contribuição aos fundos bahá'ís

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Compilação de cartas e escritos de Shoghi Effendi sobre "O Sangue Vital da Causa" preparada pela Casa Universal de Justiça. Incluso duas seções preparadas pela Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá'ís do Reino Unido.

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FUNDOSBAHÁ�’ÍS

CONTRIBUIÇÃOAOS

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III

FUNDOS

COMPILAÇÃO DE CARTAS E ESCRITOS DE

SHOGHI EFFENDI SOBRE

“O SANGUE VITAL DA CAUSA”PREPARADA PELA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA

Incluso duas seções preparadas pelaAssembléia Espiritual Nacional dos Bahá’ís do Reino Unido

BAHÁ�’ÍS

CONTRIBUIÇÃOAOS

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IV

Título original em inglês: Lifeblood of the Cause

c 2004Todos os direitos reservados:

Editora Bahá’í do BrasilC.P. 19813800-970 - Mogi Mirim - SP

www.bahai.org.br/editora

ISBN: 85-320-0101-7

1ª EDIÇÃO: 2004

Tradução:Osmar Mendes

Capa: Gustavo Pallone de Figueiredo

Impressão: R.Vieira Gráfica e Editora - Campinas, SP

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CONTEÚDO

Prefácio VII

I A IMPORTÂNCIA DE CONTRIBUIR 1

II A RESPONSABILIDADE DAS ASSEMBLÉIAS NA

ADMINISTRAÇÃO DOS FUNDOS BAHÁ’ÍS 24

III QUEM PODE CONTRIBUIR AOS FUNDOS BAHÁ’ÍS? 28

IV O DESENVOLVIMENTO DOS FUNDOS LOCAL

E NACIONAL DA FÉ 33

V A NECESSIDADE DE ADMINISTRAR

DEVIDAMENTE OS FUNDOS BAHÁ’ÍS 40

Bibliografia 51

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VII

PREFÁCIO

O Fundo Bahá’í é uma instituição de nossa Fé – o sanguevital que permite que o trabalho da Causa seja mantido. Odesenvolvimento da Fé depende totalmente da estabilidadefinanceira das instituições locais, nacionais e internacionais, entãoa importância do Fundo não deve ser subestimada.

Esta compilação é dividida em cinco seções: as primeirastrês foram originalmente publicadas pela Casa Universal de Justiçaem 1971 e as duas finais pela Assembléia Espiritual Nacional dosBahá’ís do Reino Unido como um acréscimo as recentes cartasda Casa Universal de Justiça, ampliando sua guia. Alguns destesprocedimentos podem parecer que foram sugeridos a um país emparticular, porém os princípios expressados são de aplicaçãouniversal, independentes de lugar ou tempo e para a ordemadministrativa bahá’í, seja ela local ou nacional.

Os textos compilados contêm somente citações do AmadoGuardião, Shoghi Effendi, e da Casa Universal de Justiça, nãoforam compilados os Textos Sagrados das Figuras Centrais da FéBahá’í. Todavia, relembramos estas Palavras Sagradas deBahá’u’lláh sobre Sua misericórdia em aceitar as contribuiçõesdos bahá’ís, sejam elas de pequeno ou grande valor:

“Não recusamos tais benefícios materiais que Nospudessem aliviar as aflições. Cada um de Nossoscompanheiros, entretanto, será Nossa testemunha de

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que Nossa sagrada Corte está santificada de taisbenefícios materiais e muito acima deles. Nós, porém,aceitamos enquanto confinados nesta Prisão, aquelascoisas das quais os infiéis tentaram Nos privar. Se forencontrado um homem disposto a erguer, em NossoNome, um edifício de ouro e prata, ou uma casaadornada de pedras preciosas de inestimável valor,este desejo, sem dúvida, será atendido. Ele,verdadeiramente, faz o que quer e ordena o que Lheapraz.”

(Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, p. 80)

Editora Bahá’í do Brasil

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A IMPORTÂNCIA DE CONTRIBUIR

1. Devemos ser como uma fonte que está continuamente seesvaziando de tudo o que tem e está sempre sendo preenchidapor uma fonte invisível. Continuamente dar para o bem de nossossemelhantes sem se deixar atemorizar pelo medo da pobreza, econfiante na infalível generosidade da Fonte de toda riqueza e todobem – eis o segredo do bem-viver.

(Shoghi Effendi, citado em Bahá’í News 13, ed. de setembro/1926, p. 1)

2. E como o progresso e expansão das atividades espirituaisdependem e estão condicionadas aos meios materiais, é de absolutanecessidade que imediatamente, após o estabelecimento tanto dasAssembléias Locais como das Nacionais, um Fundo Bahá’í deveser estabelecido para ser colocado sobre o controle exclusivo daAssembléia Espiritual. Todas as doações e contribuições devemser oferecidas ao tesoureiro da Assembléia, para o propósitoespecífico da promoção dos interesses da Causa em todas aslocalidades ou país. É uma obrigação sagrada de todo seguidorfiel e consciencioso, servo de Bahá’u’lláh, que deseja ver SuaCausa progredir – contribuir livre e generosamente para ocrescimento daquele Fundo. Os membros da Assembléia Espiritualirão despender os valores contribuídos à sua própria discrição napromoção de campanhas de ensino, para ajudar os necessitados,estabelecer instituições educacionais bahá’ís e ampliar, por todosos meios possíveis, sua esfera de serviços. Espero sinceramente

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que todos os amigos, conscientes da necessidade desta medida,esforçar-se-ão ao máximo para contribuir, embora inicialmente deuma forma modesta, para o rápido estabelecimento e aumentodaquele Fundo.

(Shoghi Effendi, de uma carta datada de 12 de março de 1923, aos bahá’ís doOcidente, publicada em Bahá’í Administration, pp. 41-41)

3. Para que vocês possam reforçar esta Campanha de Ensino– tão vitalmente necessária nestes dias – e conduzir, de formaapropriada e eficaz, o restante de suas inúmeras atividades, tantoespirituais como humanitárias, é urgentemente necessárioestabelecer aquele Fundo central, o qual, se generosamente apoiadoe sustentado pelos amigos, seja individualmente ou pelasAssembléias Espirituais Locais, irá desde logo possibilitar a vocêsexecutarem seus planos com rapidez e vigor.

(Shoghi Effendi, de uma carta datada de 6 de maio de 1923, à AssembléiaEspiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá,

publicada em Bahá’í Administration, p. 49)

4. Com relação ao Fundo Bahá’í, recentemente estabelecidoentre os amigos, confio que o assunto agora esteja claro para todos,no país inteiro. Como eu havia previamente mencionado, emboraos amigos, individualmente, e as Assembléias Locais, sejamabsolutamente livres para especificar a finalidade e o objeto desuas contribuições à Assembléia Espiritual Nacional, ainda assim,em minha opinião, considero da máxima e vital importância que osindivíduos, como também as Assembléias Locais, em todas aspartes, tendo em vista a importância maior do ensino nacional, ecomo uma prova de sua absoluta confiança em seus representantesnacionais, se esforcem, embora de forma modesta no início, paracontribuírem livremente para o sustento e aumento do Fundo Bahá’í

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Nacional, de forma que os membros da Assembléia Nacionalpossam, à sua total discrição, aplicá-lo em qualquer atividade quejulguem mais urgente e necessária.

(Shoghi Effendi, de uma carta datada de 26 de novembro de 1923, àAssembléia Espiritual Nacional dos Bahá’ís dos Estados Unidos e Canadá,

publicada em Bahá’í Administration, pp. 53-54)

5. ... Cabe à Assembléia Espiritual Nacional de... aplicar seujulgamento sobre em que extensão os recursos à sua disposiçãolhe permite ajudar financeiramente os empreendimentos individuaisdos amigos. Se a resposta dos amigos e das Assembléias aosapelos feitos em nome do Fundo Nacional for imediata, contínua egenerosa, a Assembléia Nacional pode, tenho certeza, justificarsua simpatia, boa vontade e cooperação genuína com qualquerempreendimento bahá’í individual. Contudo, neste estágio inicialde nosso trabalho, eu fortemente recomendaria, mais ainda, apelariaque os amigos não dissipassem seus esforços, mas buscassem,após franca, madura e contínua deliberação, chegar a umaconclusão comum sobre quais são as necessidades e exigênciasmais urgentes da hora, e, tendo chegado a uma visão unificada deseus pontos de vista, devem partir para apoiá-la e reforçá-la compresteza, firmeza e compreensão.

(Shoghi Effendi, de uma carta datada de 16 de janeiro de 1925, à AssembléiaEspiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá,

publicada em Bahá’í Administration, pp. 76-77)

6. ... Para que o trabalho das Assembléias EspirituaisNacionais possa ser eficazmente conduzido, incumbe aos seusmembros considerar a possibilidade do estabelecimento de umcentro adequado e permanente para suas atividades, o qual deveráser ampla e oficialmente anunciado e ser reconhecido como a sede

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nacional de seu secretariado. A ela deverão ser endereçadas todasas comunicações, sejam de indivíduos, das Assembléias dentrode sua jurisdição, da Terra Santa e de outros países. Sua primeiraobrigação será manter contato estreito e regular, sem exceção,discriminação ou favorecimento, com as várias localidades e crentesisolados sob sua jurisdição, e de forma rápida e diligentecompartilhar com eles, como também com todos os amigos noexterior, qualquer assunto comum a todos e de interesse geral.Para que esta meta tão esperada possa materializar-se e o padrãode eficiência ser mantido, a instituição do Fundo Nacional é deimportância fundamental. Irei, incessantemente, solicitar aos amigose às Assembléias Espirituais Locais em toda a ... para se levantarem,de coração e alma, e contribuírem generosa e regularmente paramanter e fazer crescer o Fundo do qual irá depender em grandeparte o sucesso de seus empreendimentos. Pessoalmente, estouinstruindo a Assembléia Espiritual de... , cujos serviços prestadosà Causa de Bahá’u’lláh, na ... e em outros países, de ordem moralcomo também financeira, estão indelevelmente gravados em meucoração, para concentrar suas energias e apoiar com seus recursosas instituições gêmeas da Assembléia Espiritual Nacional e doFundo Nacional. Confio que ambas serão em breve fortalecidasde forma a poder ombrear o peso que agora recai sobre osabnegados amigos de... .

(Shoghi Effendi, de uma carta datada de 25 de março de 1925,à Assembléia Espiritual Nacional da Índia e Birmânia)

7. Quanto aos sacrifícios materiais para o bem-estar daCausa, ele deseja que vocês entendam que os interesses gerais daCausa têm precedência sobre os interesses dos indivíduos emparticular. Por exemplo, as contribuições ao bem-estar dosindivíduos são secundárias às contribuições para os Fundos Local,

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Nacional e do Templo. Esta é a uma instrução geral. Naturalmente,ajudar as pessoas em casos especiais, se os amigos puderem, étambém desejável e meritório.

(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi dirigida a dois bahá’ís,em 24 de novembro de 1925)

8. Em conexão com a instituição do Fundo Nacional e dosistema orçamentário definido nas atas da Assembléia EspiritualNacional, sinto-me impelido a lembrar a vocês da necessidade deterem sempre em mente o princípio cardeal de que todas ascontribuições ao Fundo devem ser pura e estritamente de carátervoluntário. Deve ficar claro e evidente a todos que qualquer formade compulsão, por mais leve ou indireta que seja, é basicamentecontrária ao princípio subjacente à formação do Fundo, desdeque este foi concebido. Embora os apelos de ordem geral,cuidadosamente expressados, comoventes e dignificados em tom,sejam bem-vindos sob todas as circunstâncias, deve ser deixadointeiramente à discrição de cada crente consciencioso decidir sobrea natureza, o valor e a finalidade de sua contribuição para apropagação da Causa.

(Shoghi Effendi, de uma carta datada de 10 de janeiro de 1926, à AssembléiaEspiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá,

publicada em Bahá’í Administration, p. 101)

9. ... O Fundo Nacional deve ser firmemente estabelecido,generosamente sustentado e apoiado de forma universal e contínua,por ser indispensável ao progresso e às realizações futuras. A“Carta Noticiosa” deve ser ampliada, amplamente distribuída eutilizada como um meio de divulgação de informações, paracoordenar atividades e assegurar o apoio de todos os amigos paraas instituições da Causa. Fortemente recomendo que vocês

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assegurem o sucesso desses dois órgãos essenciais e básicos denosso trabalho.

(Em manuscrito de Shoghi Effendi, anexado à carta datada de25 de maio de 1926, escrita em seu nome a um bahá’í)

10. Em tempos de desapontamento, estresse e ansiedade, quecertamente teremos de enfrentar, lembro aos amigos dossofrimentos de nosso falecido Mestre. O trabalho de vocês, suasenergias, vigilância e atenções, cercados de amorosa bondade,são acervos que muito valorizo e louvo. Mantenham-se dessaforma; perseverem; redobrem seus esforços; repitam e reescrevamas advertências e instruções de nosso Bem-Amado em suascomunicações aos indivíduos e Assembléias, até que as mesmaspenetrem profundamente em seus corações e mentes. Esta eraverdadeiramente a forma de agir de nosso Bem-Amado, e deveser o método e a melhor forma de agir a adotarmos sempre. Otrabalho atual de seus pioneiros certamente será lembrado elouvado pelas gerações futuras. Minhas orações serão sempreoferecidas a vocês. Em assuntos de contribuições não devemosusar qualquer forma compulsória e assegurar claramente suautilização na finalidade estipulada pelo doador. Devemos fazerapelos, mas nunca coagir os amigos.

(Em manuscrito de Shoghi Effendi, apenso a carta de 9 de julho de 1926,escrita em seu nome a um bahá’í)

11. Como bahá’ís, devemos seguir o método do Profeta.Sabemos que a Causa irá por fim prevalecer e que suas fileirasserão unidas de forma completa. Sabemos, também, que aspromessas do Mestre serão todas realizadas; portanto, por quenos desencorajarmos diante de oposição ou dificuldades triviais

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que encontramos em nosso caminho? Ao contrário, devemosaumentar ainda mais nosso zelo e persistir em nossas orações eesforços. Shoghi Effendi já tomou as medidas necessárias e, porcarta e também por telegrama, recomendou que “os amigos dêemapoio moral e financeiro ao Fundo Nacional”. Sempre leva algumtempo para que as pessoas mudem de uma forma de administraçãopara outra. Até o presente, estavam acostumados em pensar naAssembléia Local como a instituição mais próxima do Centro daCausa, e levará algum tempo e preparação antes que aceitem outrainstituição superior. O mesmo problema existia na América e poralgum tempo o trabalho do Corpo Nacional pareceu estarparalisado, mas através de contatos pessoais e da lembrançaincessante de Shoghi Effendi, o problema foi resolvido e agoravemos a Assembléia Nacional ser reconhecida como o único corpoadministrativo encarregado de assuntos que estão além da jurisdiçãopuramente local das Assembléias Locais.

(7 de setembro de 1926, à Assembléia Espiritual Nacional da Índia eBirmânia, publicado em Dawn of a New Day; pp13-14)

12. ... Venho estimulando que eles apoiem de forma consistentee decidida as instituições essenciais e vitais do Fundo Nacional eda Assembléia Espiritual Nacional. Deve ficar claro a todos que oapoio contínuo a essas duas instituições é a pedra angular de todasas realizações futuras, a fonte de energia da qual fluirão todas asbênçãos futuras.

(Em manuscrito de Shoghi Effendi, apenso à carta acima)

13. ... sinto que devemos considerar como axiomático eprincípio guia da administração bahá’í na condução de todaatividade bahá’í específica, a diferença existente entre os

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empreendimentos de caráter humanitário, filantrópico ou decaridade que sejam no futuro realizados sob auspícios bahá’ís, eaqueles que já se tenham identificados com a Fé e que sejamconsiderados como tais, aos quais podem ser convidados seusapoiadores fiéis e dedicados para participarem e colaborarem.

Pois, independente da consideração das complicaçõesembaraçosas que a associação com não-bahá’ís, no apoiofinanceiro das instituições de caráter estritamente bahá’í, possacertamente engendrar na administração da comunidade bahá’í dofuturo, deve ser lembrado que essas instituições bahá’ís específicas,as quais devem ser consideradas à luz das dádivas de Bahá’u’lláhconcedidas ao mundo, unicamente poderão ser criadas e mantidascom o apoio daqueles que são inteiramente conscientes dosobjetivos da Causa e, sem nenhuma reserva, submissos aospostulados inerentes à Revelação de Bahá’u’lláh.

No caso, porém, quando um amigo ou simpatizante da Féansiosamente insiste em fazer alguma contribuição monetária paraa promoção da Fé, tais doações devem ser aceitas e devidamenteanotadas pelos representantes eleitos dos crentes com o claroentendimento que serão utilizadas exclusivamente para propósitosfilantrópicos ou de caridade. Pois, à medida que a Fé de Bahá’u’lláhamplia seu escopo e influência, e os recursos das comunidadesbahá’ís de forma idêntica se multiplicam, tornar-se-á cada vez maisnecessário diferenciar entre os departamentos da tesouraria bahá’í,aqueles que são como provedores das necessidades do mundoem geral e aqueles que são especificamente designados parapromover os interesses diretos da própria Fé.

Decorrente deste aparente divórcio entre as atividades bahá’íse as de caráter humanitário, não se deve inferir, porém, que opropósito que anima a Fé de Bahá’u’lláh seja contrário aosobjetivos e atividades das instituições humanitárias e filantrópicas

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existentes. Pelo contrário, deve ser bem entendido por cada umdos promotores conscientes da Fé que num estágio inicial daevolução e cristalização da Causa como o que vivemos, tais medidasdiscriminatórias e de precaução são inevitáveis e até mesmonecessárias, para que as nascentes instituições da Fé possam surgire se desenvolver de forma triunfante e desimpedida dos atuaisreboliços de confusões e muitas vezes dos conflitantes interessesque as cercam.

Esta nota de advertência não deve ser julgada de forma indevidaem um tempo quando, inflamada pela calorosa paixão decorrenteda visão do término recente do Mashriqu’l-Adhkar, não devemossomente sentirmo-nos aptos a aquiescer ao desejo daqueles queainda não se iniciaram na Causa e que estão desejosos de ajudarfinanceiramente suas instituições, mas também até mesmo sentirmo-nos inclinados a solicitar deles a ajuda que se dispuserem acontribuir. Nosso é, com absoluta certeza, o dever supremo denos dedicarmos à realização de nosso dever mais sagrado que,nos dias à frente, nem a língua da maledicência, nem a pena domalévolo possam ousar insinuar que um Edifício tão belo e tãosignificativo foi erigido por nenhum outro recurso senão osdecorrentes dos esforços unânimes, exclusivos e sacrificais de umpequeno mas determinado corpo de apoiadores conscientes daFé de Bahá’u’lláh. Quão delicada é nossa tarefa, quão premente aresponsabilidade que pesa sobre nós, que somos chamados a, deum lado, preservar inviolável a integridade e a identidade da Féregeneradora de Bahá’u’lláh e, de outro, vindicar seus amplosprincípios, de vasto alcance e igualmente humanitários. Na verdade,não podemos deixar de entender que o presente estágio de nossotrabalho é extremamente limitado em número de contribuintescapazes de dar amplo apoio financeiro a um empreendimento tãovasto, tão elaborado e de custo considerável. Estamos

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perfeitamente conscientes das inúmeras e variadas atividades bahá’ísque são imprescindíveis conhecermos para a conclusão vitoriosado Plano de Ação Unificada. Ainda não somos bem conscientesda premente necessidade de que um edifício que, por ser umaincorporação adequada e concreta do espírito que anima a Causa,deve ser erigido no coração do continente americano, tanto comouma testemunha como um centro de encontro das inúmerasatividades de uma Fé em rápido crescimento. Mas, estimuladospor estas reflexões, não devemos decidir e agir, como nunca antes,apressando por todos os meios possíveis a consumação desta tarefatão meritória e absorvente? Peço a vocês, queridos amigos, nãoconsiderarem a questão de números ou a constatação das limitaçõesde seus recursos, ou mesmo a experiência de inevitáveis revesesque tão poderoso empreendimento poderá acarretar, nãopermitindo anuviar-se sua visão, diminuir suas esperanças ouparalisar seus esforços na persecução de sua tarefa divinamentedefinida. Nem, também, eu lhes peço, se permitam que coisa algumaem seu caminho possa obstruir aqueles canais de graça vivificadora,a qual, sozinha, provê a inspiração e a força vital não somentepara a realização vitoriosa de sua construção material, como parao cumprimento de seu elevado destino.

(Shoghi Effendi, de uma carta datada de 25 de outubro de 1929 aos bahá’ísdos Estados Unidos e Canadá, publicada em Bahá’í Administration, pp. 182-184)

14. Vocês perguntam sobre planos através dos quais fundospodem ser levantados para o Templo. Shoghi Effendi crê que ométodo melhor e mais nobre é ter doações livres para o crescimentoda Causa, feitas espontaneamente e com o senso de sacrifício. Écom sacrifício que este Templo terá de ser construído. Este é ométodo verdadeiramente digno. Este princípio, portanto, exclui

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qualquer método através do qual a ajuda de não-bahá’ís poderáser incluída. Um Templo Bahá’í deve ser construído unicamentepor bahá’ís; não é uma atividade humanitária comum na qual aajuda de qualquer pessoa pode ser solicitada. De qualquer forma,porém, Shoghi Effendi já explicou bem este assunto à AssembléiaEspiritual Nacional e vocês podem referir-se à ela para maioresesclarecimentos.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembléia Espiritual deKenosha, Wisconsin, publicada em Bahá’í News 64, ed. de julho/1932, p. 4)

15. Mesmo considerando que Shoghi Effendi estimula a todocrente sacrificar-se ao máximo a fim de contribuir para o Fundoda Assembléia Nacional, ainda assim ele jamais iria recomendaraos amigos incorrerem em dívidas para tal propósito. Somossolicitados a dar o que temos, não o que não possuímos,especialmente se tal ato causar sofrimento aos outros. Em taisassuntos, devemos usar de um julgamento criterioso e de sabedoria,e também confiar em outros bahá’ís devotados.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi,em 4 de maio de 1932, a um bahá’í)

16. Shoghi Effendi deseja que eu acuse recebimento de suacarta datada de 8 de maio de 1932, informando a ele de algunsincidentes ocorridos durante a Convenção deste ano, especialmentequando foi feito o levantamento de contribuições aos fundos parao Templo. Ele ficou muito feliz ao saber do maravilhoso espíritoque prevaleceu durante as reuniões, pois é unicamente através deum espírito de devoção como o demonstrado, e dos sacrifíciosdos amigos, que a Causa pode prosperar e sua mensagem serdifundida no mundo inteiro.

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Foi também maravilhoso ver o interesse demonstrado pelopúblico nas reuniões gerais que fizeram parte do programa daConvenção. Shoghi Effendi espera que à medida em que o Templofor gradualmente completado, esse interesse cresça ainda mais eque as pessoas participem do espírito que motiva os amigos e,aceitando a Fé de Bahá’u’lláh, se levantem para servi-la e dediquemsuas vidas em sua difusão.

Tais reuniões para o levantamento de fundos são permitidas sefeitas para inspirar um verdadeiro espírito de sacrifício, porém nãose deve quando a audiência é especialmente estimulada por umafrenética psicologia de massa para induzir as pessoas a pagar.Shoghi Effendi tem repetidamente afirmado que nenhuma formade pressão deve ser usada junto aos amigos, e pressão psicológicaestá nessa categoria. Mas existe grande diferença entre taisreuniões, muitas vezes usadas em outras religiões, e uma atmosferadevocional, de verdadeiro silêncio, quando a pessoa, por si mesma,se levanta para fazer algum sacrifício pessoal. A diferença é muitosutil, mas cabe ao coordenar usar de seus poderes de dirigente dareunião para estar atento em uma forma condigna de levantamentode fundos que não seja corrompida por outra. Todas as atividadesda Causa devem ser realizadas de uma forma digna.

Shoghi Effendi tem certeza que os fundos reunidos na últimaConvenção não foram devidos ao exercício de psicologia de massa,mas decorreram de uma atitude em oração de parte dos amigos ede seu desejo sincero de fazer sacrifícios adicionais pela Causa.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 28 de maio de 1932, aum bahá’í, publicada em Bahá’í News 67, ed. de outubro/1932, p. 5)

17. ... Suas doações ao Templo, como também a notávelmaneira na qual vocês estão ajudando os crentes em seus esforços

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de ampliar o escopo de seu trabalho publicitário, são tambémcontribuições reais e duradouras que vocês estão fazendo à Fé. E,embora atualmente vocês não estejam podendo contribuirfinanceiramente como fizeram em anos passados, vocês não devemsentir-se desencorajados, muito menos desapontados. Pois amelhor maneira pela qual vocês podem efetivamente apoiar aconcretização do Templo, não é através de meios materiais, maspela ajuda moral que é sua obrigação primária prestar àqueles queestão encarregados da construção daquele singular e sagradoEdifício. É a devoção, a sinceridade e o entusiasmo genuíno que, alongo prazo, podem assegurar a conclusão de nosso bem-amadoTemplo. Considerações materiais, embora essenciais, não são amais vital, de forma alguma. Fosse de outra maneira, o Templojamais teria chegado ao estágio de progresso que já alcançou deforma tão positiva. Pois os recursos da comunidade são limitados,e foram severamente afetados durante os dois últimos anos poruma crise econômica mundial sem precedente. Mas a despeito detodos esses obstáculos materiais, o Templo teve um progressofirme e isso, em particular, é suficiente para convencer a qualquerobservador não preconceituoso do poder divino que anima a Fé –uma força diante da qual todas as dificuldades materiais deveminevitavelmente desvanecer-se.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi,em 30 dezembro de 1933, a dois bahá’ís)

18. ... Ele deseja que vocês, em especial, alertem os crentesda necessidade de manter o fluxo de suas contribuições ao Templo,e também enfatizem a importância da instituição do Fundo NacionalBahá’í como um meio indispensável para o crescimento e expansãodo Movimento. As contribuições a este fundo constituem,adicionalmente, uma forma prática e efetiva através da qual todo

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crente pode testar a medida e caráter de sua fé, e provar em açõesa intensidade de sua devoção e apego à Causa.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 25 de setembro de1934, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá,

publicada em Bahá’í News 88, ed. de novembro/1934, pp. 1-2)

19. ... O Guardião recomendaria à sua Assembléia continuara alertar os crentes sobre a necessidade de suas contribuiçõesregulares ao Fundo Nacional, independentemente de existir ou nãouma emergência a ser atendida. Nada a não ser um fluxo contínuode contribuições àquele fundo pode, em verdade, assegurar aestabilidade financeira sobre a qual muito do progresso dasinstituições da Fé devem agora, inevitavelmente, depender.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 29 de julho de 1935, àAssembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá, publicada em

Bahá’í News 95, ed. de 5/outubro/1935, p. 1)

20. Com a expansão das atividades da comunidade bahá’íamericana, e com seu prestígio mundial igualmente aumentando, ainstituição do Fundo Nacional, que é a base da qual todas as outrasinstituições devem necessariamente depender e ser estabelecidas,adquire uma importância fundamental e deve ser crescentementeapoiada pelo inteiro corpo dos crentes, tanto em suas capacidadesindividuais como através de esforços coletivos, seja organizadoem grupos ou em Assembléias Locais. O suprimento de fundos,em apoio à tesouraria nacional, constitui-se, no tempo presente, osangue vital dessas nascentes instituições, as quais vocês estãotrabalhando para erigir. Sua importância não pode seguramenteser super-estimada. Bênçãos incontáveis com certeza irão coroarcada esforço dirigido àquele fim. Espero com ansiedade e em

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espírito de oração as notícias de uma expansão sem precedentesem um órgão tão vital da Ordem Administrativa de nossa Fé.

(Em manuscrito de Shoghi Effendi, apenso à carta acima)

21. Quanto à sua pergunta concernente às contribuições aoFundo do Templo: os amigos devem com certeza ser encorajados,e até mesmo instados a apoiar financeiramente esse projeto, comotambém outras instituições nacionais da Causa. Mas eles nãodevem, sob nenhuma circunstância, ser exigidos de assim o fazerem.Com relação à idéia de “dar o que a pessoa puder”: isso nãosignifica colocar um limite, ou mesmo excluir a possibilidade deauto-sacrifício. Não pode haver limitações às contribuições dapessoa ao fundo nacional. Quanto mais alguém puder contribuir,melhor, especialmente quando tais ofertas exigem o sacrifício deoutras necessidades e desejos da parte do doador. Quanto maioro sacrifício, mais meritório será, com certeza, aos olhos de Deus.Pois, afinal de contas, não é tanto a quantia dos oferecimentos queimporta, mas, sim, a medida de privação que tais ofertas acarretam.É o espírito, não o mero fato de contribuir, que devemos semprelevar em consideração quando enfatizamos o fato de contribuir, ebuscamos alcançar o apoio sincero e universal aos vários fundosda Causa.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, 31 de dezembro de 1935,a um bahá’í, publicada em Bahá’í News, ed. de dezembro/1951, p. 1)

22. Acima de tudo, ele deseja através de vocês reiterar suaexpectativa, já expressada em seu recente telegrama à AssembléiaEspiritual Nacional, que o Fundo Nacional, que sem dúvida algumaconstitui a base sobre a qual todas as atividades da Causa em

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última instância dependem, deve receber apoio contínuo eincondicional de todos os crentes. Tanto as Assembléias Locaiscomo os crentes, individualmente, devem dar-se conta de que, anão ser que contribuam regular e generosamente para aqueleFundo, o progresso da Fé na Índia e na Birmânia serão não somenteretardados como inevitavelmente interrompidos. Deve haver umfluxo contínuo de fundos à tesouraria nacional da AssembléiaEspiritual Nacional, para que aquele corpo possa administrar, deforma apropriada, as inúmeras e sempre crescentes atividades daFé. Todo bahá’í, não importa quão pobre seja, deve entenderquão grave é a responsabilidade que pesa sobre seus ombros nestesentido, e deve confiar no fato de que seu progresso espiritualcomo um crente na Ordem Mundial de Bahá’u’lláh, depende damedida na qual prove, em ações, sua prontidão em apoiarmaterialmente as instituições divinas da Causa dEle.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, 17 de julho de 1937, àAssembléia Espiritual Nacional da Índia e da Birmânia,

publicada em Dawn of a New Day, p. 68)

23. ... Cada um dos crentes, superando todas as incertezas,perigos e limitações financeiras que afligem a nação, deve levantar-se e assegurar, no máximo de sua capacidade, um fluxo constantee abundante de fundos seja direcionado à tesouraria nacional, decujo fundo depende, em última instância, a provisão de recursospara a continuidade vitoriosa do Plano.

(Em manuscrito de Shoghi Effendi, apenso à carta datada de 30 de janeiro de1938, escrita em seu nome à Assembléia Espiritual Nacional dos

Estados Unidos e Canadá, publicada em Messages to America, p. 11)

24. Com relação à condição do Fundo Nacional, que vocêsrelataram estar passando por uma queda geral em contribuições,

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tanto de parte dos crentes como das Assembléias Espirituais Locaise grupos bahá’ís, é evidente que a não ser que o fluxo de doaçõesseja regularmente mantido através de apoio generoso e contínuode todos os crentes, individual e coletivamente, o Fundo Nacionaljamais será capaz de atender às necessidades e exigências daCausa, particularmente nestes dias quando as atividades nacionaisdos crentes estão assumindo proporções amplas e crescentes.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, 3 de fevereiro de 1941,à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá,

publicado em Bahá’í News 143, ed. de maio/1941, p. 3)

25. Na verdade, o esplêndido espírito que anima os crentesamericanos nestes dias é uma grande fonte de alegria e inspiraçãopara o Guardião, e à medida que chegam boas notícias de novasvitórias alcançadas e a realização de novos sacrifícios, pode-sever seu estado de espírito elevar-se e uma onda de novas forçasdescerem sobre ele – cansado e super-atarefado como normalmentese encontra. Neste sentido, a carta que vocês tão seriamenteanexaram daquele bahá’í que doou a diferença do preço entre umcaixão muito simples e um mais caro para o Fundo da Causa,emocionou-o profundamente. Tais sacrifícios provam o calibre dosamigos e asseguram estabilidade aos próprios alicerces da Fé.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, 4 de maio de 1941, aotesoureiro da Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá,

publicada em Bahá’í News 144, ed. de junho/1941, pp. 2-3)

26. Consciente da condição do Fundo Nacional e da urgênciadas tarefas diante de seus administradores, sinto-me movido arecomendar que utilizem os oferecimentos dos crentes americanosao Fundo Internacional para o trabalho que no momento évitalmente necessário e desafiador aos amigos no campo de ensino.

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Por mais que aprecie o espírito que os impele, bem como a seuscompanheiros de instituição, a fazerem esta contribuição mensal àCausa ao seu Centro Mundial, sinto que era meu dever consagrartal oferecimento, enquanto o Plano de Sete Anos encontra-se emoperação, àquele aspecto vital do ensino sobre o qual seu sucessodeverá, por fim, depender. Que os amigos, tendo em vista avastidão do campo que se encontra diante deles, e contando coma força de seus esforços, e também com a luminosa promessa debênçãos futuras que tal lavor deverá produzir, levantem-se a aindamaiores alturas de auto-sacrifício e demonstrem ainda mais nobresmanifestações de solidariedade diante da situação crítica que tãoinsistentemente está a exigir seu apoio.

(Em nota manuscrita de Shoghi Effendi, apensa à carta datada de 26 deoutubro de 1941 ao tesoureiro da Assembléia Espiritual Nacional dos Estados

Unidos e Canadá, publicada em Bahá’í News 149, ed. de dezembro/1941, p. 2)

27. ... Não há objeção que a Assembléia Espiritual mantenhaum registro com os nomes dos contribuintes e os valores recebidos;mas nenhuma pressão jamais deverá ser exercida sobre eles paracontribuírem, um ato que deve ser voluntário e consideradoconfidencial, a não ser que os próprios amigos desejem mencioná-lo abertamente.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi,26 de outubro de 1945, a um bahá’í)

28. Com relação às suas perguntas: Ele não acha serrecomendável estabelecer qualquer condição para as doações aoFundo Bahá’í. Trata-se de um assunto inteiramente pessoal, e cadabahá’í deve agir de acordo com seu próprio julgamento diante dasnecessidades da Fé. Em tempos de crise, seja nos assuntos da

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Causa ou da própria família, as pessoas naturalmente agem deforma diferente do que sob circunstâncias normais. Mas as decisõesnesses assuntos são da alçada final de cada bahá’í.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, 19 de outubro de 1947,a um bahá’í, publicada em Unfolding Destiny, pp. 447-448)

29. Com relação à pergunta feita por você: em primeiro lugarcada crente é livre de seguir os ditames de sua própria consciênciaquanto à forma como irá gastar seu próprio dinheiro. Em segundolugar devemos ter sempre em mente que são ainda muito poucosos bahá’ís no mundo, comparado com a população mundial, eexistem tantas pessoas carentes, que mesmo se todos nósdoássemos tudo o que possuímos, não iria aliviar mais do que umainfinitésima parte daqueles que sofrem. Isto não significa que nãodevemos ajudar aos necessitados; mas que nossas contribuiçõesà Fé são com certeza a forma mais segura de tirar de uma vez parasempre o peso da fome e da miséria da humanidade, pois seráapenas através do Sistema revelado por Bahá’u’lláh – divino emorigem – que o mundo poderá ver eliminado de seu meio a guerra,a fome, o temor e as injustiças sociais. Não-bahá’ís não podemcontribuir para o serviço que realizamos, ou fazê-lo por nós; porisso nossa primeira obrigação é apoiar nosso próprio trabalho deensino, pelo fato de ser o trabalho bahá’í que levará à cura dasnações.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 8 de dezembro de1947, a um bahá’í, publicado em Bahá’í News 210, agosto de 1948, p. 3)

30. Com relação à sua pergunta sobre contribuições: é daalçada do próprio indivíduo decidir se ele deseja devotar algumvalor a um propósito específico, ele é livre para fazê-lo, mas os

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amigos devem reconhecer o fato de que muita diversificação dascontribuições irá atar as mãos da Assembléia e impedir que possaatender às exigências das muitas obrigações em diferentes camposda atividade bahá’í.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 23 de junho de 1950,à Assembléia Espiritual Nacional do Canadá,

publicada em Messages to Canadá, p. 15)

31. ...Ele sugere que você doe à Causa, em memória de seufilho, a soma que iria gastar em uma viagem pelo mundo. Bahá’u’lláhdiz que os atos dessa natureza ajudam o progresso da alma dapessoa amada falecida, no mundo do além. Como sua filha faleceuem sofrimento, em sua juventude, com certeza o fato de poder ter,em seu nome, uma participação no trabalho construtivo destemundo, fará com que ela tenha paz e alegria.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi,em 19 de setembro de 1951, a um bahá’í)

32. Quanto à sua pergunta, oriento o seguinte: os amigospodem fazer suas contribuições ao tesoureiro, ou, se preferirempermanecer anônimos e dar pequenos valores. Para essa últimamaneira citada, deve ser provida uma caixa para os bahá’ísdepositarem suas doações. A Assembléia Espiritual Local podedecidir sobre este assunto.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi,em 29 de setembro de 1951, a um bahá’í)

33. O Guardião tem certeza que a contribuição que foi feitapor sua amiga, a qual não tem estado ativa na Causa por algumtempo, será sem dúvida um meio de estimulá-la a reintegrar-se

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aos serviços da Fé. Nada existe que traga sucesso na Fé melhorque o serviço. Servir é o magneto que atrai confirmações divinas.Quando as pessoas são inativas, o Espírito Santo não encontranelas um repositório para Suas graças, e assim elas se privam deSuas bênçãos.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi,em 12 de julho de 1952, a um bahá’í)

34. ... Agora é o tempo para se construir o Centro Mundialda Fé, e os amigos não somente são livres, como estimulados acontribuírem diretamente para os Fundos Internacional e doSantuário do Báb. Naturalmente, nunca foi a idéia do Guardiãoque ao contribuírem aos Fundos Internacionais, os amigos deviamnegligenciar suas responsabilidade com os Fundos Local eNacional, mas certamente também não foi sua idéia que os amigosdevem contribuir primeiro para o Fundo Local e então para oFundo Nacional, por último contribuir para as atividades interna-cionais da Fé, as quais, no tempo atual, são de máxima importância.

O princípio geral de contribuição dos amigos é imutável, a saber,todos são livres de contribuírem para quaisquer fundos quedesejem, e em valores que sua consciência e sentimento de sacrifíciolevá-los a decidir. No tempo presente, porém, devemos ativamenteter em mente as muitas instruções do Guardião de que devemoscriar as atividades internacionais da Fé e, conseqüentemente, apoiaros Fundos Internacionais.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 25 de março de 1953,à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos da América)

35. Em sua carta de 28 de setembro de 1953, você mencionaa soma de... como sendo incluída na..., valor alocado no orçamento

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de sua Assembléia para o Centro Mundial. O princípio envolvidoé o seguinte: O Guardião conclui que sua Assembléia, ao prepararseu orçamento nacional, e tendo estipulado que valor destinarápara o Centro Internacional da Fé, deve imediatamente reservartal soma para ser colocada à disposição do Guardião. Quaisquervalores recebidos como contribuição de bahá’ís ao CentroInternacional não devem ser creditados naquela conta, a qualrepresenta uma contribuição nacional conjunta, e nada tem a vercom contribuições locais ou de indivíduos a serem transferidas aoCentro Mundial, aos seus cuidados.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 20 de junho de 1954,à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos da América)

36. A contribuição que vocês fizeram ao Fundo Internacionalem memória da sra.... é grandemente apreciada. Tal contribuiçãoserá motivo de muita alegria para ela, considerando que, atravésdela e em seu nome, vocês estarão agora ligados ao trabalhorealizado pelo Centro Mundial.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 10 de agosto de 1956,à Assembléia Espiritual Local de Ann Arbor, Michigan, EUA)

37. ... O Guardião sente que agora que a nova AssembléiaNacional foi estabelecida, com sua sede em Kampala, suaAssembléia deve abrir logo sua própria conta bancária. Quandoisso for feito, os valores recebidos para o Templo de Kampaladevem ser encaminhados para depósito em sua conta. Isso se aplicanão somente à grandiosa contribuição do sr..... , mas também àscontribuições anteriores que vocês receberam e qualquer outraque venham a receber no futuro.

(Em uma carta em nome de Shoghi Effendi, em 10 de junho de 1956,à Mão da Causa de Deus na África, sr. Musa Banani)

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38. Na ata de novembro da reunião da Assembléia EspiritualNacional, à página 28, o Guardião notou que a Assembléia Nacionalplaneja fazer uma contribuição de .... dólares à Assembléia daAustrália e Nova Zelândia para o seu Templo. Ele quer saber seessa é a contribuição que a sra. Collins fez para tal propósito, ouse é outra contribuição que está sendo dada dos fundos daAssembléia Espiritual Nacional. Se for a contribuição da sra. Collins,então deve ser enviada apenas em seu nome.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 15 de dezembro de1956, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos da América)

39. ... A instituição do Fundo Nacional, tão vital e essencialpara o progresso ininterrupto dessas atividades, deve, em particular,receber um apoio universal das massas de crentes, que sejacontínuo e sempre crescente, por cujo bem-estar e em cujo nomeessas atividades beneficentes foram iniciadas e têm sido levadas aefeito. Todos, não importa quão modestos sejam seus recursos,devem participar.

(Em manuscrito de Shoghi Effendi, apenso à carta de 8 de agosto de 1957,escrita em seu nome à Assembléia Espiritual Nacional da

África Central e Oriental)

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A RESPONSABILIDADE DAS ASSEMBLÉIAS

NA ADMINISTRAÇÃO DOS

FUNDOS BAHÁ�’ÍS

40. As questões financeiras que confrontam a Causa são todasprementes e importantes; precisam de administração judiciosa ede uma sábia aplicação dos recursos ao seu dispor. Devemosconhecer as necessidades da Causa, descobrir qual campo deação trará maiores resultados, e então determinar os fundosnecessários. E tal tarefa é, seguramente, muito difícil e acarretamuita responsabilidade.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi,em 19 de dezembro de 1929, a um bahá’í)

41. Com relação à sua contribuição especial ao Fundo deEnsino: ele acha ser este um assunto que deve ser deixadointeiramente à discrição da Assembléia Espiritual Nacional. Elecrê que o gasto contínuo de uma soma considerável para proveras despesas de viagem de instrutores que necessitam de ajudafinanceira, constitui, nestes dias, a principal obrigação do FundoNacional. Esforços devem ser feitos para facilitar, tanto quantopossível, a ampliação do trabalho de ensino, ajudando aquelesque são financeiramente incapazes de chegar aos postos de destino,

II

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25

e uma vez lá devem ser encorajados a se estabelecerem e ganharemseu próprio sustento.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 14 de novembro de1936, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá,

publicada em Bahá’í News 105, ed. de fevereiro/1937, p. 1)

42. Com relação à sua pergunta sobre o Fundo NacionalBahá’í: nada existe no Estatuto ou Regulamento da AssembléiaEspiritual Nacional que impeça a alocação de quaisquer fundos aalgum indivíduo, o qual se encontre em séria necessidade financeira.Mas deve ser enfatizado e claramente entendido pelos amigos queos interesses nacionais e as exigências da Causa têm absolutaprecedência sobre as necessidades individuais e particulares. Édever da Assembléia Espiritual Nacional dispor os recursos doFundo Nacional de tal forma que não permita que os interesses daFé sejam ameaçados por considerações de ordem individual quesão obviamente transitórias quando comparadas com os interessesduradouros da Causa de Deus. Em casos raros e excepcionais,quando um crente não tem nenhum outro recurso de sustentomaterial, a Assembléia Espiritual Nacional pode, ou contribuir parasuas despesas do Fundo Nacional, ou fazer um apelo especial aocorpo de crentes para tal finalidade. Cabe às famílias, à comunidadecivil e à Assembléia Espiritual Local administrar tais necessidadesde indivíduos a nível local ou particular. Mas no caso em quenenhuma dessas fontes tenha os meios necessários, a AssembléiaEspiritual Nacional pode, se estiver convencida da gravidade,urgência e justiça do caso, apropriar parte de seus fundos para talajuda.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi,em 17 de julho de 1937, a um bahá’í)

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43. ... O Guardião pode somente delinear a você o princípiode que: a determinação dos fundos bahá’ís não podem serinvestidos na construção de um lugar que atenda mais aos interessesde uma minoria de amigos, em detrimento a um que irá servirrealmente a um grande grupo de crentes... O ponto de vista doGuardião é que os Corpos Nacionais, ao criarem instituiçõesnacionais, devem usar um julgamento sadio, considerando oinvestimento financeiro envolvido. Isso é certamente razoável.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 8 de junho de 1952,à Assembléia Espiritual Nacional do Canadá,

publicada em Messages to Canadá, p. 28)

44. Ele urge que sua Assembléia, adicionalmente à aceleraçãodo trabalho do Templo, na medida do possível, cuidadosamentesupervisione as despesas e impeça as idéias extravagantes doarquiteto. É somente através de uma sábia economia, com aeliminação daquilo que não for essencial, e concentração noessencial, além de uma cuidadosa supervisão, que o próprioGuardião foi capaz de construir o Santuário e os ArquivosInternacionais no Centro Mundial, e criar os ambientes que hojecircundam os Lugares Sagrados com algo que, aos olhos dopúblico, podem parecer jardins dispendiosos, mas que, narealidade, são resultado de um planejamento rigoroso e econômico.Isso não somente irá assegurar que o orçamento do Templo sejacumprido, mas com certeza será um exemplo salutar aos bahá’ísafricanos, os quais não devem ser levados a crer que devido aofato dos bahá’ís do mundo estarem construindo um Templo paraeles no coração de sua terra natal, nossos recursos sejam infinitose que os assuntos da Causa podem ser financiados de fora. Quantomais eles observarem a supervisão econômica e inteligente dotrabalho que está sendo realizado para a construção de seu próprio

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Templo, mais eles sentir-se-ão encorajados a considerar suaprópria responsabilidade quanto ao seu Corpo Nacional.Possuindo, eles mesmos, muito poucos recursos, é um assuntodelicado, e o Guardião já informou à sua Assembléia que, sobcircunstância alguma, deverá um orçamento tão pesado sercolocado sobre os ombros de comunidades tão fracas, com issodesencorajando-as desde o início, ou fazendo-as crer, como ocorrecom as missões cristãs, que nosso dinheiro vem do exterior.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 8 de agosto de 1957,à Assembléia Espiritual Nacional da África Central e Oriental)

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QUEM PODE CONTRIBUIR

AOS FUNDOS BAHÁ�’ÍS?

45. Oferecer contribuições para esta finalidade (em apoio àsatividades da Assembléia Espiritual) é uma das exigênciasprementes da Causa de Deus, algo que deve ser considerado comoaltamente essencial e de fundamental importância. Depois dopagamento do Huqúqu’lláh, é uma obrigação de todos os bahá’ís.

(Shoghi Effendi, de uma carta datada de 27 de fevereiro de 1927,aos bahá’ís do Oriente, traduzida do persa para o inglês)

46. Sinto que somente tais bens pertencentes aos crentes,confeccionados por bahá’ís ou não, podem ser vendidos paralevantar fundos para os interesses do Templo ou de qualquer outrainstituição bahá’í, mantendo, desta forma, o princípio geral de quenão-bahá’ís não podem, direta ou indiretamente, esperar contribuircom fundos em apoio às instituições que sejam de caráterestritamente bahá’í. Quanto à forma de dispor de propriedadesbahá’ís para tal finalidade, e o canal através do qual a venda sejaefetuada, acho que não deve ser imposta uma regra rígida. Osindivíduos bahá’ís são livres de recorrer à ajuda de pessoas forada comunidade, ou às Assembléias Espirituais, para atuarem comointermediárias em tais transações. Devemos evitar confusão, deum lado, e manter a eficiência, por outro, não colocando restrições

III

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desnecessárias que iriam desestimular a iniciativa e osempreendimentos de ordem individual.

(Em manuscrito de Shoghi Effendi, apenso à carta datada de 4 de janeiro de1929, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá,

publicada em Bahá’í News 31, ed. de abril/1929, p. 6)

47. Com relação à contribuição da sra. ... ao Fundo, ShoghiEffendi deseja que você deixe bem claro a ela que suas ofertas dedinheiro devem ser feitas ao Fundo Bahá’í, e não a qualquer bahá’íindividualmente. Este é um importante princípio que governa todasas publicações e editoras bahá’ís, e deve ser devidamenteenfatizado e claramente entendido, a fim de que não surjamdificuldades no futuro. Naturalmente, as contribuições devem seraceitas somente quando feitas pelos próprios bahá’ís. Você deve,portanto, primeiro assegurar-se se a sra. ... é uma bahá’í registradae, então, e somente então, aceitar sua contribuição para apublicação do livro.

(Em uma carta escrita por Shoghi Effendi, em 14 de abril de 1934, a um bahá’í)

48. A questão levantada por você, em conexão com arecomendação feita pelos delegados na Convenção deste anosobre a instalação de uma estação de rádio no Templo, envolveum princípio fundamental que regulamenta o Fundo do Templo, oqual o Guardião já explicou em inúmeras comunicações. Ele desejaque se enfatize mais uma vez que, sob nenhuma circunstância, devemos crentes aceitar qualquer ajuda financeira de não-bahá’ís parauso em atividades específicas da Fé, tais como o fundo deconstrução do Templo e outros fundos administrativos bahá’ís anível local ou nacional. A razão para isso é dupla: primeiro, porqueas instituições que os bahá’ís estão gradualmente construindo são

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de natureza decorrente das dádivas de Bahá’u’lláh ao mundo; e,segundo, que a aceitação de fundos de pessoas não declaradasbahá’ís, para uso exclusivo dos bahá’ís, iria, cedo ou tarde, envolveros bahá’ís em complicações imprevisíveis com outras pessoas eassim causar incalculável dano ao corpo da Causa.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi,em 14 de abril de 1934 a um bahá’í)

49. Vocês talvez não saibam que, em relação às AssembléiasEspirituais Nacionais, o Guardião está recomendando que regrase regulamentos não devem ser multiplicados e novas declaraçõessobre “procedimentos” emitidas; devemos ser flexíveis nos detalhese rígidos nos princípios; conseqüentemente, ele não quer que suaAssembléia emita declarações de uma natureza oficial, a não serquando absolutamente necessário. Neste sentido, ele irá respondersuas perguntas sobre sanções: nada existe a objetar nos parágrafos1, 2 e 4, de sua carta de 4 de março, mas o número 3 é incorreto.É somente com aqueles que foram espiritualmente excomungadospelo Guardião que os bahá’ís não devem manter contato, e nãocom uma pessoa que esteja sendo punida com a privação de seusdireitos de voto. Como as contribuições aos Fundos Bahá’ís sãousadas em apoio da administração da Fé, elas não devem ser aceitasdaqueles que estão privados de seus direitos administrativos, mastais crentes não devem ser impedidos de serem enterrados em umcemitério bahá’í ou de receber ajuda financeira – a qualconcedemos inclusive para não-bahá’ís.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 8 de maio de 1947,à Assembléia Espiritual Nacional da Índia, Paquistão e Birmânia,

publicada em Dawn of a New Day, p. 123)

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50. ...Qualquer bahá’í pode contribuir aos Fundos da Causa,adulto ou criança. Nenhuma declaração oficial é exigida sobre esteassunto. As crianças bahá’ís sempre fizeram doações à Causa,em toda parte do mundo. Qualquer situação que possa surgir emuma aula com a participação de crianças não-bahá’ís, o professordeve resolver. Nenhum regulamento deve ser feito para resolvertais assuntos.

(de uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 18 de agosto de 1949,à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos da América)

51. Com relação ao valor doado em testamento pelo sr. ... ,sua Assembléia deve informar à viúva que, pelo fato dele não tersido um bahá’í declarado, não podemos usar seu dinheiro paranossos propósitos, pois consideramos nossa Fé e suas instituiçõescomo nossa dádiva à humanidade, a qual é concedida livremente.Porém, vocês podem, e, em verdade, devem, aceitar ooferecimento feito para fins de caridade e utilizá-lo em nome dodoador.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 5 de julho de 1950,à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos da América,

publicada em Bahá’í News 236, ed. de outubro/1950, p. 2)

52. Com relação à pergunta feita em sua carta relacionada aFundos da Fé, ele deseja responder a mesma quanto à Fundação...Não podemos aceitar dinheiro de não-bahá’ís para despesas daCausa. Seria apropriado, já que parece que a sra. ... deseja fazera doação em seu nome (e isso é certamente uma idéia altamentelouvável) eles devem prover oficialmente, ainda durante sua vida,

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a transferência do dinheiro da Fundação para o nome dela, deoutra forma a Causa somente poderá aceitar a doação para finsde caridade, para bahá’ís e não-bahá’ís igualmente.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi,em 4 de outubro de 1950, a um bahá’í)

53. Com relação à pergunta sobre a Escola Bahá’í na ... :como essa instituição é dirigida por bahá’ís, mas atua tanto embenefício de bahá’ís como de outros grupos que enviam suascrianças para lá, ele não vê razão para que um concerto promovidopela Escola não receba dinheiro do público participante e que outilize para a própria escola. Não é o mesmo que ocorreria comum bazar, onde os objetos vendidos se destinam unicamente aoFundo Bahá’í.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 30 de junho de 1952,à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos da América)

54. Com relação à pergunta sobre aceitação de contribuiçõesde pessoas com seus direitos administrativos suspensos, o Guardiãoesclarece que não é permitido.

(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 21 de junho de 1953,à Assembléia Espiritual Nacional da Índia, Paquistão e Birmânia,

publicada em Dawn of a New Day, p. 156)

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DESENVOLVIMENTO DOS FUNDOS

LOCAL E NACIONAL DA FÉ

55. Esta carta e o memorando de comentários em anexo sãodirigidos primariamente àquelas Assembléias Espirituais Nacionaiscujas comunidades incluem grandes números de pessoas pobres,mas que, conforme os princípios definidos e distintos de algunsprocedimentos sugeridos, são de aplicação universal, e por estarazão estão sendo enviados a todas as Assembléias Nacionais.

Existe um aspecto profundo quanto ao relacionamento entreum crente e o Fundo, que se aplica a todos os crentes independentede sua condição econômica. Quando uma alma humana aceitaBahá’u’lláh como o Manifestante de Deus para esta era e entraem Seu Convênio divino, tal alma deve, progressivamente,direcionar toda a sua vida em harmonia com o propósito divino –ela se torna uma colaboradora da Causa de Deus e recebe a graçade poder devotar seus recursos materiais, não importa quãoescassos sejam, para o trabalho da Fé.

Contribuir ao Fundo, portanto, é um privilégio espiritual quenão está aberto àqueles que não aceitaram Bahá’u’lláh, privilégioesse do qual nenhum crente deve se furtar. É tanto umaresponsabilidade como uma fonte de graças. Este é um aspectoda Causa que achamos ser uma parte essencial dos ensinamentosbásicos e do aprofundamento a serem compartilhados com osnovos crentes. A importância do ato de contribuir reside no graude sacrifício do doador, no espírito de devoção no qual faz a

IV

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contribuição e na unidade dos amigos neste serviço. Contribuiraos fundos da Fé atrai as confirmações de Deus e aumenta adignidade e o respeito próprio dos indivíduos e da comunidade.

Reenfatizando o significado espiritual da contribuição à Fé portodos os membros da comunidade bahá’í, citamos a seguir umtrecho de uma carta do Guardião à Assembléia Espiritual Nacionaldos Bahá’ís da África Central e Oriental, datada de 8 de agostode 1957:

“... Todos, não importa quão modestos seus recursos, devemparticipar. Do grau de auto-sacrifício envolvido nessas contribuiçõesindividuais dependerá diretamente a eficácia e a influência espiritualque essas nascentes instituições exercerão, instituições criadasatravés do poder de Bahá’u’lláh e em virtude do Desígnioconcebido pelo Centro de Seu Convênio. Esforços enérgicos econtínuos, conseqüentemente, deverão ser feitos pela generalidadedos apoiadores confirmados da Fé...”

Asseguramos a vocês nossas orações no Limiar Sagrado parasua guia e confirmações à medida em que realizam seu trabalhopara desenvolver este aspecto da vida bahá’í em suascomunidades.

(A Casa Universal de Justiça, de uma carta datada de 7 de agosto de 1985,a todas as Assembléias Espirituais Nacionais)

56. A par da obrigação sagrada e do privilégio dos amigosem contribuírem ao Fundo, cada Assembléia Espiritual Local temtambém o imperioso dever de se educar e educar os crentes quantoaos princípios espirituais relacionados às contribuições bahá’ís,como também de criar métodos simples para facilitar o fluxo erecebimento das contribuições, e formular procedimentos eficazespara assegurar que os gastos da Fé sejam feitos de forma sábia eparcimoniosa. Os seguintes comentários e sugestões foram

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compilados a pedido da Casa Universal de Justiça e estão sendocompartilhados com as Assembléias Espirituais Nacionais paraajudá-las nessas importantes tarefas.

Um requisito fundamental para todos aqueles que têm aresponsabilidade de cuidar dos fundos da Fé é a fidedignidade.Esta qualidade, conforme Bahá’u’lláh enfatizou, é a mais importantee vital de todas as virtudes humanas, e sua aplicação tem umainfluência direta e profunda para levar os crentes a confiarem naInstituição e contribuírem ao Fundo. As condições variam de paísa país e, portanto, é na educação dos crentes e no desenvolvimentodo Fundo que cada Assembléia Espiritual Nacional precisa adequarsuas ações às condições de sua área de jurisdição.

Em muitas partes do mundo, diversos objetos artesanaisproduzidos pelos próprios bahá’ís, podem ser uma enorme fontede contribuições regulares e certamente podem ser estimuladas.Devem ser feitos arranjos apropriados para seu recebimento evenda, e para a utilização das doações.

Compromissos formais de contribuições podem, também, serúteis como um meio de estimular a participação e para chamar aatenção dos amigos quanto às necessidades financeiras da Causa.Este método pode ser particularmente útil em uma situação naqual a Assembléia Nacional tem uma tarefa importante a realizar,como a construção de um Hazíratu’l-Quds, ou o estabelecimentode uma escola bahá’í, e precisa ter uma idéia antecipada sobre osrecursos, ou as datas quando os fundos para o projeto estarãodisponíveis. Contudo, seria inteiramente contrário aos princípiosbahá’ís exercer qualquer pressão sobre os crentes quando dolevantamento dos compromissos ou ao se esforçarem para recebê-los. Quando um compromisso é feito, pode-se lembrar o doadorde sua intenção confirmada de contribuir, falando com eleparticularmente, e pedir, cortesmente, se seria possível honrar seu

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compromisso, mas as Assembléias devem estar bem conscientesde que tais compromissos não são uma obrigação no sentido legalda palavra; seu cumprimento é algo da alçada da consciência docompromitente. Listas com os nomes dos que fizeram oscompromissos não devem ser publicadas.

O amado Guardião explicou que os interesses gerais e nacionaisda Causa têm precedência sobre àqueles de nível local; assim, ascontribuições aos fundos locais são secundários às contribuiçõesdestinados aos fundos nacionais. Porém, a estabilidade daAssembléia Nacional depende da firmeza das AssembléiasEspirituais Locais, mas quanto ao trabalho de educação dos amigossobre a importância do fundo bahá’í, é sempre mais prático e eficazconcentrar primeiro no desenvolvimento dos fundos locais e nofuncionamento eficiente das Assembléias Espirituais Locais. Então,quando os amigos já entendem o princípio e aprendem pelaexperiência a nível local, eles mais facilmente irão entender aimportância do fundo nacional e do trabalho da AssembléiaEspiritual Nacional.

Com relação aos fundos locais, é recomendável que até chegaro tempo em que os amigos já terão entendido e desenvolvido ohábito de contribuir livre e regularmente, qualquer AssembléiaEspiritual Local que tenha uma grande comunidade pode designarum pequeno comitê para ajudar o tesoureiro local na realizaçãode suas tarefas. Tais comitês podem ser designados depois deconsultas com o Membro do Corpo Auxiliar ou Ajudante da área.Muito cuidado deve ser tomado na designação de membros doscomitês; eles devem ser confiáveis e conscienciosos, e estarimbuídos da importância de manterem a confidencialidade dascontribuições aos fundos. As funções básicas desses Comitês deTesouraria são as seguintes:

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Prestar ajuda geral ao tesoureiro, conforme asnecessidades; por exemplo, membros do Comitê podemajudar na emissão de recibos ou fazer a contabilidade dofundo local.

Pesquisar e preparar material para pequenas palestras econsultas nas Festas de Dezenove Dias, ou para reuniõesespecíficas de estudo para a educação dos amigos sobrea importância prática e espiritual de suas contribuiçõesaos fundos.

Receber doações de dinheiro em nome do tesoureiro locale transferir os respectivos valores a ele.

Receber doações de diversos objetos e artesanatos dospróprios bahá’ís, que o próprio Comitê deve estudar comomelhor vendê-los, cujos valores obtidos são logo passadosao tesoureiro local.

Receber dos amigos compromissos escritos de suasintenções ou expectativas de contribuições aos fundos localou nacional, em dinheiro ou cheque, e ajudar norecebimento dos mesmos nas datas previstas.

Quanto ao Fundo Nacional, naquelas áreas onde existemproblemas decorrentes da falta de serviços bancários, serviçospostais não confiáveis e dificuldades de comunicação com osbahá’ís, é aconselhável que a Assembléia Espiritual Nacionaldesigne um comitê nacional para ajudar o tesoureiro nacional deuma forma semelhante à prevista para os comitês das Assembléias

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Espirituais Locais. Além disso, talvez se faça necessário subsidiar,do Fundo Nacional, um ou mais bahá’ís confiáveis, dependendodo tamanho da comunidade nacional, que possam viajar para áreasrurais para reunir-se com os Comitês Locais de Tesouraria, ajudá-los no desempenho de suas funções, explicar as necessidades doFundo Nacional, receber doações ao Fundo Nacional das áreaslocais e enviá-las ao tesoureiro nacional.

Ao considerarem a sugestão acima e sua aplicabilidade em suacomunidade nacional, cada Assembléia Espiritual Nacional devetambém ter em mente os seguintes pontos:

Podem considerar valioso estudar os métodos usadosnaquelas áreas rurais onde estejam ocorrendo maiorsucesso nos esforços de levar os amigos a fazer sacrifíciospessoais e contribuir regularmente.

Serviços voluntários à Fé pode também ser recomendado;tem efeito sobre o fundo por reduzir despesas que de outraforma teria de receber ajuda financeira. Esta economiacertamente irá estimular tais tipos de serviços por partedos amigos.

Útil e recomendável, também, tanto para as AssembléiasEspirituais Locais quanto para as Assembléias EspirituaisNacionais, é fazer planos de auto-suficiência financeira,determinar metas para os níveis das contribuições a seremrecebidas, e compartilhar com os amigos o progresso quefor sendo alcançado em tais metas.

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As Assembléias devem confiar nos membros de suascomunidades e compartilhar com eles regularmente dadossobre como estão sendo utilizados os fundos e quais sãoos projetos em andamento, e também, os projetos futurospara os quais será necessário verba.

(Memorando anexado à carta acima, de 7 de agosto de 1985,enviada a todas as Assembléias Espirituais Nacionais)

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A NECESSIDADE DE ADMINISTRAR

DEVIDAMENTE OS FUNDOS BAHÁ�’ÍS

Excertos de cartas escritas pela Casa Universal de Justiça:

57. ... O tesoureiro de uma Assembléia Espiritual Bahá’í,mesmo mantendo momentaneamente os fundos bahá’ís em seupróprio nome, deve ter o máximo cuidado para nunca misturarseus próprios fundos com os da Fé, ou deixar os fundos da Fésujeitos aos caprichos do destino que podem afetar a qualquer umde nós.

(8 de junho de 1971 a um bahá’í)

58. Atenção especial deve ser dada no sentido da aplicaçãodevida dos fundos com destinação definida. Assim, usar fundosdefinidos para cobrir despesas de qualquer outro item de seuorçamento tem o efeito de reduzir, na mesma proporção, o valordas contribuições gerais necessárias para aplicação em seuorçamento. Na realidade, esta prática pode resultar no hábito denão diferençar as contribuições com destino definido, dascontribuições gerais aos fundos. Por exemplo, um amigo podedefinir uma contribuição para o Fundo Internacional Bahá’í. Aplicartal contribuição ao Fundo Internacional como parte de seu FundoNacional seria errado, a não ser que a contribuição tenha sidofeito com esse propósito específico. Os fundos determinados para

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o Fundo Internacional Bahá’í devem ser enviados ao CentroMundial, independentemente de qualquer contribuição feita de seupróprio Fundo Nacional.

(29 de julho de 1971 a uma Assembléia Espiritual Nacional)

59. Em razão da grande responsabilidade que pesa sobre osombros dos membros das Assembléias Espirituais Nacionaisquanto a confiança que lhes foi dada pelos bahá’ís que as elegeram,temos recomendado às Assembléias Nacionais a darem a máximaatenção à administração de seus Fundos Nacionais, particularmentetendo em vista que os mesmos provêm em grande parte de atosde sacrifícios dos amigos. Naturalmente, cabe à Assembléia decidircomo melhor dispor dos fundos à sua disposição nas tarefas queenvolvem o dia-a-dia de seu trabalho, mas seriamente lhesrecomendamos reconsiderarem a resolução à qual vocês sereferiram e prover que duas assinaturas sejam adotadas para aretirada de valores, uma delas a de um membro de sua AssembléiaNacional.

(26 de agosto de 1973, a uma Assembléia Espiritual Nacional)

De cartas escritas em nome da Casa Universal de Justiça àsAssembléias Espirituais Nacionais:

60. A Assembléia Espiritual Nacional tem a responsabilidadede assegurar que as contribuições recebidas sejam confirmadasde forma apropriada e devidamente contabilizados todos os recibosemitidos e os desembolsos feitos. Considerando que normalmenteé o oficial encarregado o responsável por essa sagrada obrigação,isso não significa que outros membros estão livres da

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responsabilidade que pesa sobre o tesoureiro, ou que estãoprivados do direito de livre acesso aos detalhes das despesasrelacionadas com a administração em andamento da Assembléia,em todos os seus aspectos.

Tal direito e conseqüente responsabilidade que recaem sobreos membros da Assembléia não significa a liberação daconfidencialidade das contribuições bahá’ís, já que as informaçõesrecebidas pelo tesoureiro, ou por outros membros da Assembléia,devem ser tratadas sempre em total confiança.

(11 de janeiro de 1977)

61. Fomos solicitados a chamar a sua atenção para o princípioque define a natureza das contribuições com finalidade específicapara a compra ou manutenção de propriedades, ou para projetosespeciais de ensino, etc, que não podem ser utilizadas para outrosfins – estas devem ser mantidas em uma conta especial até que anecessidade de utilizá-las para seus fins surja. Isso vale para tudo,sejam fundos provenientes do Centro Mundial, de indivíduos, oude outras fontes. Se o projeto para o qual a contribuição foi feita ésuspenso ou cancelado, por qualquer razão, a contribuição deveser devolvida ao doador, a não ser que ele concorde em destiná-la a outros fins. A estrita obediência a este princípio relacionadoàs contribuições com finalidades determinadas é extremamenteimportante por muitas razões, inclui-se a manutenção daconfidencialidade dos amigos em assuntos relacionados com osfundos da Fé.

(21 de junho de 1979)

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62. Os lamentáveis problemas do mau uso dos fundosdescritos em sua carta podem ser resolvidos a longo prazo atravésde um processo de educação amorosa dos amigos. Será atravésda disseminação, entre os crentes, de textos das Escrituras da Fé,através de artigos cuidadosamente redigidos sobre o assunto combase nos Escritos Sagrados a serem publicados em seus noticiosos,e também através de palestras em conferências, em escolas deverão e inverno e em outras reuniões bahá’ís, bem como emconsultas sobre esses assuntos fundamentais com os amigos emtais reuniões, é que vocês conseguirão, gradualmente, alcançarseus objetivos.

Quanto aos problemas imediatos mencionados em sua carta,vocês devem considerar cada caso separadamente, arranjar paraque representantes da Assembléia Nacional reúnam-se com cadaum dos crentes, expliquem amorosamente à pessoa os padrõessobre a santidade dos fundos bahá’ís, a importância da integridadee honestidade ao manusear os fundos entregues a seu cuidado, e oteste inerente ao desejo natural do ser humano por posses materiais.Acordos sobre o pagamento dos valores retidos pela pessoapodem ser feitos durante essas reuniões, pagamentos que podemser em prestações, em valores razoáveis dentro das possibilidadesda pessoa em pagá-los.

Sua Assembléia está inteiramente certa ao afirmar existir umatendência de mau uso dos fundos bahá’ís, e que esta tendêncianão é reprimida preventivamente, cuja prática pode tornar-secontagiosa e prejudicar a Fé e aos indivíduos envolvidos. Porém,usar de sabedoria e compreensão é um fator importante para quesejam encontradas as melhores soluções para o problema.

É importante que sua Assembléia, no futuro, explique às pessoasque têm a responsabilidade de cuidar do dinheiro da Fé que, emvirtude da obrigação da Assembléia Espiritual Nacional de proteger

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os fundos bahá’ís, a Assembléia as considera responsáveis portodo o dinheiro que recebem, e que elas devem, portanto, prestarcontas, regularmente e de forma apropriada, para conhecimentoda Assembléia Nacional, e que elas são custódios fiéis de valoresque pertencem a Deus, e que estejam assegurados de que tal formade proceder, com honestidade e fidelidade, será ricamenterecompensada do Alto.

(18 de maio de 1980)

63. Embora qualquer doador, Assembléia ou indivíduo,detenha o direito de especificar a finalidade de sua contribuição aque fundo ou propriedade, se, porém, no julgamento da AssembléiaEspiritual Nacional tal contribuição for impraticável ou julgadaimprudente recebê-la, vocês não têm a obrigação de aceitá-la.

No caso de não ocorrer, após consulta com o doador, umacordo que vocês julgam necessário, ou mesmo quando vocês sesentirem incapazes de utilizar a doação especificada para um outropropósito, mais factível, a contribuição deve ser devolvida aodoador.

(22 de junho de 1980)

64. Quanto ao procedimento para a venda de umapropriedade bahá’í, se ela foi adquirida com recursos dos fundosgerais da Fé e não há envolvimento de contribuição para finsespecíficos, o único princípio aplicável é o primeiro princípio acimacitado, ou seja, que a comunidade nacional não deve deixar de terum Hazíratu’l-Quds, uma doação ou um terreno para o Templo,como parece ser o caso. Se a propriedade foi doada ou compradacom fundos específicos para tal propósito, o procedimento para a

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venda da propriedade deve obedecer ao propósito especificado,a não ser que o doador tenha especificamente definido de outraforma. Se o doador, ou doadores, estão vivos, eles podem,certamente, liberar a finalidade da doação. Se o doador, oudoadores, já faleceram, ou recusam liberar o fundo para outrafinalidade, o procedimento deve ser o de usar para aquele fimespecífico. Se o propósito da doação já foi alcançado (isto é, umapropriedade alternativa já foi adquirida), o saldo do valor aplicadodeve ser usado, na extensão possível, para alcançar integralmentea finalidade inicial, conforme a vontade do doador ou doadores –de manter ou melhorar a propriedade. Em caso de dúvidas, oassunto deve ser levado à consideração da Casa Universal deJustiça.

(21 de agosto de 1980)

65. Em geral, embora seja permitido aos amigos fazercontribuições com finalidades específicas, é óbvio que será sempremelhor que os amigos deixem a critério da Assembléia usar suascontribuições sem restrições. Ademais, uma Assembléia não é,sem dúvida, obrigada a aceitar as contribuições especificadas;porém, aceitando-as, deve obedecer seu propósito.

(21 de agosto de 1980)

66. A Casa Universal de Justiça não estabeleceu nenhumprocedimento uniforme para os tesoureiros bahá’ís, já que osmétodos contábeis e as leis que governam tais assuntos variamconsideravelmente de país a país, e de uma situação para outra.Ela recomenda, porém, que em tais questões técnicas, o tesoureiroda Assembléia Nacional pode procurar aconselhamento

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profissional. A Assembléia Espiritual Nacional deve, naturalmente,assegurar que seus livros de contabilidade passem por uma auditoriaanual, e para tal fim não há objeção quanto a recorrer aos serviçosde uma empresa profissional não-bahá’í.

Em termos gerais, porém, a Casa de Justiça é de parecer quecertos assuntos merecem uma consideração particular de partedos tesoureiros nacionais:

1 Existe a relação entre a Assembléia Nacional e os crentese as comunidades locais. Através de qualquer tipo decorrespondência que mantenha com os contribuintes aoFundo Nacional e com as comunidades que estãorecebendo fundos para seu trabalho, o tesoureiro nacionalpode exercer uma poderosa influência no estabelecimentode elos de unidade amorosa dentro da comunidade.

2 O tesoureiro deve assegurar-se de estar emitindo relatóriosfinanceiros regulares e acurados à Assembléia EspiritualNacional, de forma a permitir à instituição planejar seutrabalho dentro dos meios a ela disponíveis.

3 É responsabilidade do tesoureiro preparar um relatóriofinanceiro anual com a antecedência devida para que aAssembléia Espiritual Nacional analise antes de apresentá-lo na Convenção Nacional. Ele, também, tem que prepararo orçamento anual para consideração e aprovação daAssembléia Nacional.

4 O tesoureiro deve cuidadosamente monitorar o uso doFundo de forma a poder informar à Assembléia EspiritualNacional, com a devida antecedência, quando houver

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algum perigo a considerar sobre excesso de despesas.5 Para a contabilidade, um sistema deve ser adotado que

assegure que os fundos feitos com finalidade específicasejam registrados de forma absolutamente distintasdaquelas que são deixadas à livre disposição daAssembléia, e devem ser concebidas formas de depósitoem separado, bancário ou orçamentário, para evitar gastosindevidos dos fundos com finalidades específicas de outrasdespesas que não aquelas para as quais foram definidas.

6 Adicionalmente à manutenção acurada dos registros deentradas e despesas, o tesoureiro deve cuidar para queos recursos da Assembléia sejam protegidos, e que tantoos fundos como as obrigações da Assembléia sejamcuidadosamente registrados.

7 O tesoureiro deve recomendar à Assembléia reservarvalores suficientes, em uma base regular, para proverdespesas com consertos e manutenção de propriedadesda Fé, de forma a que as mesmas possam ser mantidasem boas condições e que o trabalho normal da Causa nãoseja interrompido por súbitas necessidades de grandessomas a serem utilizadas em consertos inesperados.Normalmente, a tarefa de manter as propriedades é dadaa um comitê especial, ou comitês, os quais devem serconsultados pela Assembléia e podem sugerir um valordefinido a ser previsto anualmente.

8 Embora seja da alçada da Assembléia Espiritual Nacionalexigir somente uma única assinatura nos cheques emitidos

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em nome do Fundo Nacional, a experiência temdemonstrado que a melhor prática é usar pelo menos duasassinaturas. Este procedimento garante proteção nãosomente ao próprio Fundo como também ao tesoureiro.Os fundos da Fé são uma responsabilidade sagrada, e asAssembléias devem ser meticulosas ao administrá-los econtabilizá-los.

(sem referência no original)

67. Em resposta à sua carta de 7 de fevereiro de 1982, aCasa Universal de Justiça nos instruiu a dizer que não há objeçãoa uma Assembléia Espiritual Nacional em apontar auditores, sejambahá’ís ou não-bahá’ís para fazer auditoria dos livros contábeisconforme exigido por lei. A função de um auditor profissional, porsua própria natureza, é confidencial e o fato do auditor ter acessoaos registros das contribuições não viola o princípio daconfidencialidade.

(26 de abril de 1982)

68. A questão da contabilidade apropriada dos fundos feitospara finalidades específicas é muito importante. Os livros contábeisde uma Assembléia devem ser concebidos de tal forma que deixebem claro e específico a distinção entre os fundos com finsespecíficos e aqueles deixados livres para administração daAssembléia, de forma a que a Assembléia não incorra,inadvertidamente, em nenhum perigo de misturá-los e gastá-losindevidamente para outros propósitos.

(6 de agosto de 1984)

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69. O amado Guardião foi muito enfático quanto àscontribuições aos fundos bahá’ís – aquelas feitas com finalidadesespecíficas de uso – estas devem ser utilizadas para o propósitodevido, a não ser que o doador concorde em mudá-lo. Se aAssembléia não puder usar a contribuição para a finalidadeespecificada, pode recusar aceitá-la. Alternativamente, podeconsultar com o doador e sugerir que libere a contribuição parapropósitos gerais ou que transfira-a para outra finalidade. Masnenhuma forma de pressão pode ser exercida para obter suaaquiescência. Por outro lado, uma vez que o dinheiro tenha sidocontribuído a uma Assembléia, passa a ser de propriedade daAssembléia, mesmo que destinada a um fim específico, o doadornão tem o direito de mudar unilateralmente sua finalidade. AAssembléia, porém, pode, à sua própria discrição, aceitar seupedido de assim fazê-lo.

(30 de dezembro de 1984)

70. A Assembléia é a fideicomissária dos fundos aos seuscuidados, e sua obrigação primária ao investir tais fundos deve sertentar preservar seu valor real. Buscar obter um bom rendimentode tais investimentos é também louvável, mas é uma consideraçãosecundária e não deve ser buscada se isso colocar em risco ovalor do montante principal. Isso é especialmente verdadeiro nocaso dos fundos específicos, sobre os quais a Assembléia tem odever junto ao doador ou doadores de preservar o valor do fundoaté chegar a oportunidade de aplicá-lo na finalidade prevista. Emtal caso, quando o valor da moeda por si mesmo se deprecia, ummétodo para manter o valor real do fundo específico é adicionarao montante principal todos os rendimentos decorrentes do

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investimento, mesmo se o doador não tiver definido especificamenteo rendimento sobre sua contribuição.

(19 de março de 1985)

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BIBLIOGRAFIA

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