copirisco: duas décadas a diferenciar-se

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N ão somos uma consultora clássica. Nós metemosa mão •na massa ‘e partilhám~s õ risco, nâó fazenios’ apenas os power points. Os i~ossos dividendos também dependëm db sucesso das intervençóes que fazemos junto dos nossos clientes ea nossa tãxa de sucesso é superior a 95%.” Luís Mesquita, administrador da Copirisco, apresenta desta forma a empresa. O gestor acredita que o sucesso da con sultora advém deste posicionamento, bem como do facto de manterem “uma mente aberta” e de’ apostarem num relacionamento informal com os clientes. Luís Mesquita sublinha que procura “essa mente aberta” nas pessoas que recruta, pëki que valoriza também a diversidade, as vivências, o factor humano. “A nossa cultura e os nossos valores distinguem-nos da con corrência”, diz. O actual administrador da Copiris co chegou à empresa em 1993, dois anos depois de esta ter sido fundada por pessoas que estavam ligadas ao IAPMEI. Os fundadores saíram da empresa, vendendo s suas quotas a Luís Mesquita, em 2001. O accio nista maioritário da Copirisco conta que foi a entrada de Portugal na então Ci5munidade Económica Europeia (CEE) que inspirou a criaçáo da em p~e~a’: Os fundos que começaram a ~chegar da CEE inspiraram o negócio: era preciso apoiar os empresários nas candidaturas aos fundos do PEDIP 1. Essa foi a primeira área de actividade 1’ ACTUALIDADE ACTUALIDAD ‘4 . -~ .1 Copir~sco: duas décadas a diferenciar-se Fundada em 1991, a Copirisco nasceu para ajudar as empresas a candidatarem-se à obtenção de fundos europeus para financiar os seus investimentos. Entretanto foi somando outras áreas de actividade ao seu negócio. Luís Mesquita, administrador desta consultora portuguesa, considera que essa capacidade de ler as necessidades do mercado, bem como a partilha do risco com os clientes têm sido o trampolim de crescimento da empresa. Textos Susana Marques [email protected] Fotos DR 24 ACTUALIDAD€ JANEIRO DE 2012

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Fundada em 1991, a Copirisco nasceu para ajudar as empresas a candidatarem-se à obtenção de fundos europeus para financiar os seus investimentos. Entretanto foi somando outras áreas de actividade ao seu negócio. Luís Mesquita, administrador desta consultora portuguesa, considera que essa capacidade de ler as necessidades do mercado, bem como a partilha do risco com os clientes têm sido o trampolim de crescimento da empresa.

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Page 1: Copirisco: duas décadas a diferenciar-se

N ão somos uma consultora

clássica. Nós metemosa mão•na massa ‘e partilhám~s õrisco, nâó fazenios’ apenasos power points. Os i~ossos

dividendos também dependëm dbsucesso das intervençóes que fazemosjunto dos nossos clientes e a nossa tãxade sucesso é superior a 95%.” LuísMesquita, administrador da Copirisco,apresenta desta forma a empresa. Ogestor acredita que o sucesso da consultora advém deste posicionamento,

bem como do facto de manterem“uma mente aberta” e de’ apostaremnum relacionamento informal comos clientes. Luís Mesquita sublinhaque procura “essa mente aberta” naspessoas que recruta, pëki que valorizatambém a diversidade, as vivências, ofactor humano. “A nossa cultura e osnossos valores distinguem-nos da concorrência”, diz.

O actual administrador da Copirisco chegou à empresa em 1993, doisanos depois de esta ter sido fundada

por pessoas que estavam ligadas aoIAPMEI. Os fundadores saíram daempresa, vendendo s suas quotasa Luís Mesquita, em 2001. O accionista maioritário da Copirisco contaque foi a entrada de Portugal na entãoCi5munidade Económica Europeia(CEE) que inspirou a criaçáo da emp~e~a’: Os fundos que começaram a

• ~chegar da CEE inspiraram o negócio:era preciso apoiar os empresários nascandidaturas aos fundos do PEDIP 1.Essa foi a primeira área de actividade

1’

ACTUALIDADE ACTUALIDAD

‘4 .

-~ .1

Copir~sco: duas décadas a diferenciar-seFundada em 1991, a Copirisco nasceu para ajudar as empresas a candidatarem-se àobtenção de fundos europeus para financiar os seus investimentos. Entretanto foisomando outras áreas de actividade ao seu negócio. Luís Mesquita, administrador destaconsultora portuguesa, considera que essa capacidade de ler as necessidades domercado, bem como a partilha do risco com os clientes têm sido o trampolim decrescimento da empresa.Textos Susana Marques [email protected] Fotos DR

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da Copirisco, mas logo começaram atrabalhar também na estruturaçãô deplanos de negócio, respondendo a umanecessidade que detèctavam nos clientes. E foi sempre atendendo às oportunidades que o mercado sugeria que aCopirisco foi somando valências, frisaLuís Mesquita: “Depois dos planos denegócio entrámos na área de estratégia,depõis na contabilidade e assessoriafiscal, mais tarde no apoio ao financiamento (funding), na intermediação detransacçóes e na gestão executiva. Recentemente pàssárnos a disponibilizarserviços demarketing, através de umaparceria ~stratégica com a Insert. Detrês em três anos criamos uma área denegócio nova, ou interiorizando novascompetências, ou através de parcerias. No entanto, tentamos consolidara nova área, antes de abraçar oütra.Nunca quisemos crescer depressa. Temos sabido diferenciar-nos ao longodestas duas décadas.A criação de novas áreas de negóëio

resulta da capacidade de adaptação àsnecessidades do mercado. Luís Mesquita dá um exemplo: “Apoiámos aentrada da Rauschert (produtora decerâmica técnica), na altura em queabriram uma fábrica. A produçáoem Portugal deixou de ser estratégicapara a empresa, mas agora incorporam inovaçáo portuguesa nos ~‘seusprodutos. A Copirisco colaborases projectos de I&D.”Acti~almente, a gestáo execütiva e

o apoio à internacionalização estãoentre os serviços mais solicitados. Acrise gerou essa oportuniçiade, decorrente da necessidade de reorganizaçãodas empresas, assinala Luís Mesquita:

“Estamos a falar de empresas que necessitam de interiorizar valências degestão com objectivos muito e,specíficos.-. Sempre que necessário, colocamos recursos nas empresas, temporariamente, a tempo parcial ou total,para as ajudarmos na sua organizaçãointerna, ou em áreas específicas comoa gestão de compras ou a gestão financeira.

Por vezes, a Copirisco acaba tam

bém por funcionar como incubadora e torna-se parceira dosprojectos que ajuda a criar, comoaconteceu com a Hotel Shop(uma central de compras hoteleira, que conta com 220 hotéis emPortugal e que tem como sócia a

.~rnaior central de compras hoteleira da Europa), ou com o casoda Best Tables (uma plataformade reservas para. restaurantes), ouainda num projecto (em cursç) decriação de üm zoo no Alentejó.A- procura de financiamento

para a concretização dos planosde negócio qu~ desenvolve tara-.os seus clientes (seja através’ defundos públicos ou de capital ~ri-,’vadq)’ continua a ter um peso rele‘vante na actividaçie da Cdpirisco..Luís Mesquita diz que além destaárea, tarribém a d’a ges~áo exécuti~ia,a da intermédiaçáó em transácçóese o markéting inteínackrnál” deverãoser das mis procuradas no futüró. Ogestor aponta também áreas comoo turismo e a agricultura como promissoras: “Há muitó potencial deintervenção nestas áreas. Na agrícolapodemos actuar ao nível da logística,na montagem de-centrais de, compra,ajudar as empresas a vênder no exterior e a~negociar ‘com as empresas dedistribuiçáo. O turismo também temgerado várias oportunidades de trabalho e continuará a gerar.”

Os novos clientes vão surgindo atra

vés da base de contactos que criou aolongo dos seus 20 ai~os, pelos seusparceiros e niiãi’s recentêmënte atravésdas redes sociais. Luís Mesquita frisaque a Copirisco procura estar semprena linha da frente no que se refereàs ferramentas tecnológicas, tirandopartido das oportunidades e das par-cenas quedas propiciam.

Com “um percurso que tem ‘sidoglobalmente positivo”, a Copirisco,conjuntamente com o seu parceiro naárea do marketing, conta actualmente com 15 profissionais e persp~ctiva aobtençáõ de um volume de negóciosde 850 mil euros em 2012.•

~epúbIica Checa, li~ng~Ia, ~as~i e Esi~ao~baCom a entrada na União Europeiados países de Leste, a Copiriscoavançou para a República Checa,dando o seu contributo a este paíscom a experiência acumulada naárea dos fundos. A internacionalização da empresa traduz-se igualmente através da sua presença emAngola, onde possui um parceiropara quem fornece serviços. OBrasil é outra aposta da consultora:

“Estamos a tentar expandir ® projecto Best Tables para São Paulo.A dimensão ~ mercado, torna-omuito atractivo. Queremos juntaralgumas empresas portuguesaspara abordar este mercado de forma diferente.” Luís Mesquita revelaque também têm feito alguns trabalhos para empresas espanholas,sendo~outro mercado interessante para a consultora.

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