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COREN-SP • julho/agosto de 2006 • nº 64

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COREN-SP • julho/agosto de 2006 • nº 64

Biblioteca 16

Ultimas notícias/cartas 25

Notas/eventos 18

Heródoto Barbeiro 17

prevençãoA enfermagem que pode fazer adiferença

internacionalTratamento eficaz para o eczema

interiorSão José do Rio Preto: Programa deDST/AIDs é referência na região

iniciativaEnfermagem e humanização notratamendo do cancêr

capaLutando pela vida

entrevistaMônica SerraA conscientização apenas não basta

06

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20

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01ciência e tecnologiaCerveja faz bem àsaúde?

04

02mercado de trabalhoEnfermagem emhemoterapia

ÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICE

CorenAbra as portas para o mercado 14

A difícil tarefa de cuidar depacientes oncológicos

Todos sabemos o quanto é difícilatender um paciente com câncer, prin-cipalmente quando as chances de so-brevivência à doença são mínimas e opaciente já não encontra mais forçaspara resistir. Todos sabemos o quanto édifícil transmitir esperança, ou ameni-zar sua dor, ou amparar seus familiares.

Principalmente na última década, astecnologias permitiram grandes avan-ços para a área da saúde. Grandesinvestimentos em pesquisas, novasdrogas, equipamentos mais sensíveis,profissionais melhor preparados. É bemverdade que muitos casos de câncer jáapresentam cura desde que descober-tos a tempo, mas a doença assusta e é,de longe, a mais temida pela socie-dade.

Em recente levantamento feito pelaOMS, os tipos de câncer que mais ma-tam são os de mama e de colo do úte-ro, ou seja, as mulheres têm sido suasprincipais vítimas. O primeiro, se dia-gnosticado a tempo, pode poupar umavida; o segundo está associado à faltade higiene. Sendo assim, cabe a nós,

profissionais de enfermagem enten-dermos que, nosso papel não estáapenas nos cuidados que devemosministrar a esses pacientes tão espe-ciais, mas também na conscien-tização da sociedade sobre a doença.

Na entrevista é abordado esse temade forma muito precisa: muitas mu-lheres sabem da importância do auto-exame, mas quantas realmente o fa-zem? Quantas têm medo? Ou ver-gonha? Nessa entrevista, com MônicaSerra, estamos propondo essa refle-xão: no que podemos colaborar

Em mercado de trabalho abordamosa Resolução COFEN 306/2006 quenormaliza a atividade de enferma-gem em hemoterapia e estabeleceas competências e atribuições doprofissional.

E, por falar em mercado de trabalho,esta edição traz importantes dicas decomo elaborar um currículo na áreade enfermagem. Conversamos comespecialistas de instituições de saúdepara saber o que está sendo avaliado.

Ruth Mirandapresidente

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Ciência e Tecnologia

Cerveja fazbem à saúde?Estudiosos garantem que oconsumo moderado de cervejapode prevenir vários tipos dedoenças e até mesmo o câncerEstudos divulgados no IV Simpósio sobre Saúde eCerveja, que ocorreu no mês de maio em Bruxelas,revelaram que o consumo moderado de cervejapode acarretar benefícios à saúde, como prevençãode doenças cardiovasculares, redução do risco deinfarto e melhora a resposta imunológica contrainfecções e alergias.

Especialistas de vários países da Europa apresen-taram estudos recentes que demonstram os bene-fícios do consumo moderado da bebida para a saú-de. De acordo com pesquisas do serviço de medicinainterna do Hospital Clínico de Barcelona, bebercerveja de forma moderada melhora o sistema car-diovascular e diminui o risco de complicações a elerelacionadas, como o infarto do miocárdio. Aindasegundo esse estudo, a dose recomendável não devesuperar dois copos por dia, no caso de mulheres, equatro, no caso de homens, salvo cervejas com maiorteor alcoólico, onde a dose deve ser reduzida.Contudo, a bebida não deve ser consumida diaria-mente e deve ser ingerida acompanhada de comida.

Já um outro estudo indica que a cerveja possuiprolactina em sua composição, substância compropriedades antiinflamatórias, além de ajudar naluta contra alergias e a osteoporose.

Outros estudos apresentados no Simpósio sobreSaúde e Cerveja mostravam que as pessoas quebebem dois copos de cerveja ou de vinho possuemuma agilidade mental melhor do que os abstêmios,e que os consumidores moderados de cerveja sãomais felizes, se suicidam menos e faltam menos aotrabalho.

Por último, um estudo mostrou que um doscomponentes da cerveja, o xantohumol, podeajudar a prevenir alguns tipos de câncer e que essasubstância exerce um papel antioxidante muitoimportante e, em alguns casos, mais eficaz que avitamina E.

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COREN-SP • julho/agosto de 2006 • nº 6402 COREN-SP • julho/agosto de 2006 • nº 64

Mercado de trabalho

Enfermagemem hemoterapiaResolução COFEN 306/2006 normatiza a atuação do Enfermeiro em Hemoterapia

A enfermagem em atuação nessa áreatem como função promover e difundirmedidas de saúde para os doadores ereceptores, além de manusear emonitorar a hemoterapia

Atuação da EnfermagemA área para atuação da enfermagem no campo de hemo-terapia, consiste no manuseio de transfusões e retiradasde sangue, com cuidado e qualidade, função esta que atu-almente já é exercida por enfermeiros. Uma outra atividademuito importante desenvolvida no serviço é a captaçãode doadores de sangue, demonstrando os benefícios aosdoadores, e a importância desse ato de solidariedade.Os profissionais de nível médio podem exercer tais tare-fas desde que estejam sob supervisão e orientação de umenfermeiro responsável.A enfermagem representa parte da sustentação do grandedesafio de diminuir o risco transfusional.Tem comoobjetivo identificar as mudanças ocorridas nas NormasTécnicas de Hemoterapia, no que se refere à proteção dodoador e do receptor e à adequação da triagem sorológicae das doenças transmissíveis pela transfusão sangüínea.A Constituição Brasileira incorporou, na década de 80, aproibição de toda e qualquer comercialização do sanguee seus derivados, isso foi causado principalmente peloaparecimento do HIV e outras doenças infectoconta-giosas que itensificou as inspeções da Vigilância Sanitária.Desde1989, a doação e a transfusão de sangue são reo-rientadas através de reformulação das Normas Técnicasde Hemoterapia. Ao compará-las com as normas vigentes,

fica evidente que houve, ao longo deste período, aincorporação de condutas mais seletivas na triagemclínica.Em relação aos testes sorológicos, em 1989, não eramrealizados testes para Hepatite C e nem para HTLV I/II,tornando-se obrigatório no ano de 1993. Em 1996, ostestes anti HIV-1 e anti HIV-2 tornam-se obrigatórios.Atualmente, a bateria de exames sorológicos obrigatóriosé composta pelos testes: Sífilis, HIV-1 e HIV-2, Doençade Chagas, Hepatite B e C, e HTLVI/II.O cumprimento desses preceitos pelos serviços e a ade-quada informação das equipes multidisciplinares de saú-de são fatores decisivos no processo permanente de buscada segurança transfusional.Existem cursos de especialização, pós-graduação e técnicospara os interessados na área, que promete ser um novo epromissor mercado, abrindo as portas para a enfermagemque até o momento ocupa pouco espaço neste setor.

Competência e atribuições do enfermeiro em hemote-rapia:- Planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar osprocedimentos de Hemoterapia nas Unidades de Saúde,visando a assegurar a qualidade do sangue, hemocom-ponentes e hemoderivados.- Assistir de maneira integral os doadores, receptores esuas famílias, tendo como base o Código de Ética dosProfissionais de Enfermagem e as normas vigentes.- Promover e difundir medidas de saúde preventivas ecurativas por meio da educação de doadores, receptores,familiares e comunidade em geral, objetivando a saúde esegurança dos mesmos.- Realizar triagem clínica, visando à promoção da saúdee à segurança do doador e do receptor, minimizando osriscos de intercorrências.

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COREN-SP • julho/agosto de 2006 • nº 64 03COREN-SP • julho/agosto de 2006 • nº 64

Mercado de trabalho

- Realizar a consulta de enfermagem, objetivando integrardoadores aptos e inaptos, bem como receptores no con-texto hospitalar, ambulatorial e domiciliar, minimizandoos riscos de intercorrências.- Planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliarprogramas de captação de doadores.- Proporcionar condições para o aprimoramento de pro-fissionais de enfermagem atuantes na área, através decursos, reciclagem e estágios em instituições afins.- Planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliarprogramas de estágio, treinamento e desenvolvimentode profissionais de enfermagem dos diferentes níveis deformação.- Participar da definição da política de recursos humanos,da aquisição de material e da disposição de área físicanecessários à assistência integral aos funcionários.- Cumprir e fazer cumprir as normas, regulamentos elegislações vigentes.- Estabelecer relações técnico-científicas com as unidades e afins.- Participar da equipe multiprofissional, procurandogarantir uma assistência integral ao doador, receptor efamiliares.- Assistir ao doador, receptor e familiares, orientando-osdurante todo o processo hemoterápico.- Elaborar a prescrição de enfermagem nos processos

hemoterápicos.- Executar e/ou supervisionar a administração e amonitorização da infusão de hemocomponentes ehemoderivados, atuando nos casos de reações diversas.- Registrar informações e dados estatísticos pertinentesà assistência de enfermagem prestada ao doador e aoreceptor.- Manusear e monitorar equipamentos específicos dehemoterapia.- Desenvolver pesquisas relacionadas à hemoterapia.

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COREN-SP • julho/agosto de 2006 • nº 6404 COREN-SP • julho/agosto de 2006 • nº 64

Mônica Serra

“As mulheres noBrasil morremcada vez mais ecada vez maiscedo por faltade diagnósticoprecoce docâncer demama. E issotem um impactoexcepcional nafamília.A cada mãeque morreuma família édestruída”

Psicóloga, Mestre pelaUniversidade Cornell,dos Estados Unidos,doutorada em psicologiapela Universidade deSão Paulo e docente daUniversidade Estadualde Campinas

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, o câncer de mamamata, anualmente, mais de um milhão de mulheres no Brasil. Apesar degrandes esforços e inúmeras campanhas o número de vítimas tem au-mentado nas últimas décadas.Campanhas como o “câncer no alvo da moda” entre outras que surgi-ram, são importantes para promover o debate sobre o mal, no entantoainda estão longe de atingir seus objetivos. Em recente levantamento,Mônica Serra, ex-primeira dama da cidade de São Paulo percebeu que,embora as pessoas tomassem consciência sobre a doença, ainda nãoconceberam que também poderiam ser vítimas do câncer, é como se“acontecesse somente com o nosso vizinho”.A prevenção, neste caso, é muito importante. O hábito de “se tocar” étão simples que é inexplicável como muitas mulheres ainda não oadquiriram. Afinal, o “Câncer de Mama Só Mata Se Você Deixar”.

A conscientizaçãoapenas não basta

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Entrevista

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COREN-SP: Como surgiu a idéiade criar um programa de preven-ção ao Câncer de Mama, foi apartir de quais dados obser-vados?

Mônica Serra: Saber que, apesarde todas as campanhas de cons-cientização com foco na preven-ção de Câncer de Mama, as mu-lheres não só continuam morren-do como as taxas de mortalidadevêm aumentando de um ano paraoutro. Esta situação acendeu umaluz vermelha: é possível que ascampanhas não estejam agindona prevenção? Talvez conscien-tização não baste. As mulheres pa-recem surdas aos apelos da mídianas campanhas. Constatar istonuma pesquisa informal nos dei-xou desanimadas inicialmente. Oque fazer? Assistir a essa tragédiade lares desfeitos com a falta demais mães que não podem cuidarmais das suas crianças? Certa-mente não. E foi ao acaso, ao per-ceber a semelhança entre uma pé-rola –na palpação de uma mamade silicone feita para reconhecernódulos de diversos tamanhos–,que percebi a força do impactoque poderia vir a ter uma sensa-ção tátil num processo de pre-venção.

COREN-SP: A senhora acha quea falta de hábito da mulher setocar tem a ver com educação,vergonha ou medo?

Mônica Serra:Tem a ver com esses3 pontos, mais um quarto que nãodepende delas. Primeiro, tem a vercom educação pois cuidar dasaúde depende de hábitos cul-turais que se aprendem em casa ena escola. Cuidados básicos desaúde como lavar as mãos paranão pegar infecções, escovar osdentes para ter saúde bucal oulavar uma ferida para não infla-

mar, são ensinamentos que viramhábito e fazem parte da educaçãoque pais passam para filhos. Noentanto, quem já viu as mães en-sinando as filhas a se tocar regu-larmente para verificar se cresceualgum caroço no seio? Há a preo-cupação, nas famílias onde o cân-cer já fez vitimas, de ensinar asjovens a fazer o auto-exame regu-larmente ou a mamografia anual-mente? Pois não podemos esque-cer que a forma ideal de realizardiagnóstico precoce é a mamo-grafia realizada anualmente apartir dos 40 anos. E porque falode jovens? Pois é de jovem que amaioria dos hábitos se adquireme hábitos tendem a ser tais quan-do há um espaço mais curto detempo de repetição do que umano, que é quando se recomendaa mamografia a uma mulher emidade de risco. Em segundo lugarcolocaria a vergonha de falar decertas partes do corpo, que tam-bém são associadas com ero-tismo. Adultos ainda têm precon-ceitos, apesar de toda a libertaçãodas últimas décadas, para falarsobre o corpo, suas funções e dis-funções. Terceiro, devemos men-cionar que o câncer nasceu asso-ciado á morte e, por ser a morteum mito, evita-se até pronunciara palavra câncer e vira “aqueladoença ruim”. Isto é, o medo fazcom que o assunto fique sub-merso. O quarto ponto é que, sedescoberto, não existe confiançade obter um atendimento rápidona rede pública de saúde, soman-do-se ao medo de um longo tra-tamento com “essa coisa que dei-xa careca”.

COREN-SP: Em recente palestraa senhora mencionou o câncerde mama em homens. Isso épouco difundido e conhecido en-tre eles, como sua campanhapretende atingir esse público?

Mônica Serra: Muitas das pa-lestras nas escolas são feitas porestudantes de medicina, enferma-gem ou de áreas afins, da Unicid eda USP, que são homens. Isto aju-da a garantir que meninos e me-ninas participem das palestras.Essa participação é espontânea eextracurricular. Possui uma lin-guagem apropriada, especial-mente desenvolvida para atingiros jovens, os que são convidadosa falarem do corpo, sua saúde esua beleza. Ter espinhas na caraesburacada pode ser tão traumá-tico como ter um seio extirpado,embora o SUS hoje ofereça reti-rada e imediata reconstrução damama. O câncer de mama existetambém nos homens mas, por sermais raro é muito importante quetodo homem, que tem a glândulamamária, procure um médicopara ter orientações a esse res-peito.

COREN-SP: Em sua opinião ascrianças e os jovens podem exer-cer um papel como difusores daprevenção em suas casas, mascomo elas podem aprendersobre a doença, a escola tambémpode ser envolvida nessa cam-panha?

Mônica Serra: A escola é o canalescolhido por esta campanha pa-ra chegar a crianças e jovens.Considerando que eles têm sidoos melhores agentes anti-taba-gistas, fazendo pais, tios e avosparar de fumar, talvez tambémsejam nossos melhores agentestransformadores de hábitos entremães, tias e avós. Se eles conse-guem modificar o comportamen-to de seus pais, a expectativa é quepassem os ensinamentos aos seusfilhos mais tarde. Se isso acon-tecer, poderemos, de fato, falar emsucesso desta campanha de pre-venção.

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Prevenção

COREN-SP: Esta revista chega a mais de 260 mil profis-sionais de enfermagem. Como a senhora vê a participaçãodesse quadro em programas de conscientização comoeste? A senhora vê a enfermagem como difusora dessasorientações?

Mônica Serra: A enfermagem acompanha minuto a minutoa passagem de uma pessoa pelo hospital. Com certeza sãoas pessoas mais próximas do paciente. Trazem o que conforta,cuidam do detalhe, oferecem os remédios, e são o elo diretocom o médico e a família. Esta proximidade desenvolveuma sensibilidade especial, nelas e neles, que habilita ambospara tocar em assuntos difíceis, com cada um de um jeitodiferenciado. Por ser confiável, pode ser ouvido. Por serouvido, ele pode fazer a diferença na vida de muita gente.Assim que ficou pronto um dos primeiros colares, mostreia uma amiga que muito tem nos ajudado. Ao levar o mesmonuma viagem ao Líbano, chamou a atenção de uma velhaamiga que a visitava. Ela explicou: “o Colar da Vida ajuda alembrar de se tocar, associa o tamanho das pérolas àporcentagem de sobrevida que representam os nódulosdesses tamanhos”. E deu o colar à amiga que é a esposa doDiretor do maior Hospital da sua cidade. Após 3 dias dedeixar o colar na mesinha de noite, ela diz que pensou:“Esta é uma mensagem, não viria de tão longe minha amigae me dar isto de presente se não tivesse algum sentido”. Leuas instruções, fez o toque, sentiu a “pérola” embaixo da pelee desconfiada ainda, foi ao médico. Pelo tamanho do nódulo

A prevenção ainda é a melhor arma contra ocâncer de mama, que acomete milhares demulheres por todo o Brasil e pelo mundo.Mônica Serra, desenvolve um programa que visaestimular o auto-exame também acredita quealém do hábito de se examinar a populaçãoprecisa de mais informações e a enfermagemseria o melhor difusor por que as pessoas confiamem seu trabalho e em suas palavras.

A enfermagem que pode fazera diferença

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Prevenção

teve que retirar a mama, mas ligou agradecida à amiga. OColar da Vida salvou a primeira vida do outro lado domundo. Ficamos emocionadas quando soubemos destahistória pois, sem o colar, algum dia seria muito tarde paraela descobrir o silencioso nódulo.

COREN-SP: A campanha que traz como slogan “Se toque”,propõe um ato de humanização, algo que é muitodisseminado entre os profissionais de saúde. Como asenhora observa o papel da enfermagem na disseminaçãodesses tipos de campanha, onde a prevenção é a maiorarma?Mônica Serra:O ato de se tocar (prevenção primária) paradescobrir um nódulo é muito específico. O percurso dosdedos “caminhando” ao redor da mama e alcançando a axila”segue um roteiro e uma qualidade do toque que asenfermeiras podem passar corretamente às pacientes. Osenfermeiros podem entrar com o assunto junto aos homenssinalizando os fatores de risco que levam um homem a tercâncer de mama. Se ele não apresenta sinais de ser o tipo derisco, pode ser alertado para entrar no assunto com alguémda família que tenha as características típicas. Além disto,pode a enfermeira e o enfermeiro chamar a atenção para ovídeo no circuito interno de TV que demonstra o toquecorreto. Pode chamar a atenção para o Colar da Vida, seestiver disponível na lojinha de presentes do Hospital. Ou,ainda mais, fornecer informações importantes e corretassobre grupos de apoio como América Mama e outrosserviços vinculados ao tema, disponíveis na cidade. Porexemplo, o fato de o Hospital Sírio Libanés ter triplicado ascirurgias gratuitas, com reconstrução da mama maisacompanhamento completo de tratamento pós-cirúrgicode quimio e radioterapia pelos SUS, ou o atendimento semesperas de mamografia para a paciente que acude aoHospital da Mulher Pérola Byinghton, ao qual o Instituto

Se Toque SP está encaminhando os mamógrafos que vaiadquirindo com a venda de colares ou com a arrecadaçãode ingressos em eventos, artísticos ou sociais, oferecidoscom tal propósito.

COREN-SP: De qual forma a enfermagem pode participarativamente, para a melhoria nesse quadro da doença?Mônica Serra: Se engajando ativamente, começando pelasua própria família e tomando para si esta cruzada decidadania, para evitar que continue se multiplicando onumero de mortes por Câncer de Mama e o número deórfãos que veremos crescer nos cruzamentos das ruas dacidade. Este engajamento seria o bastante se envolvesse oseu trabalho do dia a dia, tudo o mais, a multiplicação deseus atos, será feliz consequência. Somente com estacooperação generosa e o sentido da responsabilidadecoletiva e anônima é que poderemos fazer uma campanhaque é para salvar a vida de muitos que nunca conheceremos,pois não estarão em estatística nenhuma.

COREN-SP: O colar da vida tem um custo que é revertidopara os fundos da campanha, porém atualmente não émais vendido nos quiosques dos Shoppings, como nocomeço do projeto, há uma nova forma de divulgação dacampanha para a população?Mônica Serra: Exatamente, os quiosques dos Shoppings,que gentilmente cederam os espaços, serviram para divulgara Campanha no mês do lançamento. O custo-benefício,porém, deixou a desejar. De modo que estamos estudandouma nova forma que ainda precisa de maior estruturaçãopara implementar a venda maciça, como a demanda atualexige. O planejamento inicial antecipava um crescimentoda demanda muito mais lento do que, de fato, ocorreu. Istoé bom, mas exigiu uma retificação na implementação. É omomento atual.

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Capa

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Ele está entre as doenças mais temidas da história.Segundo a OMS, 11 milhões de novos casos são diag-nosticados e ele responde por 7 milhões de mortesanualmente.No Brasil, já é a terceira principal causa de morte, esão estimados mais de 472 mil novos casos em 2006.O impacto do câncer na área da saúde é inegável – ea enfermagem tem papel fundamental nessa batalha.

Lutandopelavida

A enfermagem frente amais cruel doença após

a Segunda GuerraPor João Marinho

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Capa

Antigos inimigosO câncer é uma doença que a humanidade conhece há mui-to tempo. Embora não utilizasse a palavra “câncer”, o “PapiroCirúrgico de Edwin Smith”, o documento médico mais antigodo mundo – datado de aproximadamente 1.600 a.C. –, jádescrevia oito casos de tumores ou úlceras na mama, tratadoscom cauterização.Evidências de cânceres existem em múmias egípcias, e Hi-pócrates (460-370 a.C.), pai da medicina, já havia descritovários tipos de tumores na Grécia Antiga.De lá para cá, vários foram os tratamentos utilizados contrao câncer e os motivos apresentados para seu aparecimento.Os egípcios, no citado papiro, sugerem que a doença eraincurável. Já Hipócrates receitava tratamentos que incluíamdietas, sangria e laxativos, tencionando recuperar o equilí-brio dos humores.O médico grego acreditava que o corpo humano possuíaquatro tipos de fluidos (ou humores): sangue, fleuma, bílisamarela e bílis negra. O equilíbrio entre os quatro garantiriaa saúde. No caso específico do câncer, acreditava-se haviaum excesso de bílis negra, e o tratamento procurava eliminarou compensar a diferença.Essa teoria, denominada teoria humoral, foi abraçada pelomédico grego Galeno (129-200), chegou aos romanos epermaneceu inalterada ao longo da Idade Média por maisde 1.300 anos, num período em que as autópsias eramrestringidas por motivos religiosos.

Crescimento mutanteA teoria humoral sobreviveu até o século 19, quando oconceito de célula como estrutura-base dos seres vivos seconsagrou, mas, já a partir da Renascença, quando autópsias

e dissecações se tornaram mais aceitáveis, o conhecimentoa respeito do câncer começou a avançar e novas teoriasforam paulatinamente propostas, relacionando sua origemà linfa; a um substrato localizado entre tecidos normais,denominado blastema; e até traumas ou por contágio.Hoje, porém, já se sabe que o câncer é uma doença comorigem numa alteração do mecanismo de divisão celular,causada por mutações genéticas do DNA. A maior partedessas mutações é controlada pelo organismo, mas algumas“escapam”. Sucessivas mutações podem levar uma célula ase dividir e multiplicar desordenadamente e à perda desuas funções. A proliferação dessas células alteradas, deno-minadas malignas, torna-se passível de se espalhar por ou-tros órgãos. É o câncer.Os fatores envolvidos são múltiplos, segundo a enfermeiradra. Eloíse Vieira, coordenadora do comitê de enfermagemda Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia – Abrale,podem ter origem diversas, como no “fumo (câncer emqualquer região do organismo); na obesidade; em infecçõesrepetitivas por vírus; hereditariedade (...).”A dieta, com falta de fibras e abuso de carne vermelha, porexemplo; fatores ambientais; o uso de álcool e a exposiçãoa certos agentes e substâncias (carcinógenos) também estãorelacionados ao aparecimento do doença.A prevenção, porém, é difícil e não é 100% garantida. “Comexceção dos cânceres hereditários, na maior parte das vezes,não temos uma causa específica”, diz o Dr. Daniel Luiz Gimenes,oncologista clínico do Hospital do Câncer AC Carvalho.Nesse quadro, apenas a mudança de alguns hábitos nocivosé que traz alguns bons efeitos, mas sem ser determinantes,e a atuação do enfermeiro na prevenção é restrita – mas setorna fundamental a partir do diagnóstico da doença.

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Capa

Razão e emoçãoAlém dos hábitos nocivos, muitos relacionados à vida mo-derna, o aumento do número dos casos de cânceres está in-timamente a melhores indicadores socioeconômicos: à medidaque cresce a expectativa de vida e, com ela, a idade avança,crescem as chances de erro no mecanismo de divisão celular.Houve, portanto, um crescimento na demanda e, com ele, aimportância do papel da enfermagem – que vai, inclusive,desenvolver uma especialidade, a enfermagem oncológica.“A oncologia começou a ser uma especialidade no século20. Antes, havia um ‘enfermeiro especialista geral’, que cui-dava de todos os pacientes críticos. Posteriormente, as áreasforam se subdividindo”, explica Eloíse Vieira.No Brasil, a constituição oficial da oncologia como especiali-zação na enfermagem ocorreu em 1996, com a Lei de Dire-trizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394. Posteriormente, aResolução CNE/CES nº 1 de 3/4/2001, alterada pela Resoluçãonº 24 de 18/12/2002, ratificaram a especialidade. “O enfermeirooncologista aprimora sua análise crítica tanto na parteadministrativa e gerencial à oncologia e deve ter conhecimentosprofundos em unidade cirúrgica, quimioterapia, radioterapia,transplante de medula e cuidados paliativos”, continua Vieira.O papel do enfermeiro nessa luta, entretanto, vai muito alémdo saber técnico. “O enfermeiro utiliza tecnologia e relaçõeshumanas”, diz a enfermeira dra. Luciana de Lione Melo, en-fermeira pediatra e professora do Departamento de En-fermagem da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.“O papel da enfermagem é o de orientar o paciente emtodas as fases do processo de adoecimento, desde o diag-nóstico, tratamento, recidiva, cura e, inclusive, quando este seencontra fora de possibilidades terapêuticas. Há o cuidadotécnico com relação às necessidades e aos efeitos colaterais,

mas também o apoio emocional para o paciente e para osfamiliares, pois se trata de um tratamento complexo, invasivoe doloroso”.“Os profissionais de enfermagem são as pessoas mais pró-ximas do paciente. Eles trazem o que conforta, cuidam dodetalhe, oferecem os remédios e são o elo direto com omédico e a família. Esta proximidade desenvolve uma sen-sibilidade especial que os habilita a tocar em assuntos difíceis.Por ser confiável, pode ser ouvido. Por ser ouvido, ele podefazer a diferença na vida de muita gente”, diz Mônica Ser-ra,idealizadora da campanha e docente da Universidade deSão Paulo - USP “ Se toque – O Câncer de Mama Só MataSe Você Deixar”.

Reagindo ao câncerTer um profissional de enfermagem que dose técnica eemoção, ciência e afetividade, é vital para o paciente, espe-cialmente para os terminais: o profissional deve aprendera enxergá-los como ser humano, respeitando sua indivi-dualidade e sua identidade.Isso passa por um preparo que possibilite entender os es-tágios por que passam os pacientes ao longo do tratamento.“Há várias reações. A primeira e mais comum é começarcom uma reação de negação, ou seja, o paciente não queracreditar que foi atingido”, explica a psicóloga Leni Mrech.Em seu célebre trabalho “A Morte e o Morrer”, a psiquiatraElisabeth Kübler-Ross elenca cinco fases pelas quais passao paciente terminal, que se inicia com negação e raiva esegue pela barganha, depressão e aceitação.Kübler-Ross deixa claro que nem todos os pacientes chegama completar os estágios – mas é preciso saber identificá-losem cada paciente e levar em conta a presença dos familiares

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para um atendimento mais humanizado. Para a enfermeiradra. Eloíse Vieira, “é preciso tentar aproximar mais o familiardesse paciente. Mostrar que ele não saiu de casa para ficarisolado, humanizar também a atenção ao familiar”.Entretanto, o estabelecimento de vínculos tão fortes podetrazer conseqüências negativas para a vida do profissionalse não forem trabalhados. “O enfermeiro se apega mais,faz um vínculo maior. Realmente, é mais difícil”, diz FernandaAprile Bilotta, psicóloga da Abrale.A saída passa por uma análise de valores do próprio enfermeiro.“Para o profissional cuidar, de fato, de um paciente fora depossibilidades terapêuticas, é necessário que ele compreenda a morteenquanto parte da vida. Se ele tem a perspectiva de que quando opaciente morre, ele fracassou enquanto profissional, o cuidadogenuíno não se dá”, explica a enfermeira dra. Luciane de Lione Melo.“Só entra pra essa área, só permanece nela, quem tem um vínculode trabalho e reflexão com a morte”, concorda Leni Mrech.O profissional de enfermagem também tem de estar prepa-rado para lidar com duas outras questões: a dor do pacientee o possível não-sucesso do tratamento, mesmo que o casonão evolua para óbito. “Ele terá de aprender lidar com a dor.Caso contrário, alguns podem ficar mais frios, até comomecanismo de defesa”, diz Mrech. “O não-sucesso dotratamento pode afetar o profissional emocionalmente. Hátrabalhos sendo feitos para levar os profissionais de en-fermagem à auto-reflexão, ao autoconhecimento, trabalhara vivência profissional, principalmente quando o pacientetem um tratamento longo”, complementa Eloíse Vieira.

Uma guerra femininaEm uma profissão cuja esmagadora maioria é feminina,

dois cânceres merecem especial atenção: o de mama e o de colouterino. Talvez o mais temido pelas mulheres, o câncer de mamaé o mais freqüente entre elas e o segundo mais freqüente nomundo. Em 2006, são esperados 48.930 novos casos só no Brasil.Os fatores de risco mais importantes são hormonais. “Terfilhos tardiamente, além dos 30 anos, ou não ter filhos, bemcomo terapias de reposição hormonal aumentam o riscodo câncer. O mesmo ocorre com a menarca precoce emenopausa tardia. Quando grávida, a mulher não ficaexposta a picos hormonais”, explica o Dr. Daniel Gimenes.Entretanto, outros fatores, como álcool, idade,hereditariedade, obesidade pós-menopausa e exposição aradiação ionizante também estão envolvidos.Por isso, “a prevenção primária deste câncer ainda não étotalmente possível”, reconhece o Inca – Instituto Nacionalde Câncer. Segundo o instituto, o único método de detecçãoprecoce até o momento capaz de reduzir a mortalidadepor câncer de mama é o rastreamento da população pormeio de mamografia entre mulheres de 50 e 69 anos.No SUS, também se pratica o ECM – Exame Clínico dasMamas, que pode ser realizado por um enfermeiro treinadoe que pode detectar um tumor, se superficial, de até 1 cm.É um dos casos em que a atuação do enfermeiro naprevenção de um câncer é mais efetiva. O profissional, noentanto, também pode ajudar em campanhas e naorientação a serviços e entidades de apoio.E o auto-exame? O Inca não o estimula como “estratégia isoladade detecção precoce do câncer de mama”. O auto-exame, diz oinstituto, deve ser parte das ações de educação para a saúdeque estimulem o conhecimento do próprio corpo por parteda mulher, mas “não substitui o exame físico realizado por

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profissional de saúde (médico ou enfermeiro)”, “não é eficientepara o rastreamento e não contribui para a redução damortalidade por câncer de mama”.Já o câncer do colo do útero é o segundo tipo mais comumentre as mulheres do mundo e é responsável por 471 milnovos casos anuais e pela morte de 230 mil mulheres/ano.Embora, segundo o Inca, possa se estabelecer uma relaçãoentre este câncer e o tabagismo, higiene íntima inadequada e ouso prolongado de contraceptivos orais, é o HPV (papiloma-vírus humano) o principal agente. O vírus está associado amais de 99% dos casos de câncer de colo de útero.Existe uma centena de cepas de HPV. As mais perigosas sãoas 16 e 18, responsáveis por 70% dos casos de câncer.Portanto, a principal estratégia preventiva é a promoçãodo sexo seguro – associado ao exame de Papanicolau.A Gardasil, uma vacina contra o vírus, é uma nova arma nessabatalha e protege a mulher contra essas cepas e contra as denº. 6 e 11. Recentemente, o Centro de Controle de Doenças(CCD), dos Estados Unidos, recomendou a administração davacina para meninas dos 11 aos 12 anos de idade.Como profissional e mulher, a trabalhadora de enfermagemtem de estar ciente de que, no caso desses dois cânceres, háuma outra dificuldade para o paciente: a própria feminilidade,ameaçada com o risco de retirada do seio ou da perda dacapacidade reprodutiva, o que pode induzir à depressão.Nessa situação, a aproximação da paciente com a família ecom o companheiro, se houver, é ainda mais importante.“Vamos mexer diretamente com a auto-imagem, com aquestão de identidade. Dependendo de quem estiver comela, um companheiro, ele pode nos auxiliar muito”, explica apsicóloga Fernanda Aprile.

Vale a pena?O enfrentamento do câncer guarda muitos desafios para aenfermagem, que só tendem a crescer – mas também sãomuitas as compensações. Para Aprile, não há como nãoocorrer uma transformação na vivência do próprio profis-sional: “Você passa também por um amadurecimento. Dámais importância à questão da vida e do contato, muitomais valor para a relação humana”.Talvez esse conteúdo humano esteja expresso nodepoimento da enfermeira dra. Eloíse Vieira, que conta doiscasos marcantes em sua carreira: “Tive uma paciente de 35anos que descobriu um câncer de mama e lutou contra elepor cinco anos, mesmo sabendo que não tinha perspectiva.Ela teve metástase pulmonar, depois óssea e por fimcerebral, e não quis morrer perto de nós. Sabia que eraquerida, pois era uma mulher com a auto-estima lá emcima, colocava todos os profissionais para cima, tornou-seamiga de todos. E, às vezes, nos pegávamos sendo consola-dos por ela!Um outro paciente tinha leucemia mielóide crônica eprecisava fazer transplante de medula, mas morava numafavela, sem rede de esgoto, sem saneamento, num barraco.Não tinha condições de seguir com o pós-operatório ali –mas esse homem tinha uma força de vontade tão grandeque conseguiu mobilizar toda a comunidade em seu redor.Conseguiu mão-de-obra para sua casa, eletricista, atéasfalto, para ter as condições adequadas de recuperação.Ele venceu o câncer – e hoje é avô.São dois casos, um que terminou em morte e outro emvida, que me mostraram que tudo é possível, desde quevocê tenha força de vontade “.

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Elaborar um bom currículo que chame a atenção no atualmercado de trabalho não é tarefa fácil, ainda mais quandose trata da área de saúde, que está cada vez mais exigentecom as qualificações profissionais.O importante é ter em mente que a nova era pede novasatitudes e que o sucesso em qualquer profissão tem trêspré-requisitos: conhecimento, perspectiva e atitude.Estruturalmente existem diversas maneiras de organizaro curriculo-vitae, entretanto, o mais importante é queobedeça a uma lógica agrupando em tópicos os docu-mentos de mesma natureza e dentro dos tópicos hajauma hierarquização temporal.Segundo Raphael Ferreira selecionador do Hospital AlbertEinstein, “O mercado, de um modo geral, está em buscade profissionais qualificados e competentes, portanto, éimportante atentar às novidades destinadas à sua áreade interesse, mantendo-se atualizado. O importante é es-pecializar-se e manter seu currículo atualizado”.A psicóloga e selecionadora Patrícia Votta, mostra que omercado espera um profissional mais humano, “O mer-cado na área de enfermagem está muito concorrido, oque se espera é um profissional diferenciado, dinâmico,flexível e principalmente humano, pois o mesmo estarálidando com vidas, seres humanos que deverão ser tratadoscom todo o respeito e dignidade”.O currículo deve ser elaborado de forma clara, objetiva econtendo somente os dados importantes da sua vida pro-fissional. É o primeiro contato que o empregador terácom o candidato a uma vaga de sua empresa, portantolembre-se que o seu currículo é o seu cartão de visitas, oseu passaporte para o mercado de trabalho e para o sucessoprofissional. É por isso que você precisa aprender a pre-pará-lo de forma que valorize suas qualidades profis-sionais.Ele deve resumir as principais realizações profissionaise destacar atributos e habilidades pessoais. Ser bem feito,ter boa apresentação visual e ser bem redigido.

Use papel de boa qualidade e cuide da apresentação,sinalizando profissionalismo e organização. Escreva emlinguagem clara e sem erros, indicando domínio dacomunicação e habilidade na escrita. Aborde temascomplexos com simplicidade, revelando capacidade deconcisão. Certifique-se de que não há erros de ortografia,isso denota atenção a detalhes. Destaque apenas dadospessoais e inclua qualificações adequadas e seu históricoprofissional, indicando que você está apto para o trabalho.É muito comum entre os profissionais de homecare, acitação do nome do paciente ou endereço do mesmo nocurrículo. Isso fere a legislação.“O mais importante e fundamental na apresentação deum currículo é a estética, ou seja, é necessário que estejamclaros os dados pessoais, inclusive umas das ferramentasimprescindíveis é o resumo de cursos e palestras adquiridas,pois quando um recrutador recebe um currículo ele irátriar o mesmo com precisão não tendo o tempo hábil deler os detalhes de cursos e palestras. Evitar ao máximoelaborar um currículo muito extenso”. Diz Votta.Para Ferreira um bom currículo deve seguir a seguinteestrutura: dados pessoais (nome, idade e endereço);escolaridade (citar o grau de instrução, nome da institui-ção que a formou ou está formando, bem como as datasde conclusão e/ou previsão); experiências anteriores(apresentar de forma cronológica, ou seja, da antiga paraa mais atual – mencionando nome da empresa, períododo vínculo e descrição das atividades desempenhadas);cursos extracurriculares (citar nome do curso, procedi-mentos e/ou técnicas específicas, data de conclusão einstituição de ensino); outros conhecimentos (citar téc-nicas e procedimentos específicos).Seu currículo é o seu passaporte para os mais variadosprocessos de Recrutamento e Seleção, portanto dedicartempo à sua elaboração é fundamental para seu sucessoprofissional. Ele é um instrumento de Marketing pessoal,pense nisso.

Abra as portas para o MercadoUma grande jornada começa com o primeiro passo. O currículo é um das primeiras emais importantes ações tomadas em busca de uma nova recolocação e deve serelaborado com cuidado e atenção especial, mostrando suas realizaçõesacadêmicas e profissionais, além dos seus pontos fortes

Currículo

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Coren

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biblioteca de enfermagem

O câncer colorretal e a doençadas mais comuns no mundo in-dustrializado, incluindo EstadosUnidos, Europa e Sul-Sudestedo Brasil. Na cidade de São Pau-lo é o segundo tumor malignomais freqüente, tanto em ho-mens como em mulheres.Isso torna o câncer colorretalum problema de saúde públicade interesse mundial, que esti-mula cientistas, médicos, bió-logos, enfermeiros, assistentessociais, nutricionistas, psicólo-gos, ou qualquer outro profis-sional que esteja de alguma ma-neira envolvido, a estudá-loampla e profundamente.O intuito desta obra é unir osesforços de todos esses profis-sionais em torno de um largoobjetivo comum, que vai do es-tudo dos fatores de risco para ocâncer colorretal, incluindo osantecedentes familiares, cadavez mais valorizados, à preven-ção e aos mecanismos de carci-

nogênese, passando pelo diagnós-tico e pelas opções de tratamen-to, chegando ao cuidado global dopaciente, que tem comofinalidade principal a manuten-ção da qualidade de vida, não sódaqueles curados, como tambémdos que têm suas vidas pautadasno suporte paliativo.Foi muito difícil nomear essesprofissionais. Aqueles que pode-riam dar sua contribuição para

que os esforços individuais, emconjunto, resultassem em umacompilação de experiências quepudesse ser útil para quem qui-sesse aprofundar-se no assunto.Após convites para participaçãono projeto, organizamos 64 ca-pítulos, divididos em quatro gra-des partes: ‘Adenocarcinoma decólon e de reto’, ‘Tumores color-retais hereditários’, ‘Carcinomade canal anal’ e ‘Assistência global

ao paciente’. Dentre os capítulos,21 foram escritos por profissio-nais que trabalham fora do Brasil,brasileiros e estrangeiros. São es-critos por quem realmente tra-balha com o assunto, eméritos ejovens pesquisadores, assim co-mo consagrados e jovens cirur-giões. Não tivemos ainda o pra-zer de conhecer pessoalmentealguns dos colaboradores, tro-cando informações apenas pore-mail ou carta, mas sabendo daqualidade dos seus trabalhospublicados. Isso demonstra quea escolha dos autores-colabora-dores baseou-se realmente emseu mérito profissional.A profundidade atingida nos di-versos temas conforma-se aonosso objetivo de contemplardesde aspectos mais básicos re-lacionados ao câncer colorretal,até outros mais complexos,abrangendo áreas e subáreasmais específicas dentro da on-cologia clínica e cirúrgica, da e-pidemiologia e da pesquisa bá-sica.Dentro desse enfoque, espera-mos proporcionar a todos aque-les com interesse em estudarcâncer do cólon, do reto e do â-nus, não uma obra completa,mas sim uma fonte de informa-ção básica; ampla e também es-pecífica, especialmente com umcunho crítico e analítico.

Câncer de cólon, reto e ânus

IIIIInfnfnfnfnfooooorrrrrmações:mações:mações:mações:mações:Editora: TecmeddTel: 11 3512-5500

Em alguns tipos de câncer, omédico pode avaliar qual grupode pessoas corre mais risco dedesenvolver um tipo específicode câncer por causa de suahistória familiar, por causa dasdoenças que já teve ou porcausa dos hábitos que tem,como fumar, consumir bebidasde álcool ou alimentação

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A

Seleção Cultural

LivrosLivrosLivrosLivrosLivros

ExposiçõesExposiçõesExposiçõesExposiçõesExposições

Heródoto Barbeiro

Heródoto Barbeiro

doença que mais assusta o homem contemporâneo é o câncer. Os dados estatísticossão divulgados constantemente pela imprensa e os números são semprepreocupantes, principalmente porque uma boa parte deles ainda não tem cura.

Qualquer descoberta, muitas vezes, ainda de forma incipiente, em qualquer laboratóriodo mundo ganha destaque e a atenção do público.Muitos de nós conhecemos alguém que sofre dessa doença e quer um alívio ou uma cura.Por isso os veículos de comunicação recebem muitas ligações e e-mails de gente quequer mais detalhes ou saber como pode conseguir o tratamento que foi divulgado.Contudo o que não se considera na imprensa é explicar que a pesquisa ainda está em faseinicial, muitas vezes experimental em cobaias animais e que talvez, nem chegue aomercado na forma de medicamentos ou procedimentos. A outra explicação é que alongevidade humana aumentou muito nas últimas décadas. É verdade que no passadoo diagnóstico nem sempre era tão fiel a doença, mas viver mais aumenta o risco do câncerdizem os cientistas. No Japão existem mais de 20 mil pessoas oficialmente com mais decem anos de idade e por inúmeras vezes as revistas científicas afirmam que a atual geraçãode crianças vai viver 120 anos.O câncer é uma das três faces da morte do Século XXI, mas há mais duas. Acima dele estáa morte provocada por doenças cardiovasculares. Ataques do coração e acidentes vascularesmatam muito mais, além das causas que médicos e cientistas pesquisamincessantemente, ela também é uma conseqüência do estilo de vida de nossa época.A vida cada vez mais confortável, sem esforço físico, sedentária, alimentos cada vez maiscalóricos e ricos em gorduras dão uma contribuição enorme ao lado do sedentarismoamplo geral e irrestrito da nossa era. Portanto, para se livrar do segundo colocado dependemuito mais de nós do que de outros fatores. Está em nossas mãos diminuirsubstancialmente os riscos da segunda face da morte.Afinal se não é o câncer nem o infarto que mais matam, o que é ? O que mais mata nomundo contemporâneo é o acidente. A maior parte deles ocorrem no trânsito, e quemmais morre são os jovens. O que a ciência pode fazer para diminuir essa face da morte? Osenfermeiros que trabalham ou já trabalharam em pronto-socorros conhecem bem essarealidade. No interior, onde as estradas são mais usadas do que nas regiões metropolitanaso índice de morte é ainda maior porque se dirige com o pé muito mais pesado no aceleradore a cabeça turbada pelo álcool. No entanto, as notícias sobre essa face da morte nãomexem tanto com as pessoas como as duas primeiras.Certamente deve passar pela cabeça de muita gente que o câncer e o infarto sãoimprevisíveis, mas o acidente não é. Depende da habilidade de cada um e todos nósachamos que corremos pouco, respeitamos todas as regras de transceptor, nunca bebemosmuito a ponto de ter que deixar o carro na festa e ir para casa de táxi - o que a vizinhançavai dizer - e que o culpado é sempre o outro motorista.Afinal, porque não permitir que o filho e a filha peguem o carro, ainda que sejaminabilitados, se é apenas para ir a uma festa no condomínio vizinho? O ingresso nafaculdade, depois de um vestibular tão difícil não merece uma moto de centenas decilindradas de presente? As respostas dependem, obviamente, de cada um de nós queavaliamos com mais ou menos, bom senso, cada uma dessas situações. Os números nãomentem jamais e os prontos socorros são as testemunha que eles são mesmo reais.

As três facesda morte

O ócio CriativoDomenico De MasiInformações: Editora Sextante

Perdas NecessáriasJudith ViorstInformações: EditoraMelhoramentos

CâncerJuvenal Antunes deOliveira e Sergio Luiz FariaInformações: Editora Contexto

FilmesFilmesFilmesFilmesFilmes

Terapia do amor(EUA, 2005)Comédia Romântica, 105 min.

Tristão e Isolda(EUA, 2006)Drama, 125 min.

Se eu fosse você(Brasil, 2005)Comédia, 104 min.

Uma mulher contra Hitler(Alemanha, 2005)Drama, 114 min.

Degas, o universo de umartista

Toda a mostra é dedicada aomaior expoente doimpressionismo francês EdgarDegas. São 120 peças, entrepinturas, desenhos eesculturas, que narram toda atrajetória e influências doartista.Horários: de terça a domingo,das 11h às 18h. O Masp fica naavenida Paulista, 1.578.Informações: (11) 3251-5644.

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Notas e Eventos

Eventos

V Encontro Nacional de Gerencia-mento Em EnfermagemData:16 a 18 de agosto de 2006Local: Hotel Leão da Montanha -Campos do Jordão - SPInformações: (11) 5081-7718 ou peloe-mail: [email protected]

Basic Life Support (BLS)- com certi-ficação americana pela AAOS / ACEP/ ECSIData:18 a 20 de agosto de 2006Local: Parthenon Central Towers - RuaMaestro Cardim, 407 - São Paulo - SP(Metrô São Joaquim)Informações: (11) 3721 9333 ou site:www.ellusaude.com.br

Sistematização da Assistência deEnfermagem em OncologiaData: 26 de agostoLocal: Hospital do Câncer - AuditórioJosé Ermírio de Moraes / Rua Taman-daré 764 - Liberdade - SP.Informações: Fone: (11) 2189-5078 //Fone/Fax: (11) 2189-5098, pelo sitewww.hcancer.org.br ou pelo [email protected]

VI Congresso Panamericano e XCongresso Brasileiro de Infecções eEpidemiologia HospitalarTema: Prevenir Infecções Preservandoo AmbienteData: 11 a 15 de setembro de 2006Local: Centro de Eventos da FIERGS -Porto Alegre-RS.

Into vai tratar fraturas com células-tronco

O Ministério da Saúde investirá R$ 500mil para a instrumentalização do la-boratório de células-tronco do Insti-tuto Nacional de Traumato-Ortope-dia (Into), no Rio de Janeiro.A unidade, que é referência nacionalpara tratamento de doenças ortopé-dicas, já havia recebido R$ 750 mil paraconstruir o laboratório, que deve ini-ciar operações em agosto.A Comissão Nacional de Ensino e Pes-quisa (Conep) autorizou o tratamentopara fraturas não-consolidadas, revi-são de próteses e revascularização denecrose óssea.Todos os protocolos seguirão mode-los desenvolvidos no exterior, com cé-lulas-tronco adultas.Fonte: Saúde Business

Café sem cafeína reduz risco dediabetes

Beber café descafeinado está associ-ado a um risco menor de desenvolverdiabetes, segundo uma pesquisa daUniversidade de Minnesota, nos Es-tados Unidos.Um grande estudo reunindo 28 milmulheres descobriu que beber maisde seis xícaras de café descafeinadoao dia estava associado a um risco33% menor de desenvolver diabetescomparado com não beber café dejeito nenhum.As mulheres que bebiam café comcafeína tinham uma redução no riscode desenvolver diabetes muitomenor.O estudo que levou 11 anos sugere,ao contrário do que outras pesquisasindicavam, que o consumo de cafeínanão reduz o risco de diabetes.

Fonte: BBC Brasil

Contato com animais pode ajudarasmáticos

A exposição a certos animais podeajudar a evitar a asma e algumas alergias,e não piorá-las, segundo um estudo doImperial London College publicadopela revista especializada AmericanJournal of Respiratory and Critical CareMedicine.Os funcionários de laboratórios que fre-qüentemente lidam com roedoresacabam tendo menos reações alérgicasaos animais como resultado, afirma aequipe de cientistas.Fonte: BBC Brasil

Informações: (51) 3061-2957 , email:[email protected] ou pelo site:www.abih.org.br

Adh’2006 São Camilo Rio de JaneiroData: 12 a 14 de setembro de 2006Local: Rio de Janeiro - RJInformações: 0800 178585, pelo site:www.scamilo.edu.br ou pelo e-mail:[email protected]

9° CBCENFData: 24 à 28 de setembroLocal: Porto Seguro – BAInformações: www.cbcenf.com.br /0800 - 2822507

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Raio-X do tórax “pode aumentar risco de câncer”

Exames de raios-X do tórax podem aumentar as chances decâncer da mama em mulheres com predisposição genética,revelou uma pesquisa publicada na última edição da revistacientífica Journal of Clinical Oncology.O estudo, realizado pela International Agency for Research onCancer, da França, foi feito com 1.600 mulheres que apresentammutações nos genes BRCA1 e BRCA2, associados ao câncer damama e do ovário.Os pesquisadores verificaram também que a exposição aosraios-X antes dos 20 anos de idade pode trazer riscos parti-cularmente altos.

Fonte BBC Brasil

Anvisa lança publicação sobre Avaliação deTecnologias em Saúde

Já está disponível no site da Anvisa, Agência Nacional deVigilância Sanitária, o Boletim Brasileiro de Avaliação deTecnologias em Saúde (BRATS). Direcionado a todos osprofissionais envolvidos na atenção à saúde, o boletim éresultado de uma parceria entre Anvisa, Agência Nacionalde Saúde Suplementar e Secretaria de Ciência e Tecnologiae Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. Essas ins-tituições reconhecem a necessidade de difundir informaçõesresponsáveis sobre as tecnologias para todos os atoresenvolvidos na atenção à saúde no Brasil.

Fonte: Assessoria de Imprensa Anvisa

EditoraAtheneu0800-267753

Pesquisa liga enxaqueca a doenças cardíacas

Mulheres de meia-idade que sentem severas enxaquecas associadas a outros sintomas,como vertigem, podem ter um risco maior de sofrer de doenças cardíacas, segundouma pesquisa publicada na revista especializada Journal of the American MedicalAssociation.Cerca de 10% das mulheres que sofrem de enxaqueca também sentem vertigem, comsintomas como formigamento nos membros ou com a visão afetada.

Fonte: BBC Brasil

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Iniciativa

A relevância do projeto “Centro de Onco-logia” reside no fato de o foco é o trata-mento do câncer (uma das principais cau-sas de mortalidade para ambos os sexosno país) para um público-alvo essencial-mente composto por adultos e idosos (seg-mento que mais cresce na pirâmide etáriado país). Além disso, cabe lembrar que são

Enfermagem e humanizaçãono tratamento de câncerCentro de Oncologia do Hospital das Clínicas, um projeto para melhoria noatendimento e tratamento do câncer

O Projeto “Centro de Oncologia” inauguradono mês de junho, pela diretoria do Hospitaldas Clínicas – HC, tem como objetivo amelhoria e a extensão do atendimento daárea de Oncologia do Instituto de Radiologia -InRad a uma maior parcela da população.

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Segundo dados do HC:

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os pacientes da Divisão de Oncologia do InRadem quase sua totalidade são usuários do SistemaÚnico de Saúde (SUS) advindos de classes sociaismais baixas.O câncer ocupa a segunda posição entre as cau-sas de morbidade no Brasil e, no Estado de SãoPaulo, a situação também não é diferente: emmulheres é a segunda maior causa e nos homenso terceiro maior grupo de óbitosCom um setor específico de oncologia clínica, onúmero de atendimento será ampliado, a quali-dade dos serviços intensificada, e todos os proce-dimentos estarão concentrados em um únicolocal, beneficiando, assim, de maneira conside-rável, o paciente que necessita de atendimentoterciário nessa especialidade.A enfermagem tem grande participação nessequadro, os profissionais nos últimos anos, atra-vés de estudos, pesquisas e muito empenho, vêmtransformando a enfermagem oncológica, em umcapítulo apaixonante da enfermagem, hoje o ser-viço é composto por enfermeiros, técnicos de en-fermagem, auxiliares de enfermagem, estagiáriosde enfermagem e atendentes, locados nas diversasunidades do hospital para prestação de umaassistência individualizada, qualificada e sistema-tizada.As enfermeiras desempenham algumas ativida-des exclusivas como manipulação de cateterescentrais (punção, heparinização e curativo), ins-talação de quimioterapia em Bombas de InfusãoPortáteis ou não, orientação e encaminhamentoaos pacientes em tratamento quimioterápicoquando necessário, atendimento emergencial,treinamento dos profissionais de enfermagem,formulação de manuais técnicos operacionais deenfermagem e manuais educativos aos clientes efamília, orientação permanente técnica e cien-tífica da biossegurança individual, coletivas eambientais, evitando acidentes e ocorrências quepossam causar dano físico ou ambiental.Os técnicos e auxiliares de enfermagem são res-ponsáveis pelo preparo e administração de me-dicamentos de suporte, monitorização dos sinaisvitais, administração da quimioterapia e controledas reações adversas nos pacientes.

Há também com o apoio da equipe multidisci-plinar como médicos, nutricionistas, assistentessociais e psicólogos que são solicitados quandonecessário, garantindo assim uma assistência in-tegral de qualidade visando o bem-estar, a auto-estima e o atendimento de necessidades afetadasdos pacientes em tratamento quimioterápico.Outro setor que merece destaque é o de manipu-lação de remédios para quimioterapia, que, alémde seguir normas rígidas de segurança, é armaze-nado em local adequado e moderno.A construção do Centro de Oncologia, vai permi-tir a agregação de diversos grupos em áreas pró-ximas, permitindo maior eficiência e racionalidadena organização de programas de pesquisa, o queacelera a descoberta e a inovação tecnológica.Com a consecução desse projeto pretende-se: au-mentar a capacidade de conectividade dos gru-pos de pesquisa entre si e com a rede de equipa-mentos multiusuários que está sendo estabelecida;ampliar a rede de equipamentos multiusuários;garantir o acesso de todos os grupos a novas pla-taformas tecnológicas, criando-se redes funcio-nais de equipamentos multiusuários; divulgar edifundir o conhecimento gerado nos Laboratóriosde Investigação Médica, estimulando-se parceriascom o setor produtivo.

Segundo dados do HC:- A quantidade de novos pacientes, por mês,passará de 170 para 250.

- Já o número de leitos será ampliado de 06para 20.

- Haverá o dobro de consultórios exclusivospara o atendimento ao paciente com câncer.

- O número de atendimentos oncológicosdeverá passar dos atuais 2 mil para 3.500.

- O número de sessões de quimioterapiatambém terá um salto importante: de 1.700para 3 mil por mês.

- O paciente poderá optar se deseja fazer assessões em salas individuais ou coletivas.

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Internacional

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Eczema é uma forma de dermatite, uma irritação napele na qual ela fica vermelha, escamosa e algumasvezes com rachaduras ou pequenas bolhas. Causamuita coceira, os sintomas que na maioria das vezessão: vermelhidão, inchaço, formação de crostas,descamação e coceira, porém coçá-los danifica a pelefrágil e piora o problema.

O que provoca o eczema?Como está patente na definição apresentada existemvários fatores que podem contribuir para o apare-cimento desta reação, isoladamente ou agrupados.Alguns são exógenos, ou seja, vêm do meio exterior

Tratamento mais eficazpara o EczemaUm grupo de cientistas americanos, trabalhando em conjunto com a universidade deDundee, na Escócia, identificaram o gene da pele seca, associada ao eczema

provocar reação exagerada enquanto outros depen-dem da própria reação exagerada que o organismodo indivíduo faz independentemente do fator que odesencadeou.

Atualmente o tratamento de eczemas, se faz com po-madas corticóides se for localizado, caso seja, gene-ralizado o tratamento é feito com comprimidos, emoutros casos mais avançados o tratamento pode serfeito até com antibióticos, porém um grupo de cien-tistas, trabalhando em conjunto com a Universidadede Dundee na Escócia, descobriu formas mais efica-zes no tratamento do eczema, agindo diretamente

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Internacional

Números

nas causas e não apenas nos sintomas, como as te-rapias atuais que funcionam à base de emolientes,hidratantes e anti-inflamatórios.Segundo o estudo, publicado na revista NatureGenetics, o gene descoberto é responsável pelaprodução da proteína filagrina, que atua na forma-ção de uma camada protetora da epiderme. A pro-teína filagrina encontra-se nas camadas externas dapele, impedindo a entrada de bactérias e vírus assimcomo a saída de água, o que mantém a pele hidra-tada. A descamação e secura da pele são provocadaspela ausência desta proteína.O professor Irwin McLean, do departamento deGenética Humana da Universidade de Dundee, disseque o gene em questão é conhecido há pelo menos20 anos, mas os cientistas tinham dificuldade emanalisá-lo.Os especialistas dizem, no entanto, que pode demo-rar um pouco para que novos tratamentos sejamdesenvolvidos.O estudo mostra que, em uma parcela da população,uma mutação genética desativa o gene responsávelpela produção da filagrina. Pessoas cujo organismoproduz metade da quantidade normal de filagrinaapresentam sintomas leves de ressecamento.Em casos graves, o organismo não produz nenhumafilagrina. Os cientistas calculam que mais de um mi-lhão de pessoas sofrem da forma grave de eczemano mundo, requerendo tratamento especializado.Essas descobertas pretendem identificar o gene res-ponsável pela produção de filagrina, que atua comouma camada protetora na epiderme.

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Universidade Abertay Dundee

A Universidade de Abertay foi fundada em1888, com a função de ser um Institutotécnico, tornou-se conhecida em 1902 comoa “universidade industrial” pelo escritórioScottish, porém adotou o titulo deUniversidade apenas em 1994.No Reino Unido a universidade é uma dasmais inovadoras e possui centros técnicospara estudantes, bibliotecas com altaestrutura e até mesmo espaço para a práticade esportes.A Universidade que se localiza em Dundee, acidade mais ensolarada da Escócia, oferece30 cursos de graduação, 10 cursos de pós-graduação e recebe estudantes de diversoslocais do mundo.Abertay também é conhecida por seupolêmico curso de graduação que descreveser “hacking ético”. O curso que tem duraçãode três anos é voltado à formação dehackers “White hat” para ajudarcompanhias a se proteger de riscos desegurança de sistemas.

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O SAE é o ambulatório municipal de São José do Rio Pretoespecializado no atendimento de pacientes soropositivosdentro do programa Municipal de DST/Aids que se tornoureferência na região graças ao atendimento especializado.Um dos pontos fortes do Programa é o atendimento apacientes de acidentes ocupacionais com material de risco,realizado pelas enfermeiras Diene Trajano, Maria AparecidaSilva e Marisa Posso que concederam entrevista à REVISTAdo COREN - SP. Elas contam que o ambulatório responsávelpelo Programa DST/Aids foi inaugurado em dezembro de1995 e logo após integrado ao Programa Municipal docontrole das DST/Aids.O SAE é o único ambulatório da região de São José autori-zado a trabalhar com protocolo específico para o atendi-mento de acidentes ocupacionais, como frisam as enfer-meiras. Segundo Maria Aparecida este protocolo foi apro-vado em reunião de equipe multiprofissional do SAE –integrado por médicos, enfermeiras, um técnico de enfer-magem, um psicólogo, entre outros - no dia 25 de agostode 2005. “Mas atendemos acidente ocupacional desde 1999”,afirma Maria Aparecida.Para as enfermeiras responsáveis o diferencial do ambula-tório é o trabalho do profissional de enfermagem que de-vido ao protocolo pode realizar todo o processo com a in-tervenção do médico infectologista somente em caso denecessidade de iniciar profilaxia para HIV.As enfermeiras Deise, Maria Aparecida e Marisa atendemprincipalmente companheiros de profissão, já que os aci-dentes ocupacionais atingem profissionais da área de saúdeque lidam com material biológico de risco - o sangue, qual-quer líquido orgânico que contenha sangue e líquidos or-gânicos potencialmente infectantes, tais como sêmen, se-creção vaginal, líquor, líquido sinovial, peritoneal, pericárdicoe amniótico. Assim, além dos pacientes acometidos pordoenças sexualmente transmissíveis o trabalho é tambémfocado nos acidentes ocupacionais, como elas explicam.

Interior

Organizadoras do programa municipal DST/AIDs deSão José do Rio Preto

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O SAE já registra algumas estatísticas. Segundo o ambula-tório estas são as porcentagens de contaminação das prin-cipais patologias que ocasionam o acidente ocupacional:

- HIV 0,1 a 0,3% - HEPATITE B 40 a 60%

- HEPATITE C 3 a 10%

Também foi constatado que 43% dos profissionais aciden-tados eram auxiliares de enfermagem. Destes, “a maior por-centagem era do sexo feminino com 74% dos funcionários,sendo que 72% estavam entre a faixa etária de 20 a 40 anose 60% estudaram até o segundo grau”, conforme dadosfornecidos pelas próprias enfermeiras. Já a distribuição doscasos quanto ao tipo de exposição dos profissionais deenfermagem a fatores de risco apresenta um dadoestarrecedor. A porcentagem de acidentes ocupacionais queocorreram com perfuro cortante chega a 87% dos casos. Ogrande causador segundo os pacientes foi o descarteinadequado de materiais perfuro cortante. O agente maiscitado foi a agulha com lúmen (71%)As enfermeiras também apresentaram alguns númerosbrutos dos atendimentos já realizados. Dentre as fontesconhecidas o total foi de 39 pacientes HIV positivos, 9pacientes com Hepatite B, e 28 pacientes com Hepatite C.Todas as estatísticas foram coletadas durante os 6 anos deatendimento a pacientes de acidentes ocupacionais. Os dadosmostram que são mais comuns do que se pensa e afetamgrande parcela do contingente dos profissionais deenfermagem. Com o programa do SAE de São José do RioPreto as enfermeiras responsáveis pelo atendimento mostramque o Programa DST/AIDS é tão importante para a populaçãodo município quanto o é para aqueles que cuidam da saúdedestes, os quais expõem a própria saúde a grandes riscos.

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ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Expediente do COREN-SP

PresidenteRuth MirandaVice PresidenteSérgio LuzPrimeira-secretáriaMaria Antonia de Andrade DiasSegunda-secretáriaVanderli de Oliveira DutraPrimeira-tesoureiraAkiko KanazawaSegunda-tesoureiraAldaíza Carvalho dos Reis

Presidente da Comissão deTomada de Contas - CTCFrancinete de Lima Oliveira

Membros da CTCGuiomar Jerônimo de CarvalhoWilson Florêncio Ribeiro

Conselheiros efetivosLindaura R. Chaves, Magdália Pereirade Sousa, Maria Ap. Mastronantonio,Malvina S. da Cruz, Rita de CássiaChamma, Sônia Regina DelestroMatos, Terezinha Ap. dos SantosMenegueço e Tomiko Kemoti Abe.

Conselho Regional de Enfermagem de São PauloRua Dona Veridiana, 298 - Higienópolis - São Paulo - SP - CEP 01238-010Fone: (11) 3225-6300 - www.corensp.org.br

Publicação: Demais Editoração e Publicação Ltda

Fone: (11) 5042-3428 - [email protected]

Redação e revisão: João Marinho, Mônica Farias, Graziele Noronha, Danúbia Matos

Projeto Gráfico: Arte in Comunicação e Marketing

Ilustrações: Alvaro Guillermo, Rodrigo Prevato, Talita Velasque

Publicação oficial bimestral do COREN-SP • Reg. Nº 24.929 • 4º registro • 260 mil

exemplares • distribuição gratuita dirigida

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Enfermeiro reitor do Centro Universitário SãoCamilo recebe título de cidadão paulistano

O Título de Cidadão Paulis-tano foi entregue no dia 1ºde junho ao Pe. Christian dePaul de Barchifontaine, Rei-tor do Centro UniversitárioSão Camilo e Vice-Superin-tendente da União Social Ca-miliana reunindo em SessãoSolene no Salão Nobre “João

Brasil Vita” da Câmara Municipal de São Paulo, acomunidade camiliana, autoridades políticas,amigos e representantes de Instituição Públicas ePrivadas prestigiando o evento.Instituído pelo Decreto Legislativo nº. 48 de 14 desetembro de 2005, o Título tem como finalidadehomenagear as pessoas que vieram de outrascidades ou países a São Paulo e dedicaram suasvidas com feitos relevantes a capital paulista.

Enfermeiro Pe. Christian de Paul de Barchifontaineveio para o Brasil ainda muito jovem, em 1976,como missionário. Trabalhou 6 anos na cidade dePrópria (Sergipe). Chegou em São Paulo em 1981.Nasceu em 18 de junho de 1946 na cidade de Seillesna Bélgica, nacionalizando-se brasileiro em 1987.Camiliano há 19 anos, ele explica: “escolhi a jornadacamiliana por causa do carisma: trabalhar noatendimento aos doentes como enfermeiro ecapelão hospitalar e para resgatar a saúde equalidade de vida do nosso povo, por meio doexercício da cidadania e do estudo e reflexão dabioética”.

Pesquisa científica em enfermagemGostaria de parabenizá-los pela matéria de capa da revista 63sobre a importância da pesquisa científica em enfermagem, emespecial, à Dra. Rita de Cássia Chamma quando ela se refere que o“estímulo à pesquisa deve nascer na academia”. Sabemos que essanão é uma tarefa muito fácil pois constantemente enfrentamosproblemas como a desqualificação cada vez mais crescente dealunos da graduação, professores que não investem na sua carreiradocente e centro de pesquisas desarticulado.J. C. de Souza - Ribeirão Preto – SP

Adorei a matéria sobre pesquisa científica em enfermagem,porém gostaria de manifestar a dificuldade para publicação emnosso meio. Eu mesma realizei uma pesquisa (minha tese demestrado) e tive dificuldade em divulgá-la, apesar do temainovador e de grande importância, inclusive recebi um prêmiointernacional em Dallas 2003 “Best Clinical Nursisng” no iníciodeste ano, consegui publicação de um artigo - “O laser de baixapotência pode prevenir deiscência incisional em esternotomiapós-cirurgia cardíaca?”, na revista da sociedade brasileira laser.Ivany Machado de Carvalho Baptista - São José dos Campos - SP Meus parabéns pela última edição da revista! Está linda.Gláucia Gimenez - Botucatu - SP Gosto muito da revista do COREN-SP.Érika Gislene Franco - Vargem Grande do Sul - SP Sugestões de matériasGostaria que a revista abordasse a Saúde Mental e Psiquiatria paradifundir mais essa área de atuação da enfermagem. Há temposestou buscando um curso na área mas, infelizmente, por falta decandidatos os mesmos são cancelados.Roseclei Giane Ribeiro Benjamin Verrochio - São Paulo - SP Sou graduada há 7 anos e estou fazendo pós-graduação emcosmiatria. Sugiro que seja publicada matéria sobre o assunto:cuidados necessários com a pele, o corpo que nós, enfermeiros,esquecemos devido a agitação e complexidade de nossa função.Giselma Cristina Piva Agradecemos as cartas recebidas de:Antonio Carlos Henriquetto - Campinas - SPElisane Machado Duque de Lima - Piracicaba - SP

Escreva para a redação da revista do [email protected] e dê sua opinião.

Dr. Sérgio Luz e PadreCristian

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