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COODENADORIA DE PESQUISAS, PLANOS, PROJETOS E MONITORAMENTO - CPPPM

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COODENADORIA DE PESQUISAS, PLANOS, PROJETOS E MONITORAMENTO - CPPPM

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IIINNNDDDIIICCCAAADDDOOORRREEESSS

AAAMMMBBBIIIEEENNNTTTAAAIIISSS

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1. INDICADORES AMBIENTAIS SELECIONADOS E

VALIDADOS DE MS

Biodiversidade

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1.1. Espécies Extintas e ameaçadas de extinção (Espécies ameaçadas

de sobre exploração)

I. IDENTIFICAÇÃO DA VARIÁVEL/INDICADOR

1 Nome: Espécies Extintas e ameaçadas de extinção (Espécies ameaçadas de sobre exploração)

2 Unidade de medida: Número de espécies extintas 3 Periodicidade: Anual 4 Abrangência Geográfica: MS 5 Agregação Espacial: Mato Grosso do Sul 6 Escala: -

7 Disponibilidade Inicio: Fim:

II. DESCRIÇÃO GERAL DO INDICADOR

1) Definição:

Além de seu papel ecológico, os peixes têm grande importância socioeconômica, sendo explorados por três modalidades de pesca: subsistência, amadora e profissional-artesanal. A pesca, na modalidade profissional-artesanal, representa uma importante atividade econômica e social no Estado de Mato Grosso do Sul. O Sistema de Controle da Pesca (SCPesca) constitui uma ferramenta importante de monitoramento das espécies de peixes exploradas comercialmente no Estado de Mato Grosso do Sul. O SCPesca foi implantado em 1994 em um trabalho conjunto entre a Polícia Militar Ambiental, Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL) e Embrapa Pantanal que reúne dados da pesca amadora e profissional. Com mais de 10 anos de dados é possível esboçar um perfil da pesca identificando algumas tendências e obtendo resultados sobre a avaliação do nível de exploração dos estoques pesqueiros das espécies contabilizadas. A avaliação dos dados permite subsidiar medidas de ordenamento pesqueiro em Mato Grosso do Sul.

2) Metodologia e

método de cálculo:

O indicador é constituído pelo número de espécies extintas e ameaçadas, e pela razão, expressa em percentual, entre este valor e o número total de espécies de cada grupo taxonômico.

3) Fontes de dados:

3.1 Física: Dados do SCPesca

3.2 URL: www.imasul.ms.gov.br www.cpap.embrapa.br

3.4 Responsável: IMASUL/EMBRAPA PANTANAL

3.5 Frequência de atualização:

Última atualização feita em 2005

4) Facilidade de 1.1. Fácil 2. Regular X 3. Difícil

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obtenção

5) Tipos de fonte de informação

1. Censo 2. Questionário 3. Registro

administrativo X

4. Estação Monitoramento

5. Estimação

Direta 6. Outro

6) Interpretação: A conservação da diversidade biológica dos estoques pesqueiros depende não só do manejo com medidas de ordenamento como também da integridade de seus habitats.

PERTINÊNCIA PARA O ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

1) Finalidade / Propósito:

Este indicador expressa algumas das pressões antrópicas exercidas pela pesca do pacu (Piaractus mesopotamicus) na Bacia do Alto Paraguai no MS.

2) Tema: Proteção aos estoques pesqueiros.

3) Sub-tema: Proteção da espécie Piaractus mesopotamicus na Bacia do Alto Paraguai em MS.

4) Convenções e Acordos Internacionais:

A construção de indicadores de desenvolvimento sustentável no Mato Grosso do Sul integra-se ao conjunto de esforços nacionais e internacionais para concretização das idéias e princípios formulados na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, no que diz respeito à relação entre meio ambiente, desenvolvimento e informações para a tomada de decisões. Em 2004 foi publicada uma lista de espécies reconhecidas como ameaçadas de extinção e sobreexplotadas ou ameaçadas de sobreexplotação, Instrução Normativa MMA n° 5, de 21 de maio de 2004.

5) Metas / Padrões:

Dispor a sociedade um conjunto de informações sobre a realidade sul-mato-grossense da sobre exploração do Piaractus mesopotamicus, bem como a proteção dos estoques pesqueiros no Estado.

FORMA DE APRESENTAÇÃO DO INDICADOR:

1) Formato Tabelas

Descrição

Apresenta o estado e as variações da biodiversidade, expressos pelo número estimado

de espécies nativas, número de espécies ameaçadas de extinção e número de espécies

endêmicas, nos principais biomas sul-mato-grossenses.

As variáveis utilizadas neste indicador são o número de espécies ameaçadas de

extinção, subdivididas segundo as categorias de risco, e o número estimado de espécies

nativas em alguns grupos taxonômicos. Para peixes são apresentadas as espécies ameaçadas

de sobreexplotação.

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O indicador é constituído pelo número de espécies ameaçadas, e pela razão, expressa

em percentual, entre este valor e o número total de espécies de cada grupo taxonômico.

As espécies extintas e ameaçadas são relacionadas em lista elaborada pelo Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA e pelo Ministério

do Meio Ambiente - MMA. A classificação das espécies segundo o grau de ameaça foi

baseada em critérios internacionais usados pela União Mundial para a Natureza (The World

Conservation Union – UICN). As categorias utilizadas são: Extinta; Extinta na Natureza;

Criticamente em Perigo; Em Perigo; Vulnerável; Quase Ameaçada; e Dados Insuficientes. Nas

listas estaduais de espécies ameaçadas são usadas, também, as categorias: Regionalmente

Extinta; Rara; Provavelmente Extinta; Presumivelmente Extinta na Natureza; e

Presumivelmente Ameaçada.

As informações utilizadas para a elaboração deste indicador foram produzidas pelo

IMASUL – Instituto de Meio Ambiental de Mato Grosso do Sul.

Justificativa

A conservação da diversidade biológica compreende a proteção da variabilidade em

vários níveis, como os ecossistemas e os habitats, as espécies e as comunidades, os genomas

e os genes. A Convenção sobre Diversidade Biológica, ratificada pelo Brasil em 1994,

determina várias responsabilidades, entre as quais a identificação e o monitoramento de

ecossistemas e habitats, espécies e comunidades que estejam ameaçadas, genomas e genes

de importância social e econômica.

Mato Grosso do Sul está em um cenário destacável em diversidade biológica não só

por deter um dos Biomas Patrimônio da Humanidade - o Pantanal - mas também por termos

o Bioma do Cerrado e da Mata atlântica. Este último foi muito desflorestado e degradado em

virtude de fazer parte de sua composição espécies de interesse econômico. Desta forma, o

Estado colabora para estarmos incluídos entre os países dotados da chamada

megadiversidade, grupo de 12 nações que abrigam 70% da biodiversidade total do planeta. À

importância de âmbito global da conservação da biodiversidade no Mato Grosso do Sul soma-

se a sua relevância para a economia do Estado.

Este indicador é um dos mais adequados para o monitoramento e avaliação da proteção da

biodiversidade em nível de espécies e biomas e, associado a outros indicadores, informa

sobre a eficácia das medidas conservacionistas.

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Comentários

De acordo com a lista constante na Instrução Normativa MMA n° 5, de 21 de maio de

2004, o segundo maior número de espécies ameaçadas de extinção são os peixes de água

doce, os quais atualmente constam com 142 espécies ameaçadas.

Parte do aumento do número de espécies ameaçadas se deve ao aumento do

conhecimento sobre a fauna e a situação dos Biomas brasileiros.

Catella (2001) utilizando os dados do SCPESCA/MS de 1994 a 1999 analisou o

desenvolvimento da pesca, comparou suas características com a de períodos anteriores e

relacionou-as com as alterações naturais do ecossistema, qualidade ambiental, política e

legislação pesqueira. Catella (2001) e Catella et al. (2002) realizaram estudos de avaliação do

nível de exploração dos estoques, ajustando modelos de produção excedente para as

principais espécies no período de 1994 e 1999. Os autores observaram que a captura total,

para a maioria das espécies, respondeu positivamente ao aumento do esforço, exceto para o

pacu Piaractus mesopotamicus, indicando sobrepesca do estoque e, de forma não conclusiva

para o jaú Paulicea luetkeni. Esses resultados embasaram a adoção de medidas de

ordenamento pesqueiro para a proteção dos estoques e foram corroborados por outros

estudos.

As alterações nos números e nas espécies ameaçadas de extinção entre as listas

decorrem, principalmente, do avanço da destruição de áreas naturais, aumentando o número

de espécies ameaçadas, e das medidas de conservação adotadas nos últimos anos para as

espécies mais ameaçadas, que levaram à retirada de algumas delas da lista atualizada.

Para os peixes a lista oficial de espécies sob ameaça apresenta categorias próprias,

diferente das usadas para as espécies da fauna terrestre. A construção de represas, a

destruição de matas ciliares e a poluição de rios estão entre as maiores ameaças à fauna

aquática. Além da destruição de habitats, a pesca se constitui em fator de pressão sobre as

populações de peixes de águas interiores. A sobre exploração de algumas espécies já traz

prejuízo para a atividade pesqueira.

Os valores mais baixos no percentual das espécies ameaçadas para invertebrados e

peixes, quando comparados com vertebrados terrestres (especialmente mamíferos) se deve,

muito provavelmente, mais à falta de conhecimento sobre a biodiversidade e o estado de

preservação destes grupos taxonômicos, do que a um menor grau de ameaça.

O principal objetivo da lista de espécie da fauna ameaçada de extinção é mostrar o

estado de preservação das espécies e dos ecossistemas e biomas onde ocorrem. Desta

forma, alertar os tomadores de decisão, os profissionais da área de meio ambiente e a

sociedade em geral, sobre a crescente destruição do patrimônio natural, não somente no

Mato Grosso do Sul, Brasil, mas em todo o planeta. A relação das espécies que estão em risco

de extinção pode orientar políticas públicas e privadas quanto à ocupação e uso do solo, às

estratégias de conservação de habitats e à definição de ações que visem a reverter o quadro

de ameaça a estas espécies e aos biomas. As listas servem também como mecanismo para

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nortear ações de combate ao tráfico e comércio ilegal, tanto das espécies da flora quanto da

fauna brasileiras.

Juntamente com o número absoluto de espécies, o número de espécies endêmicas

fornece uma idéia do potencial de risco que correm a biota e o patrimônio genético de cada

um dos Biomas Brasileiros. Dentre os Biomas, a Mata Atlântica destaca-se por apresentar o

maior número de espécies ameaçadas de extinção, resultado de mais de 500 anos de

ocupação desordenada de sua área de ocorrência. O grande número de espécies endêmicas

da Mata Atlântica acentua a importância deste Bioma.

As principais ameaças às espécies e aos Biomas Brasileiros são a destruição de habitats

(desmatamento, queimadas), a fragmentação dos ecossistemas, a chegada de espécies

invasoras, o tráfico e o comércio de animais e plantas silvestres, e a introdução de doenças.

Além de tudo isto, a perspectiva de rápidas e acentuadas mudanças climáticas também

constituem uma potencial ameaça à biodiversidade no Mato Grosso do Sul.

Algumas Unidades da Federação possuem suas próprias listas de espécies ameaçadas

de extinção. O número de espécies ameaçadas nos Estados do Centro-Sul do País é bem

maior que no Pará (Região Norte). Isto é decorrência tanto do maior grau de destruição dos

ambientes naturais no Centro-Sul quanto de um maior conhecimento da realidade ambiental

desta parte do País.

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1.2. Tráfico de animais silvestres em Mato Grosso do Sul

I. IDENTIFICAÇÃO DA VARIÁVEL/INDICADOR

1 NOME: Tráfico de aves silvestres em Mato Grosso do Sul 2 Unidade de medida: Indivíduos 3 Periodicidade: Anual 4 Abrangência Geográfica: Regional 5 Agregação Espacial: Mato Grosso do Sul/Brasil 6 Escala: -

7 Disponibilidade Inicio: 2009 Fim:

II. DESCRIÇÃO GERAL DO INDICADOR

1) Definição:

Todo ano no Brasil milhares de animais são retirados do seu habitat natural para alimentar o comércio ilegal de animais silvestres. A maioria destes animais é proveniente das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sendo escoada para as regiões Sul e Sudeste, pelas rodovias federais (JUPIARA e ANDERSON, 1991; RENCTAS, 1999). O Estado de Mato Grosso do Sul, é formado por vários Biomas (Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica) possuindo alta diversidade biológica e principalmente, alta densidade faunística. Além disso, faz fronteira com outros países e com 05 Estados Brasileiros. Estas características o tornam um Estado preferencial para o tráfico, sendo inclusive rota para o comércio internacional de animais silvestres. Em Mato Grosso do Sul, milhares de filhotes de Psitacídeos são apanhados do meio ambiente para fomentar este comércio que é a terceira maior atividade ilícita do mundo. Dentre as espécies mais visadas, o papagaio verdadeiro (Amazona aestiva) é o alvo principal. Em 2008 foram apreendidos no Estado mais de 1000 filhotes de papagaios, no entanto, este número não representa a realidade de retirada destes pelos traficantes. A retirada dos animais dos ninhos ocorre em todo o Estado, porém a Região Leste e Cone Sul (Ivinhema, Itaquiraí, Mundo Novo, Novo Horizonte do Sul, Naviraí, etc) tem se sobressaído neste aspecto.

2) Metodologia e método

de cálculo: O indicador é composto pelos quantitativos das variáveis acima enunciadas.

3) Fontes de dados:

3.1 Física: CITES, IUCN, HELMUT SICK 3.2 URL: 3.4 Responsável: Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente.

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3.5 Frequência de

atualização: Última atualização foi feita em 2009.

4) Facilidade de obtenção 1. Fácil 2. Regular X 3. Difícil

5) Tipos de fonte de

informação

1. Censo 2.

Questionário

3. Registro Administrativo

X

4. Estação Monitoramento

5. Estimação

Direta 6. Outro X

6) Interpretação:

O comércio ilegal exerce uma forte pressão sobre as espécies traficadas, reduzindo suas populações e comprometendo sua sobrevivência a médio e longo prazo. A extinção de uma espécie pode provocar também danos aos ecossistemas, pois as funções que esta exerce no ambiente poderão não ser preenchidas pelas outras espécies.

III. PERTINÊNCIA PARA O ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

1) Finalidade / Propósito: Este indicador expressa algumas das pressões antrópicas exercidas sobre a fauna silvestre de um território que podem levar à extinção das espécies mais visadas.

2) Tema: Atividade ilegal como importante fonte de renda.

3) Sub–tema:

Além da venda de animais vivos, o tráfico também objetiva fornecer matérias-primas destinadas à produção de artesanato, artigos de luxo (peles), produtos cosméticos, medicinais e de cunho cultural/religioso.

4) Convenções e Acordos

Internacionais:

A construção de indicadores de desenvolvimento sustentável no Mato Grosso do Sul integra-se ao conjunto de esforços nacionais e internacionais, como a Convention on International Trade In Endangered Species of Wild Fauna and Flora (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna Selvagens em Perigo de Extinção). E no que diz respeito à relação entre meio ambiente, desenvolvimento e informações para a tomada de decisões baseia-se na concretização das idéias e princípios formulados na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992.

5) Metas / Padrões: Dispor a sociedade um conjunto de informações sobre a realidade sul-mato-grossense sobre o Tráfico de Aves Silvestre no Estado.

IV. FORMA DE APRESENTAÇÃO DO INDICADOR:

1) Formato Figuras

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Tráfico de Aves Silvestres em Mato Grosso do Sul

Apresenta a quantidade de aves silvestres traficadas apreendidas. Este indicador

expressa algumas das pressões antrópicas exercidas sobre a fauna silvestre de um território

que podem levar à extinção das espécies mais visadas.

Descrição

As variáveis utilizadas neste indicador são o número de espécimes de aves da fauna

Sul-mato-grossense pertencentes a alguns grupos taxonômicos selecionados, apreendidos

anualmente com traficantes de animais. O indicador é composto pelos quantitativos das

variáveis acima enunciadas.

Apresenta a quantidade de aves silvestres traficadas apreendidas. Este indicador

expressa algumas das pressões antrópicas exercidas sobre a fauna silvestre de um território

que podem levar à extinção das espécies mais visadas.

As informações utilizadas para a elaboração deste indicador foram produzidas pelo IMASUL –

Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul.

Justificativa

Estima-se que anualmente o tráfico retire cerca de 38 milhões de animais do meio

ambiente, vendendo-os ilegalmente para países do primeiro mundo. Os animais traficados

são oriundos, essencialmente, de países tropicais pobres.

O comércio ilegal exerce uma forte pressão sobre as espécies traficadas, reduzindo

suas populações e comprometendo sua sobrevivência a médio e longo prazo. A extinção de

uma espécie pode provocar também danos aos ecossistemas, pois as funções que esta exerce

no ambiente poderão não ser preenchidas pelas outras espécies.

Apesar dos danos que o tráfico causa à fauna silvestre sul-mato-grossense, há uma

carência generalizada de informações quantitativas sobre o tema, o que dificulta a avaliação

da real dimensão do tráfico e de seu impacto no Estado.

Comentários

O Estado de Mato Grosso do Sul, é formado por vários Biomas (Pantanal, Cerrado,

Mata Atlântica) possuindo alta diversidade biológica e principalmente, alta densidade

faunística. Além disso, faz fronteira com outros países e com 05 Estados brasileiros. Estas

características o tornam um Estado preferencial para o tráfico, sendo inclusive rota para o

comércio internacional de animais silvestres.

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O quadro socioeconômico Sul-mato-grossense tem contribuído também para o tráfico

de animais no Estado. A região Centro-Oeste, ocupa o terceiro lugar dos locais de origem de

grande parte de animais traficados, parte da população tem essa atividade ilegal como fonte

de renda. Oferecer opções de atividades econômicas e educação ambiental à população desta

região pode contribuir, juntamente com o aumento da fiscalização, para a redução do tráfico

de animais silvestres.

O tráfico de animais silvestres é considerado o terceiro maior comércio ilegal do

mundo, movimentando cerca de US$ 10 bilhões por ano. O Brasil situa-se entre os principais

países fornecedores de animais, responsável por 10% do mercado mundial. Estima-se que

30% dos animais silvestres traficados no Brasil são exportados. O tráfico internacional é mais

rentável, mas o tráfico interno é mais atrativo e fácil de operar. O IBAMA estima que 95% do

comércio de animais da fauna silvestre brasileira seja ilegal. Internamente, as rodovias

federais são a rota principal de transporte ilegal da fauna. A exportação ilegal se faz através

de portos e aeroportos com destino à Europa, Ásia e América do Norte. Entre os principais

países importadores, estão a Alemanha, a Espanha, a Inglaterra, o Japão e os Estados Unidos.

O número de animais retirados do meio ambiente é muito maior do que o

efetivamente comercializado, pois há muitas perdas durante o processo de captura e

transporte. Estima-se que para cada animal traficado pelo menos três outros morram. Além

disto, maus tratos, crueldade e condições inadequadas de transporte e acomodação estão

quase sempre associadas ao tráfico de animais silvestres, suscitando questões éticas quanto

ao trato com animais, e provocando alta mortalidade pós-venda dos animais traficados.

O número de aves apreendidas pelas autoridades, por sua vez, é bem menor que

aquele traficado. Avaliando as apreensões de papagaios ocorridos no Estado de Mato Grosso

do Sul, verifica-se que variou bastante durante o período dos últimos vinte anos (1989-2009)

(Figura 8), com elevada apreensão no ano de 2008. Em 2008 foram apreendidos no Estado

mais de 1000 filhotes de papagaios, no entanto, este número não representa a realidade de

retirada destes pelos traficantes. A retirada dos animais dos ninhos ocorre em todo o Estado,

porém em algumas cidades da Região Leste e Cone-sul (Ivinhema, Novo Horizonte do Sul,

Mundo Novo, Itaquiraí, Naviraí, etc) tem se sobressaído neste aspecto.

Esta variação citada anteriormente é decorrência de flutuações, tanto nas quantidades

traficadas quanto, principalmente, na intensidade e rigor da fiscalização de estradas, feiras,

portos e aeroportos. Além disto, o sistema de registro das apreensões de aves silvestres no

Mato Grosso do Sul ainda está sendo estruturado, havendo muitas lacunas a serem

preenchidas. Portanto, os números do tráfico de aves silvestres apresentados devem ser

encarados como parciais, essencialmente preliminares, e exploratórios.

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FIGURA 20. Números de Papagaios Apreendidos no Comércio Ilegal de Animais Silvestres no

Estado de Mato Grosso do Sul entre os anos de 1989-2009

Segundo as apreensões, os animais mais procurados pelo tráfico no Mato Grosso do

Sul e no Brasil, são as aves, com mais de 70% dos animais apreendidos nos anos 1999, 2000 e

2005. Na biopirataria de aves verifica-se que estas são destinadas a colecionadores e pet

shops. Dentre as aves comercializadas, destacam-se os papagaios (Figura 20), as araras, os

tucanos e as emas.

Dentre as aves da família Psitacidae traficadas, destacam-se as seguintes espécies que

servirão de indicadores a este documento:

1. Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) - Mede em média 85 cm, pesando até 400g.

Possuem fronte e loros azuis, o amarelo da cabeça estende-se por cima e por detrás dos

olhos. Vive na mata úmida ou seca, palmais, beira de rio. Ocorre do nordeste, pelo Brasil

central, ao Rio Grande do Sul, Paraguai, norte da Argentina e Bolívia (SICK, 2001). Está

presente no anexo II do CITES (Convention on International Trade In Endangered Species

of Wild Fauna and Flora) e em SP está como espécie vulnerável;

2. Papagaio do mangue (Amazona amazonica) - Mede em média 34 cm. Possui espelho e

nódoas caudais abóboras, azul da cabeça mais concentrado supra-ocularmente que na

testa, parte superior das bochechas amarelas. Vive na mata, no litoral atlântico chega aos

manguezais. Ocorre da Colômbia, Venezuela e Guianas até o Paraná, oeste de São Paulo e

Rio de Janeiro (SICK, 2001). Está presente no anexo II do CITES e no Estado do PR é rara;

3. Papagaio galego (Savatoria xanthops) - Mede em média 26,5 cm, sendo típico das

porções secas do Brasil central e do meio-norte. Possuem cabeça e barriga amarela, lados

do corpo alaranjados. Vive no Cerrado, Caatinga, Mata de Galeria. Ocorrem do interior do

Maranhão e Piauí à Bahia, Minas gerais, Goiás e Mato Grosso até o oeste Paulista (SICK,

96 77

164135

281231

280196

19

234

134

265

153101

268

93 91

195

788

310

1

ANOS

1989 1990 1991 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

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2001). Está no anexo II do CITES, vulnerável na IUCN, vulnerável na lista de MG e

provavelmente extinta em SP;

4. Arara vermelha (Ara chloroptera) - Animal que mede em média 90 cm, pesando até 1,5

Kg. Possui ampla distribuição geográfica, desde o leste do Panamá até o norte da

Argentina. Habita beiras de rios e lagos (SICK, 2001). O período reprodutivo desta espécie

vai de setembro a março (GUEDES, 1999). Nos Estados do PR e RJ está provavelmente

extinta, em MG está em perigo e em SP está criticamente em perigo. Está presente no

anexo II do CITES;

5. Arara canindé (Ara ararauna) - Mede em média 80 cm e pode pesar até 1,3 Kg. Possui as

partes superiores azuis e partes inferiores amarelas. Ocorre da América Central ao Brasil,

Bolívia e Paraguai (SICK, 2001). Habita Matas Úmidas, Florestas de Galerias, e Várzeas com

burutizais e babaçuais (www.ambientebrasil.com.br). Está presente no anexo II do CITES,

em MG é considerada espécie vulnerável, em RJ está provavelmente extinta e em SP

criticamente em perigo;

6. Arara azul (Anodorrhynchus hyacinthinus) - mede em média 98 cm, podendo pesar até

1,5Kg. É o maior psitacídeo do mundo. Plumagem totalmente azul-cobalto. Vivem nos

Buritizais, Matas Ciliares e Cerrado adjacente. Ocorre nos Estados de Mato Grosso, Mato

Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Piauí, Maranhão, Pará e também na Bolívia

oriental (SICK, 2001). Está presente no anexo I do CITES, está vulnerável na lista brasileira,

em perigo na IUCN e criticamente e perigo em MG.

O número de criadouros de animais silvestres no Brasil tem crescido muito nos últimos

anos, concentrando-se nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Boa parte dos criadouros

tem caráter conservacionista. Aqueles com finalidades comerciais criam animais para o

fornecimento de carne de caça, couros e peles, venenos de cobras e animais para zoológicos

e colecionadores. A expansão dos criadouros pode suprir, ao menos em parte, a demanda por

animais silvestres, reduzindo a pressão sobre as populações naturais

O tráfico e as exportações legais de animais silvestres representam forte pressão sobre

as populações naturais, podendo ocasionar extinções e ameaçar o equilíbrio dos ecossistemas

de onde são retirados. A destruição e fragmentação de habitats bem como o tráfico e a

introdução de espécies exóticas estão entre as maiores ameaças à fauna brasileira.

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Em 1975, o Brasil aderiu à Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da

Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Convention on International Trade In Endangered

Species of Wild Fauna and Flora - CITES), acordo internacional que regula o comércio de

espécies animal ameaçadas de extinção. A Convenção apresenta três listas de espécies: os

Apêndices (ou Anexos) I, II e III. No Apêndice I, são listadas as espécies reconhecidamente

ameaçadas de extinção que têm como fator de pressão o comércio internacional, sendo o

mesmo permitido apenas em casos excepcionais. No Apêndice II, são apresentadas as

espécies que poderão ser ameaçadas de extinção, em futuro próximo, caso seu comércio

internacional não seja controlado. Finalmente, no Apêndice III, são listadas as espécies que os

países membros declaram necessitar de proteção especial, solicitando aos outros membros

da CITES auxílio para regular seu comércio internacional.

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1.3. Espécies Invasoras - Tucunaré (Cichla monoculus)

I. IDENTIFICAÇÃO DA VARIÁVEL/INDICADOR

1 Nome: Espécies invasoras – Cichla monoculus 2 Unidade de medida: Número de espécies 3 Periodicidade:

4 Abrangência Geográfica: MS

5 Agregação Espacial: Mato Grosso do Sul/Brasil 6 Escala: -

7 Disponibilidade Inicio: Fim:

II. DESCRIÇÃO GERAL DO INDICADOR

1) Definição: Apresenta a informação sobre locais onde o Tucunaré (Cichla monoculus) foi encontrado no Estado de Mato Grosso do Sul.

2) Metodologia e

método de cálculo:

3) Fontes de dados:

3.1 Física: Embrapa Pantanal

3.2 URL: www.imasul.gov.br

3.4 Responsável: IMASUL

3.5 Frequência de atualização:

4) Facilidade de

obtenção 1. Fácil 2. Regular X 3. Difícil

5) Tipos de fonte de

informação

1. Censo 2. Questionário 3. Registro

administrativo

4. Estação Monitoramento

5. Estimação

Direta 6. Outro X

6) Interpretação:

Espécies invasoras são aquelas que, não sendo originárias de um determinado ambiente ou ecossistema, nele se estabeleceram após serem introduzidas pela ação humana ou por fatores naturais, passando a se reproduzirem e dispersarem neste novo ambiente sem a ajuda direta do homem. Indiretamente, ao modificar os ambientes naturais, como, por exemplo, ocupando e/ou desmatando uma região, o homem pode facilitar a dispersão das espécies invasoras.

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III. PERTINÊNCIA PARA O ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

1) Finalidade / Propósito:

Identificar e registrar as espécies invasoras de tucunaré no Estado de Mato Grosso do Sul.

2) Tema: Espécies exóticas invasoras

3) Sub-tema: As espécies invasoras competem com as espécies nativas, podendo causar a extinção de algumas delas.

4) Convenções e

Acordos Internacionais:

A construção de indicadores de desenvolvimento sustentável no Mato Grosso do Sul integra-se ao conjunto de esforços nacionais e internacionais para concretização das idéias e princípios formulados na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, no que diz respeito à relação entre meio ambiente, desenvolvimento e informações para a tomada de decisões.

5) Metas / Padrões:

Dispor a sociedade um conjunto de informações sobre a realidade sul-mato-grossense sobre os locais onde o Tucunaré (Cichla monoculus) foi encontrado, bem como sua dispersão, em virtude de ser uma espécie exótica para o Estado.

IV. FORMA DE APRESENTAÇÃO DO INDICADOR:

1) Formato Tabelas

Espécies Invasoras

Apresenta o número de espécies invasoras no Mato grosso do Sul, informando os

locais de origem e as principais formas e conseqüência da invasão.

Descrição

Espécies invasoras são aquelas que, não sendo originárias de um determinado

ambiente ou ecossistema, nele se estabeleceram após serem introduzidas pela ação humana

ou por fatores naturais, passando a se reproduzirem e dispersarem neste novo ambiente sem

a ajuda direta do homem. Indiretamente, ao modificar os ambientes naturais, como, por

exemplo, ocupando e/ou desmatando uma região, o homem pode facilitar a dispersão das

espécies exóticas invasoras. As espécies invasoras abrangem também aquelas nativas do

Brasil que passaram a viver fora de sua área de ocorrência original no País. Embora seja um

fenômeno natural, a chegada de espécies invasoras a um território é muito intensificada pela

ação do homem.

As variáveis utilizadas neste indicador são os números de espécies invasoras de peixes.

São apresentados os locais de origem das espécies invasoras, as formas e as conseqüências

das invasões.

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O indicador é composto pelo número de espécie exótica invasora registradas no Mato

Grosso do Sul, até o ano de 2007. A lista das espécies invasoras ainda está em construção.

As informações utilizadas para a elaboração deste indicador foram produzidas pelo

IMASUL – Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul.

Justificativa

O Mato Grosso do Sul detém em seu território uma das maiores biodiversidades do

Brasil, sendo ainda insuficientemente conhecida, como o Bioma Pantanal, com uma área de

89.318 Km2 (25,01% da área total do Estado). No Estado encontra-se um patrimônio de

estimável valor biológico e de grande potencial econômico, como Bioma Cerrado e Mata

Atlântica. Para proteger este inestimável patrimônio chamado Pantanal, e demais Biomas, o

Mato Grosso do Sul destina uma área de cerca de 4.668.062,65ha-1 em áreas protegidas,

aproximadamente 13% do Território sul-mato-grossense. São 124 superfícies protegidas entre

parques (municipais, estaduais e federais), RPPNs ( municipais, estaduais e federais); APAs

(municipais, estaduais e federais), monumentos naturais (municipais e estaduais), estradas

parque e terras indígenas de diferentes etnias.

Porém, atualmente, a introdução e a dispersão de espécies exóticas invasoras podem

ocasionar extinção de espécies no Estado. A destruição e fragmentação de habitats

(desmatamento, queimadas, drenagem de áreas alagadas, expansão urbana, plantio de

monoculturas, poluição de corpos hídricos etc.) e a extração (caça, captura e coleta) de

espécimes da natureza também colaboram para o processo de extinção das espécies. As

espécies exóticas invasoras competem com as espécies nativas, o qual pode levar a extinção

de algumas delas.

Além da perda de biodiversidade e do potencial econômico que ela representa, danos

econômicos mais diretos e imediatos estão associados à chegada de espécies invasoras ao

Brasil. Por exemplo, o tucunaré (Cichla ocellaris), peixe originário da Amazônia, foi levado

para outras bacias hidrográficas do País, onde se tornou invasor e predador de espécies

aquáticas locais.

A adoção de medidas de prevenção à chegada de novas espécies invasoras ao Mato

Grosso do Sul e ao Brasil, assim como de ações de acompanhamento, controle e erradicação

daquelas já instaladas, se revestem, portanto, de importância ambiental, social e econômica.

Comentários

O grande aumento verificado no número de espécies invasoras entre a presente

edição da publicação: Indicadores de desenvolvimento sustentável e a anterior se deve aos

esforços empreendidos no sentido de identificar e registrar as espécies invasoras presentes

no Brasil.

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114

As ligações históricas e comerciais do Mato Grosso do Sul com outras partes do Brasil

e do mundo ajudam a explicar esta constatação.

Um Estado de dimensões continentais, com grande diversidade de biomas, este resultado

alerta para a necessidade de barreiras de controle internas, e não apenas externas, à

movimentação de espécies que possam invadir e ocupar novas áreas. Como exemplo deste

tipo de risco é o tucunaré - um peixe de origem da bacia amazônica, que pertence ao gênero

Cichla e devido ao rompimento de um viveiro de piscicultura, em 1982, espalhou-se pelos rios

Itiquira e Piquiri. Esta espécie invasora de peixe nos primeiros registros entre os anos 1992 e

1994 mostraram a ocorrência apenas na bacia do rio Piquiri. Posteriormente, pesquisadores

da Embrapa Pantanal registraram a ocorrência desse peixe em outras regiões do Pantanal. A

espécie tem sido pescada na Baía do Chané, Baía São João, Baía do São Francisco, Baía São

Pedro, Corixo Limoeiro, Cruz São Pedro, Corixo do Mata-Cachorro, Ilha do Coqueiro, Rio

Negrinho, Rio Piquiri, Rio São Lourenço, Rio Paraguai-Mirim, próximo ao Rio Paraguai. Todas

estas localidades estão na margem esquerda do rio Paraguai (Marques & Resende, 2005).

Os principais impactos causados pelas espécies invasoras são a competição (por

espaço e recursos) e a predação das espécies nativas, e as alterações no ambiente (de

habitat, físico químico e de fisionomia).

Na maioria das vezes observa-se que a espécie invasora foi introduzida de forma

intencional. Este resultado alerta para a ação direta e voluntária do homem neste processo. E

também, para a necessidade de um maior controle e análise de risco, incluindo o histórico de

invasão em outros locais, quando da introdução no Estado, de espécies exóticas ou quando

do transplante de espécies nativas do Estado de uma região para outra. Além dos danos

ambientais (extinção de espécies locais, perda de biodiversidade, modificações na paisagem e

nos processos naturais, etc.), a chegada de espécies invasoras também causa prejuízos

econômicos (dispersão de pragas, competição com espécies de interesse econômico, perda

da capacidade produtiva dos ecossistemas e do valor da paisagem, etc.) e sociais (introdução

de parasitas e vetores de doenças do homem).

O indicador é composto pelo número de espécies exóticas invasoras registradas no

Mato Grosso do Sul, até dezembro de 2008.

As informações utilizadas para a elaboração deste indicador foram produzidas pelo

IMASUL – Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul.

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115

1.4. Espécies invasoras

I. IDENTIFICAÇÃO DA VARIÁVEL/INDICADOR

1 Nome: Espécies invasoras 2 Unidade de medida: Número de espécies 3 Periodicidade: Anual 4 Abrangência Geográfica: Regional 5 Agregação Espacial: Mato Grosso do Sul/Brasil 6 Escala: -

7 Disponibilidade Inicio: 1991 Fim: 2009

II. DESCRIÇÃO GERAL DO INDICADOR

1) Definição:

As espécies exóticas invasoras são consideradas como a segunda causa de redução da biodiversidade no mundo, atrás apenas da perda de habitats por intervenção humana. Estão presentes em pelo menos 103 unidades de conservação do Brasil, espalhadas por 17 Estados e pelo Distrito Federal (IUCN). São organismos (fungos, plantas e animais, assim como seres vivos microscópicos) que se encontram fora da sua área natural de distribuição, por dispersão acidental ou intencional (CARVALHO, 2008). Por meio do processo denominado contaminação biológica, elas se naturalizam e passam a alterar o funcionamento dos ecossistemas nativos. Historicamente, o maior responsável por seu aparecimento é a colonização européia nos demais continentes (CARVALHO, 2008). O Ministério do Meio Ambiente estimou em 2006 uma quantidade de 543 seres vivos considerados invasores no território nacional (GOMEZ, 2009). A preocupação com as espécies invasoras levaram a Organização das Nações Unidas a criar o Programa Global de Espécies Invasoras (GISP), em 1997, com participação de mais de 100 países, inclusive do Brasil. Durante a Rio-92, quando foi aprovada a Convenção da Diversidade Biológica, foi também feito um alerta sobre o perigo que elas representam para o equilíbrio ecológico (CARVALHO, 2008). Em Mato Grosso do Sul, pode-se destacar as seguintes espécies invasoras (variáveis):

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2) Metodologia e método

de cálculo:

As variáveis utilizadas neste indicador são os números de espécies invasoras de animais, terrestres e aquáticas de alguns grupos taxonômicos. São apresentados os locais de origem das espécies invasoras, as formas e as conseqüências das invasões.

3) Fontes de dados:

3.1 Física: GISP, Instituto Horus, IAP, MMA, IMASUL 3.2 URL: 3.4 Responsável: IMASUL – Instituto Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul

3.5 Frequência de

atualização:

4) Facilidade de obtenção 1. Fácil X 2. Regular 3. Difícil

5) Tipos de fonte de

informação

1. Censo 2.

Questionário

3. Registro administrativo

X

4. Estação Monitoramento

5. Estimação

Direta 6. Outro X

6) Interpretação:

Espécies exóticas invasoras são aquelas que, não sendo originárias de um determinado ambiente ou ecossistema, nele se estabeleceram após serem introduzidas pela ação humana ou por fatores naturais, passando a se reproduzirem e dispersarem neste novo ambiente sem a ajuda direta do homem. Indiretamente, ao modificar os ambientes naturais, como, por exemplo, ocupando e/ou desmatando uma região, o homem pode facilitar a dispersão das espécies exóticas invasoras.

III. PERTINÊNCIA PARA O ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

1) Finalidade / Propósito: Identificar e registrar as espécies invasoras presentes no MS.

2) Tema: Espécies exóticas invasoras: três principais causas de extinção de espécies no mundo.

3) Sub-tema: As espécies exóticas invasoras competem com as espécies nativas, podendo causar a extinção de algumas delas.

4) Convenções e Acordos,

Nacionais e Internacionais:

A construção de indicadores de desenvolvimento sustentável no Mato Grosso do Sul integra-se ao conjunto de esforços nacionais e internacionais para concretização das idéias e princípios formulados na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, no que diz respeito à relação entre meio ambiente, desenvolvimento e informações para a tomada de decisões.

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117

5) Metas / Padrões: Dispor à sociedade sul-mato-grossense as informações sobre a realidade das espécies invasoras no Estado.

IV. FORMA DE APRESENTAÇÃO DO INDICADOR:

1) Formato Tabelas, gráficos e figuras.

Espécies invasoras

Apresenta as espécies invasoras, informando os locais de origem e as principais formas

e conseqüências da invasão.

Descrição

Espécies exóticas invasoras são aquelas que, não sendo originárias de um determinado

ambiente ou ecossistema, nele se estabeleceram após serem introduzidas pela ação humana

ou por fatores naturais, passando a se reproduzirem e dispersarem neste novo ambiente sem

a ajuda direta do homem. Indiretamente, ao modificar os ambientes naturais, como, por

exemplo, ocupando e/ou desmatando uma região, o homem pode facilitar a dispersão das

espécies exóticas invasoras. As espécies invasoras abrangem também aquelas nativas do

Mato Grosso do Sul que passaram a viver fora de sua área de ocorrência original no Estado.

Embora seja um fenômeno natural, a chegada de espécies invasoras a um território é muito

intensificada pela ação do homem.

As variáveis utilizadas neste indicador são os números de espécies invasoras de

animais, terrestres e aquáticos (água doce), de alguns grupos taxonômicos. São apresentados

os locais de origem das espécies invasoras, as formas e as conseqüências das invasões.

O indicador é composto pelo número de espécies exóticas invasoras registradas no

Mato Grosso do Sul e Brasil, até outubro de 2006.

As informações utilizadas para a elaboração deste indicador foram produzidas pelo

IMASUL utilizando dados do Ministério do Meio Ambiente – MMA, o Instituto Hórus de

Desenvolvimento e Conservação Ambiental, The Nature Conservancy do Brasil e o Instituto

Oceanográfico da Universidade de São Paulo - USP, a maior parte disponível na Internet, no

portal do Instituto Hórus, (http://www.institutohorus.org. br), organizadas na Base de Dados

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Nacionais sobre Espécies Invasoras e na publicação Espécies exóticas invasoras: situação

brasileira, do MMA, disponível na Internet, no endereço http://www.mma.gov.br /invasoras.

As informações oriundas do MMA de acordo com o IMASUL- 2009, se referem ao

número total de espécies exóticas invasoras já identificadas no Estado de Mato Grosso do Sul

(543 espécies), abrangendo-se animais, terrestres e aquáticos, inclusive aqueles que causam

danos à agricultura e à saúde humana. O MMA coordena o esforço de identificação e registro

de espécies invasoras no Brasil, do qual o Instituto Hórus participa com a compilação das

espécies invasoras animais e vegetais, terrestres e aquáticas, que causam danos aos

ambientes naturais. Os dados do Instituto Hórus/The Nature Conservancy (262 espécies) são,

portanto, um subconjunto das informações do MMA, para o qual se obteve maiores detalhes.

Outras instituições, entre elas a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA

(espécies que afetam à agropecuária), a Universidade Federal de Viçosa - UFV (invasoras de

águas continentais) e a Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ (espécies que afetam à saúde

humana), também participam do levantamento de espécies invasoras no País.

Justificativa

O Mato Grosso do Sul detém em seu território uma das maiores biodiversidades do

Brasil, sendo ainda insuficientemente conhecida - o Bioma Pantanal - com uma área de

89.318 Km2 (25,01% da área total do Estado). No Estado encontra-se um patrimônio de

estimável valor biológico e de grande potencial econômico, como Bioma Cerrado e Mata

Atlântica. Para proteger este inestimável patrimônio, chamado Pantanal, e demais Biomas, o

Estado de Mato Grosso do Sul destina uma área de cerca de 4.668.062,65ha-1 em áreas

protegidas, aproximadamente 13% do Território sul-mato-grossense. São 124 superfícies

protegidas entre parques (municipais, estaduais e federais), RPPNs (municipais, estaduais e

federais); APAs (municipais, estaduais e federais), monumentos naturais (municipais e

estaduais), estradas parque e terras indígenas de diferentes etnias.

Atualmente, a introdução e a dispersão de espécies exóticas invasoras é uma das três

principais causas de extinção de espécies no mundo. As outras duas são a destruição e

fragmentação de habitats (desmatamento, queimadas, drenagem de áreas alagadas,

expansão urbana, plantio de monoculturas, poluição de corpos hídricos etc.) e a extração

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119

(caça, captura e coleta) de espécimes da natureza. As espécies exóticas invasoras competem

com as espécies nativas, podendo causar a extinção de algumas delas.

Além da perda de biodiversidade e do potencial econômico que ela representa, danos

econômicos mais diretos e imediatos estão associados à chegada de espécies invasoras ao

Mato Grosso do Sul. Por exemplo, o mexilhão dourado (Limnoperma fortunei) (Figura 07),

molusco fluvial originário da China, foi registrado pela primeira vez no Brasil, em 1999, e hoje

encontra-se no Estado de Mato Grosso do Sul na Bacia do Rio Paraguai, e tem causado danos

ao funcionamento de hidrelétricas e o entupimento de tubulações de esgotos e de águas

pluviais nas bacias hidrográficas onde já se instalou. Outras espécies são pragas agrícolas ou

vetores de doenças.

A chegada de espécies exóticas invasoras também tem implicações sobre a saúde da

população. Algumas das endemias presentes no Mato Grosso do Sul, entre elas a dengue,

doença originária da Ásia, tem como principal inseto transmissor no Estado de Mato Grosso

do Sul e Brasil, o mosquito Aedes aegypti, originário da África.

A adoção de medidas de prevenção à chegada de novas espécies invasoras ao Mato

Grosso do Sul, assim como de ações de acompanhamento, controle e erradicação daquelas já

instaladas, se revestem, portanto, de importância ambiental, social e econômica.

Comentários

Entre as espécies invasoras, há aquelas nativas do Estado ou do Brasil, que são

invasoras no Bioma, Ecossistema ou ambiente para onde foram transplantadas pela ação

humana voluntária ou de forma acidental. Por exemplo:

1. MOLUSCA

• Mexilhão dourado (Limnoperna fortunei)

É um molusco bivalve, aquático, nativo do Sul da Ásia, da família Mitilidae. Essa

espécie de molusco asiático chegou à América do Sul nos anos noventa, a partir do rio da

Prata, Argentina, trazida na água por lastro de navios vindos do Oriente. No Brasil, o mexilhão

se instalou em rios e lagoas do Rio Grande do Sul, subiu pelos rios Paraná e Uruguai e já foi

detectado nos rios do Pantanal, nos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

(www.wikepedia.org).

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120

A Gerência de Recursos Pesqueiros e Fauna do IMASUL realiza o monitoramento da

dispersão do Mexilhão Dourado mapeando as áreas de ocorrência. Os trabalhos foram

iniciados em agosto de 2007 a partir de dados publicados pela Embrapa Pantanal, que

constatou a presença do Mexilhão Dourado no Rio Miranda, bacia do Rio Paraguai, na região

do Passo do Lontra, município de Corumbá. Foram estabelecidas três regiões de

monitoramento, a partir do último registro de sua ocorrência. As regiões incluíam o Passo do

Lontra (próximo ao Morro do Azeite), a região da Fazenda San Francisco e a região do

povoado do Salobra (ponte da ferrovia).

O projeto de monitoramento continua sendo executado e, como resultados, já

constatou a presença desta espécie invasora em novos pontos, sendo que o ponto mais

avançado de sua dispersão encontra-se na região da fazenda San Francisco, município de

Miranda, georreferenciado em S20° 02’ 02.5’’ W056° 39’ 21.4’. (Figura 21).

FIGURA 21. Atual avanço de dispersão do Mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) no

Rio Miranda, Bacia do Paraguai, município de Miranda

Fonte: Imagem satélite Google Word

• Escargot gigante africano (Achatina fulica)

É um molusco da classe Gastropoda, que apresenta concha cônica de cor marrom ou

mosqueada de tons claros. Nativo no leste-nordeste da África, foi introduzido no Brasil em

1988 visando ao cultivo e comercialização do escargot. O caramujo Achatina fulica foi

introduzido ilegalmente no Brasil inicialmente no Estado do Paraná há cerca de 20 anos atrás

como alternativa econômica ao escargot (Helix aspersa) por um servidor da Secretaria de

Agricultura. A segunda introdução teria ocorrido no porto de Santos por um servidor público

em meados da década de 90, que montou um Heliciário na Praia Grande, no qual promovia

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121

cursos de final de semana. O fracasso das tentativas de comercialização levou os criadores,

por desinformação, a soltar os caramujos nas matas. Esse caramujo africano, de fato pode

transmitir ao homem os vermes causadores de um tipo de meningite e da peritonite, por ser

o hospedeiro natural deles. O primeiro deles é o Angiostrongylus cantonensis, responsável

por um tipo de meningite que ocorre principalmente na Ásia, porém, ha notificação de casos

em Cuba, Porto Rico e Estados Unidos. Apesar de não haver registro dessa doença no Brasil,

infelizmente são altas as chances da doença se instalar no país. O outro parasita é o

Angiostrongylus costaricensis, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina, pode

ocasionar um quadro infeccioso abdominal aguda grave, que pode levar à morte. Devido ao

seu sucesso reprodutivo, o caramujo tornou-se uma terrível praga agrícola, alimentando-se

vorazmente de diversos vegetais de consumo humano. Por isso um parecer técnico 003/03

publicado pelo IBAMA e pelo Ministério da Agricultura em 2003, que considera ilegal a

criação de caramujos africanos no país, determina a erradicação da espécie e prevê a

notificação dos produtores sobre a ilegalidade da atividade. Este parecer vem reforçar a

Portaria 102/98 do IBAMA, de 1998, que regulamenta os criadouros de fauna exótica para

fins comerciais com o estabelecimento de modelos de criação e a exigência de registro dos

criadouros junto ao IBAMA (www.wikepedia.org). Ocorre em áreas Urbanas e Periurbanas

oficialmente registrada pelo Instituto Hórus nos seguintes municípios: Aquidauana, Campo

Grande, Cassilândia, Corguinho, Corumbá, Coxim, Dourados, Glória de Dourados, Ladário,

Miranda, Rio Negro e Rochedo.

2. INSECTA

• Mosquito da dengue (Aedes aegypti)

É uma espécie de mosquito da família Culicidae proveniente de África, atualmente

distribuído por quase todo o mundo, com ocorrência nas regiões tropicais e subtropicais,

sendo dependente da concentração humana no local para se estabelecer. O mosquito está

bem adaptado a zonas urbanas, mais precisamente ao domicilio humano onde consegue

reproduzir-se e pôr os seus ovos em pequenas quantidades de água limpa, isto é, pobres em

matéria orgânica em decomposição e sais, o que as concede características ácidas, que

preferivelmente estejam sombreados e no peridomicílio.

O Aedes aegypti foi introduzido na América do Sul através de barcos provenientes de

África, nas Américas se admite que sua primeira colonização sobre o novo mundo ocorreu

através dos navios negreiros no período colonial junto com os escravos. Houve casos em que

os barcos ficaram com a tripulação tão reduzida que passaram a vagar pelos mares,

constituindo os "navios-fantasmas". No Brasil o Aedes aegypti foi erradicado na década de

1950, entretanto na década de 60 e 70 ele voltou a colonizar esse país, vindo dos países

vizinhos que não haviam conseguido promover a sua total erradicação (www.wikepedia.org).

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122

• Abelha africana (Apis mellifera scutellata)-

É uma abelha social, cujas operárias medem de 10 mm a 11 mm de comprimento e

apresentam marcas amarelo-avermelhadas no abdome. Tal espécie é considerada a mais

agressiva das abelhas manejadas em apiários. De origem africana, foi introduzida no interior

de São Paulo em 1956, de forma incautelosa, por Warwick Estevam Kerr, de onde se espalhou

rapidamente pelo Brasil, outros países da América Latina, e até pelo menos o México. Tal

feito é considerado um grave acidente biológico que prejudica até hoje a apicultura brasileira.

(www.wikepedia.org).

3. RÉPTEIS

• Tartaruga tigre d’ água brasileira (Trachemys dorbigni)-

É uma tartaruga aquática e onívora, que vive em zonas de pântanos, banhados, lagos,

riachos e rios no Estado do Rio Grande do Sul, onde habita principalmente a região da Lagoa

dos Patos e o Banhado do Taim. O seu nome deve-se ao padrão colorido, em listras

amareladas e alaranjadas. Esta espécie pode também ocorrer em parte do Uruguai indo até o

nordeste da Argentina.

É considerada da fauna silvestre e sua posse e manutenção só são permitidas com a

específica documentação; no caso a nota fiscal de compra (onde está explícito o nome

popular e científico), informando o número do animal gravado na parte inferior do casco, o

certificado de origem, número da nota fiscal e o número do criadouro comercial de fauna

silvestre brasileira registrado no IBAMA (www.wikepedia.org). Por ocorrer somente na região

sul do Brasil, esta espécie para o Mato Grosso do Sul é invasora, pois o comércio ilegal e

descontrolado fez com que muitas pessoas despreparadas para criá-las os abandonassem nos

córregos das cidades, onde competem com os répteis nativos, como os cágados. No Mato

Grosso do Sul, durante o período de vinte anos, observa-se que o número deste réptil tem

aumentado gradativamente (Quadro 29 e Figura 22), com um maior número observado em

2007 pelo CRAS- Centro de Reabilitações de Animais Silvestres.

QUADRO 29. Entrada de Tartaruga tigre d’ água brasileira (Trachemys dorbigni) no

Centro de Reabilitação de Animais Silvestres – CRAS

Período/Quantidade

1991 1992 1993 1994 1995 1998 1999 2000 2001 2002 2004 2005 2006 2007 2008 2009

1 4 1 2 3 1 1 5 11 5 5 23 22 40 7 31

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123

FIGURA 22. Comportamento das entradas de Tartaruga tigre d’ água brasileira (Trachemys

dorbigni) no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres – CRAS. Campo Grande–MS,

1991-2009

05

1015202530354045

1991

1992

1993

1994

1995

1998

1999

2000

2001

2002

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Períodos

Qu

anti

dad

e

Entradas noCRAS

•Tartaruga tigre d’água americana (Trachemys scripta elegans)

A comercialização clandestina desta espécie, oriunda dos Estados Unidos, como

animal de estimação no Mato Grosso do Sul, trouxe uma série de problemas para as espécies

nacionais, principalmente para o Tigre-d'água-brasileiro, por serem muito parecidas as duas

espécies entre si. O tigre-d'água-americano pode competir com as espécies nativas e invadir

os seus ambientes naturais, provocando desequilíbrios ecológicos, como a hibridização de

espécies do mesmo gênero e até impacto sobre populações de anfíbios (os girinos são um de

seus alimentos). Proprietários desinteressados pelos animais muitas vezes soltam-nos em

áreas que, originalmente, não abrigavam os animais. Podem provocar, com isso, graves

desequilíbrios ecológicos (www.wikepedia.org).

No Estado de Mato Grosso do Sul deu entrada no CRAS - Centro de Reabilitação de

Animais Silvestres, mais de 350 indivíduos (Quadro 30), e verifica-se que este número vem

crescendo gradativamente nos últimos vinte anos. Sendo que deu um input no ano de 2008,

ocorrendo assim, as maiores entradas de animais no CRAS/MS (Figura 23).

QUADRO 30. Entrada de Tartaruga tigre d’água americana (Trachemys scripta elegans) no

Centro de Reabilitação de Animais Silvestres - CRAS

Período/Quantidade

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

1 1 2 4 13 1 13 26 26 23 15 49 175 20

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124

FIGURA 23. Comportamento da entrada de Tartaruga tigre d’água americana (Trachemys

scripta elegans) no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres – CRAS. Campo

Grande-MS, 1995-2009

0

50

100

150

200

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Períodos

Qu

anti

dad

e

Entradas no

CRAS

4. AVES

• Pomba doméstica (Columbia livia)

É uma ave columbiforme bastante frequente em áreas urbanas. Um grande problema

quanto ao Pombo é que não há nenhum predador nas grandes cidades para este animal e sua

reprodução é rápida, o que gera uma população cada vez crescente, um grave problema

ambiental ao homem. Esta espécie é originária da Eurásia e África e foi introduzida no Brasil

no início da colonização portuguesa. É considerada um grave problema ambiental, pois

compete por alimento com as espécies nativas, danifica monumentos com suas fezes e pode

transmitir doenças ao homem. Até recentemente 57 doenças eram catalogadas como

transmitidas pelos pombos, tais como: histoplasmose, salmonella, criptococose

(www.wikepedia.org).

5. PEIXES

•Tucunaré (Cichla sp)

O tucunaré é um peixe de origem da bacia amazônica, que pertence ao gênero Cichla

e devido ao rompimento de um viveiro de piscicultura, em 1982, espalhou-se pelos rios

Itiquira e Piquiri. Os primeiros registros entre os anos 1992 e 1994 mostraram a ocorrência

desse peixe apenas na bacia do rio Piquiri. Posteriormente, pesquisadores da Embrapa

Pantanal registraram a ocorrência desse peixe em outras regiões do Pantanal. A espécie tem

sido pescada na Baía do Chané, Baía São João, Baía do São Francisco, Baía São Pedro, Corixo

Limoeiro, Cruz São Pedro, Corixo do Mata-Cachorro, Ilha do Coqueiro, Rio Negrinho, Rio

Piquiri, Rio São Lourenço, Rio Paraguai-Mirim, próximo ao Rio Paraguai. Todas estas

localidades estão na margem esquerda do rio Paraguai. (Marques & Resende, 2005).

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125

• Corvina (Plagioscion squamosissimus)

As corvinas de água doce são peixes oriundos das Bacias Amazônica, Araguaia e

Tocantins, pertencem a família "Sciaenidae" e são denominadas cientificamente "Plagioscion

squamosissimus". As corvinas são peixes de porte mediano podendo alcançar mais de 60 cm e

pesar em torno de 5 kg. São peixes com escamas e tem coloração prata azulada. São

predadores vorazes, tem hábito alimentar piscívoro carnívoro, isto é, alimentam-se de

pequenos peixes, camarões de água doce, crustáceo, insetos, larvas e etc.

São espécies sedentárias e formam grandes cardumes para caçar. É uma espécie de

fundo, e meia água, vivem e se reproduzem na porção central dos lagos das hidrelétricas e

nos lugares fundos dos rios.

É um peixe "exótico" do Rio Grande, foi introduzida nas represas hidrelétricas do

sudeste pelo homem, com a desaprovação dos biólogos, pois sua reprodução ocorre sem

controle, em locais desconhecidos da ciência e com grande proliferação.

• Bagre-africano (Clarias gariepinus)

O Bagre Africano é nativo, como o próprio nome diz: da África. A espécie que foi

introduzida no Brasil é Clarias gariepinus, originária do centro-sul do continente. Pertencente

à família Clariidae, nativa da África e Ásia, que possui cerca de 100 espécies. Só o gênero

Clarias detém 45 espécies. Atinge comumente cerca de 70 cm, mas pode chegar a um metro,

com peso de até 10 kg.

Ocorrem em rios, lagos e brejos de água doce, mas também pode sobreviver em águas

salobras, nos tributário, nas regiões de mangue e estuários. Alimenta-se de uma série de

itens tais como o plâncton, artrópodes (crustáceos e insetos), vegetais e principalmente de

pequenos peixes, quando atinge a maturidade sexual (isto é, torna-se adulto) nos ambientes

naturais. Esta é uma das principais características indesejáveis nesses peixes, que nos

ambientes estrangeiros onde foi introduzido mostrou-se capaz de dominar a cena, assim

como,o seu primo Clarias batrachus, introduzido e posteriormente controlado nos pântanos

e canais do Estado da Flórida, estados Unidos.

A reprodução ocorre em pequenos rios temporários e alagadiços que se formam no

início da estação chuvosa. Essa é outra característica indesejável, já que muitas espécies

nativas se reproduzem nesse tipo de ambiente e as larvas e alevinos das espécies nacionais

poderiam ser predadas, ainda na fase inicial do desenvolvimento, pelos jovens do Bagre

Africano, que permanecem nessas áreas por cerca de seis meses antes de decidir retornar ao

corpo d’água principal. Costuma ocupar a região marginal e rasa dos rios, lagos e pântanos. É

capaz de sobreviver à seca se enterrando no lodo, desde que esse permaneça úmido e não

segue totalmente.

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126

Todas as características do Bagre Africano podem ser traduzidas por um único termo

usado em ecologia a espécie possui uma grande valência ecológica. Ou seja, o peixe consegue

suportar grandes amplitudes de variação de diferentes fatores, tais como temperatura,

oxigênio dissolvido etc., sem ser prejudicado dentro dos ambientes onde são introduzidos.

Outra característica indesejável da espécie introduzida no Brasil é que, após atingir a

maturidade sexual (ao redor de um ano), a dieta alimentar é constituída por pequenos

peixes, apesar de também ingerir frutos e vegetais.

• Tambaqui (Colossoma macropomum)

Originário da Bacia Amazônica, o tambaqui foi introduzido na Bacia do Alto Paraquai e

possui registro em vários trabalhos da Embrapa, possivelmente sua introdução tenha sido

causada por sua utilização em piscicultura. Está entre as maiores espécies de peixes de

escama da Amazônia, possuindo como característica principal uma dieta alimentar herbívora,

a base de frutos e sementes. Não existem trabalhos publicados que estabeleçam suas áreas

de ocorrência, porém são vários registros de captura em rios do Pantanal. Uma característica

interessante do tambaqui é que essa espécie pode ser cruzada com o pacu (Piaractus

mesopotamicus), que resulta em um híbrido chamado de “tambacu”, também utilizado em

piscicultura.

•Tilápia do Nilo (Orechromis niloticus niloticus)

Existem espalhadas pelo mundo cerca de cem espécies deste peixe de escamas, sendo

que no Brasil foram introduzidas aproximadamente cinco delas, tendo se tornado mais

popular a "Tilápia do Nilo". Esta variedade de peixes com coloração escura, pode chegar a

pesar até 5kg. Outra variedade hoje muito comum é o que podemos chamar de um

cruzamento industrial, ou seja, para obter melhores resultados em proporções comerciais, já

se trabalham com peixes resultantes do cruzamento entre a Tilápia Nilótica e a Tilápia

Tailandesa, sendo esta última uma espécie que apresenta excelente ganho de peso e, que

com o cruzamento, aumentou sua rusticidade. São peixes com grande capacidade de

adaptação, chegando até serem classificados como espécie oportunista. Apresentam

preferência pelos ambientes lênticos (sem correnteza), suportando ainda baixos teores de

oxigênio dissolvido e uma larga faixa de tolerância térmica. Apesar de serem peixes de água

doce, adaptam-se ainda a ambientes com baixa salinidade (salinidade conhecida 33%).

Atualmente esta é a espécie mais cultivada comercialmente no Brasil e, da qual se tem maior

número de informações sobre comportamento, fisiologia, processamento e comercialização,

tendo vários destinos para o produto final: a comercialização viva em pesque-pague (peso

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127

acima de 600g), o processamento e venda do peixe eviscerado inteiro ou em filés de carne

branca.

http://www.terramae.com.br/especies.asp?tipo=tilapia.

6. MAMÍFEROS

1. Porco monteiro (Sus scrofa)

O porco doméstico foi introduzido no pantanal pelos primeiros colonizadores, ainda

no século XVI, advindos da Península Ibérica. Altamente prolífera, a espécie adaptou-se à

região e tornou-se feral em decorrência do abandono de suas criações, por ocasião da guerra

do Paraguai. As condições do meio selecionaram adaptações fisiológicas e comportamentais

que influenciaram sua morfologia atual, a ponto de aproximá-lo de seus ancestrais selvagens

e diferenciá-lo, cada vez mais, do porco doméstico, apesar de pertencerem à mesma espécie.

O porco monteiro tornou-se um animal agressivo e resistente que vive em bandos. Ainda hoje

é caçado pelos moradores locais para obtenção de carne e banha.

Segundo estudos da Embrapa, grupos de porco-monteiro foram mais frequentes no Pantanal

de Aquidauana - Negro, nas porções mais altas do Pantanal central (Sub-regiões de

Nhecolândia e Leque do Taquari).

2. Javali (Sus scrofa)

Embora sejam da mesma espécie e gênero, os javalis diferenciam-se fenotipicamente

dos porcos monteiros por apresentarem características mais “selvagens”, sendo mamíferos

robustos, muito corpulentos e cobertos por pelos grossos, podem atingir até 200 kg de

massa. São normalmente menores que suínos domésticos. A porção dianteira é massiva e

grande quando comparada com a porção traseira. A nuca é grossa com cabeça em forma de

cunha e focinho articulado capaz de revirar o solo. Cada fêmea pode ter de 6 a 10 filhotes por

vez, mas geralmente, somente a metade sobrevive. A espécie atinge a idade reprodutiva aos

10-12 meses.

Existem registros de sua ocorrência principalmente nos municípios ao sul do Estado,

onde grandes bandos são avistados alimentando-se principalmente em lavouras de milho e

mandioca. Sua introdução ocorreu com animais que escaparam de criadouros, onde se

aproveita sua carne, inclusive de animais cruzados com o porco monteiro e o doméstico.

3. Búfalo (Bubalus bubalis)

O búfalo é um ungulado de grande porte. De origem asiática, indivíduos dessa espécie

chegam a medir 1,5 a 1,9m de altura, com corpo medindo de 240 a 300 cm de comprimento e

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128

a cauda com até 100 cm. Búfalos selvagens machos podem pesar até 1.200 kg, e fêmeas 800

kg. A escassa pelagem é longa com coloração variando do cinza ao preto. A cauda é

relativamente longa, apresentando pêlos mais espessos na ponta. O búfalo adulto é

praticamente sem pêlos, e a cor da pele varia de acordo com as condições climáticas. Quando

não está coberto de lama e está seco, a pele do Bubalus bubalis é cinza-escuro. Porém,

quando está úmido e não coberto de lama, sua pele varia de marrom-escuro ao preto.

Segundo a Embrapa, os búfalos foram trazidos para o Pantanal há poucas décadas

como uma alternativa para aumentar a produtividade nas áreas mais inundadas. Sua

distribuição na planície ainda é restrita ocorrendo nas regiões de Aquidauana, Corumbá e

Porto Murtinho.

O número elevado de espécies invasoras tanto do Brasil como no Mato Groso do Sul

tem a ver com as ligações históricas e comerciais com as demais partes do mundo e nos

ajudam a explicar esta constatação.

O Estado situado num país de dimensões continentais, com grande diversidade de

Biomas, este resultado alerta para a necessidade de barreiras de controle internas, e não

apenas externas, à movimentação de espécies que possam invadir e ocupar novas áreas.

Como exemplo deste tipo de risco, tem se o tucunaré (Cichla ocellaris), peixe originário da

Amazônia, foi levado para a bacia hidrográfica do Paraguai, entre outras bacias, onde se

tornou invasor e predador de espécies aquáticas locais.

As espécies invasoras se encontram dispersas por todo Mato Grosso do Sul e Brasil, com mais

de 50% dos municípios com registro da ocorrência de pelo menos uma delas. Para os grupos

taxonômicos analisados, os principais impactos causados pelas espécies invasoras são a

competição (por espaço e recursos) e a predação das espécies nativas, e as alterações no

ambiente (de habitat, físico químico e de fisionomia).

No conjunto das espécies invasoras para as quais foi possível avaliar a forma de

introdução, observa-se que mais da metade foi introduzida de forma intencional. Este

resultado alerta para a ação direta e voluntária do homem neste processo e para a

necessidade de um maior controle e análise de risco, incluindo o histórico de invasão em

outros locais, quando da introdução no Estado de espécies exóticas ou quando do transplante

de espécies nativas do Estado de uma região para outra. Além dos danos ambientais (extinção

de espécies locais, perda de biodiversidade, modificações na paisagem e nos processos

naturais, etc.), a chegada de espécies invasoras também causa prejuízos econômicos

(dispersão de pragas, competição com espécies de interesse econômico, perda da capacidade

produtiva dos ecossistemas e do valor da paisagem, etc.) e sociais (introdução de parasitas e

vetores de doenças do homem).

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129

1.5. Áreas Protegidas

I. IDENTIFICAÇÃO DA VARIÁVEL/INDICADOR

1 Nome: Áreas Protegidas/Bioma/Regiões de Planejamento

2 Unidade de medida: Ha-1

3 Periodicidade: Anual

4 Abrangência Geográfica: Estadual, Municipal

5 Agregação Espacial: Mato Grosso do Sul

6 Escala: Municipal

7 Disponibilidade Inicio: 2001 Fim: 2009

II. DESCRIÇÃO GERAL DO INDICADOR

1) Definição:

Expressa a dimensão e a distribuição dos espaços territoriais que estão sob estatuto especial de proteção, denominadas Unidades de Conservação (SNUC) e Terras Indígenas. As Unidades de Conservação são espaços destinados à proteção do meio ambiente onde a exploração dos recursos naturais é proibida ou controlada por legislação específica. As terras Indígenas são aquelas tradicionalmente ocupadas pelos índios, por eles habitada em caráter permanente, utilizada para as suas atividades produtivas, imprescindível à preservação dos recursos ambientais necessários ao seu bem-estar e necessária à sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições (Art. 231 da Constituição Federal).

2) Metodologia e método de

cálculo:

O indicador é composto pela razão entre a superfície das Áreas protegidas federais, estaduais e municipais presentes no Estado do MS, e a superfície total dos biomas, Regiões de Planejamento do MS, expressa em percentual. Para ambas as superfícies são utilizadas a unidade de medida ha-1.

3) Fontes de dados:

3.1 Física: Dados do IMASUL

3.2 URL: www.imasul.ms.gov.br

3.4 Responsável: Gerência de Unidades de Conservação/IMASUL

3.5 Freqüência de atualização: Última atualização foi feita em 2009.

4) Facilidade de obtenção 1. Fácil 2. Regular X 3. Difícil

5) Tipos de fonte de informação

1. Censo 2. Questionário 3. Registro

administrativo X

4. Estação Monitoramento

5. Estimação

Direta 6. Outro

6) Interpretação:

O desenvolvimento sustentável abrange a preservação do meio ambiente, o que implica na conservação dos biomas brasileiros. Isto significa, entre outras questões, conservar os recursos hídricos, os solos, as florestas (e as outras formas de vegetação nativa) e a biodiversidade. Para alcançar estas metas, a delimitação de áreas protegidas é fundamental.

III. PERTINÊNCIA PARA A SEMAC

1) Finalidade / Propósito: Assegurar a proteção da biodiversidade de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais e dos processos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável.

2) Tema: Proteção ao meio ambiente.

3) Sub-tema: Proibir ou controlar por legislação específica a exploração de recursos naturais.

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130

4) Convenções e Acordos

Internacionais:

A construção de indicadores de desenvolvimento sustentável no Mato Grosso do Sul integra-se ao conjunto de esforços nacionais e internacionais para concretização das idéias e princípios formulados na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, no que diz respeito à relação entre meio ambiente, desenvolvimento e informações para a tomada de decisões.

5) Metas / Padrões:

Dispor a sociedade um conjunto de informações sobre a realidade sul-mato-grossense em sua dimensão ambiental, da quantidade de Áreas Protegidas, e, o total de superfícies protegidas do Estado, bem com, os Biomas existentes.

IV. FORMA DE APRESENTAÇÃO DO INDICADOR:

1) Formato Figuras e quadros

ÁREAS PROTEGIDAS

Expressa a dimensão e a distribuição dos espaços territoriais que estão sob estatuto

especial de proteção, denominadas Unidades de Conservação, (SNUC) e Terras Indígenas.

Estes espaços são destinados à proteção do meio ambiente, onde a exploração dos recursos

naturais é proibida ou controlada por legislação específica. As terras Indígenas são aquelas

tradicionalmente ocupadas pelos índios, por eles habitada em caráter permanente, utilizada

para as suas atividades produtivas, imprescindível à preservação dos recursos ambientais

necessários ao seu bem-estar e necessária à sua reprodução física e cultural, segundo seus

usos, costumes e tradições (Art. 231 da Constituição Federal).

Descrição

As variáveis são o número, os grupos, as categorias e a superfície das áreas protegidas:

unidades de conservação – UCs federais, estaduais e municipais, e das Reservas Particulares

do Patrimônio Natural – RPPNs estaduais e federais e Terras Indígenas sob o “status” de

registrada ou homologada. É apresentada a distribuição por biomas ocorrentes no MS (Mata

Atlântica, Cerrado e Pantanal), por Regiões de Planejamento do MS (Pantanal, Sudoeste, Sul-

fronteira, Grande Dourados, Leste, Bolsão, Campo Grande, Norte e Cone Sul). Também é

apresentada a área total, subdividida em unidades de proteção integral e uso sustentável.

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131

As Unidades de Conservação são classificadas em dois grupos: Unidades de Proteção

Integral (federais: PARNA- Parque Nacional; estaduais: PE- Parque Estadual e MN -

Monumento Natural; municipais: Parque Natural Municipal e MN - Monumento Natural) e as

Unidades de Uso Sustentável (federais, estaduais, e municipais: APA-Área de Proteção

Ambiental). Cabe ressaltar que no Mato Grosso do Sul as unidades de conservação existentes

são representadas apenas pelas categorias acima descritas.

As unidades de proteção integral são dedicadas, exclusivamente, à preservação do

ambiente natural, sendo proibida a presença de populações permanentes, e vedadas às

atividades econômicas. Nas unidades de uso sustentável é permitida a permanência das

populações tradicionais, sendo mantidas, e incentivadas, as atividades econômicas de baixo

impacto ambiental, essencialmente extrativista.

As RPPNs são áreas de propriedade privada destinadas, por seus proprietários, à

preservação ambiental. Estas áreas são reconhecidas tanto pela União quanto pelo Estado de

Mato Grosso do Sul, e nelas as atividades econômicas são restritas àquelas de baixo impacto

ambiental (ecoturismo, educação ambiental, etc.).

As Terras Indígenas aqui consideradas são aquelas cujo “status” seja no mínimo

homologada ou registrada, ou seja, que tenham atingido as etapas finais do processo de

demarcação.

O indicador é composto pela razão entre a superfície das UCs federais, estaduais e

municipais presentes no Estado do Mato Grosso do Sul, e a superfície total dos Biomas e

Regiões de Planejamento do Mato Grosso do Sul, expressa em percentual. Para ambas as

superfícies são utilizadas a unidade de medida ha-1.

As informações utilizadas para a elaboração deste indicador foram produzidas pelo

Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul – IMASUL, Ministério do Meio Ambiente

– MMA, Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística – IBGE e Fundação Nacional do Índio. As informações estão disponíveis na Internet,

no endereço: http://www.semac.ms.gov.br.

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Justificativa

O desenvolvimento sustentável abrange a preservação do meio ambiente, o que

implica na conservação dos biomas brasileiros representados no Mato Grosso do Sul. Isto

significa, entre outras questões, conservar os recursos hídricos, os solos, as florestas (e as

outras formas de vegetação nativa) e a biodiversidade. Para alcançar estas metas, a

implantação e gestão de áreas protegidas são fundamentais.

Comentários

A área apresentada de cada bioma corresponde a sua superfície total original no Mato

Grosso do Sul, independentemente da extensão da ocupação antrópica atual ou da

intensidade da degradação.

As UCs federais, estaduais e municipais fazem parte do Sistema Nacional de Unidades

de Conservação – SNUC. O SNUC encontra-se em implantação, havendo, ainda, indefinições e

sobreposições de área entre UCs federais, estaduais e municipais, além de superposições

entre UCs e Terras Indígenas. À medida que o SNUC for sendo implantado, estas imprecisões

serão resolvidas. O SNUC procura criar sinergias entre as esferas federal, estadual e municipal

no trato da implantação e manejo de unidades de conservação. Outro ponto a destacar é que

as APAs podem, legalmente, se sobrepor a outras UCs, pois nas APAs não há a desapropriação

das terras pelo Estado, mas apenas a regulamentação dos usos possíveis. Assim, um Parque

Estadual ou Parque Natural Municipal, por exemplo, podem estar contidos dentro de uma

APA municipal. Por conta dos pontos destacados anteriormente, a área total protegida em

UCs no Brasil e no Mato Grosso do Sul não pode, ainda, ser computada como a soma das

áreas totais das UCs federais, estaduais e municipais.

O Mato Grosso do Sul detém em seu território uma das maiores biodiversidades do

Brasil, sendo ainda insuficientemente conhecida, como o Bioma Pantanal, com uma área de

89.318 Km2 (25,01% da área total do Estado). Para proteger este inestimável patrimônio, e

demais Biomas, o Estado de Mato Grosso do Sul destina uma área de 4.668.062,65ha-1 em

áreas protegidas, aproximadamente 13% do Território Sul-mato-grossense (Quadro 31). São

151 superfícies protegidas (Proteção Integral e Uso Sustentável) entre parques (municipais,

estaduais e federais), RPPNs (estaduais e federais); APAs (municipais, estaduais e federais),

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133

monumentos naturais (municipais e estaduais), estradas-parque e terras indígenas de

diferentes etnias (Quadro 32).

Por sua vez, as UCs municipais, estaduais e federais abrangem quase que exclusive as

APAs, áreas em torno de 3.174.471,46 ha-1, 25.548,50 ha-1, 713.370,43 ha- respectivamente;

e menores áreas protegidas de Parques ( principalmente municipais e federais), RPPNs e

monumentos naturais (Figuras 24, 35 e 36). Nos últimos anos, tem-se verificado um grande

esforço na criação de áreas protegidas tanto de Proteção Integral quanto de uso Sustentável

(Figura 27), entretanto, ainda há pouca integração e coordenação entre as esferas federal,

estadual e municipal no manejo destas áreas. A criação do SNUC procura cobrir esta lacuna.

QUADRO 31. Superfície total dos Biomas, quantidade e superfície das áreas protegidas por grupo, com indicação de participação relativa no Bioma, segundo os Biomas - Mato Grosso do Sul, 2009

Biomas

Superfície total

dos Biomas (ha-1)

Áreas Protegidas por Grupo

Total Proteção Integral Uso Sustentável

Quant. Superfície

(ha-1)

Participação relativa

no Bioma Quant.

Superfície (ha-1)

Participação relativa

no Bioma Quant.

Superfície (ha-1)

Participação relativa

no Bioma

Cerr/MataAtla/Pantanal 538.535,78 1 538.535,78 100,00% - - 0,00% 1 538.535,78 100,00%

Cerrado/Mata Atlântica 36.145,59 1 36.145,59 100,00% - - 0,00% 1 36.145,59 100,00%

Cerrado 21.601.500,00 69 2.271.955,37 10,52% 18 87.014,35 0,40% 51 2.184.941,02 10,11%

Mata Atlântica 6.366.586,00 39 1.922.990,62 30,20% 10 143.220,53 2,25% 29 1.779.770,09 27,95%

Pantanal 8.931.800,00 19 208.273,15 2,33% 1 79.602,98 0,89% 18 128.670,18 1,44%

Totais 37.474.567,37 129 4.977.900,51 - 29 309.837,86 - 100 4.668.062,65 -

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134

QUADRO 32. Quantidade de Unidades de Conservação em Mato Grosso do Sul, por grupo e categoria, segundo as Regiões de Planejamento e Municípios – 2007

Variáveis

Proteção Integral Uso Sustentável

TO

TA

IS

Parq

ue N

atu

ral

Mu

nic

ipal

Parq

ues E

sta

duais

Jard

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nic

ipal

Bosque M

unic

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ento

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sta

duais

AP

As M

unic

ipais

REGIÃO DO BOLSÃO 2 0 0 0 0 0 0 0 2 0 1 0 0 0 5

Água Clara 1 1

Ap. Taboado 1 1

Brasilândia 1 1

Três Lagoas 2 2 REGIÃO DE CAMPO

GRANDE 0 2 0 0 0 0 0 0 5 1 3 0 1 5 17

Campo Grande 2 1 3 6

Corguinho 2 2

Dois Irmãos 1 1 1 3

Sidrolândia 2 2

Terenos 2 2 4

REGIÃO DO CONE-SUL 2 1 1 0 3 0 0 0 0 0 3 4 0 4 18

Eldorado 1 1 1 1 4

Iguatemi 1 1 2

Itaquiraí 1 1 2

Japorã 1 1 2

Juti 1 1

Mundo Novo 1 1 1 3

Naviraí 1 1 1 1 4

REGIÃO DA Gr. DOURADOS 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 6 1 0 0 9

Caarapó 1 1

Douradina 1 1

Dourados 2 2

Itaporã 1 1

Jateí 1 1 2

Maracajú 1 1 2

REGIÃO LESTE 0 1 0 0 0 0 0 0 2 0 0 5 0 0 8

Bataiporã 1 1

Ivinhema 1 1

Nova Andradina

2 1 3

Novo Horizonte 1 1

Taquarussu 1 1 2

REGIÃO NORTE 3 3 0 0 1 0 3 0 1 0 0 0 4 4 19

Alcinópólis 1 1 1 3

Camapuã 1 1

Chapadão do Sul

1 1

Costa Rica 2 1 1 1 1 6

Coxim 1 1 2

Figueirão 1 1

Rio Verde 1 1 2

São Gabriel 1 1

Sonora 1 1 2

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135

Continuação ....

REGIÃO DO PANTANAL

1

2

0

0

0

1

0

0

9

7

6

0

1

3 30

Anastácio 1 1 2

Aquidauana 1 3 2 2 1 3 12

Corumbá 1 4 4 1 10

Miranda 2 1 3 6

REGIÃO SUDOESTE 1 0 0 0 3 2 0 0 5 2 3 0 0 4 20

Bela Vista 1 1 1 3

Bodoquena 1 1

Bonito 1 2 2 1 6

Caracol 1 1

Jardim 3 1 4

Nioaque 1 1

Porto Murtinho 1 1 1 1 4

REGIÃO SUL-FRONTEIRA

2

0

0

0

0

0

0

0

0

1

14

0

0

8 25

Amambai 3 2 5

Antonio João 2 2

Aral Moreira 1 1

Cel. Sapucaia 1 2 3

Laguna Carapã 2 2

Paranhos 1 3 1 5

Ponta Porã 1 1

Sete Quedas 1 1 1 3

Tacuru 2 1 3

TOTAL GERAL 11 10 1 0 7 3 3 0 24 12 36 10 6 28 151

Fonte: IMASUL

FIGURA 24. Distribuição Percentual da Superfície das Áreas Protegidas Municipais (ha-1), por

categoria - Mato Grosso do Sul - 2009

4.499,91

3.175.471,46

21.660,65

APA Parques Monumento Natural

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136

FIGURA 25. Distribuição Percentual da Superfície das Áreas Protegidas Estaduais (ha-1), por Categoria - Mato Grosso do Sul, 2009

190.498,74

25.548,50

47.687,56

291,95

APA Parques RPPNs Monumento Natural

FIGURA 26. Distribuição Percentual da Superfície das Áreas Protegidas Federais (ha-1), por Categoria - Mato Grosso do Sul, 2009

101.886,42

713.370,43

81.606,27

625.378,45

APA Parques RPPNs Terra Indígena

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137

Figura 27. Quantidade de Áreas Protegidas por Grupo - Mato Grosso do Sul, 2001-2009

56

69 70

83 83 84

98 100

1619 21

24 25 26 28 28 29

89

0

20

40

60

80

100

120

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Períodos

Qu

an

tid

ad

e

Uso Sustentável

Proteção Integral

Dentre os Biomas Sul-mato-grossense, o Cerrado detém a maior área protegida, com

45% da superfície total das áreas protegidas do Estado (Figura 32), das quais 28,08% em

superfície de proteção integral e 46,81% de uso sustentável. A segunda maior superfície

encontra-se no Bioma de Mata Atlântica o qual ocupa 39% da superfície total das áreas

protegidas (Figura 32), sendo 46,22% de proteção integral e 38,13 de uso sustentável. Apesar

da Mata Atlântica ocupar uma superfície menor, a superfície de proteção integral é maior que

a do Bioma Cerrado (Quadro 31). Estes dados refletem a necessidade de criação de unidades

de conservação de proteção integral nesse Bioma em virtude ser uma formação fragmentada

pela ocupação antrópica observadas nos processo de colonização do Estado e utilização dos

recursos naturais econômicos valiosos, como as madeiras de lei.

Quanto as RPPNs, apesar de existir maior quantidade, presentes no Bioma Cerrado, o

Pantanal ocupa a maior superfície, com 80% desta categoria neste Bioma (Quadro 33).

O Bioma Pantanal apresenta área protegida em unidades de proteção integral em

torno de 25,69% e uso sustentável 2,76% das áreas protegidas. Para este Bioma verifica-se

que o percentual é de 4,18% em relação às áreas protegidas de todo o Estado (Figura 32).

Portanto, um grande esforço para aumentar o tamanho e o número de áreas protegidas nos

Biomas ainda precisa ser feito pelo Estado de Mato Grosso do Sul.

A fragmentação de habitats, refletida na extensão reduzida de boa parte das

unidades de conservação destes Biomas, está entre as maiores ameaças à conservação da

biodiversidade dos mesmos.

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138

Para lidar com a questão do reduzido tamanho de muitas unidades de conservação e

do isolamento a que algumas estão submetidas (fragmentação do habitat), estão sendo

criados e implementados corredores biológicos como uma estratégia para a proteção e

conservação da biodiversidade na Mata Atlântica. O Início desta implementação está sendo

realizada para a Região da Grande Dourados.

O Cerrado foi durante muito tempo encarado apenas como uma área a ser ocupada

pela agropecuária. Desta forma, a maior ameaça a este Bioma vem da expansão da fronteira

agrícola. O bioma Pantanal pode ser entendido como uma extensão do Bioma Cerrado em

área sujeita a inundação periódica.

As maiores ameaças, a este Bioma, vêm do turismo não controlado, da captura de

animais silvestres, da ocupação agrícola das cabeceiras dos afluentes do rio Paraguai e das

obras de regularização e barragens na bacia deste rio. Para o Bioma Pantanal, é essencial a

proteção das áreas de cabeceira dos rios que drenam para o rio Paraguai.

Para a preservação dos ambientes naturais não basta a criação de áreas protegidas, é

fundamental o manejo adequado, com o controle da ocupação e das atividades permitidas,

das áreas fora das unidades de conservação, especialmente em seu entorno. Parte desta

função é desempenhada pelas RPPNs, que embora tenham tamanho unitário relativamente

pequeno, quando comparadas às outras categorias de unidades de conservação, formam

zonas tampão no entorno das mesmas, interligando algumas delas, funcionando como

corredores biológicos. Além disto, as RPPNs são a materialização da crescente preocupação

da sociedade civil, especialmente de proprietários rurais, com a preservação do meio

ambiente.

As UCs municipais, assim como as RPPNs, também se caracterizam por ter área

unitária relativamente pequena, o que as habilita a formar áreas tampão no entorno de UCs

de maior porte (geralmente federais ou estaduais) e corredores biológicos interligando estas

UCs de maior superfície. Sob este aspecto, é importante destacar que existem até 2009,

129.293,82ha-1 de superfície de RPPNs, sendo 103.188,76 ha-1 no Bioma Pantanal, 25.118,30

ha-1 no Bioma Cerrado e 986,76 ha-1 na Mata Atlântica, disponíveis para cumprir estas funções

(Quadro 33). Observa-se que entre os anos de 2001 a 2009, tanto a quantidade, quanto a

superfície das RPPNs vem aumentando gradativamente; nota-se que a quantidade dessa

categoria de UC aproxima-se do dobro (Figura 28).

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139

Em Mato Grosso do Sul, nos últimos anos, tem havido um forte crescimento do

número e da área das Unidades de Conservação municipais, especialmente Área de Proteção

Ambiental (Quadro 32; Figuras 24, 25 e 26).

Esse aumento na criação de unidades de uso sustentável se deve ao estímulo

oferecido pelo Programa ICMS Ecológico no Estado de Mato Grosso do Sul, bem como a

possibilidade de participação nos recursos de compensação ambiental gerada pelo

licenciamento de grandes empreendimentos.

QUADRO 33. Quantidade e superfície das Reservas Particulares do Patrimônio Natural, Estaduais e Federais, com indicação da participação em relação à superfície total, segundo Biomas - MS - 2009

Biomas Superfície (ha-1

) Participação em relação à superfície total (%) Quantidade

Cerrado 25.118,30 19% 21

Mata Atlântica 986,76 1% 2

Pantanal 103.188,76 80% 14

Total geral 129.293,82 100% 37 Fonte: IMASUL

Este resultado revela dois aspectos importantes: reflete tanto o esforço que o País tem

feito para proteger seus recursos naturais quanto uma mudança significativa na concepção e

na implantação de áreas protegidas. O aumento mais vigoroso do número e da área das

unidades de uso sustentável, que hoje já superam as de proteção integral, representa o

reconhecimento, pelo Estado, de que as populações tradicionais são aliadas naturais, e não

um obstáculo à conservação dos recursos naturais. Atualmente fica claro que sem o

envolvimento das populações locais não há como deter a degradação dos ambientes e

recursos naturais. A distribuição das Áreas Protegidas nas Regiões de Planejamento do Estado

de Mato Grosso do Sul até o ano de 2007, está representada na Figura 28. Observa-se

nitidamente por esta Figura o número preponderante das áreas menores que 10.000ha-1,

principalmente as RPPNs, Terras Indígenas e APAs, conforme citado anteriormente e

apresentado na Figura 29.

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140

FIGURA 28. Superfícies (Áreas) Protegidas nas Regiões de Planejamento do Estado de Mato

Grosso do Sul, 2007

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141

Quadro 34. Superfície total das Áreas Protegidas por Região e Municípios – 2007

REGIÃO MUNICÍPIO Superfície Total das Áreas Protegidas

Município (ha-1

)

Região do Bolsão

Água Clara 134,58

Aparecida do Taboado 15,70

Brasilândia 1.937,63

Três Lagoas 89,51

TOTAL 4 2.177,42

Região de Campo Grande

Campo Grande 106.404,26

Corguinho 159,47

Dois Irmãos do Buriti 15.804,77

Sidrolândia 500,98

Terenos 101.353,10

TOTAL 5 224.222,58

Região do Cone-sul

Eldorado 60.457,05

Iguatemi 115.787,11

Itaquiraí 96.846,63

Japorã 48.418,89

Juti 479,07

Mundo Novo 32.279,81

Naviraí 104.845,63

TOTAL 7 459.114,19

Grande Dourados

Caarapó 3.594,00

Douradina 2.037,00

Dourados 2.431,30

Itaporã 2.354,20

Jateí 78.170,08

Maracajú 667,37

TOTAL 6 89.253,95

Região Leste

Bataiporã 92.090,10

Ivinhema 55.196,10

Nova Andradina 34.042,26

Novo Horizonte do Sul 50.290,15

Taquarussu 104.601,79

TOTAL 5 336.220,41

Região Norte

Alcinópolis 32.618,03

Camapuã 5.440,73

Chapadão do Sul 369.330,86

Costa Rica 463.567,37

Coxim 3.544,74

Figueirão 5.047,00

Rio Verde 20.569,38

São Gabriel 7.816,19

Sonora 12.985,44

TOTAL 9 920.919,74

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142

Continuação...

Região do Pantanal

Anastácio 2.322,37

Aquidauana 56.520,55

Corumbá 144.241,99

Miranda 9.912,16

TOTAL 4 212.997,07

Região Sudoeste

Bela Vista 154.665,00

Bodoquena 22.164,12

Bonito 33.634,18

Caracol 75.314,71

Jardim 5.650,88

Nioaque 3.029,35

Porto Murtinho 592.018,99

TOTAL 7 886.477,24

Região Sul-fronteira

Amambai 201.365,14

Antonio João 9.311,12

Aral Moreira 958,80

Coronel Sapucaia 102.262,98

Laguna Carapã 1.494,47

Paranhos 143.535,97

Ponta Porã 19.617,42

Sete Quedas 83.490,37

Tacuru 6.056,94

TOTAL 9 568.093,20

TOTAL GERAL 57 3.699.475,80

FIGURA 29. Quantidade e superfície das Reservas Particulares do Patrimônio Natural - Mato Grosso do Sul, 2001-2009

Analisando as Regiões de Planejamento nota-se que a maior quantidade de

Superfícies Protegidas no Estado de Mato Grosso do Sul está na Região de Planejamento

Pantanal, seguida pelas Regiões Sul-fronteira, Sudoeste, Norte, Cone-sul e Campo Grande com

30, 25, 20, 19 18 e 17, respectivamente. E as Regiões com menores quantidades são Bolsão,

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

160.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

20

22

24

26

28

30

32

34

36

38

40

Superfície Quantidade

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143

Leste e Grande Dourados, apresentando 05, 08 e 09 superfícies protegidas, respectivamente

(Quadro 32).

Quanto a Área, a Região Norte possui a maior superfície protegida, seguida pela Região

Sudoeste e Sul-fronteira com uma área de 920.919,74, 886.477,24 e 568.093,20 hectares

respectivamente (Quadro 34). Na Região Sudoeste existem três APAs e um Parque Natural com

áreas superiores a 10.000ha-1 (Figura 28). Nem todos os municípios das Regiões de

Planejamento possuem Superfícies Protegidas, seja ela de qualquer categoria (Quadro 32 e 34;

Figura 35).

As superfícies das Áreas de Proteção Integral do Estado de Mato Grosso do Sul nos

anos de 2001 a 2009 tem aumentado de forma discreta em detrimento às superfícies das Áreas

de Uso Sustentável, as quais triplicaram sua amplitude; aumentando assim, de uma área de

um milhão e quatrocentos mil hectares para quatro milhões e seiscentos mil hectares (Figura

30 e 31). Na figura 30, para o ano de 2006, o gráfico aponta um decréscimo acentuado da área

unidades de conservação de proteção integral. Isso indica apenas, que neste ano foi

considerada somente a área indenizada dessas unidades de conservação para fins de cálculo do

ICMS Ecológico, não sendo um dado real diminuição de área protegida. Observa-se que em

2007, além de voltar ao patamar, sobrepujou este.

FIGURA 30. Superfícies das Áreas de Proteção Integral - Mato Grosso do Sul, 2001-2009

0,00

50.000,00

100.000,00

150.000,00

200.000,00

250.000,00

300.000,00

350.000,00

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Período

Su

pe

rfíc

ie h

a-1

Proteção Integral

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144

FIGURA 31. Superfícies das Áreas de Uso Sustentável - Mato Grosso do Sul, 2001-2009

0,00

500.000,00

1.000.000,00

1.500.000,00

2.000.000,00

2.500.000,00

3.000.000,00

3.500.000,00

4.000.000,00

4.500.000,00

5.000.000,00

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Período

Su

perf

ície

ha

-1

Uso Sustentável

O Bioma com maior Superfície Protegida no Estado de Mato Grosso do Sul é o

Cerrado, seguido pela Mata Atlântica, com uma distribuição percentual em torno de 45% e 39%

respectivamente (Figura 32). As superfícies de Uso Sustentável possuem semelhanças às Áreas

dos Biomas encontradas no Estado, apenas com um aumento discreto no Bioma Cerrado e

diminuição do Bioma Mata Atlântica os quais apresentam um percentual de 46% e 38%

respectivamente das áreas protegidas (Figura 33). Na distribuição percentual das Superfícies

das Áreas Protegidas na categoria de Proteção Integral sobressai o Bioma Mata Atlântica, sendo

superiores 18% em relação ao Bioma Cerrado e 20% em relação ao Bioma Pantanal. Percebe-

se que no Estado há uma preocupação com este Bioma, onde se verifica que em muitos

municípios encontra-se apenas resquício da floresta ora já parcialmente antropizada e

riquíssima em biodiversidade. Os Biomas, Cerrado e Pantanal apresentam percentuais

semelhantes com 28% e 26% respectivamente (Figura 34).

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145

FIGURA 32. Distribuição Percentual da Superfície das Áreas Protegidas por Bioma - Mato Grosso

do Sul, 2009

1%

39%

45%

4%11%

Cerrado Mata Atlântica Pantanal Ecótono Cerr/MataAtl/Pantanal Ecótono Cerrado/Mata Atlântica

FIGURA 33. Distribuição Percentual da superfície das Áreas Protegidas de Uso Sustentável – por

Bioma - Mato Grosso do Sul, 2009

1%

38%

46%

3%12%

Cerrado Mata Atlântica Pantanal Ecótono Cerr/MataAtl/Pantanal Ecótono Cerrado/Mata Atlântica

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146

FIGURA 34. Distribuição Percentual da Superfície das Áreas Protegidas de Proteção Integral por

Bioma - Mato Grosso do Sul, 2009

46%

28%

26%

Cerrado Mata Atlântica Pantanal

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147

FIGURA 35. Áreas Protegidas no Estado de Mato Grosso do Sul, 2007

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148

1.6. ICMS Ecológico

I. IDENTIFICAÇÃO DA VARIÁVEL/INDICADOR

1 Nome: Evolução do Índice Ambiental

2 Unidade de medida: Índice Ambiental

3 Periodicidade: Anual

4 Abrangência Geográfica: Estadual, Municipal

5 Agregação Espacial: Mato Grosso do Sul

6 Escala: Municipal

7 Disponibilidade Inicio: 2001 Fim: 2009

II. DESCRIÇÃO GERAL DO INDICADOR

1) Definição:

Expressa a evolução da qualidade ambiental dos municípios que possuem Unidades de Conservação ou Terras Indígenas, possuindo variáveis quantitativas e qualitativas, a partir do Programa ICMS Ecológico do Estado do MS.

2) Metodologia e método de

cálculo:

O indicador é composto pela média anual dos índices ambientais alcançados pelos municípios agrupados por Região de Planejamento do MS, possuidores ou não de unidades de conservação ou terras indígenas.

3) Fontes de dados:

3.1 Física: Dados do IMASUL

3.2 URL: www.imasul.ms.gov.br

3.4 Responsável: Gerência de Unidades de Conservação/IMASUL

3.5 Freqüência de atualização: Última atualização foi feita em 2009.

4) Facilidade de obtenção 1. Fácil 2. Regular X 3. Difícil

5) Tipos de fonte de

informação

1. Censo 2. Questionário 3. Registro

administrativo X

4. Estação Monitoramento

5. Estimação

Direta 6. Outro

6) Interpretação:

O Programa ICMS Ecológico do MS estabelece um ranqueamento dos municípios que possuem em seu território unidades de conservação ou terras indígenas e contempla variáveis quantitativas (área protegida, área do município, peso ponderado e fator de conservação) e variáveis qualitativas, resultado da avaliação anual da qualidade ambiental das áreas e da capacidade de gestão das prefeituras envolvidas no Programa.

III. PERTINÊNCIA PARA A SEMAC

1) Finalidade / Propósito: Verifica a evolução da qualidade ambiental das regiões de planejamento, através do incremento da superfície de áreas protegidas e da melhoria da sua qualidade.

2) Tema: Proteção ao meio ambiente.

3) Sub-tema: Promover a conservação dos recursos naturais através da criação e gestão adequada das áreas protegidas no MS (unidades de conservação e terras indígenas).

4) Convenções e Acordos

Nacionais e Internacionais:

A construção de indicadores de desenvolvimento sustentável no Mato Grosso do Sul integra-se ao conjunto de esforços nacionais e internacionais para concretização das idéias e princípios formulados na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, no que diz respeito à relação entre meio ambiente, desenvolvimento e informações para a tomada de decisões.

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149

5) Metas / Padrões: Dispor a sociedade um conjunto de informações sobre a realidade do MS em sua dimensão ambiental no que diz respeito ao ICMS Ecológico.

IV. FORMA DE APRESENTAÇÃO DO INDICADOR:

1) Formato Quadro

EVOLUÇÃO DO ÍNDICE AMBIENTAL

Expressa a evolução da qualidade ambiental dos municípios que possuem

Unidades de Conservação ou Terras Indígenas, possuindo variáveis quantitativas e

qualitativas, a partir do Programa ICMS Ecológico do Estado do MS.

Descrição

O Programa ICMS Ecológico no Mato Grosso do Sul surgiu com a edição da Lei

Complementar 077, de 07/12/1994, a qual altera a Lei Complementar nº. 057, de

04/01/1991. Seis anos se passaram até o início da operacionalização do Programa, sendo

instituída a Lei nº. 2.193, em 18/12/2000, a qual institui o Cadastro Estadual de Unidades de

Conservação, onde, além das unidades de conservação inclui as terras indígenas para efeito

da divisão do percentual previsto entre os municípios. A lei nº. 2.259, de 09/07/2001, prevê

que o percentual de 5% seja rateado de forma sucessiva e progressiva, sendo 2% para o

exercício financeiro de 2002; 3,5 para 2003 e 5% para 2004, permanecendo este percentual

até hoje. O decreto nº. 10.478, de 31/08/2001 define a metodologia a ser utilizada para o

rateio, define procedimentos para o cadastramento das áreas e apresenta disposições gerais.

A Portaria IMAP nº. 001/2001 regula os procedimentos administrativos visando a

operacionalização do Cadastro do Sistema Estadual de Unidades de Conservação e do

programa ICMS Ecológico.

Em 2001 foram estabelecidos os Índices para efeitos da participação dos municípios

relativa ao exercício 2002. Apenas no ano de apuração 2002 tiveram início as avaliações

qualitativas (parques municipais), com reflexos para o exercício 2003. Nos anos

subseqüentes, as demais categorias de unidades de conservação e terras indígenas foram

avaliadas, progressiva e anualmente.

Primeiramente, possuía um caráter mais de compensação pelo não uso de áreas

protegidas às atividades econômicas convencionais; com o decorrer do tempo, ganhou um

aspecto de estímulo à conservação da natureza, uma vez que os recursos oriundos do ICMS

Ecológico devem ser destinados à melhoria da gestão dessas áreas, destacando-se a

regularização fundiária e a criação de novas unidades naqueles municípios que ainda não as

possuem.

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As variáveis são os índices ambientais alcançados por cada município possuidor de

unidades de conservação ou terras indígenas e a média dos índices para cada Região de

Planejamento do MS (Pantanal, Sudoeste, Sul-fronteira, Grande Dourados, Leste, Bolsão,

Campo Grande, Norte e Cone-sul), anualmente.

É apresentada a evolução temporal dos índices que indicam tanto incremento na

superfície de áreas protegidas, bem como a melhoria da qualidade ambiental resultante de

esforços despendidos em sua gestão. Anualmente a Gerência de Unidades de

Conservação/IMASUL realiza a avaliação qualitativa através da aplicação das chamadas

Tábuas de Avaliação, pontuando as ações positivas no âmbito de cada área protegida, ações

de conservação no território de cada município, bem como a capacidade de gestão ambiental

de cada município. Para o estabelecimento do Índice muitas variáveis são utilizadas, tanto

quantitativas quanto qualitativas, sendo que as quantitativas compreendem-se: área

protegida, área do município, peso ponderado e fator de conservação; como qualitativas

temos o resultado da avaliação anual da qualidade ambiental das áreas e da capacidade de

gestão das prefeituras envolvidas no Programa.

Plano Anual de Aplicação dos recursos, bem como relatório do ano anterior são

requeridos das Prefeituras participantes do Programa, no início de cada ano, como forma de

se verificar a melhoria da qualidade ambiental das áreas protegidas e a correta aplicação dos

recursos. Esses itens também integram as questões da Tábua de Avaliação Qualitativa.

Os municípios foram agrupados por regiões de planejamento, tanto os que participam

do Programa ICMS Ecológico (66 municípios) por possuírem unidades de conservação e/ou

terras indígenas quanto àqueles que não as possuem (12 municípios). A estas últimas, para

efeitos de cálculo, atribuiu-se índice zero (Quadro 35).

O indicador é composto pela média anual dos índices ambientais alcançados pelos

municípios agrupados por Região de Planejamento do MS, possuidores ou não de unidades

de conservação ou terras indígenas.

As informações utilizadas para a elaboração deste indicador foram produzidas pelo

Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul – IMASUL, Ministério do Meio Ambiente –

MMA, Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

– IBGE e Fundação Nacional do Índio-FUNAI. As informações estão disponíveis na Internet, no

endereço: http://www.semac.ms.gov.br, e na publicação Perfil dos Municípios brasileiros:

meio ambiente 2002, divulgado pelo IBGE.

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151

Justificativa

Se fizer uma comparação da média obtida no ano entre regiões, consegue-se

comparar e verificar se uma região está "evoluindo" mais que outra. Porém, como a variação

da média dos índices por região e por ano não apresenta "tendências" com o passar dos anos,

tem-se dúvidas se este seria um bom indicador para monitorar-se a evolução da qualidade

ambiental (não dá para apresentar resultado dentro da mesma região). Isso possivelmente

ocorre por não trabalhar-se com nenhuma variável constante.

Comentários

O ICMS Ecológico pode ser entendido como uma ferramenta de gestão ambiental

articulada entre o Estado e os seus municípios (atualmente 66 no MS), visando á manutenção

da biodiversidade, principalmente por meio da criação, administração e manejo adequado de

unidades de conservação.

O ICMS Ecológico representa hoje, seguido pela Compensação Ambiental de

empreendimentos de alto impacto negativo, a principal fonte de financiamento da gestão

ambiental conservação da biodiversidade no MS. A despeito das dificuldades encontradas

para aplicação deste recurso exclusivamente nas áreas protegidas e em ações ambientais,

esse recurso apresenta-se como o principal aporte financeiro para vários municípios, os quais

dependem quase que exclusivamente desse repasse para a gestão municipal como um todo.

Os índices ambientais são gerados anualmente e publicados via Resolução SEMAC em

duas versões: provisória e, após prazo para os municípios recorrerem, definitiva, sendo esta

última a utilizada pela Secretaria Estadual da Fazenda do MS para definir os repasses de

recursos ao ano subseqüente.

Quadro 35. Evolução dos Índices do ICMS Ecológico no MS - GUC/IMASUL - 06/01/2010

REGIÕES 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10

1. Pantanal

Anastácio 0,0012 0,0015 0,0012 0,0017 0,6947 0,3954 0,4619 0,3907 0,2410

Aquidauana 2,2654 2,3541 1,9275 2,226 2,4041 1,0965 1,3946 1,5210 1,1892

Corumbá 2,2343 2,2500 2,0295 1,6844 1,9862 0,7861 1,7870 1,8006 1,4520

Ladário 0,1949 0,1994 0,1634 0,1646 0 0 0 0 0

Miranda 0,3869 0,3959 0,3451 0,3104 1,0532 0,6676 0,5502 0,5293 0,5644

TOTAL 5,0828 5,2009 4,4667 4,3871 6,1382 2,9456 4,1937 4,2416 3,4466

MÉDIA 1,0166 1,0402 0,8933 0,8774 1,2276 0,5891 0,8387 0,8483 0,6893

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Continuação......

2. Sudoeste 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10

Bodoquena 6,0996 6,2398 5,1137 3,569 3,0732 0,6798 3,3470 5,2561 9,4385

Bonito 4,6763 4,7823 3,8668 2,737 3,5637 1,2533 3,1285 4,6827 6,6388

Bela Vista 3,2893 0,3363 0,3246 0,2861 0,1916 0,7089 0,6660 0,6891 0,3359

Caracol 0 0 0 0 2,0842 1,1848 0,1611 0 0,7153

Jardim 1,5878 1,6240 1,3310 0,9554 1,0167 0,1257 1,2735 1,4484 2,2395

Nioaque 0,2664 0,2725 0,2224 0,2403 0,2063 0,1936 0,1517 0,1550 0,1612

Porto Murtinho 11,1517 11,4074 9,3130 9,2896 6,4391 7,1161 10,1678 6,5967 5,1409

Guia Lopes da Laguna 0 0 0 0 0 0 0 0 0

TOTAL 27,0711 24,6623 20,1715 17,0774 16,5748 11,2622 18,8956 18,8280 24,6701

MÉDIA 3,3839 3,0828 2,5214 2,1347 2,0718 1,4078 2,3620 2,3535 3,0838

3. Sul-fronteira 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10

Antônio João 0,0033 0,0034 2,3545 2,4648 1,7297 2,0409 2,0609 2,4269 2,1465

Aral Moreira 0 0 0,1674 0,154 0,0896 0,1451 0,0836 0,1035 0,0485

Amambai 0,2780 0,2843 0,7670 0,7251 0,7182 0,9922 0,9396 1,1909 0,7377

Coronel Sapucaia 0,6327 0,6469 1,9163 1,8197 1,6924 2,0044 1,9167 1,8507 1,3723

Laguna Carapã 0,3001 0,3039 0,2493 0,2355 0,1420 0,2161 0,1498 0,1850 0,1392

Ponta Porã 0 0,4758 0 0,0902 0,0513 0,0451 0,0476 0,0740

Paranhos 1,2173 1,2446 5,2910 6,0836 3,7892 4,3520 2,0458 3,5851 3,1915

Sete Quedas 0 0,6455 2,1259 1,7644 1,5768 1,8176 1,4475 1,4729 1,2479

Tacuru 0,3716 0,3799 0,6916 2,4295 1,2117 2,1194 2,0620 2,4578 1,7249

TOTAL 2,8030 3,5085 14,0389 15,6766 11,0398 13,7390 10,7510 13,3204 10,6825

MÉDIA 0,3114 0,4386 1,5599 1,7418 1,2266 1,5266 1,1946 1,4800 1,1869

4. Cone-sul 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10

Eldorado 1,2421 1,2700 1,4776 1,1860 1,0666 6,7235 5,3253 3,0237 2,5779

Japorã 1,9968 2,0418 1,0450 2,9209 2,5524 2,0328 1,9334 2,8486 1,9284

Mundo Novo 0,5527 0,5747 1,2008 1,0576 1,2230 6,1068 4,9100 2,7281 2,6953

Iguatemi 0 0 0,6314 0,5172 0,6735 0,6900 0,4796 0,7046 0,3921

Itaquiraí 0,9005 0,9208 0,7546 0,5267 0,4140 1,2688 0,9846 0,6599 0,5501

Juti 0,1025 0,1048 0,1307 0,0878 0,1310 0,0745 0,0819 0,0769 0,0776

Navirai 4,0896 4,1832 3,4277 4,075 3,9279 6,2437 5,5570 4,7065 4,3811

TOTAL 8,8843 9,0953 8,6678 10,3712 9,9884 23,1401 19,2718 14,7483 12,6025

MÉDIA 1,2692 1,2993 1,2383 1,4816 1,4269 3,3057 2,7531 2,1069 1,8004

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153

Continuação......

5. Grande Dourados 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10

Caarapó 0,5935 0,6070 1,8261 0,5701 0,4045 0,6401 0,4822 0,6244 0,4681

Dourados 0,2989 0,3056 0,1721 0,1887 0,1771 0,2000 0,1863 0,1678 0,1882

Douradina 2,5044 2,5611 2,0989 2,1285 1,2645 2,3337 1,4560 2,5123 2,0559

Deodápolis 0 0 0 0 0 0 0 0,6811 0,3619

Fátima do Sul 0 0 0 0 0 0 0 1,1709 0,9204

Jatei 15,6901 16,0452 13,1495 15,9061 14,6390 14,2925 12,3199 12,7056 11,5406

Itaporã 0 0 0,5151 0,5173 0,4189 0,3692 0,3984 0,3514 0,2544

Maracaju 0 0,0629 0,0789 0,0799 0,0495 0,0492 0,0536 0,0522 0,0434

Vicentina 0 0 0 0 0 0 0 0 0,8651

Rio Brilhante 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Glória de Dourados 0 0 0 0 0 0 0 0 0

TOTAL 19,0870 19,5818 17,8405 19,3906 16,9535 17,8847 14,8964 18,2657 16,6980

MÉDIA 1,7352 1,7802 1,6219 1,7628 1,5412 1,6259 1,3542 1,6605 1,5180

6. Campo Grande 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10

Bandeirantes 0 0 0 0 0 0 0 0,0167 0,0145

Campo Grande 0,3082 0,3162 0,3233 0,3082 0,2660 0,2968 0,2872 0,2830 0,2212

Corguinho 0 0 0,0000 0,0972 0,0163 0,0196 0,0196 0,2227 0,1322

Dois Irmãos do Buriti 4,5675 4,6724 3,8459 3,8801 4,1424 3,2350 3,8980 2,6954 3,0984

Sidrolândia 0,0416 0,0425 0,0273 0,0297 0,0139 0,0290 0,0186 0,0152 0,0205

Nova Alvorada do Sul 0 0 0 0 0 0 0 0,3479 0,2865

Ribas do Rio Pardo 0,0026 0,0035 0 0 0 0 0 0 0

Rochedo 0 0 0,0022 0 0 0 0 0,0200 0,0177

Terenos 0,0094 0,0097 0,0079 0,0301 0,9055 0,5300 0,5375 1,1580 1,2925

Jaraguari 0 0 0 0 0 0 0 0 0

TOTAL 4,9293 5,0443 4,2067 4,3453 5,3441 4,1104 4,7609 4,7589 5,0835

MÉDIA 0,4929 0,5044 0,4207 0,4345 0,5344 0,4110 0,4761 0,4759 0,5084

7. Leste 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10

Angélica 0 0 0 0 0 0 0 0,2455 0,2488

Bataiporã 0,9656 0,9875 0,8093 0,5648 0,6835 0,5194 0,6502 0,5687 0,3432

Ivinhema 0,5265 0,5385 0,4413 0,308 0,1333 0,1493 0,3056 0,2522 0,1487

Nova Andradina 0,1308 0,1338 0,1092 0,1409 0,2413 0,2058 0,2372 0,2278 0,1704

Novo Horizonte do

Sul 1,1356 1,1613 0,9481 0,6642 0,5022 0,3506 0,5732 0,6147 0,3544

Taquarussu 10,7335 10,9762 9,3757 8,7401 9,4486 9,0430 8,6668 7,6784 7,1395

Anaurilândia 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Bataguassu 0 0 0 0 0 0 0 0 0

TOTAL 13,4920 13,7971 11,6835 10,4180 11,0089 10,2681 10,4330 9,5873 8,4050

MÉDIA 1,6865 1,7246 1,4604 1,3023 1,3761 1,2835 1,3041 1,1984 1,0506

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Continuação......

8. Bolsão 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10

Agua Clara 0 0 0 0,0383 0,0041 0,0031 0,0037 0,0062 0,0020

Aparecida do Taboado 0,0031 0,0031 0,0026 0,0025 0,0022 0,0020 0,0015 0,0022 0,0013

Brasilândia 0,1152 0,1178 0,0965 0,0997 0,0558 0,1188 0,0689 0,0618 0,0182

Cassilândia 0 0 0 0 0 0 0 0 0,4026

Inocência 0 0 0 0 0 0 0 0 0,5252

Paranaiba 0 0 0 0 0 0 0 0,2001 0,1111

Três Lagoas 0,0061 0,0086 0,0066 0,0171 0,0122 0,0105 0,0101 0,0139 0,0020

Santa Rita do Pardo 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Selvíria 0 0 0 0 0 0 0 0 1,0624

TOTAL 0,1243 0,1295 0,1057 0,1576 0,0743 0,1344 0,0842 0,2842 1,0624

MÉDIA 0,0138 0,0144 0,0117 0,0175 0,0083 0,0149 0,0094 0,0316 0,2361

9. Norte 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10

Alcinópolis 12,6277 12,9221 12,8652 12,6762 8,8292 8,1963 9,6703 8,6209 10,5891

Camapuã 0,0930 0,0952 0,0780 0,0746 0,0257 0,0082 0,0080 0,0128 0,0059

Chapadão do Sul 0 0 0 0 1,9339 0,3629 0,8589 1,0034 1,3613

Costa Rica 1,3630 1,4072 2,2445 2,061 4,2257 3,7591 2,9400 3,8216 3,8128

Coxim 0,0126 0,0224 0,0230 0,0189 0,0066 0,0050 0,0060 0,0066 0,0050

Figueirão 0 0 0 0 2,7173 0,5149 0,4253 0,3061 0,2520

Rio Verde de MT 0,0394 0,0403 0,0329 0,0309 0,0081 0,0305 0,0279 0,0199 0,0158

São Gabriel D’Oeste 0,3730 0,3817 0,3116 0,2904 0,0905 0,0213 0,0254 0,0237 0,0146

Sonora 4,0175 4,1115 3,3566 3,0242 5,0409 3,6177 2,7517 2,1503 1,2929

Rio Negro 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pedro Gomes 0 0 0 0 0 0 0 0 0

TOTAL 18,5262 18,9803 18,9118 18,1762 22,8780 16,5159 16,7135 15,9653 17,3494

MÉDIA 1,6842 1,7255 1,7193 1,6524 2,0798 1,5014 1,5194 1,4514 1,5772

Fonte: Programa ICMS Ecológico/GUC/IMASUL. Organizado por: Biól. Elizabete Burkhardt 78 municípios, sendo 66 com UCs e/ou Terras Indígenas