cooperativismo empreendedorial propostas e práticas

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SHENG Adm. Jovino Moreira da Silva, M. Sc. http://shengadm.blogspot.com [email protected] COOPERATIVISMO EMPREENDEDORIAL Propostas e Práticas para Crises em Regiões Paradoxais Palestra, março/13 – CETEB Santa Maria da Vitória - Bahia

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Palestra sobre Cooperativismo e Empreendedorismo para estudantes de curso técnico.

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Page 1: Cooperativismo empreendedorial propostas e práticas

SHENG

Adm. Jovino Moreira da Silva, M. Sc.

http://shengadm.blogspot.com [email protected]

COOPERATIVISMO EMPREENDEDORIAL

Propostas e Práticas para Crises em Regiões ParadoxaisPalestra, março/13 – CETEB

Santa Maria da Vitória - Bahia

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SHENG

A propriedade é uma instituição de justiça; e a propriedade é um roubo. De tudo isto resulta que um dia a propriedade transformada será uma ideia positiva, completa, social e verdadeira; uma propriedade que abolirá a antiga propriedade e tornará para todos efetiva e benfazeja. E o que o prova é mais uma vez que a propriedade é uma contradição.

Proudhon, Filosofia da Miséria

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Quando novas informações se tornam acessíveis e as circunstâncias mudam, já não é possível resolver problemas com as soluções de ontem. As pessoas estão descobrindo, cada vez mais, que o que funcionava há dois anos não vai funcionar na semana que vem. Com isso, elas têm duas alternativas. Ou ficam se queixando porque as coisas já não são tão fáceis como antigamente ou usam sua capacidade criativa para descobrir novas respostas, novas soluções e novas ideias.

R. Von Oech

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SHENGCOOPERATIVISMO:

Rápida Visão Histórica Nos últimos 300 anos o mundo

econômico e social passou por várias mudanças de paradigma decorrentes de revoluções científicas e políticas, todos eles centrados na visão material e no racionalismo econômico com foco maior na concentração de riquezas e no consumismo exagerado de recursos naturais não renováveis.

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No caso particular do Brasil a degradação do ambiente começa com a devastação das florestas e extração desordenada de madeira, em particular do Pau Brasil, seguindo-se para a exploração de minerais preciosos, semipreciosos e metálicos que abasteciam as empresas industriais da Europa, em especial da Inglaterra.

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Na Inglaterra da I Revolução Industrial começa um movimento de significativa importância socioeconômica, que sinaliza as possibilidades de o mundo sair da crise do racionalismo individualista que tem promovido a deterioração das riquezas naturais para beneficiar uma acumulação de riquezas sem precedentes na história do Homem.

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SHENG

A Revolução Industrial é considerada como um divisor na história da humanidade, na medida em que as máquinas passam a substituir em grande parte as atividades artesanais.

Com isto, os donos dos meios de produção concentram cada vez mais renda e um número cada vez maior de trabalhadores são explorados de forma desumana.

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A sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdalle, criada por 28 tecelões ingleses, da região do mesmo nome, é o marco inicial do que se conhece hoje como cooperativismo moderno, em oposição ao capitalismo, para o resgate da dignidade humana.

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O movimento inglês resultou no que podemos chamar de primeiro passo para a criação do Cooperativismo Instrumental, o qual evoluiria para o nível de um Cooperativismo Empreendedorial no alvorecer do século 20.

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O movimento cooperativista que resultou do enfrentamento da burguesia industrial e do capital industrial na Inglaterra representa a semente que chamou a atenção de alguns teóricos e ideólogos dos séculos 19 e 20, em especial de economistas como Robert Owen, para os perigos do capitalismo individualista e acumulador de riquezas que ampliava a divisão do mundo em dois blocos, tratados como desenvolvido e subdesenvolvido. E disto resultou a ruptura de vários paradigmas como parte das revoluções científicas, políticas, religiosas, sociais e culturais.

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Neste contexto deve-se ressaltar as ideias J. S. Mill como o precursor de um modelo de Economia Estacionária que está hoje mascarado pelos teóricos da linha socialista denominada Decrescimento, que buscam uma solução para o fracassado sistema comunista em substituição ao já moribundo capitalismo real.

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Nesta rede de conflitos entre as economias e seus teóricos situamos o Cooperativismo Empreendedorial (que chamo de Coopreendedorismo) como uma das melhores soluções para restaurar e sustentar uma economia do estado estável, a fim de recuperarmos, se não totalmente, pelo menos o suficiente para que possamos sobreviver em um Planeta menos poluído e mais humano.

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Até o momento, vários estudos procuram tratar o Cooperativismo segundo uma visão político-ideológica, além de promover distorções no sentido de reduzir o valor da Cooperação dentro do processo produtivo como geradora de resultados desejados.

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Esses estudos procuram atrelar o cooperativismo a conceitos ideológicos, distorcendo sua importância como representante de um sistema maior capaz de promover o Ser Coletivo e o Indivíduo Coletivo como elementos fundamentais para uma organização socioeconômica que vise, sobretudo, engrandecer o Homem e enriquecê-lo em todos os sentidos, de modo integral.

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Este é o retrato, em linhas gerais, que os promotores da sociedade competitiva heteronômica (a sociedade capitalista do Management) desenha, de um lado, e as organizações socialista, deformam de outro lado, sobre o Sistema Cooperativado de Negócios (SCN).

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No caso brasileiro o Sistema Cooperativista não existe, de forma plena, por falta de coerência política e social, bem como falta de conhecimento (ou por falta de dignidade para reconhecimento), do seu valor econômico, que resulte, sempre, em uma relação do tipo ganha-ganha; uma relação entre os indivíduos e entre os grupos que focalizam Objetivos Comuns.

Os grupos de interesse não estão dispostos a aceitar tal coerência e tais práticas cooperativistas devido à ganância de quererem vencer sozinhos.

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SHENG

A Cooperação como um Sistema representa um caminho de grande valor e importância para aqueles que desejam construir organizações prósperas, proativas, produtivas e inovadoras e não organizações somente para a sobrevivência.

Este caminho só é possível de ser atingido quando se consegue agregar, de forma holística, os quatro grandes valores (ou Corpos de Ser), ou Funções que constituem o Homem Total (ou Integral), os quais mostram-se na Figura 1.

Cooperação: A Função, o Processo e

o Sistema

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RAZÃO

EMOÇÃO

INTELIGÊNCIA

MATÉRIA

Noosfera Corpo

Espiritual

Hilosfera (Corpo Físico)

Logosfera Corpo

Racional

Biosfera Corpo

Emocional

FIGURA 1 – Funções do Sistema de Homem Integral

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O Cooperativismo não deve ser apenas uma visão do corpo físico (Hilosfera) e nem deste somado ao corpo emocional (Biosfera). Qualquer construção organizacional que busca a Cooperação só tem êxito se conjuga estas quatro funções humanas (que também chamamos de Corpo).

A esta reunião de funções (Harmonia) damos o nome de Processo Integral e, quando projetado para fins negociais, tem-se um Sistema Integral Cooperativado de Negócios (SICN).

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Para se alcançar o cooperativismo pleno ou o verdadeiro SICN leva-se em conta tanto a competência intrapessoal quanto a competência interpessoal, entre outros fatores que vimos discutindo em nossos artigos.

Um deles denominamos de Consenso, Cooperação e Consciência Grupal que envolve entre outros os seguintes vetores de transformação humana.

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SHENGCaminhos para a Sociedade do Futuro

[[CC]OOPERAÇÃO]OOPERAÇÃO [[AA]MORIZAÇÃO]MORIZAÇÃO [[CC]OLABORAÇÃO]OLABORAÇÃO [[HH]UMORIZAÇÃO]UMORIZAÇÃO [[HH]ARMONIZAÇÃO]ARMONIZAÇÃO [H]UMANIZAÇÃO[H]UMANIZAÇÃO

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SHENG

O que não está padronizado, e à mão do grupo constituinte cooperativo, e que representa a parte mais complexa deste processo, é a Consciência Grupal, assim como alguns outros requisitos que necessitam da integração das quatro Funções Humanas da Figura 1.

Entre estes requisitos vale citar o Conhecimento como base de gestão integradora, o qual, no caso do Cooperativismo, envolve a capacidade de aglutinação grupal com os valores empreendedoriais dos cooperantes o que, em nossos estudos e pesquisas estamos chamando de Coopreendedorismo.

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SHENG

(...) para se alcançar um processo e, logo, um sistema cooperativado, é necessário, primeiramente, que os indivíduos desenvolvam uma Consciência Grupal, “a qual é a soma total da consciência de cada indivíduo, através de sinceros esforços, (que) tem unido, fundido e harmonizado suas consciências com a dos outros” (SARAYDARIAN).

A falta deste requisito entre os indivíduos dificulta a formação de um sólido coletivo que contribuirá para a construção da Cooperativa. A seguir estão os oito requisitos da Consciência Grupal, segundo Saraydarian.

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SHENG Requisitos para a Consciência Grupal Os membros do Grupo:

1. devem aprender o valor do respeito e praticá-lo uns com os outros;

2. devem promover um Objetivo Comum;3. devem tentar trabalhar em Harmonia uns com os

outros, elevando o objetivo grupal e os objetivos individuais dos membros que não contradizem o objetivo grupal;

4. devem proteger o grupo e seus companheiros de ataques e perigos;

5. devem encorajar e evocar forças para desenvolver grandes potenciais em cada um;

6. devem aprender a ser tolerantes e complacentes com os outros membros do grupo, dando-lhes oportunidade de se engajar no trabalho grupal;

7. devem cultivar uma profunda sensibilidade à liderança do grupo, pela luz do objetivo grupal;

8. devem fomentar a alegria dos outros no grupo

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O SCN como se percebe pelo conteúdo dos oitos princípios da Consciência Grupal, vem a ser um dos melhores sistemas de organização para a superação de Crises, sobretudo em condições como as que predominam contradições e embates entre Estados Econômicos e entre Ideologias, como mostra o Círculo Paradoxal da Figura 2 (SILVA, 1996 p, 18) a seguir.

Sistema Cooperativado de Negócios (SCN) e as Regiões

Paradoxais

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IAgroeconomi

a

IVInfoeconomia

IIIEconomía Industrial

IIEconomía Mercantil Artesanal

Limite da Inovação e

da Criatividade

(C)

(SC)

(C)

CIRCULO PARADOXAL onde: C = Conhecimento e SC = Senso ComumFigura 2 – Os quatro estágios socioeconômicos porque passou a humanidade desde 5.000 A.C.

(SC)

Sistema Cooperativado de Negócios (SCN) e as Regiões Paradoxais

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Destacamos que uma Região Paradoxal é aquela em que coexistem mais de um estágio socioeconômico ao mesmo tempo, os quais vêm representados pelo circulo da Figura 2, considerados como revoluções que ocorreram no Planeta desde o momento em que o Homem se fez criador de conhecimentos.

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Assim, para enfrentar uma Crise em regiões paradoxais deve-se começar pela formação de um Coletivo e pela definição de um Objetivo Comum com o que se pode construir um Processo e/ou um Sistema Cooperativado de Negócios (SCN).

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Não estamos interessados na “cooperativa” que visa solucionar um problema isolado e urgente de algumas pessoas ou de uma comunidade específica, a qual, neste caso, opera de acordo com os procedimentos associativistas que geram as associações, como temos visto em muitos exemplos ocorridos em várias cidades e comunidades que estudamos e continuamos a estudar e nas áreas de agronegócios, de educação, etc.

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A Cooperação e a Cooperatividade não começam quando surgem as dificuldades particulares e/ou pessoais, para servir de solução emergente e como forma de sobrevivência no confronto com o Caos em dado momento histórico.

As Cooperativas são soluções para a prosperidade e não para a sobrevivência.

A Cooperativa pode contribuir para a redução da pobreza e não para a distribuição de riqueza e nem mesmo para soluções políticas em uma comunidade.

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A Cooperação vai mais além da emergência do Fato Social, do Fato Administrativo ou do Fato Econômico e do Fato Político porque ela deve estar presente no indivíduo antes mesmo (ou a priori) de ele se reunir com outros indivíduos para a formação do multivíduo ou grupo de interesse.

Vale dizer que as pessoas não se fragmentam para formar equipes. As pessoas se engajam e como tal são incluídas. O consenso natural que reúne a pluralidade individual não é o mesmo que unanimidade.

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SHENG

A inclusividade é, por isso, um prévio requisito para que se realize a Cooperação, entre tantos outros. A Cooperação é uma Atitude que leva à Determinação das pessoas engajadas no processo cooperativo.

A inclusividade não elimina a pluralidade e a liberdade individuais porque o consenso natural nasce da consciência grupal de cada cooperante por isso não existe equipe, mas multivíduos engajados.

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Pelo menos os fatores a seguir são importantes para que os indivíduos alcancem a formação do grupo e a especificação do objetivo comum (Cf. SARAYDARIAN):Eles conhecem s si mesmos;eles conhecem os outros;eles conhecem o objetivo comum;eles sabem como alcançar esse objetivo;eles apoiam, encorajam, entusiasmam uns

aos outros para alcançar o objetivo

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Há casos de indivíduos que procuram entrar como membros cotistas em uma cooperativa porque sua empresa (ou sua vida) está atravessando uma grande dificuldade (...) e acreditam que no ambiente cooperativo irão obter as condições de que necessitam, no momento, para alcançar sua recuperação.

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SHENG

Este é um objetivo individual e nada demais (...) que reduz a visão de grupo e distancia os indivíduos do Objetivo Comum, provocando, em pouco tempo, distorções estruturais e na harmonia, de sorte que possam ocasionar o fim do Processo Cooperativado.

Na Associação predomina o Indivíduo Pessoal enquanto na Cooperativa predomina o Indivíduo Coletivo.

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O que observamos nas regiões paradoxais é que o choque entre as várias economias a um mesmo tempo, deixa o indivíduo confuso, aturdido, em um primeiro momento, levando-o a buscar as primeiras respostas a suas dificuldades (e dúvidas) como sendo aquela solução salvadora que tanto ansiava para sua situação crítica.

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Tal atitude tende a inibir a criatividade, a qual só vai se manifestar (quando consegue tal), em um segundo momento, quando o organismo já está deteriorado e caminhando para a falência (...)

O individuo espera tudo do Estado, do Poder Divino e dos outros e nunca espera tudo de si mesmo (parafraseando um pensamento de Sakyamuni, o Buda).

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Na medida em que comecemos a depender menos do Estado e de suas instituições burocráticas, e passemos a depender mais dos Sistemas Cooperativados que criamos em função de um Objetivo Comum, nos tornamos mais fortes e mais capazes de superar as dificuldades inerentes ao choque das economias a que estamos sujeitos, e, portanto, mais capazes de superar as Crises.

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SHENGO Ambiente, a Missão e o SCN

Ao caminhar na direção da necessidade de construir um SCN devemos estar seguros de que nossos Objetivos Individuais não irão provocar rupturas no Sistema Cooperativado.

Por isso, é importante saber que uma Cooperativa é uma Organização Ser e não uma Organização Ter.

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Isto é importante porque precisamos definir, com bastante certeza e segurança, quais são nossas Missões Pessoais (MP), porque a soma delas resultará explicitamente, na Missão da Cooperativa (MC).

Se nossa missão está mais coerente com nossa vontade de Ter, certamente iremos ser um complicador no ambiente Ser.

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A vontade de Ter reclama valores e lamenta, o tempo todo, a busca pela sobrevivência, dificultando o desenvolvimento da Sinergia que sustenta a Cooperatividade.

A vontade de Ser agrega valores e reclama positivamente pela realização de ações que possam conduzir à prosperidade, facilitando o desenvolvimento da Sinergia que conduzirá a Cooperatividade.

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Três elementos são importantes para que se comece a promover a caminhada na direção de um Ambiente Ser que são Educação, Disciplina (no sentido de conscientização e de criação de atitudes positivas) e Ordem (como organização e modelação intrapessoal e interpessoal).

A interação e o equilíbrio entre estes elementos são mostrados no diagrama de Venn da Figura 3 adiante.

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SHENG

Para os fins cooperativos o Ser pode ser representado pela composição da Figura 3 formada pelos elementos Disciplina, Educação, e Ordem (que chamo Modelo DEO) como atitudes pessoais positivas, enquanto os indivíduos do tipo Ter confundem estes elementos como atitudes de interesse apenas pessoal, portanto negativa, individualista e não coletivista.

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SHENG

SER

Educação Disciplina

Ordem (ou Organização

)

Figura 3 – Composição do Ambiente SER

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Um SCN é um Ambiente Ser e possui uma estrutura (Organização) fragilmente heteronômica e fortemente autonômica, cuja base se deve, entre outros fatores, à existência da Consciência Grupal e de um Objetivo Comum, o qual é compartilhado igualmente e inclusivamente por todos.

O Objetivo Comum tem de ser compartilhado por cada individualidade positiva, respeitando e reforçando as liberdades individuais.

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SHENG

Pode-se dizer que:O SCN é um conjunto eclético e

pluralista de valores e missões que procura, através da mutualidade e da reunião de energias empenhar-se pela realização plena e duradoura de um Objetivo Comum que também se denomina Objetivo Mútuo.

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SHENG

Esta sequencia que resulta na Cooperação é chamada também de Mutualidade e representa a coletivização das individualidades positivas ou construtivas, das Vontades do Ser e renúncia aos valores do Ter.

A Cooperativa, produto maior que concretiza as vontades e missões pessoais, é um resultado mutualista da Consciência Grupal.

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SHENG

Cooperativismo, Associativismo e

Coopreendedorismo Esta nova modalidade de conhecimento

(Coopreendedorismo) que envolve a dinâmica e a filosofia do Cooperativismo e as competências criativas do Empreendedorismo é um esforço maior para a diferença que separa, porém não de forma excludente, cada um destes termos quando estamos lidando com comunidades rurais nas quais há uma grande participação das mulheres como ativas empreendedoras.

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SHENG

Um ponto importante a considerar é o fato de que os cooperantes, dentro de uma cooperativa, desenvolvem e aplicam capacidades empreendedoriais, enquanto que os associantes, em uma associação, não demonstram qualquer qualidade de comportamento inerente ao empreendedorismo, até mesmo aquele relativo ao Empreendedorismo Social (como nas ONG), com a mesma intensidade com que o fazem os cooperantes.

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SHENG

Em outras palavras, trata-se de a questão do indivíduo e de suas relações com o mundo, visto que, seguindo as ideias de Filion (1993), os elementos que caracterizam o comportamento empreendedorial são: Os Weltanschauung (Ego, Prisma de Visão do Mundo); a Liderança; a Energia; e as Relações, os quais tanto envolvem elementos sociais quanto elementos econômicos que estão no mundo.

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SHENG

Consideramos estas formas como relação intrapessoal e interpessoal. A primeira ocorre quando a pessoa traz do mundo para dentro de si valores, ideias, modelos, padrões ou paradigmas e os modelam para dar consistência ao que se denomina personalidade.

A segunda forma se refere às relações que as pessoas têm com outras nos grupos de referência, na comunidade, na sociedade, utilizando seus valores, seus modelos mentais como ela adquiriu.

Page 52: Cooperativismo empreendedorial propostas e práticas

SHENGConclusão Assim, a ideia de Coopreendedorismo

tendo a organização familiar como principal promotora do empreendedorismo orientado para a redução da pobreza e estimulador da inclusão social, é bastante positiva nas comunidades rurais do Sudoeste e Oeste Baiano e se tornam, pouco a pouco, em práticas importantes, mesmo que as pessoas ainda estejam necessitando de desenvolvimento educacional consistente sobre Filosofia Cooperativista. Este processo educacional é importante a fim de poderem criar suas próprias Cooperativas em lugar de Associações politicamente aparelhadas.

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A grande dificuldade para o desenvolvimento de cooperativas em regiões paradoxais do Brasil se deve, sobretudo, às instituições políticas e à falta de uma cultura cooperativista em forma de conteúdo educacional desde os cursos elementares até o superior como base para se iniciar mudanças de valores e alcançar a formação cooperativista para contribuir com a inclusão nas zonas rurais do Brasil.

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Portanto, a saída para as Crises é o Cooperativismo para aquelas pessoas que vivem nas zonas rurais e que sabem produzir, porém não sabem vender e comercializar, o que vai precisar de um desenvolvimento coopreendedorial para avançar em termos socioeconômicos.

Assim é possível enfrentar as Crises com bons resultados para os residentes naquelas regiões e conseguir uma efetiva redução da pobreza com boa elevação do IDH

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SHENGReferências FILION, L-J. Visão e relação: Elementos para um

Metamodelo de atividade empreendedora. RAE, v.33, n.6, p.50-61, Nov./Dez., 1993, São Paulo.

PROUDHON, P-J. Sistema de Contradições Econômicas ou Filosofia da Miséria. São Paulo: Escala, 2007, 2V.

SARAYDARIAN, T. A Psicologia da Cooperação e da Consciência Grupal. São Paulo: Aquariana, 1990.

SILVA, J. M. Da Economia Material à Economia Informacional: novos desafios para a Administração. Vitória da Conquista: NEPAAD/UESB, 1996.

Von OECH, R. Um ‘TOC’ na Cuca. São Paulo: Cultura.

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