contextos da realidade

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1 Sistemas de Relações formam os Contextos da Realidade A primeira idéia que temos da realidade é que ela é física, material. A Natureza é composta de ar, água, solo, energias, vegetais e animais; é nela que ocorrem as intervenções Arquitetônicas e Urbanísticas, que são as construções e os assentamentos. A realidade não é só a parte física, material da natureza; nela também circulam energias que contém informações e impulsionam as matérias-primas. Os elementos que compõem a realidade, formam emaranhados de relações, muitos deles bastante imponderáveis e subjetivos, como são todos os Sistemas de Relações: culturais, psicológicas, sociais, ambientais, econômicas, etc... . A produção da Arquitetura e do Urbanismo ocorre em meio a esses Sistemas, com eles interage, deles sofre influências e sobre eles influi; independentemente do Arquiteto estar ciente e apto ou não para lidar com todos eles. Certamente, por mais atento que seja o profissional, alguns dos aspectos dos Sistemas de Relações lhe passarão desapercebidos. É comum o Arquiteto ser criticado por uma ou

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Contextos Da Realidade

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1 Sistemas de Relaes formam os Contextos da Realidade

A primeira idia que temos da realidade que ela fsica, material. A Natureza composta de ar, gua, solo, energias, vegetais e animais; nela que ocorrem as intervenes Arquitetnicas e Urbansticas, que so as construes e os assentamentos.

A realidade no s a parte fsica, material da natureza; nela tambm circulam energias que contm informaes e impulsionam as matrias-primas.

Os elementos que compem a realidade, formam emaranhados de relaes, muitos deles bastante imponderveis e subjetivos, como so todos os Sistemas de Relaes: culturais, psicolgicas, sociais, ambientais, econmicas, etc... .

A produo da Arquitetura e do Urbanismo ocorre em meio a esses Sistemas, com eles interage, deles sofre influncias e sobre eles influi; independentemente do Arquiteto estar ciente e apto ou no para lidar com todos eles.

Certamente, por mais atento que seja o profissional, alguns dos aspectos dos Sistemas de Relaes lhe passaro desapercebidos. comum o Arquiteto ser criticado por uma ou mais omisses. Crticas como: o Memorial da Amrica Latina nega seu entorno; a reurbanizao do Brs passou longe das necessidades culturais e comportamentais da populao de razes italianas e nordestinas originais; o Plano Piloto da Capital Federal no previu a integrao da populao que a construiu; ou o prdio da escola tem atelis muito frios no inverno, quentes no vero e barulhentos em dias de chuva forte; etc... .

necessrio entender que, consciente ou inconscientemente, adequada ou inadequadamente, toda vez que realizamos uma obra de Arquitetura ou de Urbanismo originam-se interaes e ou interferncias em vrios Sistemas de Relaes.

Uma forma de perceber a realidade, na qual a Arquitetura e o Urbanismo se inserem, atuam e interagem, analisar cada um desses Sistemas, tendo em mente que cada um deles um enfoque, um ngulo de aproximao, um ponto de vista, uma percepo da realidade, um dos contextos da realidade.

2 Percepo: Realidade em nossa Mente

Todas as substncias emitem e ou refletem Energias, tais como: Trmica, Luminosa, Eletromagntica, Qumica, Mecnica, etc... . As combinaes, caractersticas e intensidades das vrias energias transportam Informaes. Essas energias ao atingir os rgos dos sentidos, geram em nossa Mente, Sensaes. A Percepo da Realidade ocorre pela filtragem e interpretao mental das Sensaes recebidas, as quais so comparadas com o repertrio de informaes da pessoa. O resultado o conhecimento, a Cognio, que composta por Imagens Mentais Virtuais associadas a significados.

So muitas as variveis envolvidas no processo de Percepo, assim como a experincia de vida caracterstica de cada um de ns, os filtros mentais tambm so peculiares a cada pessoa. Como so os filtros mentais que determinam o que fica ou no retido em nossas mentes, a Cognio da Realidade especfica de cada pessoa, no sendo exatamente a mesma para todos os indivduos. Como ilustrao, podemos citar que o tempo de convivncia com um Ambiente, uma das variveis que afeta a percepo; isto , a Imagem Mental Virtual, que temos de uma Cidade vai se modificando de acordo com o tempo de convvio. Como cada pessoa tem vivncias diferentes com o meio fsico, no tempo e no espao, as Cognies tambm resultam diferentes.

O quadro esquematiza o funcionamento da Percepo Humana, destacando-se a Sensao, que o estmulo fsico sensorial e a Cognio, que a imagem mental virtual que fica retida em nossa mente. Os Filtros mentais subdividem-se, basicamente, em trs categorias: Instintivos, Psicolgicos e Culturais.

Os filtros Instintivos correspondem s informaes genticas que trazemos ao nascer, tem a ver com as necessidades biofsicas, tais como as de: oxignio, gua, alimento, sono, proteo, perpetuao da espcie, etc... . Normalmente, como o nome diz, implicam em reaes instintivas, isto , reaes reflexas, automticas.

Os filtros Psicolgicos tambm geram reaes reflexas automticas, porm, ao contrrio dos instintos, so formados por expectativas, condicionamentos, e experincias vivenciadas. Quando as ocorrncias se repetem vrias vezes da mesma maneira, psicologicamente acreditamos que os eventos se repetiro sempre assim, cria-se um condicionamento e nossas reaes passam a ser reflexos condicionados.

Os filtros Culturais so as informaes, os conhecimentos, transmitidos e acumulados ao longo das geraes. Eles criam as Escalas de Valores, as Intuies e os Ideais, diferenciados em cada pessoa; conseqentemente, os efeitos no processo perceptivo tambm so diferenciados. A Escala de Valores a hierarquizao das cognies. Cada informao assimilada seja consciente ou inconscientemente, comparada com a Escala de Valores, resultando um pr-julgamento, uma pr-conceituao, uma Intuio. As Intuies, no so conhecimentos, so aproximaes dos conhecimentos e chegam a nortear comportamentos e aes concretas. Os Ideais so concepes das mais altas aspiraes das pessoas, produzidas a partir da escala de valores; poderamos consider-los filtros racionais, influem intensamente na conduta e no estilo de vida das pessoas.

Em termos Ambientais, Arquitetnicos ou Urbansticos, nossos Ideais so os referenciais a partir dos quais emitimos julgamentos de valor, conceitos qualitativos, significados. Dependendo do nvel de satisfao que obtemos, do meio ambiente, ao comparar nossos Ideais e Valores com as Sensaes captadas do entorno, formamos opinies de Qualidade Ambiental.

Sobre esses processos, Lvia de OLIVEIRA comenta Piaget ... a noo de espao e sua representao no derivam simplesmente da percepo: o sujeito, mediante a inteligncia, que atribui significados aos objetos percebidos, enriquecendo e desenvolvendo a atividade perceptiva.

3 O Enfoque do Arquiteto

Nenhum ser humano tem a capacidade de dominar todos os conhecimentos, nem o Arquiteto, mas fundamental que este, como outros tcnicos, esteja consciente de que suas obras podem contribuir para melhorar ou agravar os vrios Sistemas de Relaes, isto , sua atuao profissional pode aprimorar ou degradar cada um dos vrios Contextos da Realidade. O aprofundamento intelectual do Arquiteto deve ocorrer no sentido de entender como sua produo profissional, suas obras, se relacionam com os vrios Sistemas e de que maneira ajudam a qualificar a realidade como um todo.

A formao do Arquiteto interdisciplinar e ampliar essa base tem que ser uma busca contnua. A interdisciplinaridade condio bsica para o aprofundamento intelectual que possibilitar, cada vez mais, a aproximao de suas propostas com a manuteno e aprimoramento dos vrios Contextos da Realidade.

Os Contextos da Realidade podem ser fsicos, materiais, objetivos e, portanto, mensurveis; podem tambm se quantificar e analisar. O quadro relaciona e hierarquiza os Contextos dos Sistemas de Relaes da Realidade, independentemente de serem objetivos ou subjetivos, fsicos ou virtuais. Usamos como critrio, coloc-los em ordem de importncia para a sobrevivncia e manuteno da espcie humana.

A listagem, embora envolva amplas reas do conhecimento humano, sempre estar incompleta, pois o conhecimento evolui e as descobertas, abrem outras perspectivas, novos enfoques, outros pontos de vista, novos contextos da realidade.

A hierarquizao abrange, dos contextos de maior importncia e abrangncia, at aqueles que esto envolvidos pelos anteriores. Esse critrio no rgido e dependendo da abordagem ou do empreendimento, a seqncia de importncia pode ter outra ordem.

A Qualidade Ambiental permeia todos os Contextos da Realidade. Neste estudo, a qualidade dos Espaos Livres discutida pelo ponto de vista das relaes Ecolgico - Ambientais balizadas pelas limitaes Sensoriais da Percepo Humana, tendo como referncia a influncia que o Meio Urbano Verticalizado (espaos livres, quadras, lotes e edificaes) tem sobre as variveis ambientais do Meio Natural (radiao solar, ar, gua, solo, vegetao e fauna).

4 Intervenes Arquitetnicas e Urbansticas na Qualidade Ambiental

Evidentemente cada edificao, cada obra, cada interveno urbana, interfere e modifica as caractersticas ambientais. Pode-se estabelecer duas categorias de efeitos de qualquer obra Arquitetnica em um contexto, em relao ao tempo e o espao: a) conseqncias resultantes do conjunto de obras, no geral da cidade, a mdio e longo prazo; b) implicaes pontuais, locais, de imediato, em curto prazo.

4.1 Mltiplas Intervenes ao longo de Dcadas

No primeiro caso, o vertiginoso crescimento da metrpole e seu adensamento com a verticalizao, modificaram expressivamente as caractersticas ambientais, na

segunda metade do sculo.

Por exemplo: So Paulo era conhecida como a terra da garoa por sua elevada umidade. Ao ter sido fortemente modificada fsica e morfologicamente, tem apresentado significativas alteraes climticas, registrando ultimamente, baixssimos ndices de umidade relativa do ar, nos meses de junho, julho e agosto.

As garoas agora so raras, embora nos meses de vero continuem os altos ndices de umidade e as chuvas torrenciais.

O aumento da rea urbanizada acentua as oscilaes trmicas em dias secos, em funo das caractersticas dos materiais componentes das superfcies. Assim, o ar de dia se aquece e a noite se esfria muito rapidamente, causando ilhas de calor e inverses trmicas, que agravam os problemas de poluio existente.

A urbanizao e a impermeabilizao do solo induzem e reforam inundaes, enxurradas e problemas de instabilidade de encostas. O crescimento da cidade, das atividades e da frota de veculos, aumenta a profuso e intensidade sonora.

Esses so alguns itens da qualidade ambiental afetada gradualmente ao longo do tempo pelas diversas intervenes, muito difcil quantificar a responsabilidade de cada obra no conjunto dos problemas, mas com certeza qualific-lo um fato imediato.

Os seis quadros a seguir, apresentam os Aspectos e Problemas resultantes da ao do Ambiente Urbano sobre o Meio Natural no Macro-Escala, quando mltiplas intervenes afetam, em termos espaciais, vastas reas e por muitas dcadas em termos temporais; como por exemplo: as milhares de construes na Grande So Paulo ao longo de toda a segunda metade do sculo. So enfocados os componentes do Meio Natural: Ar, gua, Solo, Energia Solar, Flora e Fauna.

Os componentes Naturais, alm de serem Meio Ambiente, sob certos aspectos tambm so Alimentos e Recursos Materiais.

Acreditamos que, alm de ampliar a conscientizao e instrumentalizar melhor os Arquitetos e Urbanistas, indispensvel que se estabeleam diretrizes gerais de controle da qualidade ambiental, tais como Normas e Leis de Padres Limitantes de Tolerabilidade Ambiental, com o envolvimento de toda a sociedade Silvio Soares MACEDO explica a falta de envolvimento, da maior parte da populao, em relao aos problemas ambientais: A maioria da sociedade no compreende claramente as reaes do ambiente s suas formas de atuao, no entendendo sua importncia e extenso, e no tendo um significado imediato para o homem comum. A importncia desses processos de transformao s , ento, percebida pela sociedade ainda que de um modo genrico, quando da obteno de resultados evidentes, que a beneficiem ou prejudiquem, isto , nos momentos de fartura ou de crise.

Entretanto, enquanto os habitantes da cidade continuarem a se sentir, visitantes de passagem, estranhos em sua prpria urbe, enquanto acreditarem que aqui faro fortuna, mas vivero em outro lugar, enquanto no sentirem So Paulo como sua moradia, sua responsabilidade, sua propriedade, os vrios instrumentos legais de controle ambiental e urbano disponveis continuaro a ser ineficientes, porque para a maioria da populao, esses so problemas dos outros, do governo, das empresas, de outras instncias, no dele.

4.2 Intervenes Pontuais em Curto Prazo

A constatao, a conscincia, da influncia de cada uma das inmeras intervenes arquitetnicas ou urbansticas nas caractersticas fsicas do ambiente, ao longo das dcadas, no to clara para a sociedade e nem para os profissionais Arquitetos e Urbanistas. Porm, no caso de aes pontuais, na escala local da vizinhana em termos espaciais e no curto prazo de poucos anos em termos temporais, possvel analisar e detectar, com maior clareza, as implicaes de cada empreendimento na qualidade ambiental das reas circunvizinhas.

O cerne deste trabalho prende-se anlise das intervenes pontuais, onde so maiores as possibilidades de avaliar e prever as influncias da verticalizao na qualidade ambiental dos espaos livres.

As variveis do Meio Natural, Ar, gua, Solo, Radiao Solar, Vegetao e Fauna, so afetadas pelos seguintes elementos do Meio Urbano:

Estrutura Urbana: malha viria (sua orientao, declividade e dimensionamento, condicionam insolao e ventilao), adaptao topogrfica (influi no perfil das vias, estabilidade do solo e drenagem), relaes geomtricas (dimenses de ruas e praas) e densidade de trfego;

Espaos Livres: forma, localizao, orientao, permeabilidade, vegetao;

Quadras: rea delimitada por um conjunto de ruas (morfologicamente constituindo-se no negativo da estrutura viria), geometria, orientao e densidade edificada;

Lotes: geometria das parcelas, orientao e ndices urbansticos incidentes (taxa de ocupao e coeficiente de aproveitamento);

Edificaes: volumetria, orientao, densidade, possibilidades de salubridade e compatibilidade de usos.

Em termos fsicos, os problemas ligados Energia Solar e ao Ar, que o foco de nossa anlise, por ser o meio ambiente especfico em que os seres humanos esto imersos, podem ser agrupados sob duas referncias: Higiene Ambiental e Clima.

A Higiene Ambiental envolve todos os problemas de poluio e contaminao atmosfrica, tais como: Adequao Lumnica, Rudos e Intensidades Sonoras, Odores e Gases, Materiais Particulados e Poluio Trmica.

O Clima abrange os problemas relativos ao conforto trmico, os quais dependem, no ser humano, da adaptabilidade, das atividades e da vestimenta e, em termos ambientais, funo de quatro variveis inter-relacionadas: insolao, ventos, umidades e temperaturas.

Quanto aos outros componentes Ambientais, como a gua, o solo, a vegetao e a fauna, eles tm importantes papis como: recursos naturais, matrias-primas, suporte, alimento ou coadjuvantes, afetando a qualidade ambiental de maneira indireta. O meio ambiente fundamental dos seres humanos a atmosfera, na qual vivemos imersos.

A gua enquanto Alimento essencial, no podemos viver mais que alguns dias sem gua. Os seres vivos esto altamente hidratados, pois 70% do corpo humano gua e a maioria das reaes biolgicas ocorre em meio aquoso.

Enquanto Recurso Natural, embora o planeta Terra tenha mais superfcies de gua do que superfcies de terra, e o volume total seja da ordem de 1,4 bilhes de quilmetros cbicos, a quantidade de gua doce superficial em estado lquido de apenas 0,8% do total, clamando por menos desperdcios e gerenciamento mais consciencioso desse recurso vital. Por exemplo, inaceitvel utilizar gua potvel tratada para dar descarga no vaso sanitrio e carrear os esgotos; com certeza, para tal finalidade, poderamos usar gua menos nobre, j utilizada em outras atividades como a gua do banho, da mquina de lavar roupas ou mesmo das chuvas.

No Meio Urbano, as Enxurradas e Inundaes so as principais manifestaes da pouca importncia que a humanidade tem dado ao gerenciamento dos recursos hdricos. indispensvel detectar como eram os fluxos do ciclo hidrolgico, em cada bacia, antes da implantao da impermeabilizao causada pelo meio urbano e aplicar tcnicas que restabeleam a velocidade da onda de cheia original. Somos favorveis que cada lote tenha, proporcionalmente sua rea, cisternas que acumulem as guas pluviais e as liberem lentamente, eliminando as repentinas ondas de cheias, causadoras das enxurradas e inundaes.

O Solo fornece os nutrientes que sustentam as cadeias alimentares dos ecossistemas e o suporte tanto do Meio Natural como do Meio Urbano. Enquanto Base Suporte, o solo, em funo de sua estabilidade, declividade topogrfica, resistncia, permeabilidade e caractersticas da superfcie, indica as possibilidades de utilizao, sua capacidade de reter ou emitir calor, de acumular ou escoar gua.

Os principais problemas ambientais causados pela arquitetura e urbanismo em relao ao solo so: sua impermeabilizao e deficincias de drenagem, que causam alagamentos e inundaes, e as alteraes das caractersticas dos materiais e cores das superfcies, que provocam a reteno de calor e contribuem para o aquecimento urbano.

A Vegetao elemento fundamental na qualidade ambiental urbana, pois alm de renovar parte do oxignio atmosfrico, tambm contribui para bloquear a circulao de poeiras e, ao sombrear as superfcies, diminui o calor absorvido amenizando o aquecimento urbano. No caso paulistano, o que mais surpreende o contraste entre os nveis de vegetao dos vrios bairros. Fotos areas mostram que em algumas reas temos verdadeiras matas urbanas, enquanto em outras a vegetao inexiste.

A Fauna adaptada vida urbana muito significativa e numerosa, freqentemente os noticirios destacam a destruio de componentes das construes e a derrubada de rvores causada por cupins; a proliferao de ratos que transmitem diversas doenas como a leptospirose; os mosquitos e a dengue; as fezes de ces, gatos e pombos causando muita sujeira; as formigas; os escorpies; as baratas; as aranhas e vrios outros animais que interferem na qualidade ambiental e com eles temos que estabelecer um equilbrio adequado para conviver no mesmo habitat.

Parte-se do pressuposto, ainda no de consenso, ou conhecido, de que as intervenes arquitetnicas e urbansticas modificam o ambiente natural, podendo melhorar ou piorar os padres de qualidade dos espaos livres.

Para que esses padres sejam alcanados e aprimorados, necessrio que o profissional reconhea, domine e corrija as implicaes de suas obras nos espaos livres, quanto iluminao, os rudos, os odores, insolao, os ventos, umidade e s temperaturas.

Todas essas intervenes podem e devem ser dosadas, calibradas, controlando-se os fluxos de energia, trabalhando com o instrumental do Arquiteto: orientaes, declividades, formas, volumes, superfcies, materiais, cores e vegetao.

REFERENCIA BIBLIOGRFICA:

MORENO, M.F.N, Tese de Doutorado: Qualidade Ambiental nos Espaos Livres em reas Verticalizadas da Cidade de So Paulo Defesa 2001