conta corrente set 2010 - bancariossm.org.br · 18 mil bancários desligados dos bancos no primeiro...

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Foto Divulgação / CC Campanha salarial: chegou a hora da mobilização! Campanha salarial: chegou a hora da mobilização! Jantar Baile Veja imagens da festa no Clube Esportivo Página 4 ContaCorrente Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região Setembro 2010 Comitê de ética Funcionário do BB de Santa Maria é eleito Página 7 Banrisul Dia do Amarelo mobilizou todas as agências Página 5 Futsal Itaú Medianeira é o grande campeão de 2010 Página 6 Isonomia Encontro em 11 de setembro ocorre em SC Página 6 Mobilização As primeiras negociações de Caixa e BB Página 7 C omeçaram mal as negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2010. Na segunda rodada de negociações sobre saúde do trabalhador (o que inclui assédio moral e metas abusivas) e segurança bancária, realizada nos dias 1º e 2 de setem- bro, em São Paulo, os bancos rejeitaram quase todas as reivindica- ções apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários. A pesquisa sobre emprego na categoria desenvolvida pela Contraf-CUT e pelo Dieese mostrou que a metade dos 18 mil bancários desligados dos bancos no primeiro semestre de 2010 foi por iniciativa dos próprios trabalhadores, fundamentalmente em razão da situação cada vez mais insuportável no traba- lho provocada pelo assédio moral e pelas me- tas abusivas. Os bancários deixaram muito claro que, além do aumento de salário e de melhorias na PLR, a Campanha Nacional deste ano precisa avançar na direção de relações de trabalho mais humanas, o que passa necessariamente pelo combate ao assédio moral e pelo fim das me- tas abusivas. Assédio moral As negociações sobre assédio moral e metas abusivas, nessas primeiras rodadas, partiram dos resultados das discussões na Mesa Temática de Saúde do Trabalhador. Conquistada na campa- nha nacional do ano passado, esse fórum bipartite já realizou três reuniões este ano. A discussão gira em torno da implantação de um programa de prevenção de conflitos no ambiente de trabalho, o que inclui a possibi- lidade de apuração de denúncias de assédio moral encaminhadas pelos sindicatos. O pro- grama vem sendo debatido desde 2006, mas permanece com uma série de pendências em razão da intransigência dos bancos. Metas abusivas Os negociadores da Fenaban também rejeitaram as propostas dos bancários para acabar com as metas abusivas, entre elas o fim do ranking individual de vendas de produtos e o fim das metas para os caixas. O Comando Nacional reafirmou aos representantes dos ban- cos que o problema a ser solucionado não é a existência de metas, mas a forma como essas metas são instituídas e cobradas dos tra- balhadores, o que tem sido o principal fator gerador do assédio moral e de adoecimento dos bancários. Outras reivindicações de saúde Os representantes dos banqueiros recusaram ainda uma série de outras reivindicações, como, por exem- plo, a manutenção de salários e a isonomia de direitos para quem está afastado por licença- saúde (cesta-alimentação, tíquete-refeição e PLR). Os bancos também negaram a conces- são de abono de falta aos bancários com defi- ciência para o reparo de aparelhos que preci- sam usar. Segurança bancária A Fenaban negou o atendimento das prin- cipais reivindicações que tratam de segurança, como a proibição ao transporte de numerário e à guardas das chaves pelos bancários. Tam- bém negaram o adicional de risco de vida de 30% para quem trabalha em agências, postos e tesouraria e que está sendo conquistado pe- los vigilantes em acordos coletivos e em vota- ções de projetos de lei no Congresso Nacional. Os bancos se recusaram ainda a garantir medidas preventivas contra assaltos, como a co- locação de portas giratórias em todas as agên- cias e postos, câmeras de filmagem com monitoramento em tempo real e outros equi- pamentos. Em relação à assistência às vítimas de assal- tos, sequestros e extorsões, os bancos se limitaram a garantir aten- dimento médico ou psicológico no local da ocorrência. Não asse- guraram tratamento psicológico, nem aceitaram o fechamento da agência ou posto no dia do assalto, muito menos o acompanha- mento de um advogado do banco na identificação de suspeitos na polícia. Além disso, os banqueiros foram contrários à estabilidade provisória de 36 meses para as vítimas de assaltos e sequestros. Leia mais na página 7

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Campanha salarial:chegou a hora da mobilização!Campanha salarial:chegou a hora da mobilização!

Jantar BaileVeja imagensda festa noClube Esportivo

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ContaCorrenteInformativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região Setembro 2010

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Comitê de éticaFuncionário doBB de SantaMaria é eleito

Página 7

BanrisulDia do Amarelomobilizou todasas agências

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FutsalItaú Medianeiraé o grandecampeão de 2010

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IsonomiaEncontro em11 de setembroocorre em SC

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MobilizaçãoAs primeirasnegociações deCaixa e BB

Página 7

Começaram mal as negociações da Campanha Nacional dosBancários 2010. Na segunda rodada de negociações sobresaúde do trabalhador (o que inclui assédio moral e metas

abusivas) e segurança bancária, realizada nos dias 1º e 2 de setem-bro, em São Paulo, os bancos rejeitaram quase todas as reivindica-ções apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários.

A pesquisa sobre emprego na categoria desenvolvida pelaContraf-CUT e pelo Dieese mostrou que a metade dos18 mil bancários desligados dos bancos no primeirosemestre de 2010 foi por iniciativa dos própriostrabalhadores, fundamentalmente em razão dasituação cada vez mais insuportável no traba-lho provocada pelo assédio moral e pelas me-tas abusivas.

Os bancários deixaram muito claro que,além do aumento de salário e de melhorias naPLR, a Campanha Nacional deste ano precisaavançar na direção de relações de trabalho maishumanas, o que passa necessariamente pelocombate ao assédio moral e pelo fim das me-tas abusivas.

Assédio moralAs negociações sobre assédio moral e metas

abusivas, nessas primeiras rodadas, partiram dosresultados das discussões na Mesa Temática deSaúde do Trabalhador. Conquistada na campa-nha nacional do ano passado, esse fórumbipartite já realizou três reuniões este ano.

A discussão gira em torno da implantaçãode um programa de prevenção de conflitos noambiente de trabalho, o que inclui a possibi-lidade de apuração de denúncias de assédiomoral encaminhadas pelos sindicatos. O pro-grama vem sendo debatido desde 2006, mas permanece com umasérie de pendências em razão da intransigência dos bancos.

Metas abusivasOs negociadores da Fenaban também rejeitaram as propostas

dos bancários para acabar com as metas abusivas, entre elas o fimdo ranking individual de vendas de produtos e o fim das metaspara os caixas.

O Comando Nacional reafirmou aos representantes dos ban-cos que o problema a ser solucionado não é a existência de metas,mas a forma como essas metas são instituídas e cobradas dos tra-balhadores, o que tem sido o principal fator gerador do assédiomoral e de adoecimento dos bancários.

Outras reivindicações de saúdeOs representantes dos banqueiros recusaram aindauma série de outras reivindicações, como, por exem-

plo, a manutenção de salários e a isonomia dedireitos para quem está afastado por licença-saúde (cesta-alimentação, tíquete-refeição ePLR). Os bancos também negaram a conces-são de abono de falta aos bancários com defi-ciência para o reparo de aparelhos que preci-sam usar.

Segurança bancáriaA Fenaban negou o atendimento das prin-

cipais reivindicações que tratam de segurança,como a proibição ao transporte de numerárioe à guardas das chaves pelos bancários. Tam-bém negaram o adicional de risco de vida de30% para quem trabalha em agências, postose tesouraria e que está sendo conquistado pe-los vigilantes em acordos coletivos e em vota-ções de projetos de lei no Congresso Nacional.

Os bancos se recusaram ainda a garantirmedidas preventivas contra assaltos, como a co-locação de portas giratórias em todas as agên-cias e postos, câmeras de filmagem commonitoramento em tempo real e outros equi-pamentos.

Em relação à assistência às vítimas de assal-tos, sequestros e extorsões, os bancos se limitaram a garantir aten-dimento médico ou psicológico no local da ocorrência. Não asse-guraram tratamento psicológico, nem aceitaram o fechamento daagência ou posto no dia do assalto, muito menos o acompanha-mento de um advogado do banco na identificação de suspeitos napolícia. Além disso, os banqueiros foram contrários à estabilidadeprovisória de 36 meses para as vítimas de assaltos e sequestros.

Leia mais na página 7

É hora de enfrentar o medo

É hora de enfrentar o medo! O slogan de nossacampanha salarial deste ano deixa clara nossadisposição para a luta. Também precisamos

deixar claro que adotamos a marca da campanha es-tadual e não a da nacional, conforme acordado nofórum deliberativo regional - Sistema Diretivo Fetrafi- que liberava as entidades de base para que adotas-sem a que entendessem como a que melhor repre-senta os anseios da categoria. Nosso entendimento éque a marca nacional não dialogava com o momentoque vivemos, principalmente em relação aos bancospúblicos, onde o assédio moral, precarização das re-lações de trabalho, assalto a direitos trabalhistas en-tre outros problemas que temos vivenciado tem-seagravado em uma velocidade voraz.

Sim. É hora de enfrentar o medo! Talvez, nestacampanha salarial o valor do índice reivindicado sejade menor importância, haja vista que os demais itensdas pautas geral e específicas se revestem de maiorrelevância à medida que começamos a estudar e en-tender que fim das metas abusivas tem a ver com fimdo assédio moral e com adoecimento precoce dos tra-balhadores bancários; que respeito a direitos conquis-tados como pagamento de horas-extraordinárias tema ver com necessidade de efetivos maiores nas agênci-as para atendimento ao público; que pagamento deatrasados, ou recomposição de perdas, ou como quei-ram chamar, se promoção na letra, na carreira ou maisum delta, significa sim mais dinheiro no bolso e refle-xo em todas as verbas (férias, 13° salário, INSS , FGTS).

A hora é de enfrentar o medo. E o medo está den-tro de nós. Ele é representado pelo superior que nosassedia diariamente pelo cumprimento de metas, pelocolega que não tem disposição de luta porque tem“interesses pessoais de crescimento na carreira”, peladesculpa de que se Agudo ou Porto Alegre não saírempara a greve então não posso sair, pelas ameaças vela-das ou explícitas de perda de função em caso de ummovimento paredista. Por falar nisso, pergunte-se:quantos colegas que você conhece que perderam a fun-ção/comissão porque fez greve? Não estamos apenasusando uma desculpa para não aderirmos ao movi-mento que os colegas escriturários e caixas empreen-dem em sua maioria? Se todos, ou a maioria, doscomissionados de uma agência aderirem à paralisaçãoquem será nomeado em seu lugar? Pensem!

É hora de enfrentar o medo! Medo do superin-tendente que acha que é dono do banco, do gerenteque te convida para as festas da agência, te dá umtapinha nas costas, até te dá uma comissão de vezem quando, mas que em troca disso te manda torpe-dos via celular de manhã cedo no sábado, te mandae-mails perguntando daquela venda que ainda nãoefetivaste, acha que a comissão é benesse dele comose tu não tivesses capacidade e competência paraconquistá-la. Ou seja, vendeste a alma não para odiabo, mas sim para o capital. Está na hora de en-frentar o medo. É chegada a hora.

É hora de enfrentar o medo!

Editorial○

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Notícias 2Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e RegiãoContaCorrente

Setembro de 2010

Claudenir Teixeira Freitas,bancário

Setembro é o mês de nossadata base, realizamos con-ferências estaduais, naci-

onais, montamos a minuta dereivindicações e entregamos amesma no mês de agosto. Apartir daí começa a velhatruculência dos banqueiros, afalta de interesse nas discussõese o descaso com a categoria.Mas o pior de tudo isso é quan-do estamos em um ano eleito-ral como 2010, a categoria ficaa espera de uma definição enada. Nós que fazemos parte daCSD, CUT Socialista e Demo-crática juntamente com outroscompanheiros de outros sindi-catos do Rio Grande do Sul nãoconcordamos com o adiamen-to do calendário de luta, dandoa impressão de que estamos es-perando que os candidatos de-cidam quando devemos enfren-tar os banqueiros. Até quandoalguns bancários de base vão fi-car esperando que as coisas se

resolvam sem a participação dosmesmos? Até quando nós que nãoconcordamos com essa posturateremos que dar explicações emassembleias de que somos mino-ria no país e “patrolados” por de-cisões unilaterais?

Precisamos do comprometi-mento de todos, da participaçãode todos, para que o desejo dobancário esteja acima de gover-nos eleitos, independentementedo partido que esteja na situação.Não podemos aceitar que umacampanha salarial se prolonguetanto e que com certeza vai fazercom que a unidade da categoriase desfaça devido ao desânimo,a sensação de impotência e a fal-ta de perspectiva. Precisamos deuma luta coesa para enfrentar osbanqueiros que pensam somenteno lucro, esquecendo-se de valo-rizar o trabalho do bancário. Pre-cisamos encontrar uma maneirade mostrar aos clientes e usuári-os o porquê da greve, que todosnós sabemos, afeta diretamentepopulação. É inaceitável uma pos-tura tão descarada de blindagem

Campanha Salariala esse ou aquele candidato.

Só existe uma maneira deresolvermos esse problema, queé justamente com a participa-ção dos bancários nas discus-sões em assembleias, mostran-do a posição de cada um paraque possamos juntos deliberaro melhor para categoria. AAssembleia é soberana e nãoexiste voto por procuração, aparticipação é fundamental nes-se momento. Unir forças é pri-oridade no movimento sindicalna busca de melhores conquis-tas e na pressão que devemosfazer para que os banqueirosentendam que somos unidos efortes, embora saibamos quenão será fácil.

Por isso, volto a repetir:participem, façam valer seuvoto por que nós todos sabe-mos que os banqueiros estãounidos e com um único objeti-vo que é: minar nossa resistên-cia e fazer com que nosdesmobilizemos durante a duracampanha que teremos pelafrente.

Artigos

Cesar Santos, bancário

OBanco do Brasil denovo! Este é mais umartigo da série que

venho escrevendo acerca dedesmandos, atropelo da legis-lação trabalhista, vistas gros-sas a infrações aos direitos detrabalhadores, ilegalidades àsnormas do BACEN,PROCON, etc. Essa não mecontaram. Eu vi e ouvi.

Dia desses acompanhavauma pessoa de minhas rela-ções pessoais ao Banco do Bra-sil e ela estava fazendo serviçopara a firma onde trabalha.Chegamos à agência (uma dascinco da cidade), a pessoa ti-rou uma senha para ser aten-dida no caixa. Aguardamos.

Quinze minutos depoisfoi chamada pelo painel. Des-contou um cheque, pagouum bloqueto, fez um depósi-to em cheque e.... pasmem...

A porta da rua é serventia da casahavia um depósito em dinhei-ro que o caixa não a permitiufazer dizendo que teria queefetuá-lo no auto-atendimento!

Pergunto-lhes, como assim?Existe um mínimo de procedi-mentos para serem efetuadosdesta forma? O caixa não pode-ria receber mais um depósito?Mandar o cliente entrar em ou-tra fila é decente? Que orienta-ção é essa que o caixa do BB re-cebe de mandar o cliente sairde dentro da agência e efetuaro depósito em outro lugar? Ban-co serve prá quê? Se fosse conti-go que me lê, depois que já fi-caste numa fila te mandaremprá outra por nada, que tu fari-as? Eu armaria um fordúncio!Chamaria PROCON, fiscal daprefeitura, etc. Falta de respei-to com o cliente!

O mais grave de tudo isso éque se sabe que na agência cen-tro do BB há poucos dias cole-gas caixas perderam a função

Diretor de Comunicação:César Augusto Simões dos Santos - MTb 7681

Base Territorial: Agudo, Cacequi, Dona Francisca,Faxinal do Soturno, Formigueiro, Itaara, Ivorá,Jaguari, Jari, Júlio de Castilhos, Mata, Nova Espe-rança do Sul, Nova Palma, Pinhal Grande,Quevedos, Restinga Seca, Santa Maria, SilveiraMartins, São João do Polêsine, São Martinho da

Serra, São Pedro do Sul, São Sepé, São Vicentedo Sul e Tupanciretã.

Colegiado Executivo:Efetivo: Antonio Tadeu de Menezes - Banrisul,César Santos - BB, Claudenir Freitas - ABNAMRO, Fabrício Michels - CEF, Marcello Carrión- CEF, Margarete Thomasi - Banrisul, MilaniaGaube - Santander, Nilo Zavarise - Itaú.

Sede 1: Rua Dr Bozano, 1147, sala 301. Fone 553222 8088.E-mail: [email protected]: www.bancariossm.org.br

Jornalista responsável: Maiquel Rosauro - MTb 13334

Projeto gráfico / diagramação: André Machado Fortes

Tiragem: 2 mil exemplares

ContaCorrenteExpediente

Gestão Ave Sonora / 2008-2011Fundado em 2 de outubro de 1935

Os textos assinados no jornal Conta Corrente são de inteira responsabilidadede seus autores enão representam necessariamente a opinião do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região.

porque, segundo a Super Es-tadual e a Regional, o núme-ro de autenticações era mui-to baixo. Ora bolas. Os cai-xas que estão se submetendoa estes desmandos não se de-ram conta do tiro no pé? Paramim foi a gota d’água.

A campanha salarial estáaí e vamos tratar desse assun-to com a seriedade necessá-ria, bem como de dois, en-tre outros: denúncia de queum gerente da cidade temconvocado seus subordina-dos para reuniões fora doponto (e cobra dos que nãocomparecem) e de outro quetem obrigado os funcionári-os a venderem a segunda par-te do parcelamento das féri-as. Todas estas denúncias,entre outras, serão levadas àSuperintendência e, se nãosurtir efeito, à Ouvidoria eao Ministério Público doTrabalho.

3 Notícias

Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região ContaCorrenteSetembro de 2010

Campanha reforça importânciada segunda via do título eleitoral

Assessoria Jurídica do SEEB SM e Região:Plantão no Sindicato

às terças e quintas, das 15h às 18h, ou noescritório do advogado: (55) 3222.4007

No final de semana de 11 e 12 de setembro,acontecerá a “Campanha Nacional Unificada daSegunda Via”. Trata-se de um mutirão, promo-vido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), parao atendimento da demanda da parcela do eleito-rado que precisa reimprimir seu título.

O eleitor que teve seu título eleitoral perdido,danificado ou extraviado poderá requerer a segun-da via do documento somente até o dia 23 de se-tembro. Nas eleições deste ano, o eleitor poderávotar somente mediante apresentação do título elei-toral juntamente com um documento de identifi-cação com foto: carteira de trabalho, carteira deidentidade, carteira de habilitação ou passaporte.

Todos os cartórios e centrais de atendimentoao eleitor do Estado abrirão nos finais de se-mana e feriados do mês de setembro. O horá-

Eleitor que teve seu títuloeleitoral perdido, danificado ou extraviadopoderá requerer a segunda via até 23 de setembro

Foto A Divulgação

rio de funcionamento da Justiça Eleitoral serádas 12h às 19h.

Federação e sindicatos debancários no RS divulgam

nota sobre BanrisulA Federação dos Tra-

balhadores em Institui-ções Financeiras(Fetrafi-RS) e os sindi-catos do interior e dacapital gaúcha divulga-ram no dia 3 de setem-bro uma nota à impren-sa sobre os últimosacontecimentos doBanrisul.

O esquema decorrupção envolvendo obanco se daria através desuperfaturamento naprodução de ações de marketing contratadas junto a agências queterceirizavam o serviço para empresas que, por sua vez,subcontratavam os reais executores a preços muito menores doque os cobrados do banco.

As entidades sindicais reafirmaram a defesa do Banrisul comobanco público. “Essas possíveis irregularidades trazem à tona a ne-cessidade de retomar o debate sobre a efetiva democratização e con-trole da sociedade sobre as empresas públicas”, afirma o documento.

Confira a íntegra da nota das entidades sindicais:A Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras do RS, o

SindBancários e os sindicatos de bancários do interior vêm a pú-blico reafirmar a importância do Banrisul enquanto banco públi-co, essencial para a economia e desenvolvimento do Estado.

Diante das investigações, prisões e apreensões feitas pela Polí-cia Federal na quinta-feira, 2 de setembro, as entidades sindicaisreiteram que estes fatos sejam apurados e os envolvidos submeti-dos ao rigor da lei.

Não é admissível que uma instituição sob gestão pública, par-te do patrimônio do Estado gaúcho, seja usada para atingir obje-tivos particulares e escusos, causando prejuízos à sociedade e aostrabalhadores do banco.

Enquanto estes absurdos ocorriam, a direção se concentravana economia de papel higiênico, luz, água, no corte do café, namanutenção de um quadro funcional reduzido, nas metas abusivasque causam o adoecimento dos bancários e prejudicam o atendi-mento do número crescente de clientes.

Essas possíveis irregularidades trazem à tona a necessidade deretomar o debate sobre a efetiva democratização e controle dasociedade sobre as empresas públicas.

A imagem do Banrisul não pode ser manchada e atreladas a atitu-des individuais que caracterizam irregularidades e corrupção.

Leia mais sobre os supostos desvios noBanrisul na página 5 desta edição

Foto Divulgação

Um gerente do Banco doBrasil, sequestrado durante umassalto à agência de Itabuna(BA), vai receber indenizaçãopor danos morais no valor de R$500 mil. A condenação do ban-co por danos morais foi mantidapela Quarta Turma do TribunalSuperior do Trabalho, que re-jeitou (não conheceu) seu recur-so, quanto a esse aspecto.

O sequestro aconteceu em 17de janeiro de 2000, por volta das20h, quando o gerente se diri-gia para casa. Ele foi rendido emantido em cárcere privado,junto com a irmã e a sobrinhade cinco anos, até a abertura daagência na manhã do dia seguin-te. Durante esse período, as ví-timas foram alvos de todo tipode intimidação e de terrorismopsicológico, como a ameaça con-tra os pais do gerente, que, se-gundo os bandidos, estariam sen-do monitorados por outros in-tegrantes em outra cidade.

No dia seguinte, ele foi obri-gado a se dirigir à agência do ban-co e retirar o dinheiro do cofre,cerca de R$ 134 mil, e entregaraos bandidos, que ainda manti-nham a irmã e sobrinha presasem lugar desconhecido.

Ao condenar o banco pordanos morais, o TRT argumen-tou que “o sofrimento, o deses-pero, a dor que atingiu o recla-mante, assim como os seus fa-miliares, dentre eles, sua sobri-nha de apenas cinco anos de ida-de, poderiam ter sido evitadosse o banco tivesse implementadonormas eficazes de segurança, oque não ocorreu”.

Para o TRT, cumpriria aoBanco do Brasil implantar es-

sas normas de segurança, “prin-cipalmente em relação aos em-pregados que possuem as cha-ves e que têm conhecimento dosegredo dos cofres, alvos prefe-renciais dos criminosos”. Aomissão do banco teria causado“graves problemas psicológicos”ao trabalhador, que passou “asofrer de transtorno de estressepós-traumático com sintomasde depressão, descontrole, ins-tabilidade, insegurança e perdade identidade pessoal, confor-me demonstram os relatórios eo laudo pericial.”

O Tribunal Regional daBahia ressaltou ainda que, mes-mo após sofrer na mão dos ban-didos, o gerente teve que se sub-meter ao interrogatório no ban-co, pois foi instaurado inquéri-to administrativo pelo fato deele não ter alertado a políciaquando esteve na agência parapegar o dinheiro no cofre, mes-mo com a irmã e a sobrinha ain-da em poder dos bandidos. Elassó foram liberadas no final damanhã. Além disso, após o as-salto, o gerente foi designado

para trabalhar como caixa, “sempossuir, contudo, condições fí-sicas e psicológicas para tanto.”

Além da condenação em da-nos morais, o TRT condenou oBanco do Brasil no pagamentode indenização por danos ma-teriais para cobrir as despesasmédicas e hospitalares do tra-balhador. Além disso, o Bancoterá que pagar ao gerente, atéque este complete 65 anos deidade, a diferença entre o valorda aposentadoria por invalidezaos 47 anos, decorrente dostraumas físicos e psíquicos ad-quiridos após o sequestro, e dosalário que ele receberia se esti-vesse na ativa.

Inconformado com o julga-mento, o Banco do Brasil inter-pôs recurso de revista no Tribu-nal Superior do Trabalho. Emsua defesa, o banco questionoua obrigação de conceder segu-rança individual aos emprega-dos, pois a segurança públicaseria obrigatoriedade do Esta-do, e solicitou que, caso fossemantida a indenização por da-nos morais, que houvesse umaredução no valor, consideradoalto pela instituição.

A ministra Maria de AssisCalsing, relatora do processo naQuarta Turma, ao rejeitar o re-curso do banco, não vislumbrounenhuma violação dos disposi-tivos legais apontados pela de-fesa na decisão do TRT. Ela sa-lientou que, quanto ao valor daindenização por danos morais,a matéria em discussão é emi-nentemente interpretativa,combatível tão somente pormeio de divergência de tesesjurídicas.

Gerente de banco sequestrado porassaltantes é indenizado em R$ 500 mil

Bancário foi rendido e mantido emcárcere privado, junto com a irmã ea sobrinha de cinco anos

Foto Divulgação

Jantar Baile foi um grande sucesso

Dia dos Bancários4 ContaCorrenteSetembro de 2010

Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região

Aedição 2010 do Jantar Baile dos Bancários de Santa Maria eRegião foi um grande sucesso. O evento realizado na noitede 27 de agosto, no Clube Esportivo recebeu um grandepúblico.

O jantar teve como cardápio escalope ao molho madeira, frango aomolho quatro queijos, pernil com frutas e fios de ovos, massas, arrozbranco e à grega, salpicão, mix de folhas, mix de legumes, molhos paratemperar, pudim, ambrosia, mouses e torta doce.

Após a deliciosa refeição, foi realizada a entrega dos troféus doCampeonato de Futsal 2010. Os jogadores do Itaú Medianeira, cam-peões do torneio, realizaram uma “volta olímpica” na pista do clube(leia mais na página 6). Em seguida, os bancários caíram na dançacom a banda Inovação.

Veja nesta página algumas imagens do evento. No site do Sindicato(www.bancariossm.org.br), na seção Galeria de Imagens, você tem aces-so a mais fotos do Jantar Baile.

Jantar Baile foi um grande sucessoFotos Maiquel Rosauro

Fique por dentro!Banrisul- De acordo com o jornalista PolíbioBraga, o Piratini teme prejuízos aoBanrisul devido à superexpo-siçãomovida pelo Ministério Público Esta-dual, Ministério Público de Contas ePolícia Federal. No mercado, voltou acircular a informação de que o Bancodo Brasil tem forte interesse em com-prar o Banrisul.- Especula-se que o BB faria um excep-cional negócio se o atual escândalo naárea de marketing fizesse o Banrisulperder valor de mercado.

Itaú Unibanco- A agência do Unibanco na Avenida RioBranco passou a ser integrada ao Itaú,em 16 de agosto. Agora, o Itaú possuiduas agências na mesma via. O Sindica-to pergunta: O banco vai manter as duasagências e garantir os empregos mes-mo elas estando tão próximas?!- Os primeiros a sofrerem problemascom esta integração são os clientes doUnibanco. Segundo eles, não haveria nin-guém na “nova agência” para dar auxílioaos clientes que precisarão de novas se-nhas. O efeito imediato foi a formaçãode longas e demoradas filas.

Banco do Brasil- Os cartazes da campanha da chapaque se saiu vencedora na eleição parao Comitê de Ética do BB no Estadoforam produzidos na Secretaria deComunicação do Sindicato dos Ban-cários de Santa Maria e Região. O fatomostra a força política que a entidadesanta-mariense possui.

Caixa- A Confederação Nacional dos Tra-balhadores do Ramo Financeiro(Contraf/CUT) encaminha correspon-dência para a presidenta da Caixa,Maria Fernanda Ramos Coelho, naqual solicita esclarecimentos sobre onovo modelo de correspondentes ban-cários criado pela empresa. Há a sus-peita de que a novidade torne-se uminstrumento de precarização das con-dições de trabalho e salário e de fugada regulamentação do Banco Central,tendo em vista que postos foram cria-dos exclusivamente para a prestaçãode serviços bancários.- A Contraf/CUT classifica como umaincógnita o novo modelo. E questiona:“Se os postos vão movimentar dinhei-ro o bastante para dar lucro mesmocom o que for investido, não se justifi-caria a instalação de agências?”.

Lucro- O lucro dos cinco bancos públicosfederais cresceu 72% no segundo tri-mestre de 2010. De R$ 6,1 bilhõespara R$ 10,5 bilhões, em relação aomesmo período do ano passado. Essefoi o resultado mostrado pelo levanta-mento da Folha de São Paulo feito combase em dados do Banco Central.- No mesmo período, o lucro de 122bancos privados avançou 26% - de R$13,8 bilhões para R$ 17,4 bilhões. Comisso, a diferença de ganho caiu pela me-tade em termos percentuais.

5 Notícias

Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região ContaCorrenteSetembro de 2010

Dia do Amarelo mostrouunião dos banrisulenses

Oinício da Campa-nha Salarial para osbanrisulenses foimarcada por umagrande mobiliza-

ção chamada de Dia do Amarelo.No dia 25 de agosto, as agênciasde todo o Estado acordaram comdiversas fitas e adesivos amarelos.Inclusive bancários foram traba-lhar vestidos com peças desta to-nalidade.

Em Santa Maria, todas asagências participaram do ato (vejanesta página fotos de algumasagências durante o Dia do Ama-relo). O objetivo era reivindicarda direção do banco o pagamen-to imediato das promoções, o re-torno da ginástica laboral e o fimdas metas abusivas. No mesmodia, foi entregue à direção a pau-ta de reivindicações (veja quadro),mas até agora o banco não deuretorno ao movimento sindical.

No mesmo dia em que os banrisulensesse vestiam de preto para protestar mani-festar a insatisfação com a direção do ban-co dos gaúchos, em 2 de setembro, veio atona uma força-tarefa da Polícia Federal,do Ministério Público Estadual do RioGrande do Sul e do Ministério Público deContas que investiga possíveis desvios derecursos da área de marketing que teriamcausado prejuízo ao Banrisul. A supostaorganização criminosa, integrada por altofuncionário do banco, diretores de agên-cias de publicidade e prestadores de servi-ços pode ter causado prejuízo de mais deR$ 10 milhões nos últimos 18 meses.

A investigação dá conta de que as açõesde marketing do banco, contratadas jun-to a agências publicitárias, seriam

R$ 10 milhões teriam sido desviadosda área de marketing do Banrisul

Salário mínimo

A investigação

A operação recebeu o nome deMercari. Ao todo, são 11 manda-dos de busca e apreensão, sendo 10deles na Capital e um em Gravataí.Participam da ação cerca de 76 po-liciais. A investigação começou noano passado, quando uma testemu-nha contou a autoridades que diri-gentes do banco receberiam pro-pina para aceitar orçamentos publi-citários superfaturados. Ele susten-tou que o serviço era aprovado comum valor superior ao que realmen-te custava.

superfaturadas. De acordo com a PF, ascampanhas eram terceirizadas a empre-sas que, por sua vez, subcontratavam osreais executores dos serviços. Estes, segun-do a PF, cobravam preços muito menoresdo que aqueles pagos pelo banco.

- Um projeto que seria em torno deR$ 350 mil foi faturado em R$ 546 mil- disse uma testemunha em entrevistaao Jornal do Almoço, da RBS TV.

Pelo menos duas agências estão sen-do investigadas na Capital. Quatro pes-soas haviam sido presas pela PF até ofechamento desta edição do Conta Cor-rente. Os supostos crimes apontadosseriam evasão de divisas, ocultação debens e valores e sonegação fiscal.

Fonte: ClickRBS, com edição da SEEB/SM

Metas do Dia do Amarelo

• Fim das metasNa edição de julho do informativoNossa Voz, o movimento sindicalbancário denunciou a rotina de me-tas abusivas imposta aos funcionári-os do Banrisul, principalmente aosCaixas, Plataformistas e Operadoresde Negócios.• Promoções atrasadasA direção do Banrisul ainda não di-vulgou aos funcionários a abertura doprocesso das promoções regulamen-tares 2010. O movimento sindicalreivindica a divulgação imediata e opagamento em folha suplementar.• Ginástica LaboralO Dia do Amarelo também cobrou oretorno do Programa de GinásticaLaboral, suspenso pelo banco em2009, sob alegação de baixa frequênciados banrisulenses. Entretanto, de acor-do com uma consulta feita pelo SESMT,com a participação de representantesdos trabalhadores na ComissãoParitária de Saúde, cerca de 90% dosfuncionários querem o retorno do pro-grama o mais breve possível.• Pauta de reivindicaçõesQuadro de carreira; saúde e condi-ções de trabalho; segurança bancária;democratização do banco; estagiári-os; empréstimo retorno férias; prê-mio desempenho; auxílio educação;auxílio-refeição e alimentação; Funda-ção; Cabergs; isonomia; melhoria daremuneração variável; recuperação daperda acumulada Fenaban; fim do as-sédio moral e assédio sexual; aditivoe concurso público.Agência Doutor Bozano

Agência Nossa Senhora Medianeira

Fotos Maiquel Rosauro

Agência Tancredo Neves

Notícias 6Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e RegiãoContaCorrente

Setembro de 2010

Itaú Medianeira conquista oCampeonato de Futsal de 2010

De forma invicta. Foiassim que a equipedo Itaú Medianeiraconquistou o Cam-peonato de Futsal

dos Bancários de Santa Maria e Re-gião 2010. Na final, a equipe der-rotou a CEF Mallet em uma parti-da eletrizante por 3 x 2, na manhãde sábado, 21 de agosto, no Sest/Senat.

O terceiro lugar ficou com oBanrisul, que venceu o BradescoCentro por 4 x 3.

Os troféus e medalhas dos ven-cedores foram entregues durante oBaile dos Bancários, no Clube Es-portivo (leia mais na página 4). Nosite do Sindicato (www.bancariossm.org.br), na seção Gale-ria de Imagens, você tem acesso afotos das finais do campeonato.

Seguindo à risca as deliberações doII Encontro Estadual pela Isonomia ebuscando contribuir para a criação deum grande movimento nacional pelaaprovação do PL 6229 e reparar umainjustiça que já dura 12 anos, a APCEF/RS tem o imenso orgulho de, ao lado daAPCEF/SC, Fetrafi-RS e SindBancários,convidar a todos para um grande En-contro Interestadual pela Isonomia, queserá realizado no dia 11 de setembro (sá-bado) em Florianópolis.

O encontro unirá empregados daCaixa e do BB em torno do debate daluta pela igualdade de direitos. Serãocolocados ônibus que levarão os gaúchospara fazer avançar a luta ao lado de nos-

O diretor do Sindicato dos Bancári-os de Santa Maria e Região, AlexandreSoares dos Santos, representou a entida-de no lançamento nacional da campa-nha “Menos Metas, Mais Saúde”, em 18de agosto, no auditório da Contraf-CUT,em São Paulo. Na ocasião, foi realizadoum seminário sobre o assédio moral.

Os palestrantes Roberto Heloani,doutor em Psicologia Social, professor epesquisador da Unicamp e da FundaçãoGetúlio Vargas (FGV-SP), e MargaridaBarreto, especialista, pesquisadora emédica do trabalho, debateram as novasformas de gestão e a cobrança por pro-dutividade que tanto têm afetado a saú-de mental e a dignidade dos bancários.

A médica do trabalho classifica asmetas como insanas e inalcansáveis, cri-ticando as empresas que estimulam otrabalhador em muitos casos com brin-des e presentes. “As políticas de metassão pensadas e analisadas pelos superio-res de forma autoritária, unilateral e ina-

• Posto Amigo e Posto FerrariO Posto Amigo (Avenida Presidente Vargas, 380) e Posto Ferrari (AvenidaFernando Ferrari, 1255) concedem desconto de R$ 0,05 por litro de gasoli-na comum, álcool ou diesel e 10% de desconto na troca de óleo e/ou filtromais um brinde, para sindicalizados e seus dependentes.

Novo convênio

Durante o evento, foi realizado um semináriosobre o assédio moral

Sindicato participa do lançamento dacampanha ‘Menos Metas, Mais Saúde’

tingível. Trata-se de um modelo de ges-tão baseado na ‘excelência’ que tem umaúnica mensagem: ‘vender, vender, ven-der’. O trabalhador tem a obrigação deser forte, produzir melhor que o concor-rente, atender todas as demandas e ca-nalizar as energias individualmente”,ressalta Margarida Barreto.

Já Heloani contesta o modo como asempresas fazem a política de metas semconsultar os trabalhadores. “Como é possí-vel estabelecer metas sem contar com a opi-nião daquele que a pratica?”, questiona.

Foto Divulgação

RS e SC promovem Encontroconjunto pela Isonomiano dia 11 de setembro

sos colegas catarinenses. Os participan-tes ficarão hospedados na AssociaçãoRecreativa Cultural e Esportiva(Adesbam) - Rua Luiz Boiteaux Piazza,3234, Cachoeira do Bom Jesus. O re-torno está previsto para domingo, dia12 de setembro.

As inscrições estão abertas e devem serfeitas até o dia 9 de setembro, ao meio-dia, através do endereço eletrô[email protected]. Não esque-ça de enviar por email seu nome comple-to, RG e data de nascimento.

A inscrição é gratuita para todos osparticipantes. Mais informações podemser obtidas pelo telefone (55) 3222-8088 (SEEB/SM).

Campeões de 2010 posam para foto ao final da partida

Finais - 21 de agosto

• 3º LugarBradesco Centro 3 x 4 Banrisul

• FinalItaú Medianeira 3 x 2 CEF Mallet

• Goleadores13 gols

Carlos Saccol Cal Duro - Banrisul11 gols

Rogério Silva Hollerbach - CEF Mallet7 gols

Marcos Radamés Spode Ziegler -Bradesco Centro

Rogério da Silva Barbosa - Itaú Medianeira

• Goleiro Menos VazadoBruno Temp Moreira - Itaú Medeira

8 gols sofridos em 7 partidas

Foto A Maiquel Rosauro

Foto Divulgação

Caixa se comprometeu a fazeralguns levantamentos

7 Continuação da capa

Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região ContaCorrenteSetembro de 2010

A diretora da Fetrafi-RS Káren D’ávila e o bancário deSanta Maria, Isidoro Grassi Neto, representarão os bancá-rios no Comitê de Ética que será instalado no Rio Grandedo Sul. O resultado das eleições, que ocorreram nos dias25, 26 e 27, foi divulgado no dia 2 de setembro, peloBanco do Brasil.

Os Comitês de Ética são uma conquista da CampanhaSalarial de 2009. Ao todo, serão 27 comitês regionais eum nacional, formado por cinco funcionários, incluindo orepresentante dos trabalhadores. O canal de entrada dasdenúncias será a ouvidoria.

Káren Simone D’Avila é funcionária do Banco do Bra-sil desde abril de 2000 e titular da chapa. É graduada emCiências Sociais e foi delegada sindical há nove anos. Atu-almente, é diretora da Fetrafi e trabalha na agênciaCorporate Poa.

Isidoro Grassi Neto, suplente, trabalha há 28 anos noBanco do Brasil e é formado em Administração de Empre-sas à Distância na Escola de Administração da UFRGS.Isidoro é delegado sindical, hoje trabalha na agência Presi-dente Vargas, em Santa Maria.

AComissão Executiva dos Em-pregados (CEE/Caixa), estevereunida na sexta-feira, 3 de se-tembro, em São Paulo, para a

primeira rodada de negociação com aCaixa Econômica Federal na Campa-nha Nacional 2010. Os trabalhado-res discutiram com o banco os te-mas de saúde do trabalhador e Saú-de Caixa. Os itens de segurançabancária ficaram para a próxi-ma reunião, a ser realizadano dia 10 de setembro,também em São Paulo,que abordará aindaisonomia, carreira e ou-tros temas.

Segundo o represen-tante dos empregadosgaúchos na negociação, odiretor do Sindicato dos Bancários deSanta Maria, Marcello Husek Carrión, aCaixa manteve a mesma postura adotadanas últimas campanhas salariais. “A Cai-xa segue uma estratégia já conhecida denão manifestar qualquer proposta antesda Fenaban se posicionar. Uma das prio-

Karen D’ávila e IsidoroGrassi Neto são eleitos ao

Comitê de Ética do BB

Káren Simone D’Avila Isidoro Grassi Neto

Banco do BrasilComissão de Empresa abre negociaçõescobrando melhores condições de saúde

Foto Divulgação Foto Maiquel Rosauro

Os avanços alcançados na Campanha Na-cional de 2009 no Banco do Brasil constitu-em o patamar mínimo para as negociaçõesdeste ano. Esse foi o entendimento que mar-cou o início das negociações entre o Coman-do Nacional dos Bancários, e a Comissão deEmpresa dos Funcionários do BB com o Ban-co do Brasil, durante a rodada específica rea-lizada em 2 de setembro, na sede da institui-ção, em Brasília.

Apesar do tom conciliador do debate e dasboas perspectivas sinalizadas pelo BB, os ban-cários cobraram melhorias nas cláusulas rela-cionadas à saúde do trabalhador e questiona-ram a remoção das portas giratórias de algu-mas agências. Inicialmente a Comissão deEmpresa dos Funcionários propôs que as pró-ximas negociações fossem realizadas nos dia10 e 17 de setembro, mas o banco alegou que nodia 10 seria inviável por questões internas. Por isso,os negociadores do BB propuseram que as negocia-ções sejam realizadas nos dias 17 e 21 de setembro.

Logo depois de assinarem a prorrogação do atualAcordo Coletivo de Trabalho (ACT) por mais 30dias, a Comissão de Empresa apresentou uma ex-tensa pauta cobrando melhorias na política do BBpara saúde do trabalhador. Sobre a realização doExame Periódico de Serviço (EPS), o maior proble-ma está relacionado à realização de exames fora dacidade onde o bancário reside. A Comissão de Em-presa pediu que, neste caso, o banco faça o ressarci-mento de despesas.

Ainda sobre o EPS, a Comissão de Empresa soli-citou a inclusão de perguntas sobre problemas men-tais. O atual modelo de exame se limita a abordar,

nos itens da questão psicológica, o estresse. Infor-mações preliminares revelam que pelo menos 5%dos bancários que participaram do exame têm algu-ma doença mental. Por isso, os trabalhadores enten-dem que é prudente o BB fazer uma análise maisprofunda desse tipo de enfermidade na categoria.

Preocupada com a saúde financeira da Cassi ecom o modelo de atendimento, os bancários tam-bém cobraram a criação de uma carteira de saúdeocupacional para reduzir os gastos com a Caixa deAssistência e propuseram outro modelo de eleiçãodo Conselho de Usuários da Cassi, com a regula-mentação de suas ausências e aprovação de um regi-mento.

Leia mais sobre a primeira rodada de negociaçãoespecífica do Banco do Brasil no site do Sindicatodos Bancários: www.bancariossm.org.br.

Próxima rodada específica ocorre no dia 17 de setembro

Foto Divulgação

Primeira negociação da Caixa não avançaridades para a próxima negociação, no dia10, será a negociação sobre o tema Car-reira. Queremos discutir com a Caixa amelhoria do piso, utilizando como refe-rência o piso do Dieese (R$ 2.157,88)”,

destaca Marcello.“Foi uma negociação

sem grandes avanços e quedeixou muito a desejar.Como a Caixa já tem anossa pauta de reivindica-ções desde o mês passado,esperávamos que trouxes-se soluções para os proble-mas, até porque saúde dotrabalhador é um temaimportante, mas isso nãoocorreu”, lamenta JairFerreira, coordenador daCEE/Caixa.

Saúde Caixa - Os trabalhadores co-meçaram o debate pelo Saúde Caixa,com foco na utilização do superávit doplano, acumulado em R$ 107 milhões,segundo dados apurados pelo bancoapós a conclusão da contingência - perí-odo de março de 2005 a março de 2007

A Caixa segue uma estratégia já conhecida de não manifestar qualquer proposta antes daFenaban se posicionar", diz o diretor do Sindicato, Marcello Carrión

Foto Jailton Garcia/ Contraf-CUT

em que os registros de entrada e saídade recursos do plano de saúde ficaramsem processamento de dados.

A CEE Caixa destacou a necessidadede uma análise rigorosa dos númerospara definir a melhor forma de aprovei-tamento do superávit para melhoria dascondições de atendimento aos bancári-os. A Caixa se comprometeu a fazer al-

guns levantamentosOs bancários propuseram que as dis-

cussões sobre os temas sejam encaminha-das para o GT Saúde, o que foi aprova-do pela Caixa. As partes ficaram de defi-nir data e pauta da próxima reunião dogrupo. Veja mais informações sobre anegociação no site do Sindicato dos Ban-cários: www.bancariossm.org.br.

ContaCorrente Informativo do Sindicatodos Bancários de

Santa Maria e RegiãoSetembro de 2010

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Este é um Espaço Interativo à disposição dos leitores do informativo. Envie seu texto,poesia ou sugestão de filme, cd ou livro para o e-mail: [email protected]

Vitor Biasoli

José é estudante de História, em San-ta Maria. Mas primeiro ingressouno curso de Zootecnia, com a in-tenção de ajudar o pai no trato comos animais. Depois mudou de idéia

e explicou para a família: “Não sirvo pracoisa. Quero ser professor, quem sabepesquisar sobre o passado sul-rio-grandense e fazer carreira nessa área”. Amãe arregalou os olhos e pediu: “pensamelhor, meu filho”. Isto há uns mesesatrás, no verão, quando comunicou onovo vestibular, a classificação e a mu-dança de curso. O pai fechou a cara eassim ficou, sem comentar coisa algu-ma, durante semanas. Até que numamanhã, enquanto tomavam mate na va-randa da fazenda, o velho falou que con-tinuaria depositando a mesada de sem-pre, mas gostaria, isto sim, que ele vies-se para casa sempre que pudesse.

Agora José acorda no seu antigo quar-to (que a mãe nunca desarmou, desdeque ele foi para a cidade) e escuta os ru-ídos que vem do outro lado da janela: ospássaros cantando, as galinhas cacarejan-

Casa e paisagem no fundo dos olhosCasa e paisagem no fundo dos olhosdo, uma vaca mugindo. Olha para o tetofeito de madeira e lembra que ali em cimanão anda uma mulher batendo os sapa-tos de salto às sete e meia da manhã,como faz a sua vizinha. Viver na cidadetem dessas coisas, José pensa. Depoisfecha os olhos e imagina o assoalho de-baixo da cama, os alicerces debaixo doassoalho, uma casa que repousa na ter-ra, no campo, na campanha sul-rio-grandense, e que começou a serconstruída na década de 1890, após aRevolução Federalista.

Naquela época, seu bisavô estava ali-nhado ao Partido Republicano Rio-Grandense e, terminada a revolução, fi-cou como chefe político local. Foi retra-tado como homem severo num quadrodependurado na parede da sala de jan-tar e sua imagem acompanhou toda ainfância de José. Nas refeições mais lon-gas e animadas, sempre tinha alguém (opai ou algum dos tios) que lembrava queo velho era bravo, mandão, e morreudevido a ferimentos adquiridos numabriga por causa de eleição. “Levou umtiro no bucho e não resistiu”, dizia um.“Gostava de política e mulher”, afirma-

va outro. Mas sobre mulheres o pai nun-ca comenta. Só quem fala é um tio co-munista, que mora em Porto Alegre, fazpolítica partidária e pouco aparece nafazenda.

“Acho que tenho a história dessa re-gião no corpo”, imagina José enquanto selevanta da cama, vai até a cozinha e en-contra a mãe determinando o que a em-pregada deve preparar para as refeiçõesdo dia. O irmão mais velho, que fazmestrado em Medicina, está para chegare a mãe quer que tudo corra bem. “Elevem com a noiva”, a mãe avisa. “Ele de-fende o mestrado no meio do ano, come-ça a trabalhar num hospital paulista e vaificar por lá”, o pai avisara na véspera,durante o jantar. A esperança do velhoera o filho menor, José, e agora essa novi-dade: o guri quer ser professor e não pre-tende lidar com cavalo, boi e fazenda.

José tem toda a trama familiar nacabeça e luta para não se sentir culpadopor coisa alguma. Quer apenas cumpriro seu destino, diz para si mesmo. Entãose serve de café com leite, corta uma fa-tia de pão, e vê o pai entrando na cozi-nha. O velho senta-se ao redor da mesa,

pede para a mulher uma xícara de cafépreto e fala que está todo mundo indopra cidade, ninguém quer ficar no cam-po. “Acho que sempre foi assim”, elecontinua, “meus dois irmãos foram praPorto Alegre, pro Rio de Janeiro, só eufiquei aqui. Talvez tenha sido melhorassim, pois a terra não rende pra todos.Mas não era pra ser desse jeito”. EntãoJosé conta que a manutenção da fazendatradicional têm sido problemática no RioGrande desde as décadas de 1930 e 40.Inicia aí uma decadência da pecuária ede lá pra cá “acho que todos nós, os her-deiros dessa tradição, só pensamos numjeito de manter este estilo de vida, essepadrão sócio-econômico e não deixarmorrer o mundo que nos forjou”.

O velho olha para o filho mais moçoe sorri. Bebe o café que a mulher colo-cou na sua frente e pensa que tudo vaidar certo. “No fundo, José, tu nunca vaisdeixar a casa, tu nunca vais largar a fa-zenda. Tu vais levar tudo isso no lombo,nas tuas caraminholas inclusive. Eu sei,eu estou vendo. Mesmo que tu vivas nacidade, tu vais trazer essa paisagem e estacasa dentro de ti.”

Dica de Filme

A Década da PerversidadeO SindBancários lançou em 11

de agosto o DVD do documentárioA Década da Perversidade - O Bra-sil e RS, de Collor a FHC. O filmerecupera fatos que marcaram a his-tória dos bancários e brasileirosentre o final dos anos 80 e inícioda década de 90.

Através do depoimento de diri-gentes, políticos, bancários e perso-nalidades que lutaram contra ou fo-ram atingidas pelas demissõesprovocadas por privatizações no se-tor bancários, o documentário re-cupera uma década perversa para categoria. Entre os entrevistados estãoJuberlei Baes Bacelo, Olívio Dutra, Carlos Simon, Miguel Rosseto, FlávioKoutzii, Sílvio Tendler entre outros.

O diretor e roteirista do documentário, Hique Montanari, chama aatenção para a atualidade do assunto tratado. “Mesmo que não se vejasituações como os bancários do Meridional, que eram jogadas em umporão, o assédio moral ainda é uma realidade hoje em dia. Só vai acabarcom a vontade das pessoas se mobilizarem, denunciarem e defenderemseus direitos”, alerta o cineasta.

Além das mobilizações da categoria pelo emprego e contra depressão eos suicídios, o período ficou marcado pela chegada do neoliberalismo nogoverno Federal e o enfraquecimento do Estado a partir da venda do seupatrimônio. A luta dos estudantes e da sociedade pelo impeachmant dopresidente Collor é outro episódio marcante recuperado por Montanari,mesmo diretor do documentário Os 30 Anos da Greve Proibida.

Foto Divulgação

Filme recupera fatos que marcaram ahistória dos bancários e brasileiros entre ofinal dos anos 80 e início da década de 90

Dica de Livro

O Símbolo PerdidoDepois de sobreviver a uma explosão

no Vaticano e a uma caçada humana emParis, Robert Langdon está de volta comseus profundos conhecimentos desimbologia e sua brilhante habilidade parasolucionar problemas. Em O Símbolo Per-dido, o célebre professor de Harvard éconvidado às pressas por seu amigo ementor Peter Solomon - eminentemaçom e filantropo - a dar uma palestrano Capitólio dos Estados Unidos. Ao che-gar, descobre que caiu numa armadilha.Não existe nenhuma palestra, Solomonestá desaparecido e, ao que tudo indica,correndo grande perigo.

Mal´akh, o sequestrador, acredita queos fundadores de Washington, a maioriadeles mestres maçons, esconderam na ci-dade um tesouro capaz de dar poderessobre-humanos a quem o encontrasse e,está convencido de que Langdon é a úni-ca pessoa que pode localizá-lo.

Sendo essa a única chance de salvar Solomon, o simbologista se lançanuma corrida alucinada pelos principais pontos da capital americana: oCapitólio, a Biblioteca do Congresso, a Catedral Nacional e o Centro deApoio dos Museus Smithsonian.

Foto Divulgação

Livro de Dan Brown narra aterceira aventura do professorRobert Langdon