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LÍNGUA PORTUGUESA PROF.ª JOYCE MARTINS PROF. DENILSON SATURNINO ENSINO MÉDIO 3° ANO

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LÍNGUA PORTUGUESAPROF.ª JOYCE MARTINSPROF. DENILSON SATURNINOENSINO MÉDIO

3° ANO

Unidade I

Tecnologia - Corpo, movimento e linguagem na era da informação

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REVISÃO DOS CONTEÚDOS

Aula 8

• Revisão e Avaliação

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REVISÃO DOS CONTEÚDOS

Pré-Modernismo

O período literário conhecido como Pré-Modernismo situa-se, aproximadamente, nas duas primeiras décadas do séc. XX, precedendo o movimento modernista de 22. Na verdade, o Pré-Modernismo não corresponde a uma escola literária, mas sim a um confluir de escritores que, não correspondendo a nenhuma das estéticas de fins do século XIX, tiveram uma produção de impacto, apresentando novas vertentes estilísticas e/ou temáticas em nossa literatura.

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REVISÃO 1

Os principais autores do período são:

• Augusto dos Anjos • Euclides da Cunha • Lima Barreto • Monteiro Lobato

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REVISÃO 1

Contexto de produçãoBrasil republicano: conflitos e contrastes

• Controle das terras na mão dos grandes latifundiários. • Reforma das cidades. • Escravos libertos viviam em estado de completo

abandono. • Elite econômica preferia importar imigrantes europeus

para trabalhar nas lavouras.

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REVISÃO 1

• Conflitos no Nordeste: a guerra de Canudos e o cangaço. • A riqueza da borracha e do café.

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REVISÃO 1

Projeto literário do Pré-Modernismo

• Desejo de mostrar o Brasil real aos brasileiros. • Crítica à realidade social e econômica. • Linguagem mais próxima do texto jornalístico.

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REVISÃO 1

Euclides da Cunha foi o pioneiro entre os pré-modernistas na aproximação entre a literatura e a história. Quando publicou a recriação literária da guerra de Canudos, em 1902, fazia somente cinco anos que o sangrento conflito tinha acabado.

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REVISÃO 1

A vida de Canudos e os sertanejos (Os Sertões de

Euclides da Cunha)

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REVISÃO 1

(...) Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, (...) caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.

CUNHA, Euclides da. Os Sertões. In Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995, v.2, p. 513 (Fragmento)

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REVISÃO 1

Monteiro Lobato

O aspecto literário mais importante da obra de Monteiro Lobato é a sua preocupação em denunciar alguns dos problemas que marcavam a vida das pessoas do interior.

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REVISÃO 1

Urupês

(...) a verdade nua manda dizer que entre as raças de variado matiz, formadoras da nacionalidade e metidas entre o estrangeiro recente e o aborígene de tabuinha no beiço, uma existe a vegetar de cócoras, incapaz de evolução, impenetrável ao progresso. Feia e sorna, nada a põe de pé. (...)Jeca Tatu é um piraquara do Paraíba, maravilhoso epítome de carne onde se resumem todas as características da espécie. (...)

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REVISÃO 1

Pobre Jeca Tatu! Como és bonito no romance e feio na realidade!Jeca mercador, Jeca lavrador, Jeca filósofo…Quando comparece às feiras, todo mundo logo adivinha o que ele traz: sempre coisas que a natureza derrama pelo mato e ao homem só custa o gesto de espichar a mão e colher (...)

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REVISÃO 1

Seu grande cuidado é espremer todas as consequências da lei do menor esforço - e nisto vai longe.Um terreirinho descalvado rodeia a casa. O mato o beira. Nem árvores frutíferas, nem horta, nem flores - nada revelador de permanência.Há mil razões para isso; porque não é sua a terra; porque se o “tocarem” não ficará nada que a outrem aproveite; porque para frutas há o mato; porque a “criação” come; porque...Jeca, interpelado, olha para o morro coberto de moirões, olha para o terreiro nu, coça a cabeça e cuspilha.

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REVISÃO 1

- “Não paga a pena”.Todo o inconsciente filosofar do caboclo grulha nessa palavra atravessada de fatalismo e modorra. Nada paga a pena. Nem culturas, nem comodidades. De qualquer jeito se vive. (...)

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REVISÃO 1

As funções da linguagem são o conjunto das finalidades comunicativas realizadas por meio dos enunciados da língua. Elas foram observadas e estabelecidas por Roman Jakobson, russo e cientista da linguagem. São seis no total.

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REVISÃO 2

Contexto

Canal

Código

MensagemEmissor Receptor

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REVISÃO 2

Programa do Jô Soares

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REVISÃO 2

1. Função Fática (ênfase no canal)

É a função presente nos momentos em que testamos o funcionamento de nosso canal de comunicação.É a função predominante nas situações em que estabelecemos ou queremos manter a comunicação e está presente em diálogos, aulas, etc.

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REVISÃO 2

2. Função referencial ou denotativa (ênfase no contexto)

Quando o objetivo da mensagem é a transmissão de informações sobre a realidade ou sobre um elemento a ser designado, diz-se que a função predominante no texto é a referencial ou denotativa.

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REVISÃO 2

Prótese orgânica pode tratar cegueira degenerativaCientistas italianos desenvolveram uma nova prótese de retina que pode devolver parte da visão a quem sofre de cegueira degenerativa. Em ratos, o experimento proporcionou uma significativa restauração das funções visuais, permitindo que os animais se orientassem pela luz. O estudo foi publicado na semana passada na revista científica Nature Materials, e os testes em humanos devem começar no segundo semestre de 2017. [...]

Disponível em http://veja.abril.com.br/ciencia/protese-organica-pode-tratar-cegueira-degenerativa/

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REVISÃO 2

3. Função emotiva ou expressiva (ênfase no emissor)

Quando o objetivo da mensagem é a expressão das emoções, atitudes, estados de espírito do emissor com relação ao que fala, diz-se que a função da linguagem predominante no texto é a emotiva.

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REVISÃO 2

“[...] E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,Indesculpavelmente sujo,Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,

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REVISÃO 2

[...]Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo [...]”.

Fragmento do poema “Poema em linha reta”, de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa

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REVISÃO 2

4. Função conativa ou apelativa (ênfase no receptor)

Quando o objetivo da mensagem é a de persuadir o destinatário, influenciando seu comportamento, diz-se que a função predominante no texto é a conativa ou apelativa.

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REVISÃO 2

Comercial de produtos da marca “O Boticário”

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REVISÃO 2

5. Função Poética (ênfase na mensagem)

Predomina em textos cujo objetivo é o da expressão artística através da sonoridade, da forma das palavras, dos seus sentidos, novas combinações de signos linguísticos. É a função predominante em textos literários, letras de música.

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REVISÃO 2

a eternidade

de uma vez

a eternidade

dividida

inteira

em vidas

não interessa

só interessa

à vidaà vidaà vidaà vidaà vida

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REVISÃO 2

6. Função Metalinguística

Predomina em textos cujo objetivo é o de explicar aspectos referentes ao uso da língua. É o que chamamos de usar o código (língua falada ou escrita) para explicar o funcionamento do próprio código.Temos função metalinguística quando uma linguagem tenta descrever ela mesma.

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REVISÃO 2

Exemplos:

1. No cinema: quando se tem um filme falando sobre a arte de fazer o cinema;2. Na poesia: quando o autor descreve no seu poema o fazer poético;3. Na música: quando o escritor descreve na letra da música o ato de fazer música ou para que serve aquela música.

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REVISÃO 2

“O poeta é um fingidor.Finge tão completamenteQue chega a fingir que é dorA dor que deveras sente.”

Fernando Pessoa.

É também a função predominante em dicionários, gramáticas.

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REVISÃO 2

Observe o poema seguinte:

Qual função predomina no poema lido?

Explique a sua resposta.

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INTERATIVIDADE