coordenação ana clara fernandes vauledir ribeiro …...27 e 28 do gabarito. nossas sinceras...

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Prezado leitor, A grade de respostas da disciplina de Direito Processual Penal precisou ser reajustada, devido a uma falha no processo de construção do gabarito. Por esta razão, pedimos a gentileza de considerar as respostas da questão 29 em diante conforme o quadro abaixo. Para facilitar, a grade segue com bordas pontilhadas. Você pode recortar e colar na respectiva página das alterações, ou seja, páginas 27 e 28 do Gabarito. Nossas sinceras desculpas pelo transtorno causado. A falha, embora tenha ocorrido em apenas uma questão, provocou um “efeito dominó” e, por isso, disponibilizamos a grade novamente na íntegra. Em tempo: Na questão 19 da disciplina de Ética, onde está alternativa B como resposta, leia-se A. ERRATA | Gabarito 1ª FASE COMO SE PREPARAR PARA O EXAME DE ORDEM Coordenação Ana Clara Fernandes | Vauledir Ribeiro Santos • Teoria Resumida

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Page 1: Coordenação Ana Clara Fernandes Vauledir Ribeiro …...27 e 28 do Gabarito. Nossas sinceras desculpas pelo transtorno causado. A falha, embora tenha ocorrido em apenas uma questão,

Prezado leitor,

A grade de respostas da disciplina de Direito Processual Penal

precisou ser reajustada, devido a uma falha no processo de construção

do gabarito. Por esta razão, pedimos a gentileza de considerar as

respostas da questão 29 em diante conforme o quadro abaixo.

Para facilitar, a grade segue com bordas pontilhadas. Você pode

recortar e colar na respectiva página das alterações, ou seja, páginas 27 e 28 do Gabarito.

Nossas sinceras desculpas pelo transtorno causado. A falha,

embora tenha ocorrido em apenas uma questão, provocou um “efeito

dominó” e, por isso, disponibilizamos a grade novamente na íntegra.

Em tempo: Na questão 19 da disciplina de Ética, onde está

alternativa B como resposta, leia-se A.

ERRATA | Gabarito

1ª FASE

COMO SE PREPARAR PARA O EXAME DE ORDEM

Coordenação

Ana Clara Fernandes | Vauledir Ribeiro Santos

• Teoria Resumida• Caderno de Questões

• GABARITOKit em

3 volumesCOMO SE PREPARAR PARA O EXAME DE ORDEM

O conjunto desta obra é composto de um livro de resumos doutrinários de todas as matérias, um caderno de questões com todas as provas da OAB aplicadas pela FGV e um livreto com os gabaritos das questões, pensados em todos os níveis, para garantir o estudo com base em questões de forma prática e didática.

ISBN 978-85-442-3521-8

Parte integrante da obra Como se preparar para o

Exame de Ordem OABnão pode ser vendido separadamente

revistaatualizadaampliada

2aedição

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Como se preparar para o Exame de Ordem • OAB | Gabarito

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Direito Processual Penal

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9. D

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12. B

13. C

14. A

15. B

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17. B

18. B

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20. A

21. D

22. B

23. A

24. A

25. C

26. D

27. E

28. B

29. D

30. C

31. A

32. C

33. D

34. D

35. C

36. C

37. B

38. A

39. Anulada

40. D

41. B

42. B

43. A

44. A

45. C

46. D

47. B

48. B

49. A

50. D

51. E

52. C

53. C

54. D

55. C

56. C

57. C

58. C

59. D

60. C

61. A

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63. D

64. A

65. A

66. D

67. A

68. D

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78. C

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80. C

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105. D

106. D

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110. B

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112. D

113. D

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115. D

116. C

117. B

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120. C

121. B

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123. C

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126. C

127. E

128. C

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166. C

167. B

168. Errado

169. D

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171. C

172. A

173. D

174. A

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181. C

182. B

183. B

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223. B

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226. C

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232. A

233. D

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COMO SE PREPARAR PARA O EXAME DE ORDEM

1ª FASE

CONTÉM• Mais de 3.500 questões comentadas com as provas

da OAB da FGV• Resumos doutrinários de todas as matérias• Livreto com gabarito à parte para facilitar o estudo

Coordenação

Ana Clara Fernandes | Vauledir Ribeiro Santos

Edição

2020

P r e f á c i o 💬💬 Mozart Borba

• Teoria Resumida

• CADERNO DE QUESTÕES• Gabarito

Kit em 3 volumes

revistaatualizadaampliada

2aedição

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Prezado leitor,

Comunicamos que, devido a uma falha no processo de numeração

das questões da disciplina de Direito Processual Penal, um dos

enunciados ficou sem número. Ou seja, na página 897, primeira coluna,

encontra-se uma questão que deve ser numerada como 260. As demais

seguem como 261, 262, e assim por diante até 267.

ERRATA | Caderno de Questões

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proferida com a observância das exigências previstas na lei de regência (Lei nº 9.296/96, art. 5º). Alegada falta de fundamentação da decisão que determinou e interceptação telefônica do paciente. Questão não submetida à apreciação do Superior Tribunal de Justiça. Supressão de instância não admitida. Precedentes. Ordem parcialmente conhecida e denegada. 1. É da jurisprudência desta Corte o entendimento de ser possível a prorrogação do prazo de autorização para a interceptação telefônica, mesmo que sucessiva, especialmente quando o fato é com-plexo, a exigir investigação diferenciada e contínua (HC nº 83.515/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Nelson Jobim, DJ de 4/3/05). 2. Cabe registrar que a autorização da interceptação por 30 (dias) dias conse-cutivos nada mais é do que a soma dos períodos, ou seja, 15 (quinze) dias prorrogáveis por mais 15 (quinze) dias, em função da quantidade de investigados e da complexidade da organização criminosa. 3. Nesse contexto, considerando o entendimento jurisprudencial e doutrinário acerca da possibilidade de se prorrogar o prazo de autorização para a interceptação telefônica por períodos sucessivos quando a intensi-dade e a complexidade das condutas delitivas investigadas assim o demandarem, não há que se falar, na espécie, em nulidade da referida escuta e de suas prorrogações, uma vez que autorizada pelo Juízo de piso, com a observância das exigências previstas na lei de regência (Lei nº 9.296/96, art. 5º). 4. A sustentada falta de fundamentação da decisão que determinou a interceptação telefônica do paciente não foi submetida ao crivo do Superior Tribunal de Justiça. Com efeito, sua análise, de forma originária, neste ensejo, na linha de julgados da Corte, configuraria verdadeira supressão de instância, o que não se admite. 5. Habeas corpus parcialmente conhecido e, nessa parte, denegado” (HC 106.129-MS, Rel. Min. Dias Tóffoli, j. 06.03.2012).

(e) realmente, a Lei 9.296/1996 limita o uso de interceptações tele-fônicas apenas para investigações de crimes apenados com reclusão. No entanto, se no curso das interceptações forem apurados fatos que apontam para a ocorrência de, por exemplo, infrações administrativas, os elementos coligidos podem ser utilizados em procedimento admi-nistrativo, como prova emprestada. Com muito mais razão, pode-se utilizá-los em outro feito, ainda que sirva para o subsídio de denúncia por crime apenado com detenção. A jurisprudência é pacífica. Nesse sentido, decisão do STF: HABEAS CORPUS. INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA. PRAZO DE VALIDADE. ALEGAÇÃO DE EXISTÊNCIA DE OUTRO MEIO DE INVESTIGAÇÃO. FALTA DE TRANSCRIÇÃO DE CONVERSAS INTERCEPTA-DAS NOS RELATÓRIOS APRESENTADOS AO JUIZ. AUSÊNCIA DE CIÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO ACERCA DOS PEDIDOS DE PRORROGAÇÃO. APURAÇÃO DE CRIME PUNIDO COM PENA DE DETENÇÃO. 1. É possível a prorrogação do prazo de autorização para a interceptação telefônica, mesmo que sucessivas, especialmente quando o fato é complexo a exigir investigação diferenciada e contínua. Não configuração de des-respeito ao art. 5º, caput, da L. 9.296/96. 2. A interceptação telefônica foi decretada após longa e minuciosa apuração dos fatos por CPI estadual, na qual houve coleta de documentos, oitiva de testemunhas e audiên-cias, além do procedimento investigatório normal da polícia. Ademais, a interceptação telefônica é perfeitamente viável sempre que somente por meio dela se puder investigar determinados fatos ou circunstâncias que envolverem os denunciados. 3. Para fundamentar o pedido de interceptação, a lei apenas exige relatório circunstanciado da polícia com a explicação das conversas e da necessidade da continuação das investigações. Não é exigida a transcrição total dessas conversas o que, em alguns casos, poderia prejudicar a celeridade da investigação e a obtenção das provas necessárias (art. 6º, § 2º, da L. 9.296/96). 4. Na linha do art. 6º, caput, da L. 9.296/96, a obrigação de cientificar o Ministério Público das diligências efetuadas é prioritariamente da polícia. O argu-mento da falta de ciência do MP é superado pelo fato de que a denúncia não sugere surpresa, novidade ou desconhecimento do procurador, mas sim envolvimento próximo com as investigações e conhecimento pleno das providências tomadas. 5. Uma vez realizada a interceptação telefônica de forma fundamentada, legal e legítima, as informações e provas coletas dessa diligência podem subsidiar denúncia com base em crimes puníveis com pena de detenção, desde que conexos aos primeiros tipos penais que justificaram a interceptação. Do contrário, a interpretação do art. 2º, III, da L. 9.296/96 levaria ao absurdo de concluir pela impossibilidade de interceptação para investigar crimes apenados com reclusão quando forem estes conexos com crimes punidos com detenção. Habeas corpus indeferido” (HC 83.515-RS, Rel. Min. Nelson Jobim, j. 16.09.2004).

Gabarito: C

260. (FGV/OAB/XXX_Exame – 2019) Enquanto cumpria pena em regime fechado, Antônio trabalhava na unidade prisional de maneira

regular. Após progressão para o regime semiaberto, o apenado passou a estudar por meio de metodologia de ensino a distância, devidamente certificado pelas autoridades educacionais. Com a obtenção de livra-mento condicional, passou a frequentar curso de educação profissio-nal. Ocorre que havia contra Antônio procedimento administrativo disciplinar em que se investigava a prática de falta grave durante o cumprimento da pena em regime semiaberto, sendo, após observância de todas as formalidades legais, reconhecida a prática da falta grave. Preocupado, Antônio procura seu advogado para esclarecimentos sobre o tempo de pena que poderá ser remido e as consequências do reconhecimento da falta grave. Considerando as informações narradas, o advogado de Antônio deverá esclarecer que

a) o trabalho na unidade prisional e o estudo durante cumprimento de pena em regime semiaberto justificam a remição da pena, mas não o curso frequentado durante livramento condicional, sendo certo que a falta grave permite perda de parte dos dias remidos.

b) o trabalho somente quando realizado em regime fechado ou semiaberto justifica a remição de pena, mas o estudo a distância e a frequência ao curso poderão gerar remição mesmo no regime aberto ou durante livramento condicional, podendo a punição por falta grave gerar perda de parte dos dias remidos.

c) o reconhecimento de falta grave não permite a perda dos dias remi-dos com o trabalho na unidade e a frequência a curso em regime semiaberto, mas tão só a regressão do regime de cumprimento da pena.

d) o tempo remido exclusivamente com o trabalho em regime fechado, mas não com o estudo, será computado como pena cumprida, para todos os efeitos, mas, diante da falta grave, poderá haver perda de todos os dias remidos anteriormente.

Z Anotações/Comentários

Segundo o art. 126 da LEP (Lei 7.210/1984), a remição por trabalho ocorrerá apenas se o condenado estiver cumprindo pena nos regimes fechado ou semiaberto. Aquele que cumpre pena em regime aberto ou livramento condicional poderá remir apenas pelo estudo (art. 126, § 6º). Ou seja, o estudo pode ser usado para remição em todos os regimes; o trabalho, apenas nos regimes fechado e semiaberto. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 do tempo remido, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar (art. 127).

Gabarito: B

261. (FGV/OAB/XXVII_Exame – 2018) Vanessa cumpre pena em regime semiaberto em razão de segunda condenação definitiva por crime de tráfico armado. Durante o cumprimento, após preencher o requisito objetivo, requer ao juízo da execução, por meio de seu advogado, a progressão para o regime aberto. Considerando as pecu-liaridades do caso, a reincidência específica e o emprego de arma, o magistrado, em decisão fundamentada, entende por exigir a realização do exame criminológico. Com o resultado, o magistrado competente concedeu a progressão de regime, mas determinou que Vanessa com-parecesse em juízo, quando determinado, para informar e justificar suas atividades; que não se ausentasse, sem autorização judicial, da cidade onde reside; e que prestasse, durante o período restante de cumprimento de pena, serviços à comunidade.

Intimada da decisão, considerando as informações expostas, poderá a defesa técnica de Vanessa apresentar recurso de agravo à execução, alegando que

a) a lei veda a fixação de condições especiais não previstas em lei.

b) poderiam ter sido fixadas condições especiais não previstas em lei, mas não prestação de serviços à comunidade.

c) não poderia ter sido fixada a condição de proibição de se ausentar da cidade em que reside sem autorização judicial.

d) a decisão foi inválida como um todo, porque é vedada a exigência de exame criminológico para progressão de regime, ainda que em decisão fundamentada.

Z Anotações/Comentários

O art. 115 da LEP (Lei 7.210/1984) traz as condições obrigatórias que deverão ser observadas pelo condenado quando do cumprimento da pena em regime aberto, restando claro que o juiz poderá fixar outras. No entanto, é pacífico no STJ que o juiz não pode fixar, como condição especial, aquela que figurar como pena restritiva de direito (REsp 1.110.823-PR, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 13.12.2010).

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898 Como se preparar para o Exame de Ordem • OAB | Caderno de Questões

Vide a Súmula 493 da mesma Corte: “É inadmissível a fixação de pena substitutiva (art. 44 do CP) como condição especial ao regime aberto”.

Gabarito: B

262. (CESPE/DPE-PE/Defensor Público – 2018 - ADAPTADA) A res-peito da progressão de regime para o cumprimento de pena, assinale a opção correta de acordo com a jurisprudência dos tribunais superiores.

a) O juízo da execução penal deverá negar o pedido de progressão do regime fechado diretamente para o aberto: no ordenamento jurídico pátrio não se admite salto na progressão.

b) A base de cálculo para a progressão de regime dos presos conde-nados a mais de quarenta anos por diversos crimes fica limitada ao tempo máximo de cumprimento de pena disposto na lei penal, isto é, a quarenta anos.

c) O juízo da execução penal decidirá quanto à progressão de regime a partir da conclusão do exame criminológico, que deve ser obri-gatoriamente realizado.

d) O cometimento de falta grave não motiva a interrupção do prazo para a progressão de regime.

e) O estrangeiro que estiver em situação irregular no país e que estiver preso estará impedido de obter a progressão de regime.

Z Anotações/Comentários

(a) segundo a Súmula 491 do STJ: “É inadmissível a chamada pro-gressão per saltum de regime prisional”.

(b) A pena unificada para atender ao limite de quarenta anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código Penal, com redação dada pela Lei nº 13.964/19, não é considerada para a concessão de outros benefícios, como o livramento condicional ou regime mais favorável de execução (STF, Súmula 715).

(c) o exame criminológico não mais é obrigatório, mas poderá ser determinado, desde que o juiz fundamente tal exigência.

(d) a prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de cumprimento de pena, o qual se reinicia a partir do cometimento dessa infração (STJ, Súmula 534).

(e) ao contrário, estando preso no país e cumprindo pena, o estran-geiro terá os mesmos direitos concedidos aos presos de nacionalidade brasileira.

Gabarito: A

263. (CESPE/DPE-PE/Defensor Público – 2018) Em se tratando de regime aberto, a pena deverá ser cumprida em

a) casa de albergado.

b) penitenciária.

c) centro de observação.

d) colônia agrícola.

e) cadeia pública.

Z Anotações/Comentários

(a) o regime aberto deve ser cumprido em casa de albergado, como estabelece a Lei 7.210/1984 (LEP).

(b) penitenciária é usada para cumprimento da pena em regime fechado.

(c) cento de observação é o local onde são realizados os exames gerais e o criminológico.

(d) na colônia agrícola são cumpridas as penas no regime semia-berto.

(e) cadeia pública é local para presos provisórios.Gabarito: A

264. (FCC/DPE-AM/Defensor Público/Reaplicação – 2018) Sobre a disciplina na execução penal, é correto afirmar que

a) o emprego de cela escura é permitido apenas em regime disciplinar diferenciado desde que autorizado pelo juiz competente.

b) a tentativa é impunível em razão de escolha legislativa de minora-ção dos efeitos criminógenos do cárcere.

c) comete falta disciplinar de natureza grave aquele que causa aci-dente de trabalho no cumprimento de pena de prestação de serviços à comunidade.

d) a concessão de regalias ao preso como forma de recompensa ao seu bom comportamento é proibida em razão da violação do princípio da igualdade.

e) o direito de receber visitas pode ser suspenso como consequência da prática de falta grave em ato fundamentado do diretor da uni-dade prisional.

Z Anotações/Comentários

(a) segundo o art. 45, § 2º, da Lei 7.210 (LEP), é vedada a utilização de cela escura.

(b) a tentativa é punível e recebe a mesma sanção aplicável à falta consumada (art. 49, parágrafo único, LEP).

(c) comete falta grave aquele que estiver cumprindo pena privativa de liberdade e provocar acidente de trabalho (art. 50, IV, LEP).

(d) são recompensas previstas o elogio e a concessão de regalias ao preso (art. 56, LEP).

(e) trata-se de sanção passível de ser aplicada na execução penal, não necessitando de decisão judicial.

Gabarito: E

265. (FCC/DPE-AM/Defensor Público/Reaplicação – 2018) Sobre a remição na execução penal, é corretor afirmar que

a) prescinde de reconhecimento por decisão judicial, uma vez que a simples comprovação documental já garante o desconto de pena.

b) o preso que ficar impossibilitado de estudar em razão de acidente fica com a remição suspensa, mas garante retorno à atividade em caso de recuperação pessoal.

c) em caso de falta grave o juiz poderá revogar até 1/3 do tempo remido, recomeçando a contagem a partir do cumprimento da sanção disciplinar.

d) o preso provisório pode remir a pena pelo trabalho e pelo estudo e terá os dias descontados em caso de posterior condenação.

e) pode reduzir a pena restritiva de direitos computando-se os dias de prestação de serviço à comunidade igualmente como forma de remir a pena.

Z Anotações/Comentários

(a) de acordo com o art. 126, § 8º, da LEP, a remição deve ser reco-nhecida pelo juiz.

(b) ao contrário, tal preso continuará a ser beneficiado pela remição (art. 126, § 4º, LEP).

(c) a contagem recomeça a partir da data da infração disciplinar (art. 127, LEP).

(d) é o que prevê o art. 126 da LEP.

(e) a prestação de serviços à comunidade só é cumprida quando o sentenciado estiver solto e não esteja cumprindo pena privativa de liberdade. Logo, não pode servir para remição.

Gabarito: D

266. (CESPE/MP-RR/Promotor de Justiça – 2017) Acerca do processo de execução, assinale a opção correta de acordo com o entendimento dos tribunais superiores.

a) Em razão da vedação constitucional de imposição de pena de trabalhos forçados, a recusa injustificada de apenado a trabalho interno não constitui falta grave.

b) O apenado que deva cumprir pena em regime aberto não poderá fazê-lo em prisão domiciliar, mesmo que não haja casa de alber-gado na localidade.

c) Segundo o princípio da não culpabilidade, reconhecida falta grave decorrente do cometimento de crime doloso, o cumprimento da pena só se dará com o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.

d) O condenado terá direito a remir o tempo efetivamente trabalhado em domingos e feriados, mesmo que ainda não tenha a efetiva autorização do juízo ou da direção do estabelecimento prisional para esse labor.

Z Anotações/Comentários

(a) trabalho é obrigação do preso, não sendo hipótese de “trabalho forçado”, que é o trabalho excessivo e desumano. Sua recusa representa falta grave (STJ, HC 264.989-SP, Rel. Min. Ericson Maranho (Des. convo-cado), j. 04.08.2015.

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Page 7: Coordenação Ana Clara Fernandes Vauledir Ribeiro …...27 e 28 do Gabarito. Nossas sinceras desculpas pelo transtorno causado. A falha, embora tenha ocorrido em apenas uma questão,

899Como se preparar para o Exame de Ordem • OAB | Caderno de Questões

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(b) nesse caso, ao contrário, pode cumprir a pena em caráter domiciliar.

(c) segundo o STJ: “O reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de fato definido como crime doloso no cumprimento da pena prescinde do trânsito em julgado de sentença penal condenatória no processo”. (Súmula 526).

(d) embora a LEP imponha descanso nos domingos e feriados, a jurisprudência reconhece o direito à remição dos dias trabalhados em tais datas, bastando que haja certidão da direção do estabelecimento de que houve o trabalho. Nesse sentido: STJ, HC 346.948-RS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, j. 21.06.2016.

Gabarito: D

267. (FUNDEP/MP-MG/Promotor de Justiça – 2017 - ADAPTADA) No que se refere ao cumprimento das sanções penais, constitui afirmação INCORRETA:

a) Embora o Código Penal preveja a imposição, ao inimputável por doença mental, de medida de segurança por tempo indeterminado, não se admite que sua duração seja superior ao máximo de pena abstratamente cominada ao crime.

b) Não obstante ter a Lei n° 10.792/03 suprimido, para fins de progres-são de regime, a exigência de exame criminológico, até então pre-vista no artigo 112 da LEP, pode o juiz determinar, motivadamente, a sua realização.

c) O condenado por crime sem violência à pessoa ou grave ameaça, estando no regime fechado, pode, após o cumprimento de 16% da pena, se primário, ou 20% da pena, se reincidente, ser autorizado, por saída temporária, a visitar a família.

d) Uma vez comprovada, após procedimento administrativo desti-nado à sua apuração, a prática de falta grave pelo condenado, o juiz, motivadamente, revogará até um terço do tempo remido.

Z Anotações/Comentários

(a) de fato, a legislação aplicável à espécie não traz limitação à duração do cumprimento da medida de segurança, razão pela qual já se afirmou que não teria limite temporal máximo, durando enquanto durar a periculosidade. No entanto, parte da doutrina e jurisprudência trataram de impor limite e vem prevalecendo o entendimento de que o máximo de cumprimento é o tempo máximo de pena cominada abstratamente ao delito.

(b) esse ponto já foi exaustivamente debatido pela jurisprudência, tendo o STF publicado a Súmula Vinculante 26: “Para efeito de pro-gressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico”.

(c) o art. 122 da LEP permite a saída temporária somente aos presos que estejam a cumprir pena no regime semiaberto, não no regime fechado. As porcentagens mencionadas na alternativa, que estão corretas, são requisitos objetivos para a progressão de regime (art. 112, I e II, da LEP).

(d) é o que dispõe o art. 127 da LEP. A contagem deve recomeçar a partir da data da infração disciplinar.

Gabarito: C

268. (CESPE/TJ-AM/Juiz de Direito Substituto – 2016) Condenado definitivamente pela justiça federal brasileira por crime de tráfico internacional de drogas e cumprindo pena, no regime fechado, em

presídio estadual na cidade de Manaus – AM, Pablo, cidadão boliviano, após cumprir mais de dois terços da pena aplicada, pleiteou progressão ao regime aberto. Ele apresenta bom comportamento na prisão e não possui residência fixa no Brasil. O pedido foi indeferido pelo juiz da Vara de Execuções Penais da comarca de Manaus. Inconformado, Pablo, de próprio punho, impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça do Ama-zonas, pleiteando a reforma da decisão de primeiro grau e a obtenção da progressão ao regime aberto.

Nessa situação hipotética, de acordo com a jurisprudência dos tribunais superiores, deve-se

a) denegar o habeas corpus, pois não é permitida a concessão de progressão de regime a estrangeiro que não comprovar residência fixa no Brasil.

b) negar seguimento ao habeas corpus, pois a competência para o seu julgamento é do TRF da respectiva região, por se tratar de condenação por crime de tráfico internacional de drogas.

c) negar seguimento ao habeas corpus, dada a existência na legislação de recurso próprio contra a decisão de indeferimento de progres-são de regime, ou seja, o recurso em sentido estrito.

d) denegar o habeas corpus, pois não é permitida a progressão per saltum no ordenamento jurídico nacional.

e) negar seguimento ao habeas corpus, que não pode ser impetrado por estrangeiro em situação irregular no Brasil.

Z Anotações/Comentários

A questão lida com o tema do habeas corpus, mas, primordialmente, com o tema da execução penal, daí porque a incluímos nesse tópico.

(a) não há tal vedação, sendo aceita, hoje, a progressão em tal hipótese.

(b) de acordo com a Súmula 192 do STJ, compete ao juízo das exe-cuções penais do Estado a execução das penas impostas a sentenciados pela Justiça Federal, Militar ou Eleitoral, quando recolhidos a estabeleci-mentos sujeitos à administração estadual. Consequentemente, eventual agravo em execução ou mesmo habeas corpus será de competência do TJ do Estado.

(c) o recurso previsto é o agravo em execução, do art. 197 da LEP. Assim, não poderia ser o habeas corpus conhecido, pois não poderia servir de sucedâneo recursal. Mas, repita-se, o recurso é o agravo, não o recurso em sentido estrito, visto que os incisos do art. 581 do CPP que tratam de matéria de execução penal foram tacitamente revogados pelo art. 197 da LEP.

(d) de fato, há tal entendimento consolidado na jurisprudência do STJ: “É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional” (Súmula 491). Ora, verificando o enunciado da questão, percebe-se que o reeducando quer justamente passar diretamente do regime fechado para o aberto. Parece-nos que isso somente será possível, na prática, nas hipóteses da Súmula Vinculante 56 do STF (“A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS”), ou seja, se o sentenciado obtiver progressão do regime fechado para o semiaberto e não houver vaga neste último, poderá aguardar a abertura de vaga no regime aberto, o que não deixa de ser uma forma, ainda que provi-sória – que pode se tornar definitiva no caso concreto –, de progressão per saltum.

(e) o habeas corpus é previsto no art. 5º da CF, que se aplica também aos estrangeiros residentes no Brasil. Portanto, o estrangeiro pode impetrar habeas corpus.

Gabarito: D

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