Coordenadoria da Mulher

Centro de Referência da Mulher de Caxias do Sul

Coordenadoria da Mulher

• Tem como atribuição propor, elaborar e avaliar políticas públicas, bem como mobilizar, articular e fortalecer a Rede de Proteção à Mulher.

Centro de Referência da Mulher

Realiza o acolhimento e orientação às mulheres em situação de violência doméstica.

Os atendimentos são realizados por psicólogas e assistentes sociais, individualmente ou em grupo, com escuta qualificada da situação de violência, avaliando os riscos que o agressor oferece à mulher.

Construindo um plano de proteção e encaminhando os casos para a rede e/ou acolhimento na Casa de Apoio Viva Rachel.

A equipe também realiza ações educativas e de prevenção em escolas, Unidades Básicas de Saúde (UBSs), empresas e grupos comunitários, entre outros.

Importante

• Para ser atendida no Centro de Referência da Mulher (CRM), a mulher não precisa, necessariamente, registrar boletim de ocorrência.

• Ela será orientada, mas a decisão é dela.

• A forma de acesso pode ser por busca espontânea ou encaminhamento pela Rede de Proteção à Mulher.

O QUE É VIOLÊNCIA DOMÉSTICA?

• “Configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial (...)” Art. 5º Lei Maria da Penha

Violência Física

• Agressões físicas, como tapas, empurrões, chutes, socos, bofetadas, etc.

Violência Psicológica

• Privação da liberdade;• Humilhação perante familiares e

amigos, maus tratos,• Xingamentos e ofensas;• Impedimento de trabalhar, de

estudar, de sair de casa mesmo para visitas a familiares ou para ir ao médico;

• Ameaças de agressão, danos ou ameaças a pessoas queridas;

• Proibição de ter telefone celular ou controle constante do mesmo.

Violência Sexual

• Expressões verbais ou corporais que não são do agrado da pessoa;

• Toques e carícias não desejados;• Prostituição forçada;• Participação forçada em

pornografia;• Proibição de uso de

anticoncepcionais.

Violência Moral

• Injúria (xingamentos e ofensas);• Calúnia (acusação de crime não

cometido);• Difamação (divulgar fatos que

ferem a honra e a reputação).

Violência Patrimonial

• Destruição, venda ou furto de objetos pertencentes à vítima;

• Destruição de documentos da vítima ou de seus filhos;

• Venda, aluguel ou doação de imóvel pertencente à vítima ou ao casal, sem a autorização da mulher.

Violência Digital

• Divulgação de fotos íntimas;• Uso de redes sociais para

discurso de ódio;• Assédio através da difamação

online ampliando a condição de vulnerabilidade da mulher (Lei nº 12.737/2012).

Por que algumas mulheres permanecem em uma relação violenta?

• Viveram em famílias violentas e por causa disso podem repetir esse padrão de relacionamento;

• Tem autoimagem negativa, baixa autoestima, sentimentos de desvalorização, inferioridade, insegurança e desamparo;

• Criam falsas expectativas de afeto, proteção e estabilidade no casamento;• Tem esperança de mudança nas atitudes do agressor;• Justificam o comportamento violento do companheiro atribuindo as

dificuldades a fatores externos como desemprego, uso de álcool e outras drogas, etc;

• Valorizam o papel de provedor e “bom pai” do companheiro, aceitando a violência;

• Recebem ameaças do agressor;• Dependem economicamente do agressor;• Faltam oportunidades de trabalho e autonomia;• Sofrem dificuldades para prover o seu sustento e dos filhos após a

separação;• Ausência de uma rede de apoio eficaz (moradia, escola, segurança, etc).

Facilmente a vítima encontra explicações, justificativas para o comportamento do parceiro. Acredita que é uma fase, que vai passar, que ele anda estressado, trabalhando muito, com pouco dinheiro. Procura agradá-lo, ser mais compreensiva, boa parceira. Para evitar problemas, afasta-se dos amigos, submete-se à vontade do agressor, só usa as roupas que ele gosta, deixa de se maquiar para não desagradá-lo. Está constantemente assustada, pois não sabe quando será a próxima explosão, e tenta não fazer nada errado. Torna-se insegura e, para não incomodar o companheiro, começa a perguntar a ele o que e como fazer, torna-se sua dependente. Anula a si própria, seus desejos, sonhos de realização pessoal, objetivos próprios. Nesse momento a mulher vira um alvo fácil. A angustia do fracasso passa a ser seu cotidiano. Não existe nada certo. Não há como satisfazer o que nada mais é do que o desejo de dominação, de mando, fruto de um comportamento controlador. (DIAS, Maria Berenice. 2007, p. 19)

Feminicídio

• Uma situação que vem crescendo de forma preocupante é o feminicídio. Este é o desfecho mais grave da violência contra a mulher, quando o agressor, por razões da condição de sexo feminino (Lei nº 13.104, de 09/03/2015), comete o assassinato da vítima.

Rede de Proteção da Mulher de Caxias do Sul

Coordenadoria da Mulher

Centro de Referência da

Mulher

Juizado da Violência Doméstica

SAJU/UCS – Serviço de assessoria

jurídica;

SEPA/UCS – Laboratório de

Psicologia ;

Casa de Apoio Viva Rachel

Secretaria Municipal de Saúde

Unidades Básicas de Saúde

Secretaria Municipal de

Educação Escolas Municipais

Plantão Centralizado da

Polícia Civil

DEAM/Delegacia Especializada no Atendimento à

Mulher

Fundação de Assistência Social –

FASDML Pravivis/Hospital

Geral Conselho Tutelar Guarda Municipal

Fluxo

• Não julgamento • Discrição • Respeito• Empatia

Para Refletir

Estudos revelam relações desiguais entre homens e mulheres.

E essa desigualdade dá origem à violência contra as mulheres.

Violência amparada em crenças e valores culturais que precisam ser questionados.

Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas às oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social. Art 2º Lei Maria da Penha

Referências

• BRASIL, LEI MARIA DA PENHA. Lei N.°11.340, de 7 de Agosto de 2006• DIAS, Maria Berenice. A lei Maria da Penha na Justiça. A efetividade da lei

11.340/2006. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.• ORDEM DE SERVIÇO 002/2019 / SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA E

PROTEÇÃO SOCIAL/ MUNICIPIO DE CAXIAS DO SUL• PROGRAMA MULHER VIVER SEM VIOLÊNCIA / SECRETARIA DE POLÍTICAS

PARA MULHERES DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA/

Obrigada!

crmulher@caxias.rs.gov.br