratadas para consumo. É por isso que é bem normal beber água da torneira por aqui. E, quando estiver na universidade e quis-er encher a garrafinha d’água, é só dar uma passadinha na pia do banheiro!

    Aqui também é conhecido como o país das bicicletas. Estatísticas afirmam que há mais bicicletas que pessoas por aqui! As ruas são todas retinhas, o que facilita que existam várias ciclovias que permitam o trânsito de bicicle-tas. Eu escreveria várias pági-nas somente falando de algu-mas características do país, mas esse não é meu foco.

    Ao aplicar para o Programa Ciência sem Fronteiras, escol-hi a Universiteit Utrecht pela sua excelência na minha área, Farmácia. Conseguindo a bol-sa, eu iria fazer parte de uma universidade extremamente focada em pesquisa, que faz

    da interação entre os alunos e professores o caminho para um bom aprendizado. Por ser uma universidade aberta para estudantes internacionais, há alguns cursos ministrados em inglês, o que me possibilitou aplicar para o “College of Phar-maceutical Sciences”, parte da “Faculty of Sciences”. O estudo foca no desenvolvimento de drogas, especialmente para doenças que afetam o Sistema Nervoso Central e o sistema imunológico.

    É, primeira semana. Aqui o foco não é em obter nota. É em aprendizado. Os alunos não estão preocupados com a nota que tiraram numa apre-sentação de seminário, mas sim se a apresentação foi boa e clara e no que eles podem melhorar.

    Os professores são muito atenciosos! Eu pensava que seria um relacionamento “frio” entre professor e aluno, mas me surpreendi. Foram muito amigáveis, atenciosos e disp-ostos a tirar qualquer dúvida durante os intervalos de aula ou por e-mail. Sim, eles têm títulos e é preciso se atentar quanto ao uso destes.

    Acredito que fazer parte de outra cultura ajuda muito no desenvolvimento de uma maturidade. Você troca ex-periências, conhecimentos, história, e muitos risos. Para essa minha primeira semana, posso dizer que, apesar de ter deixado o conforto da minha casa, não me arrependi por ter feito esta escolha. Estou adorando!

    Gabriela Batista Cavalcanti Cordeiro Farmácia

  • 13

    Olá! Sou Henrique Doug-las dos Santos Borborema e vou falar um pouco so-bre minhas experiências acadêmicas e culturais.1. Experiências acadêmicas:

    As disciplinas que estou cursando neste primeiro se-mestre letivo e o estágio que estou desenvolvendo no In-stituto de Oceanografia estão me proporcionando novos conhecimentos do ponto de

    vista prático, que pretendo aplicar em minhas atividades de pes-quisa (PIBIC) na UEPB, sob orientação de minha Profa. Orienta-dora Thelma Lúcia Pereira Dias. Sem nenhuma sombra de dúvida, este intercâmbio está preenchendo algumas lacunas que foram deixadas em minha formação ao longo da graduação. Espero que no próximo semestre as disciplinas que irei cursar, bem como a continuidade do estágio, possam contribuir muito mais neste meu processo de formação acadêmica e profissional.

    A principal dificuldade enfrentada, até o momento, é o uso de Bibliografia em língua inglesa, por parte da Universidade, ten-do em vista a acessibilidade para os alunos de outros países do Mundo. Além da Bibliografia, o material de apoio às aulas (slides, sumários, etc.) e algumas vezes as próprias aulas, foram em inglês, o que dificultava um pouco a compreensão dos conteúdos.

    2. Experiências culturais: Conviver com pessoas de outro país e de outro continente é,

    do ponto de vista acadêmico e cultural, bastante gratificante. Além dos próprios portugueses, outros alunos de intercâmbio nos pos-sibilitam, com a convivência, o aprendizado sobre outras culturas, outros costumes, outras formas de fazer ciência.

    Henrique Douglas dos S.Borborema Ciências Biológicas

    Olá! Sou Juliana Raquel Silva Souza - aluna do curso de Enfer-magem UEPB/ Universidad de Granada.

    O intercâmbio tem como objetivo favorecer a troca de experiência, aprimoramento de cultura e diferentes recursos. Possibilita ainda que um aluno de graduação com experiên-cia em pesquisa científica faça um paralelo entre dois mun-dos distintos, formando então profissionais com visão ampla e soluções pertinentes. Pensando assim, escolhi estudar na Uni-versidad de Granada, por esta ser um centro de referência em Ciencia da Saude, especifica-mente em Enfermagem.

    É importante destacar que entre todos os benefícios de um intercâmbio estão os laços for-mados entre a universidade de origem e a de destino, de modo que são firmadas parcerias de estudos e publicações que en-riquecem ainda mais o mundo científico e a melhoria na quali-dade do atendimento em saúde. Nesse sentido, espero que no final eu esteja apta a conhecer as fragilidades e fortalezas da Enfermagem, buscando, assim, subsídios para intervenções sen-satas e passíveis de replicação.

    Juliana Raquel Silva Souza Enfermagem

  • CoRICoordenadoria de Relações Internacionais

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    Olá! Sou Arlley de Souza Leitão, aluno de Odontologia da UEPB e a graduação sanduíche, proporcio-nada pelo acordo institucional exis-tente entre a UEPB e a UGR (Univer-sidad de Granada), abriu portas para o avanço na pesquisa científica da Paraíba e do Brasil.

    Aguardo a vinda do professor doutor Gustavo Pina Godoy, co-ordenador da Pós-graduação em Odontologia da UEPB para fortal-ecer os laços entre as instituições e proporcionar oportunidade a novos alunos intercambistas em desen-volver pesquisa, tornando possível a internacionalização da ciência brasileira. Fica claro o avanço insti-tucional da UEPB diante das Univer-sidades nacionais que, agindo em conjunto com a CAPES e o CNPq, projetam nossa Universidade no parâmetro de excelência!

    Olá! Sou Maria do Socorro Queiroz de Melo e a experiência do intercâmbio está sendo de grande crescimento profis-sional e pessoal para mim. É uma chance única e com ela es-tou tendo a oportuni-dade de conhecer novas culturas, apre-

    nder outro idioma e vivenciar momentos únicos e impor-tantes para minha vida. Estou estudando na UIB - Univer-sidad de las Islas Baleares, no campus que fica em Palma de Mallorca, que é a capital das Ilhas Baleares. No geral, o método de estudo é bem diferente do nosso: as aulas, os recursos e o método de avaliação são bem distintos.

    No entanto, a maior dificuldade encontrada nos estu-dos foi o idioma, que no caso, aqui na ilha, existem três: o mallorquin, o catalão e o casteliano. As disciplinas são em catalão, que é o idioma oficial, porém falamos com os professores e alguns se dispuseram a ministrar as aulas em casteliano, o que já facilita bastante o aprendizado. O intercâmbio é também uma oportunidade de mostrar um pouco da cultura do Brasil, que, aliás, outro desafio encontrado foi a comida, que é completamente diferente da nossa.

    Enfim, em resumo, o que posso dizer é que é uma ex-periência muito valiosa, e que, apesar de a saudade de casa e dos amigos ser enorme, o aprendizado é muito grande e importante para nossa vida, o que nos conforta bastante.

    Maria do Socorro Queiroz de Melo Enfermagem

    Arlley de Souza Leitão Odontologia

  • 15

    Meu nome é Ana Lígia Silva de Lima e avalio a experiência de um intercâmbio como o PCsF pautada no de-senvolvimento intelec-tual e pessoal.

    Em relação ao de-senvolvimento intelec-tual, como aluna de graduação em Fisiote-rapia, observei que o

    sistema de ensino espanhol diverge em muitos aspectos do brasileiro. A formação de um fisioterapeuta aqui na Espanha é pautada em ensinamentos teóricos e práticos. Para conseguir a aprovação é necessário que se tenha um rendimento satisfatório, tanto na teoria como na prática.

    Outro ponto divergente são as horas de teoria. No sistema espanhol, a disciplina tem, dentro do seu plane-jamento, horas destinadas para o estudo em casa. Assim, não existe a grande sobrecarga de aulas teóricas, restan-do tempo para que o aluno, sozinho, consiga assimilar os conteúdos. Acredito que, ao nos submetermos a uma diferente metodologia de ensino e forma de avaliação, nos tornamos alunos diferenciados, já que conseguimos desenvolver a habilidade de responder a diferentes mé-todos.

    As instalações físicas são bastante satisfatórias. Labo-ratórios bem equipados e corpo docente qualificado. Mes-mo com vários pontos positivos concluí que a nossa insti-tuição está em vantagem no que diz respeito ao fomento da pesquisa e extensão. O método de ensino espanhol está voltado para a formação do profissional e não do pes-quisador. Desta forma, conseguir acesso a laboratórios de pesquisa é realidade somente para alunos de pós-gradu-ação, e o trabalho de extensão com a comunidade é inex-istente.

    O desenvolvimento pessoal é marcado pela apren-dizagem e tolerância. Ao estar em contato com uma nova cultura, conseguimos aprender a enfatizar os nossos va-lores e respeitar os valores do próximo, nos tornando, as-sim, pessoas mais tolerantes e compreensivas.

    Por tudo isso, considero, esta, uma das mais en-riquecedoras experiências da minha vida.

    Meu nome é Wilson Coelho de Al-buquerque Neto e o intercâmbio foi, sem dúvidas, uma oportunidade ím-par na minha vida. Academicamente, não poderia haver experiência maior que estar inserido em uma das mel-hores universidades que tem grande destaque em sua área em questão. Pessoalmente, estar em contato com uma nova cultura e novos desafios en-grandece a alma, ampliam-se os hori-zontes. Estudar disciplinas que não são disponíveis em meu país foi uma tentativa de grande sucesso.

    Minha história começou no dia 13 de setembro, quando saí da minha querida UEPB (Brasil) em direção a Universidade do Minho (Portugal), então todo o desafio e o “processo de desenvolvimento pessoal” começaram. Aceitei tudo isto com uma enorme expectativa e ciente de todos os de-safios que certamente iria enfrentar, mas tudo valeu muito a pena. Para as pessoas que pensam ou pretendem fazer intercâmbio, posso resumir todo esse tempo longe em algumas pala-vras: aprendizado, responsabilidade, desafio, amizade, saudade e poderia dizer outras centenas, mas deixo aqui a dica principal: Vá fundo e FAÇA! Vale mesmo a pena e é uma oportunidade única, enriquecedora e inesquecível.

    Ana Lígia Silva de Lima Fisioterapia

    Wilson Coelho de Albuquerque NetoFarmácia

  • CoRICoordenadoria de Relações Internacionais

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    Meu nome é Moema Medeiros e fui uma das selecionadas pra participar do programa do Governo Federal, Ciências sem Fronteira. Sempre foi um desejo meu fazer um intercâmbio, ampliar os conhecimentos e vislumbrar novos horizontes. Es-colhi a Espanha como meu país de destino, aqui curso Ing-eniería Quimica Industrial na Universidad de Pais Vasco (UPV-EHU), onde procurei me matricular em disciplinas que não estão disponíveis em minha grade original e que viessem a enriquecer meu currículo, sem sair da minha linha de pesqui-sa (enquanto aluna UEPB). Sou muito grata pela base sólida que adquiri nesses anos de estudo e pesquisas, o ensino su-perior da UEPB não deixa a desejar diante do Espanhol. Aqui, estamos começando o segundo quadrimestre na UVP-EHU, tentei me engajar em projetos de pesquisa, mas infelizmente esse objetivo tem sido vetado, pelo simples fato de não termos laboratórios prontos para atividades em geral; estamos esperando desde o inicio do ano letivo, em setembro de 2012. O ensino aqui é baseado em aulas com data show, e a avaliação do aluno é através de presença em sala, trabalhos e uma prova, ou duas, por quadrimestre, dependendo do professor.

    A convivência com pessoas de varias nacionalidades, de diferentes regiões da Espanha me proporcionou uma visão ampliada de mundo, pude trocar experiências e mudar muitas ideias er-radas que tinha a respeito do diferente. Aprender e aprimorar uma nova língua, conhecer outras cidades, costumes, e climas tem sido uma experiência única em minha vida, tudo isso me foi dis-ponibilizado durante esse intercâm-bio. Eu posso resumir essa experiência com uma palavra: aprendizado! Não só acadêmico, mas de vida. Creio que venho melhorando minha forma de me relacionar com o outro, sabendo res-peitar espaços, ideias e ideais, e tudo isso talvez não tivesse sido possível sem essa viagem. E por esse motivo

    agradeço enormemente a todo o apoio que recebi de todos na UEPB pra que isso fosse possível, em especial ao Profº. Doutor Juracy Regis de Lucena e à Profª. Doutora Ligia Maria Ribeiro, que sempre acreditaram em meu potencial e incentivaram a fazer o mesmo; por ultimo, mas não me-nos importante, agradecer enormemente ao Valter Ângelo que ajudou a todos os candidatos ao PCsF incansavelmente, transbordando competência e agilidade.

    Moema Medeiros Dias dos SantosQuímica Industrial

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    Olá! Sou José Emído de Albuquerque Júnior e minha estadia em Granada está sendo bastante proveitosa. A experiência está sendo além das expectativas. Primeiramente, por ter a oportunidade de estudar em uma universidade com excelência na área que desen-volvo minha pesquisa. A universidade de Granada conta com uma equipe formada por profissionais da mais alta competência, além de dispor de laboratórios superequipados, onde desenvolvemos atividades práticas paralelamente às atividades desenvolvidas em classe. Vale a pena ressaltar que as práticas de laboratórios são desenvolvidas em turno diferente das aulas teóricas; as práticas de laboratório tem estreita relação com o conteúdo teórico, fato de extrema importância no processo de aprendizagem.

    Outro ponto bastante positivo em relação à metodologia de ensino é o sistema de informática, há uma plataforma onde o professor dispõe todo o conteúdo no início do semestre. Nesta plataforma, estão as apresentações que irão ser feitas em sala de aula e também conteúdos extras, ser-vindo de suplemento para seminários ou como fonte extra de informação.

    Além das atividades estritamente ligadas à universidade, tive a oportunidade de ter aulas de língua espanhola em turma destinada a es-trangeiros. Nestas aulas, tive a oportunidade de estudar uma língua estrangeira em seu con-texto e com metodologias dinâmicas (falar, es-cutar e escrever de maneira interativa).

    O contato com outra cultura é algo sur-preendente, ao mesmo tempo em que você faz comparações com seu país, você assimila muita coisa dessa cultura. Até porque é um fato bastante diferente você estar em um país e vê-lo pela TV ou outro meio de comunicação (uma visão recortada). É um verdadeiro choque cul-tural, onde “a todo instante” você busca se aco-modar nesse mundo desconhecido, fantástico, solitário, alegre, que te desconhece... Mas, com certeza, ninguém volta o mesmo, suas malas são repletas de lembranças, não apenas físicas; cada regalo que você compra remete a algo. Agradeço demais a oportunidade de estar aqui e espero que tantos outros possam desfrutar dessa experiência incrível, cujas palavras não expressam perfeitamente a emoção sentida.

    José Emídio de Albuquerque Júnior Agroecologia

  • CoRICoordenadoria de Relações Internacionais

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    Meu nome é Giovan-na Karinny Pereira Cruz, sou aluna de Enfermagem da Universi-dade Estadual da Paraíba, e, atualmente, estou sendo uma das privi-legiadas do PCsF, na Espanha. Gostaria de falar um pouco sobre a experiência de vida que um intercâmbio pode proporcionar tanto para nossa vida acadêmica, como social, cul-tural... Não é apenas o fato de estar em um país diferente, são diversos fatores que nos fazem refletir e questionar, é a oportunidade de conhecer uma nova cultura, um idioma, um mundo acadêmico, uma economia, uma política, enfim, diversos aspectos incomuns aos nossos, nos proporcionando um amadu-recimento indescritível.

    Eu ficava me perguntando quais os propósitos além dos óbvios que nos fizeram estar aqui em outro país, o porquê do gov-erno federal ter escolhido nós universitários. Hoje eu compreendo. Não será apenas uma experiência acadêmica ou uma disciplina ex-tracurricular, serão acadêmicos, universitári-os e futuros profissionais com opinião crítica e formada. Dando muito mais valor ao nosso país e fazendo com que pessoas de outros países do mundo percebam o Brasil, e per-cam essa imagem de um Brasil que só vive de carnaval e futebol.

    Eu, como todos os brasileiros que as-sistem as reportagens nacionais, sei que de fato o Brasil está crescendo, mas precisei sair de meu país para ter noção do quanto as pessoas de todo o mundo dizem que o Brasil é o país do futuro, do emprego, com uma economia em ascendência.

    Sinceramente, recomendo esta experiên-cia a todos.

    Olá! Sou Nayrlon Freitas Medeiros e a rica experiên-cia na partici-pação de um i n t e r c â m b i o i n ternac iona l entre a Univer-sidade Estadual da Paraíba e a U n i v ers ida de

    de Granada está sendo de imensa importância na minha formação pessoal e profissional. Na per-spectiva pessoal, estou tendo a oportunidade de conhecer uma nova cultura, hábitos diferentes e me adaptar a um novo ambiente, enfrentando desafios e crescendo, aumentando assim minha maturidade a respeito das diferenças e costumes entre os países.

    Em relação à formação profissional, as disci-plinas cursadas estão diretamente relacionadas à minha formação como Engenheiro Sanitarista e Ambiental, e estão me dando uma visão mais ampla do meu curso, já que as novas relações acadêmicas com os colegas e professores, a ma-neira de como são realizadas as aulas e os novos experimentos em laboratórios levam a uma ex-periência ampla com uma percepção complemen-tar da que tive no Brasil.

    Ainda em relação ao crescimento profissional, o intercâmbio de engenharia, que está voltado para a área de recursos hídricos e tecnologias am-bientais, está proporcionando oportunidades e ideias para desenvolvimento de novas pesquisas e, juntamente a elas, o estabelecimento de par-cerias entre as universidades, com foco na pro-moção do desenvolvimento sustentável.

    É visível o crescimento da UEPB onde, por ex-emplo, em relação ao desenvolvimento de pes-quisas, a instituição está sendo muito bem vista por outras Universidades fora do país. Enfim, o intercâmbio tem me proporcionado uma troca de experiências bastante relevante para meu cresci-mento e formação como profissional.

    Nayrlon Freitas MedeirosEngenharia Sanitária e Ambiental

    Giovanna Karinny Pereira CruzEnfermagem

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    Olá! Sou Jeneilson Alves da Silva, estudante do curso de Agro-ecologia do campus II em Lagoa Seca. É uma alegria enorme esta participando do PCsF e sendo um representante da UEPB no exterior.

    Estou estudando Ciências Ambientais, Fisiologia Vegetal e Biotecnologia Vegetal na Facultad de Ciencias - Universidad de Granada, Espanha. Cheguei aqui no dia 23 de setembro de 2012 e, apesar de não saber nada em espanhol, com pouco tempo consegui aprender direitinho. Estou muito satisfeito por esse in-tercâmbio, conhecendo novas culturas, novas pessoas, fazendo pontes para meu futuro profissional, além de estudar em uma universidade de excelência.

    Por mais que os laboratórios da nossa UEPB sejam equipados com o que há de moderno, no campus II isso não existe, sendo assim, essa é uma oportunidade única de realizar as práticas de laboratório na área da minha pesquisa, em um dos laboratórios mais bem equipados em Fisiologia Vegetal.

    Apesar do choque cultural, me adaptei muito bem com a receptividade do povo espanhol, além de gente de todo o mundo, novos amigos, novos hábitos, novas aprendizagens. Temperatura abaixo de zero já está sendo normal.

    Em outubro de 2012, tive a honra de representar a UEPB e o Brasil entre mais de 180 países no First International Week UGR 2012, durante três dias, respondendo perguntas de alunos do mundo inteiro, interessados em estudar no Brasil. Em novem-bro, participei de um Simpósio em Portugal: “Culturas sem Solo e as Novas tecnologias”. Nesses 3 meses, já viajei bastante, con-hecendo povos da Espanha, suas culturas, edificações históri-cas, além de vários países da Europa. Com as novas amizades, participei de uma Ceia de Natal típica espanhola, comemora-ções entre famílias nas fazendas da região em dias festivos. Muitas pessoas me procuram querendo aprender português – aproveito e faço o intercâmbio de idiomas.

    A cidade de Granada é linda por natureza, tem ao seu entor-no a bela Sierra Nevada e uma estação de esqui, uma fortaleza árabe, O Alhambra, a Catedral antíqua, além de muitos museus históricos.

    Tenho certeza de que tudo que estou vivenciando aqui está sendo muito bem aproveitado e vai servir para meu futuro acadêmico e profissional. Tudo isso agradeço ao PCsF, à UEPB e a toda sua equipe, sem essa instituição e esses profissionais eu não estaria aqui. Tudo que estou vivendo aqui se resume em uma só coisa, Felicidade!

    Jeneilson Alves da Silva Agroecologia

  • CoRICoordenadoria de Relações Internacionais

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    Meu nome é Raíssa Menezes de Sousa e ter a oportunidade de participar de um programa de intercâmbio sempre foi meu sonho, mas eu sabia que não iria realizar tão cedo, pois minha família não tem condições para tal. Meu pai foi o primeiro a ver na TV, logo nos primeiros editais, tudo sobre o Programa Ciências sem Fronteiras. De origem hu-milde como somos, ele já imaginou ver a filha dele em outro país, e quando ele falava isso seus olhos enchiam de lágrimas. E foi por ele, principalmente por causa dele, que hoje estou aqui.

    O Programa Ciências sem Fronteiras é uma por-ta aberta para aqueles que querem difundir suas ideias, abrir novos caminhos diante de tudo o que já foi visto durante sua vida acadêmica. Como opção, escolhi vir para Portugal por causa de a língua ser a mesma (em certo ponto me arrependo, porque se tivesse concorrido para um edital de língua estrangeira talvez conseguisse a vaga). Foi e está sendo uma experiência incrível, tanto em nível acadêmico quanto cultural. Estou morando na cidade de Braga e estudando na Universidade do Minho, que até ano passado foi eleita a melhor de Portugal. Vim para cá com o propósito de cursar Licenciatura em Química, contudo a Universidade “achou melhor” me enquadrar no curso de Licenciatura em Bioquímica (devido às disciplinas escolhidas durante o pro-cesso de seleção). Curso três disciplinas dessa Licenciatura, e mais uma de língua estrangeira.

    Com relação ao ensino, posso afirmar que minhas expectativas não foram as mel-hores. Esperei muito mais dos professores, e até dos alunos. A UEPB pra mim cresceu em conceito, em disciplina e, principalmente, no quesito respeito, onde somos muito bem tratados.

    O intuito do PCsF, na minha opinião, é mandar para o exterior os alunos mais “ca-pacitados”, para que estes voltem com uma melhor visão do que realmente querem para o seu futuro, em que área realmente focar os estudos e uma pesquisa, most-rando assim que somos capazes de mudar muita coisa nesse mundo, não somente pelo fato de estar em outro país, mas por poder conviver com pes-soas totalmente diferentes de você, que falam sua língua, mas, ao mesmo tempo, não falam; pessoas que se preocupam por vezes, que se fazem muito amigas quando realmente vale a pena. Conheci algumas dessas, in-cluindo uma professora, que levarei para sempre comigo.

    Espero que todos tenham uma visão privilegiada do programa, assim como eu tive.

    Raíssa Menezes de Sousa - Química Industrial

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