convite do céu

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O que você diria se o Presidente da República o convidasse para morar em sua residência? Que resposta você daria a Rainha da Inglaterra, se ela o chamasse para tomar o chá das cinco no Palácio de Buckingham? Como você agiria se o milionário Bill Gates oferecesse a você uma temporada na casa de campo dele? Você seria capaz de recusar? Pois saiba que Deus tem muito mais para oferecer a você. Seus convites não são como bolhas de sabão: belos e coloridos, porém, vazios e temporários. Não são como miragem no deserto: maravilhosos aos olhos, mas apenas fruto da imaginação. Não visam alimentar seus desejos egoístas, mas satisfazer plenamente os anseios da sua alma. Eles são fonte no ermo, luz na escuridão, bálsamo que alivia a dor neste mundo de sofrimento. Menosprezá-los não é apenas um erro, é uma irracionalidade. Atendê-los não é uma questão de inteligência, é uma questão de sobrevivência.

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CONVITE DO CÉU

É impossível você resistir a ele

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Joel Sinete

São Paulo 2013

CONVITE DO CÉU

É impossível você resistir a ele

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Copyright © 2012 by Joel Sinete

Coordenação Editorial Silvia Segóvia Diagramação Oika Serviços Editoriais Capa Monalisa Morato Revisão de Texto Patricia Murari Raquel Siqueira

Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (Decreto Legislativo nº 54, de 1995)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Sinete, Joel Convite do céu : é impossível você resistir a ele / Joel Sinete. -- Barueri, SP : Ágape, 2013.

1. Cristianismo 2. Deus - Adoração e amor3. Deus - Amor 4. Presença de Deus 5. Vida cristã6. Vida cristã - Meditações I. Título.

13-09949 CDD-248.4

Índices para catálogo sistemático:1. Deus : Espiritualidade : Vida cristã 248.4

2013Publicado com autorização. Nenhuma parte desta publicação pode ser reprodu-

zida sem a devida autorização da Editora.

Impresso no BrasilPrinted in Brazil

EDITORA ÁGAPEAl. Araguaia, 2.190 – Conj. 1.112

CEP 06455-000 – Barueri – SPTel: (11) 2321-5080 – Fax: (11) 2321-5099

www.agape.com.br

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Hernandes Dias Lopes

Pode haver neste mundo outras pessoas tão sábias, inteligen-tes, espirituais e amorosas quanto ao senhor.Mas poucas detêm tamanha generosidade e altruísmo, capa-zes de estar sempre dispostas a se colocarem a serviço do outro.Dedico este livro ao amigo, irmão e servo Reverendo Hernandes, pois ele não apenas já aceitou os convites nele expresso, mas tem conduzido muitos a dizer “sim” ao anfi-trião que se coloca na sala de comando do universo.

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“O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede, venha; e quem quiser receba de graça a água da vida.”

Ap 22.17

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SUMÁRIO

Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

Um chamado especial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

Capítulo 1Favor ImerecidoConvite da graça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23

Capítulo 2Parada ObrigatóriaConvite do descanso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35

Capítulo 3Aliviando a BagagemConvite do descanso II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43

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Capítulo 4Uma Toalha, Uma Bacia com Água, Uma LiçãoConvite da humildade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .53

Capítulo 5Enxergando o InvisívelConvite da fé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63

Capítulo 6Remédio Para a AlmaConvite do perdão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

Capítulo 7Enfrentando Desafios ArrebatadoresConvite à coragem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87

Capítulo 8Mãos EstendidasConvite da solidariedade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97

Capítulo 9Casa Nova, Móveis Novos, Nova VidaConvite ao novo homem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .107

Capítulo 10Dê Mais um PassoConvite à perseverança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123

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Capítulo 11Deus EscutaConvite da oração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133

Capítulo 12O Sonho de DeusConvite da comunhão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145

Capítulo 13Ainda Há Um Lugar Para VocêConvite do céu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157

Notas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .164

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AGRADECIMENTOS

Para fazer um bolo você não precisa de muito esforço; bas-ta juntar alguns ingredientes, colocar tudo em uma batedeira, seguir uma receita, e em poucos minutos sua obra-prima estará concluída.

Escrever um livro não é tão simples assim. É preciso mais do que algumas palavras, uma boa ideia e um grande desejo no co-ração. É preciso de pessoas. Pessoas que nos inspirem, estimulem, auxiliem, corrijam, tolerem; pessoas que nos ouçam. Um livro não existe sem elas.

Por isso, minha homenagem e gratidão a vocês que, de algu-ma forma, contribuíram oferecendo alguns ingredientes funda-mentais para transformar este projeto em uma bela obra de arte.

Reverendo Hernandes Dias Lopes, é um presente de Deus poder ouvir as suas palavras e um imenso privilégio tê-las re-gistradas neste livro. Mais uma vez, minha gratidão eterna pela sua participação e pelo seu incentivo.

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Reverendo Anderson Sathler, algumas pessoas se satisfa-zem em nos indicar o caminho correto; outras, em nos acompa-nhar nele. Obrigado pela sua companhia nesta jornada e pela orientação sempre segura.

Valéria Caiafa, outro projeto, outro livro, e mais uma vez, outra expressão da sua competência e capacidade. Sua eficiência enobrece este trabalho e faz bem aos olhos daqueles que o leem. Você se supera a cada dia.

Editora Ágape, obrigado por me deixar fazer parte dessa fa-mília e compartilhar um pouco do que Deus tem me dado nes-sas décadas de comunhão com Ele.

Meus filhos Crisander e Crisellen, se os filhos são flechas, sou um guerreiro frustrado, pois me sinto constrangido em um dia ter de atirá-los. Amo-os profundamente.

Minha esposa Genoveva, meu benzinho desde sempre. O que seria da Fera sem a Bela, da lua sem o sol, de mim sem você? Mas um dia a Bela surgiu e deu beleza à Fera; o sol nasceu e deu luminosidade à lua; você apareceu e trouxe razão à minha exis-tência. Meu amor por você vai se findar no mesmo dia em que Deus deixar de amar.

Você, leitor, obrigado por me deixar entrar em sua casa e por acreditar nas palavras deste livro; mas, principalmente, obrigado por aceitar o convite daquele que é inspiração: Jesus.

E a Ti, Senhor! Sou imensamente grato por me inserir na Sua lista de convidados.

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PREFÁCIO

Na caminhada da vida temos boas surpresas. Fui surpreen-dido com o gesto fidalgo e honroso de Joel Sinete, dedicando--me esta obra, eloquente em seu estilo, rico em seu conteúdo, e urgente quanto a seu apelo. Prefaciar este livro, portanto, é para mim, inaudita honra. E faço isso, por várias sobejas razões.

Em primeiro lugar, Joel é um escritor talentoso. Escreve com beleza retórica, com profundidade ímpar e com clareza irretocável. Seu compromisso com a Palavra e sua fidelidade na exposição dos temas saltam aos olhos e aquecem o coração.

Em segundo lugar, o assunto é assaz oportuno e absoluta-mente urgente. Ao ler esta obra você ouvirá o sonido dos mui-tos convites ecoando em seus ouvidos e apelando ao seu cora-ção. Não são convites fúteis, mas desafiam você a enfrentar, com os olhos fitos em Jesus, as maiores realidades da vida. Não são convites interesseiros, que visam explorar você, mas tratam dos mais lídimos interesses da sua alma. Não são convites para as

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banalidades da vida nem para os prazeres deste mundo, mas são apelos que promanam do céu e procedem do próprio Deus. Aten-der a esses convites é refinada sabedoria; rejeitá-los, a mais con-sumada loucura!

Em terceiro lugar, a necessidade do tema é indiscutivel-mente urgente. Temos ouvido muitas vozes dissonantes no mun-do contemporâneo, vozes como de sereia, que induzem ao erro. Há muitas vozes melífluas e aveludadas, que tentam seduzir seu coração para depois enfiar-lhe uma espada no peito. Os convi-tes da graça, que desabotoam deste precioso livro, falam daqui-lo que é essencial, daquilo que é inadiável, daquilo que é eterno . Afine seus ouvidos pelo diapasão do céu e incline seu coração para atender, sem tardança, a esses convites; pois, ao recebê--los, você encontrará a fonte da vida e a felicidade eterna.

Em quarto lugar, a necessidade do seu coração será plena-mente suprida. Estou certo de que este livro tem uma mensagem fiel e relevante, oportuna e desafiadora. Se você guardar essa men-sagem no escrínio de sua alma, encontrará um oásis no deserto, uma fonte no ermo e uma ilha de vida neste mar de desespero. A pessoa central destacada neste livro é Jesus, o Filho de Deus, o Salvador do mundo, o Amigo fiel, o Consolador dos aflitos, o Protetor dos fiéis. Leia cada página deste livro com a alma se-denta e com coração aberto e prepare-se para entrar na sala do banquete e desfrutar das melhores iguarias da mesa do Pai.

Hernandes Dias Lopes

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UM CHAMADO ESPECIALConvite

Você já recebeu um. De casamento, aniversário, formatu-ra, inauguração de um empreendimento, participação em al-gum evento, lançamento de um livro (se não recebeu nenhum, sinta-se convidado para o lançamento deste), e posso garantir que se sentiu honrado por ter sido lembrado. Todos nós nos sentimos.

Alguns convites são cerimônias de gala: jantar com uma au-toridade, recebimento de um prêmio. Eles vêm em envelopes decorados e contêm laços dourados. Outros são singelas cordia-lidades: churrasco com os amigos, futebol no sábado à tarde, con-fraternização com os colegas do trabalho. E tem aqueles que não podemos considerar como convites, mas intimações. Você não tem opção de dizer “não”.

De maneira geral, os convites são atos de gentileza especiais, venha ele da forma que vier: em um invólucro entregue em mãos,

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através de um telefonema, seja ele encaminhado pelo correio ou comunicado verbalmente. A forma é insignificante. O que move seu rosto a esboçar um sorriso de contentamento e vibrar de ale-gria é saber que alguém pensou em você. É sentir-se prestigiado.

Um convite é sempre uma manifestação de apreço, uma ex-pressão de consideração, uma demonstração de amor.

Quem o recebe sabe o valor que ele tem, sabe o que signi-fica. É bom você ouvir alguém dizer: “Quer sair comigo?”, ou ler as palavras impressas em alto relevo: “O Sr. e Sra. Smith sentir--se-ão honrados com sua presença no casamento de sua filha...”, ou, “Sr. Joel, convidamos Vossa Senhoria a participar...”.

O céu sabe disso. Deus sabe disso. E sabe tanto, que Ele pre-parou uma dezena deles. Cada um feito exclusivamente para você. Uma carta personalizada do céu.

Seus convites, porém, não são encontrados em envelopes, nem comunicados pelo telefone; não são colocados em sua cai-xa de correspondências. Eles são revelados na Sua Palavra.

Deus é um Deus que convida. É um Deus que abre a porta e acena chamando os peregrinos para uma mesa farta. É um Deus que convida você para entrar no Seu reino e habitar um mundo onde não há lágrimas, nem tristeza, nem dor. Um Deus que está disposto a lhe dar descanso, que oferece alívio, que promete ca-minhar com você, consolar, proteger, confortar você; um Deus que se apresenta como a água que sacia a sua sede e o pão que mata a sua fome. Um Deus que não faz distinção de raça, cor, condição financeira, posição social. Ele convoca a todos.

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Se você se sente honrado em ser chamado para participar de um simples evento, uma comemoração ou uma cerimônia qualquer, imagine então ser convidado para participar dEle mesmo ? É isso mesmo que você leu. Deus não se limita a cha-má-lo para ir à Sua Igreja, ou à Sua reunião de oração, ou ao Seu estudo bíblico; Ele o convida para ir a Ele: “Vinde a mim”. E o melhor, Ele não contrata uma equipe de profissionais para ser-vir você, Ele mesmo o faz.

Por isso parece que a palavra favorita de Deus é “venha”, e não “vá”.

“Vinde...”As Escrituras Sagradas mostram esta expressão de Deus inú-

meras vezes. Do Antigo ao Novo Testamento, dos profetas aos apóstolos, Deus se revela como aquEle que chama até Ele:

“Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vos-sos pecados são como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve.” (Is 1.18)“E vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei.” (Is 55.1)“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarrega-dos, e eu vos aliviarei.” (Mt 11.28)“Vinde para as bodas.” (Mt 22.4)“Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.” (Mc 1.17)“Se alguém tem sede, venha a mim e beba.” (Jo 7.37)

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Como um Pai que ama seus filhos, Ele está sempre sussur-rando aos seus ouvidos:

“Lance sobre mim toda a sua ansiedade, porque eu tenho cui-dado de você.” “Quando você passar pelas águas, eu serei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” “Eu sou Aquele que te consola.” “Nunca tosquenejo nem durmo. Estou à sua direita.” “Nunca o deixarei ou o desampararei.”“Se Eu sou por você, quem será contra você?”“Eu te esforço. Eu te ajudo.”“Ninguém o arrebatará das minhas mãos.”“Não temas, nem te assustes, porque Eu estou contigo.”

Que palavras alentadoras! Que pessoa no mundo ousaria pronunciá-las? Quem poderia fazer tais promessas ou ofere-cer tamanhas benesses? Maomé? Buda? Ghandi ? Madre Tere-za de Calcutá?

Ninguém. Nenhum ser humano seria capaz de fazer tais compromissos. E sabe por quê? Porque nenhuma pessoa teria condições de cumpri-las.

Somente aquEle que amou o mundo de tal maneira a ponto de morrer por ele é capaz de se sacrificar por você, somente aquEle que experimentou todas as dores imagináveis é capaz de entender seu sofrimento; e, somente aquEle que detém todo poder é capaz

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de ajudá-lo: “Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tenta-do, é poderoso para socorrer os que são tentados.” (Hb 2.18)

Desculpe a minha curiosidade, mas o que você tem feito com os convites de Deus?

Recusado?Ignorado?Menosprezado?Não sei que respostas você tem dado a Deus, mas posso ga-

rantir que Seu convite continua de pé. Ele não tem desistido de você. Deus não desistiu de Moisés, Jonas ou Jeremias, mesmo que tenham tentado resistir a Seu convite. Ele não abriu mão da-quelas pessoas as quais chamou.

Em sua última semana de vida, Jesus contou uma parábola so-bre o convite de um rei para uma festa de casamento do seu filho. O rei preparou tudo. Pensou nos mínimos detalhes. Se você já par-ticipou de uma festa de gala, pode imaginar a dimensão do evento: o luxo, o requinte, a beleza, as finas iguarias reais.

E assim, o rei enviou seus servos a chamar os convidados. A expectativa era tornar aquele momento algo memorável. O rei já visualizava o local repleto de pessoas. Mas, para sua sur-presa, ninguém compareceu. Alguns ignoraram o convite, ou-tros desculparam-se por estar muito atarefados. Mateus, o pu-blicano, que um dia foi convidado a se tornar um discípulo, descreve este episódio: “Então, enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; mas estes não quiseram vir. Enviou ainda outros servos, com esta ordem: Dizei aos convidados: Eis

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que já preparei o meu banquete; os meus bois e cevados já foram abatidos, e tudo está pronto; vinde para as bodas. Eles, porém, não se importaram e se foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio...” (Mt 22.3-5)

Se alguém já ignorou um convite pessoal seu, sabe como o rei se sentiu. Não há nada que ofenda mais que um convite es-pecial ser relegado ao menosprezo.

A maioria das pessoas não rejeita Jesus... apenas não dá a devida importância ao convite. Não recusa a sua oferta... apenas não valoriza as suas palavras.

É possível alguém conhecer muito a respeito do convite de Deus sem nunca tê-lo respondido pessoalmente. Respeitam, re-verenciam, admiram e até agradecem, mas não se esforçam por atendê-lo.

Deus está desejoso em recebê-lo, com todos os seus defeitos, todos os seus problemas e todas as suas falhas. Ele está ansioso para fazer parte da sua vida e quer que você faça parte da vida dEle. Foi este o sentimento revelado a João no livro de Apocalipse: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a por-ta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo .” (Ap 3.20). Ele está louco para entrar no seu mundo, mudar sua história.

O Senhor do Universo, o criador das galáxias, o autor da vida quer ter comunhão com você, indiferentemente de quem você seja. Ele quer compartilhar com você o que Ele tem de melhor. E o que Ele tem de melhor não é um carro zero quilômetro, uma casa total-mente mobiliada, um emprego dos seus sonhos ou uma reserva no

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banco. Muitos pensam que isso é o melhor que Deus tem a oferecer. Na verdade, o que Ele tem de melhor é Ele mesmo.

Mas o que me chama mais a atenção em relação a Deus é que apesar do seu convite ser especial, apesar do privilégio ser nosso, Ele não nos obriga a aceitá-lo; não nos coage ou força a nossa decisão. Ele nos dá a liberdade da escolha. Observe nova-mente as palavras reveladas ao vidente de Patmos: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta...” (Ap 3.20). Deixe-me destacar três palavras neste versículo : “SE AL-GUÉM OUVIR”. Este alguém sou eu, é você. É interessante que Deus deixe a escolha a nosso critério; a escolha de dizer sim ou não, de abrir ou não a porta, de aceitar ou não o convite.

Não me entenda mal e nem me julgue chato, mas não pos-so deixar de repetir aquela pergunta: O que você tem feito com os convites de Deus?

Se você os tem guardado, Deus quer ser mais do que uma mera lembrança.

Se você os tem admirado, Deus quer ser mais do que um objeto de afeição.

Se você os tem ignorado, Deus quer ser mais importante na sua vida.

Se você os tem esquecido, Deus quer um pouco mais da sua atenção.

Deus não o convida por uma simples formalidade; nem tam-pouco por educação. Ele não o chama por chamar. Talvez algumas pessoas o tenham feito, mas Deus não. Ele o convida porque o

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ama; porque Ele quer você; para demonstrar que você é impor-tante, indispensável.

Ele o ama de tal forma, que há dois mil anos decidiu vir pes-soalmente ao seu encontro. Aquele que era ilimitado tornou-se limitado. O Senhor do tempo entrou no nosso tempo. Suas mãos poderosas tocaram corpos enfermos; Sua voz majestosa, falou a pessoas simples; Seus pés puros percorreram caminhos imun-dos; Sua vida Santa conviveu com indivíduos pecadores.

Não é maravilhoso saber que Ele veio por nossa causa? Não é uma honra ter o Rei dos reis convivendo em nosso meio? Não é um privilégio ter o Criador se relacionando com sua criatura?

E sabe o que isso quer demonstrar? Que você é especial. Ele abandonou a Sua glória e entrou

no nosso tempo para mostrar que seu convite é irrecusável. Mas a parte mais notável na vinda de Jesus é que Ele per-

correu o nosso mundo, viveu a nossa vida, para dizer que, mais do que um chamado, seu convite é um passaporte: “Eu sou o ca-minho...” (Jo 14.6). Um passaporte que pode levar você a um lu-gar melhor do que um centro de convenções, a uma festa maior do que um baile de formatura, a um encontro mais importante do que uma audiência com o Presidente da República.

Ele veio para dizer que é bem-vindo; e ainda que você não mereça, seu nome está na lista de convidados. E Ele não gosta-ria que estivesse ausente na festa que Ele preparou exclusivamen-te para você.

Este livro é para você. Abra-o, leia-o e desfrute de cada pro-messa que ele tem.

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Capítulo 1

FAVOR IMERECIDOConvite da graça

“Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e, vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.” (Is 55.1)

Estou olhando para ele. Aliás, já venho observando-o há algum tempo. Todos os dias ele chega, pousa sobre o muro, olha atento para os lados analisando o ambiente, depois de al-guns minutos desce até o terreiro. Suas asas amarelo-ouro pa-recem brilhar com o reflexo do sol do meio-dia. Sua beleza exuberante contrasta com seus quinze centímetros de tama-nho. Estou aproximadamente a dois metros dele. Ocupado em bicar freneticamente as sementes que se encontram espalha-das pelo chão, não percebe a minha presença. Ele não sabe que fui eu quem colocou ali aquelas sementes. Ele não se pre-ocupa com isso. Sua atenção está voltada unicamente em

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deliciar-se com a comida que se encontra à sua disposição. Eu as tenho colocado todas as manhãs. Vou ao mercado sema-nalmente, procuro a seção de produtos para aves, escolho as sementes de melhor qualidade e, diariamente, as espalho para servir de alimento para ele.

Preparei também um pequeno bebedouro. Ele tem o forma-to de uma concha. No calor ele se esbalda na água para molhar as penas e refrescar seu corpo. Você pode achar exagero da minha parte, mas a água que coloco para ele é a mesma que entra na mi-nha geladeira, completamente pura, límpida. Pode acreditar!

A primeira vez que pousou em nosso quintal, trazia um ramo no bico indicando que queria fazer um ninho. Isso acon-teceu no verão passado. Imediatamente, comprei uma casinha de madeira, coloquei algodão e alguns matinhos para ele se adap-tar. No princípio ele ficou meio desconfiado, resistente, sem co-ragem de se achegar ao local . Mas em pouco tempo, cordões, li-nhas, folhas, matos de todos os tipos foram sendo colocados dentro da casinha, delicadamente traçados, transformando o lu-gar em um pequeno berço. Não foi preciso esperar muitos dias para que ouvíssemos o chiado dos filhotes pedindo comida. Ele carinho samente trazia a comida, colocava no bico dos filhotes e depois saía. Repetia este movimento inúmeras vezes por dia. Eu ficava encantado com sua dedicação, seu cuidado. Muitos pais deveriam se mirar no seu exemplo.

Não vi os filhotes crescerem, mas certamente foram embo-ra, pois já não escuto mais o barulho vindo do ninho.

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Ele, porém, continua ali. Aparece todos os dias, todas as manhãs. Não sei se permanece por causa da comida farta sem nenhum sacrifício, ou se já se acostumou com o lugar; mas isso não importa. Fico feliz com a presença dele, maravilhado com o seu canto que me acorda e com a sua beleza que enobrece o meu quintal.

Eu poderia prendê-lo em uma gaiola para evitar que fuja, mas não o faço. Sei que algum dia ele pode me deixar, voar para outros lugares, experimentar novos ares; mas seria muito egoís-mo da minha parte privá-lo da sua liberdade.

Já me afeiçoei tanto a ele que quando algum animal o colo-ca em perigo, entro logo em ação. Sou tipo “anjo da guarda”. A fim de protegê-lo cheguei a criar a A.P.P. – Associação dos Pro-tetores dos Pássaros. Acho que você faz ideia de quem possa ser o presidente (eu, claro).

Estou enganado, ou você está balançando a cabeça e per-guntando: Por que faz isso? Por que gasta o seu dinheiro com uma criatura que não tem nada para lhe oferecer? Por que gasta o seu tempo com um pássaro que nem sabe quem é você?

Quer mesmo saber?Porque eu sei que existe alguém que faz muito mais por mim

e por você. Alguém que cuida de nós diuturnamente. Enquanto você dorme, Ele vigia. Enquanto descansa, Ele trabalha. Está so-zinho? Ele o acompanha. Está triste? Ele o alegra. Está perdido? Ele mostra o caminho. Precisa de alguém para desabafar? Ele o ouve. Ele envia o sol todas as manhãs, e a lua para iluminar suas

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noites. Faz brotar toda sorte de flores para embelezar seu mundo, frutos para matar a sua fome. Ele se importa com você.

Deus, através do profeta Isaías, sete séculos antes de Cris-to, falou uma palavra que certamente deve provocar coceiras nos ouvidos dos defensores das ideias evolucionistas: “Assim diz Deus, o Senhor, que criou os céus e os estendeu, formou a terra e a tudo quanto produz; que dá fôlego de vida ao povo que nela está e o Es-pírito aos que andam nela.” (Is 42.5)

É bom ouvir isto de Deus. Saber que não somos frutos do aca-so, produtos de uma evolução cósmica. É bom saber que fomos cria-dos por Deus, formados pelas mãos do Arquiteto do universo.

Você foi projetado por Ele; delicadamente planejado. Cada parte do seu corpo é obra dEle. Sua mente criativa, seu corpo perfeito, sua beleza exuberante, seu temperamento.

É Ele quem lhe dá forças para trabalhar, quem sustenta sua existência. Não é sem razão que o homem mais sábio que pisou neste planeta tenha afirmado: “Nada há melhor para o homem do que comer, beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu tra-balho. No entanto, vi também que isto vem da mão de Deus, pois, separado deste, quem pode comer ou quem pode alegrar-se?” (Ec 2.24,25). E um pouco mais à frente ele reafirma: “Sei que nada há melhor para o homem do que regozijar-se e levar vida regalada; e também que é dom de Deus que possa o homem comer, beber e desfrutar o bem de todo o seu trabalho.” (Ec 3.12)

Moisés também despertou a lembrança do povo de Israel para esta verdade, antes de adentrarem na terra prometida: “An-tes, te lembrarás do Senhor, teu Deus, que Ele é o que te dá força

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para adquirires poder; para poder confirmar o seu concerto, que jurou a teus pais, como se vê neste dia.” (Dt 8.18)

Salomão e Moisés tinham uma convicção: Deus é o Autor. Ele não é um mero coadjuvante na história da vida. Ele mesmo a escreveu. Folheie a sua Bíblia e vá até aproximadamente o cen-tro dela. Agora, veja o que o salmista escreveu: “Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos to-dos os Meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda.” (Sl 139.16)

Deus o viu antes de você ser você. Acompanhou seu desen-volvimento intrauterino. Viu seus braços serem formados, seus olhos, pés. Ouviu as primeiras batidas do seu coração e o primei-ro ar que encheu seu pulmão. Ele escreveu cada instante da sua vida, cada passo que você dá.

No Salmo 23 Davi dedica 185 palavras para destacar o cui-dado de Deus. Nessas linhas ele revela quem está no controle da sua vida. O experiente pastor de ovelhas se deleitava em dizer quem dirigia sua caminhada.

“Ele” me conduz a pastos verdejantes; (v.2)“Ele” me guia a águas tranquilas; (v.2)“Ele” refrigera a minha alma; (v.3)“Ele” me guia pelas veredas da justiça; (v.3)“Ele” está comigo no vale da sombra da morte; (v.4)“Ele” prepara uma mesa na presença dos meus adversá-

rios; (v.5)“Ele” unge-me a cabeça com o óleo; (v.5)

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“Ele” me faz habitar em Sua casa. (v.6)

O pastor de ovelhas, o poeta, o músico que virou rei não ti-nha nenhum constrangimento em dizer quem era o responsável pelas suas vitórias: “Ele” – Yaweh – Jeová – Deus.

Paulo fez coro com o filho caçula de Jessé, quando encora-jou os crentes de Filipos.

Ele ligou o megafone, conectou um amplificador e afirmou: “E o meu Deus, segundo a Sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma das vossas necessidades.” (Fp 4.19).

Paulo é categórico em afirmar: “cada uma das vossas neces-sidades”. Não algumas necessidades, ou as necessidades mais ur-gentes, ou as básicas.

Você precisa se alimentar? Seu corpo necessita de água para se hidratar? Seu saldo bancário está no vermelho? Não se preo-cupe, seu Deus pode lhe suprir.

Você tem andado ansioso? Seus dias têm sido marcados por preocupações, noites maldormidas? Seu chefe tem sido injusto com você? Aquiete-se, aquEle que te criou conhece as suas lutas.

Você está numa cama de hospital? Numa sala de quimiote-rapia? Numa sessão de hemodiálise? A morte o persegue como uma sombra? Inimigos o tem rondado? Não se preocupe, Deus está com você. E se Ele está com você, nada lhe faltará.

Você conhece alguém com tamanho cuidado? Alguns de vocês devem estar franzindo as sobrancelhas e

dizendo: Mas eu também cuido bem dos meus filhos, trato com

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carinho a minha esposa, remunero meus empregados de manei-ra justa, ajudo a quem me pede alguma coisa.

Eu creio nisso! A questão é: o que você faz quando sua bondade não é re-

tribuída? Como você age quando seus filhos não reconhecem a sua dedicação, quando sua esposa não o trata com o mesmo es-mero, quando seus empregados não produzem suficientemente, quando o mendigo não lhe demonstra gratidão?

Qual sua atitude quando sua “aparente” beneficência não é correspondida?

Vou fazer uma lista e você irá marcar aquela opção que real-mente seria a sua reação (não vale mentir).

( ) Você muda a sua maneira de agir, tornando-se frio, insensível

( ) Você reclama da sua dedicação( ) Você paga com a mesma moeda( ) Você fica decepcionado( ) Você fica murmurando pelos cantos

Se você marcou alguma delas, ou se marcou todas elas, não precisa pensar que a porta do céu se fechou para você, ou que Deus lhe virou as costas. Você não está sozinho. Vivemos em um mundo onde cobramos pelo bem que fazemos aos outros; habi-tamos em um mundo de interesses.

Deus, não. Ele não faz nada pensando no que temos para oferecer a Ele. Na realidade, nada temos a oferecer para Ele.

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Jó, no meio dos seus sofrimentos, nos lembra de uma ver-dade que tem de ser recordada todos os dias: “Se és justo, que Lhe dás? Ou que recebe Ele da tua mão?”(Jó 35.7).

Seja realista: o que você tem para dar ao Rei do universo? Que conselhos você poderia dar ao Mentor da vida? Que novi-dades você poderia apresentar ao Criador de todas as coisas? Que ajuda você poderia conceder ao Deus Todo Poderoso? Qual a sua justiça diante do Deus Santo?

Se você ainda acha que Deus necessita de alguma coisa de você, ouça a oração de Davi: “Teu Senhor, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, Senhor, é o reino, e tu te exaltaste por chefe so-bre todos. Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; ó nosso Deus, graças te damos e louva-mos o teu glorioso nome. Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Por-que tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos.” (1Cr 29.11-14)

Observou com atenção as palavras do rei de Israel? Deixe--me salientar algumas verdades que Davi destaca:

“Teu Senhor, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a ma-jestade” (v.11)“Teu é tudo quanto há nos céus e na terra” (v.11)“Teu, Senhor, é o reino...” (v.11)“Riquezas e glórias vêm de ti...” (v.12)“Tu dominas sobre tudo...” (v.12)

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“Na tua mão há força e poder...” (v.12)“Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos.” (v.14)

Compreende o que Davi está falando para Deus? Atentou para quem está no centro da oração de Davi? Enxergou o perso-nagem principal? “Deus”.

Esta deveria ser a nossa oração diária. De onde vem o seu sucesso? De Deus. De onde vem sua riqueza? De Deus. De onde vem sua sabedoria? De Deus. De onde vem sua força? De Deus.

Seu dinheiro é dEle, seus bens são dEle, seus talentos e ha-bilidades, sua capacidade de aprender, seu tempo, sua vida. “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam.” (Sl 24.1)

Se tudo é dEle, nada é seu. Ele é o dono, o proprietário, o mantenedor e sustentador da vida.

Você não tem nada para oferecer a Deus que não venha dEle. Portanto, tudo o que Ele faz em seu benefício é pela sua graça.

Não precisa fazer esta cara de espanto, mas esta é a pura verdade.

Você não pode pagar pelo que Deus lhe dá. Não pode recompensá-Lo pela Sua bondade. Não pode retribuir o Seu favor. Não poderia, mesmo que tentasse. O que Deus faz por você é im-pagável. A maioria de nós tem dificuldade com este pensamento, porque trabalhamos por tudo que recebemos. Mas, neste caso, o fa-vor de Deus vem até nós gratuitamente, sem quaisquer condições.

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Na economia de Deus não há relacionamento comercial. Há graça.

Isso me faz lembrar um amigo meu que trabalhava como adestrador de cães. A cada comando atendido, o cachorro rece-bia um biscoito como recompensa. O cachorro pulava por den-tro de um pneu, recebia um biscoito. Passava no meio de suas pernas, outro biscoito. Ficava de pé, outro biscoito. Fingia de morto, mais um biscoito. Percebi com o tempo que o animal já não olhava para o dono, apenas para as suas mãos.

Deus não nos trata como cães. Ele não lhe dá uma recompensa a cada vez que você o obedece. Ele não coloca a mão no bolso e dá um prêmio por você fazer aquilo que Lhe agrada. O problema é que muitas pessoas pensam como cães adestrados. Elas dizem: Se eu fizer tudo “direitinho”, Deus me recompensará mais. Se eu aumentar o meu dízimo, Deus me abençoará mais. Se eu frequentar mais os cultos, Deus ouvirá mais minhas orações. Se eu ler mais a Bíblia, Deus resolverá os meus problemas.

É um grande engano. Deus não negocia as suas bênçãos. O profeta Isaías mexe com o nosso orgulho quando diz “... todos nós somos como imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia...” (Is 64.6)

Pesadas as suas palavras, não acha?Gostemos ou não, nós estamos absolutamente desprovi-

dos de qualquer mérito ou direito que impulsione Deus a nos-so favor.

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Por isso, a mensagem que vem do céu é: “Vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.” (Is 55.1)... “Inclinai os ou-vidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá ...” (Is 55.3)

Preste atenção nestas palavras: “Sem dinheiro e sem preço”. Deixe-me traduzir esta verdade com uma frase que você conhe-ce bem: “TOTALMENTE GRÁTIS” ou “0800”.

Deus é o Deus do convite. O Deus da graça. Ele não barga-nha com você. Não faz uma troca, um contrato, uma transação comercial.

Ele simplesmente o chama. Ele o convida não apenas para salvar sua alma, mas também para cuidar do seu corpo. Ele o re-quisita para proteger sua vida, orientar seus passos, aliviar seu fardo, enxugar suas lágrimas. “... ouvi, e a vossa alma viverá” (Is55.3). Ele o abençoa mesmo sabendo que você não tem nada a oferecer para Ele. Isso se chama graça.

Lembra-se do meu canário? Ele também não tem nada para me dar. Não pode pagar pela sua comida; não pode trabalhar para compensá-la. Mesmo assim, fico feliz em vê-lo bicar aque-las pequenas sementes. Já o considero como parte da nossa família. Porém, para mantê-lo próximo de mim, continuo colocando as sementes para ele todos os dias.

Deus fez mais, infinitamente mais para nos ter ao Seu lado eternamente. Ele não nos deu apenas uns biscoitos para comer ou uma casa para morar. Ele nos honrou com a Sua presença. Desceu do céu, deixou Seu trono, entrou no nosso mundo. Ves-tiu a nossa pele, sofreu as nossas dores, morreu em nosso lugar.

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“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Rm 5.8)

E se você acha que isso é ainda pouco, que tal ouvir a promessa que Ele deixou para você. Ela certamente irá conven-cê-lo de que vale a pena aceitar seu convite:

“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.” (Jo 14.1-3)

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