controle fisico-quÍmico de carnes e derivados

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CONTROLE FISICO-QUÍMICO DE CARNES E DERIVADOS Bromatologia 2017.1 Doutoranda: Mônica C. P. dos Santos (PPGAN)

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CONTROLE FISICO-QUÍMICO

DE CARNES E DERIVADOS

Bromatologia 2017.1

Doutoranda: Mônica C. P. dos Santos (PPGAN)

INTRODUÇÃO

• São as partes musculares comestíveis das diferentes espécies de animais de açougue, manipuladas em condições higiênicas e provenientes de animais que ao abate se apresentam em boas condições de saúde, certificados por médico veterinário responsável pelo serviço de inspeção.

• Feixes de fibras de músculo esquelético recobertos por tecido conjuntivo, sobretudo colágeno (Ordoñez, 2005)

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INTRODUÇÃO

Produtos derivados de carne

• Salsicha, mortadela, apresuntado, patê, etc.

• Controle na quantidade de carne de primeira qualidade;

• Adição de amido (agente de aglutinação) – até 5%

• Patê e salsicha – até 2%

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INTRODUÇÃO

• TIPOS DE LINGÜIÇA:

• Calabresa: exclusivamente de carne suína, curado, adicionado de ingredientes, devendo ter o sabor picante característico da pimenta calabresa, defumação opcional.

• Portuguesa: exclusivamente de carnes suína, curado, adicionado de ingredientes, defumada com calor. Forma de "ferradura", sabor acentuado de alho.

• Lingüiça Toscana: produto cru e curado obtido exclusivamente de carnes suína, adicionada de gordura suína e ingredientes.

• Paio: carnes suína e bovina (máximo de 20%) embutida em tripas natural ou artificial comestível, curado e adicionado de ingredientes, submetida a ação do calor com defumação.

• Tipo Calabresa, Tipo Portuguesa e Paio: cozidas, será permitido a utilização de até 20% de carne mecanicamente separadas.

INTRODUÇÃO

• Produtos cárneos (BRASIL, 2000)

• Salsicha: produto cárneo industrializado, obtido de uma emulsão das carnes de

animais de açougue, adicionado de ingredientes, embutido em envoltório natural ou artificial ou por processo de extrusão e submetido ao tratamento térmico adequado. Poderão ter como processo alternativo, o tingimento, depelação, defumação e a utilização de recheios e molhos.

INTRODUÇÃO

• TIPOS DE SALSICHA (BRASIL, 2000)

• Salsicha viena ou frankfurt Salsicha TIPO viena ou frankfurt

• TIPO VIENA OU FRANKFURT: composto de carnes de diferentes espécies de animais de açougue, carnes mecanicamente separadas (≤ 60%), miúdos comestíveis de diferentes espécies de animais de açougue (estômago, coração, língua, fígado, rins, miolos), pele e tendões (≤ 10%) e gorduras, mas se forem salsichas viena ou frankfurt, só porções musculares de carnes bovina e/ou suína e gordura.

• VIENA OU FRANKFURT: só contem partes musculares de carne bovina e/ou suína e gordura.

Composição química (%)

Alimento Umidade Proteína

Lipídeo

amido Carboidratos

totais

Cinzas ou

Ca (b.s.)

carne 65-80 16-22 3-13 0,6-1,2

cinzas

salsicha ≤ 65

≥ 12 ≤ 30 ≤ 1-2 1-7 0,9 Ca

mortadela ≤ 65 ≥ 12 ≤ 30 ≤ 1-5 1-10 0,9 Ca

Composição química de linguiças (%)

Tipo Umidade Proteína

Lipídeo

Ca (b.s.)

dessecadas ≤ 55 ≥ 15 ≤ 30 ≤ 0,1

cozidas ≤ 60 ≥ 14 ≤ 35 ≤ 0,3

frescais ≤ 70 ≥ 12 ≤ 30 ≤ 0,1

Fraudes e deteriorações: avaliação frente à legislação vigente

• Análises previstas • Salsichas, linguiças e mortadelas

• Umidade

• Proteína

• Lipídeo

• Amido

• Carboidratos totais

• Cálcio

What???

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Carnes in natura ou frescas

• Deverão ser entregues ao consumo conservadas sob refrigeração,

• Avaliadas quanto a sua segurança higiênico-sanitária, classificação, presença de conservadores, características físico-químicas, microscópicas, microbiológicas e sensoriais.

Tabela 1. Composição aproximada de carnes a partir de diversas fontes.

Carne vermelha Aves Peixes

Bovina Suína Cordeiro Frango Peru Bacalhau Atum

Água 70,62 72,34 73,42 74,76 74,12 81,22 68,09

Proteína 20,78 21,07 20,29 23,09 24,60 17,81 23,33

Lipídio 6,16 5,88 5,25 1,24 0,65 0,67 4,90

Cinza 1,02 1,04 1,06 1,02 1,02 1,16 1,18

Porcentagem em massa de porção comestível 11

CONTROLE DE QUALIDADE

Está relacionado ao:

1. Estado de conservação

2. Uso de agentes aglutinantes

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PROVA DE FILTRAÇÃO

• 10g de amostra homogeneizada + 100ml de água destilada • repouso com agitação ocasional por 10 minutos • agitar e passar em funil com papel de filtro • medir o tempo de filtração e volume do filtrado • verificar: tempo de filtração; volume e aspecto do filtrado

• 5 minutos carne fresca e boa para consumo • 6 a 10 minutos carne de média conservação • 10 minutos ou mais carne suspeita, provavelmente alterada

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PROVAS DE ÉBER - pH

• Filtrado (potenciômetro ou papel indicador)

• Diretamente no produto (papel indicador)

pH de 5,8 a 6,2 = ideal

pH de 6,4 = consumo rápido pH acima 6,5 = início da decomposição

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Provas de Éber - Determinação do gás amoníaco

• Em tubo de ensaio adicionar 5mL do reativo de Éber (Hcl Concentrado)

• fixar um pequeno pedaço da amostra na ponta da alça de níquel

• aproximar a amostra do reagente sem encostar nas paredes do tubo nem no líquido;

• observar aquecimento e formação de fumaça branca (teste positivo) ou não (teste negativo).

• Para teste positivo: pingar 1 gota de NH4OH sobre a amostra e refazer o procedimento.

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Reação de Éber

Sol. Alcoólica de HCl

• Reativo de Éber

Gases do ácido + gás amoníaco

da amostra

NH4Cl • Fumaça

branca

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Provas de Éber – Determinação do gás sulfídrico

• Em um erlenmeyer adicionar 20g de amostra homogeneizada

• Fechar a boca do erlenmeyer com papel de filtro umedecido com solução de pumblito de sódio (Na2Pb)

• Colocar em banho-maria por 15 min

H2S + Na2Pb PbS + 2H+ + 2Na+

• Prova Negativa Amarelo Esverdeado

• Prova Positiva Amarelo Alaranjado

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Decomposição de aminoácidos sulfurados

Provas de Éber - Determinação de sulfito

OBS: em caso de teste positivo para gás sulfídrico esse teste pode apresentar resultado falso positivo.

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• 50 g amostra • 150 mL H2O • 10 gotas HCl concentrado

Papel de filtro duplo com solução de Dicromato de potássio 10%

Na2SO3 + 2HCl 2NaCl + H2O + SO2

K2Cr2O7 + 8HCl +SO2 2KCl + 2CrCl3 + 3H2SO4 +H2O

Agente redutor

Coloração esverdeada !

Prova de Éber – Determinação de sulfito

• Em3 pontos distintos da superfície do corte de carne adicionar 10 gotas de solução de verde malaquita 0,05%.

O descoramento do corante verde malaquita caracteriza presença de sulfito.

Este teste não pode ser realizada em amostra com teste positivo para gás sulfídrico.

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Prova de Éber – Determinação de ácido Sórbico

• Em um bécher, adicionar 5g de amostra homogeneizada e fracionada (isenta do revestimento dos embutidos)

• Adicionar 25 mL de água, agitar, aguardar 5 min em repouso

• Retirar 5 mL do sobrenadante

• Colocar em tudo de ensaio

• Adicionar 4 mL de solução de ácido tiobarbitúrico 0,5%

• Deixar em banho-maria por 20’

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Determinação de ácido sórbico

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• Adicionado apenas ao revestimento do embutido

• Solúvel em água

• Molécula carbônica de cadeia curta

• Polar

• Permite interação com solvente

• Após extração Aldeído Malônico

• AM Condensa com Ac. TioBar Composto avermelhado

Determinação de amido

• Em erlenmeyer adicionar 10g de amostra homogeneizada e fracionada

• 70 mL de água

• 10 mL de HCl concentrado

• Adaptar o frasco em refrigerante de fluxo por no mínimo 2h

• Resfriar

• Transferir para B.V de 250 mL

• Neutralizar com solução de NaOH 40% frente ao papel tornassol

• Adicionar 2 mL de sol. De ferrocianeto de potássio 15% e 2 mL de solução de acetato ou sulfato de zinco 30%

• Agitar

• Completar o volume com água, homogeneizar, filtrar em papel de filtro

• O filtrado vai para bureta

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O amido é hidrolisado em

meio ácido, formando????

Determinação de lipídio pelo lactobutirômetro de Gerber

• Pesar 2,75g de amostra

• Adicionar 10mL de H2SO4 d=1,605

• Aquecer em placa de aquecimento até que não sobre resíduo da amostra

• Transferir quantitativamente para o lactoburtirômetro

• Adicionar 1mL de álcool isoamílico. Arrolhar, colocar em banho a 65°C por 10 min.

• Centrifugar por 5 min

• Colocar em banho por 5’

• Fazer a leitura

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%Lipídios: Leitura do lactobut x 11,33 / P

OBRIGADA!

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