cores Óptica

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Ótica Ótica Ótica Ótica ---- Caixa de CoresCaixa de CoresCaixa de CoresCaixa de Cores Tomaz Catunda, Suelene Mascarin de Souza Romero, An tonio Carlos de Castro

05/2007

Introdução

O objetivo desta deste módulo é apresentar uma metodologia que possibilite o uso da “Caixa de Cores” em sala de aula. Os procedimentos sugeridos são adequados para as aulas de ciências do ensino fundamental, mas podem ser utilizados, com algumas modificações, no ensino médio.

Utilizamos a metodologia de aprendizado por investigação/questionamento. Antes de realizarem qualquer experimento ou de observarem qualquer resultado, pede-se que os alunos antecipem de forma clara e com as justificativas que acharem necessárias sua opinião sobre qual será o resultado do experimento ou da observação que será feita. Somente depois que as hipóteses dos alunos forem apresentadas e discutidas é que o experimento é realizado, confirmando ou refutando as hipóteses. Deste modo as concepções prévias dos alunos são confrontadas com os resultados o que pode facilitar as mudanças e aquisições conceituais.

Nosso interesse é motivar estudantes, já que o assunto aplica-se em diversas áreas do conhecimento, como na iluminação em que publicitários utilizam a cor para influenciar a escolha de um produto, no estudo de como plantas e animas usam as cores para a defesa e procriação, na TV colorida em que a tela é constituída de linhas com estruturas individuais de pontos coloridos brilhantes de cores primárias, na tecelagem e em muitos outros lugares em que podemos identificar a técnica que será vista nos experimentos.

Estas aplicações em conjunto ao desenvolvimento teórico geram um tema de utilidade ampla no ensino da ciência.

A percepção das cores

A percepção que temos das cores é resultado em parte das propriedades da luz que atinge os nossos olhos e em parte de complexos processos fisiológicos, neurológicos e psicológicos que levam à identificação da cor.

Nosso estudo se restringirá a alguns aspectos básicos da percepção em termos dos estímulos sobre os receptores presentes nos olhos. A identificação das cores no mundo real é bastante mais complexa, incluindo processos de análise de contexto e de compensação que não podemos investigar de maneira simples.

Do ponto de vista físico a luz pode ser caracterizada por uma intensidade e por um comprimento de onda. A luz visível é a parte do espectro eletromagnético com comprimentos de onda compreendidos entre 400 nm e 700 nm.

Mas a luz que atinge nossos olhos não tem necessariamente um comprimento de onda bem definido. As fontes de luz, como as lâmpadas e as estrelas, emitem luz com muitos comprimentos de onda simultaneamente. Quando esta luz incide sobre os corpos pode ocorrer absorção e transmissão de uma parte enquanto outra parte é refletida. Novamente, a parte refletida, em geral, é composta por um grande número de comprimentos de onda. A sensação de cor é a maneira como interpretamos este conjunto de comprimentos de onda que atinge nossos olhos.

Na retina existem estruturas minúsculas, dispostas como pastilhas aleatoriamente espalhadas em um mosaico. Estas estruturas, na verdade células fotossensíveis, dividem-se em dois tipos: os bastonetes e os cones.

Introdução ObjetivosA caixa de cores

Espectro da luz

Adição de cores

Filtros Sombras coloridas Referências

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Os bastonetes são sensíveis a uma grande faixa de comprimentos de onda. Eles não dão nenhuma informação sobre o comprimento de onda da luz incidente e não participam diretamente da sensação de cor. Existem três tipos de cones, cada um sensível a uma faixa de comprimentos de onda e que o cérebro interpreta como vermelho, verde e azul.

A luz que incide na parte central da retina, onde existe a maior concentração de cones, excita cada tipo de cone dependendo dos comprimentos de onda que a compõem. Os cones enviam sinais para o cérebro que comparara as intensidades dos três sinais e determina a cor.

A cor não é uma propriedade da luz mas sim uma manifestação eletroquímica do sistema sensorial, resultado da maneira como os três tipos de cones são estimulados pela luz. Rigorosamente deve-se dizer, por exemplo, "a luz que é vista como amarela" e não "a luz amarela".(1)

Algumas pessoas que apresentam deficiência na forma como um, dois ou mesmo os três tipos de cones são sensibilizados pela luz. Esta deficiência é chamada de daltonismo. O daltonismo não é tido como uma deficiência física de grande significado (dado que a maior parte dos daltônicos tem visão normal, no que se refere às demais características), apesar de dificultar, e muitas vezes impossibilitar, uma série de atividades profissionais e do dia-a-dia. Apesar de não existir nenhum tratamento, tem se desenvolvido alguns recursos ópticos para facilitar a identificação das cores.(4)

Ao desenvolver esta prática o professor pode encontrar algum aluno daltônico em sua sala. Em alguns casos, ele pode até não tem consciência disto, assim quando for apresentar a caixa deve-se estar atento.

Objetos luminosos

Na combinação das cores emitidas por objetos luminosos os estímulos sobre os três grupos de cones simplesmente de somam. A maioria das sensações possíveis de cores pode ser obtida pela combinação - ou adição - de apenas três cores, chamadas de cores primárias, cada uma correspondente a um tipo de cone: vermelho, verde e azul. Se os três tipos de cones foram igualmente estimulados vemos a cor branca.

Uma importante aplicação deste conceito de adição de cores é o sistema RGB utilizado em televisores coloridos. Cada ponto da imagem é gerado por um minúsculo conjunto de três emissores: um vermelho, um verde e outro azul. Ajustando as intensidades relativas pode-se obter uma grande quantidade de cores.

Adicionando duas cores primárias com intensidade iguais obtemos as cores secundárias.

verde(G) + azul (B)= ciano(C)

vermelho(R) + azul(B) = magenta(M)

vermelho(R) + verde(G)= amarelo(Y)

Chamamos de cor complementar à cor que falta em uma cor para produzir o branco. As cores secundárias são as complementares das cores primárias:

verde(G) + magenta(M) = parece branco(W)

azul(B) + amarelo(Y) = parece branco(W)

vermelho(R) + ciano(C) = parece branco(W)

Objetos iluminados, filtros e pigmentos

Um filtro de cor é transparente apenas para algumas regiões do espectro. Um filtro azul, por exemplo, absorve todas as componentes da luz branca incidente deixando passar apenas as componentes em torno do azul. Podemos dizer que o filtro subtrai cores do feixe incidente. Usaremos este método para obter luz colorida em nossos experimentos.

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Um objeto colorido reflete apenas uma parte dos comprimentos de onda incidentes. Neste sentido eles funcionam como filtros.

Ao enxergarmos um objeto com a cor vermelha é por que estamos recebendo dele a luz vermelha e não os demais componentes da luz branca. Os pigmentos presentes no objeto refletem apenas algumas das componentes da luz branca e absorvem as demais. Assim quando misturamos dois pigmentos aumenta o número de componentes absorvidas e diminui o número de componentes refletidas. Para uma classificação conveniente das cores dos pigmentos é necessário utilizar um sistema que considere esta característica subtrativa.

Em pinturas e impressões gráficas é conveniente utilizar outro sistema de classificação de cores em que se considera a cor de cada pigmento antes e depois de uma mistura.

Existem várias classificações possíveis das cores dos pigmentos. Uma das mais populares, utilizada na pintura artística, considera como cores primárias o vermelho o amarelo e o azul. É importante lembrar que nesta classificação, a cor resultante da mistura é resultado da subtração das cores absorvidas pelos pigmentos.

Um objeto é branco porque reflete todos os componentes da luz branca. Já um objeto preto absorve todos os componentes da luz, por isso costuma-se dizer que o preto é a ausência de cor.

Objetivos

Dar capacidade aos alunos de fundamentar as observações como:

l A luz branca pode ser decomposta em um espectro de cores puras. Este espectro pode ser dividido em três regiões: vermelho (R), verde (G) e azul (B);

l Quando sobrepomos (adicionamos) duas cores diferentes percebemos uma nova cor, diferente das duas anteriores;

l Quase todas as cores percebidas podem ser formadas pela adição ou sobreposição de três cores, cada uma de uma das regiões do espectro;

l Os filtros subtraem luz de uma ou mais regiões do espectro. Pinturas, tintas, corantes, lápis coloridos, funcionam como filtros.

A caixa de cores

A figura 1 mostra o esquema do aparato experimental que será usado.

Figura 1 - Caixa de cores

A caixa de cores pode projetar três feixes de luz focalizados sobre um anteparo. A utilização de filtros permite a seleção da cor do feixe. Os dois feixes laterais podem ser facilmente deslocados na horizontal enquanto o feixe central é projetado acima dos outros dois permitindo que se realize a sobreposição dos feixes, como mostra a figura 1. Deslocando-se os feixes laterais pode-se realizar qualquer sobreposição entre os feixes dois a dois.

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No exterior existe um potenciômetro que possibilita um ajuste de intensidade do feixe central e três interruptores, cada um acendendo uma lâmpada.

A tampa da caixa está separada em duas partes. Apenas a parte que fica sobre os filtros deve ser retirada durante a projeção para possibilitar a troca de filtros e o deslocamento dos feixes. A parte que fica em cima das lâmpadas deve ficar normalmente fechada, evitando queimaduras por contado com as lâmpadas que esquentam muito quando ligadas. A tampa fechada esquenta bastante, assim o professor deve ficar atento e evitar colocar os filtros em cima da tampa para não danificá-los.

Note que a caixa deve estar a uma distância de 120 cm do anteparo onde serão projetadas as luzes.

A caixa possui três trilhos e em cada um deles estão colocados uma lâmpada, uma fenda circular com suporte para filtros e uma lente (figura 2).

Figura 2 - Vista lateral de um trilho da caixa de cores

O ajuste do foco da projeção dos círculos deverá ser feito com as lâmpadas acesas e sem que os filtros estejam no suporte, evitando uma sobreposição em um momento inoportuno. Recomendamos que o foco seja feito modificando-se a distância entre a caixa e o anteparo, evitando-se deslocar as lentes sobre os trilhos. A distância ideal é em torno de 120 cm.

Cada suporte possui a capacidade para três filtros como podemos ver na figura 3. É conveniente que o professor coloque os filtros na seqüência mostrada na figura (vermelho, verde e azul), respeitando as ordens melhores resultados podem ser obtidos.

Figura 3 - Suporte filtros

O alinhamento vertical pode ser feito através da lente localizada no trilho central. Se for necessário, ajuste a lente soltando o parafuso de fixação (não é necessário chave), não modifique a posição horizontal para não modificar o foco (figura 4).

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Figura 4 - Ajuste altura da lente

Inicialmente o círculo central projetado deve estar acima dos laterais (dois círculos) que devem ser alinhados para obter uma boa configuração na apresentação da adição.

Já no momento do experimento das sombras os círculos tem de ser todos(os três) alinhados de forma obter uma sobreposição total dos três círculos, para isto, acenda a lâmpada do meio e uma das lâmpadas laterais, mova o trilho lateral da lâmpada acesa até obter a sobreposição horizontal dos círculos projetados no anteparo em seguida o faça o ajuste vertical que é efetuado com o movimento da lente como dito anteriormente, uma vez que dois círculos estão totalmente sobrepostos ligue a terceira lâmpada, movimente seu trilho levando o círculo projetado ao encontro dos dois círculos até que os três círculos estejam sobrepostos sobre o anteparo.

Espectro da luz

A luz branca é constituída por todas as cores do espectro visível um prisma ou uma grade de difração pode decompor a luz, separando-a em faixas de cores que podemos dar nomes. Na natureza a decomposição é o arco-íris.

Metodologia

Aqui o professor deve apresentar o espectro da luz branca para os alunos. Uma maneira bastante simples é trabalhar com um espelho (não precisa ser grande) em um recipiente com água em um dia ensolarado. O reflexo do espelho em uma parede branca oferece um excelente espectro da luz solar Outras alternativas incluem prismas ou redes de difração com uma fonte de luz forte, o sol ou um projetor de transparências.

Pergunte aos alunos:

� O que um prisma faz com a luz branca ao passar por ele? � Como é composta a luz branca?

O professor deve estar atento caso apareça a idéia de que cores são adicionadas à luz incidente que passa por um prisma, se isto acontecer explique.

Assim o professor já pode mostrar um esquema do espectro e escrever os nomes de cada uma das cores.

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Feito isso diga que podemos simplificar dividindo o espectro em três regiões largas. Então peça aos alunos que desenhem qual seria resultado, fazendo-os chegarem a conclusão de que luz branca é composta pela combinação da luz das três regiões: vermelha(R), verde(G) e azul(B). Estas são as cores primárias e não o amarelo, vermelho e azul são cores primárias como maior parte dos alunos poderão ter aprendido previamente (tintas).

Reconhecendo as cores

Antes do professor iniciar o estudo das cores, existe a necessidade de que os alunos saibam os nomes dados as cores que vamos trabalhar, para isto, o professor deve acender uma das lâmpadas e colocar um filtro, dizendo que a luz que estarão vendo é identificada como como vermelha (filtro vermelho), verde (filtro vede) e assim por diante.

Os alunos devem ser capazes identificar os seis filtros com que iremos trabalhar (vermelho, azul, verde, amarelo, ciano, magenta), principalmente pela dificuldade que podem representar o ciano e o magenta, com os quais os alunos não estão familiarizados.

Adição de cores

Cores Primárias

Os alunos examinarão o que acontece quando dois feixes de luz colorida são sobrepostos.

Usaremos dois ou três feixes que passam por filtros. A disposição mostrada na figura deve ser respeitada por tornar mais fácil a visualização.

Metodologia

Converse com os alunos sobre o que será feito, descreva que vamos sobrepor as luzes que passam por filtros diferentes.

Sobrepondo duas cores

Projete dois feixes (duas lâmpadas) sem filtros (luz branca) mostrando aos alunos os feixes projetados, tome o cuidado de não sobrepor os círculos neste momento. Em seguida, coloque o filtro verde (G) em um dos feixes e o azul (B) no outro, ainda sem sobrepor os dois

Pergunte aos alunos:

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� O que vocês acham que será observado quando os feixes de luz verde e azul estiverem sobrepostas na tela?

Depois que os alunos pensarem e registrarem suas idéias individuais, peça que para discutirem a questão em grupos:

� Existem no seu grupo idéias diferentes da sua? Quais?

Aguarde o tempo que achar necessário para que os alunos discutam e, se possível, cheguem a um concenso. Faça uma lista na lousa das idéias dos grupos. E de mais um pouco de tempo para que eles possam discutir as idéias apresentas.

Neste momento o professor já pode demonstrar o que acontece, fazendo a sobreposição dos dois feixes. Para identificar a cor é conveniente projetar cor obtida no terceiro feixe, sem nenhuma sobreposição. Neste caso é o ciano.

Discuta os resultado. Mencione como a cor é vista, que a luz de ambos os círculos atingem a mesma região da retina, que o cérebro está recebendo simultaneamente informação da luz verde e da luz azul e que isto é interpretado como aquela cor. Isto que está sendo observado é a chamada combinação aditiva das cores azul e verde.

Repita este procedimento(as perguntas também) para a combinação vermelho e azul:

A região sobreposta é uma combinação do vermelho e azul, que é chamada de magenta.

Explique de que maneira o cérebro está recebendo ao mesmo tempo as informações de ambas imagens, e os alunos perceberão a combinação aditiva.

Antes de efetuar a demonstração do último par de cores (o mais inesperado), voltar a iluminar a sala e escrever as duas equações na lousa:

Verde(G) + azul (B)= ciano(C) (leia: verde mais azul resulta o ciano)

Vermelho(R) + azul(B) = magenta(M) (leia: vermelho mais azul resulta o magenta).

Estas equações de cor representam regras simples para Adição de Cor. Mas deve-se lembrar que estas

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regras indicam como cores de intensidades iguais são somadas. O professor deve deixar claro que se a intensidades relativas variarem uma outra cor resultaria.

O feixe central caixa de cores tem intensidade ajustável. Assim, é possível uma demonstração mais profunda deste assunto, mas, em uma abordagem inicial é conveniente ater-se apenas às combinações de mesma intensidade. Trabalhe somente com as de intensidades fixas deixando claro aos alunos que estamos tratando apenas do caso de intensidade iguais.

Repita o procedimento anterior para a combinação ve rmelho e verde :

Alguns alunos podem saber que com o vermelho e verde sobrepostos aparece o amarelo, mas a maioria, devido à sua experiência com pintura, não fará esta previsão.

Projete e observe.

Era o que se esperava?

Mostre (com a luz da sala apagada) que, de fato, quando o vermelho e o verde são misturados em intensidades iguais, resulta em luz amarela. Isto será uma surpresa para alguns alunos.

Vermelho(R) + verde(G) = amarelo(Y)

O resultado pode ser uma cor verde avermelhada, faça os ajustes necessários na intensidade da luz verde para que isto não aconteça.

Agora o professor pode trabalhar a idéia de mistura aditiva com intensidades diferentes.

Mostre que a sobreposição de vermelho e verde, com menor intensidade da luz vermelha, produz uma cor amarela esverdeada e, com maior intensidade da luz vermelha, uma cor amarela avermelhada ou laranja. Há a necessidade de trocar a posição dos filtros para reduzir a intensidade da luz vermelha.

Faça o mesmo para as outras combinações, quando necessário troque o filtros de posições, podendo assim fazer todas a variações das cores para diferentes intensidades de luz.

Combinação das três cores

Pergunte aos alunos:

� O que eles observarão na tela se as três cores, vermelho, verde e azul, forem sobrepostas?

Esquematize as previsões

Adicione primeiro as cores em que as intensidades são fixas (pontas) em seguida a que podemos controlar a intensidade (meio), o resultado deverá ser a cor branca, caso necessário ajuste a intensidade para obter um bom branco(veja a posição da figura ao lado e esquematize da mesma forma). Acenda a luz da sala momentaneamente e escreva a equação de cor

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Apague as luzes da sala novamente.

Mostre que a região que se sobrepõe, não irá produzir quase nenhuma cor, sugerindo que o vermelho, verde e azul são cores primárias para adição de cores.

Cores Complementares

Como os filtros podem ser trocados o professor pode fazer adição de outras cores que não seja as cores primárias (que já dever ter sido trabalhada no momento) para assim poder discutir o conceito de cores complementares.

Cores complementares são quaisquer duas cores que somadas, produzem o branco.

Baseado nas observações feitas acima, peça para os alunos proporem alguns exemplos de cores complementares e explicarem as escolhas.

Exemplos:

verde + magenta = parece branco

azul + amarelo = parece branco

vermelho + ciano = parece branco

Esquematize as respostas

Os pares de cores complementares são derivadas por regras simples a partir da adição de cores: vermelho e ciano, verde e magenta, azul e amarelo. Podemos chegar a estas combinações manipulando a equação de cor:

Verde(G) + vermelho(G) + azul(B) = branco(W)

Por exemplo:

verde + azul = ciano

Deste modo, podemos reescrever a equação:

vermelho(R) + ciano(C) = branco(W)

Então, vermelho e ciano são cores complementares.

Demonstre sobrepondo os feixes vermelho e ciano

Projete os círculos separados. Devagar una os círculos para que se sobreponham, observe se a região sobreposta está imprecisa, parecendo branco (Pode ser necessário fazer pequenos ajustes na intensidade).

Repita o procedimento para as demais cores: demonstrando que o verde mais magenta parece branco, que o

correspondente na lousa:

Vermelho + Verde + Azul = Branco

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azul mais amarelo parece branco. É importante que o azul mais o amarelo sejam mostrados por último para mostrar se ainda existe alguma dúvida pois este resultando está em conflito com a intuição/conhecimento anterior dos alunos eles podem lembrar da pintura quando misturado o amarelo e azul forma o verde, se isto acontecer os conceitos vistos anteriormente deve ser relembrados.

Filtros

Nenhuma regra especial será desenvolvida para prognosticar o que ocorre quando os diversos filtros são sobrepostos. Os alunos serão capazes de fundamentar as suas observações e conclusões a partir do que já sabem.

Explique que a situação será diferente da anterior que vamos sobrepor filtros passando um único feixe de luz. Fale que na sobreposição de dois feixes temos processos de adição de cores e que agora vamos estudar a subtração de cores de um feixe.

Sobrepondo dois filtros de cores distintas

Projete um feixe sem um filtro (luz branca) mostrando aos alunos o feixe projetado em seguida coloque o filtro magenta.

Pergunte aos alunos:

� Como o filtro magenta funciona? Quer dizer, como os filtros fazem a luz branca sair magenta?

Muitos alunos podem pensar que o filtro magenta remove a cor verde, assim temos o magenta, ou seja, azul + vermelho (embora eles não conheçam o mecanismo que faz isto acontecer). Outros podem pensar que o filtro acrescenta a cor magenta à luz branca, como se fosse um corante ou pigmento. Esta última idéia é comum no meio das crianças mais jovens, porém não é tão comum entre os alunos mais velhos. Estes dois conceitos deverão surgir, se não, forneça o que estiver faltando.

Mencione que a cor que vemos é um fenômeno ótico e relembre como isto acontece. Fale novamente, mas de forma rápida, do espectro.

Continue a atividade perguntando

� Pergunte qual é a cor que irá aparecer se colocarmos o filtro ciano junto com o filtro magenta? � O que eles esperam observar, quando o filtro for colocado, se o conceito de que o filtro colore o feixe

for válido?

Dê o tempo necessário para que os alunos possam discutir suas previsões em grupos e esquematize-as no quadro.

Coloque o filtro ciano no mesmo suporte junto com o filtro magenta e mostre o que acontece.

Retire o ciano e faça a mesma pergunta para o amarelo, sempre perguntando o que os alunos acham que irá acontecer.

A intenção de colocar o ciano primeiro é para que os alunos que acham que o filtro colore o feixe acharem que estão certos, pois o ciano é um azul fraco e vai deixar passar somente o azul, assim eles podem pensar que o filtro estaria colorindo a luz, essa idéia irá ser refutada quando se colocar o filtro amarelo, pois a luz irá ficar vermelha, indicando que houve uma subtração de cor.

Conclua as previsões e raciocínios dos alunos.

Os alunos deverão observar que o filtro magenta não colore a luz e sim retira, absorve de seu espectro a luz verde, e que quando colocamos o filtro ciano ele retira outra parte do espectro que é a verde, sobrando assim somente o azul das cores que compõe a cor branca, repetindo esse raciocínio para as outras combinações.

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Cada filtro é feito de plástico com um corante particular impregnado. Os corantes têm a propriedade de absorver certa região da luz do espectro. Assim, um filtro ciano contém moléculas de corantes que absorvem a luz vermelha do espectro, embora permita a passagem da região verde e azul. Por causa disso é conveniente chamar um filtro ciano de menos Vermelho (-Red), um filtro magenta de menos verde (-G), e um filtro amarelo de menos azul (-B) .

O professor poderá mostrar para os alunos o seguinte esquema fornecendo uma maneira de refletir em cada caso.

Se ainda assim o professor notar que algum aluno, não se convenceu de como é o funcionamento dos filtros faça outras combinações salientando o que aconteceria dependendo de cada conceito.

Outras combinações:

filtro ciano(C) em cima do amarelo(Y) cor sai verde(G)

filtro magenta(M) em cima do amarelo(Y) cor sai vermelho(R)

filtro ciano(C) em cima do amarelo(y) cor sai verde(G)

filtro magenta(M) em cima do ciano(C) cor sai azul(B)

Sobrepondo mais de dois filtros de cores distintas

Podemos sobrepor mais de dois filtros de forma não a obtemos nenhuma cor.

Peça para os alunos proporem um sistema com no máximo três filtros em que o feixe de luz branca é totalmente absorvido e não atinge o anteparo.

Pergunte:

l Como podemos fazer para que nenhuma luz passe?

Peça para os alunos esquematizarem suas idéias em um diagrama como o mostrado, vários sistemas podem

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aparecer, um exemplo é:

Outros exemplos:

filtro amarelo em cima do ciano em cima do vermelho ou azul.

filtro amarelo em cima do magenta em cima do verde ou azul.

filtro ciano em cima do magenta em cima do vermelho ou verde.

Sombras Coloridas

Uma vez que os conceitos anteriores foram compreendidos o professor poderá propor uma atividade um pouco diferente:

� Como você poderá fazer uma montagem, utilizando a caixa de cores, para produzir sombra colorida?.

Peça para os alunos desenharem um esboço da montagem que produzirá as diferentes cores. (Você poderá desejar explorar esta idéia, então desenhe em um papel de rascunho o que você quer).

Muitas idéias podem aparecer. O professor deve ir interagindo com os grupos de alunos até que eles cheguem em esquemas simples, como mostra a figura 5, sem as distâncias.

Figura 5 - Exemplos de montagens para obtenção de sombras coloridas

Uma vez formada uma idéia da montagem, verifique se todos os grupos estão de acordo com a montagem, vamos então trabalhar a cor da sombra que se formará.

Enquanto os grupos estão trabalhando no desenho, você deverá caminhar pela sala perguntando aos alunos, em particular, qual será a sombra colorida que será observada na tela. O aluno deverá explicar dizendo quais luzes coloridas irão para cada ponto da tela e quais serão bloqueadas pelo objeto.

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Ajude e peça para um dos grupos montarem a idéia usando a caixa. Não deixe os alunos trabalharem sozinhos, tome cuidado para que nenhum aluno coloque a mão nas lâmpadas, elas esquentam.

Eles conseguiram sombras que esperavam?

Se não, de que maneira os resultados diferem das suas observações, volte e vá comentando os resultados obtidos anteriormente que justificam os obtidos agora.

Nota: projete cada luz branca com filtros diferentes, as três luzes devem estar alinhadas de forma que as três cores estejam completamente sobrepostas na tela para isto será preciso que o professor abaixe a lente do meio, alinhando os círculos projetados. Use as luzes verde, azul e vermelha empregando um objeto pequeno para formar uma sombra na tela. Lembrar que nenhuma luz (colorida) da lâmpada incida na região de sombra na tela.

Este será um desafio porque não só envolverá os conceitos de Sombras Coloridas e as Regras de Mistura de Cor. A discussão deverá conduzir a um diagrama como apresentado no esquema a seguir.

Sobre os extremos, teremos todas as luzes projetadas, como resultado tem:

(R + G + B) = W = Branca

Da esquerda para a direita, temos:

G + R= Y (Amarelo)

R (Vermelho)

Preto

B (Azul)

B + G = C (Ciano)

Os filtros podem ser alterados e novas sombras serão observadas.

Referências

(1) http://www.radiohaus.com.br/espectro4.htm

(2) http://pt.wikipedia.org/wiki/Cor

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(3) http://www.afh.bio.br/sentidos/Sentidos2.asp

(4) http://www.ufv.br/dbg/trab2002/HRSEXO/HRS002.htm

(5) http://www.fazendovideo.com.br/vtluz7.asp#sistema%20subtrativo%20de%20cores

(6) http://www.karnivoras.com/articles/39/1/A-luz-e-as-Plantas-Carnivoras

(7) http://www.univ-ab.pt/~bidarra/hyperscapes/video-grafias-197.htm

(8) www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/epef/ix/atas/comunicacoes/co14-3.pdf

(9) http://www.arq.ufsc.br/labcon/arq5661/trabalhos_2001-2/iluminacao/cores.htm

(10) Pedrosa A, Israel. "Da cor à cor inexistente". Editora Universidade de Brasília-Léo Christiano Editorial Ltda.

Maio/2007

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