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TIPOLOGIA TEXTUAL Em nossa sociedade lidamos o tempo todo com textos e muitas vezes nem nos damos conta. Eles circulam nos mais diferentes contextos e aparecem de diversas formas nos mais diferentes meios.

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TIPOLOGIA

TEXTUALEm nossa sociedade lidamos o tempo todo com textos e muitas vezes nem nos damos conta. Eles circulam nos mais diferentes contextos e aparecem de diversas formas nos mais diferentes meios.

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• Chamamos de texto tudo aquilo que COMUNICA – que possui SENTIDO.

• Os textos podem se apresentar de forma verbal (escrito ou falados) ou não verbal (em forma de imagens ou sons). Eles são agrupados de duas formas distintas: em gêneros e tipologias.

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A mais funcional tipologia classifica os textos basicamente em três tipos

distintos:

• Dissertação: exposição de argumentos

• Narração: exposição de fatos

• Descrição: exposição de características

• Exposição: tem como função principal informar

• Injunção: indica como realizar uma ação

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Exposição - tem como função principal INFORMAR. Quem escreve um texto expositivo tem como objetivo EXPLICAR um tema para o seu interlocutor. Usamos a tipologia expositiva para: esclarecer um conceito, apresentar um problema e soluções, analisar diferentes explicações e implicações sobre um fenômeno. Ex.: Artigo Científico, palestras, seminários.

Injunção - indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex.: Previsões do tempo, receitas culinárias, manuais, leis, bula de remédio, convenções, regras e eventos).

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NARRAÇÃO

A narração se configura a partir de uma história (real ou imaginária) que é

contada por alguém (narrador). Trata-se de uma sequência temporal de

ações desencadeadas por personagens envolvidas numa trama que culmina

num clímax e se esclarece no desfecho. São exemplos de narrativas a

novela, o romance, o conto, peças de teatro, a crônica, notícias de jornal,

piadas, a epopeia, determinados tipos de letras de canção, histórias em

quadrinhos etc.

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Elementos fundamentais da narração:

• Enredo (ação), personagem, tempo e espaço.• Foco narrativo (de 1ª ou 3ª pessoa) que é a perspectiva a partir da qual se conta a

história.• Os discursos (direto, indireto ou indireto livre) que representam as falas da

personagem.

Estrutura do enredo:• Exposição (apresentação das personagens, cenário ou época de ambientação da

história);• Desenvolvimento (desenrolar dos fatos apresentando complicação e clímax);• Desfecho ou desenlace (resolução da trama).

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Discurso DiretoAs principais características do discurso direto são: a utilização dos sinais gráficos travessão, exclamação, interrogação, dois pontos, aspas; bem como dos verbos da categoria "dicendi", ou seja, aqueles que têm relação com o "dizer", chamados de "verbos de elocução", a saber: falar, responder, perguntar, indagar, declarar, exclamar, dentre outros. Isso ocorre porque no discurso direto a reprodução da fala das personagens é feita fielmente e sem interferência do narrador.

" — Que crepúsculo fez hoje! - disse-lhes eu, ansioso de comunicação.— Não, não reparamos em nada - respondeu uma delas. - Nós estávamos aqui esperando Cezimbra.“

Mário Quintana, "Coisas Incríveis no céu e na terra."

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Discurso IndiretoNo discurso Indireto o narrador da história interfere na fala do personagem donde profere suas palavras. Aqui não encontramos as próprias palavras da personagem e, por isso, o discurso é narrado em terceira pessoa. Algumas vezes são utilizadas os verbos de elocução, por exemplo: falar, responder, perguntar, indagar, declarar, exclamar, contudo não há utilização do travessão.

Exemplo:Ao ver Maria, disse-lhe que precisava falar urgentemente. A menina respondeu-lhe que estava trabalhando e, por isso, ligaria mais tarde.

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Discurso Indireto LivreO discurso indireto livre é narrado em terceira pessoa donde há uma fusão dos tipos de discurso (direto e indireto), ou seja, há intervenções do narrador bem como da fala das personagens entretanto, sem a utilização do sinal gráfico travessão.

•Exemplo 1"Aperto o copo na mão. Quando Lorena sacode a bola de vidro a neve sobe tão leve. Rodopia flutuante e depois vai caindo no telhado, na cerca e na menininha de capuz vermelho. Então ela sacode de novo. 'Assim tenho neve o ano inteiro'. Mas por que neve o ano inteiro? Onde é que tem neve aqui? Acha lindo a neve. Uma enjoada. Trinco a pedra de gelo nos dentes."Lygia Fagundes Telles, As Meninas.

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“Em uma noite chuvosa do mês de agosto, Paulo e o irmão caminhavam pela rua mal iluminada que conduzia à sua residência. Subitamente foram abordados por um homem estranho. Pararam, atemorizados, e tentaram saber o que homem queria, receosos de que se tratasse de um assalto. Era, entretanto, somente um bêbado que tentava encontrar, com dificuldade, o caminho de sua casa.”

EXEMPLO DE TEXTO NARRATIVO

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DESCRIÇÃO

Esse tipo de texto apresenta, com palavras, a imagem de seres, coisas, paisagens, situações etc., explorando os sentidos (visão, audição, tato, paladar e olfato). O objetivo da descrição é a elaboração de um retrato por escrito.

Elementos predominantes na descrição:• Frases nominais (sem verbo) ou orações em que predominam verbos de ligação (ser,

estar, parecer etc.);• Frases enumerativas;• Adjetivação;• Figuras de linguagem: recursos expressivos, em linguagem conotativa, como

metáfora, metonímia, prosopopeia, sinestesia etc;• Referências às sensações;

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“Sua estatura era alta e seu corpo esbelto. A pele morena refletia o sol dos trópicos. Os olhos negros e amendoados espalhavam a luz interior de sua alegria de viver e jovialidade. Os traços bem desenhados compunham uma fisionomia calma, que mais parecia uma pintura”.

EXEMPLO DE TEXTO DESCRITIVO

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DISSERTAÇÃO - ARGUMENTATIVA

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O texto dissertativo consiste na exposição, discussão ou interpretação de uma determinada ideia.- Algumas estratégias que devem ser adotadas para a composição desse tipo de texto:

• Planejamento de trabalho: esboço do tipo de abordagem que se pretende fazer, com os prováveis argumentos a serem utilizados (melhor que o "rascunho", o plano de trabalho auxilia na organização das ideias);

• Exame crítico do assunto: deve-se abordar o tema a partir de vários aspectos, evitando uma abordagem superficial do tipo "concordo" ou "não concordo". Estudamos um assunto para saber mais sobre ele. A adesão ou não a determinado tema deve aparecer a partir da abordagem.

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Por ser o primeiro contato que o leitor tem com o escrito, a forma como a introdução é disposta é muito importante. Deve-se explorar o objetivo do texto em orações que atraiam o público-alvo. Importante é não se delongar muito nesta etapa, de três a cinco linhas são suficientes.

Lembre-se de que o texto começa pela introdução, na primeira linha. Portanto, escolha um título quando a produção for concluída, pois não há como saber com exatidão.

http://www.brasilescola.com/redacao/as-partes-redacao.htm

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Para produzir um bom texto dissertativo, é preciso observar, ainda, as seguintes recomendações:

Domínio do assunto e habilidade de argumentação (a dissertação é uma demonstração);• Fidelidade ao tema (abordagem objetiva);• Exposição lógica dos argumentos (raciocínio claro, coeso e coerente);• Uso da linguagem denotativa (a linguagem conotativa, quando utilizada,

nunca devem constituir a base argumentativa);• Impessoalidade discursiva (daí a recomendação da 3ª pessoa, da 1ª do plural

ou da forma impessoal, com o apassivador –se.• Deve-se evitar construções como "na minha opinião" ou "eu acho" - quando

assinamos um texto dissertativo já deixamos claro que se trata de nossa opinião);

• Respeito à estrutura elementar do parágrafo.

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1. Introdução

O que é introdução, senão o ato de introduzir? Então, vejamos: introduzir é fazer entrar, fixar-se.

Não é por menos que o início do texto tem essa denominação, uma vez que é responsável por fazer com que o leitor queira adentrar, fixar os olhos e ler o restante do texto.

A introdução deve apresentar a ideia principal (tópico frasal) que será discutida não só no primeiro parágrafo, mas ao longo do texto!

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2. Desenvolvimento

É o chamado “corpo do texto”, onde o tema escolhido é abordado e, como o próprio nome diz, desenvolvido. Após introduzir o tema, é hora de debatê-lo, através da exposição dos argumentos.

É necessário que as ideias estejam claras e exemplificadas, se for o caso. Nesta etapa, evite repetições de termos ou orações que tenham o mesmo sentido. Evite também períodos muito longos, pois tendem a tornar a leitura enfadonha, monótona. Além disso, pode fazer com que o escritor se perca em meio às suas próprias argumentações.

Não queira demonstrar mais do que sabe sobre determinado assunto, pois poderá cair no erro das repetições de ideias, exposto acima. E não é necessário “encher linguiça”, uma vez que qualidade é essencial, mas quantidade de argumentos não, tampouco de linhas: 18 a 22 linhas de desenvolvimento são suficientes!

http://www.brasilescola.com/redacao/as-partes-redacao.htm

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3. Conclusão

Concluir é acabar, finalizar. Portanto, é o desfecho do texto. Muitos não dão importância para essa etapa, mas sem ela o texto fica vago, sem propósito.

Em um parágrafo, a conclusão deve reunir as ideias levantadas ao longo do texto, contudo, com um posicionamento por parte do escritor ou uma solução para um problema apresentado.

Nunca coloque: Concluímos que, Concluo que, Finalizando, Resumindo ou equivalentes na conclusão porque não é necessário que o escritor avise que irá finalizar o texto, já que esta etapa deve ser percebida pelo leitor e não alertada.

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Partes da redação. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/redacao/as-partes-redacao.htm>. Acesso em: 7 de agosto de 2014.

Banco de redações. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/>. Acesso em: 05 de agosto de 2014

Referências

Tipologia textual. Disponível em: <http://professorjailton.files.wordpress.com/2011/06/tipologia-textual.pdf>. Acesso em: 8 de agosto de 2014