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Tiago Rossi Diretor do Departamento de Merenda Escolar

Sonia Maria Peres

Diretor de Divisão Técnica

Coordenação: Vera Lucia Macedo Issa de Oliveira

Elaboração:

Amanda Bianchi Leonardo Rodrigues Daniela Wenzel

Helena Maria Novaretti Nilza Hernandez Lehnert

Colaboração:

Nutricionistas do Setor de Supervisão

Projeto Gráfico: Setor de Treinamento, Estágio e Projetos

Fernanda Guilhermino Magalhães – estagiária de Nutrição

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JUNHO - 2010

ApresentaçãoApresentaçãoApresentaçãoApresentação

Este material visa orientar os Diretores e Educadores das

Unidades Educacionais sobre a oferta da alimentação às

crianças nos Centros de Educação Infantil (CEIs).

Os educadores do CEI exercem papel fundamental na

aquisição de boas práticas alimentares, dado que neste

período da infância ocorre o estabelecimento dos hábitos e

preferências alimentares. Assim, essas instituições passam a

ter importante função na promoção de uma alimentação

adequada, visto que as principais refeições e as práticas

educativas das crianças são realizadas neste ambiente.

Nutricionistas do Departamento da Merenda Escolar

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1. IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO ............................................... 5

2. ORIENTAÇÕES AO EDUCADOR FRENTE À ALIMENTAÇÃO NOS CEIs ...... 6

Recomendações Quanto ao Uso de Mamadeiras .............................................. 6

Consistência ....................................................................................................... 7

Adequação dos Utensílios Utilizados pelas Crianças ......................................... 9

Porcionamento .................................................................................................... 10

Incentivo a Introdução de Novos Alimentos ....................................................... 11

Conduta do Educador frente à Alimentação das Crianças ................................... 12

Local Adequado para Realizar as Refeições ...................................................... 13

Condições Higiênico-Sanitárias Adequadas no Momento da Distribuição ......... 14

Educação Nutricional Inserida no Projeto Pedagógico ....................................... 17

SUMÁRIO

5

A Organização Mundial da Saúde recomenda que o aleitamento

materno seja mantido até os dois anos de idade, sendo exclusivo até

o 6º mês de vida, a partir dessa idade, os bebês precisam aprender a

comer alimentos complementares ao leite, em forma de papas

densas.

As crianças que começam a frequentar os CEIs antes de

completarem 6 meses de idade, passam a receber a fórmula láctea

infantil, conforme esquema alimentar do Departamento da Merenda

Escola (DME). Portanto, é importante que os educadores estimulem a

prática do aleitamento materno nos momentos em que esses bebês

permanecem com suas mães e, à direção, cabe reservar um espaço

na Unidade, para que a mãe que tem disponibilidade possa

amamentar seu bebê.

IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO 1

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RECOMENDAÇÕES QUANTO AO USO DE

MAMADEIRAS

- O conteúdo da mamadeira deve apenas gotejar e não escorrer;

- O orifício do bico deve ser mantido no seu tamanho original

(Não aumentar o tamanho do orifício);

- Os bicos devem ser trocados sempre que necessário;

- A mamadeira deve ser oferecida com a criança em posição

vertical/ inclinada e nunca deitada;

- Após o 8º mês a criança deve passar a receber os líquidos em

copos de transição, com tampa e furos. Essa transição deve ser

gradativa e pode iniciar-se com a água e o suco da colação.

A individualidade da criança deve ser sempre respeitada.

Contudo, o estimulo constante faz-se necessário para que a

criança se adapte aos novos utensílios.

IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO 1 ORIENTAÇÕES AO EDUCADOR FRENTE À ALIMENTAÇÃO NOS CEIs 2

6

7

CONSISTÊNCIA

A consistência inadequada dos alimentos pode acarretar o

comprometimento de vários fatores do desenvolvimento infantil

como: má formação na região oral, respiração bucal, dificuldade

na aceitação da alimentação salgada e sólida e engasgos

frequentes. Os alimentos introduzidos devem ser inicialmente

semi-sólidos e macios, sob a forma de purê, podendo ser

peneirados (peneira de malha grossa) na 1ª semana, e a partir

disso, amassados e nunca liquidificados.

Peneirada Amassada Em pedaços

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7

8

A consistência da dieta deve ser aumentada gradativamente,

respeitando-se as habilidades da criança. A partir do 8º mês, a

criança deve receber os alimentos amassados, desfiados e

picados ou cortados em pedaços pequenos, evoluindo

gradativamente. Por volta de um ano, as crianças embora ainda

tenham poucos dentes e necessitem de pedaços macios e

pequenos serão capazes de comer os alimentos na mesma

consistência daqueles preparados para crianças maiores.

Consistência normal

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ADEQUAÇÃO DOS UTENSÍLIOS UTILIZADOS PELAS

CRIANÇAS

As Unidades Educacionais devem fornecer utensílios de servir,

no caso do Self Service e, de mesa (garfo, faca, colher de sopa e

colher de sobremesa) adequados às características físicas e

idade das crianças.

Utensílios de servir Utensílios de mesa

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PORCIONAMENTO

As necessidades nutricionais das crianças variam de acordo com

sua idade e grau de desenvolvimento. Sendo assim, visando

oferecer o aporte necessário de nutrientes para o adequado

crescimento e desenvolvimento das crianças, o porcionamento

dos pratos deve ser de acordo com as orientações elaboradas

pelas nutricionistas do DME, contidas no “Manual do Programa

de Alimentação nos Centros de Educação Infantil Municipais e

Conveniados”, disponíveis no Portal:

www.prefeitura.sp.gov.br/alimentação escolar/manuais.

Nesses Manuais constam entre outras informações,

tabelas com os per capitas (quantidade de alimento cru por

criança) visando orientar a quantidade de alimentos a

serem preparados e o esquema alimentar por faixa etária.

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INCENTIVO A INTRODUÇÃO DE NOVOS ALIMENTOS

No momento da distribuição o educador deve incentivar a criança

a consumir todos os tipos de alimentos, incluindo frutas, verduras

e legumes, para que não prevaleça a sua tendência natural de

rejeitar aqueles ainda não provados, pois a recusa nas primeiras

ofertas não significa que a criança não aceitará o alimento

posteriormente.

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CONDUTA DO EDUCADOR FRENTE À ALIMENTAÇÃO DAS

CRIANÇAS

- Nunca obrigá-la ou forçá-la a comer;

- Não criticá-la se deixar a comida no prato;

- Não transmitir preferências alimentares;

- Não utilizar os alimentos como prêmio ou castigo;

- Estimular a criança alimentar-se no ritmo normal;

- Atentar para a apresentação do prato e, evitar misturar as

preparações oferecidas, para que a criança conheça e possa

distinguir os sabores e as cores de cada alimento;

- Realizar, sempre que possível, trabalho de Educação Alimentar

e entre outras atividades, apresentar o cardápio de forma verbal

ou visual, antes das refeições.

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LOCAL ADEQUADO PARA REALIZAR AS REFEIÇÕES

É imprescindível que a alimentação da criança seja realizada em

ambiente agradável e tranquilo. O educador deve dedicar-lhe

atenção, prontificando-se a ajudá-la sempre que necessário.

A criança deve alimentar-se preferencialmente no refeitório,

sentada à mesa ou em cadeirões e na companhia dos

educadores. Esse espaço deve favorecer o convívio social,

proporcionar experiências culturais e contribuir para o processo

de construção da autonomia. Neste local, as crianças também

aprenderão os rituais que permeiam a refeição, como utilizar os

talheres, sentar-se à mesa, compartilhar o que gosta servir-se e

alimentar-se sozinha.

Locais externos como parques eventualmente poderão

ser explorados, como vivencia para alimentação.

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CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS ADEQUADAS NO

MOMENTO DA DISTRIBUIÇÃO

Algumas medidas importantes devem ser adotadas no momento

da distribuição, visando dar continuidade as boas práticas de

manipulação dos alimentos iniciadas na cozinha para preservar a

segurança alimentar e nutricional. São elas:

- Manter os alimentos cobertos ou tampados enquanto aguardam

o momento da distribuição;

- Atentar para a prática diária de higienização das mãos antes

das refeições;

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- Cada criança tem que se alimentar com talheres

individualizados, não devendo compartilhar o mesmo;

- As pessoas que participam da distribuição das refeições,

inclusive os PEIs (Professor de Educação Infantil) devem

apresentar-se minimamente paramentadas com touca ou rede de

proteção de cabelos, jalecos limpos e mãos higienizadas. É

aconselhável evitar o uso de adornos nas mãos, que podem

dificultar a higiene adequada;

- Sempre que possível utilizar pegador ou outro utensílio para

servir o alimento à criança, mas havendo necessidade de

manipular um alimento com a mão, deve-se protegê-las com

luvas descartáveis;

- Os utensílios não devem ser manuseados de modo que os

dedos toquem nos alimentos prontos e nas partes que entram em

contato com a boca das crianças, ou seja, manusear as canecas

pela alça e os talheres pelo cabo;

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- Não assoprar os alimentos para esfriar;

- Os utensílios, canecas, pratos e cumbucas com alimentos, não

devem ser empilhados de maneira que o fundo do recipiente de

cima entre em contato com o alimento do recipiente de baixo;

- As mamadeiras e outros alimentos que não forem consumidos

pelas crianças no período, não devem permanecer na sala de

aula e nem serem reaproveitadas para o próximo período;

- A água presente nas salas de aula deve ser trocada

frequentemente e suas jarras mantidas tampadas e higienizadas

a cada período, bem como os copos não descartáveis;

- Evitar que as crianças apóiem os alimentos como frutas, pães e

biscoitos diretamente sobre a mesa ou outra mobília.

- Jamais permitir deixar as canecas, mamadeiras e outros

utensílios que servem alimentos em contato direto com o chão.

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EDUCAÇÃO NUTRICIONAL INSERIDA NO PROJETO

PEDAGÓGICO

O Programa de Alimentação Escolar deve ter sua visão ampliada

como instrumento pedagógico com múltiplas possibilidades

educativas, sendo a Educação Nutricional e Alimentar uma

ferramenta de valorização dos hábitos alimentares, respeitando a

identidade cultural e incentivando o direito de escolha.

Pelo exposto, os Educadores das Unidades Educacionais devem

estar atentos sobre os procedimentos que envolvem a oferta da

alimentação às crianças nos CEIs, com um olhar para a

segurança alimentar e nutricional e, acima de tudo, respeitando a

criança como cidadã, protagonista neste processo.

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