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Contabilidade Geral

Ativos Intangíveis

Professor Rodrigo Machado

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Contabilidade Geral

CPC 04 – ATIVO INTANGÍVEL

Alcance

Se outro pronunciamento estabelecer o tratamento contábil para um tipo específico de ati-vo intangível, a entidade deve aplicar o referido pronunciamento específico em vez deste. Por exemplo, este pronunciamento não deve ser aplicado nos seguintes casos:

Tratamento contábil específico CPC

Ativos oriundos de arrendamentos mercantis 06

Custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos contratuais de seguradora 11

Ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) adquirido em combinação de negócios 15

Ativos intangíveis mantidos para venda no curso ordinário dos negócios 16, 17

O reconhecimento e a mensuração de alguns ativos financeiros, conforme definido no CPC 39 18, 35, 36

Ativos intangíveis não circulantes classificados como mantidos para venda ou incluídos em um grupo de ativos a ser alienado, que é classificado como mantido para venda.

31

Ativos fiscais diferido 32

Ativos oriundos do plano de benefícios a empregados 33

Definições

Amortização é a alocação sistemática do valor amortizável de ativo intangível ao longo da sua vida útil.

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Ativo é um recurso:

a) controlado pela entidade como resultado de eventos passados; e

b) do qual se espera que resultem benefícios econômicos futuros para a entidade.

Valor contábil é o valor pelo qual um ativo é reconhecido no balanço patrimonial após a dedu-ção da amortização acumulada e da perda por desvalorização.

Custo é o montante de caixa ou equivalente de caixa pago ou o valor justo de qualquer outra contraprestação dada para adquirir um ativo na data da sua aquisição ou construção, ou ainda, se for o caso, o valor atribuído ao ativo quando inicialmente reconhecido de acordo com as dis-posições específicas.

Valor amortizável é o custo de um ativo ou outro valor que substitua o custo, menos o seu va-lor residual.

Desenvolvimento é a aplicação dos resultados da pesquisa ou de outros conhecimentos em um plano ou projeto visando à produção de materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou substancialmente aprimorados, antes do início da sua produção comercial ou do seu uso.

Valor específico para a entidade é o valor presente dos fluxos de caixa que uma entidade espera:

I – obter com o uso contínuo de um ativo e com a alienação ao final da sua vida útil ou

II – incorrer para a liquidação de um passivo.

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela trans-ferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.

Perda por desvalorização é o valor pelo qual o valor contábil de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.

Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física.

Ativo monetário é aquele representado por dinheiro ou por direitos a serem recebidos em uma quantia fixa ou determinável de dinheiro.

Pesquisa é a investigação original e planejada realizada com a expectativa de adquirir novo co-nhecimento e entendimento científico ou técnico.

Valor residual de um ativo intangível é o valor estimado que uma entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condi-ção esperadas para o fim de sua vida útil.

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Vida útil é:

a) o período de tempo no qual a entidade espera utilizar um ativo; ou

b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo.

Introdução

As entidades frequentemente despendem recursos ou contraem obrigações com a aquisição, o desenvolvimento, a manutenção ou o aprimoramento de recursos intangíveis como conhe-cimento científico ou técnico, projeto e implantação de novos processos ou sistemas, licenças, propriedade intelectual, conhecimento mercadológico, nome, reputação, imagem e marcas re-gistradas (incluindo nomes comerciais e títulos de publicações).

Assim como todos os demais ativos, o intangível possui critérios que devem ser satisfeitos para que possa ser reconhecido como intangível, portanto, precisam gerar benefícios econômicos, serem controlados e identificáveis.

Se o item não atender a um desses critérios, deverá ser reconhecido como despesa ou ativo imobilizado.

Identificável

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Controlado

Benefícios

(Contador – CADE – CESPE – 2014)

Os benefícios econômicos futuros gerados por ativo intangível podem influenciar a DRE em contas de receitas ou despesas/custos. Tal flexibilidade ocorre porque esses benefícios podem aumentar a receita da venda de produtos ou serviços ou reduzir os custos resultantes do uso do ativo pela entidade.

( ) Certo   ( ) Errado

(AFRE – SEFAZ-SP – FCC – 2009)

São características necessárias para a identificação de um ativo Intangível

a) apresentar a possibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser indivisível. b) permitir a utilização de base confiável de controle, mesmo que a mensuração de seu custo

não possa ser feita em bases fidedignas, e ter indivisibilidade patrimonial. c) ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros. d) ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização econômica limitada. e) ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais.

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Ativo intangível identificado

A definição de ativo intangível requer que ele seja identificável, para diferenciá-lo do ágio deri-vado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill).

O goodwill tem a natureza de intangível, mas não é um ativo intangível nos termos do CPC 04.

Por quê?

Porque ele não pode ser separável e nem resulta de direitos contratuais.

Os benefícios econômicos futuros oriundos do goodwill podem advir da sinergia entre os ati-vos identificáveis adquiridos ou de ativos que, individualmente, não se qualificam para reco-nhecimento em separado nas demonstrações contábeis.

Portanto, o goodwill representa uma expectativa de rentabilidade futura que surge de uma combinação de negócios, logo, ele existe, mas não podemos identifica-lo com clareza.

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(Contador – CADE – Cespe – 2014)

A distinção básica entre ativo intangível e goodwill reside no fato de o primeiro ser, necessa-riamente, identificável, ao passo que o ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) não é identificado individualmente apesar de ser um ativo que representa benefícios econômicos futuros, gerados por outros ativos adquiridos em uma combinação de negócios.

( ) Certo   ( ) Errado

Ativo intangível controlado

O controle formal é a capacidade da entidade controlar os benefícios econômicos futuros do ativo intangível por meio de direitos legais que possam ser exercidos num tribunal. A ausência de direitos legais dificulta a comprovação do controle. No entanto, a imposição legal de um di-reito não é uma condição imprescindível para o controle, visto que a entidade pode controlar benefícios econômicos futuros de outra forma.

O controle não formal é a capacidade da entidade controlar os benefícios econômicos futuros de ativo intangível na ausência de direitos legais

Reconhecimento e mensuração

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A entidade deve avaliar a probabilidade de geração de benefícios econômicos futuros utilizan-do premissas razoáveis e comprováveis que representem a melhor estimativa da administra-ção em relação ao conjunto de condições econômicas que existirão durante a vida útil do ativo.

A entidade deve utilizar seu julgamento para avaliar o grau de certeza relacionado ao fluxo de benefícios econômicos futuros atribuíveis ao uso do ativo, com base nas evidências disponíveis no momento do reconhecimento inicial, dando maior peso às evidências externas.

ATENÇÃO

Um ativo intangível deve ser reconhecido inicialmente ao custo.

(Analista – MPU – Cespe – 2015)

O ativo intangível gerado internamente não deve ser reconhecido nas demonstrações contábeis

( ) Certo   ( ) Errado

Aquisição separada de um ativo

Normalmente, o preço que a entidade paga para adquirir separadamente um ativo intangível reflete sua expectativa sobre a probabilidade de os benefícios futuros esperados, incorporados no ativo, serem gerados a seu favor.

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Dessa maneira, a condição probabilidade é sempre considerada atendida para ativos intangí-veis adquiridos separadamente.

Já em relação ao custo de um ativo intangível adquirido separadamente, é sempre possível mensurá-lo com confiabilidade, pois há pagamento em dinheiro ou cedência de outro ativo não monetário como permuta.

Na aquisição separada de um ativo intangível temos que distinguir os custos diretamente atribuíveis dos gastos que não fazem parte do custo de ativo intangível.

O reconhecimento dos custos no valor contábil de um ativo intangível cessa quando esse ativo está nas condições operacionais pretendidas pela administração.

Portanto, os custos incorridos no uso ou na transferência ou reinstalação de ativo intangível não devem ser incluídos no seu valor contábil, como, por exemplo, os seguintes custos:

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Algumas operações realizadas em conexão com o desenvolvimento de ativo intangível não são necessárias para deixá-lo em condições operacionais pretendidas pela administração. Essas ati-vidades eventuais podem ocorrer antes ou durante as atividades de desenvolvimento.

Como essas atividades não são necessárias para que o ativo fique em condições de funcionar da maneira pretendida pela administração, as receitas e as despesas relacionadas devem ser reconhecidas imediatamente no resultado e incluídas nas suas respectivas classificações de receita e despesa.

(Analista de Contabilidade – TJBA – FGV – 2015)

De acordo com o CPC 04 (R1) – Ativo Intangível, o preço que uma entidade paga para adquirir separadamente um ativo intangível reflete sua expectativa sobre a probabilidade de os benefí-cios econômicos futuros esperados, incorporados no ativo, serem gerados a favor da entidade. São exemplos de custos diretamente atribuíveis a um ativo intangível adquirido separadamen-te, EXCETO:

a) impostos não recuperáveis sobre a compra;b) honorários profissionais diretamente relacionados;c) custos com testes;d) custos de benefícios aos empregados;e) custos de treinamento.

Se o prazo de pagamento de um ativo intangível excede os prazos normais de crédito, o seu custo deve ser o equivalente ao preço à vista.

A diferença entre esse valor e o total de pagamentos deve ser reconhecida como despesa com juros, durante o período, a menos que seja passível de capitalização, como custo financeiro di-retamente identificável do ativo, durante o período em que esteja sendo preparado para o uso pretendido pela administração, quando se tratar de ativo que leva necessariamente um perío-do substancial de tempo para ficar pronto para o seu uso.

Nesse último caso o custo financeiro deve ser capitalizado no valor do ativo de acordo com o pronunciamento técnico CPC 20 – custos de empréstimos.

Aquisição de intangível oriundo da combinação de negócios

De acordo com o pronunciamento técnico CPC 15 – Combinação de negócios, se um ativo in-tangível for adquirido em uma combinação de negócios , o seu custo deverá ser o valor justo na data de aquisição, o qual reflete as expectativas dos participantes no mercado na data da aquisição sobre a probabilidade de que os benefícios econômicos futuros incorporados no ati-vo serão gerados em favor da entidade.

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Dessa maneira, a condição probabilidade é sempre considerada atendida para ativos intangí-veis adquiridos em combinação de negócios.

Se um ativo intangível adquirido em combinação de negócios puder ser separado ou resultar de direitos contratuais restará suficiente a informação para mensurar com confiabilidade o seu valor justo.

Já em relação ao custo de um ativo intangível adquirido em combinação de negócios, é sempre possível mensurá-lo com confiabilidade, pois há envolvimento de ativos monetários e não mo-netários.

De acordo com o pronunciamento técnico CPC 15 – Combinação de negócios, o adquirente deve reconhecer na data da aquisição, separadamente do goodwill apurado em uma combi-nação de negócios, um ativo intangível da adquirida, independentemente de o ativo ter sido reconhecido pela adquirida antes da aquisição da empresa.

Isso significa dizer que o adquirente reconhece como ativo, separadamente do goodwill, um projeto de pesquisa e desenvolvimento em andamento da adquirida se o projeto atender à definição de ativo intangível.

Mensuração de um ativo intangível oriundo da combinação de negócios

O valor justo de um ativo intangível adquirido em uma combinação de negócios que for separá-vel ou resultar de direitos contratuais pode ser mensurado com confiabilidade.

No ativo intangível adquirido em uma combinação de negócios que tiver vida útil definida ha-verá a presunção de que o seu valor justo possa ser estimado com segurança.

A entidade que adquirir um ativo intangível em combinação de negócios deve reconhecer o ativo intangível separado do goodwill, mas em conjunto com o item relacionado.

Aquisição de ativo intangível por meio de subvenção ou assistência governamental

Nas operações que envolvem o governo e a entidade privada, a entidade pode adquirir um ativo intangível sem custo ou pelo valor nominal, por meio de uma subvenção ou assistência governamental.

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Na subvenção ou assistência governamental sem custos, o governo transfere para a entidade ativos intangíveis, como direito de aterrisagem em aeroporto, licenças para operação de esta-ções de rádio ou de televisão, licenças de importação ou direitos de acesso a outros recursos restritos.

De acordo com o CPC 07, a entidade tem a faculdade de reconhecer inicialmente o ativo intan-gível ou a concessão governamental ao valor justo.

Caso a entidade não reconheça inicialmente o ativo intangível ou a concessão governamental pelo valor justo, ela deverá reconhecer inicialmente pelo valor nominal acrescido de quaisquer gastos diretamente atribuíveis.

(Contador – Petrobras – Cesgranrio – 2010)

A Companhia de Aviação Alta Linhas Áreas S/A, que adquiriu o direito de aterrissagem em aero-portos nacionais, mediante subvenção governamental, informou:

Considerando-se exclusivamente as informações recebidas, esse intangível deve ser registrado pela contabilidade, em reais, por

a) 100.000,00b) 120.000,00c) 200.000,00d) 270.000,00e) 350.000,00

Aquisição de ativo intangível por meio de permuta de ativos

Os ativos intangíveis podem ser adquiridos por meio de permutas de ativos monetários e não monetários.

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Aquisição de ativo intangível por meio de permuta de ativos

Caso o ativo adquirido não seja mensurável ao valor justo, o seu custo deve ser determinado pelo valor contábil do item cedido.

Quando da realização da operação, a entidade deve determinar se a operação tem natureza comercial considerando até que ponto os seus fluxos de caixa futuros serão modificados em virtude da operação.

Quando uma operação de permuta tem natureza comercial?

Quando a configuração (risco, oportunidade e valor) dos fluxos de caixa do ativo recebido for diferente do fluxo de caixa do ativo cedido ou o valor específico para a entidade de parcela das suas atividades for afetado pelas mudanças resultantes da permuta.

A operação também terá natureza comercial se a diferença entre o risco, oportunidade e valor dos ativos cedidos e recebidos e, o valor específico da permuta provocar mudanças significati-vas em relação ao valor justo dos ativos permutados.

Ademais, para determinar se uma operação de permuta tem natureza comercial, o valor espe-cífico para a entidade da parcela das suas atividades afetada pela operação deve estar refletida nos fluxos de caixa após os efeitos de sua tributação. O resultado dessas análises pode ficar claro sem que a entidade realize cálculos detalhados.

Caso a entidade seja capaz de mensurar com segurança tanto o valor justo do ativo recebido como o do ativo cedido, então o valor justo do ativo cedido deve ser usado para mensurar o custo, a não ser que o valor justo do ativo recebido seja mais evidente.

Esquematizando

Goodwill

O goodwill é comumente definido, de forma não perfeita, como um Ativo Intangível que pode ser identificado pela diferença entre o valor contábil e o valor de mercado de uma empresa. Mas, propriamente, é a diferença entre Valor de Mercado dos Ativos e Passivos e o Valor de Mercado da Empresa.

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Em outras palavras, diz-se que o goodwill é uma espécie de ágio, de um valor agregado que tem a empresa em função da lealdade dos clientes, da imagem, da reputação, do nome da empresa, da marca de seus produtos, do ponto comercial, de patentes registradas, de direitos autorais, de direitos exclusivos de comercialização, de treinamento e habilidade de funcionários etc.

Goodwill gerado internamente

O goodwill gerado internamente não deve ser reconhecido como ativo intangível. Em alguns casos incorre-se em gastos para gerar benefícios econômicos futuros, mas que não resultam na criação de um ativo intangível que se enquadre nos critérios de reconhecimento estabelecidos pelo CPC 04.

Esses gastos costumam ser descritos como contribuições para o goodwill gerado internamen-te, o qual não é reconhecido como ativo intangível porque não é identificável – ele não é sepa-rável, nem advém de direitos contratuais -, pela entidade, não podendo ser mensurado com segurança pela entidade.

As diferenças entre o valor justo da entidade e o valor contábil de seu patrimônio líquido, a qualquer momento, podem incluir uma série de fatores que afetam o valor justo da entidade. No entanto, essas diferenças não representam o custo dos ativos intangíveis controlados pela entidade.

(Agente – MJ-PF – CESPE – 2012)

Não deve ser reconhecido como ativo o ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente.

( ) Certo   ( ) Errado

Ativo intangível gerado internamente

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Ativo intangível gerado internamente

Por exemplo, uma companhia adquire uma lista de clientes (ativo intangível) e, com o objetivo de ampliar o número desses clientes, incorre em gastos relacionados com as suas operações regulares. Esse incremento de gastos que estão relacionados com as suas operações regulares é tratado como despesas, jamais como ativos intangíveis.

Para avaliar se um ativo intangível gerado internamente atende aos critérios de reconhecimento, a entidade deve classificar a geração do ativo na fase de:

Caso a entidade não consiga diferenciar a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento de projeto interno de criação de ativo intangível, o gasto com o projeto deve ser tratada como in-corrido apenas na fase de pesquisa.

Fase de pesquisa

Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa (ou da fase de pesquisa do projeto interno) deve ser reconhecido. Os gastos com pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) deve ser reconhecidos como despesa quando incorridos.

Por quê?

Durante a fase de pesquisa de projetos internos a entidade não está apta a demonstrar a exis-tência do ativo intangível que gerará prováveis benefícios econômicos futuros. Por isso tais gas-tos devem ser reconhecidos como despesas quando incorridos.

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Exemplos de atividades de pesquisa

Fase de desenvolvimento

Um ativo intangível resultante do desenvolvimento (ou fase de desenvolvimento de projeto interno) somente deve ser reconhecido se a entidade puder demonstrar todos os seguintes aspectos:

Fase de desenvolvimento – aspectos

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Fase de desenvolvimento

Na fase de desenvolvimento de projeto interno, a entidade pode, em alguns casos, identificar um ativo intangível e demonstrar que esse gerará prováveis benefícios econômicos futuros, uma vez que a fase de desenvolvimento de um projeto é mais avançada do que a fase de pes-quisa.

Exemplos de atividades de desenvolvimento

Memorex – gastos com pesquisa e desenvolvimento

Gastos com pesquisa e desenvolvimento em andamento

Os gastos decorrentes de projeto de pesquisa em andamento adquiridos em separado ou em combinação de negócios devem ser reconhecidos como ativo intangível.

Os gastos relacionados com pesquisa incorridos após a aquisição devem ser tratados como despesas do período.

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Os gastos de desenvolvimento relativos a projetos de desenvolvimento em andamento, adquiridos em separado ou em combinação de negócios devem ser reconhecidos como ativo intangível.

Os gastos de desenvolvimento incorridos após a aquisição de projetos de desenvolvimento em andamento poderão ser reconhecidos como despesas ou como ativo intangível, sendo:

• Se a entidade puder demonstrar a geração de benefícios econômicos futuros: ativo intangível.

• Se a entidade não puder demonstrar a geração de benefícios econômicos futuros: despesas.

Memorex – gastos com pesquisa e desenvolvimento em andamento

Reconhecimento de despesas

Os gastos com um item intangível devem ser reconhecidos como despesas quando incorridos, exceto se:

a) fizerem parte do custo de ativo intangível que atenda aos critérios de reconhecimento; ou

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b) se o item é adquirido em uma combinação de negócios e não possa ser reconhecido como ativo intangível. Nesse caso, esse gasto (incluído no custo da combinação de negócios) deve fazer parte do valor atribuível ao ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) na data de aquisição.

Exemplos de outros gastos que devem ser reconhecidos como despesas:

a) Gastos com atividades pré-operacionais, exceto se estiver incluídas na aquisição de um ativo imobilizado;

b) Gastos com treinamento;

c) Gastos com publicidade e atividades promocionais; e

d) Gastos com remanejamento ou reorganização, total ou parcial, da entidade.

Detalhe importante: gostos com um item intangível reconhecidos inicialmente como despesas não devem ser reconhecidos como parte do custo do ativo intangível em data subsequente.

Custo de ativo intangível gerado internamente

Um ativo intangível gerado internamente deve ser reconhecido inicialmente pelo seu custo e esse custo inclui todos os gastos diretamente atribuíveis, necessários à criação, produção e prepara-ção do ativo para que ele seja capaz de funcionar de forma pretendida pela administração.

São considerados custos de um ativo intangível gerado internamente:

• Materiais ou serviços consumidos ou utilizados na geração do ativo intangível;

• Custos de benefícios a empregados, de acordo com o CPC 33;

• Taxas de registro de direito legal; e

• Amortização de patentes e licenças utilizadas na geração do ativo intangível.

Não serão considerados custos de um ativo intangível gerado internamente:

• Gastos com vendas, administrativas ou outros gastos indiretos (exceto se puderem ser dire-tamente atribuíveis ao ativo intangível);

• Ineficiências operacionais ou prejuízos identificados que sejam incorridos antes do ativo atingir seu desempenho desejado; e

• Gastos com treinamento de pessoal para operar o ativo.

Mensuração após o reconhecimento

O pronunciamento conceitual básico CPC 00 prevê que a entidade pode, em determinadas circunstâncias, optar pelo método de custo ou pelo método de reavaliação para a sua política contábil. Embora apresente a reavaliação como alternativa, a Lei nº 11.638/07 extinguiu a reserva de reavaliação no Brasil.

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Portanto, como a reavaliação é proibida no Brasil, a mensuração de um ativo intangível será realizada somente pelo método de custos.

Método de custo

Após o reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser apresentado ao custo, menos a eventual amortização acumulada e a perda acumulada por impairment. Sendo assim, a fórmula para cálculo do valor contábil de um ativo intangível será:

Fatores a serem considerados na vida útil

São muitos os fatores que devem ser considerados na determinação da vida útil de um ativo intangível, inclusive:

Vida útil e amortização

Qual a importância de definir a vida útil de um ativo intangível?

Porque um ativo intangível com vida útil definida dará início ao processo de amortização, en-quanto um ativo intangível com vida útil indefinida não terá amortização associada.

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ATENÇÃO

Vida útil indefinida não é sinônimo de infinita. A vida útil de um ativo intangível deve considerar apenas a manutenção futura exigida para mantê-lo no nível de desempenho avaliado no momento da estimativa de sua vida útil e capacidade.

Ativo intangível com vida útil definida

O valor amortizável de um ativo intangível deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada.

Amortização

Amortizar significa extinguir aos poucos ou em parcelas, diminuir gradualmente até a extinção total. O processo de amortização é o mesmo da depreciação.

A amortização tem previsão legal na Lei nº 6.404/76 através do seu art. 183, § 2º:

§ 2º A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será regis-trada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;

Em resumo, amortizar significa transferir gradualmente para o resultado do período parcelas de um direito registrado no intangível.

As parcelas do ativo que são transferidas para o resultado são consideradas despesas contábeis pela Lei nº 6.404/76 e, também, pela legislação do imposto de renda.

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A amortização é realizada de maneira similar à depreciação, inclusive quanto aos métodos de cálculos, podendo ser realizados através de (i) método linear (quotas constantes ou linha reta); (ii) método dos saldos decrescentes (método de cole ou método da soma dos dígitos); (iii) mé-todo das unidades produzidas; e (iv) método baseado nas receitas geradas.

Embora a amortização e a depreciação utilizem métodos idênticos para realizar os cálculos das apropriações sistemáticas, os procedimentos possuem uma diferença extremamente impor-tante:

No caso em que cessar, por algum motivo, a utilização comercial de um ativo intangível, este deverá ser lançado como despesa operacional do exercício em que isso ocorrer.

Direitos amortizáveis

• Concessões públicas (estradas, telefonias, ferrovias, etc.)

• Direitos autorais

• Compra de tecnologia

• Patentes de invenção

• Direitos de uso de marca

• Contratos de exploração de florestas

ATENÇÃO

Há direitos que não sofrem processo de desvalorização e outros que não têm prazo definido, por isso não passam pela amortização. O exemplo do primeiro caso é o uso da linha de telefo-nia e o segundo, as marcas e patentes.

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Métodos de amortização

Exemplo de amortização – método linear

Aquisição de direito de exploração florestal: JAN/19

Valor: R$ 400.000,00

Vida útil: 8 anos

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Método dos saldos decrescentes

É um método que proporciona despesas com amortização maiores no início e menores no fi-nal da vida útil do ativo intangível.

O cálculo é feito em 02 (dois) passos, sendo:

1. Somam-se os algarismos que compõem a vida útil do bem. Por exemplo, um veículo com vida útil de 05 (anos) será: 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15

2. A amortização de cada ano será uma fração na qual o numerador é (n) para o primeiro ano, (n-1) para o segundo ano, (n-2) para o terceiro ano, enquanto que o denominador corres-ponde à soma dos algarismos, em que n é o período de vida útil em anos.

Exemplo de amortização – método linear

Aquisição de direito de exploração florestal: JAN/19

Valor: R$ 400.000,00

Vida útil: 8 anos

Qual será o valor de depreciação no 4º ano?

Método das unidades produzidas

A quota de amortização de cada período será obtida dividindo-se o número de unidades pro-duzidas no período pelo número de unidades a serem produzidas ao longo da vida útil do ativo intangível. A taxa de amortização do período é proporcional à quantidade de unidades produzi-das no respectivo período.

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Contabilidade Geral – Ativos Intangíveis – Prof. Rodrigo Machado

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Valor residual

Presume-se que o valor residual de um ativo intangível com vida útil definida é igual a zero.

Contudo, há exceções relativas ao valor residual de um ativo intangível com vida útil definida:

a) Existência de um compromisso de terceiros para comprar o ativo intangível ao final da sua vida útil; ou

b) Quando existir um mercado ativo para esse item intangível (de acordo com o CPC 46)

A estimativa de valor residual de um ativo intangível baseia-se no valor de recuperação pela alienação, utilizando-se os preços em vigor na data da estimativa para a venda de um ativo similar que tenha atingido o final de sua vida útil.

O valor residual de um ativo intangível deve ser revisado pelo menos ao final de cada exercício. Caso seja percebida alteração no padrão de consumo desse ativo intangível o valor residual (assim como o método de amortização) deve ser revisado, mesmo que não tenha decorrido um ano da última revisão.

Ativo intangível com vida útil indefinida

Embora um ativo intangível com vida útil indefinida não sofra o processo de amortização, a entidade deverá testar anualmente e sempre que existirem indícios de que o ativo intangível possa ter perdido o valor, de acordo com o CPC 01.

Portanto, esse grupo do ativo também será submetido ao teste de recuperabilidade periodica-mente, para avaliar se os eventos e as circunstâncias presentes quando da aquisição do ativo intangível continuam existindo em termos de benefícios econômicos futuros esperados.

Baixa do ativo intangível

O ativo intangível deve ser baixado:

a) Por ocasião da sua alienação; ou

b) Quando não são esperados benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou alienação.

Os ganhos ou perdas de capital decorrentes da baixa do ativo intangível são decorrentes da di-ferença entre o valor líquido de venda e o valor contábil.

Os ganhos ou perdas de capital devem ser reconhecidos no resultado no período em que o ati-vo intangível é baixado. Esses ganhos ou perdas não devem ser reconhecidos como receitas ou despesas de vendas.

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Divulgação

Uma classe de ativos intangíveis é um grupo de ativos de natureza e com utilização similar nas atividades da entidade.

• Marcas • Títulos e periódicos • Softwares • Licenças e franquias • Direitos autorais, patentes e outros direitos de propriedade industrial, de serviços e opera-

cionais • Receitas, formulas, modelos, projetos e protótipos • Ativos intangíveis em desenvolvimento

As classes podem ser agregadas ou separadas em menores ou maiores classes se isso for rele-vante e tornar mais úteis as informações para os usuários dos relatórios contábil-financeiros.

A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos intangíveis, fa-zendo distinção entre ativos intangíveis gerados internamente e outros ativos intangíveis:

• Com vida útil definida ou indefinida e, se definida, os prazos de vida útil, métodos de amor-tização e o saldo de amortização acumulada

• O valor contábil bruto e a eventual amortização acumulada (mais as perdas acumuladas no valor recuperável) no início e no final do período

• A rubrica da demonstração do resultado em que qualquer amortização de ativo intangível for incluída

A entidade deve divulgar também a conciliação do valor contábil no início e no final do período, demonstrando:

• Aumentos ou reduções de valor ocorridos durante o período e revertidos diretamente no patrimônio líquido, conforme CPC01.

• Ativos classificados como mantidos para venda, nos moldes do CPC 31 e outras baixas.

• Adições, indicando separadamente os que foram desenvolvidos internamente dos que fo-ram adquiridos.

• Histórico das reversões de perdas por desvalorização ocorridas no período.

• Variações cambiais líquidas geradas pela conversão das demonstrações contábeis da enti-dade para a moeda de apresentação e de operações da entidade no exterior para a moeda de apresentação.

• Provisões para perda, conforme CPC01.

• Qualquer amortização reconhecida no período.

• Outras informações acerca da alteração no valor dos ativos.