contrarrazoes apelacao

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  • 8/17/2019 contrarrazoes apelacao

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    Rodrigo RomanoRafael Torres

    Rafael PinheiroRafael Sandi

     André Consentino Vera Gregório

    R ua Bat at ae s , 4 6 0 , conj . 31 /32, CEP 0 1 4 23-0 1 0 , São Pau lo (SP) –  B r a s i lFone/fax: +55 (11) 3051-8321 – www.rt padv .com.br

    EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 7a VARA

    CÍVEL DO FORO REGIONAL DE SANTO AMARO - COMARCA DA

    CAPITAL - SP

    Processo 1041262-82.2015.8.26.0002

    Ação Cautelar de Exibição

    REF: Contrarrazões de Apelação

    RICARDO RUSSO DE OLIVEIRA, já

    devidamente qualificado neste autos, vem, respeitosamente, à presença

    de V.Exa., processo em trâmite por esse MM. Juízo e Ofício respectivo,

    tendo em conta a interposição de Recurso de Apelação pelo Réu,

    comparece respeitosamente diante de V. Exa. a fim de ofertar, dentro do

    prazo legal, suas

    CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO

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    requerendo se digna acolhê-las e submetê-las a

    superior instância para exame e julgamento.

    Termos em que,

    P. Deferimento

    São Paulo, 24 de Novembro de 2015.

    Rodrigo Romano Moreira

    OAB/SP 197.500

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    CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO

    Ação de Exibição de Documentos

    Processo n.º 1041262-82.2015.8.26.0002

    Apelante – Eduardo Jacob Bertti

    Apelada – Ricardo Russo de Oliveira

    EGRÉGIO TRIBUNAL

    COLENDA CÂMARA

    PRECLAROS JULGADORES

    01. Exata, a r. sentença proferia pelo juízo monocrático às

    fls. 102/104 não merece, em absoluto, ser reformada.

    02. Bem compreendeu o MM. Julgador de primeiro grau

    que o apelante, furtou-se ao dever legal de voluntaria e

    extrajudicialmente ter entregue documento de propriedade comum ao

    Autor e ora apelado, mesmo após ter sido notificado para tanto via

    Registro de Títulos e Documentos, estando, presente, pois, o interesse do

    agir do Autor na medida cautelar em epígrafe, carecendo, de amparo,

    ademais, a resistência ofertada pelo réu e aqui apelante em sua

    contestação, tanto mais porque contemplava discussão estranha ao

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    objeto da presente lide, que como cediço esgotou-se com a exibição do

    documento perseguido pelo demandante.

    03. Nesse caldo, e de plano, nota-se ausência de

    interesse recursal do Apelante, na medida em que uma vez exibido o

    documento reclamado pelo autor e aqui Apelado na exordial, esgota-se a

    pretensão da ação de exibição de documento, que conforme posição já

    pacificada em jurisprudência e doutrina tem caráter satisfativo.

    04. Senão vejamos.

    05. Com efeito, a actio exhibitoria proposta vem prevista

    nos artigos 844 e seguintes do Código de Processo Civil e tem natureza

    satisfativa.

    06. Por meio dessa ação:

    "o titular de um autêntico direito ao documento ou ao seu

    conhecimento busca a satisfação a esse direito. Tem-se,

     portanto medida tipicamente satisfativa de um direito

    subjetivo material. Como satisfativa que é, sem direta e

    necessária ligação funcional a outro direito, essa medida

    não se reputa instrumental a outro processo e não tem,

     pois, natureza cautelar" ( Cândido Rangel Dinamarco ,

    "Instituições de Direito Processual Civil", 3a ed., 2003, São

    Paulo, Ed. Malheiros, vol. III, p. 573).

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    07. Assim, as denominadas cautelares satisfativas, que de

    cautelaridade "tais medidas guardam apenas o nome e a referência ao

     procedimento"  (Flávio Luiz Yarshell, Ação cautelar sem correspondente

    x ação principal'?, in "Improbidade administrativa - questões polêmicas e

    atuais", 2a ed. , São Paulo, Malheiros, 2003, p. 239), e onde a principal

    característica “é o atendimento completo e definitivo da pretensão do

    autor ”  (Flávio Luiz Yarshell, ob. cit. P. 240).

    08. Ora, como bem enfocado pelo julgador monocrático na

    reta sentença de fls. 102/104, a inicial indicou de modo explícito a razão

    do ajuizamento da medida cautelar, e ao contrário do que sustentam o

    Apelante, tem natureza nitidamente satisfativa, de modo que não exige o

    ajuizamento de ação principal (RJTJ 133/338, JTJ 193/138).

    09. De fato, Preclaros Julgadores, não há dúvida que a

    ação de exibição de documentos prevista no artigo 844 do Código de

    Processo Civil possui caráter satisfativo e não meramente cautelar, ainda

    mais levando em conta as peculiaridades do caso concreto, como já

    sedimentado pela jurisprudência, inclusive do Sodalício Superior (STJ-4a

    Turma, REsp 59.531-SP, rel. Min. César Rocha, j. RT 611/76; RJTJSP

    96/280, JTJ 193/138, RJTJERGS 177/360, JTA 41/67).

    10. Logo, mostra-se patente a ausência de interesse

    recursal do Apelante, eis que uma vez exibido o documento reclamado na

    inicial, esgotou-se o objeto do procedimento cautelar exibitório sob

    testilha, sendo a Apelação a que ora se responde totalmente gratuita nos

    argumentos lá articulados pelo recorrente, motivo pelo que também o

    mérito recursal não merece provimento, tanto mais porque a pretensão

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    de reforma aduzida pelo Apelante é juridicamente impossível dentro dos

    estreitos limites da lide em questão.

    11. Quanto à questão suscitada acerca do julgamento do

    expediente de exceção de incompetência, novamente não assiste razão

    ao Apelante.

    12. Como cediço, a exceção de incompetência é incidenterecursal que suspende o prazo para demais respostas do réu, inclusive a

    contestação, de forma que caberia ao Autor aguardar o desate do referido

    expediente para somente após apresentar contestação. Porém, não o fez

    apresentando ambas as petições conjuntamente, tendo sido correta a

    decisão de indeferimento liminar do incidente sob comento pelo juízo

    monocrático, eis que manifestamente improcedente, a rigor do que

    estabelece o artigo 310 do CPC, mormente porque a demanda principal já

    tinha sido julgada.

    13. Outrossim, quanto ao mérito da exceção de

    incompetência oposta, também em nada favorece o Apelante que

    pretendia mera redistribuição do processo em tela do Fórum de Santo

    Amaro da Capital para o Fórum Central também da Capital, ou seja,

    ambas ligadas ao Foro da Comarca de São Paulo.

    14. Ipsi facto, deveria saber o patrono do Apelante que

    não se pode confundir foro com juízo!

    15. Consoante a doutrina processual mais abalizada:

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    "Foro é o território dentro de cujos limites o juiz exerce a

     jurisdição. Nas Justiças dos Estados o foro de cada juiz de

     primeiro grau é o que se chama comarca;" (...)

    "Competência de foro é, portanto, sinônimo de

    competência territorial." (...) "Os foros regionais de São

    Paulo são parcelas do foro da Capital: a comarca é uma

    só, mas as leis de organização judiciária distribuem os

     processos entre as varas do foro central e dos regionais,seja pelo critério do valor (pequeno valor, foros regionais),

    seja pelo da pessoa ou natureza da pretensão deduzida

    (causas da Fazenda Pública, de acidentes do trabalho ou

    falimentares são sempre da competência das varas

    centrais)." (Antonio Carlos de Araújo Cintra, Ada Pellegrini

    Grinover e Cândido Rangel Dinamarco, Teoria Geral do

    Processo, 16ª Edição, Malheiros, páginas 237/238 - grifei). 

    16. Ou como explica mais detidamente CÂNDIDO

    RANGEL DINAMARCO:

    "Os foros regionais não são propriamente foros mas

     parcelas de um foro, que é sempre a comarca-mãe. Não

    estão no mesmo plano dos foros representados por outras

    comarcas nem se indaga se uma causa pertence a um

    deles ou a estas: só se perquire da competência dos foros

    regionais, a partir de quando já esteja assentado que a

    causa pertence à comarca em que se situam."

    (Instituições de Direito Processual Civil, volume I, 6ª

    edição, Malheiros, página 655).

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    17. Dentro deste contexto, Preclaros Julgadores, definida a

    competência da comarca da Capital (foro) segundo as regras ordinárias

    estabelecidas no Código de Processo Civil, em especial pela propositura

    da demanda no domicilio do réu, regra que inclusive lhe é mais benéfica,

    a demanda foi distribuída corretamente pelo Apelado, segundo as regras

    definidas pela Lei de Organização Judiciária, como, aliás, bem enfocado

    pelo juízo “a quo”  , quando do indeferimento da exceção de incompetência

    erroneamente manejada pelo Apelante.

    18. Nada obstante, cumpre destacar que contra a decisão

    que julga o incidente de exceção de incompetência o recurso cabível é o

    Agravo e não a Apelação, como manejado pelo patrono do Apelante, mais

    uma vez evidenciando erro técnico inescusável e, portanto, não sujeito ao

    princípio da fungibilidade recursal, frente à existência de recurso

    específico para a decisão guerreada.

    19. Assim, pelo fato de não ter sido interposto o recurso

    adequado (Agravo) contra a decisão que julgou o incidente de exceção de

    incompetência, esta restou não recorrida, estando qualquer irresignação

    quanto a ela preclusa nos exatos termos legais.

    20. Por fim, quanto à condenação nas verbas

    sucumbenciais, mais uma vez ausente razão ao Apelante quanto à

    pretensão de reforma recursal, afinal é entendimento iterativo do

    Superior Tribunal de Justiça que:

    “esta Corte firmou o entendimento de que, tratando-se de

    ação e não de mero incidente, a cautelar do art. 844 do

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    Código de Processo Civil não dispensa os ônus da

    sucumbência” (REsp 585083 / DF, Ministro CASTRO

    MEIRA; AgRg no REsp 453114 / RS, Ministro ANTÔNIO DE

    PÁDUA RIBEIRO; AgRg no Ag 660198 / MG, Ministro

    CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO; REsp 674173 / PE,

    Ministro CASTRO MEIRA; REsp 490691 / SC, Ministro

    FRANCIULLI NETTO; REsp 533866 / RS, Ministro ALDIR

    PASSARINHO JUNIOR, REsp 540048 / RS, Ministra NANCY ANDRIGHI; REsp 316388 / MG, Ministro JOSÉ DELGADO;

    REsp 168280 / MG, Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES

    DIREITO, entre outros).

    21. Logo, também quanto às verbas sucumbenciais é

    dotada de acerto a decisão injustamente atacada pelo Recurso manejado

    pelo Apelante que deverá ser desprovido, seja por estar ausente o

    interesse recursal, seja porque quanto ao mérito nada a ser de

    reformado, sendo, gratuitas e infundadas todas as demais ilações

    lançadas pelo Apelante quanto a fatos que transcendem o objeto da lide

    sob testilha.

    22. Forte em tais razões, espera o Apelado seja NEGADO

    PROVIMENTO AO RECURSO em epígrafe por ser correta a sentença do

     juízo monocrático, devendo, ademais, ser mantida intacta em seus

    integrais termos, como medida de rigor.

    São Paulo, 24 de Novembro de 2015.

    Rodrigo Romano Moreira

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