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Além de atuar na fiscalização do cumprimento da lei nas instituições públicas estaduais, MP-GO cria comissão interna para se adaptar e atender a todas as exigências previstas na legislação. Página 5 Idealizado pelo MP-GO, projeto que visa desburocratizar acesso a medicamentos já conseguiu resultados em reduzir os entraves na garantia do direito à saúde. Página 6 LEI DE ACESSO à INFORMAçãO DEFESA DA SAúDE Campanha nacional, desenvolvida em Goiás pelo Ministério Público, pretende sensibilizar a população a refletir e ser mais tolerante, para evitar crimes por impulso ou motivos banais. Página 3 CONTE ATÉ 10

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Além de atuar na fiscalização do cumprimento da lei nas instituições públicas estaduais, MP-GO cria comissão interna para se adaptar e atender a todas as exigências previstas na legislação. Página 5

Idealizado pelo MP-GO, projeto que visa desburocratizar acesso a medicamentos já conseguiu resultados em reduzir os entraves na garantia do direito à saúde. Página 6

Lei de Acesso à informAção

defesA dA sAúde

campanha nacional, desenvolvida em Goiás pelo ministério Público, pretende sensibilizar a população a refletir e ser mais tolerante, para evitar crimes por impulso ou motivos banais. Página 3

Conte até 10

| Goiânia, fevereiro/março de 2012

o promotor responde: Código Florestal

O projeto do novo Código Florestal (Lei 12.651/2012) já passou pela Câmara dos Deputados, pelo Senado Federal e até pela presi-dente da República Dilma Rousseff, que sancionou alguns dispositivos e vetou outros. Entre idas e vin-das, vetos ou não, o proje-to tramita há mais de três

anos com mudanças que poderão impactar o meio ambiente e o agronegócio brasileiro. O Ministério Público de Goiás (MP-GO), a Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambien-te (Abrampa) e o Conselho Nacional dos Centros de Apoio de Urbanismo e Meio Ambiente do MP (Con-cauma) acompanham desde o início a tramitação do novo Código Florestal. Nesta entrevista, o promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Opera-cional do Meio Ambiente, Jales Guedes Coelho Men-donça, explica as alterações com a nova proposta e o papel do MP-GO nesse processo.

o que muda com a aprovação do novo código florestal?

A aprovação do terceiro Código Florestal no Bra-sil representou um retrocesso na proteção do meio ambiente se comparado à legislação anterior. Em regra, as áreas de preservação permanente (APPs) e as reservas legais, pilares da legislação, passaram a ter uma proteção menor.

Por que existem divergências entre ambien-talistas e ruralistas?

Essa dicotomia não deveria existir, já que o equilíbrio ambiental é essencial para o desenvol-vimento do agronegócio. Na realidade, os maiores defensores do patrimônio natural deveriam ser os proprietários rurais. A quantidade e a qualidade da água, bem como a inocorrência de processos erosi-vos nos solos estão diretamente associadas à con-servação das áreas de preservação permanente.

com a aprovação da forma que está, quais se-

rão os impactos do novo código?Em linhas gerais, as áreas de preservação per-

manente e de reserva legal tiveram a proteção diminuída, a exemplo do novo referencial para de-marcação da faixa de preservação permanente às margens de qualquer curso d’água natural, que foi alterado do leito maior para o leito regular.

de que forma o ministério Público acompa-nhou e tem acompanhado a aprovação do novo código florestal?

Por meio das discussões e trâmites na fase do per-curso do projeto de lei no Congresso Nacional. A ins-tituição também acompanhará a execução das nor-mas após a aprovação do novo Código Florestal, por intermédio da Abrampa, Concauma e do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Justiça (CNPG).

Qual será o papel do mP com o novo código?Com a entrada em vigor do novo Código Flores-

tal Nacional, o Ministério Público, com deliberação do Concauma e Abrampa, vai opor-se aos disposi-tivos que representarem uma redução à proteção ambiental, principalmente por serem inconstitu-cionais em razão da violação ao princípio da ve-dação ao retrocesso dos direitos socioambientais. Também atuará em prol das normas ambientais estaduais e/ou municipais com níveis de proteção mais elevados do que a Lei n° 12.651/2012.

existem medidas que o mP pode propor con-tra o novo código, no caso de redução à prote-ção ambiental?

A instituição lutará para que a lei não opere efeitos em relação aos Termos de Ajustamento de Conduta já celebrados, em respeito à garantia fundamental do ato jurídico perfeito e defenderá que o novo diploma federal não gere efeitos em relação aos processos em que há sentença conde-natória ou homologatória de acordo judicial tran-sitada em julgado, levando-se em consideração a garantia fundamental da coisa julgada. Por fim, o Ministério Público nesse momento discute o ajui-zamento de uma Ação Direta de Inconstituciona-lidade no STF.

expediente

informativo oficial do ministério Público do estado de GoiásRua 23 esq. c/ Av. B, qd. A-6, lts. 15-24, Jardim Goiás, Goiânia-GO, CEP 74805-100

e-mail: [email protected]

Twitter: www.twitter.com/mpdegoias

02 | Goiânia, dezembro de 2012 e janeiro de 2013

fale conoscoPara falar com o mP em todo o estado: 127

Telefone Geral (Goiânia) 3243-8000

denúncia de nepotismo Portal do MP (www.mp.go.gov.br)

Gabinete de Planejamento e Gestão Integrada 3243-8350 CAO dos Direitos Humanos e do Cidadão 3243-8200 CAO da Saúde 3243-8077 CAO do Meio Ambiente 3243-8026 CAO de Defesa do

Consumidor 3243-8038 CAO da Educação 3243-8073 CAO do Patrimônio Público 3243-8057 CAO da Infância e Juventude 3243-8029 Centro de Segurança Institucional

e Inteligência 3239-4800 CAO Criminal e da Segurança Pública 3243-8050 Escola Superior do Ministério Público 3243-8068 Assessoria de Comunicação Social 3243-8525/ 8499/ 8307/8498

Procurador-Geral de Justiça Benedito Torres Neto

Assessora de comunicação social Marília Assunção DRT-GO 986 JP

Assessora de imprensa Ana Cristina Arruda DRT-GO 894 JP

coordenação Mac Editora e Jornalismo Ltda.

editora Mirian Tomé DRT-GO 629 JP

reportagem Fernando Dantas DRT-GO 1895 JP

fotografias João Sérgio Araújo Elzenúbia Moreira Isabela Dias (estagiárias)

diagramação Fernando Rafael

fotolito e impressão Ellite Gráfica

Tiragem 7000 unidades

editorial

Construindo a paz

“Conte até 10. A raiva passa. A vida fica.” Com esse conselho simples e de fácil compre-ensão, a campanha desenvolvida pelo Con-selho Nacional do Ministério Público com o objetivo de reduzir os homicídios cometidos por impulso ganhou as ruas. Apoiada no apelo dos esportistas que estrelam o projeto, a ini-ciativa tem chamado a atenção para a impor-tância de se construir uma cultura do respeito, da tolerância e da paz como reação ao cresci-mento da violência.

Comprometido com essa proposta, o Mi-nistério Público de Goiás aderiu prontamente à campanha do CNMP e tem procurado levar sua mensagem a todo o Estado. A reportagem da página 3 desta edição revela qual o foco e a meta deste projeto, bem como as ações que estão sendo pensadas para ampliar o alcance do “Conte até 10”.

O Jornal MP Goiás também destaca na pá-gina 8 a matéria sobre o planejamento desen-volvido pela instituição para dar cumprimento às exigências contidas na Lei de Acesso à In-formação (LAI). Em vigor desde maio de 2012, a nova norma tem provocado uma profunda mudança na gestão pública.

Na página 2, a coluna “O promotor respon-de” traz uma avaliação do coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Am-biente, Jales Guedes Coelho Mendonça, sobre o novo Código Florestal.

Outro destaque da edição é a reportagem sobre o funcionamento da Câmara de Ava-liação Técnica de Saúde (CATS), que alterou a sistemática de atendimento às demandas por medicamentos de alto custo na rede pública. A matéria pode ser conferida na página 6.

O Projeto de Educação do Entorno do Dis-trito Federal é novamente tema do Jornal MP Goiás, desta vez trazendo informações, na pá-gina 4, sobre ações já realizadas bem como sobre o cronograma para 2013.

Um balanço sobre a atuação da Escola Su-perior do MP é apresentado na reportagem da página 8, com ênfase em vários projetos que ampliaram o alcance desse órgão institucional voltado para a capacitação e o aperfeiçoa-mento.

Os crescentes índices de violência registrados nacionalmente têm causado apreensão na socieda-

de e junto às instituições que atuam nas áreas de segurança pública, educação e justiça. Isso porque o Brasil é o país com maior número absoluto de homicídios no mundo, segundo pesquisa da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp). A média nacional é de 26 assassi-natos por 100 mil habitantes. A estatística é elevada para os parâmetros internacio-nais, já que as instituições de segurança e defesa dos direitos humanos consideram números acima de 10 homicídios por 100 mil habitantes como violência endêmica. Em Goiás, por exemplo, 1.984 pessoas, principalmente jovens, foram vítimas de homicídios em 2011, de acordo com da-dos da Secretaria de Segurança Pública.

As pesquisas que identificam os al-tos índices de violência revelam ainda que parte dos crimes é cometida por motivos banais, como brigas em bares, discussões no trânsito ou entre vizinhos, preconceito, conflitos entre torcidas de times diferentes etc. “São homicídios praticados por ações impensadas, falta de tolerância e em momentos de raiva”, explica a promotora de Justiça e coorde-nadora do Centro de Apoio Operacional da Educação do Ministério Público de

conTe ATé 10

campanha quer evitar crimes por impulsoLANçADA EM NOvEMBRO DE 2012, AçãO TEM COMO FINALIDADE SENSIBILIzAR A SOCIEDADE, PROMOvER A REFLExãO E A TOLERâNCIA, ALéM DE REDuzIR O NúMERO DE hOMICíDIOS POR MOTIvOS BANAIS

Goiás, Simone Disconsi de Sá. Para mudar essa realidade e sensibi-

lizar a população a evitar os homicídios cometidos por impulso, o Conselho Na-cional do Ministério Público (CNMP), em parceria com a Enasp, Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Ministério de Justiça e Ministérios Públicos Estaduais, lançou, em novembro de 2012, nas cinco regiões brasileiras, a campanha ‘Conte até 10. Paz. Essa é a atitude’. De acordo com a pro-motora Simone Disconsi, o foco são os

Ciclistas goianas Clemilda e Janildes Fernandes aderiram ao projeto

Lançamento da campanha em Goiás foi realizado pelo MP na Escola Estadual Aécio Oliveira de Andrade: sensibilização do público escolar como instrumento para a mudança

Boclin, que também está engajado no projeto, o Conselho Nacional do Ministé-rio Público buscou pessoas em evidência no esporte e que trabalham com ativi-dades na área de saúde e questão social para repassar a mensagem do ‘Conte até 10’. “é para mostrar que luta não tem nada a ver com violência. Que eles parti-cipam de esportes e treinamentos mais agressivos, mas não aplicam essa violên-cia na rua”, enfatiza o promotor.

De acordo com a promotora Simo-ne Disconsi, estão previstas ainda ações como a produção de cartilha, em parce-ria com o Ministério da Educação, com o objetivo de orientar professores sobre como tratar o tema da campanha em sala de aula, além da realização de visitas a escolas públicas.

realidadeDe 1º de janeiro a 30 de setembro de

2012, 63,77% dos homicídios em Goiás foram causados por motivos fúteis ou por impulso, segundo conclusão do CNMP. O procurador-geral de Justiça, Benedito Torres Neto, ressalta que os números es-tão na contramão dos investimentos na área de segurança pública, que aumen-taram mais de 11% neste ano.

Entre as causas banais da violência em Goiás e no Brasil – e que poderão ser combatidas com a campanha – estão os homicídios causados por briga e rivalida-de entre torcidas organizadas. Em todo o País, de janeiro a setembro deste ano, 17 mortes foram relacionadas a conflitos entre torcedores. “é um problema que vi-vemos hoje e que está ligado à questão da pouca tolerância e rivalidade. Isso tem causado morte em Goiás. Essas situações representam casos específicos em que é preciso contar até 10. Não é plausível que se mate alguém porque a pessoa torce para outro time”, afirma o promotor Bernardo Boclin.

crimes que ocorrem em função da bana-lização da violência e a estratégia é levar a população a refletir, contar até 10 e man-ter o controle em momentos de raiva.

Apesar de não ter um público-alvo, a campanha é voltada principalmente aos jovens, considerados as maiores ví-timas dos crimes cometidos por causas banais. Por esse motivo, o MP-GO rea-lizou o lançamento oficial da ação em uma escola pública da capital goiana. “Queremos atingir um público que está em formação escolar e tem poder de mudar opiniões em casa, junto à família e outras pessoas”, salienta a coordena-dora do Centro de Apoio Operacional da Educação.

AçõesInicialmente, o CNMP, com apoio dos

Ministérios Públicos Estaduais – como em Goiás – fará a divulgação da ação por meio de campanhas publicitárias de Tv, rádios, impressos e mídias digitais. Para estrelar a campanha, foram escolhidos lutadores brasileiros renomados, como Sarah Menezes (medalhista de ouro nas Olimpíadas de Londres na modalidade judô), Anderson Silva e Júnior Cigano (campeões mundiais de uFC). Segundo o coordenador do Centro de Apoio Ope-racional Criminal, promotor Bernardo

Violência em númerosDados sobre homicídios com identificação de causa provável em Goiás

n Impulso ou motivo fútil – 63,77%n Outras causas – 36,23%

03Goiânia, dezembro de 2012 e janeiro de 2013|

A partir de janeiro de 2013, o Mi-nistério Público de Goiás (MP--GO), por meio da coordenação

do Projeto do Entorno do Distrito Fe-deral e do Centro de Apoio Operacio-nal da Educação, realizará novas visitas aos gestores públicos, principalmente prefeitos e secretários municipais de Educação, das cidades que integram o projeto de Educação no Entorno – Formosa, Luziânia, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto, Águas Lindas de Goiás, valparaíso, Novo Gama, Cida-de Ocidental e Alexânia. Será realizada também reunião com o governador de Goiás, Marconi Perillo, e secretário estadual de Educação, Thiago Peixoto, para discutir a situação escolar das uni-dades estaduais de ensino nas cidades do Entorno.

De acordo com a promotora de Jus-tiça e coordenadora do projeto do En-torno do DF, Patrícia Teixeira Guimarães Gimenes, a intenção é dar continuida-de ao projeto inédito voltado para a área de educação, que visa, exatamen-te, à melhoria da situação da rede de ensino municipal e estadual, inclusive com reestruturação física.

As visitas serão retomadas nos municí-pios em que houve troca dos administra-dores públicos - devido às eleições em outubro de 2012 –, com o objetivo de apresentar o mapeamento da realida-de da rede de ensino, feito na primeira etapa do projeto, e entregar recomen-dação para que os gestores apresen-

enTorno do df

Ações reforçadas em busca de uma educação de qualidadeMP-GO DARÁ CONTINuIDADE A PROJETO NA ÁREA DE EDuCAçãO PARA BuSCAR MELhORIAS DA REDE DE ENSINO ESCOLAR EM NOvE MuNICíPIOS DO ENTORNO DO DISTRITO FEDERAL

tem, no prazo de 90 dias a contar da data de expedição, plano de reestru-turação das unidades escolares. Já as cidades que receberam o diagnóstico da situação escolar e a recomendação vão ter que apresentar o plano de re-cuperação.

Segundo a promotora Patrícia Teixei-ra Guimarães, o município de Alexânia foi o único dos que tinham recebido a recomendação a encaminhar o plano de reestruturação das unidades esco-lares da rede municipal de ensino den-tro do prazo previsto, que terminou no início de dezembro de 2012. “Alexânia não só entregou, como apresentou so-

luções e sanou diversos problemas das escolas municipais. E tudo comprova-do por meio de documentos”, ressalta. Entre as melhorias feitas estão regulari-zação de documentação, como alvarás da vigilância Sanitária e Corpo de Bom-beiros, cobertura da quadra esportiva, entre outras. “Faltam melhorias em in-fraestrutura, que foram diagnosticadas no levantamento, mas que dependem também de recursos e tempo. Como terá alteração na gestão pública mu-nicipal, vamos retornar ao município para acertar, junto com o novo gestor, medidas para enfrentar as irregularida-des que ainda existem”, informa.

orientaçãoDesenvolvido em parceria pela coor-

denação do Projeto do Entorno e CAO Educação, a iniciativa de melhorar a educação nos nove municípios do En-torno do DF terá continuidade nos pró-ximos anos, com o acompanhamento do Ministério Público de Goiás. A coorde-nadora do CAO Educação, Simone Dis-consi de Sá, destaca que tem sido im-portante essa aproximação do MP com os municípios, por meio de visita aos gestores, pois, em determinadas situ-ações identificadas no levantamento, a melhoria só não era possível porque os prefeitos e secretários de Educação desconheciam os caminhos para bus-car a solução. “Faltava conhecer a pró-pria rede de ensino e identificar onde buscar ajuda”, enfatiza.

LevantamentoNa primeira etapa do projeto, foi

realizado um diagnóstico da situação escolar das unidades municipais e es-taduais das cidades localizadas no En-torno do DF. Os principais problemas verificados estavam ligados à estrutura física, como falta de quadras cobertas para atividades de lazer e educação fí-sica, poucos banheiros para estudantes e funcionários, falta de cantinas, inexis-tência de acesso à internet, pouco ma-terial didático disponível, entre outros.

Reunião do MP com prefeito de Santo Antônio do Descoberto: recomendação fixou prazo para entrega de planos de melhorias

Encontro em Planaltina de Goiás, em dezembro: visitas serão retomadas em 2013

Projeto do entorno do dF

| Goiânia, dezembro de 2012 e janeiro de 201304

Com o advento da Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011), as instituições públicas passaram por

mudanças, inclusive comportamentais, para prestar informações sobre suas ati-vidades a qualquer cidadão interessado. Além de acompanhar e fiscalizar o cum-primento da lei nos órgãos públicos esta-duais, o Ministério Público de Goiás (MP--GO) teve também que se adaptar a essa nova realidade. “O MP é uma instituição que sempre prioriza a transparência, até porque uma das atribuições da entidade é exigir essa transparência. Por isso, criamos uma Comissão Interna, formada por servi-dores e promotores de Justiça, para tratar de uma série de questões que envolvem a Lei de Acesso à Informação, a LAI”, revela o promotor de Justiça e coordenador do Gabinete de Planejamento e Gestão Inte-grada (GGI) do MP, Rodney da Silva.

um cronograma foi elaborado pela co-missão, definindo fases de trabalho e de adequação à legislação, pois a lei prevê que as entidades públicas federais, esta-duais e municipais terão prazo de dois anos – a partir do momento em que ela entrou em vigor – para reavaliação e de-finição de informações que são secretas e as que podem ser disponibilizadas. “Nem tudo o que o MP movimenta, como do-cumentos, pode ser de acesso público, pois diz respeito à privacidade. é preci-so transparência, desde que não afete a honra e a imagem das pessoas. Temos uma equipe trabalhando basicamente para determinar a classificação das in-formações”, explica. Ele acrescenta ainda que o sigilo, em termos de MP e Judiciá-rio, decorre da natureza da atividade fim da instituição, já que os atos investigati-vos, por exemplo, são sigilosos.

Outra medida prevista no cronogra-ma – e já em desenvolvimento pelo Mi-nistério Público - é a regulamentação do Serviço de Informação ao Cidadão (SIC). Trata-se de novo canal, que serve de ins-trumento facilitador para a verificação das principais informações relacionadas à gestão da entidade, contemplando, principalmente, o princípio da publicida-

informação com transparênciaALéM DE FISCALIzAR O CuMPRIMENTO DA LEI DE ACESSO à INFORMAçãO POR óRGãOS PúBLICOS ESTADuAIS E MuNICIPAIS EM GOIÁS, MP-GO ESTÁ SE ORGANIzANDO PARA QuE A PRóPRIA INSTITuIçãO CuMPRA TuDO O QuE DETERMINA A LEGISLAçãO

de. O canal pode ser acessado pelo site do MP, onde o cidadão consulta informa-ções relacionadas à execução orçamen-tária e financeira, licitações, contratos, convênios, gestão de pessoas, entre ou-tras. “Tão importante quando a informa-ção disponível é a forma simples e direta de a pessoa acessar os dados que neces-sita”, observa Rodney da Silva. O próprio portal do MP já foi adaptado e ganhou uma página de entrada, com o objetivo de facilitar o acesso à informação e asse-gurar a transparência dos dados.

Além do SIC, o projeto Recepção Ci-dadã vai funcionar como mais um canal para que a população tenha acesso às in-formações. O espaço foi criado em 2010 para proporcionar um primeiro atendi-mento mais humanizado e ágil ao cida-dão que procura a instituição. Segundo Rodney da Silva, o projeto está sendo estruturado na capital e no interior exa-tamente para atender às demandas que surgem com a Lei de Acesso à Informa-ção. O objetivo é dar atenção não só à informação disponibilizada, mas facilitar

o acesso em relação a pessoas com defi-ciência, por exemplo.

Quando o cidadão não conseguir ter acesso à informação por meio do canal de transparência no site do MP ou na Re-cepção Cidadã, a indicação, segundo o coordenador do GGI, é entrar em contato com a Ouvidoria da instituição para soli-citar os dados.

capacitaçãoPara que o atendimento seja qualifica-

do e as demandas atendidas, o MP está desenvolvendo o Programa Permanen-te de Treinamento e Desenvolvimento de Boas Práticas. A intenção é capacitar membros e servidores sobre as provi-dências administrativas previstas na lei. Devido à complexidade da legislação, o trabalho de capacitação será contínuo e está previsto no cronograma elaborado pela Comissão Interna da Lei de Acesso à Informação. “é necessária uma mudança de postura. Abrir a porta de casa é difícil para todo mundo. Porém, nessa institui-ção não temos o que esconder. O cui-dado é apenas do que e como divulgar. Por isso, a importância de capacitar para atender bem e disponibilizar as informa-ções necessárias”, salienta.

Recepção Cidadã no edifício-sede funcionará como um dos canais para acesso às informações, conforme previsto na LAI

Goiânia, dezembro de 2012 e janeiro de 2013| 05

insTiTucionAL

Por lei, todo brasileiro tem direito de recorrer à rede pública de saú-de para conseguir remédios ou

tratamento. No Estado de Goiás, cerca de 1.250 pessoas, em média, procuram o Ministério Público de Goiás (MP-GO) exatamente para fazer valer esse direi-to. Essa demanda por medicamentos que não são fornecidos pelos órgãos públicos de saúde tem sido encami-nhada pela instituição para a Câmara de Ava-liação Técnica em Saúde (CATS), criada em 2009 e parte integrante do Centro de Apoio Ope-racional (CAO) Saúde. A CATS é responsável por analisar, cientificamente, as necessidades por re-médios, buscando uma atuação estritamente técnica e que tenha o objetivo de pro-teger a saúde das pessoas.

Segundo o coordenador do CAO Saúde, promotor de Justiça Marcelo Celestino, a Câmara tem mostrado efi-ciência na desburocratização do aces-so da população que não tem condi-ções de pagar pelos medicamentos. Entretanto, ele enfatiza que existem entraves que dificultam a dispensação do medicamento ao paciente. “O maior deles é o processo de compra dos pro-

Projeto busca reduzir burocracia no acesso a medicamentosIMPLANTADA EM 2009 NO MP-GO, CâMARA DE AvALIAçãO TéCNICA EM SAúDE TEM COMO OBJETIvO FACILITAR ANÁLISE TéCNICA DAS DEMANDAS DOS CIDADãOS, EvITANDO A JuDICIALIzAçãO DOS PEDIDOS

sAúde

Cidadão apresenta sua demanda por medicamentos à equipe da Câmara de Avaliação Técnica, no prédio do MP-GO

dutos pela Secretaria Estadual de Saú-de de Goiás, que é muito burocrático e emperrado, levando meses para o for-necimento do remédio”, observa.

O promotor informa que, além da CATS, o MP--GO tem buscado alter-nativas para a melhoria no processo de compras e maior agilidade no for-necimento do medica-mento ao paciente. Se-gundo ele, estão sendo estudadas práticas ado-tadas em outros Estados, como Minas Gerais e Rio

de Janeiro, com o intuito de verificar o que há de mais ágil no processo de compras.

AcessoPara ter acesso aos medicamentos

que não são fornecidos pelas Secre-tarias de Saúde, a prescrição precisa de aprovação na CATS. hoje, o Siste-ma único de Saúde (SuS) criou listas para facilitar o acesso aos remédios, que são separadas de acordo com os

grupos de doenças. Em Goiás, além da lista estadual, que faz parte da Re-lação Nacional de Medicamentos (Re-name), existem as listas municipais, da Relação Municipal de Medicamen-tos (Remume). “Cada Estado e muni-cípio pode incorporar outros medi-

camentos. Além do que, a união, os Estados e os municípios têm a obriga-ção de ofertar outros medicamentos que não estão nas listas. A atuação do MP-GO ocorre, geralmente, para medicamentos que não estão nessas listas”, relata o promotor.

Em média

1.250 pessoas

procuram oMP-GO em busca de remédios

n Apresentar documentos como rG e CPF, além de comprovante de endereço;n negativa, por escrito, da Secretaria estadual ou Municipal de Saúde em fornecer o medicamento ou tratamento solicitado;n receita médica preenchida de forma legível, com data inferior a 30 dias, contendo dosagem, posologia, forma de administração,

esquema terapêutico e tempo estimado de uso do medicamento;n relatório médico preenchido de forma legível e com data inferior a 30 dias, contendo idade, peso e altura do paciente; performance status (KPS), CId da doença, data de inicio (diagnóstico) da doença, justificativa para a indicação do medicamento/tratamento solicitado etc.

Veja o que é preciso para se cadastrar na CATS:

AvAliAção técnicA

06 | Goiânia, dezembro de 2012 e janeiro de 2013

Atendendo a pedidos do MP-Go, quatro liminares foram concedidas pela justiça, por meio do juiz Antô-nio Cézar P. Meneses, da 19ª Vara Cível de Goiânia, para suspender descontos decorrentes do chamado ‘cartão consignado’, realizados sem autorização de servidores públicos estaduais, tanto ativos quanto ina-tivos, e pensionistas. As liminares terão que ser cumpridas pelos Ban-cos BMG S.A., Cruzeiro do Sul S.A. e

Gerador S.A, bem como pelo Banco Bonsucesso. nas decisões tomadas, o juiz proíbe também os bancos de incluir os nomes dos servido-res públicos estaduais em órgãos de proteção ao crédito em virtude dos contratos questionados. Foram fixadas multas de R$ 2 mil por dé-bito feito na folha de pagamento, incidindo o mesmo valor caso não obedecida ordem para não inclusão dos nomes nos órgãos de proteção

ao crédito. Um dos problemas mais graves detectados pelo MP nesta forma de empréstimo pelo cartão foi a taxa de juros, de qua-se 4,5% ao mês, índice conside-rado abusivo já que a taxa é três vezes superior à média cobrada para os empréstimos consigna-dos. As ações cautelares foram propostas pelos promotores Murilo Morais e Miranda e Goiamilton Antônio Machado.

A ponte Pênsil Affonso Pena, que liga os mu-nicípios de Itumbiara, em Goiás, e Araporã, em Minas Gerais, será tombada como patrimônio histórico nacional. o requerimento do Ministério Público de Goiás (MP-Go) para tombamento foi aprovado pelo Conselho Consultivo do Patrimô-nio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico nacional (Iphan), durante reunião rea-lizada no dia 29 de novembro, no Rio de Janeiro (rj). o pedido incluiu os pilares remanescentes da construção original, edificada entre 1908 e 1909,

ligando Goiás a Minas Gerais. A mobilização pelo reconhecimento do valor histórico da ponte e ar-ticulação pelo tombamento tiveram início a partir do trabalho realizado pelo promotor de justiça e coordenador do Centro de Apoio operacional do Meio Ambiente e Urbanismo, jales Guedes Coelho Mendonça, quando atuou na comarca de Itum-biara. desde 1970, a ponte recebe manutenção da Usina Hidrelétrica de Itumbiara (Furnas). Em 2005, a prefeitura de Itumbiara fez uma revitalização da obra, dotando-a de iluminação especial.

Criado com o objetivo de articular uma rede vol-tada à prevenção ao uso, tratamento, reabilitação e reinserção social do usuá-rio e ao combate ao tráfico de drogas, o Programa In-teração ganhou o reforço da defensoria Pública da União em Goiás, Loja Ma-çônica e Polícia rodoviária Fede-ral. Foram assinados, no início de dezembro de 2012, três acordos de cooperação técnica entre as instituições e o MP-Go, ideali-zador do programa. Com a PrF, o acordo prevê a elaboração de

planos de trabalho voltados ao combate ao tráfico, realização de comandos específicos em locais considerados corredores do tráfico e promoção de cam-panhas preventivas por meio do Projeto ‘Pé na estrada’. já com a

Loja Grande oriente, a inten-ção é implantar o projeto ‘Sala de Aula’ nas escolas de Cris-talina, Luziânia e Hidrolândia, além da previsão de palestras educativas e capacitação de multiplicadores que atuam no processo educativo. A defen-soria Pública atuará em parce-ria com o MP para fortalecer as

ações já desenvolvidas, inclusive com a promoção de palestras sobre a temática. numa outra outra solenidade, em novem-bro, uma outra cooperação para o programa foi firmada com a Universidade Federal de Goiás.

As associações nacionais e estaduais representativas dos membros do Ministério Público brasileiro lançaram no dia 11 de dezembro, na sede do Ministério Público Militar (MPM), em Brasília (dF), a campanha nacional ‘Brasil contra a IMPUnIdA-de’. A intenção é chamar a atenção da sociedade para a Proposta de emenda à Constituição nº 37/2011. Conhecida também como PeC da Impunidade, a pro-posta atribui poderes in-vestigativos exclusivos às Polícias Civil e Federal, in-viabilizando a atuação de outros órgãos, como o MP. Como parte do lançamen-to, procuradores-gerais de justiça foram ao Congres-so nacional para se en-contrar com o presidente da Câmara dos deputados, Marco Maia e entregar do-cumento que contém ma-nifestações contra a PeC 37. o procurador-geral de justiça de Goiás, Benedito torres neto, e a presiden-te da Associação Goiana do MP (AGMP), promoto-ra Leila Maria de oliveira, participaram do lança-mento.

Após pedido do MP, Ponte Pênsil Affonso Pena é tombada pelo iphan

Programa interação ganha reforços

lançada campanha contra impunidade

Descontos não autorizados em cartões consignados são suspensos

Goiânia, dezembro de 2012 e janeiro de 2013| 07

Existente há mais de 20 anos na es-trutura do Ministério Público de Goiás, a Escola Superior (ESMP)

tem como objetivo o aprimoramento profissional e cultural dos membros da instituição, servidores do quadro auxi-liar e estagiários. Ao longo dos anos, o órgão auxiliar passou por uma série de melhorias visando atender a essa finali-dade e se adaptar às inovações tecnoló-gicas que tanto impactaram a gestão do conhecimento.

A implantação dos cursos a distância pela ESMP foi uma das novidades ocor-ridas nos últimos dois anos. Ao todo, entre 2011 e 2012, mais de 50 cursos presenciais, a distância, eventos, semi-nários, simpósios e congressos foram desenvolvidos pela Escola. A organiza-ção e a promoção de cursos represen-tam parte das atribuições da ESMP, que atua por meio de quatro coordenações – Estágio, Pesquisa, Editoração e Peda-gógica.

O trabalho é desenvolvido por 12 ser-vidores e estagiários, além de integran-tes de equipes de apoio técnico legis-lativo, de comunicação, administrativo, informática e biblioteca. A ESMP atua em parceria com outras áreas do MP, como os Centros de Apoio Operacio-nal (CAOs). Além disso, possui Conselho Editorial, responsável pela aprovação de todo material publicado, e Conselho Consultivo, que delimita os rumos que devem ser seguidos pela ESMP.

O órgão possui ainda programa de interação com faculdades de Direito em Goiás. Periodicamente, estudantes realizam visitas técnicas ao MP. Nos dois últimos anos, foram 4.205 estudantes de instituições de ensino de Goiânia e do interior que conheceram a estrutura da entidade. Para cada visita, um promotor de Justiça é convidado para apresentar a instituição. A ESMP também é o espaço para a Biblioteca da instituição, onde é possível conferir o acervo de, aproxima-

damente, 5.870 livros, revistas, periódi-cos, folhetos, teses e dissertações.

estágioAté dezembro de 2012, quatro pro-

cessos seletivos foram realizados para a seleção dos estagiários em Direito do MP (para capital e interior). A ESMP re-gistrou 6.724 candidatos inscritos para 170 comarcas em Goiás, sendo que, do total, 491 foram aprovados nas três pri-meiras seleções, já que a quarta está em fase de finalização. Do quadro atual de estagiários, 272 são estudantes de Direi-to, com 94 atuando na capital e 178 no interior.

A Escola Superior é o órgão no MP responsável por todo o processo de se-leção e distribuição dos estagiários no âmbito da instituição. Segundo o diretor da ESMP, promotor de Justiça Spiridon Nicofotis Anyfantis, é um certame que demanda estrutura, pois são feitas ins-crições e promovidas provas. Ele reforça que o programa de estágio do MP é até esperado por estudantes a cada semes-tre do ano. “Somente na última edição ti-vemos quase 2.700 candidatos inscritos”, afirma. O promotor acrescenta que, pela qualidade do conhecimento adquirido no período de estágio, vários candidatos são solicitados pelo mercado antes mes-mo da conclusão do programa.

PesquisaDentro da Escola Superior, a coorde-

nação de pesquisa assume diversas atri-buições, principalmente a organização de eventos presenciais – cursos, semi-nários, treinamentos e congressos. No período de 2011 a 2012, 1.822 integran-tes do MP, entre membros e servidores, além de pessoas da comunidade, parti-ciparam de cursos presenciais. Em sua maioria, os eventos atendem demandas dos CAOs do MP, que são divididos pelas áreas de atuação institucional. “A gente recebe as solicitações, operacionaliza e

espaço de pesquisa, informação e conhecimentoCRIADO PARA O APERFEIçOAMENTO PROFISSIONAL E CuLTuRAL DE MEMBROS, SERvIDORES E ESTAGIÁRIOS DO MP, ESCOLA SuPERIOR TEM DESENvOLvIDO ATIvIDADES EM QuATRO COORDENAçõES DISTINTAS

escoLA suPerior do mP-Go

executa os cursos, criando toda a estru-tura”, esclarece Spiridon Anyfantis.

Outra função da coordenação de pes-quisa é a realização do curso de forma-ção de promotores. Spiridon Anyfantis explica que assim que é divulgado o re-sultado final de concurso para promotor de Justiça, o passo seguinte é o curso de formação. “Os promotores são aprova-dos e passam um mês na ESMP, período em que vão conhecer as áreas adminis-trativa e estrutural do MP, e quando são submetidos à preparação para execução de suas atividades”, reforça. Após o cur-so, os promotores são encaminhados para as comarcas onde vão atuar e, a partir do terceiro mês, iniciam outro cur-so, que é o de vitaliciamento.

editoraçãoTodas as obras, principalmente de

conteúdo acadêmico do MP, passam pela coordenação de editoração da Es-cola Superior. Nos últimos dois anos, foram publicadas quatro edições da Revista do MP-GO, inclusive uma em homenagem póstuma ao promotor de Justiça Isaac Benchimol Ferreira e outra especial em homenagem ao jurista Ge-raldo Batista de Siqueira. A publicação – que aborda, em artigos, assuntos gerais e de áreas específicas do Direito – possui periodicidade semestral. A próxima edi-ção já está em fase de finalização.

A coordenação é responsável ainda pela publicação da Revista Eletrônica do MP. Segundo o promotor Spiridon Anyfantis, a ESMP recebe cerca de 60 ar-tigos de todo o Brasil a cada edição da revista impressa. Entretanto, ele diz que só é possível a publicação de 10 a 12 ar-

tigos, aprovados pelo Conselho Editorial da Revista, formado por um servidor e cinco promotores ou procuradores com atuação acadêmica relevante. “Tivemos a ideia de criar a revista eletrônica, que está chegando à sua 3ª edição, para pu-blicar os artigos que não tiveram a opor-tunidade de serem contemplados na revista impressa”, informa. O diretor da ESMP comemora o fato de a iniciativa ter alcançado resultado acima do esperado, já que é acessada por pessoas de vários países, como Estados unidos, Portu-gal, Espanha, França e em todo o Brasil. “Agora, cadastramos a revista eletrônica em uma rede de publicações de todo o mundo. Assim, teremos divulgação bem maior que temos hoje e será uma forma de prestigiar quem enviou seu artigo e não pôde ser contemplado na revista impressa”, avalia.

Pedagógicaé a coordenação pedagógica, na Es-

cola Superior, que atua com o Núcleo de Ensino a Distância (EaD). Nos últimos dois anos, 1.889 integrantes do MP-GO participaram dessa modalidade, aces-sando o Ambiente virtual de Aprendiza-gem (AvA). Foram cursos de Capacitação de Tutores, Direito Eleitoral, Segurança do Trabalho e Mediação de Conflitos. Estão sendo desenvolvidos ainda cur-sos de vitimologia, Gerenciamento de Projetos, Direito Eleitoral (novamente), Segurança do Trabalho e Atendimento ao Cidadão (Recepção Cidadã). Além de programar os temas e realizar os cursos, a ESMP está aberta à sugestão dos servi-dores, que são o público-alvo da moda-lidade EaD.

Palestra na I Mostra de Projetos do MP-GO, um dos eventos organizados pela ESMP

08 | Goiânia, dezembro de 2012 e janeiro de 2013