cordel-historia do hospital que resolveu fazer humanizaçao

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História do Hospital Que Resolveu Fazer Humanização ........................................................... Nesta hora iluminada, De muita reflexão, Quero chamar atenção Dessa gente interessada, Para uma realidade Sem dó e sem piedade Ainda pouco divulgada. Antes, porém, vou dizer De onde veio a idéia: Não é uma panacéia, Todos vão compreender, Pois na área de saúde Há algum tempo eu pude Muita coisa triste ver. Nosso povo ainda pena Em filas de hospitais; E sempre sai em jornais Alguma indigna cena; Mas esse antigo sistema, Que só traz muito problema, Pode ficar bom demais. Muita coisa tem mudado Em favor do cidadão, Desde a Constituição Ninguém mais fica calado; Por isso exige mudança, E eu tenho esperança Que mudará este lado. Aliás, já começou, E agora vou lhe contar Coisas de admirar Que a gente comprovou: Vou mostrar o hospital Que humanizou geral E a situação mudou. Bastou ter um diretor Interessado em mudar, Para a coisa melhorar

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História do Hospital Que Resolveu Fazer Humanização...........................................................

Nesta hora iluminada,De muita reflexão, Quero chamar atenção Dessa gente interessada, Para uma realidade Sem dó e sem piedade Ainda pouco divulgada.   Antes, porém, vou dizer De onde veio a idéia: Não é uma panacéia, Todos vão compreender, Pois na área de saúde Há algum tempo eu pude Muita coisa triste ver.   Nosso povo ainda pena Em filas de hospitais; E sempre sai em jornais Alguma indigna cena; Mas esse antigo sistema, Que só traz muito problema, Pode ficar bom demais.   Muita coisa tem mudado Em favor do cidadão, Desde a Constituição Ninguém mais fica calado; Por isso exige mudança, E eu tenho esperança Que mudará este lado.   Aliás, já começou, E agora vou lhe contar Coisas de admirar Que a gente comprovou: Vou mostrar o hospital Que humanizou geral E a situação mudou.   Bastou ter um diretor Interessado em mudar, Para a coisa melhorar E realmente melhorou; Um melhor atendimento Apareceu de repente, Com ajuda do servidor.  

E quem ganhou foi o povo Que procura o hospital Quando sofre qualquer mal Que o posto diz ─ não resolvo; Recebido com atenção, Todos gostaram, então, Daquele estilo novo.   Logo na recepção É notada a diferença, Seja qual for a doença Merece toda atenção; Logo a partir do porteiro, Que traz a maca, ligeiro, E atende ao cidadão.   Em seguida ali tem gente Para saber o que é que tem, E com atenção também Já resolve de repente; Toma logo providência, Com toda eficiência E a pessoa vai em frente.   Não perde tempo com nada, O que vale é atender; Tratamento pra valer, Não pode levar maçada; Tem que dar a solução, Pra nossa população Não ficar desamparada.   Parece uma ficção Aquele belo hospital Que respeita o cidadão E trata bem do seu mal; Desse jeito, com certeza, Essa agradável surpresa Vai terminar no jornal.   O pessoal tá falando Na tal de humanização Que usa até canção E o povo vai se curando; É uma grande lição De amor e emoção, Que o hospital ta dando.  

Todos ali tratam bem, Do Porteiro ao Diretor, Maqueiro, Carregador, O Enfermeiro também, Médico e Nutricionista, Junto ao Laboratorista, Acabou-se o desdém.   Tem ainda a Secretária, a Assistente Social, Psicólogo, que legal, uma alegria diária, pois agora o hospital é um lugar fraternal, com toda indumentária.   Até as cores mudaram, Coloriram corredores, Eu garanto aos senhores: Meus olhos não me enganaram; Agora até as crianças Já brincam e fazem danças, Pois novos ares chegaram.   Quando menos se espera, Aparecem uns palhaços Que divertem um pedaço Como uma linda quimera; Sorriem, cantam e dançam, Trazendo a confiança, Cada um deles se esmera.   Os médicos, atenciosos, Eu só digo porque vi, Pois meu nome eu ouvi, Com essas coisas não proso, Até pra mim ele olhou, Tanta coisa perguntou, Eu não sou dos mentirosos.   Chegando ao laboratório, Outra surpresa se tem: Tudo ali é bom também, Não tem grande falatório; Fizeram os meus exames, Sem precisar de reclamos, Ou de algum adjutório.  

Beleza, como se diz, Que pude presenciar, Eu vi um coral cantar E fiquei muito feliz; Era de arrepiar, Um som tão lindo no ar, Do jeito que eu sempre quis.   É um clima de alegria, Por onde a gente passa, Não se fala em desgraça, Nem de noite nem de dia; Todos têm o prazer De cumprir o seu dever, É algo que contagia.   Não tem hora pra visita, Visita é toda hora; Menino, homem, senhora, É uma coisa bendita; Os doentes se animam, E os visitantes primam Pela ordem que se dita.   Ninguém fica sem resposta, Por mais que vá perguntar; Pode até se admirar, Pois todo mundo ali gosta De ajudar quem necessita: Que atitude bonita, Tenho que aqui registrar.   Outra observação Que fiz pelo corredor, Funcionário falador Nunca tem vez ali não; Pois do simples servidor Ao mais formado doutor, Ética é obrigação.   Cada usuário doente, Que vai ali se tratar, Só tem mesmo a ganhar Naquele belo ambiente; Todos vão lhe informar Sobre o que vai se passar, Do comum ao diferente.  

Se vai p’ruma cirurgia, Chega com tranqüilidade, Sabendo toda a verdade, E isso já lhe alivia; Por isso o resultado É sempre comemorado Com bastante alegria.   Até reza que precisa O doente tem direito; E sua crença do peito É sempre obedecida; Também se não quer rezar, Pode se tranqüilizar; Ninguém lhe dará batido.   Apesar de tudo isso, Existe mal entendido Ou por algum sucedido Alguém falta ao compromisso; Mas nunca fica assim, Pode recorrer, enfim, Ao ouvidor de serviço.   E lá na Ouvidoria Registra reclamação, Sem qualquer contemplação Proteção ou primazia; E chega com a certeza De que não será moleza, Nem enfrenta correria.   Sentimos no ar justiça, Que vem de uma decisão De fazer uma união, Que só dá boa notícia; Enxergar esta bondade Sem fuxico ou falsidade, Para mim é uma emoção.   Para entender melhor O que estava se passando, Cheguei logo perguntando, Sem piedade nem dó; E todos me respondiam, Pois todos ali sabiam Como numa boca só.  

Era a humanização Que havia ali chegado; Todo mundo está ligado Numa imensa união; Que vem dando resultado, Num tirinete danado De muita reunião.   A partir dos diretores, Houve o envolvimento Com um claríssimo intento De acabar os favores; Melhorar a qualidade, Modernizar de verdade, Apesar de algumas dores.   Muitas iniciativas Foram ali encontradas; Outras já foram criadas, Coisa significativa; Que mudou para melhor, Motivou numa voz só, Tudo de bom incentiva.   Há uma expectativa Nessa humanização: Sem qualquer contemplação, Uma coisa muito viva; Criar uma nova cultura, Que garanta à criatura O bem pra que sobreviva.   Eu soube lá na esquina, Conversando com alguém, Que outros hospitais também A quem o amor fascina, Já estão interessados Em ter hábitos mudados, Igual a este, menina.   Se a gente for olhar Cada coisa que mudou, As consultas que marcou, E o que deixou de esperar, Com o novo atendimento, E as visitas de momento, Dá vontade de chorar.  

Agora tem até filme Pra ver na televisão; Tem a sinalização, E crachá no peito, firme, Tem até recreação, E gostosa refeição, Tudo para acudir-me.   Tem muita informação, E tem muita gentileza, Atenção, uma beleza, Tem também compreensão; E os encaminhamentos: Sigilo, é outro tento, Que é humanização.   A gente vê higiene, Vê também manutenção, Uma grande integração, Não é coisa que se encene; São uns atos de verdade, Que desprezam a maldade: O que vale é a sirene.   Faltava falar no SUS, Este gigante sistema, Um verdadeiro emblema, que paga a quem faz jus; Para atender os doentes, De forma inteligente Foi uma idéia de luz.   Tudo isso é de direito, Mas estava desprezado, Não era humanizado, Nem na maca nem no leito; Vai em frente, hospital, Teu futuro é colossal Faz o povo satisfeito.  

FIM