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Bernardino de Matos: É hora de partir Marco Fontolan: A voz de um rio Marco Fontolan: A poesia Marco Fontolan: Haicais Luis Filipe: Retalhos de uma aldeia Luis Filipe: Mais uma esquina de rua Luis Filipe: Teu jeito Luis Filipe: Naturalidades José Geraldo Martinez: Você é linda José Geraldo Martinez: Ilusão José Geraldo Martinez: Dê-me Senhor Mercília Rodrigues: Amante Mercília Rodrigues: Ainda o sonho Márcia Possar - Arritmia Vera Mussi Ontem, tanta felicidade Carmo Vasconcelos Pudesse eu ser... Gui Oliva Responde coração Carmo Vasconcelos O último grito Vera Mussi O toque de Deus Carmo Vasconcelos Fogo preso José Geraldo Martinez - Sábio José Geraldo Martinez Minha bandeirante Alceu Sebastião Costa O poeta, a ética e o fingimento Gui Oliva Sou o mar Vera Mussi Nas mãos de Deus Lêda Mello O toque das mãos (Prece de uma Reikiana) Vera Mussi Coisas da vida, onde a morte jamais alcança Rose Mori - Procura Lêda Mello Mirante Alceu Sebastião Costa Contemplando o Redentor Jenny Londoño Reencarnações Armando Ribeiro J’aime les roses Lêda Mello - Madrugada Alceu Sebastião Costa Bem-Vinda Estação Outono Mercília Rodrigues - Outono Lêda Mello Estação Alegria Isabel Machado Benditos (Bons amigos (vulgo) Vera Mussi Doce morrer a cada dia (reflexão) Lêda Mello Cantos da Alma Alceu Sebastião Costa A minha rosa amarela Carmo Vasconcelos - Amigo Eugênio de Sá Carta Poética Vera Mussi Eterno Amanhecer Lêda Mello Eu Sou Johayna Soares Merlin Os sons da cidade Manoel de Barros O menino que carregava água na peneira Manoel de Barros Coletânea escolhida 9 (nove) poemas Sylvia Cohin Um breve suspiro Eliane Trisca Sonhos de maçã Gui Oliva Regendo a vida Delasnieve Miranda Daspet de Souza Poemas escolhidos Delasnieve Daspet - O suicida não quer se matar - quer matar a sua dor Lady Foppa (poeta goiana) Poeta peregrina Sylvia Cohin - Rastros Mercília Rodrigues Doce Amor Alceu Sebastião Costa Pimenteira Ornamental Sylvia Cohin A qualquer preço Vera Mussi Resquícios d’alma

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  • Bernardino de Matos: hora de partir

    Marco Fontolan: A voz de um rio

    Marco Fontolan: A poesia

    Marco Fontolan: Haicais

    Luis Filipe: Retalhos de uma aldeia

    Luis Filipe: Mais uma esquina de rua

    Luis Filipe: Teu jeito

    Luis Filipe: Naturalidades

    Jos Geraldo Martinez: Voc linda

    Jos Geraldo Martinez: Iluso

    Jos Geraldo Martinez: D-me Senhor

    Merclia Rodrigues: Amante

    Merclia Rodrigues: Ainda o sonho

    Mrcia Possar - Arritmia

    Vera Mussi Ontem, tanta felicidade

    Carmo Vasconcelos Pudesse eu ser...

    Gui Oliva Responde corao

    Carmo Vasconcelos O ltimo grito

    Vera Mussi O toque de Deus

    Carmo Vasconcelos Fogo preso

    Jos Geraldo Martinez - Sbio

    Jos Geraldo Martinez Minha bandeirante

    Alceu Sebastio Costa O poeta, a tica e o fingimento

    Gui Oliva Sou o mar

    Vera Mussi Nas mos de Deus

    Lda Mello O toque das mos (Prece de uma Reikiana)

    Vera Mussi Coisas da vida, onde a morte jamais alcana

    Rose Mori - Procura

    Lda Mello Mirante

    Alceu Sebastio Costa Contemplando o Redentor

    Jenny Londoo Reencarnaes

    Armando Ribeiro Jaime les roses

    Lda Mello - Madrugada

    Alceu Sebastio Costa Bem-Vinda Estao Outono

    Merclia Rodrigues - Outono

    Lda Mello Estao Alegria

    Isabel Machado Benditos (Bons amigos (vulgo)

    Vera Mussi Doce morrer a cada dia (reflexo)

    Lda Mello Cantos da Alma

    Alceu Sebastio Costa A minha rosa amarela

    Carmo Vasconcelos - Amigo

    Eugnio de S Carta Potica

    Vera Mussi Eterno Amanhecer

    Lda Mello Eu Sou

    Johayna Soares Merlin Os sons da cidade

    Manoel de Barros O menino que carregava gua na peneira

    Manoel de Barros Coletnea escolhida 9 (nove) poemas

    Sylvia Cohin Um breve suspiro

    Eliane Trisca Sonhos de ma

    Gui Oliva Regendo a vida

    Delasnieve Miranda Daspet de Souza Poemas escolhidos

    Delasnieve Daspet - O suicida no quer se matar - quer matar a sua dor

    Lady Foppa (poeta goiana) Poeta peregrina

    Sylvia Cohin - Rastros

    Merclia Rodrigues Doce Amor

    Alceu Sebastio Costa Pimenteira Ornamental

    Sylvia Cohin A qualquer preo

    Vera Mussi Resqucios dalma

  • Cleide Canton Canto sem lua

    Cleide Canton Deixa na paz os versos meus

    Dalva Algne Lynch Separao de bens

    Alberto Peyrano - Espada y corazn

    Vera Mussi Um minuto

    Alfredo Cuerco Barrero Fica proibido (Queda prohibido)

    Alceu Sebastio Costa Que pena!

    Ferdinando Fernandes Hino da indiferena

    Sylvia Cohin Vamos voar...

    Lda Mello Sim, eu posso

    Suely Nassif A dana das flores

    Suely Nassif Tua ausncia Para Pedro Elias

    Sylvia Cohin Esse dardo inserto

    Joo Coelho dos Santos No importa

    Ferdinando Fernandes Porta da saudade

    Suely Nassif A meu pai (in memorian)

    Carmo Vasconcelos Ruma incerteza

    Alceu Sebastio Costa O refluir da primavera

    Alceu Sebastio Costa Vnculos e Vibraes

    Carmo Vasconcelos Bailando com a chuva

    Alceu Sebastio Costa Cidade de So Paulo 461 anos 25/01/2015

    Alceu Sebastio Costa Homenagem Dia Internacional da mulher 8 de maro - 2015

    Cleide Canton - Zorra

    Alceu Sebastio Costa Cantos e Encantos

    Alceu Sebastio Costa Homenagem ao Dia das Mes 10/maio/2015

    Alceu Sebastio Costa Um anjo entre flores e pssaros

  • HORA DE PARTIR! Bernardino Matos

    Uns partindo, outros chegando, a vida em movimento,

    mas quando chega o momento, de a mala ir arrumando. a gente fica escutando,

    a cano de um lamento, que aoita o sentimento, encabresta aquele afeto, que aqueceu nosso teto, e deixa a alma chorando.

    A gente arruma as lembranas,

    deixa o adeus num cantinho, cuida pra que o carinho,

    to presente nas andanas, eivadas de esperanas,

    no se amasse com a tristeza, no amarrote a leveza,

    de um amor outrora infindo,, que aos poucos foi sumindo,

    no trotear das nuanas..

    A gente deixa um espao, onde se guarda a ternura, bem longe da amargura,

    que deixa aquele mormao,

  • que, o tempo, passo a passo, com sua sabedoria,

    com o dom de sua magia,, o amor vai restaurar, um amanh vai raiar,

    longe desse embarao.

    E depois de tudo pronto, resta somente a partida,

    uma triste despedida, onde no vale o confronto,

    d-se saudade um desconto, que se supunha sem fim,

    que no terminasse assim, mas se no h mais carinho, resta somente um caminho,

    sair sem bater o ponto.

    Se o amor verdadeiro, h uma nesga de ternura,

    no h ndoa de amargura, e a chama de um candeeiro,

    qual a vela de um veleiro, traz um clima de aconchego,

    e a rstia de um apego, mantm-se frgil e serena, o que torna mais amena,

    o acorde do violeiro.

    Fortaleza, 19/05/11

    Ttulo

  • A voz de um rio

    Marco Fontolan*

    Eu nasci numa fonte Escondida embaixo de rvores

    Frondosas e sombrias Ao p de um morro

    Dentro de uma mata densa Escura e fria

    Sou este rio que corre Sou este rio que desce

    Sou este rio que avana Este rio que passa... Este rio que canta.

    Este rio que se alarga como parte de um mundo

    falo a voz do tempo no penso, no ouo

    No tenho respostas a dar ou perguntas a fazer

    Sou um rio, apenas um rio que corre

    um rio que desce.;.. Um rio,

  • que some entre a espessa Mata virgem

    e depois reaparece!

    *Marco Antonio Benassi Fontolan formado em Direito na USP, ps-graduao em Literatura Brasileira na PUC e Mackensie. Nasceu na cidade de Santa Cruz do Rio Pardo, SP. Tem participado de vrias antologias, inclusive foi premiado numa antologia de contos, editada pela Fundao Cassiano Ricardo, de So Jos Campos.

    Obras publicadas: Viajante do Tempo (poemas) e Pedaos de vero e outras histrias (contos).

    Ttulo

  • A poesia

    Marco Fontolan

    A poesia est em tudo Nos instantes do dia

    Na chuva que cai Na ventania.

    Em jardins inacessveis Em brejos lamacentos

    Em toda as coisas

    A poesia est no ar A poesia est no mar

    E mesmo que um dia., Nem venha a ser mais escrita Ainda assim, sempre existir.

    A poesia invisvel

    Ttulo

  • Haicais

    Marco Fontolan

    Luzes na neblina da estrada que cruza a serra

    num dia de maio

    Colheita de frutos de um cajueiro em flor...

    - imagem tropical

    Dezembro chegando dias contagiantes, alegres

    - festas e presentes

    Dezembro chegando chuvas de vero, intensas

    - Natal se aproxima

    Cesta com vrias frutas sobre a mesa da famlia

    - no final do ano

    Tempo de colheita de certas frutas tropicais, - caminho entre os ps

    Mangas caem pelo cho num dezembro radiante

    - muitas festas viro

  • No final do ano frutas, frutas... muitas frutas

    trabalho, colheita

    em uma esquina grande ip, deslumbrante

    - embeleza tudo...

    Na mata fechada uma embaba surge...

    - folhas prateadas...

    a lua caminha sobre uma rodovia - onde tudo corre

    no jardim, um jasmim perfuma a noite no vero

    - intenso aroma...

    Maracuj em flor l no meio do quintal

    - aroma e sabor

    Num canto do quintal mangas despencam do p

    - sobre o gramado

    canta o sabi entre as rvores do quintal

    como antigamente.

    Ttulo

  • RETALHOS DE UMA ALDEIA

    Luis da Mota Filipe*

    Aqui

    Onde o bom dia baila de boca em boca numa dana natural, as manhs brindam-nos com a pureza das gotas de orvalho.

    H cheiro a campos viosos e a perfumes que vivem nos estendais de roupa sempre que se encontram povoados.

    Os beirais acolhem sinfonias, anunciando a estao dos amores.

    O toque do sino na torre o orientador fiel para os que andam mimando as suas fazendas.

    Diariamente, em cada morada, fumegam iguarias saloias compondo buchas, merendas e ceias.

    Postigos gastos so enfeitados com a brancura da arte rendilhada.

    O rossio, o mirante, a sociedade, o chafariz, o rio e o poo, so os padrinhos briosos de algumas ruas e largos.

    Enquanto os ptios namoram com as travessas e os becos cobiam as ladeiras, bancos improvisados, aquecidos pelo sol, servem de palco aos temas da vida alheia.

    Agosto ms de branquear casas e muros, para que possam combinar com a pureza dos jardins de f que se carregam aos ombros.

  • Neste canto saboreia-se a tranquilidade, respirando-se das marcas seculares.

    Nesta terra que beija o cu, os dias morrem mais depressa e as noites nascem mais cedo.

    Na aldeia, todos so primos e primas. Os sorrisos e as lgrimas so comunitrios, partilham-se dores e alegrias.

    No se fantasiam sentimentos. Tudo mais autntico e a vida brota ao sabor dos versos apinhados de rimas de verdades.

    * (Anos Montelavar Sintra - Portugal)

    In:geoGRAFIA do Silncio, Edium Editores, 2010.

    Ttulo

  • MAIS UMA ESQUINA DE RUA

    Luis da Mota Filipe*

    No palco turvado das madrugadas enganosas, o cenrio avesso cor da esperana.

    Naquela esquina de rua, passos de provocao abafam o medo.

    As bonecas trajam vestes enaltecendo os seus contornos,

    h movimentos ensaiados que adivinham a aco relmpago.

    Os pssaros surgem agrestes num cntico de devaneio,

    pousando impacientes seus venenos poluidores.

    H vestgios que o lquido mais puro no branqueia nem apaga.

    Quando as manhs surgem sombrias nos corpos exaustos,

    lacrimosos rios fluem pelo deserto.

    A sede de amar maior que a vergonha.

    S este desejo,

    vai suavizando o seu divrcio da felicidade.

    *(Anos Montelavar Sintra Portugal)

    In geoGRAFIA do Silncio, Ed.Edium Editores, 2010.

    Ttulo

  • TEU JEITO

    Teu falar cativante,

    Teu cheiro agradvel,

    Teu olhar ternurento,

    Teu toque delicado,

    Teu abrao envolvente,

    Teu beijo doce,

    Teu amar encantador,

    Teu ser maravilhoso,

    Tua presena desejada

    ambicionada

    amada

    Luis da Mota Filipe

    (Anos Montelavar Sintra Portugal)

    Ttulo

  • NATURALIDADES

    Meus versos so os gritos de esperana

    Percorrendo um mundo de magia Frases que se embalam numa dana

    Lembrando o valor da ecologia

    Rimas so natureza em alvorada Cores da vida mais bela e s

    Gotas de um orvalho chegada Dum dia que comea na manh

    Tantas palavras que eu invento So as inspiraes do momento

    Com as quais me apetece brincar

    Histrias mil, feitas ao vento Entre alegria e o lamento

    Onde o ambiente eu vou amar

    Luis da Mota Filipe

    Ttulo

  • VOC LINDA!

    Jos Geraldo Martinez

    Tu s to linda senhora... No consegues enxergar?

    A doura que tens quando sorris, a meiguice que transborda em teu olhar...

    Tu s incrivelmente linda! Ainda que sem te arrumares... E nem te percebes, senhora,

    quando no espelho a te contemplares?

    Traos que mostram uma vida marcada de lutas vencidas?

    Os sonhos que eu te entrego no colo, que me foram de eterna guarida...

    Quando te vestes... Arrancas-me ainda arrepio! E teu cheiro de absinto...

    Apura-me o instinto esta loba no cio!

    Tuas mos quando me tocam... Meus pecados invocam, amada minha!

    E, ao teu gozo, entrego-te ao cu, mulher que amo... Com minha alma inteirinha!

  • No percebes a tua sensualidade? O poder que ainda tens nas mos?

    Quando me vs, ainda submisso a teus encantos, resignado e tal qual um co?

    No confias em ti? Na leveza que carregas no corao.

    Teu corpo, nem me lembro, esqueci... Vejo alm da carne que me entregas com paixo!

    Mulher, tu s linda! Tanto, tanto, tanto...

    A mim seja sempre bem-vinda, que o tempo ainda

    no conseguiu roubar teu encanto!

    09/05/2011

    Ttulo

  • ILUSO....

    Jos Geraldo Martinez

    Espera-me que no demoro! Sou uma iluso qualquer...

    Destas que no buscam um rosto ou colo, de quem na verdade as quiser!

    Desde que no me percam, um dia chego...

    Com vestes de sua imaginao! Por favor, no me cobrem realidade,

    sou apenas iluso!

    Deixarei meu rosto vocs esculpirem... E at meus lbios beijarem!

    Terei a cor dos olhos como quiserem, os cabelos como gostarem...

    Serei alto, baixo, mediano, no importa!

    Gordo, magro, careca... Um tipo que as agradam com certeza

    e suas fantasias emprestam!

    Serei poeta, bombeiro, policial, um super heri...

    Um personagem casual que, no virtual, seu libido constri!

  • Levarei-as nos braos gentilmente... E danaremos o quanto desejarem!

    Cantaremos noite a dentro alegremente, melodias com lindos luares...

    Faremos amor a bel prazer,

    onde nossas mentes nos levarem! No carro, no mar, no rio, no banheiro...

    Em todos os lugares!

    Sou a fantasia amiga do(as) sonhadores... No me cobrem a realidade!

    Sou pueril, efmera... Tenho o corpo da irrealidade!

    Sou de alguns as lgrimas e

    de outros a saudade... Vento nas mos que me apertam, daqueles que buscam a verdade!

    12/5/2011

    Sou nada, sou tudo ao mesmo tempo...

    Sem mim? Morreriam os sonhos! ( Martinez)

    [email protected]

    Ttulo

  • D-ME, SENHOR...

    Jos Geraldo Martinez

    D-me, Senhor, uma mulher cuja f consiga transformar-me inteiramente!

    E que me faa levantar dos tombos e, com meus prprios ps, no aprendizado seguir em frente.

    Uma mulher de Deus... Com resignao e sentimentos puros!

    Que eu farei com ela levantarem os ateus, incrdulos, ao Pai, to obscuros...

    D-me, Senhor, uma mulher bendita! Eu gritarei ao mundo teus ensinamentos e de

    minha f, tambm contrita... Levantarei os pecadores num s momento! D-me, Senhor, uma mulher de verdade, que as bainhas no tero mais espadas!

    Os conflitos estaro terminados, na fora viva desta mulher amada...

    D-me, Senhor, uma mulher Tua imagem e deste espelho serei cpia fiel!

    Quando nesta terra em pueril passagem possa nos receber ao teu lado, com glria ao cu...

    D-me, Senhor, uma mulher companheira, uma profeta poderosa!

    Serei capaz de enfrentar os canhes, tombar os soldados com buqus de rosas...

    Hei de edificar os teus santurios destrudos, o nosso mundo perdido!

    D-me, Senhor, uma mulher que eu ame o suficiente,

  • para me deixar mais perto de Ti.

    19/5/2011

    "Inspirado no belssimo texto de Oswald Chambers. "

    Leia o texto a seguir que o Poeta citou e se inspirou... belo demais....

    (colaborao da poeta Vera Mussi)

    "D-me um homem de Deus - um homem, Cuja f seja mestre de sua mente,

    E eu removerei todas as transgresses E abenoarei toda a humanidade.

    D-me um homem de Deus - um homem, Cuja lngua seja tocada com fogo do cu,

    E eu incendiarei os coraes mais impuros, Com grande determinao e desejos puros. D-me um homem de Deus - um homem,

    Um profeta poderoso do Senhor, E eu lhe darei paz na Terra,

    Conquistada com orao e no com espada. D-me um homem de Deus - um homem,

    fiel viso recebida, E eu edificarei seus santurios quebrados, E conduzirei as naes aos seus joelhos."

    (Oswald Chambers)

    Ttulo

  • AMANTE

    Merclia Rodrigues

    Cubro meu pudor com teu abrao, em noite de sensatez to pouca!

    Encontro ainda calor no teu abrao... Sinto teus beijos atrevidos em minha boca.

    Meu corpo responde a teu carinho,

    no aconchego sedutor de teus cabelos. Deixo fluir a chama de mansinho, evoluindo no ardor de teus apelos!

    Loucos! Loucos de paixo em desatino!

    Param as horas... Silencia o mundo . Dois corpos enlaados no carinho

    inebriados de prazer profundo.

    Somos um no vivido desvario. Abandono, ento todo pudor.

    Entrego-me completa, corpo em cio meu ser que responde ao teu calor!

    Arranca de mim esta entrega!

    Nada sei, pois a paixo me cega. Toma-me o corpo que te quer...

    Neste momento sou amante, sou mulher!

  • Owner: Eme Paiva Moderadoras: Anna Peralva, Marilda Ternura, Eliana (Shir)

    Midi: Aranjuez Mon Amour Tube: Nikita e Site Laumidia

    Arte e formatao Marilda Ternura

    Merclia Rodrigues nasceu no ms de junho em Monte Alto (So Paulo). Sendo a pequenina de uma famlia de cinco filhos cresceu na vila, no campo. Rodeada pela simplicidade das pessoas e o carinho dos seus. Sonhadora, conheceu Jos casou e com ele teve um casal de filhos. A menina ficou nas lembranas do passado... Nascia uma nova mulher, ave me protegendo e educando as crias num ninho de amor e ternura. Atualmente reside em Araatuba. Licenciada em Portugus exerceu o magistrio por aproximadamente trinta anos. Hoje se dedica poesia almejando a ampliao cultural e troca de conhecimento entre amigos. Seus poetas preferidos: Drummond, Fernando Pessoa, Ceclia Meirelles e Ferreira Gullar. Merclia a essncia pura da poesia, tem o dom de fazer com a gente embarque em seus versos e voe ao encontro dos seus sonhos... Tal encontro s possvel pelo lirismo potico, pela sensibilidade exposta em seu estilo singular de poetar. Ela conhece profundamente as variaes e movimentos de cada palavra, pois escreve com a alma!

    Anna Peralva

    Ttulo

  • AINDA O SONHO

    Merclia Rodrigues

    Fujo de conflito e inutilidades. Teimosa sou com a vida e acredito

    no hoje pleno de possibilidades, num amanh abrindo portas, bendito!

    Abrao o tempo sem qualquer tristeza e arrumo em sonhos a mala de viagem.

    Olho pra o futuro com a certeza de levar esperana na bagagem.

    Se me veem como maluca? Beleza! Quero olhar at o universo com coragem

    e ter gratido pela sua grandeza!

    Sei que, no final de sonhos em viagem, haveremos de ver, com sutileza,

    os que puseram sonhos na bagagem!

    [email protected]

    Ttulo

  • Arritmia

    Mrcia Possar*

    E foi assim, com um p na estrela. Foi querendo s-la

    que entreguei-me sua parecena.

    Deixei-me cintilar de seu brilho trepidante, para, quem sabe, ou at que pudesse,

    me ver volvel desse acaso, que foi dos meus acasos o maior e mais excedvel.

    Quis-me pauta

    para conter-te em d maior. Quis-me versos e odes.

    Quis-me leve, solta, para que, ainda que em preldio,

    pudesses ouvir-me dos teus acordes.

    Fiz-me brilho e calor, fiz-me msica e fiz-me musa

    para ouvir-te em declarao de amor! E ouvi teu canto... Meu encanto...

    Recanto de insensatez em noite de lua, onde me quiseste nua e eu... Quis-me tua!

  • Rua escura cheia de madrugadas, cheia de loucura,

    para sempre e inteira das tuas baladas.

    Chamadas... Foram as marcas da falta de ritmo

    daquela minha estrela louca. Centelha falta de mim, que me fazia cismar. Que me fazia pouca, para tanto desvairar,

    como se o que de anuncia em mim, no me fosse bastar.

    E foi assim que eu parti.

    Foi nessa trama, que o meu drama virou poesia.

    Foi nessa arritmia que chamei e ainda chamo por ti...

    *****************************

    *Nasceu em Santo Andr (Grande ABC Paulista) - SP no dia 30 de setembro de 1957, atualmente mora na Cidade de Uberaba - MG.

    Ttulo

  • Ontem, tanta felicidade

    Vera Mussi

    Tudo muda em funo do passado, to recente !

    O inesperado, a cada dia, alavanca nossas escolhas do presente

    Repleto de magia...

    O ontem no nos pertence a presena da "vontade ausente"

    nuvem passageira... transformando o momento em

    pensamento "sem eira nem beira..."

    O sentimento ignora ( joga fora)

    as lembranas de outrora... Agora, a emoo estrangeira!

    Da razo, simples a consequncia Fala-se de um Amor - ominisciente!!

    Na cor azul da transparncia... O corao continua reluzente

    As escolhas entre o Eu e o Tu, imanentes

    repelem o "Ns"- em contradio... Uma "vontade ausente"

    o fruto do adeus consciente, voz da iluso amante.

  • A divergncia entre o segredo e os fatos gritante!

    Vence o enredo dos boatos... Impertinentes!

    Foram sonhos inadimplentes Verdades incoerentes.

    Ontem, tanta felicidade!

    Hoje, nos caminhos distantes, morre a saudade de antes...

    "Bem que eu quis te ofertar meu destino, meu sonho,

    minha vida, e at mesmo esta efmera glria que desperdio a cantar nos versos que componho...

    Nada quiseste...E assim, os sonhos que viviam, se ontem, puderam ser um comeo de histria, hoje, so dois caminhos que se distanciam..."

    J.G.de Araujo Jorge

    Ttulo

  • PUDESSE EU SER...

    Carmo Vasconcelos

    Pudesse eu ser... A concha onde abrigas

    prolas de palavras inteis O cofre onde ocultas

    jias de pensamentos calados A nfora onde derramas

    cristais de lgrimas antigas

    Pudesse eu ser... Fasca e fogo

    na lenha hmida dos teus olhos Sol e Lua

    na sombra difusa do teu corpo Verde e gua

    na aridez do teu deserto

    Pudesse eu dizer... Perteno-te!

    *** (In "Geometrias Intemporais" - publicado em Maio/2000)

    Publicado no Recanto das Letras em 08/04/2005

    Cdigo do texto: T10392

    Ttulo

  • RESPONDE CORAO

    Gui Oliva

    Diga corao...responde neste curto espao,

    explique para mim, nesse entrelao do amor

    o que significa e o que se sente num abrao?

    mas no o disfarce em calor de amizade, por favor.

    bem verdade que, para bater,

    o amor tem de ser um grande amigo,

    mas ele s vezes pulsa um sofrer to dolorido,

    e nem sempre um amigo um amor antigo

    ento, diga corao sem mais demora,

    um abrao como um amasso prvio da massa?

    verdade que no seu descanso no cumpre hora,

    pois requisitado a embalar beijos, enquanto abraa?

    Confirme corao, se o amor continua a privilegiar

    entre os corpos, o enredo desse fio que no d n,

    quando os amantes sob os lenis vo se amar

    e braos, pernas e sexos se realizam sendo um s.

    Conte para mim corao se os gemidos bradados

    quando explodem chegam solitrios

    ou de um retesado abrao vm acompanhados?

    Finalmente corao me segrede agora, no cansao,

    aps o gozo final quando o silncio ronda os olhares,

    o at breve ou o adeus se faz, cada um vai embora

    ou permanecem por instantes, que parecem sculos,

    quentes e unidos em um novo e renovado abrao?

    concluo corao...tanta indagao s causa embarao!

    maro/2007

    www.vidaemcaminho.com.br

    Ttulo

  • O ltimo Grito!

    Carmo Vasconcelos

    Hoje apetece-me gritar! O tempo j se vai fazendo curto para soltar os meus ecos

    Limitado para esvaziar tantos gestos recalcados Exguo para extravasar tanto amor

    Urgente para toda me entregar No tentem sufocar-me, senhores! No mais calarei os meus ardores

    Direi "amo-te" a quem amo, direi "quero-te" a quem quero Beijarei a boca que me chama

    Enlaarei o corpo que me inflama Preguem-me os letreiros que quiserem

    Apelidem-me de tonta, idiota, ridcula se preferirem Estou-me nas tintas!

    Recuso-me a vestir essa farpela No condiz com a gentica da minha pele

    J abortei muitos abraos, embalsamei o corpo Deixei morrer fome filhos-beijos

    Congelei cios e desejos E matei nascena inocentes palavras de amor

    Basta! Mais assassinatos, no! Pouco me importam os eptetos!

    Tenho as costas largas, um peito imenso Dilatado de tantas emoes contidas

    No posso protelar tudo para outra encarnao A minha alma est em fim de gestao

    Placenta a rebentar de nados-mortos. Sonhos que calei

  • Passos que no dei, amores que no vivi Corre-me nas veias um rio de desafectos

    No me enjeitem os beijos, no me amarrem as mos No me devolvam carcias

    No aceito devolues! Deitem no lixo se vos forem de sobra

    Haver sempre os subalimentados que cataro delcias Nos contentores dos rejeitados

    No me impeam de gritar o amor Enquanto a matria vibre e tenha sangue e tenha voz

    Porque o amanh pode no passar de hoje E ser chegado o tempo de me levar de vs

    ***

    Janeiro/2007 [email protected]

    Ttulo

  • O Toque de Deus

    Vera Mussi Reflexo

    "Quando as cordas de minha vida se afinarem,

    a cada toque Seu soar a msica do amor." Rabindranath Tagore, O Corao de Deus

    Caminhei pelas veredas de tantas verdades! Busquei Deus em todas as esquinas...

    Encantadas poesias, peregrinas, Foram escritas

    Na alegria do amor, sem rimas...

    Entre as das e vindas... Tantas portas abertas ao lu...

    Quantas graas recebidas Milagres do cu!

    Nas manhs frias de abril A saudade febril

    Da felicidade espiritual!

    Meditei ... Meditei... Sobre as benos das dores

    Meditei...Presenciei... Um arco-ris de mil cores...

    Nas cordas deste corao...Soar

    A msica do Amor divino

  • Em sentimento...Ouvir A voz do destino...

    O toque de Deus...Reinar Sem julgamento!

    No mago da minh'alma H de restaurar a calma E... Alm ....Muito alm... A Paz do Supremo Bem!

    Vera Mussi 1de Julho / 2011

    http://www.veramussi.com.br/

    Poesias Especiais

    Ttulo

  • FOGO-PRESO Carmo Vasconcelos

    Tenho um poema atado na garganta, Como uma espinha aguda atravessada, Cingido ao fogo-preso que o no canta,

    Hirta a lngua, pla verve no largada.

    E a mgoa que bebi, por no ser pouca, Pela afronta, de fel envenenada,

    Traz ressaca de gelo minha boca, Pela amarga revolta no gritada.

    Porm, se ao rubro a mgoa se agiganta, Deitada ao gelo, breve desmanchada, E porque lisa a pena j no espanta.

    E liquefeito o mote, ento sustido,

    Corre a mgoa na verve deslaada, Vai-se a espinha, e o poema engolido!

    *** Lisboa/Portugal

    Set/13/2010

    *** http://carmovasconcelos.spaces.live.com http://carmovasconcelosf.spaces.live.com

    http://eisfluencias.ecosdapoesia.org/

    Ttulo

  • SBIO!

    Jos Geraldo Martinez

    Hoje eu lhe entrego a minha alegria... Somente agora a descobri!

    Foram tantas buscas mundo afora, na iluso intil que nos devora e

    voc esteve sempre aqui...

    Hoje eu lhe entrego meu sorriso livre... Tal qual dos homens aliviados!

    Um abrao que em minha busca eu nunca tive, que me deixasse feliz e confortado...

    Hoje, este que corre com voc na chuva, o menino que habita em todo homem...

    Feliz simplesmente! Ainda que a vida o tivesse reservado tantas surras!

    Nada a estranhar quando se passa dos cinquenta, tudo se reinventa...

    So poucas as coisas que nos parecem absurdas...

    Uma delas am-la s agora,

    quando o tempo to pequeno! que o amor este fato ignora, quando sublime, o sabemos...

  • Ah! Meu amor, se o mundo meu grito ouvisse:

    Feliz eu fui em minha juventude e lhe encontrando...

    Sbio eu fui em minha velhice!

    01/6/2011

    Ttulo

  • MINHA BANDEIRANTE!

    Jos Geraldo Martinez

    Hoje sou todo entrega...

    O melhor de mim est a tua frente!

    Com os braos abertos minha alma te espera...

    Entra!

    E te apossas de tudo que nela tem...

    Das infinitas noites estelares,

    onde abrigam os mansos luares,

    com praias intocadas e mares

    jamais visitados por algum!

    toda tua...

    Com cu azul nas alturas,

    onde voam os mandarins...

    Com manhs completamente nuas,

    a mostrarem a dana dos jasmins!

    Entra!

    E te apossas de tudo:

    Deste amor sublime a te esperar,

    livre, solto e leve...

    Coberto de entrega somente

    a esta mulher que acabou de chegar!

  • Tem frutos pendidos nos ps

    dos infinitos pomares esparramados...

    Com relva fresca a nos banhar os ps,

    por caminhos serpenteados!

    Hoje sou todo entrega...

    Faze de mim o teu banquete,

    o teu caf matinal!

    Cobre-me com flores em ramalhetes,

    de meu corpo o teu quintal...

    Sou aquele que mais te amou

    sobre esta msera terra!

    Onde a alma te entregou

    virgem, pura e bela...

    s minha bandeirante!

    Faze de minha alma teu recanto hospedeiro...

    Eterniza em ti este sublime instante,

    marcado por um amor d'antes,

    desbrava-me inteiro!

    12/6/2011

    " dentro de cada um que todas as perguntas so respondidas e todos os sonhos se

    realizam...

    Existe a uma luz que lhe mostra o caminho e que

    faz acontecer o melhor."

    (A.D)

    Ttulo

  • O POETA, A TICA E O FINGIMENTO

    POETA ALCEU SEBASTIO COSTA So Paulo, 16 de janeiro de 2002

    Finjo que sou fingidor,

    Como o falso poeta Se faz arauto do amor.

    Assim, at oculto a dor Do cotidiano, da vida,

    Qual mscara colorida.

    Fazer poesia fingida, Por mero fingimento frio, Me fere, me constrange, Pois, da tica, ao arrepio.

    Se me chamam poeta, Apenas fingindo louvor, aval que me atesta Ser poeta e fingidor.

    Se, por conta do original,

    Eu j nasci em pecado E, do amor, fui perdoado, Por fingimento culposo,

    Como seria eu onerado?

    Fingir que sou fingidor, Confesso, no me afeta,

    S quero manter in albis A minh`alma de poeta.

    Ttulo

  • SOU MAR Gui Oliva

    Sou como ele j cantado em poesia, selvagem, insubmisso,rebelde e calmo, brumas nesse vem e vai,voltas da vida

    e ondas que se desmancham em espumas.

    Sou seu mergulho fundo a recitar um salmo, margem tento encontrar os ps descalos,

    com fora bato nos costes e sigo no encalo das mars mansas,a encontrar quem beijo e salgo.

    Sou as guas espelho dos voejos de gaivotas, sou parte de um porto que espera ser seguro,

    e quero sempre ser um mar do amor que clamo,

    se insano lanar tempestade em minhas grotas, sou mar dos desenganos,no tempo escuro viro um oceano de perdas...um mar profano.

    Santos/SP 01/07/07

    Versos revisados em 2010

    http://www.guioliva.com.br

    Ttulo

  • Nas mos de Deus

    Vera Mussi Reflexo

    Eu segurei muitas coisas em minhas mos, e perdi tudo; mas, tudo que eu coloquei nas mos de Deus, eu ainda possuo.

    Martin Luther King

    No passado conquistei afetos queridos Dividi anseios amadurecidos

    Sonhei sonhos, j esquecidos...

    Tantos amores rejuvenescidos foram mantidos por tanto tempo...

    Segurei em minhas mos frgeis e pueris...

    Pensei ... Em horas inteis...

    Pensava...

    Pensava ter conservado eternos os antigos valores...

    Grande aprendizado De todas as cores...

    Estavam todos em meu poder

    Eram todos passageiros, bem distantes do verdadeiro Ser!

    Em pleno viver terreno

  • Eternamente sereno... Sem qualquer compromisso

    Por isso... Perdi tudo!

    At o imenso "silncio" fez parte desse "tudo" que eu no consegui

    colocar nas mos de Deus... No entendi o porqu!

    Mudei a rotina, mais uma vez!

    Aos poucos me convenci

    de que somente a essncia purificada,

    colocada nas mos de Deus, tornar-se-ia a joia preciosa,

    lapidada por Ele, cujo brilho incomparvel

    haveria de iluminar a vida de todos aqueles que se envolveram

    em minha vida, de valor inestimvel!

    Agora, tudo possuo! Nada mais desejo!

    Vera Mussi 03.08.2011

    18:00 hs

    http://veramussi.com.br/

    Ttulo

  • O TOQUE DAS MOS

    (Prece de uma Reikiana)

    Lda Mello

    Pai, sou parte de um todo,

    mergulhada na imensido csmica, no lugar em que preciso que eu esteja.

    Que eu permanea ao Teu servio,

    em comunho com todas as criaturas.

    Ilumina a minha mente e o meu esprito, para que eu trilhe os caminhos

    da serenidade e do discernimento.

    Purifica o meu corao para que a energia que passe atravs dele,

    em direo s minhas mos, continue repleta do Teu Amor.

    Pai, abenoa as minhas mos

    para que elas sejam mensageiras da Tua Paz e do Teu Bem.

    Que elas sejam suaves e acolhedoras

    na distribuio dos Teus dons.

  • Que elas levem a luz da Tua harmonia

    aos seres por elas tocados.

    Que elas conduzam at meus irmos a Tua amorosa energia de cura.

    Que as minhas mos sejam instrumentos

    da manifestao do Teu infinito Amor.

    Assim seja!

    Arapiraca (AL) - Brasil

    Ttulo

  • Coisas da Vida... Onde a Morte jamais alcana!

    Vera Mussi 21.08.2011

    Em momentos de esperana musicada

    Entrego tudo nas mos do destino... Fao das horas...

    A meditao predestinada Tudo o que foi outrora

    Se repete nesse momento divino!

    Um amor que no morre Renasce a cada instante...

    Nos espaos siderais... Sempre cantante!

    O sonho...

    Nunca fenece Desde o amanhecer...

    De outra forma, acontece... Deseja sobreviver!

    Coisas da Vida... Bem vivida Pensamentos...Espirituais

    Virtudes celestiais Sentimentos de esperana...

    Sublimando a Boa Sorte Onde a Morte... Jamais alcana!

    ****

    Ttulo

  • Procura

    Rose Mori

    Mergulhei fundo no passado

    procura do meu eu mais profundo, numa tentativa de resgatar

    os sonhos e as iluses que a vida arrebatou...

    Procurei inutilmente Por minha auto confiana,

    Por meu amor prprio Por minha f perdida...

    Remexi lembranas no fundo da mente...

    vasculhei recordaes no imenso emaranhado

    de minhas emoes e no encontrei nenhum vestgio

    do que sou hoje. A nica sombra que me acompanhou

    nesta jornada interior, foi a nossa histria

    que ainda hoje faz histria na insensatez de meu corao.

    Ttulo

  • MIRANTE Lda Mello

    Assento-me no topo do mirante do tempo.

    Meus sonhos foram barco singrando o teu mar de mars oscilantes.

    Sorvo o ar impregnado do mistrio que existe no vaivm das ondas, entre o luar e a aurora

    dos teus caprichos.

    A esteira de espuma o que resta do teu barco

    rasgando as guas, no oceano insondvel

    dos teus desejos.

    Deixo que a brisa suave que movia as minhas iluses reconduza-me, mansamente,

    para as guas tranquilas do meu porto e remanso.

    Arapiraca (AL) Brasil

    Ttulo

  • CONTEMPLANDO O REDENTOR

    Alceu Sebastio Costa

    Procuro entre as rvores o responsvel, O iluminado, o arquiteto amvel,

    Que me deu a viso e o objeto desejado, O prazer do tato mesmo sem t-lo tocado, Distribuiu as cores pelos campos e colinas, Fez do verde a esperana de quem sonha,

    ( De azul revestiu o firmamento ) De branco Sua imagem no alto da montanha,

    Na moldura, contrastando com a mata, Tufos de algodo, nuvens alvas, cena rara,

    Privilegiado contemplo de perto esse quadro, No sei se choro, se rio, se estou mesmo acordado,

    De dia ou de noite, no importa a hora, Como o cuco, embora mudo, me ponho l fora, Na sacada, ergo os olhos, agradeo em orao

    Ser sensvel, poder captar tanta vibrao, Em sintonia com essa fora que emana l de cima,

    Fao versos retratando a aura desse clima, Ousado, peo inspirao para brind-Lo com rima.

    Prezada Amiga Michle,

    Encantado com suas fotos do Redentor, lembrei-me deste poema, que fiz h bastante tempo, inspirado na rplica, muito

    menor que o original, existente em Serra Negra-SP.

    Estava guardada para voc, no acha?

    Bjs.

    Alceu

    Ttulo

  • Reencarnaes Jenny Londoo*

    "Eu venho desde ontem, do escuro passado e esquecido

    com as mos amarradas pelo tempo, e a boca selada das pocas remotas.

    Venho carregada das dores antigas,

    Guardadas por sculos, arrastando correntes longas e indestrutveis

    Eu venho da obscuridade, do poo do esquecimento, com o silncio nas costas,

    do medo ancestral que tem corrodo a minha alma desde o princpio dos tempos

    Venho de ser escrava por milnios,

    escrava de maneiras diferentes: submetida ao desejo de meu raptor na Prsia,

    escravizada na Grcia pelo poder romano, convertida em vestal nas terras do Egito, oferecida aos deuses em ritos milenares,

    vendida no deserto ou avaliada como uma mercadoria

    Eu venho de ser apedrejada por adltera nas ruas de Jerusalm,

    por uma multido dos hipcritas, pecadores de todas as espcies,

    que clamavam aos cus pela minha punio

  • Tenho sido mutilada em muitos povos para privar o meu corpo dos prazeres

    e convertida em animal de carga trabalhadora e parideira da espcie

    Tm-me violado sem limites,

    em todos os cantos do planeta, sem levarem em considerao a minha idade madura

    ou juventude , minha cor ou estatura

    Tive que servir ontem aos senhores, submeter-me aos seus desejos,

    entregar-me,doar-me, destruir-me para esquecer-se de ser uma entre milhares.

    Fui cortes de um senhor em Castilha,

    Esposa de um marqus E concubina de um comerciante grego, Prostituta em Bombaim e nas Filipinas E esse tratamento foi sempre igual.

    De um e de outros sempre fui escrava,

    De um e de outros sempre fui dependente, menor de idade em todos os assuntos,

    Invisvel na Histria mais antiga e esquecida na Histria mais recente

    No tive a luz do alfabeto

    Durante muitos sculos, reguei com as minhas lgrimas a terra que devia cultivar desde a infncia.

    Tenho percorrido o mundo em milhares das vidas

    que me tm sido entregues uma a uma e tenho conhecido todos os homens do planeta:

    Os grandes, os pequenos, os bravos e cobardes, Os vis, os honestos, os bons e os terrveis

    Mas quase todos levam a marca do tempo

    Uns manejam vidas como patres e senhores, Asfixiam, aprisionam e aniquilam

    Outros subjugam almas, comercializam com ideias

    assustam ou seduzem manipulam ou oprimem

    Conheo-os a todos.

    Estive perto de uns e de outros Servindo cada dia,

    Recolhendo migalhas, Humilhando-me a cada passo,

    cumprindo o meu karma

  • Tenho percorrido todos os caminhos

    arranhando paredes, ensaiando silncios tratando de cumprir as ordens de ser

    como eles querem, mas no tenho conseguido

    Jamais foi permitido que eu escolhesse

    O rumo da minha vida. Tenho caminhado sempre em disjuno

    entre o ser santa ou prostitua

    Tenho conhecido o dio e os inquisidores que em nome da santa madre igreja

    condenam o meu corpo ao seu servio s infames chamas da fogueira.

    Tm-me chamado de mltiplas maneiras:

    Bruxa, louca, adivinha, pervertida, aliada de Sat, escrava da carne, sedutora ninfomanaca

    culpada de todos os males da Terra

    Mas segui vivendo, arando, colhendo, costurando, construindo, cozinhando, tecendo, curando, protegendo, parindo, criando, amamentando, cuidando

    e, sobretudo, amando

    Tenho povoado a Terra de senhores e escravos, de ricos e mendigos, de gnios e idiotas, mas todos tiveram o calor do meu ventre,

    meu sangue e seu alimento e levaram com eles um pouco da minha vida

    Consegui sobreviver conquista brutal e sem piedade

    de Castilha nas terras da Amrica. Mas perdi meus deuses e a minha terra

    e meu ventre pariu gente mestia depois que o meu patro me tomou fora

    E neste continente mestio prossegui a minha existncia

    carregada de dores quotidiana negra e escrava . No meio da fazenda me vi obrigada

    A receber o patro quantas vezes ele quisesse Sem poder expressar nenhuma queixa

    Depois fui costureira,

    camponesa , servente , agricultora Me de muitos filhos miserveis,

    vendedora ambulante, curandeira, bab,cuidadora de velhos,

    artes de mos prodigiosas, tecel bordadeira,

  • operria, professora, secretria, enfermeira.

    Sempre servindo a todos convertida em abelha ou semeadeira,

    fazendo as tarefas mais ingratas, moldada como uma jarra por mos alheias

    Vieram milhes de mulheres juntas escutar a minhas queixas. Falou-se de dores milenares,

    dos enormes grilhes que os sculos nos fizeram carregar nas costas

    e formamos com todos os nossos lamentos um caudaloso rio

    que comeou a percorrer o Universo, afogando a injustia e os esquecimento

    O mundo ficou paralisado,

    os homens e mulheres no caminharam. Pararam as mquinas, os tornos, os grandes edifcios e as fbricas,

    ministrios e hotis, oficinas, hospitais, e lojas e lares e cozinhas

    Ns mulheres finalmente descobrimos:

    Somos to poderosas quanto eles E somos muito mais numerosas sobre a Terra!

    Mais que o silncio, mais que o sofrimento, Mais que a infncia e mais que a misria!

    Que este cntico ressoe

    nas longnquas terras da Indochina nas clidas areias de frica,

    no Alasca e na Amrica Latina

    Proclamando a igualdade entre os gneros Para construir um mundo solidrio

    -diferente, horizontal, sem poderes - a conjugar a ternura, a paz e a vida a beber da cincia sem distino.

    A derrotar o dio e os preconceitos,

    O poder de uns poucos, as mesquinhas fronteiras, a amassar com as mos de ambos os sexos,

    o po da existncia ".

    *Este poema obteve o 1 premio em 1992 no concurso de poesia Gabriela Mistral, em

    Quito Equador. A autora, Jenny del Pilar Londoo Lpez, nasceu em 1952 em

    Guaiaquil no Equador. professora, sociloga, ativista na luta pelos direitos e igualdade

    entre homens e mulheres.

    Ttulo

  • Jaime les roses Armando Ribeiro

    Jaime les roses pour leur lgance

    Leur sourire dans tes yeux Jaime les roses pour leur fragrance

    Et pour ton sourire heureux

    Je ne voudrais ni couleur ni parfum Ce quelles sont me suffit

    Et ce bonheur me convient Comme le jour la nuit

    Et puis tant pis si elles blessent Quon puisse pleurer de chagrin Quand leurs pines on caresse

    On ne pense qua leur bien

    Et on senfuit peut-tre ailleurs Seul lindiffrence nous blessure Puis le cur chagrin en pleure Au point de solitude on suture

    Mais je les aime pour leur beaut Puis pour bien des mots et choses

    Mais surtout pour leur fragilit De ntre que des roses

    Photo: Michle

    Ttulo

  • MADRUGADA Lda Mello

    Como falar da estrada percorrida, Se o nada chegada v do agora?

    Este cansao que esmaece a vida velho porto onde meu barco ancora.

    Te via em tudo, atravs do nada, Um sonho amado de cada momento.

    luz do sol, na noite enluarada, Presente estavas no meu pensamento.

    Distante vai o tempo em que a esperana Luzia o corao e, na lembrana,

    Suave encanto, cuidado como a flor.

    S saudades so as fiis companhias Das noites solitrias e vazias.

    O que restaram de um sonho de amor.

    Arapiraca (AL) - Brasil

    Ttulo

  • BEM-VINDA ESTAO OUTONO

    Alceu Sebastio Costa

    Outono,

    Horizonte clareando.

    No meu jardim,

    Pssaros e flores,

    Muita alegria para mim.

    Quaresma,

    Sexta da Paixo.

    Na roseira,

    Bela e faceira,

    A flor em boto.

    Feriado,

    Ao descanso guardado.

    Na hera sobre o porto,

    A passarinhada, engalanada,

    Solta o canto em orao.

    Natureza,

    Encanto e mistrio.

    No firmamento,

    Movem-se as nuvens em desalinho,

    Fustigadas pelo vento daninho.

  • Amizade,

    Paz e Amor.

    Na Poesia,

    Homens e pssaros, em harmonia,

    Unem suas preces ao canto da Ave Maria.

    Outono,

    Folhas mortas pelo cho.

    No calendrio,

    A paixo, a morte e a ressurreio,

    Cenrio outonal da Renovao.

    Ttulo

  • OUTONO

    Merclia Rodrigues

    Sempre as estaes se repetem ... Vai-se a primavera florida .

    Os ventos ento se arrefecem Hibernam-se a natureza e a vida .

    Assinalam as rvores em descanso, Deixam cair a folhagem no leito,

    tm a caule nu e desfeito aquietam-se no sono em remanso .

    Da janela espio o tempo ... Perfeita a me natureza ,

    D-lhe na viglia um momento .. A ramagem toda em nudez aduba o solo em riqueza

    dorme a vida esperando a vez !

    [email protected]

    Ttulo

  • Estao alegria!

    Autora: Lda Yara Motta Mello

    Esquece espinhos, h jardins floridos!

    Os tons da vida, festejando o amor!

    Sementes mortas geram coloridos

    Que, irreverentes, banham cada flor.

    Escuta do riacho o suave rumor,

    Qual melodia deleitando ouvidos.

    Esquece espinhos, h jardins floridos!

    Os tons da vida, festejando o amor!

    F renovada, males esquecidos,

    Entoa um hino, um canto de louvor,

    Um brinde vida, em tons agradecidos.

    Um novo tempo, doce e aquecedor.

    Esquece espinhos, h jardins floridos!

    Foto original: Maria Teresa Mathieu (Paris)

    Ttulo

  • BONS AMIGOS (vulgo) Ttulo: Benditos

    por Isabel Machado*

    Abenoados os que possuem amigos, os que os tm sem pedir. Porque amigo no se pede, no se compra, nem se vende. Amigo a gente sente!

    Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar. Porque amigo no se cala, no questiona, nem se rende. Amigo a gente entende!

    Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar. Porque amigo sofre e chora. Amigo no tem hora pra consolar!

    Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade. Porque amigo a direo. Amigo a base quando falta o cho!

    Benditos sejam todos os amigos de razes, verdadeiros. Porque amigos so herdeiros da real sagacidade. Ter amigos a melhor cumplicidade!

    H pessoas que choram por saber que as rosas tm espinho, H outras que sorriem por saber que os espinhos tm rosas!

  • *Isabel Machado Nota:

    a) Esta frase final no poema de Isabel Machado nada tem a ver com o estilo

    de Machado de Assis, procure ler: As Rosas/Crislidas

    b) vem sendo atribuda a Confcio: "There are people who cry knowing roses have

    thorns. Others smile because thorns have roses. (Confucius) e ao personagem de Tom Wilson o "Ziggy"

    NO CONSTA em: Obras Completas - Machado De Assis

    Editora Nova Aguilar

    "No amigo aquele que alardeia a amizade: traficante; a amizade sente-se,

    no se diz... (Machado de Assis) In: Joias do Pensamento Brasileiro

    Ed. Tecnoprint S.A

    p. 38

    Fonte: http://www.recantodasletras.com.br/

    Ttulo

  • Doce morrer em cada dia... Vera Mussi

    Reflexo

    "Quando aprendi todas as respostas da vida, mudaram as perguntas."

    Charles Chaplin

    Meditei, fechei os olhos e abri o corao... Quantas vezes pensei

    Ter alcanado a maturidade da sabedoria.

    Nunca imaginei que teria algo mais a aprender.

    Segui em frente ...Sem receios nem recusas

    Para continuar a viver intensamente

    Doce morrer em cada dia...

    To somente!

    Conhecidas as "respostas da vida"

    Novas propostas!

    Das utopias a vencer

    Tantas mais ...a conhecer...

    Em meio a tantas iluses, todas juntas,

    ... "mudaram as perguntas"

    Renascidas as alegrias

    Mudaram as fantasias...

    Na estranha fuga da emoo tardia

    Doce morrer em cada noite vazia...

  • A cada momento...

    A felicidade exigia mais conhecimento

    O pensamento seguia atento!

    Foi preciso responder quelas perguntas

    Em cada escolha havia vida, muita vida

    Doce morrer em cada histria vivida...

    Em busca de tanto sentimento, em ao,

    Nada foi em vo...

    - Havia retribuio de um corao encantado

    Mero sonho, ainda no sonhado...

    Raro sentimento guardado

    Um afeto enamorado

    De repente, somente para sobreviver,

    Um amor inusitado!

    Doce morrer em cada sonho apaixonado

    Sublime aprendizado!

    Enquanto desejarmos viver

    O eterno bem querer

    Seremos o que almejamos ser

    Para algum...Suave alegria...

    Num instante... deveras amante

    - Doce morrer em cada dia...

    To somente!

    Vera Mussi

    28.05.2012

    Fotos de imagem: Michle Christine Praa da Liberdade/BH/MG

    Ttulo

  • Cantos da Alma Lda Mello

    Os versos tornam reais as iluses,

    em sutil confronto s mgoas vividas. Abrandam as dores das desiluses,

    Transformam em rimas as lgrimas contidas.

    Canto dorido, s vezes de saudade, Versos voejam ao sabor da iluso, O pensamento, em cumplicidade,

    Constri seu mundo, lava o corao.

    Navega em guas onde a dor se esvai, Lavando a alma em quimeras distantes,

    Invade trilhas e caminhando vai Cobrindo os rasgos das mgoas de antes.

    Arapiraca (AL) - Brasil

    Ttulo

  • A MINHA ROSA AMARELA

    Alceu Sebastio Costa

    Pela janela, contemplo a rosa amarela.

    Meu Deus, que criatura mais bela!

    At a borboleta faz reverncia para ela!

    Acariciada pela leve corrente do vento,

    Que lhe imprime delicado movimento,

    No meu jardim, prima-dona do momento.

    Obrigado, Senhor, por esta oportunidade

    De poder estar prximo de tal preciosidade,

    Rastro de seduo no caminho da felicidade.

    Na verdade, amo flores de todas as cores,

    Assim como poeto com rimas multicoloridas,

    Pois o Criador no nos concebeu pecadores,

    Tampouco detratores de nossas prprias vidas.

    Aquela bela rosa amarela, que olho com admirao,

    Amanh pode estar murcha, ptalas pelo cho,

    Mas a imagem presente que guardo no corao. Fevereiro/ 2009

    Ttulo

  • "Amigo quem te d um pedao de cho,

    quando de terra firme que precisas;

    Ou um pedacinho de cu,

    se o sonho que te faz falta... "

    (Marcelo Batalha)

    AMIGO

    Carmo Vasconcelos

    Amigo, as minhas mos so tuas,

    Cavalgam no luar das tuas luas,

    Aquecem no sol que te bafeja...

    Navegam no mar das tuas mgoas,

    Remam contigo por mars e frguas,

    Unem-se para orar a Deus que te proteja.

  • E o meu maior desejo estar contigo,

    s tu que me ds consolo e abrigo,

    Quando dos meus olhos corre o choro...

    Que me aconchegas suave no teu peito,

    Se de tristeza e amor insatisfeito,

    Sofro... E na tristeza me demoro.

    Por isso te dou as minhas mos,

    Faamos a viagem como irmos,

    De mos dadas nas pedras do caminho...

    E quando a nossa mente desnorteia,

    Que seja o meu amor tua candeia,

    Que seja a minha luz o teu carinho!

    ***

    Lisboa/Portugal

    http://carmovasconcelos.spaces.live.com

    Ttulo

  • CARTA POTICA

    Eugnio de S

    A ti, mulher, que a tua vida abriste Pra consolares estalma amargurada,

    A ti, que no meu peito j dormiste E ali te sentes calma e sossegada;

    A ti, amante querida e desvelada Que me velas o sono de poeta

    E cuidas que na asctica morada Residam as memrias mais provectas;

    A ti, que me deslumbras os recantos Onde a poesia em meu ser se esparsa,

    Quero dizer que me nutres de encantos;

    Com a tua ternura os males me apartas Que dutros horizontes so quebrantos Volatizados no amor com que me fartas

    Ttulo

  • Eterno Amanhecer Vera Mussi

    Nesse belo amanhecer Dei voltas ao meu ser E descobri como viver A ltima recordao...

    Sem revoltas nem paixo!

    Este corao, to amado, Herdou do lindo passado A solido, sem desejos,

    Todas lembranas Demoradas esperanas

    Encantadas poesias, Tantas alegrias!

    E...

    Sob o olhar de um dia feliz Ousou amar novamente,

    Replantar a nova raiz Sinceramente...

    E com razo,

    Deu vida emoo Decidiu... Ouvir o corao

    Simplesmente...

  • O futuro, Quando vier a ser vivido

    Tudo ser bem-vindo Enquanto amor houver No eterno amanhecer!

    Vera Mussi 20.07.2012

    ____________________________________________________

    "Nossa vida uma sequncia de eventos e no um desenrolar de desejos..."

    Luiz Felipe Pond

    Ttulo

  • EU SOU Lda Mello

    Eu sou o que sou.

    Hoje, o que no fui ontem

    e o que no serei amanh.

    Um ser mutante

    em contnua viagem

    pelas avenidas do tempo,

    no roteiro das descobertas,

    buscando, em cada agora,

    as respostas que sinalizem

    para o que vim e para onde irei.

    Eu sou

    a obra inacabada

    burilando, continuamente,

    os traos que a completem.

    A luz e a sombra,

    o acre e o doce

    o osis e o deserto,

    o ser e o no ser

    o erro e o acerto,

    a causa e o efeito

    das minhas escolhas.

    Eu sou

    o sentimento que arrisco,

    a emoo que me permito,

    a palavra que profiro,

    o silncio que guardo,

    a idia que transmito,

    o pensamento comprometido

    com a histria que escrevo.

    Arapiraca (AL) - Brasil

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  • OS SONS DA CIDADE Johayna Soares Merlin

    Rudos me embalam ao anoitecer. Outros me chamam, antes do amanhecer.

    Sons coloridos, doloridos, de uma cidade perdida beira do deserto

    e invadida pela areia em cada nesga do seu ser!

    Ao longe, o trnsito reclama, se zanga, grita e buzina! Mais perto sussurra o vento,

    levantando das palmeiras os trepidantes braos, e derrubando tmaras que se espalham, gemendo,

    entre pedras duras como ao!

    A voz do Imn onipresente, convoca, imperiosa, a cada dia, quase a cada hora, seus fiis prece.

    Mantos e tnicas obedecem e se prostram, louvando seu profeta! Gritos ecoam, cidade afora e ns,

    Que para eles no passamos de impuros infiis, fora de ouvi-los, nos vemos obrigados a pensar

    num deus que no o nosso, e a pedir perdo pelos pecados de outros!

    O mar, em sua verde pureza, violado por frgeis barcas coloridas, e protesta, em repetidos brados, a tortura das criaturas

    que aos milhares so extirpados de seu bojo e deixam, nas guas agitadas, a essncia de uma vida abandonada!

  • Rebanhos atravessam o corao da cidade, e seus balidos tristes anunciam o desejo de estar longe, e livres,

    perdidos no verde dos campos, e no empurrados nessa mistura seca e incongruente, de asfalto, conchas e areia ardente!

    Gemidos indecifrveis expressam sua angstia, cortando a noite,

    e toda a dor de infantes ou felinos maltratados e famintos neles se reflete e em pedaos se quebra provocando em mim estilhaos de dor,

    face derrota de saber no poder amenizar a pena, e diminuir o sofrimento daqueles que ouo gemer!

    Enquanto esses mltiplos rudos se recortam,

    maltratando uma cidade dolorida, que no ousa esperar, a lua se esconde e grita, aflita,

    pela cidade que no se sabe se maldita ou bendita!

    Nouakchott, Maio 2012

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  • O Menino Que Carregava gua Na Peneira

    Manoel de Barros*

    Tenho um livro sobre guas e meninos.

    Gostei mais de um menino

    que carregava gua na peneira.

    A me disse que carregar gua na peneira

    era o mesmo que roubar um vento e sair

    correndo com ele para mostrar aos irmos.

    A me disse que era o mesmo que

    catar espinhos na gua

    O mesmo que criar peixes no bolso.

    O menino era ligado em despropsitos.

    Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.

    A me reparou que o menino

    gostava mais do vazio

    do que do cheio.

    Falava que os vazios so maiores

    e at infinitos.

    Com o tempo aquele menino

    que era cismado e esquisito

    porque gostava de carregar gua na peneira

  • Com o tempo descobriu que escrever seria

    o mesmo que carregar gua na peneira.

    No escrever o menino viu

    que era capaz de ser

    novia, monge ou mendigo

    ao mesmo tempo.

    O menino aprendeu a usar as palavras.

    Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.

    E comeou a fazer peraltagens.

    Foi capaz de interromper o voo de um pssaro

    botando ponto final na frase.

    Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.

    O menino fazia prodgios.

    At fez uma pedra dar flor!

    A me reparava o menino com ternura.

    A me falou:

    Meu filho voc vai ser poeta.

    Voc vai carregar gua na peneira a vida toda.

    Voc vai encher os

    vazios com as suas

    peraltagens

    e algumas pessoas

    vo te amar por seus

    despropsitos.

    *Manoel Wenceslau Leite de Barros nasceu em Cuiab (MT) no dia 19 de

    dezembro de 1916. Atualmente mora em Campo Grande (MS). advogado,

    fazendeiro e poeta.

    Ttulo

  • Manoel de Barros

    COLETNEA ESCOLHIDA Nove poemas

    Vento Manoel de Barros, em Poemas Rupestres

    Se a gente jogar uma pedra no vento Ele nem olha para trs. Se a gente atacar o vento com enxada Ele nem sai sangue da bunda. Ele no di nada. Vento no tem tripa. Se a gente enfiar uma faca no vento Ele nem faz ui. A gente estudou no Colgio que vento o ar em movimento. E que o ar em movimento vento. Eu quis uma vez implantar um costela no vento. A costela no parava nem. Hoje eu tasquei uma pedra no organismo do vento. Depois me ensinaram que vento no tem organismo. Fiquei estudado.

  • No aspro Manoel de Barros, em Poemas Rupestres

    Queria a palavra sem alamares, sem chatilenas, sem suspensrios, sem talabartes, sem paramentos, sem diademas, sem ademanes, sem colarinho. Eu queria a palavra limpa de solene. Limpa de soberba, limpa de melenas. Eu queria ficar mais porcaria nas palavras. Eu no queria colher nenhum pendo com elas. Queria ser apenas relativo de guas. Queria ser admirado pelos pssaros. Eu queria sempre a palavra no spero dela

    .

    A maior riqueza do homem a sua incompl...

    Manoel de Barros

    A maior riqueza do homem a sua incompletude. Nesse ponto sou abastado. Palavras que me aceitam como sou - eu no aceito. No aguento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa vlvulas, que olha o relgio, que compra po s 6 horas da tarde, que vai l fora, que aponta lpis, que v a uva etc. etc. Perdoai Mas eu preciso ser Outros. Eu penso renovar o homem usando borboletas.

  • Experimentando a manh dos galos Manoel de Barros

    ... poesias, a poesia - como a boca dos ventos na harpa nuvem a comer na rvore vazia que desfolha a noite raz entrando em orvalhos... floresta que oculta quem aparece como quem fala desaparece na boca cigarra que estoura o crepsculo que a contm o beijo dos rios aberto nos campos espalmando em lacres os pssaros - e livre como um rumo nem desconfiado...

  • Poesias rupestres Manoel de Barros Um passarinho pediu a meu irmo para ser sua rvore. Meu irmo aceitou de ser a rvore daquele passarinho. No estgio de ser essa rvore, meu irmo aprendeu de sol, de cu e de lua mais do que na escola. No estgio de ser rvore meu irmo aprendeu para santo mais do que os padres lhes ensinavam no internato. Aprendeu com a natureza o perfume de Deus seu olho no estgio de ser rvore aprendeu melhor o azul. E descobriu que uma casa vazia de cigarra esquecida no tronco das rvores s serve pra poesia. No estgio de ser rvore meu irmo descobriu que as rvores so vaidosas. Que justamente aquela rvore na qual meu irmo se transformara, envaidecia-se quando era nomeada para o entardecer dos pssaros e tinha cimes da brancura que os lrios deixavam nos brejos. Meu irmo agradecia a Deus aquela permanncia em rvore porque fez amizade com muitas borboletas."

    O copo Manoel de Barros, em Poemas Rupestres

    Estava o jacar na beira do brejo tomando um copo de sol. Foi o menino E tascou um pedra No olho do jacar. O bicho soltou trs urros E quebrou o silncio do lugar. Os cacos do silncio ficaram espalhados na praia. O copo de sol no rachou nem.

  • Poesias rupestres Manoel de Barros

    Queria a palavra sem alamares, sem

    chatilenas, sem suspensrios, sem

    talabartes, sem paramentos, sem diademas,

    sem ademanes, sem colarinho.

    Eu queria a palavra limpa de solene.

    Limpa de soberba, limpa de melenas.

    Eu queria ficar mais porcaria nas palavras.

    Eu no queria colher nenhum pendo com elas.

    Queria ser apenas relativo de guas.

    Queria ser admirado pelos pssaros.

    Eu queria sempre a palavra no spero dela.

    Cano do ver 5 Manoel de Barros, em Poemas Rupestres

    E com o seu olhar furado de nascentes O menino podia ver at a cor das vogais - como o poeta Rimbaud viu. Contou que viu a tarde latejar de andorinhas. E viu a gara pousada na solido de uma pedra. E viu outro lagarto que lambia o lado azul do silncio.

    Manoel de Barros

    Escrever nem uma coisa Nem outra - A fim de dizer todas - Ou, pelo menos, nenhumas. Assim, Ao poeta faz bem Desexplicar - Tanto quanto escurecer acende os vaga-lumes.

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  • Um breve suspiro Sylvia Cohin

    To sbio o Tempo que no se repete, guarda consigo o ciclo dos encantos

    que de vividos, fazem-se tantos,

    sem que com isso a alma se aquiete.

    que no peito h sempre bem guardado algum amor que j se fez passado

    e de to forte, mesmo embaado,

    mantm-se vivo at depois da morte.

    To sbio o Tempo, no lhe d ouvido. Caminha alheio, to despercebido

    que sem aparte, sem alarido,

    mero palco, onde destarte,

    Tudo apenas um breve suspiro dum Tempo que ofegante, eu transpiro.

    E no importa se descortino

    quanto fugaz, e sigo, quase absorta, enquanto o Tempo escreve meu destino.

    Brasil, 17 de maio de 2010 http://chavedapoesia.blogspot.com

    Ttulo

  • Sonhos de Ma Eliane Triska

    Na madrugada dos Noturnos de Chopin

    Valsando nas esferas uterinas, Cintilncias so meus sonhos de ma, Reentrncias, minhas formas femininas.

    Me embriago ... o pulsar da lamparina Que balana este fogo colorido.

    Se penetras meu recato de menina Me enlao nos teus braos, onde fico!

    Misturando, a esse amor todas as ervas Que, noite nos transporta com seu cheiro. Meus desejos que atendes, sem reservas, So meus beijos no teu corpo por inteiro.

    Nessa noite em que a brisa faz, calada, Nossos versos de amor em combusto, Quando beijo, tua alma apaixonada; Se tu beijas, o meu prprio corao.

    Do Livro *Os tempos e sua voz*

    Canoas, /RS - BRASIL

    Ttulo

  • Regendo a Vida

    Gui Oliva

    Isso... faz assim... no sonata, no adota s o requinte da pausa,

    do silncio... troca pela cadncia alegre e leve,

    pela semibreve dessa pauta.

    Aproveita um minuto do minueto e, em alegro sostenuto rege, dessa relao, um staccato,

    conta, canta, toca e dana as horas, comemora... o tempo emerge.

    Apressa o compasso quaternrio.

    Presto!... logo o adiante e no discorde, s com plcida aparente harmonia

    no se faz melodia imortal.

    Segue num allegro saltitante e radiante, j entusiasmado com o desfecho

    num molto vivace... brilhante,

  • mas no se adiante, falta ainda do tempo um resqucio

    quem sabe... para um retorno a um incio abissal.

    Toma a batuta ao seu alvedrio,

    sai perseguindo um sereno adgio e logo mais um espressivo andante

    mas logo retoma o ponteio ascensional.

    Agora apenas uns segundos em allegro vibrante

    no seja prudente...Vivacissimamente s resta ento... pomposo... o acorde final!

    Santos 28/09/06

    www.vidaemcaminho.com.br

    Ttulo

  • Poemas escolhidos Delasnieve Miranda Daspet de Souza*

    Melhor quebrar o espelho ...

    H sempre um seno. Um porqu.

    Um talvez, ou um quem sabe. Pode-se ser qualquer coisa para desvendar a guerra,

    furar a ferida, e no h remdio que cure! mais fcil culpar os outros

    pela nossa infelicidade e desesperana.

    O outro nosso algoz ... sempre! difcil saber-se menos . ... Menos qualquer coisa.

    a nossa imperfeio que nos cria dor e raiva ....

    Duro admitir o erro, melhor quebrar o espelho!

  • H tanta beleza!

    A beleza da existncia Esta na dinmica da vida...

    como o rio que, embora no mesmo lugar, Nunca o mesmo!

    Renova-se a cada segundo, Caminhando ao infinito!

    A beleza da existncia

    Est no voo das gaivotas e No pousar suave nas praias... A marca dos passos nareia

    Permanecer at a prxima onda.

    H tanta beleza no mundo... H tanta beleza no vento que leva a folha...

    H tanta beleza na chuva que cai, Na flor que se abre pela manh, No sol que nasce todos os dias,

    No luar que ilumina a noite escura, No dia que chega e que se vai.

    H tanta beleza na mo estendida

    Que acolhe e que doa, Na solidariedade que abraa irmos...

    H tanta beleza na vida

    Que meu corao parece que vai explodir De tanta gratido!

    DD-junho-09

    Tigre

    Enfrento um tigre que todos os dias. Acorda comigo...

    Tenho de domar sua ferocidade E viver de maneira saudvel.

    Competir todos os dias, todas as horas,

    Em todos os campos, Faz a angustia nascer em ns.

    Como reagir a insegurana E ao medo que nos atordoa?

    Abrao-me ao meu medo

    Envolvo-me com minhas inseguranas Encaro-os com coragem,

  • Solto o corpo rijo, Abandono os sofrimentos,

    Sinto a dor at o fim... Vou ao encontro da liberdade!

    DD _Campo Grande-MS 21.-05.10

    Ser Mulher...

    Tudo mulher! Um sopro de vida.

    Um sorriso. Um barco sem rumo. O texto e o contexto. O nexo e o conexo.

    Andar na chuva

    Deixando que a gua Molhe a alma e

    Caindo dos olhos Faa a folha brotar

    ( em nova vida ) procura do sol, Assim a mulher!

    Modificando-se a cada segundo.

    Adaptando-se conforme a estao, Florindo, dando frutos, Caindo como folha seca

    no outono da vida, a mulher!

    No fcil se mulher,

    Viver beira do precipcio Com tantas imposies Condicionada a sentir,

    Carregando na mo O traado do contradito, Os mistrios sem razes

    dos sonhos que no cabem No seu oceano interior!

    Ser mulher carregar o mundo no ventre,

    O corao nos lbios, A saudade n'alma,

    E na metade que mundo conhece A grandeza invisvel da metade que no se v!

    29-12-2001 - 02,00 hs Campo Grande MS

  • Verdades

    Roubo do hoje a fora Fazendo nascer o amanh.

    Da janela acompanho com olhar As nuvens do cu.

    De novo a sombra sinistra Tolda tristemente meus sonhos.

    Tua imagem me acompanha Por todos os lugares por onde ando.

    E em todos os momentos a tua presena que espanta As brumas do desconhecido.

    No fao perguntas. Tenho medo das respostas que j sei.

    Liberta do invlucro fsico Devolverei a matria ao p de que fora feito.

    Vivi meus trs caminhos na terra. Purgatrio. Inferno. Cu.

    Tudo de acordo com meus projetos, Minhas atitudes,

    Procurando no reincidir nos mesmos erros. Agora - vago e espero

    Entre podos e flagelos O ressurgir da verdade. 16,20 hs - 09-04-2002

    Campo Grande MS

    A cada nascer do sol

    A cada nascer do sol Espero que em seus raios nasam

    O fim das desigualdades, das dores, dos sofrimentos.

    A cada nascer do sol Espero que os sonhos das pessoas

    Se fortaleam, nasam e cresam e se Faam presentes, sempre.

    A cada nascer do sol

    Acalento um sonho fugaz de igualdade. Pois sei que a letra morta

    E que a palavra vida.

    A cada nascer do sol Sei que o mundo, para mim, fica menor,

    Que, no meu horrio, j se faz tarde, E que a passos lentos caminho,

    O caminhar final...

  • A cada nascer do sol me questiono:

    Aonde quero chegar? Onde quero ir?

    Quando v, no viu, no chegou, nem saiu...

    A cada nascer do sol me respondo, Porque, embora embace e trapaceie, sei a resposta,

    Que, do caminho que busco, encontro Todos os sinais no percurso...

    A cada nascer do sol

    Est, dentro de mim, a certeza Dos indicativos para chegar com segurana...

    A cada nascer de sol me cabe decidir. Discernir com sabedoria e equilbrio

    Cada passo a seguir.

    A cada nascer do sol Sei que tenho de caminhar,

    Sei que tenho de decidir, Sei que tenho de buscar, Sei que tenho de fazer,

    Sei que tenho de conhecer! _____________________

    31-05-05 Campo Grande MS

    *Advogada e ativista das causas da Paz, Sociais, Humanas, Ambientais e Culturais Delasnieve Miranda Daspet de Souza sul-mato-grossense de Porto Murtinho, onde nasceu e cresceu em meio a exuberante natureza que o Pantanal do Mato Grosso do Sul, Brasil, residindo em Campo Grande-MS. Casada, tem dois filhos. poeta. Ativista da Biopoesia. Cronista, ensasta, palestrante, professora, educadora, faz trabalho social com menores carentes, pertence e representa vrias associaes e academias literrias e culturais nacionais e internacionais.

    Ttulo

  • O suicida no quer se matar - quer matar a sua dor.

    - Elegia ao Povo Guarani - Delasnieve Daspet*

    Trago, hoje, meu canto triste, doloroso, de luto, de mgoa,

    Num sentimento que me corta a alma...

    Nnias para quem no entendeu que no existem mais fronteiras,

    que tudo acontece numa frao de segundo e reverbera por todo o universo.

    Uma grande mquina, desumana, caminha entre os homens,

    mata os indefesos de fome, de frio, de falta de dignidade,

    de vergonha, por usurpao de direitos.

    Ao contemplar a realidade vemos que a eternidade

    apenas uma palavra obscura...

    E o Guarani-Kaiowa agoniza,

    Sangra, e entrega seu sangue pela terra!

    Quantos assassinatos cometemos em nome da justia?

    Porque cada ndio que morre deixa em nossas mos

    o sangue de seu cruel e covarde assassinato!

    Decretem nossa extino e nos enterrem aqui Brada o bravo guerreiro guarani-kaiowa,

    ainda dentro de sua terra usurpada e ocupada

    Um processo de invaso

    Num longo caminho de opresso

    Para no se reconhecer o direito coletivo

    Do povo indgena.

  • Pedimos ao Governo e Justia Federal para no decretar a ordem de despejo/ expulso, mas decretar nossa morte coletiva e enterrar ns todos aqui.

    Pedimos, de uma vez por todas, para decretar nossa extino

    dizimao total, alm de enviar vrios tratores para cavar um grande buraco

    para jogar e enterrar nossos corpos. Este o nosso pedido aos juzes federais

    O direito vida no pode se

    Subordinar ao direito da propriedade,

    A vitima fatal quase sempre o ndio,

    Morte consentida!

    Recuso-me a ser cmplice deste genocdio...

    Os ndios e os brancos so iguais em muitas maneiras,

    Foi um s criador que fez todos os humanos,

    Bebem das mesmas guas, corpo e esprito dos

    Mesmos oceanos!

    Recuso-me a ser cmplice de mais este assassinato...

    Se somos diferentes, diferentes, tambm, so os

    Pssaros em suas cores, nos seus cantos, nos seus modos.

    Somos distintos - temos as nossas lnguas, nossos sonhos,

    Nossas cores e compresso diferente...

    Recuso-me a compactuar com esta violncia...

    Os ndios preservaram e nos entregaram a ns e aos

    nossos filhos a herana da criao.

    Ocupamos a sua terra me.

    Terra que eles cuidaram ciclos aps ciclos...

    E que agora, afirmam "No terem e nem tero perspectiva de vida digna

    e justa tanto aqui na margem do rio quanto longe daqui

    Antes que tudo desaparea da face da terra

    vamos parar e ouvir o canto da criao

    com a mente e o corao...

    Como podemos entender o desespero de uma deciso de morte coletiva?

    Como aceitar que algum vai morrer por ao ou omisso nossa?

    Parem. Pensem. Cheirem este ar puro que ainda resta... ouam as montanhas ela chora de dor,

    Ouam os rios suas lgrimas morrem nas ranhaduras da terra seca... oua o gemido da rvore que se contorce no fogo e na serra...

    Ouam... o esprito da terra esta coberto de cicatrizes e clama pela prudncia do homem...

    Sintam a me terra e pensem um pouco nestes irmos diferentes...

    Pensem nos quantos que j desapareceram para sempre...

    Vamos reconhecer esses irmos que chamam a sabedoria milenar de sua gente

    E nos respondem a cada violncia com prudncia e um pedido de paz...

    Enquanto o Guarani-Kaiow agoniza, seu corpo, seu sangue, sua sina

    de extermnio silencioso, numa desvalia extrema, a

    auto-imolao a ltima forma de ainda sobreviver.

  • Pensem, sintam... todos ns olhamos o mesmo cu,

    o mesmo sol, a mesma lua e compartilhamos as cores dos quatro ventos

    No podemos conden-los a vagar e vagar sem rumo e sem destino...

    Estamos falando de gente, o que houve - o que h com a Constituio Cidad?

    Lembremos que j andamos por todos os lugares, por todos os caminhos,

    O horizonte sempre se esconde na terra, e,

    O suicida no quer se matar - quer matar a sua dor,

    Pachamama est encharcada com o sangue guarani

    Co ivi oguereco iara" - "Esta terra tem dono! Assim falou nhanderu Nsio Gomes, agora,

    vento que anda pelas trilhas deixadas pela ausncia...

    DD_DelasnieveDaspet - Campo Grande MS 25.10.12

    *Delasnieve Daspet - advogada e ativista das causas da Paz, Sociais, Humanas, Ambientais e

    Culturais, Conselheira Estadual de Cultura,

    Embaixadora Universal da Paz, preside a Associao Internacional Poetas Del Mundo, e, Poeta,

    essencialmente.

    Duo Almada Ovelar - Nde Mbaera Che Reseda ( Para voce minha flor - guarani)

    Uma indicao da poeta e amiga: Abraos fraternos Vera Mussi

    "Pensem, sintam... todos ns olhamos o mesmo cu,

    o mesmo sol, a mesma lua e compartilhamos as cores dos quatro ventos

    No podemos conden-los a vagar e vagar sem rumo e sem destino...

    Estamos falando de gente, o que houve - o que h com a Constituio Cidad?"

    Delasnieve Daspet

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  • POETA PEREGRINA Lady Foppa Poeta Goiana

    Onde est o amor que acreditei seria para sempre?

    Do que feito os meus delicados sonhos e devaneios? Tudo acabou... O barco do amor est solto, a deriva. E minha alma sem rumo, da dor j no se esquiva...

    Meus caminhos se perderam alhures, em outras plagas. O contorno dos meus passos j no fixa sobre a terra!

    As runas no previram nenhum tropeo na estrada Nem o destino alertou-me reveses em minha saga!

    Onde estaro os outonos perfumados a dois vividos? E as folhas esmaecidas sobre as quais eu caminhei...

    O vento frio do desengano levou-me as quimeras As mentes dos meus versos e todas as primaveras!

    J no mais persigo a trilha que leva ao horizonte E desisti das surpresas que as curvas ocultavam... O cu cinzento nenhuma luz ao meu olhar revela

    E o arco ris desapareceu da vista da janela...

    J no visualizo as setas que segui com alegria... E a certeza que chegaria ao recanto de ser feliz

    O que fiz para meu canto se transformar em pranto? E porque tive que aprender sobre desencanto?

    No queria um visto pra onde o sofrimento nasce

    Nem uma bssola que apontasse um norte infeliz... Bastava-me ser em seu cu uma estrela pequenina E ser na terra to somente sua poeta peregrina...

    Foto de Lady Foppa feita no Caminho de Santiago Espanha, outono de 2012. [email protected]

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  • RASTROS Sylvia Cohin A vida mar de sargao - De seu embalo sei eu Se no levou, devolveu... O caminho que perfao Colhendo o que o tempo deu, Em fel ou mel se estendeu... S sei que por onde passo Nasce ou morre um sonho meu Que o velho tempo escreveu... uma queda-de-brao: A vida ou eu, quem venceu? a pergunta que fao. Sylvia Cohin Brasil, 06.01.2013

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  • DOCE AMOR...

    Boa noite, doce amor! O sonho aguarda esta hora em que sou eu mesma pra viv-lo.

    ...E ento, as estrelas no retardam para poder eu, melhor, compreend-lo!

    Brilham os sis, astros, em cu de festa

    e a luz da rua se apaga calmamente, com rstia esplendorosa, numa fresta,

    ilumino meu sonho persistente!

    V? Crio asas, corto espao, aparo aresta ungindo-me do perfume existente,

    na nuvem brumosa que me empresta!

    noite, meu amor! A fantasia consistente, d-me asas e, de cometa em oferta,

    veste os sonhos de estrela incandescente!

    Merclia Rodrigues [email protected]

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  • PIMENTEIRA ORNAMENTAL

    Meu jardim, em Serra Negra, pequeno e limitado em espcies de flores, Mas me empolga versejar debruado sobre o vio divino das suas cores.

    Assim, j poetei inmeros versos inspirados nesse apndice da Me Natureza,

    Parte do meu pequeno osis, singelo recanto de paz num cenrio de rara beleza.

    Cantei o charme instigante da Rosa Amarela, dentre outras tantas a mais bela; Exaltei os pendores do Prncipe Negro, lindo ao sol, fazendo singular par com ela.

    Desta feita, reservo minhas loas para a viosa e multicor Pimenteira Ornamental,

    Que tenta ser discreta, porm no escapa aos olhos do poeta, ps trduo de carnaval.

    Alceu Sebastio Costa

    SERRA NEGRA, 17 de fevereiro de 2013

    Foto de Alceu Sebastio Costa

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  • A QUALQUER PREO

    S por hoje, resistirei tentao de me sentir deprimida e no terei pena de mim.

    S por hoje, aceitarei sem questionar o que fui e o que sou, sem me martirizar.

    S por hoje, e por ti, que quero saber feliz, farei de minha vida uma festa!

    S por hoje, e valendo a Eternidade, beberei Alegria.

    S por hoje, deixarei escapar a criana que mora em mim e brincarei com ela sem parar.

    S por hoje, vou me liberar, rir de minhas fantasias

    e farei inveja mais linda Colombina...

    S por hoje, mostrarei a magia do sorriso mascarando minha face.

    S por hoje, no permitirei nada que altere o meu humor,

    darei aos contratempos o valor que merecem e encontrarei graa em tudo minha volta!

    S por hoje, no sentirei falta de nada... nem da saudade...

  • S por hoje, no admitirei pensamentos negativos

    e serei apenas serenidade. S por hoje, esquecerei lgrimas sombrias,

    e medos tolos...

    S por hoje, viverei por toda a vida!

    E porque te amo hoje, decreto que no mais haver Ontem ou Amanh,

    e Hoje quero ser feliz a qualquer preo!

    SYLVIA COHIN (Porto - Pt)

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  • Resqucios d'alma Vera Mussi

    31.07.2008

    Resqucios d'alma em pleno sonho

    ouve-se o gemido de um corao aguerrido

    Toda a calma... Nada mais suponho!

    Da inspirao ao martrio...

    Profunda meditao... Em sacrifcio!

    nico prazer d'alma Divina revelao !

    Mero suplcio

    transcende o real... Em orao, para sobreviver...

    Silente, vai vencer!

    Encontra no astral o sonho cristalizado

    Prestes a morrer...

  • Nas sombras...

    Descansa a emoo amante, por vezes abandonada

    pela razo agonizante. Nos escombros...

    Pressente novo caminho

    Difuso, incipiente... Da quimera irrealizada

    Restou o ninho... Eternizado!

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  • CANTO SEM LUA

    Cleide Canton

    Onde ests, minha amiga e companheira?

    Em que vo do infinito tu te escondes

    e meus gritos em ecos no respondes

    por detrs dessa nuvem passageira?

    Onde ests? Faz-me falta a luz prateada!

    Faz-me falta um ouvido ao meu clamor

    que deixavas todinho ao meu dispor

    qualquer fosse o desdm da madrugada.

    Debruaste o teu rosto pra no ver

    minhas asas partidas pelo vento,

    os meus sonhos jogados, ao relento,

    esperando um eterno amanhecer...

    Onde ests? Quo perdida fico ento

    ao sabor deste sal que no tem fim,

    ao calor deste sol que mata em mim

    a sede que habitou um corao.

    Foi-se toda a manh to perfumada,

    pelas rosas, por cravos, por jasmins...

    Foi-se o canto dos poucos serafins

    que sumiram tambm da minha estrada.

  • J nem chove nas terras que arejei

    e as plantinhas ao longo feneceram.

    Os matizes das cores se perderam...

    Que ser das sementes que plantei?!

    So Carlos, 09 de junho de 2013

    08:50 horas

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  • DEIXE NA PAZ OS VERSOS MEUS Cleide Canton

    Deixe na paz os versos meus

    contados, cantados, simples ou rebuscados,

    tortos, enviesados, lineares ou quadriculados.

    No dizem sempre o que sinto mas dizem daquilo que penso

    sem fugir do consenso. No exploram verves alheias nem expresses cuspideiras.

    Passeiam no claro da lua

    sem buscar do sol o dourado. Caminham soltos

    com preceitos sem preconceitos e sem noo de pecado.

    minh'alma que canta

    as iluses que ainda sonho, os desejos que abrao

    e embalo no meu regao. So palavras que encaixo

    na magia de mil compassos da melodia que eu mesma trao.

  • Meus versos vestidos de luto ou de festa

    percorrem caminhos quaisquer ou se debruam nas sombras do nada.

    Mas so versos paridos sem luta e sem dor

    que pedem, que imploram por um pouco de amor.

    So Carlos, 05/08/2013

    15:20 horas

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  • Separao de bens

    Dalva Agne Lynch

    VOC FICA COM A RAZO.

    Eu fico com os dias ensandecidos

    Com o vento nos seus cabelos

    Com o canto final do sol

    No dourado da sua pele.

    VOC FICA COM A VERDADE.

    Eu fico com os raios da lua

    Com os sussurros sem nexo

    Os beijos loucos, dementes

    Com a obsesso dos corpos.

    VOC FICA COM O DIREITO.

    Eu fico com as horas de gozo

    Com o rudo das folhas das rvores

    Com seus dedos tecendo anseios

    Na brancura do meu corpo.

  • VOC FICA COM O QUE CERTO.

    Eu fico com a incerteza

    Com a beleza do instante sem continuidade

    Com o momento perdido entre as horas

    Com a eternidade perdida no momento.

    Voc fica, meu amor.

    EU SIGO.

    (Poema premiado com medalha de prata em concurso na Inglaterra)

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  • ESPADA Y CORAZN

    Alberto Peyrano*

    Quiero

    tomar del sol toda su esencia de una vez,

    robar la luna de sus sbanas de ail,

    juntar estrellas de esmeralda y de marfil,

    y derramarlas sobre tu piel.

    Quiero

    poner los versos que me inspiras en tu voz,

    mojar con lgrimas de alondra mi pincel,

    pasar tus rasgos al cantar de mi cincel,

    y darte vida con mi pasin.

    Quiero

    pedirle al fuego su misterio y su pasin,

    sembrar mis venas con sus lenguas carmes,

    or del tiempo sus lecciones de vivir,

    y darte en versos mi gran amor.

    Quiero

    tomar del aire la vital respiracin,

    llenar tu odo con palabras hecha luz.

    Voy a acercar ese horizonte tan azul

    abriendo rumbos hacia tu amor.

  • Quiero

    con este verso ser un rezo en tu oracin,

    slo una nota de tu mgica cancin.

    Quiero en tu aliento

    permanecer.

    Eres

    todas las cosas tan soadas a la vez,

    eres la roca para mi ola de emocin.

    T eres la espada,

    yo el corazn.

    * psicanalista, terapeuta floral, astrlogo, professor, cantor de tango e letrista, poeta. Nasceu em Peyrano,

    Santa Fe, Argentina, em 14 de junho de 1945.

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  • Dedico a todos aqueles que acreditam

    haver "um minuto de felicidade"...

    para ser vivido durante

    o passar do inefvel tempo...

    reservado somente a ns

    e sempre a ss!

    No egosmo... No!

    Puro altrusmo!

    UM MINUTO...

    Vera Mussi

    Vive-se uma vida inteira...

    em um minuto apenas...

    Referncia de um filme

    ... um livro...

    Seja l o que for...

    Existe em nossas lembranas

    algo assim!

    Qui, seja esse minuto

    s para mim!

    demais passageira

    a afirmativa,

  • um tanto estrangeira...

    Pretensiosa at!

    Mas ...

    Se o comeo busca um fim...

    o tempo se interpe,

    no interregno entre o cu e a terra!

    Haver sempre o meio,

    que se contrape...

    Mas...

    o mesmo tempo supre

    todas as esperanas demoradas,

    nos ltimos minutos

    alimentadas!

    Quero crer que no futuro

    sejam as mesmas

    Alcanadas!

    16.03.2005

    Ttulo

  • Fica Proibido

    Alfredo Cuervo Barrero*

    Fica proibido chorar sem aprender, Levantar-se um dia sem saber o que fazer

    Ter medo de suas lembranas.

    Fica proibido no rir dos problemas No lutar pelo que se quer, Abandonar tudo por medo,

    No transformar sonhos em realidade. Fica proibido no demonstrar amor

    Fazer com que algum pague por tuas dvidas e mau humor. proibido deixar os amigos.

    No tentar compreender o que viveram juntos Cham-los somente quando necessita deles.

    Fica proibido no ser voc mesmo diante das pessoas, Fingir que elas no te importam,

    Ser gentil s para que se lembrem de voc, Esquecer aqueles que gostam de voc.

    Fica proibido no fazer as coisas por si mesmo, No crer em Deus e fazer seu destino,

  • Ter medo da vida e de seus compromissos, No viver cada dia como se fosse um ltimo suspiro.

    Fica proibido sentir saudades de algum sem se alegrar,

    Esquecer seus olhos, seu sorriso, s porque seus caminhos se desencontraram,

    Esquecer seu passado e pag-lo com seu presente. Fica proibido no tentar compreender as pessoas, Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

    No saber que cada um tem seu caminho e sua sorte. Fica proibido no criar sua histria,

    Deixar de dar graas a Deus por sua vida,

    No ter um momento para quem necessita de voc, No compreender que o que a vida te d, tambm te tira.

    Fica proibido no buscar a felicidade,

    No viver sua vida com uma atitude positiva, No pensar que podemos ser melhores,

    No sentir que sem voc este mundo no seria igual.

    Queda prohibido

    Alfredo Cuervo Barrero*

    Queda prohibido llorar sin aprender levantarte un da sin saber qu hacer,

    tener miedo a tus recuerdos.

    Queda prohibido no sonrer a los problemas, no luchar por lo que quieres, abandonarlo todo por miedo,

    no convertir en realidad tus sueos.

    Queda prohibido no demostrar tu amor, hacer que alguien pague tus deudas y mal humor.

    Queda prohibido dejar a tus amigos,

    no comprender lo que vivieron juntos, llamarles slo cuando los necesitas.

    Queda prohibido no ser t ante la gente,

    fingir ante las personas que no te importan, hacerte el gracioso con tal de que te recuerden,

    olvidar a toda la gente que te quiere.

  • Queda prohibido no hacer las cosas por ti mismo cuando puedes,

    tener miedo a la vida y a lo que implica no vivir cada da como si fuera el ltimo suspiro.

    Queda prohibido echar a alguien de menos

    sin alegrarte, olvidad sus ojos y su risa todo por que sus caminos han dejado de abrazarse,

    olvidar su pasado y pagarlo con su presente.

    Queda prohibido no intentar comprender a las pers