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Copyright © Cláudia Banegas

Os direitos de todos os textos contidos neste livro eletrônico são reservados a seu autor, e estão registrados e protegidos pelas leis do direito autoral. Esta é uma edição eletrônica (e-book) não comercial, que não pode ser vendida nem comercializada em hipótese nenhuma, nem utilizada para quaisquer fins que envolvam interesse monetário. Este exemplar de livro eletrônico pode ser duplicado em sua íntegra e sem alterações, distribuído e compartilhado para usos não comerciais, entre pessoas ou instituições sem fins lucrativos. Nenhuma parte isolada deste livro, que não seja a presente edição em sua íntegra, pode ser isoladamente copiada, reproduzida, ou armazenada em qualquer meio, ou utilizada para qualquer fim. Este livro eletrônico não pode ser impresso. Os direitos da presente edição permitem exclusivamente a leitura através de algum programa de leitura de arquivos PDF.

Sumário

− Apresentação

− Agradecimentos

− Dedicatória

− Biografia

− Textos Literários:

− ◊ Poesias

− ◊ Crônicas

− ◊ Contos

− ◊ Frases & Pensamentos

− ◊ Espaço Especial – Entrevistas

− Textos Adicionais/Informações

Apresentação

Mais um volume completo.

Mais palavras compondo textos que falam, que simbolizam, que marcam e fazem história.

Como costuma dizer a autora, “...meus textos são minha essência. Quem quiser me conhecer melhor, basta ler o que escrevo, captando as mensagens nas entrelinhas.”

A todos então, uma boa leitura!

"Eu não escrevo o que quero,

escrevo o que sou."

( Clarice Lispector)

Agradecimentos

Agradeço a todos os leitores que têm enviado e-mails de apoio, me incentivando nessa caminhada literária.

Em troca, o que posso fazer é me comprometer a continuar escrevendo como tenho feito, com o coração.

“Minha vida literária é um desfolhar contínuo, regido pela inspiração. Como borboleta, vôo, sem destino,

traçando caminhos e emoções.”

Cláudia Banegas

Dedicatória

Dedico este terceiro volume a todos os amantes da poesia, em todas as suas formas e apresentações.

Aos poetas ainda desconhecidos, que divulgam seus textos na internet, nos mais diversos sites literários.

Biografia

Cláudia Banegas é escritora amadora, nascida em Recife (PE). Com apenas um ano de idade, veio morar no RJ, com seus pais. Na casa dos 40 anos, um dia amanheceu poeta, e segundo suas próprias palavras, se redescobriu.

Casada, mãe de um filho adolescente, ela expressa em seus textos seus sentimentos e suas emoções, de forma simples, clara e objetiva. Seus textos estão disponibilizados na internet, em diversos sites.

Suas flores preferidas: girassóis.Símbolo de vida: borboletas.

Publicações:

A poesia “Girassol” foi selecionada e publicada na 39ª Antologia de Poetas Contemporâneos Brasileiros, CBJE, 2007.

Contatos com a autora:

[email protected]

◊◊◊

Textos Literários

Contrastes

Altos e baixos.Cumes e vales.

Extremos.Norte e sul.

Máximo e mínimo.Contrários.

Tudo pode ser belo,mesmo sendo comum.

Um após o outro.Sucessivos.

Momentos precisos,raros, finitos.

A vida é mesmo assim,composta de mil descobertas.

Não é fácil,nem difícil.Antônimos.

Início.Meio.Fim.

Manhãs de Esperança

Em cada manhã,comigo acorda uma esperança.

É necessário que eu tenha paciência...

Uma paciência que nunca se esgote,que permaneça, firme e forte,

a despeito do meu descontentamento.

Um dia, finalmente, minha espera terminará.

O amanhã compensará todo o meu sofrimento...

Convite à Amizade

Minha alma está aberta,sem reservas, sem restrições.

Que me venham as amizades...

Que compartilhem comigo da alegria, da dor,das vitórias e dos fracassos,

de cada experiência, sem hesitação.

As janelas da minha alma estão sim, abertas,

assim como a porta do meu coração; vem!

Encontro Casual

De apenas um encontro,casual, sem compromisso,

surgiu um sentimento.

Entre abraços e sussurros,carinhos e devaneios,

ficou gravado em nós, aquele momento.

E quando ele me vem à lembrança,

ainda ouço música no ar...

Composição

Minha vida é composta de momentos,momentos que se juntam e compõem

a música da minha vida.

Trilha sonora diversificada, até um pouco agitada,

mas cheia de drama e bom humor.

De nota em nota, de acorde em acorde,

elas se formam; são sons que me fazem cantar.

Lição de Amor

De manhã cedo, abri a janela e o vento soprou suave em meus cabelos.

As folhas ainda caíam das árvores, quanto te vi, pela primeira vez...

Logo, te abriguei em meu coração, e de braços abertos te acolhi, te aninhei,

te fiz sentir que eras somente meu, tanto quanto eu era tua.

As folhas já não caíam mais, quando então eu percebi

que meu tu não eras, nunca fostes, jamais.

Teu espírito livre não te permitiu pousar em um só lugar, para ali se firmar.

Tinhas que voar.

Então voastes para longe, para longe de mim. Estás distante, mas de ti não me esqueci.

O choro acabou e o lamento cessou.

Os dias se passaram e ficou só uma certeza: A lição que contigo aprendi, ao menos, foi boa para mim.

Aprendi algo importante, aprendi a me amar, enfim.

O Cansaço e a Esperança

Ando me sentindo cansada,e o cansaço me tira as forças.

Isso, de fato, é se cansar?Andar e não chegar a lugar algum?

Até quando?Até quando devo esperar?

A esperança no meu coração, se adia.Dia após dia, espero.

E espero... e espero... e espero.Logo, é noite.

Adormeço.

Se faz dia, outro dia.Tudo de novo, outra vez.

O cansaço continua, a fraqueza também.Mas decido continuar esperando...

Quem sabe, um dia,esse mal se transforma em bem?

A poesia “ O Natal de Maria” mostra um personagem fictício, mas expressa uma situação que acontece na manhã de Natal. Há muitas "Marias" espalhadas pelo nosso Brasil, sozinhas, deprimidas com a proximidade das festas de fim de ano...vencidas pelas adversidades, por estarem longe de suas famílias.

Pessoas carentes de carinho, de atenção, de amor, de consolo, de amizades...

Que esta poesia evite o mesmo fim para muitas dessas "Marias", senão todas.

O Natal de Maria

É manhã de Natal.Maria cansada.

Maria vazia.Cansada da vida,vida de agonia.

É manhã de Natal.Maria, sozinha.Maria caminha.

Sozinha no mundo,no mundo caminha.

É manhã de Natal.Tá esperando o que, Maria?

Chegar o carnaval!?Levanta a cabeça, Maria!

É manhã.É Natal.

Ali jaz a Maria, no terminal.É seu funeral.

Mas... funeral pra que, se é Natal!?

Lá se foi a Maria,cansada e vazia.

Que pena, Maria!Acabou teu Natal...

Opções

Acontecimentos do meu passado, eu sei, jamais poderei apagar...

Para sempre eles irão existir...para sempre...!

Entretanto, eu tenho uma opção.Posso aprender com meus erros e seguir em frente,

ou parar no tempo, tentando mudar o que é impossível.

Escolho a primeira opção, porque é necessário viver...

Tentar mudar o que não posso, é morrer aos poucos,

é enlouquecer.

Palavras

Palavras e mais palavras,para o poeta, algo tão familiar.

Dentro da vida, inseridas,carregam em si o poder de mudar.

Confrontam, questionam, significam sempre algo mais.

Palavras sempre são lidas,nem sempre entendidas,

com significados explícitos,produzem as mais diversas reações.

Umas temperadas, outras, sem sal.Umas que curam, outras que fazem mal.

Umas pronunciam bençãos, outras, maldições.Que poder a palavra tem!

Veiculam conteúdos, também.Antecedem as ações, isoladas ou em conjunto.

São agentes do mal e do bem.Vivificantes, mortíferas,

leves ou penosíssimas, tanto faz.

Palavras e mais palavras,nas mãos do poeta, são arma voraz.

São sementes, cultivadas, plantadas, naturais, reais.

Quanta coisa a palavra faz!

* observe a figura de longe,

quanto mais longe do micro, melhor.

http://anomalias.weblog.com.pt/arquivo/words_are_sweet.jpg

Reflexos

Cada vez que me olho no espelho,não procuro por rugas; procuro por mim.

Olho em meus olhos... será que eu me conheço?

Procuro então, descobrir minha essência.Quem realmente eu sou?

Em algum lugar, será que me perdi?

Se for assim, preciso me encontrar...Exorcizar meus demônios interiores, me libertar!

De fato, eu não procuro pelas rugas, quando me olho no espelho.

Elas é que procuram por mim.

Solidão

Me sinto só, em meio à multidãoRostos estranhos, desconhecidos,

são olhos que se cruzam com os meus.

Anônimos, passeiam para lá e para cá,alheios à minha dor.

Nenhum sorriso, nenhum afeto.

Como eu, cada um segue seu próprio caminho.

Carregam na alma, segredos, como eu.

Sentimentos

São tantos os sentimentosque surgem em um só momento,

inundando o meu coração...

São sentimentos tão intensos,tão fortes, ou não, são serenos,

dependendo da ocasião.

Serei eu, a ama de todos eles...

Ou eles é que mandam em mim, então?

Transformações

Para tudo há um propósito,nada acontece por acaso.

Nem sempre entendemos as situações,mas mesmo assim, é preciso continuar.

Seguir em frente, enfrentar os desafios,mesmo sentindo medo por dias a fio.

Um dia, é necessário mudar.

Mudar de atitude, mudar de opinião.Transformar-se.

Fechar os ciclos, mudar de patamar,espiritualizar-se.

Haverá uma compensação.No fim de tudo, olharemos para trás,

e perceberemos o bem que a mudança nos faz.

Ficaremos maravilhados com tudo,com tudo o que a vida nos traz.

Desertos

Momentos secos acontecem durante a minha jornada.

Sem sinal de mudança, de transformação, às vezes, a esperança parece acabar.

Embora meu céu interior esteja limpo, sem nuvens, o sol castiga sem dó e sem clemência.

Forças me faltam para esse deserto atravessar.

Só um oásis poderia aliviar meu sofrimento,minha agonia, meu tormento.

Nessas águas banharia minha alma,saciaria minha sede, refrescaria meu ser.

Ali, eu sei, não poderia ficar.A jornada não termina, só por eu me cansar.

Seria necessário continuar...E qual melhor satisfação seria?

Finalmente chegar ao meu destino,vencendo o deserto, me superando, enfim.

Transpondo as barreiras. É...É isso o que eu quero, pra mim.

Uma Tarde Fria de Outubro

Em uma tarde fria de outubro,me perdi em meio a sonhos e devaneios.Sentada na sala, envolta em cobertores,não via solução para os meus temores.

Chorei tanto, tentei me consolar,achar motivo de esperança,

fazer meu coração calar.Procurei tanto, mas meu esforço foi em vão.

Então, de repente, me lembrei,de dias melhores, onde o meu sorriso era constante e a

minha alegria também.Se dias assim houveram, não poderiam se repetir?

Talvez só dependesse de mim.

Enxuguei as lágrimas, me refiz.Se houvesse uma chance, eu tentaria.

Faria de tudo para ser feliz.E foi o que eu fiz.

Outra vez.

Reflexo da Alma

Sou poeta, eu crio.Dou à luz palavras, as guio.

As transformo, lhes dou corpo,lhes dou forma, lhes dou luz.

Sou poeta, eu sinto, e o que sinto, transmito,

divulgo, espalho.

Como sementes, são as minhas palavras.As solto, para recolher tempos depois.

Multiplicadas.

Minha alma vai com elas, e quando voltam,ainda carregam a minha essência.

Reflexos, é o que são.

Eu vivo. Vivo em minhas palavras,

e elas vivem em mim.Sou poeta, eu as crio,

mas não as crio para mim.

O Que Seria Mais Importante?

O que seria mais importante?O sorriso de uma criança ao acordar pela manhãou uma leve esperança de tudo mudar, amanhã?

O Amanhã será um Hoje,e o hoje, o ontem de alguém.

Seria isto importante?Saber viver, também?

Cantarolar no banheiro,fazer careta no espelho,

ser criança peralta, outra vez.

Roubar flor no jardim(tomara que seja um jasmim!),

se sujar de sorvete!O que seria importante, enfim?

Viver uma grande emoção?Chorar de saudade ou de dor?

Ler um conto de fadas no meio da madrugada,ou fazer amor?

Seja lá o que for, que seja mesmo importante,mesmo que dure um instante.Determine suas prioridades,satisfaça suas necessidades,

mude até de cidade, se preciso for,

mas tenha um ideal.

O que seria importante pra você, afinal?Reunir a família em dezembro,

e comemorar o Natal?Ou viajar de veleiro, conhecendo o mundo inteiro?

Você prefere avião ou trem?Tudo bem...

O importante é viver a vida,em toda a sua extensão,

tratando o próximo como a um irmão,sem preconceitos ou acepção.

Viva a vida que você tem, fazendo sempre o bem.

Deixe registrados os seus feitos,você se tornará imortal.

Sua vida terá valido a pena,do início até o final!

Entre o Sagrado e o Profano

O sagrado, santo e imaculadoamor, com o qual te amo,me faz te pôr em um altar.

Mas meu coração profano,tão cheio de desejos insanos,

busca ainda se aventurar.

Entre o céu e o inferno,da primavera ao inverno,

me peso na balança.Aonde tudo isso vai me levar?

Então mantenho meus pensamentos castos,diante de um terreno vasto,

que é o do coração.

Venha o teu amor me envolver,e que toda dúvida possa desfazer,

a fim de me tornar plena e satisfeita,até o dia em que eu morrer.

Textos Literários

Criação de Poeta

Para mim, o primeiro poeta foi Deus.Juntando palavras e ações, Ele criou.Criou os céus e a terra, dando forma ao que não

existia.Assim faz um poeta. Ele junta palavras, as escreve e cria um texto.O texto adquire corpo. Corpo de poesia, de crônica,

de conto, tanto faz...o que importa é que antes, as palavras - que estavam sem forma, soltas, perdidas, vazias - agora, livres do caos, emergem das trevas para a luz.

Saem da obscuridade e ganham vida, que reflete a própria alma, como em um espelho.

Haja poesia! Haja inspiração!E assim acontece...De dia ou de noite, em qualquer estação, debaixo

de sol escaldante ou chuva torrencial, o poeta dá a luz.Às vezes, sorrindo, outras vezes, em meio a

lágrimas de dor, ele cria e o som da sua poesia é tão doce, tão suave, tão amena...

Mas nem sempre é assim.Algumas crias são ferozes, contundentes, frias,

secas.

Expelí-las é tortura, é tormento, quase um castigo.Ambos os tipos, se desdobram em vários outros.São geradas com o coração e o coração de um

poeta bate forte.Bate no ritmo da emoção, do sentimento.O poeta-criador procura a perfeição, de várias

formas.Ele pronuncia palavras, junta frases, põe no papel.Orgulhoso, mostra seus rebentos.Rebentos bem feitos! Nenhum filho é feio...O mundo não foi feito para o silêncio.Se assim fosse, Deus não teria criado os poetas.Se assim fosse, os poetas não cumpririam sua

missão, que lhes foi destinada a fazer: revolucionar.

Fim de Semana

Resolvi contar a vocês um pouco de como foi o meu fim de semana, incluindo o feriado. Como vocês sabem, vamos nos mudar em breve (assim espero) e como as chaves do apartamento ainda não foram disponibilizadas na imobiliária, eu, como toda mulher impulsiva e impaciente, comecei a empacotar nossas coisas e estamos com caixas diversas empilhadas na sala. Agora, não me perguntem em que caixa está o que, porque quase não lembro mais...

Então, resolvi esquecer que tenho fibromialgia e que (graças a Deus!) não tinha crises de dor há mais ou menos 06 meses, e fui dar uma geral na cozinha. Esfreguei tudo o que podia esfregar...infelizmente, no dia seguinte, as dores chegaram.

Quem não sabe o que é fibromialgia pode descobrir fazendo uma pesquisa rápida no Google, mas resumindo, é uma inflamação nos músculos, que desencadeia uma dor chata que persiste 24h, se não for logo combatida com o remédio adequado, no meu caso, ciclobenzaprina. Detalhe: não estou com o remédio em casa, acabou faz tempo.

Conclusão: passei o feriado e o fim de semana quietinha, a base de analgésicos, deitadinha no sofá, vendo documentários e filmes diversos, entre eles, dois que eu queria ver há um tempão: "A Casa do Lago", com Keanu Reeves e a Sandra Bulock (que me fez chorar um bocado) e o "George, o Curioso", uma animação maravilhosa com um macaquinho super fofo...! Isso sem contar que a trilha sonora foi composta pelo meu querido Jack Johnson...(meu cantor-surfista preferido!).

Documentários vi muitos..perdi as contas, tudo no Discovery Channel...conheci doenças que sequer sabia que existiam, fiquei sabendo que existe um vulcão por aí que pode entrar em erupção a qualquer minuto e causar 20 tsunamis que, à velocidade de um jato, vão detonar com as costas da América do Norte e do Sul, fora pôr fim à inúmeras ilhas, tais como as Bahamas...

É... não é pouca coisa, não... Fiquei meio deprimida... romance, com desenho

animado fofo, notícias devastadoras... uma soma cujo resultado não é dos melhores, pra quem está amargando uma dor...

Digitar está sendo difícil, mas eu sou teimosa...precisava me expressar. Então, cá estou... o fim de semana foi maravilhoso, um sol lindíssimo, o qual não pude aproveitar.

Da janela do quarto vi muitas borboletas... elas adoram dias assim, quentes e ensolarados! Pensa bem, você já viu borboleta deprimida?!

Apesar da minha dor, que corre o meu corpo com fisgadas infinitas, olho para o lado e vejo meu filho adolescente, no fim da tarde, dormindo tranquilo... olho para o outro lado, vejo meu marido, acompanhando na TV os preparativos para o jogo da seleção brasileira... estranhamente, me sinto bem, por dentro.

Tudo passa...até a minha dor. O importante é aproveitar o momento que se chama HOJE... porque o amanhã pode não chegar.

Plásticas e Mais Plásticas

Hoje, me deparo com a seguinte pergunta na internet: "Brad Pitt seria astro se fosse feio?". Ora, e eu respondo: se ele fosse feio, não seria Brad Pitt.

E a Sra. Pitt, a Jolie?Dizem que está anoxérica, as pernas estão tão

fininhas... segundo a imprensa americana, são "dois gravetos". Mas pelo rosto, tudo se desculpa, afinal... ela É a Angelina!!

Que as pernas sejam finas, as veias dos braços pulem pra fora, e daí? Ela é sexy!

Em Hollywood, isso é o que conta!Agora, pegue uma mulher que não é famosa,

ponha as pernas da Jolie, os braços da Jolie, tirando o rosto. Alguém ia olhar? Duvido muito...

E por aí vai, pois a maioria das estrelas americanas está fazendo de tudo para emagrecer.

Quem está acostumado a ver as séries americanas, já deve ter visto aquelas que mostram as cirurgias plásticas (caríssimas) onde muitas coisas em uma pessoa (senão tudo) é modificado através do avanço da medicina, nessa especialidade.

Dentes tortos se transformam em dentes alinhadíssimos e super brancos, rugas somem por encanto, a pele antes sem vida, rejuvenesce. " Pneus" localizados são simplesmente retirados com lipoaspiração e diga-se de passagem, que violência, não? Já viram como se faz uma lipo?

Enfiam um tubo corpo a dentro, sugando a gordura e fricciona daqui, fricciona dali... não me admira depois, o(a) paciente ficar tão dolorido.

E o tratamento que melhora a pele? Você fica com o rosto azul por dias... Isso sem falar nas injeções de botox. Eu choro só de ver a agulha fininha...

Será que isso tudo vale a pena? Mudar por fora é tão importante assim?

Pensando bem e sem ser hipócrita, seria bem interessante, afinal, eu gostaria de melhorar (muito) meus dentes, implantar umas próteses de silicone aqui e ali, dar uma melhorada no visual... quem não quer??

Só que o mais importante é sempre valorizar a nossa essência, o que temos por dentro. Na minha opinião, isso é o que conta. É claro, falando de estrelas de Hollywood, beleza é fundamental.

Sempre haverá para elas, um batalhão de cirurgiões a postos, cobrando fortunas, para deixá-las sempre maravilhosas, afinal, a imprensa está em todo lugar.

Uma afinadinha no nariz não vai fazer mal a ninguém, não é?

Que o diga Michael Jackson...

Problemas do Coração

Uma pesquisa publicada na revista “Archives of Internal Medicine”, concluiu que relacionamentos cheios de atritos, que causem ansiedade e stress, aumentam o risco de doenças cardíacas.

O ser humano não foi criado para ser só, mas para viver em sociedade. Desde os primórdios da raça humana, existiam as tribos que se relacionavam das mais diversas maneiras.

Hoje em dia, parece que relacionar-se com alguém ficou mais difícil. As amizades verdadeiras estão escassas e no âmbito amoroso, fidelidade então, é outra raridade.

Todo mundo anda buscando alguma coisa.O ditado “a grana do vizinho é sempre mais verde”

é só uma desculpa que, na verdade, quer dizer, “quero viver uma aventura, será que vale a pena pular a cerca?”

Viver socialmente bem faz o coração ficar mais saudável. Estar em harmonia com os que nos rodeiam deixam nossa mente em paz.

Por outro lado, relacionamentos complicados, sejam de ordem familiar ou amorosa, perturbam por demais nosso equilíbrio emocional.

Então, se estamos vivenciando algum tipo de conflito, parece bem óbvia a solução, não é mesmo?

Temos que resolvê-lo o quanto antes.O problema maior é que às vezes, a carência de atenção é tão grande, que é melhor estar no meio do turbilhão do conflito do que a quietude e a solitude que a paz nos traz.

(Cling e Clang – personagens da “Flauta Mágica”)

Minhas Boas Lembranças

Ontem visitei um site, que me trouxe à lembrança coisas de quando eu era criança.

Desenhos, seriados e outras coisinhas que estavam guardadas na minha memória e só ontem, vieram à tona.Puxa, como crescer é chato, né? Tanta responsabilidade, tantos compromissos, tantas coisas a resolver!

Vida de criança deveria ser só estudar, passar de ano, ganhar presente no aniversário, no Dia das Crianças, no Natal... Antigamente, os desenhos não eram como os de hoje, não!

Quem aí é da minha época e lembra do "Robô Gigante" ou do "Ésper"? Não precisa ter vergonha não, afinal não faz taaaanto tempo assim...Quem lembra do "Bom-Bom e Mau-Mau" ou da Vila Sésamo? Quem chupava balas Soft (e quase morreu engasgado com uma) e drops Dulcora?!

Quem usava relógio Champion, aquele de plástico, que tinha várias pulseiras? Quem não lembra da "Poderosa Ísis" ou do "Shazam"?Eu me lembro até do Jimmy que foi parar com sua flauta na Ilha Viva, onde uma bruxa má vivia infernizando o menino, querendo roubar a flautinha, que passou a falar e ganhou o nome de Freddie. E tem mais!

Quando eu era criança, vi um desenho super

interessante, que nunca mais passou em lugar algum. Eu até me perguntava... "Gente, será que eu surtei e esse desenho não existe?" Existe! Achei! Ele se chama "A Ponta" e fala sobre um menininho chamado Oblíquo. Ele nasceu com a cabeça redonda em uma sociedade que tinha a cabeça pontuda... ah, esse velho preconceito... ele então é obrigado a abandonar aquela sociedade...não me lembro do fim do desenho, que é um longa, mas consegui o bendito no You Tube e já está nos meus vídeos preferidos no Orkut.

Também coloquei por lá os temas de "Perdidos no Espaço" (não me diga que você não lembra do robô, alertando o pessoal, das maracutaias, geralmente causadas pelo Dr. Smith: "Perigo! Perigo!" e virando de um lado para o outro), "Túnel do Tempo", "Terra de Gigantes"... Ah... bons tempos... ah, gente... eu não sou tão velha assim não, viu? Já meu pai era vidrado em Daniel Boone, Bonanza e Bat Masterson, então fui à procura e também achei os temas dos seriados.

Lembram dos álbuns de figurinha? Eu acho que um dos mais famosos era o da Disney. A figurinha mais difícil de tirar era a Baleia Branca, do desenho Pinóquio. E eu tinha! Consegui completar o álbum... para depois de um tempo, recortar ele todinho para brincar com as figurinhas...! =|

Lembram (vocês, meninas...!) das bonequinhas de papel, que recortávamos e colocávamos as roupinhas presas nelas? Eu tinha muitas...guardava todas em uma caixa de sapato... isso tirando as Barbies e Susies, com seus respectivos namorados, com os quais eu passava tardes e tardes brincando...sozinha (nunca fui de muitos amigos ou amigas, sempre me virei só). Graças a Deus, hoje em dia, me relaciono bem com as pessoas. Sei bem dividir entre a vida real e a imaginária...quer dizer, eu acho...

Ih, depois eu continuo o papo! Começou meu desenho favorito: "As Meninas Super-Poderosas"!!! =)

Textos Literários

Depois do Temporal

Sentaram-se à mesa. Era hora do jantar. Não dirigiram palavras um ao outro, apenas

trocaram olhares.O silêncio era quase tangível quando o mordomo

chegou, trazendo as travessas. Tudo parecia impecável.A comida foi servida, e a bebida, também.O vinho parecia saboroso. Era um Barbaresco. Ela

o provou, sorvendo um gole lentamente. Não conseguiu lembrar-se da última vez em que

provara um igual. Andava assim, esquecida... Curiosamente, o que deveria esquecer, não

conseguia.Pelo contrário, o tal pensamento a atormentava,

dia e noite, incessante, enlouquecedor.Do lado de fora, uma tempestade começou a cair,

impiedosa.

Do lado de dentro, outra se formava, no seu interior.

Os talheres se moviam como manda a etiqueta, afinal, acima de tudo, vinha a educação.

Guardanapos dobrados nos joelhos, eventualmente limpariam os lábios, mas não serviriam para limpar o coração.

O jantar chegou ao fim e veio logo a sobremesa.Taças com "Coupe Ardéchoise".O pensamento divagava. O que diria, afinal?Passaram para o salão principal.A tempestade castigava a cidade, mas sentimentos

contidos dentro do peito a castigavam tanto quanto.Ao lado da lareira, enquanto a lenha estala, ela se

acomoda nas grandes almofadas coloridas.Trocam novos olhares. Palavras são desnecessárias.Mágoas, ressentimentos, coisas do passado, tudo

vem à tona e a vontade de resolver a situação fala mais alto.

Em um ímpeto, levantando-se, se aproxima dele e faz um afago em seus cabelos.

_ O que aconteceu conosco?Não há resposta. Apenas o esboço de um sorriso._ Eu não aguento mais essa situação...Ele a puxa para perto e a beija. Ela não oferece

resistência. Coração acelerado, acredita que enfim pode haver uma solução, e quem sabe, naquela noite de temporal, consigam acertar as coisas?

_ Você tem tudo. Não precisa de nada. - ele sussurra.

_ Preciso sim, preciso de você._ Você não precisa de mim...O celular toca. Ele atende e seu semblante muda.

Uma frase é dita, sem convicção._ Está chovendo muito, não sei se poderei ir.Ela não pensa duas vezes. Pega o telefone das

mãos dele._ Ele não vai sair, não esta noite...Jogando o celular para longe, o envolve pelo

pescoço e como nunca havia feito antes, o beija de forma diferente. Não parece a mesma mulher. Ele a olha intrigado. Parece não entender.

A esposa sempre fora comedida, até nos momentos mais íntimos.

Um raio e as luzes se apagam. Na penumbra, os dois se abraçam.

Protegida pelos braços dele, trêmula, ela se abriga._ Não quero te perder. _ Não vai. Olha, eu queria te explicar..._ Não precisa...shh...de hoje em diante, vai ser

tudo diferente...podemos começar de novo._ É isso mesmo que você quer?_ É tudo o que eu quero. Um novo beijo sela o destino dos dois.A noite foi longa. Ao amanhecer, as malas já estavam prontas e um

jatinho à espera do casal. O destino: uma ilha do Pacífico. Teriam uma segunda lua de mel. Depois da tempestade, veio mesmo a bonança.

Um arco-íris ornava o céu.Um arco-íris de esperança.

Textos Literários

Tolerância

"Um meio eficiente de não me frustrar com as pessoas é entender que, algumas delas, não podem dar o que não

têm."

Risco Seguro

"Quero sempre me arriscar, mesmo podendo fracassar, porque o fracasso maior seria o não tentar."

(extraído e adaptado da poesia "Quero Sempre")

Coração de Poeta

"O coração dos poetas não tem limite de espaço... ele é do tamanho da inspiração.. então, é só abrir os braços e

abrigar o mundo!"

Palavra de Poeta

"O que seria do poeta sem a palavra? E a palavra, sem o poeta, seria vazia? Pensando bem, não haveria vida sem

poesia."

Cultivo

"Regamos as plantas, porque sem água elas morrem; da mesma forma, precisamos regar nosso coração com amor,

senão a solidariedade morre."

A Pessoa Amarga

"Uma pessoa amarga é aquela que tem medo de amar."

Passado é Passado

"Perder tempo pensando no passado é inútil; por mais que se pense nele, jamais será diferente.

O importante é pensar hoje, para não lamentar

amanhã."

Vencendo o Sofrimento

"Sofrer pelas coisas que nos magoaram no passado é um auto-flagelo.

A melhor forma de vencer essa dor é seguir em frente."

O Derrotado

"Aquele que entra no campo de batalha, esperando a derrota, já está derrotado antes mesmo de pôr a mão nas

armas."

Vida Literária

“Minha vida literária é um desfolhar contínuo, regido pela inspiração. Como borboleta, vôo, sem destino, traçando

caminhos e emoções.”

Textos Literários

Espaço Especial

Isidro Iturat – escritor espanholwww.indrisos.com

Entrevista com Isidro Iturat, escritor espanhol, criador da nova modalidade poética, indriso:

1. Isidro, nos conte como começou sua experiência como escritor. Com que idade foi e qual foi seu primeiro poema?

O meu primeiro poema foi intitulado El final, e descrevia um apocalipse com os infernos engolindo a toda a humanidade. Foi em 1991, tinha 18 anos e com ele iniciou-se uma primeira etapa de criação em verso livre com predomínio da temática niilista. Depois, em 1998, ao começar os meus estudos de Letras Espanholas na Universidad Autónoma de Barcelona, teve início o que poderíamos chamar de uma segunda etapa, na qual comecei a sentir um grande interesse pela métrica regular, pela música aplicada à palavra, e também começaram a predominar os poemas

eróticos e amorosos. Porém, tenho que dizer que, como fizeram o padre e o barbeiro no Don Quijote queimando os livros “perigosos” da biblioteca do ilustre fidalgo, também queimei quase tudo destas duas etapas. Alguns poemas, porque os considerei experimentações carentes de uma qualidade aceitável, tanto para mim quanto para mostrá-los para outras pessoas e outros porque representavam uma orientação vital que eu quis deixar para trás, ou pelos dois motivos juntos.

2. Quando e como surgiu a idéia de criar o "indriso"?

Em 2000 deixei Barcelona e fui morar em Madrid, onde permaneci até mudar-me para o Brasil, no ano de 2005. Foi lá, no início de 2001, que surgiu o primeiro indriso. Na verdade, não surgiu como resultado da vontade de criar nada, apenas se deu espontaneamente. Quando eu penso em poesia, visualizo as coisas na minha cabeça. Surgiu em um momento em que meditava sobre o soneto, e, em um determinado instante, vi as estrofes da figura clássica condensar-se desde o padrão 4-4-3-3 para o 3-3-1-1. Pouco tempo depois escrevi o primeiro poema, Luna menguante, não tendo muita certeza se aquela forma seria uma coisa que valeria a pena trabalhar, mas fui em frente e os resultados têm sido o que, pelo menos pessoalmente, considero até hoje uma preciosa experiência poética.

3. Você tem algum indriso preferido, algum que te chame mais atenção, entre todos os que você compôs?

Pergunta difícil, mas se eu digo um título

sem pensar, poderia citar -para dizer algo concreto- o poema Retrato de interior en verso: mujer desnuda apoyada en la ventana. Ao tentar explicar o porquê, duvido que eu possa dar uma resposta muito lógica. Pode ser por causa da ressonância específica dos versos, porque essa mulher nua na janela é um arquétipo que dirige o seu sopro para alguma caverna interior... quem sabe?

4. Qual a importância do "indriso" para a poesia?

Penso que, como acontece com qualquer obra, a importância do indriso será a que os leitores e os outros criadores queiram lhe conceder. Quando eu o ofereço, estou apresentando simplesmente mais um código de expressão que, para o leitor, poderia ser algo assim como escutar um tipo de som diferente e para o autor, seria mais uma ferramenta de criação.

5. Qual o recado que você gostaria de passar para os escritores brasileiros que estão começando a escrever indrisos?

Na hora de escrever, recomendaria que não tenham medo de brincar, que experimentem na medida do possível os códigos, as combinações, os recursos da linguagem... Adorarei ver o que eles conquistam por conta própria. Mas, com referência a qualquer proposta que eu faça, vale a pena lembrar daquele antigo conselho: Examinem tudo e retende o que for bom.

6. Nos fale um pouco de você. Isidro, por Isidro.

Dias atrás, achava-me na febre de preparar a última atualização da minha página web, quando sonhei uma coisa que penso que poderia dar uma definição adequada de quem é Isidro Iturat, pelo menos em relação ao trabalho que estou realizando com a literatura: Nele, eu tinha deixado um emprego para virar vendedor ambulante. Eu me vi em uma praça pública vendendo maçãs daquelas que tem uma cobertura de caramelo vermelha, e eram feitas por mim. E chegava um estudante e levava uma, e um casal, e levava duas... Parece que, ao fim e ao cabo, é isso o que eu sou: alguém que vende maçãs na rua.

Cláudia Banegaswww.claudiabanegas.zip.net

Entrevista(*) com a escritora brasileira, Cláudia Banegas, concedida à Andréia Jane, colunista do site Domínio Cultural:

1- Qual o motivo desse encantamento e admiração que você tem pelas borboletas?

Bom, quando eu resolvi escrever o meu segundo livro, o "Metamorpho", fiz uma pesquisa justamente sobre as borboletas. Fiz uma analogia entre a nossa vida, os ciclos que fechamos durante a nossa existência, e a transformação que ocorre com a lagarta até chegar a ser borboleta. Nem eu imagina que elas fossem me conquistar assim. Se tornaram um símbolo! São leves, lindas, adoram voar em dias ensolarados e acredite, todos os dias de sol, eu procuro por elas e sempre as encontro. Como as pessoas sabem que gosto de borboletas, vou ganhando presentes com elas. Elas nos encantam justamente porque são a

amostra de como a natureza é perfeita. 2- Quanto a ser poeta, como você vê essa

questão?

Na verdade, eu não quis ser poeta. Aconteceu... Eu costumo dizer que renasci poeta. Passei muitas situações difíceis e como uma fênix, eu virei cinzas, mas delas eu pude renascer. Dessa forma, expresso agora os meus sentimentos e as minhas emoções, em palavras. Para mim é muito fácil, porque os textos fluem. Os contos, eu os visualizo perfeitamente, enquanto escrevo e eu só fico satisfeita mesmo, quando o texto tem um sentido. Eu desejo que o leitor sinta o mesmo que eu e possa ser envolvido pela atmosfera que meus textos criam.

3 - Você já lançou três livros, que estão disponíveis na net em forma de e-books. O número de acessos, tem te surpreendido ou você já esperava por esse retorno por parte dos seus leitores?

Eu estou satisfeita, até agora. Eu ainda sou desconhecida, não publiquei nenhum livro, mas a quantidade de comentários e emails que venho recebendo me mostram que estou conseguindo meu intento. As pessoas têm lido minhas poesias, as crônicas, as frases, enfim, tudo o que venho escrevendo, e sempre comentam algo, mandando emails com comentários ou comentando no próprio site onde o texto esteja. É um feedback maravilhoso...Ano que vem pretendo estar publicando os livros, porque a divulgação na internet foi ótima, bem melhor do que a que eu esperava. Já encontrei textos meus em muitos blogs, fotologs, profiles no orkut... isso me deixa muito feliz.

4 - Você é uma mulher que tem uma vida estável. Já tinha imaginado alguma vez que um dia seria escritora?

Quando eu era adolescente, escrevia algumas poesias. Na hora da redação, nas aulas de português, meus colegas sempre me pediam ajuda, porque tinham dificuldade em criar um texto, enquanto eu criava o meu e quantos fossem necessários...Me sinto abençoada porque tenho um dom que vem atravessando eras: posso me expressar bem através das palavras, e isso não tem preço.

5 - Geralmente, em qualquer área de nossas vidas, quando iniciamos uma profissão, seja ela qual for, sempre tem aquele líder que nos dá mais motivação que outros. Na sua escrita, você se julga seguir a linha de padrão de algum outro escritor?

Não, porque eu tenho meu estilo próprio. Não comparo meus textos com outros, porque eles são a minha essência. Se alguém quiser me conhecer melhor, deve ler o que escrevo. É claro que tenho minhas preferências literárias, por exemplo, Cecília Meireles e Clarice Lispector, se destacam. São mulheres fortes, que souberam se expressar e alcançaram êxito nisso.

6 - Existe algum gênero literário, no qual você se identifique mais?

Eu amo escrever, mas já notei que minhas crônicas têm mais leitores. Um gênero recente é o "indriso". Por acaso, visitando alguns sites, conheci o "Indrisos.com" do escritor espanhol

Isidro Iturat. Vi que ele tinha criado o indriso, que é uma nova modalidade de poesia, derivada do soneto. Gostei e fiz um, chamado "Borboletando". É o primeiro indriso em língua portuguesa. Hoje, troco emails com o Isidro e o ajudo a divulgar os indrisos no Brasil. Já temos alguns autores que aderiram também à nova modalidade e já estão escrevendo. Isso tudo é muito bom, e eu acredito firmemente que em pouco tempo, os indrisos estarão por todo o território nacional.

7 - No total de suas obras, incluindo livros, crônicas, poesias, contos, enfim, em sua maioria, são experiências vividas, ou apenas inspirações advindas de outra forma?

Como eu disse antes, ler meus textos é me conhecer. Conhecer meus sonhos, meus anseios, minhas fantasias e minha realidade também. Alguns textos são fictícios, mas foram reais na minha mente. A maioria deles vem sim, de experiências, por isso as pessoas gostam, porque são originais. Eles não são apenas palavras, são sentimentos que tomaram a forma de palavras e por isso, tocam o coração das pessoas.

8 – Você é o tipo de escritora que, quando se vê inspirada para mais uma obra, tem de colocar logo no papel para não perder a inspiração, ou pode passar o tempo que for, pois a hora que você resolver escrever, a inspiração volta?

A inspiração é caprichosa. Ela não tem hora para surgir; pode aparecer no meio do expediente, em casa, antes de dormir, na hora do almoço... eu ando sempre com um caderno e

caneta por perto. Aprendi a jamais deixar a inspiração passar em branco.

9 - Onde você divulga seus trabalhos?

Por enquanto, apenas na internet. Meus textos estão em diversos sites. A lista pode ser lida na comunidade "Cláudia Banegas", existente no Orkut. Fico feliz porque mesmo sendo recente, a comunidade já conta com 30 pessoas...isso é muito legal.

10 - Você tem atualmente em mente, escrever algum romance?

Romance ainda não, mas aproveitando a pergunta, posso dizer que estou terminando um livro de ficção infanto-juvenil e pretendo lançá-lo até o dia 31 de outubro. Vamos ver se eu cumpro o prazo... um beijo a todos!

Link para a entrevista no Orkut:

http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=39781282&tid=2562833184907916297&start=1

Link para a Comunidade “Cláudia Banegas” no Orkut:

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=39781282

Textos Adicionais/Informações

- O que é um Indriso?- Definição de Indriso em outros idiomas

O que é um Indriso?

Como todos sabem, um soneto é composto de duas estrofes de quatro linhas e duas de três linhas.

Entretanto, as possibilidades construtivas que ele oferece não terminam nele mesmo, portanto dele se originou o Indriso, que nada mais é do que um poema que é composto de dois tercetos e duas estrofes de verso único.

Os quartetos do soneto passam a ser tercetos no indriso e os tercetos passam a ser estrofes de verso único no segundo. Exemplo gráfico:

XxxxxxxxxxxXxxxxxxxxxxXxxxxxxxxxx

XxxxxxxxxxxXxxxxxxxxxxXxxxxxxxxxx

Xxxxxxxxxxx

Xxxxxxxxxxx

O primeiro foi desenvolvido em 2001, em Madrid, por Isidro Iturat, espanhol, nascido em Villanueva e la Geltrú, em 1973.

Além de escritor, ele também é professor de literatura espanhola. Reside em São Paulo, Brasil, desde o ano de 2005. Estamos então, diante de um padrão novo, dotado de uma musicalidade característica. Ao longo do processo de desenvolvimento dos indrisos, Isidro pediu a opinião de diversos experts literários, que deram diversas

opiniões.

Definição de Indriso( em Outros Idiomas )

www.indrisos.com

CATALÁ (Catalão)DEFINICIÓ DE L'INDRÍS

L'indriso és un poema que consta de dos tercets y dues estrofes de vers únic (3-3-1-1). L'ús de la rima i del número de síl.labes en els seus versos és lliure.

DEUTSCH (Alemão)

ERKLÄRUNG VON INDRISO

Das Indriso ist ein Gedicht, das aus zwei Terzetten, aus zwei Einzigeversstrophen besteht (3-3-1-1). Es hat freie Benutzung des Reims und des Silbennummers in seinen Versen.

ENGLISH (Inglês)DEFINITION OF INDRISO

Indriso is a poem formed by two triplets and two one-line stanzas (3-3-1-1), with free use of the rhyme and the number of syllables in its verses.

FRENCH (Francês)DEFINITION DE L'INDRIS

L'indris est un poème formé de deux tercets et de deux strophes d'un seul vers (3-3-1-1), avec nombre de pieds et rime libres.

ITALIAN (Italiano)DEFINIZIONE DELL´INDRISO

L'indriso è un poema composto da due terzine e due strofe di verso unico (3-3-1-1), con uso libero della rima e del numero delle sillabe nei suoi versi.

Livros da escritora Cláudia Banegas, disponibilizados na internet,

para download gratuito:

Recanto das Letras

http://recantodasletras.uol.com.br/autor_textos.php?id=26536&categoria=M

Projeto Democratização da Leitura

http://www.portaldetonando.com.br/forumnovo/viewtopic.php?p=30278#30278

LuLu Store

http://stores.lulu.com/claudia_banegas

© Cláudia Banegas 2007